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Pode-se acrescentar uma vírgula após dirige, sem prejuízo da correção e do sentido da frase, uma vez que

Questões comentadas pelo professor

III. Pode-se acrescentar uma vírgula após dirige, sem prejuízo da correção e do sentido da frase, uma vez que

“ou” é conjunção alternativa.

Está correto o que se afirma em a) II e III, apenas.

b) I, II e III.

c) I e III, apenas.

d) I, apenas.

e) II, apenas.

RESOLUÇÃO:

Em I, a existência da vírgula constitui mero aparato estilístico, sendo facultativa, já que separa adjunto adverbial que está no seu lugar devido, ou seja, no final da oração. Dessa forma, a supressão da vírgula não resulta em incorreção gramatical. A assertiva está correta.

Em II, caso acrescentemos uma vírgula após “público”, para a manutenção da correção gramatical, seria necessária também uma vírgula após “obra”. Fazendo-se isso, a oração “para quem sua obra se dirige” deixaria

de ser restritiva e passaria a ser explicativa. Dessa forma, o público não seria restrito, e sim abrangente. Porém, repitamos: pondo somente vírgula após “público”, a frase ficaria incorreta. Seria necessária mais uma vírgula após “obra”. A assertiva está errada.

O item está correto, pois a gramática normativa permite o uso de vírgulas antes de conjunções alternativas, como é o caso de “ou”. A assertiva está correta.

Resposta: C

12.

FCC - Fisc Agro (AGED MA)/AGED MA/Médico Veterinário/2018 É plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:

a) Não obstante, as opiniões em contrário, há quem admita que, o ser humano, jamais pode ser explicado, mas tão somente compreendido.

b) O escritor Machado de Assis notadamente um mestre da ironia, já comparou o fenômeno da traição amorosa, com a naturalidade de uma pedra que cai.

c) O autor do texto em foco, Hélio Pellegrino, era, além de escritor muito talentoso, um renomado, inquieto e politizado psicanalista.

d) Uma tragédia humana a rigor, não se explica, tal como a entende o autor do texto, no qual aliás, nos lembra a diferença entre explicar e compreender.

e) Distinguir entre explicar e compreender, constitui uma obrigação especialmente para aqueles, que narram os fatos, e interpretam uma notícia.

RESOLUÇÃO:

ALTERNATIVA A: Alternativa incorreta. Não faz sentido a vírgula após a locução conjuntiva “Não obstante”, interrompendo a oração adverbial de caráter concessivo. O mesmo problema ocorre com a vírgula após a conjunção integrante “que”. Não bastasse isso, há uma vírgula isolando o sujeito “o ser humano” do predicado “jamais pode ser explicado...”.

ALTERNATIVA B: Alternativa incorreta. O termo “notadamente um mestre da ironia” é um aposto explicativo, devendo ser isolado por vírgulas. Além disso, a vírgula depois de “amorosa” promove a separação entre o objeto indireto “com a naturalidade...” e o verbo “comparou”, o que não é permitido.

ALTERNATIVA C: Alternativa correta.

ALTERNATIVA D: Alternativa incorreta. O termo “a rigor” deveria ser isolado por duas vírgulas ou por nenhuma, já que se trata de um adjunto adverbial de pequena extensão. Além disso, é necessário isolar por vírgula a expressão interpositiva “aliás”.

ALTERNATIVA E: Alternativa incorreta. O verbo “constitui” tem como sujeito a oração subordinada substantiva subjetiva “Distinguir entre explicar e compreender”. Isso posto, é equivocadíssima a vírgula após

“compreender”. Além disso, “que narram os fatos” promove a restrição do sentido de “aqueles”, não podendo ser separado por vírgulas.

Resposta: C

13.

FCC - Aux Fis Ag (AGED MA)/AGED MA/2018 História do Maranhão

Na época do descobrimento do Brasil, a região do atual Estado do Maranhão era povoada por diferentes tribos indígenas. Os primeiros habitantes desse Estado faziam parte de dois grupos: os tupis e os jês. Os tupis habitavam o litoral: já os jês habitavam o interior. Com o tempo, no século XVIII, diversas tribos do Piauí entraram no Maranhão, tentando evitar que os brancos as caçassem.

Não existem relatos feitos com exatidão a respeito das primeiras expedições que exploraram a costa maranhense. Reza a crença que, em 1500, o espanhol Vicente Yáñez Pinzón já navegara por toda a costa norte do Brasil. A viagem feita por Pinzón na região mencionada teve origem em Pernambuco e destino à foz do rio Amazonas.

A partir de 1524, os franceses começaram a frequentar o litoral do Maranhão. A explicação para o motivo dessa frequência é que o litoral desse Estado havia sido esquecido pelos portugueses. Lá os franceses trocavam com os indígenas produtos da região por objetos que traziam da Europa.

Em 1531, Martim Afonso de Sousa chegou ao Brasil. Esse homem foi o comandante da primeira expedição que colonizou a região. O militar e nobre português exigiu que Diogo Leite fosse responsável pela exploração do litoral norte. Diogo Leite aproximou-se da foz do rio Gurupi, que atualmente serve de divisa entre os Estados do Maranhão e do Pará. Essa divisa ficou por muito tempo conhecida como "abra de Diogo Leite".

Em 1534, quando Dom João III dividiu a Colônia Portuguesa no Brasil em Capitanias Hereditárias, os portugueses ainda não haviam chegado a colonizar o Maranhão.

Um ano depois, o monarca português concedeu a terra a três fidalgos que eram homens de sua confiança.

Foram eles: João de Barros, Fernando Álvares de Andrade e Aires da Cunha. Ambos os primeiros idealizaram seu plano para a tomada de posse da capitania. Os dois donatários encarregaram sua execução a Aires da Cunha. Aires da Cunha veio ao Brasil, no mesmo ano da doação. Durante a viagem, a frota afundou nas costas maranhenses devido a violento temporal, e o capitão faleceu, assim como a maior parte dos integrantes. Os sobreviventes fundaram um núcleo de povoamento denominado Nazaré e passaram a explorar o terreno através dos acidentes geográficos fluviais. Entretanto, os indígenas não lhes facilitaram essa ocupação. Do núcleo de povoamento, não restou nada e, quando essa povoação foi destruída, os portugueses abandonaram-na.

(Disponível em: www.cocaisnoticias.com.br)

Os primeiros habitantes desse Estado faziam parte de dois grupos: os tupis e os jês. (1° parágrafo) Os dois-pontos no trecho acima introduzem duas noções, simultaneamente, denominadas

a) enumeração e exemplificação.

b) enumeração e justificativa.

c) exemplificação e justificativa.

d) explicação e exclusão.

e) exclusão e enumeração.

RESOLUÇÃO:

Existe no exemplo uma enumeração, afinal, antes dos dois pontos, o autor cita a expressão “dois grupos”, sendo os termos “tupis” e “jês” uma enumeração a “dois”. Ao mesmo tempo, promove uma exemplificação em relação a “habitantes”. Assim, a letra A é correta.

Resposta: A

14.

FCC - Aux Fis Ag (AGED MA)/AGED MA/2018

GATONET' poderá render multa e cadeia para quem instala e para quem usa

Ter TV por assinatura com 'sinal pirateado', prática mais conhecida como 'gatonet', poderá se tornar crime no Brasil. O Projeto de Lei do Senado n° 186/2013 começou a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado nesta semana e, caso aprovado, vai tipificar os crimes de interceptação e recepção clandestina de sinal de TV por assinatura.

Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos 'gatonets' quanto os clientes que solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil. Também está prevista reclusão de seis meses a dois anos, com a possibilidade de aumentar a pena em 50% caso fique provado danos a terceiros.

Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para piratear sinal de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis e colocá-los no sistema sob legislação específica.

Acredita-se que o grande problema da pirataria de TV por assinatura hoje é a comercialização de equipamentos decodificadores que substituem os oferecidos oficialmente pelas operadoras.

A venda, compra ou fabricação desses aparelhos também será punida. A importação de produtos como esses já está proibida no Brasil desde 2011, mas não se tem notícia da responsabilização penal de seus fornecedores pelo crime de contrabando.

(Adaptado de: https://www.tecmundo.com.br)

A frase que permanece correta com o acréscimo de uma vírgula após o termo sublinhado é:

a) Infelizmente não se tem notícia da responsabilização penal dos importadores de equipamentos para piratear sinal de TV pelo crime de contrabando.

b) Todos os brasileiros devem se preocupar com o problema da fabricação de equipamentos para piratear sinal de TV por assinatura.

c) Ninguém sabe quando os tais 'gatonets' deixaram de existir em nosso país nem mesmo se todos os responsáveis serão punidos.

d) Dizem que alguns dos equipamentos utilizados para piratear sinal de TV por assinatura às vezes não ligam nem desligam.

e) Autoridades poderão multar os responsáveis pela pirataria de sinal de TV e também colocá-los na prisão.

RESOLUÇÃO:

ALTERNATIVA A: Segundo a gramatica normativa, adjuntos adverbiais de pequena extensão – até duas palavras -, mesmo deslocados, podem ser isolados ou não por vírgulas. Trata-se de um caso de emprego facultativo da vírgula. Portanto, o item está correto.

ALTERNATIVA B: Item incorreto, já que não se pode separar sujeito (todos os brasileiros) e verbo (devem) por vírgula.

ALTERNATIVA C: Da mesma forma, não se separa verbo (sabe) de complemento (quando os tais...). Item incorreto, portanto.

ALTERNATIVA D: Item incorreto, já que não se pode separar a conjunção integrante (que) da sua oração subordinada substantiva.

ALTERNATIVA E: Item incorreto, pois “de TV” é um adjunto adnominal em relação a “sinal”. Assim, a colocação de uma vírgula entre os dois termos seria incorreta, pois a gramática normativa não permite que esses dois termos sejam isolados por vírgula.

Reposta: A

15.

FCC - Estag (SABESP)/SABESP/Ensino Médio Regular/2018

Casos de malária crescem 50% e põem Região Norte do país em alerta

Depois de sete anos de queda, o número de casos de malária avançou 50% no último ano e tem gerado alerta na região Norte e em alguns outros estados do país.

Dados contabilizados pelo Ministério da Saúde e obtidos pelaF olha apontam 194 mil registros em todo o ano de 2017 − um aumento de 50% em relação ao ano anterior.

Em 2016, para efeito de comparação, o país chegou a alcançar o menor número de casos já registrado nos últimos 37 anos: 129 mil.

Em 2017, dados de janeiro, ainda preliminares, apontam que o avanço continua: são 17 mil confirmações. Desse total, 99% são em estados da região amazônica, que é endêmica para a doença, em especial Amazonas, Acre e Pará. O número de mortes ainda não foi atualizado. Foram 11, de janeiro a maio de 2017, o que não permite comparações com todo o ano de 2016.

A doença, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles, ocorre em regiões rurais e acomete principalmente populações mais vulneráveis, em locais com más condições de saneamento e invasões em áreas de mata, por exemplo. Entre os registros, também cresceram casos de malária falciparum, nome dado à forma da doença causada pelo protozoário Plasmodium Falciparum, que é mais grave.

(Adaptado de: CANCIAN, Natália. Disponível em: www.folha.uol.com.br)

Ao se reescrever uma passagem do texto, foi observado o respeito às normas de pontuação em:

a) Ocorreram 11 mortes desde 11 de janeiro a maio de 2017, fato que não permite comparações com todo o ano de 2016.

b) Desde 11 de janeiro, a maio de 2017 ocorreram 11 mortes o que não permite comparações com todo o ano de 2016.

c) Desde 11 de janeiro a maio de 2017 ocorreram, 11 mortes fato que não permite comparações com todo o ano de 2016.

d) Ocorreram 11 mortes desde 11 de janeiro a maio 2017, fato que não permite comparações, com todo o ano de 2016.

e) Desde 11 de janeiro a maio de 2017 ocorreram 11 mortes fato, que não permite comparações com todo o ano de 2016.

RESOLUÇÃO:

ALTERNATIVA A: Alternativa correta. O segmento posto antes da vírgula estabelece um contraste com o segmento posterior. É como se houvesse uma conjunção adversativa “mas” subentendida, justificando a vírgula.

ALTERNATIVA B: O trecho “Desde 11 de janeiro a maio de 2017” é um adjunto adverbial de tempo deslocado da ordem direta. Dessa forma, necessita ser isolado por vírgulas. O erro da redação está na vírgula após “janeiro”, “quebrando” a continuidade do adjunto adverbial. Alternativa incorreta, portanto.

ALTERNATIVA C: O trecho “Desde 11 de janeiro a maio de 2017” é um adjunto adverbial de tempo deslocado da ordem direta. Dessa forma, necessita ser isolado por vírgulas. Além disso, não se pode separar complemento (11 mortes) e seu verbo (ocorreram) por vírgula. Alternativa incorreta, portanto.

ALTERNATIVA D: O termo “com todo o ano de 2016” age como complemento de “comparações”, não sendo possível separá-los por vírgula. Alternativa incorreta, portanto.

ALTERNATIVA E: O trecho “Desde 11 de janeiro a maio de 2017” é um adjunto adverbial de tempo deslocado da ordem direta. Dessa forma, necessita ser isolado por vírgulas. A vírgula posicionada erradamente após “fato” deveria ser posta antes, isolando o elemento adverbial deslocado. Alternativa incorreta, portanto.

Resposta: A

16.

FCC - Estag (SABESP)/SABESP/Ensino Médio Regular/2018 Colírio com nanopartículas pode substituir o uso de óculos ou lentes

Quando se descobre a necessidade do uso de óculos, uma grande questão pode surgir: ao mesmo tempo em que ele faz com que você veja o mundo literalmente com outros olhos, a mudança de estilo nem sempre é bem-vinda e todas as armações podem parecer horríveis.

Em casos de uso indispensável são sugeridas as lentes de contato, que, apesar de não ficarem aparentes, poderão causar incômodo nos olhos de algumas pessoas.

Agora uma terceira opção pode se tornar viável: o uso de nanopartículas aplicadas como um colírio.

Pesquisadores do Centro Médico Shaare Zedek e da Universidade Bar-Ilan publicaram um estudo explicando como o método funciona. O processo atualmente exigiria visitas periódicas ao médico, mas, após essa etapa, tal uso funciona sem problema algum.

(Texto adaptado. Disponível em: www.tecmundo.com.br) O uso de dois-pontos no primeiro parágrafo introduz a) uma explicação para uma grande questão.

b) um exemplo para a necessidade.

c) uma ideia contrária ao uso de óculos.

d) a ideia de causa para o que foi escrito anteriormente.

e) uma exemplificação de tempo para a adaptação ao uso de óculos.

RESOLUÇÃO:

ALTERNATIVA A: Os dois-pontos depois de “surgir” propõem a introdução da explicação de um problema, que está referenciado anteriormente como “uma grande questão”, que por sua vez se relaciona com

“necessidade de uso de óculos”. Alternativa correta.

ALTERNATIVA B: O direcionamento indireto seria sim para “necessidade”, mas não diretamente. Além disso, os dois-pontos não estão introduzindo um exemplo, e sim uma explicação. Alternativa incorreta, portanto.

ALTERNATIVA C: Há uma explicação do que vem a ser “a grande questão”. Não se trata de um contraponto. Alternativa incorreta, portanto.

ALTERNATIVA D: Não se trata de uma causa, pois o trecho anterior não configura uma consequência.

Tem-se na verdade uma explicação que detalha o que vem a ser “a grande questão”. Alternativa incorreta, portanto.

ALTERNATIVA E: Não há nem relação de temporalidade antes dos dois-pontos nem se exemplifica essa temporalidade. Alternativa incorreta, portanto.

Resposta: A

17.

FCC - Estag (SABESP)/SABESP/Ensino Médio Técnico/2018 A Bola

O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai.

Uma número 5, de couro.

Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.

O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.

− Como é que liga? − perguntou.

− Como, como é que liga? Não se liga.

− O que é que ela faz?

− Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.

− O quê?

− Controla, chuta...

− Ah, então é uma bola.

− Claro que é uma bola. Você pensou que fosse o quê?

− Nada, não.

O garoto agradeceu, disse “Legal” de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster Baú, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de blip eletrônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente.

O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.

− Filho, olha.

O garoto disse “Legal” mas não desviou os olhos da tela.

(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro, Objetiva, p. 18-19) O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”.

Nessa frase, a vírgula separa a) ações que se sucedem no tempo.

b) eventos que ocorrem simultaneamente.

c) acontecimentos com causas desconhecidas.

d) fatos sem paralelo com a realidade concreta.

e) fenômenos que se excluem mutuamente.

RESOLUÇÃO:

ALTERNATIVA A: A vírgula no trecho destacado no enunciado expressa efetivamente ações que são sequenciais, já que o agradecimento é imediatamente anterior a desembrulhar, que é imediatamente anterior a dizer. Alternativa correta.

ALTERNATIVA B: Seria incoerente dizer que “desembrulhar” e “dizer” são concomitantes, pois esta última ação dependeria da finalização do primeiro ato para se saber a natureza do presente. Alternativa incorreta, portanto!

ALTERNATIVA C: Não há, na gramática normativa, a previsão deste uso para a vírgula. Alternativa incorreta, portanto.

ALTERNATIVA D: É claro que a ação acontece numa realidade concreta, pois é uma ação perfeitamente observável no cotidiano fático. Alternativa incorreta, portanto!

ALTERNATIVA E: Os fenômenos estão perfeitamente relacionados, pois se ligam a uma mesma ação inicial: a entrega do presente. Alternativa incorreta, portanto!

Resposta: A

18.

FCC - Estag (SABESP)/SABESP/Ensino Superior/2018 Questão de ponto de vista

Aprendia-se na escola que o rio Amazonas, para orgulho nacional, era o maior rio do mundo. Depois foi preciso reformular a informação: na verdade, o maior rio do mundo, em extensão, seria o Nilo. Mas o Amazonas continuava a ser o maior rio do mundo – em volume d’água. Hoje, voltou-se à convicção inicial. Tudo está, se a questão é competir, em escolher bem os critérios.

Também se aprendia que nosso planeta Terra deveria chamar-se Água, para fazer jus ao elemento que nele predomina. Mas é bom saber que, outra vez, os critérios fazem toda a diferença. De fato, se levarmos em conta a superfície terrestre, o nome de Água ficaria bem: este elemento recobre 70% do extrato superficial do planeta.

Mas se levarmos em conta o volume total da Terra, mais correto seria chamá-lo planeta Fogo: as camadas internas e profundíssimas da nossa casa planetária atingem até 6000 graus centígrados... E se considerarmos como critério a composição química do planeta, o nome Oxigênio ficaria melhor, por ser o mais abundante.

Poderia haver ainda quem defendesse o nome de Ferro, por ser esse o elemento que compõe a maior parte da estrutura do planeta.

Se o que importa é de fato competir, em qualquer nível e a propósito do que for, é bom distinguir bem e considerar os critérios. Respeitando-se a diferença entre estes, aprende-se a relativizar os resultados. A relativização é quase sempre uma operação necessária, sofreia os ânimos mais absolutistas, competitivos e exaltados, fazendo ver que, “dependendo do ponto de vista”, toda avaliação pode ser alterada. O que importa, afinal, se tal ou tal rio é o maior do mundo, ou se tal ou tal grão de café é o mais saboroso, ou se o vinho desta região é melhor que o daquela? É preciso reconhecer ao máximo possível o valor próprio de cada coisa, para que das comparações apressadas não se tirem conclusões absolutas. Por difícil que seja, relativizar um julgamento aceitando-se a diversidade de critérios é um caminho mais justo para se seguir.

(Antenor Caio de Souza, inédito)

Na frase É preciso relativizar os julgamentos severos, que pecam pela falta de critério, o emprego da vírgula a) mostra-se irregular, por separar a forma verbal pecam de seu sujeito, julgamentos.

b) é facultativo, pois sua exclusão não implicaria alteração de sentido.

c) impõe que apenas os julgamentos severos deixam de ser criteriosos.

d) faz concluir que todos os julgamentos severos deixam de obedecer algum critério.

e) destaca o fato de que nenhum julgamento pode ser severo se lhe falta algum critério.

RESOLUÇÃO:

ALTERNATIVA A: Alternativa falsa, pois, na verdade, o sujeito de “pecam” é o pronome relativo “que”.

Além disso, o uso da vírgula é adequado, como explicaremos a seguir.

ALTERNATIVA B: Alternativa também falsa, pois a remoção da vírgula provocaria alteração de sentido no trecho. A oração “que pecam pela falta de critério” deixaria de ser adjetiva explicativa e passaria a ser adjetiva restritiva. Originalmente, dá-se a entender que todos os julgamentos severos pecam pela falta de critério. Com a alteração proposta, dá-se a entender que apenas alguns julgamentos severos pecam pela falta de critério.

ALTERNATIVA C: Alternativa falsa, pois a remoção da vírgula é que proporia este significado, já que teríamos uma oração subordinada adjetiva restritiva.

ALTERNATIVA D: Alternativa correta, pois há aí uma oração subordinada adjetiva explicativa, que propõe que todos os “julgamentos severos” não possuem critério.

ALTERNATIVA E: A alternativa é falsa. Temos aí uma leitura que não atende àquilo que o trecho diz, como evidenciado nas explicações dos itens anteriores.

Resposta: D

19.

FCC - Estag (SABESP)/SABESP/Ensino Superior/2018 [Escrever bem]

Antigamente os professores do ensino médio ensinavam a escrever mandando fazer redações que puxavam para a grandiloquência, o preciosismo ou a banalidade: descrever uma floresta, uma tempestade, o estouro da boiada; comentar os males causados pelo fumo, o jogo, a bebida; dizer o que pensa da pátria, da guerra, da bandeira. Bem ou mal, íamos aprendendo, sobretudo porque os professores ainda tinham tempo para corrigir nossos exercícios. Mas o efeito podia ser duvidoso: seriam textos interessantes?

Por isso, talvez seja melhor adotar o ponto de vista do escritor norte-americano O. Henry. Não lembro onde li que um rapaz lhe perguntou o que devia fazer para se tornar escritor, esperando provavelmente de volta o conselho clássico do temporal, do mar bravio, da batalha. Mas O. Henry lhe disse apenas o seguinte: “Descreva uma galinha atravessando um pátio; se conseguir, será escritor”.

(Adaptado de: CANDIDO, Antonio. O albatroz e o chinês. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2010, p. 205-206) Alterada a pontuação original, mantém-se correta a redação do seguinte segmento do texto:

a) Antigamente, os professores do ensino médio, ensinavam a escrever, mandando fazer redações que puxavam pela grandiloquência.

b) Antigamente, os professores do ensino médio ensinavam a escrever mandando fazer redações, que puxavam pela grandiloquência.

c) Antigamente, os professores do ensino médio, ensinavam a escrever: mandando fazer redações, que puxavam pela grandiloquência.