-
A*
i
fa*
.
DISSERTAQAO
PRIMEIRA CADEIRA DE CLINICA CIRURGICA
2 Da
"CJistlirectomia
JF
PROPOSIQOES
4
Tres scire cada uma das caaeiras da Faculdade
\t
APRESENTADA
A ' fatiade da Uiciaa e da Pharmacia do Hit da Janeiro
Em 20 de Eovembro de ISO!
«
PAHA SKR SUSTENTADA FOR
Virgilio Enammondas lie Castro
Natural do Estado de Minas Geraes
mAim dc oMer o grdo de Doulor cm seiencias medieo - cirurgitas
*
s : o =
3cv : i ; 3 . v -
T
_
yp Marcello& C . —
Rua General Camara n- 29
1894
*
*
c
FACDLUDl DE n F . [ IE HIMMCU » 01 » BE ffilllO
DIRECTOR
—
Pi Albino Rodrigues de Alvarenga.V I C K_DIRECTOR
—
Dr* douo Pizarro Gamso ,£FCRETAR10
—
Dr. Antonio do Mvllo Muniz Maia*L E N T E 5 G A T H E Q R A T i C O S
P u s :
Juiio Martins Toixeira. ..
Augusta Fcrreim dm*
^
iiiinsJoan Jomjiiim Pizarro, .
EriiOfto do Freitas Ciisshumi Hduaido Uliupot Prei ost . .
Domingos Jostf Fridve Joiiri Faulo do Carvalho JIHW Marta Teixeira
IVdro Severiano de MagnHme* lltmiiqiu
-
Dadislau d<* Son/a DopesAugusiu Brunt Pncs Deuie . Jlaroofi Bezena f’avalrauti
fe*<1 i *I # 4* • «fe#*« fe«I i <
Cypi'Uino do Souza Freitas
Albino KndriffttCs de Alvarenga
Dili/, da Uuima Feiju Junior, ..
Aguntitdio Jose de Souza Dima
Benjamin Antonio da Umdm Faria
Cajum Rodrigues dr Vascouctdlng
Join* da Cnatst Dima o. Castro Joao Pissarro Gabiso . - Francisco do Castro, :-
Oscar Adolphodc RUIIUJOH Kiboiro Erieo Marin ho da Gama Cool ho
Physic
*
medico.*Chimica inorganic
*
medicoBotanic* e jamlogin medicos.
Anut*»mia defierij>tivtu
Histologm theonfia c prattan.
ChimicaPhysiologic. organici tieoHeu*e .biologicc*ex penmen* ml PlmnmicnhigiH e nrt« do fonnular. PaUndogin eimrgiea.
Chimica amditioa etoxicologic
*
.Auarnmm roedico-cintrgicnt cum-
paratla.
OpemvSes o npparelhos
-
Pathologta nieaica.
Auutniuui e physiologic patholo- gists.
Materia medica e theraupetioa.
Obstetrical.
Medicina legal.
Hygiene e ntasnlogia.
Patbologia genii e hisroria da me- dicina
Clinic* cirurgieft
—
2* endeira .Clinirn dmualologica a syphiligru pliica*
Clinic
*
propedeutica.Clinic* cirurgica
—
1* oadeirn.Clinic* obstetric* e gynecologic*. OHnini oubtlmlinoLogira
Clinica medic*
—
3* cadeim,C iuicanervonaspsychiatric. * e do molestiaft
Clinic* pediatrica.
Clinica medico
—
1“ eadeirn.I 4 i v r r ( *1 -
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Josc Rcnicio dc Abmi
Joini Carlos Tuixeim Brandno CiLiidido Burnt* Ribeiro.. -
Kutio do Andrade . . .
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LENTE
9 SUBSTITUT08Dns *
Antonio Maria Tcixeir
*
.Gi’iminn Mur
^
ues Mam'ebo c LuisAntonio da SiDa fsatitoa
Pliilogonio Dopes Utiuguasaii 0
Lttiv, Ribeivo dc Smisa Fontes. Ernesto do Xaaciinento Silva.
Domingos <h- Goes e VaecouccllOtt o Fmticif»code Paula Valladnrea.
A n t o n i o Augusto de Acevedo Sodio
c Bernardo Alves Pereira.
Augustode Souza Braiiflfto.
Francisco Simocs (!o n e a
-
Jomjiiitn Xavier Pereira da Cunha Luiz ilu Costa Chaves Farm
J ? «cc
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A PdcUlUaiteiiAi>ni>]iniva tnin icjnova a* opltiiOtB uniltUilus nap ibewa ^ne lAftnJl V wi-
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1
VJbO ) AO %
r
h"
INTRODUCCAO
I
Tratando
daurethrectomia
,eu dividi a minha these em doi
§capitulos
: noprimeiro
fa$ouma ligeira critica, apoiada
emobservances
, dosmethodos
aindausualmente empregados no
tratamento dosestreitamentos
deurethra
, eprocuro
mostrarque sao apenas
meiospalliativos
ede applicas
&orestricta
; nosegundo capitulo fa
<;
ouma ligeira
aprecia<; # o da urethrotomia
externa eda libertan
&oexterna da urethra, e
passo depots
aoccupar -
me daurethrectomia que
meparece
sero unico methodo que merece
otitulo
de cura radical dos estreitamentos deurethra .
V t
I
r
f Segundo creio, e esta a primeira these escripta
entre
nos
sobre este assiimpto ; no estrangeiromesmo
abibliographia
daurethrectomia ainda
n&oe
tao extensaquanto
seria para desejar
;esta circumstancia
attenuara.
ac menos em parte
,
asnurnerosas lacunas que
contem omeu trabalho .
Antes de terminar
estaslinhas , cumpre -
me teste-
munhar os
mais sinceros agradecimentos aomeu illustrado
mestre, o sr
. Dr . Monat
: aosseus sabios conselhos
, kboa
vontade
devoo que possa haver
de b&
rn nestetrabalho .
V
-
1
. sua
k
i
*
*
i
rv co
GAPITDLO I
}
Osestriitanienfos
da urethra sao proriuzidos, e.mgera
),ou
porsclerose
(logtecidos
proveniente de uma inflammaqilo,on
pela re-tracc
&ode uma ricatriz
resultantsde am trauma
Lismo.Os
primeiros
&toehamados
estratamenttiBinffiammatorios ,
03 segundos, traumaticos,
A
16
mdesles
dois grupos piincipaeB,
o professor Guyon admitte flinda. um terueiro, flue danoniiiiou sclera- cicatricial , por
partieipardos carncteres de ambus as formas.
Os
estreitametrtos inflamnmtorios
saoproduzidos
pelas ure-
thrites* entre as fluaes
destaca
-se, por sun grande importancia Hlo- logica, aureihrite
blennrrhagiea.Em bora
esta atnque toda aurethra
anterior,
0 processo desclerose
suso tlesenvotve na
per^ ao
perineal, aprea
&ntando - sa sob
a
ftirma
de pl&eas Lsolatlas em
maiorou
nienur ntmero.Qualquer qms seja a theoria qtm ye adopts sobre a indepen
-
dence
dasduas
urethras anterior eposterior
, 6 factoprovado
que a
sclerose
nuitca invade a urethra posterior ;don
da sededuz
aconclusao
diuica que miurethra
posterior nunca se encontraijiestreitamentos
da
origemblennorrhagica
*Das
duns
paradesda
urethra, e na posterior que se assesta,de preference
,
asclerose
; e n’esitaobservas
&o cliidca que,
pareee,
fimdou -
SOMai
somienve para idear o sett primitive) ure-throtomo
dernodo
a stiincisar
a parede posterior, sede do estrei-
tamento.
i
Entretauto esta venfieado, quo a mucosa
urethral
umavez compromettida
pela sclerose, £ iucapaz de grande escorregn-
mento
sobre
o chorion, pfopriedade que possue emalto
gr&o noestado normal
.Utriu mcisao
feita
em plena tecido desclerose trniia
. poisicomo
consequenciaum afa
&iameutoinsignificant
©dos
labios da-
\ \
u
IOM V
V
1
8
ferula ,
o que vein adizor
urn augmento quasi nullo docalibre
daurethra
.t
A pathogenia
dos
estreitamentOS de origetn blennorrhagica aiiula e uni ponto umito discutido pelos cliuieos e amitomo-
patlio-logistas ; e
assim
que para alguns oestreitameuto succede
9*raprea iima ulcerag&o ; outros tem
-
nocomo
producto da inflammagao dotecido
esponjoso ; para outros, finalnieute
, eutre os quae.* o pro-
fessor Guyon, 0 ponto
do
partida e sempre a mucosaurethral
.t
i-*
Esta
ultima
opiniao,
incontest&velniente
a que contaactual -
mente maior
uumero
tie adeptos, parece a priraeira vista terumairrefutavel
naexistencia de
estreiUmento m nmliier, eujaprova
urethra
consLaexclusive
uente de mucosa; esse argumeutu, porSm,perde todo
o sen valor socomuderarmos
que na urethrafeminina ,
o estreitamento mmca tem como
causa
etiologica a blemiorrhagia.Os estrcitamentos traumaticos tern
como caracteristico
aevo
- lucao muito rapida e a resistencia extrema que apreset)tarn aosmethod os
usoars detrataraento
, Em geral sao unices e podem ser muito limitadus,o
que seda
quando siio produzidospor
pequenostraumatismos
, como ferimentos por extremblades desondas ,
rupturas
durante
aerece
&o,etc
. Outrasvezes
purism os trauma-
tisnios sao mats extensos, tem como causa as quedas deesgauchado sobre o purineo, os pontapfts
nessa
regiao, asfracturas do
ramoascendente
do pubis, as applicates de forceps, etc;observu
-se
entiio a dilaeeragan e o esmagametito dos tecidos peri-urethraea e da propria urethra, que pode fender
- se ,
em parte ontotalmente , dando
-se
a separaqao dos dons fragmentos. Nesses casos
a repara- gaonunca
sefaz
por primeira intencao, a mortifirag&odos
tecidoscontundidos
, a mfiltragaodo
sanguederramado
e da urina sRooutras tantns causes qua
concorrem
para eutreter uma suppura. ao longa,
cujas consequeneiaa necessarias sao a formagao tie fistula> •»de tecido
cicatricial
em toda a zona, em que se deu a ruptura dostecidos
.%
Nao e s6
nos
estrcitamentostraumaticos
que 3e nota seme-<
lliante
facto; nas mesmas condigGes esta odoente
que,soffreudo
de uni
estreitamento
de origem bleimorrhagtea, tern como episodio/
m.
V 4 0
9
de
sua
molestiauraa ruptura
de urethra,
segmda de fcmngiiode uin abcesso
,
infiltra^
ao de urmasT etc.
lTrna
vez constituido o
trajecto primitive deuma
fistula*H
passagem conttaua
daurina
septicaIndia
os teeidos,provoca
ade pefpienas abcfissos em
differ
antes pontes da superfidecutanea
*
e assim saconstituem
varies systeams de trajectog fis-
tulares ,
teudo cadaum como
pouto da partidaum tr
&jecto pri-
mitive
.
’
* *)
Coltocudo destemo
do a probletiSa,
como restabriecer as fiiuocues
physiological da urethra*
a extensibilid&de
ea r
&traCf
&o daaparedes
desse canal
?Deixando
de parte os differeates methodog antigos porterem
produrido
rasiiltados
semprenuflna e
muitagv
&scs
perniciou s, vamos passer
emre
vista osprueessos
uinda lioje empregadns pelos dinieos modernos.
DIYULSAO —
R'am methodo perigoso , em
queo
cirmrgi&o
aleuide actuar As cega*
, vae
prodimrnova
?canvas de estreitamento
*Com
effeito ,
querseempreguem as
somlas cie Lefort,
querns eunhas*
do Voillemier
, o instruments encontrando
resislencia
da pared©urethral produz a ruptura,
nSo
do tecidosclercesado
on cicatricial,mas
damucosa
sd,
cujaexteusibilSlade
normal 6 sempfe ulirapas-
sada para que a
dilatac
&o da urethra seja conseguida.
Os instmmeijfcos de Lefort
e YorUcmier
temarenas
sobre asonda do Mayor a
vaut
&gem
deserem
cylmdro-
eouicqs,
disposigUoque facilita muito
a sua
msmunoao no esfcreitainento.
METHODOS pia i
^
uislo—
Se Eeyttlird tivesse consideradoqua
asimples uicisfio da mucosa sa produz tao grande afastamanto dos
jabios
daferida , n
&o
teriacom certezn
precouisadoe
pratic&do emtao altft
e-
cala asindisSea
profunduscomo
meio dediJata
^ ao
daurethra. k
t
m
Sena
ocioso dfecuttr amda lioje os perigos deste metbodo*AlAm
dissocite
e completamente imuil ;com effeito
*quer so
pra-
tique a mcisiLo superficial
ou
a profunda, quer
ella sejafeita
dai
r
1
1
o
dentro para fora
ou
de fora para dentro,
a dilatagau do canal e produzida serapre & casta doafastamento
dos labios damucosa
incisada; os tecidos profundos
nunca
os accompunhamnesse
afas-
tamento .
A escariflcagao de
Civiale
nao deuos resultados
praticos que era licito esperar da sua coucepgao theorica ;com effeito ,
as anto-
psias feitas sobre operados desse cirurgiao mostraram que a ineisilo podia dar
- se
aquem do estreitamento,
ficando este comple-
tamente
intacto.
Entretanto
Civiale teve o grande merito de fixar o priucipio basico que deve dorainarna
operag&o,
isto 6,
obter a dilatag&o 4tfnsta do afastamento dos
labio
3 damucosa
incisada.
0 urethrotomo de Maisonneuve
,
que tantosuccesso
alcanqou eainda hoje e o preferido por muitos
,
prehenche as duasindicates,
isto £
.
incisa de fora para dentro e de dentro para fora,
o que 6lima redundancia
.
*
Charriire
construio urn uretlirotomo em que s6 se faz a in-
cisao na retirada do
instrumento ,
quando a incisao feitana
pene-
tragao for insufficients,
O Sr
.
Albarran fez construir tambera um uretlirotomo que 6 mais mi menus o de Civiale,
a queelle
ajuntou a modificag&o
ideada por Charriere.
0
Dr
. Monatopera com um
instrumento que 4 tarabemuma
modificag4o do de Civiale. Consta este instrumento de uma lamina semelhante a uma faca de Graf
,
paracataracta , ten
do asmesraas
dimens&es desta
. _ _
A oliva
tem
a forma de um cone alongado,
cuja base,
for-
inando
saliencia ,
esbarracontra
o estreitamento na oecasiio em que se retira o instrumento.
Nesse momento o
operador faz emergir a lamina ; a alavancaque a
sustenta ,
distende as paredes da urethra,
que 6 aomesmo
tempo incisada por um movimento de guilhotina executado pelo game da lamina
.
O uretlirotomo do Dr, llonat 6 recto
e rauito
maiscurto
do que o de JIaisonneuve,
disposigao que esta de accordo com o fimi
*
nir
1 1
a
que i* destinado ; com effeito,
o distincto upevadoremprega
osen ureihrotumo nos estreitamentos da urethra anterior
.
OBSERVAQAO 3 ( resumida )
N
* tern uineudurecimento
de quasi fcoda a pars pendnla daurethra
,
em consequencia de uma blenuorrhagia seguida de abceesos. Logo abaixo da glaiule existe uma fistula,
por onde pass*
toda a urina
, achando -
>e o
meato quasi completamenfce obstruido * Encarregado peloDr
.Mount
detratar
esse doeute,
procure!priineiro f&zer a dilata
^
ao do canal para depots praticar Lima auto-
plastia
,
com ofim de corrigir a perda de substancia.
Nodia U deJunbo pratiquei a escarificaq&o com o urethrotome do Dr*
Manat ,
conseguindo passar uma sotida 18 no dia 7 ;dois dias, porem
,
depots* nao consegui passar mais de J 5 ; no dia 18 esse mesmonumero
passavadifficilmente .
Em
vista dissoresolvi
entao praticar a operarao de Maison-
ueuve
,
incisando a parede superiorJulgando a urethra
sufficientemente
dilatada,
fiz aautoplastia a 18 de Julho ; esta opera^
o nao deo resultado satisfactory,
poisconsegni apenaa diminuir a
extensao
do orificio,Em 28 de Agosto
,
apesar de ter eont.inuado a sondar o doente,
nfto consegui passar idem do nfl
.
11 ;em
vista disso resolvi- me
arecorrer
X urethrotomia internacom
oinstruments
de Maison-neuve
destavez ,
porem,
incisando a parede posterior; foi cullocada no canal uma sonda Nekton nf , 15,
que foi retirada 3 dias depots essa epoclia at6 hoje o cloentemm
tornou mais ao consultoriu.
Esta
observagao mostra* quanto £ inefficaz a uretbrotomia interna emcertos
casos,* **
DILATA
^
AO GRADUAL E' apregoada pela maioria dos cirur- comoo methodo por excellencia notratamento
dos estreita-
mentos da urethra ; entretanto
,
quantoscasoa
ha em que este,
muitas veze£mesmo
perigoso lrLIf.
> ) K ) hn v /
1
I 2
Ila
estreiUmentus
detal modo inextensiveis,
que resistem atodos
os meiosimagtoaveis
dedilata
^ an
*Nem
todos
os urinanos supportam impunementetraumatismos
repetidos, ainda que pequenos;
nesses doentes
, por maiores <yiesejam os cuidados de asepuia, as sessocs de dilata
^
ao trazem emconsequen
bao
appurecimentode reflexes renaes
. eystite, febre
, etc,Peln
coutr&rio,
esses doent.
es supportam perfeitamente a di-
o que e de facil explicaoao: a asepcia pode
a estagnarao urinaria, a congestao reua
4
lata
^
ao iaimediata,ser
mantida com
rigor,desapparecem , a cystite 6 corrigida.
l
O U S K K V A p A O I I
(res
iuni da
)A
. M .
de 58 annos de edade,
e um homem forte,
robusto.
Nao
lemantecedents
patholngicns : diixse-
ia um liomem sao ;atonuenta - o , purem , uma
cystite quedata
ja de alguus annos.
A
. M .
tern retenrao parcial de urina.
apezar da pollakfuria ; junicQan se faz em facto lino,
sem project;ao
quasi,
apezar dos esi'oi\os do dneute : os rins sfio dolorous e vulnmnsos,
a nrina eturva
, fetida
e contemcatkrrlio
*Tres
vezes
A.
M, tentontratar -
se ; da primeiravez
osen
medico
collocouunm
volUperm uieute;a noitesobrevienun calafrio?,
depots febre
com
delirio ; diz o doeate que teve um accesso perni-
cioso
(febre urinosa
, devosuppor
) ; foi adiada aoperaq
&o
, e odoeute s6 se restabeleceo no fim da onze, dias\ dois annos depois foi Ibe
aconselbada
a dilatacilo gradualpor
mein deson
das degomma e
depois metallicas. A primeirasessan
foi tainbem seguidade phenomeiios francos Us envenenauiGuto urinoso, pelo que foi interrompido
o tratamento
,Em lBldO,
aggravando
-se os padecimentos do doente, o Pr.
Pereira Guimara.es aconseUiou a urethrotomia,
mas em vista dosreceios
qneraanifestou
o doente, fez umasessao
de dilatagao gradual, tambemcom
sondad
3gomma,Duas
boras depoissobrevem calafrios,
febre,
e novoenvene -
f i
?
[
V
' 3
$
\namento urinosn
,
com caraoter mais franco aintla quo o> ante-
riores
.
i
Em 1S9 2 odoente
consultuo Dr
.Monat ,
rpte Hieaconselha
aiiula arlil
&taqfio immcdi.it i ; obstina-
se porem, e 4 feitauma
sendagem
emu
os euidud <sd -
asepsia nccessarios para evitar a fehre : asepsia daurethra
pelo aeido borico,
esvasiameuto da bexiga pel a algal in.
lavagetn ennseentivacom
acid t boriooe
nitrato
dc
* prata,salol
imernamnnt-c ; trezboras
depois da son-dagemsobreran
umaccesso forte
do febre,No
din seguinteo Dr . Mount
faz a escarificaijiio do estreita-
me
nto
com o sen urethrotome,
lvjmtiudons lavagens fit urethrae
da bexiga. Desta
vez nfio appareceoo access de
febrae
odoente se restabeleceo
sen
;ser
obrigado a guardar o leito-
Esta observa
^
ao tamada ao ac.
iao,
entre outran que pode-
riamos
citar,
e bast- ante
significative, CAUTERISA^
AO,NADA
dirinmos sobreeste
metlimlo sealt
i-
maraente
se nau tivesse procuiado ressuseitau a electrolyse,Oompreliende-se u cauterisacao
chimica e a
actualdevfvm
deixar lima cicatriz eminentemeute retract'd, nimbi quo pouco profunda,I
r
>A cauterisaeao pelo nitrato dc prat,a produz
effeito
nullo, em -
A
bora de
excellentes resultados
immediate?;.
ynantn a
elect
rolyse,
elk callin cm completedescredito , mesmo
no concei to iloa
sous m a
lores enthusiasms,Em
artigos publinados nos Annalet
desMaladies des
Or- gans* Genito
-Urittaires
, dc Pariz (1889-
1890),
o Dr,Mount
proven que a cicatriz formada pelo
polo
positive, aoemvez .
de inollee nao retract,ii, como sejntgava a principle
,
retrabla secom
otempo, e
qua
oestreit
.amemo
tratadopor esse methodo tornava - so
muito mais duro e resistente do que era antes
.
OBSERVApAO HI ( restunida
)C
,
fazemieiro em Cantagallu,
foi operado em 1882 peloDr .
Monat
queentao propagava a
electrolyse.
0
V
1
* 4
t
4Em
1886 o doentesoffreo nova
opera$ao .
Na
primeira a dilata<j5o
se fezem ftminutos com 15 elementos Gaiffe ; na scgunda foram precisos 21minntos
e 25 elementos.
Ein 188!) voltou o doente
com urn
estreitamento duro,
longo eresistente ao ponto de partir a
haste
da lamina de Maisonfleuve ; semlorecusada
pelo doentea urethromia
externa,
o Dr.
Monat *prat
icon a interna,
meisando a parede inferior.
Em 189o voltou o doente e
foi
de novo operado pelo Dr.
Mount
,
que receiando partir osen
urethrotoino,
empregou ainda oinstrumento de Maisonneuve , incisando
a paredeinferior
; de factoduas vezes o escarificador do
Dr . Monatdesarmou - se
de encontro aoestreitamento
, sem
incisara
parede superior.i
<
i
9m # i
i
De todns
os
methodos que ate aqui ternos passadoem
reviafa,
nenhum
remove
acausa
do estreitamento; apenasse
consegue res-
tabelecor o calibre da urethra
,
sempre porem com probabilidade de reproduce\o da atresia. Ora, o
uuico meio detornaf
esta repro-
duce menus
rapid#,
e,
desprezando acausa
da atresia, obter a dilatag&o por meio de utna paradenova,
o que se conseguira inter-
pondo urn «remendo»
,
segundo a expressao de Eeybard,
aos labiosde
uma
ferida feita com todanitidez
e regularidade, em
teeidoB&O
,
de modo a poder cicatrizar por primeira inten^
ao.Dos
methodos
tratados precedentemente, o
que m&is se ap-
proxiraa deste desideratum e a nretlirotomia interna
.
!
*
i
CAPITULO II
*
m.
Julgainos
ter
demonstradono
capituloprecedenteque todoa oa metliodosusualmente
empregadoscomomeios curativosdos estreita-
mentos da urethra devetu ser cormiderados apenas
como
palli-
atives; apenas a nretlirotomia interna
,
feita nas condigoes indi-
cadas
,
apresenta alguraas vantagens e garantias contra as reinci-
dencias
.
Este
methodo,
porem, nao tem
applica^
ao senao nos estreita-
i
I
J