DISSERTACAO
SBC
9
AO OIRXJRaiCASo Biapostico dos tnmores do testiculo
CADEIMA DE C L I M C A EXT EL XA
PROIHISHJUES
A
.
THMUSFHE1UStMidSi1 Accesaoria
.
CADEIEA UK PHYSIdA
SecQ&o Cirurjjica* 1ETANO DOS ElECKM-XASriims GAliEIIU DK PARTOS
Secq&o Modica. Dos CASAMI3NTOS SOU O POXTO DE
VISTA HTGIESICO
L'ADEIRA DE HYGIENE
a]wcaeni&ada A
FACUI . UA DB DE MBD 1 C 1 NA DO RIO DE JANEIRO
A is nr, siiTimnto HE ISHO
t nfiin de set* sustmtEuU
W K
Joao Antonio Lopes do Figueiredo
SATOUAS, DA FAOVttrurA I>K MUFAK
para obterfl gr&tfde doutor mo uaedudim
tf /W 0A' J A N E I R O
Soto IIL; Seteiribro 11. 7:t
Typographic AeAutiMtfA, rua 1880
1
1
Director
CO«]BLtl*mO DR. VjSpOHDR DZ JUNTA IZAML
Vice
-
DirectorCoivfltLHtino DR. BARIO PB THIRMOPOLII
Secretario
DR
.
CARLOS FERREIRA DE SOUZA FEANAKDEFLentes cathedraticos
FHIMEIKO ANNO
DOUTOR10
Cons.F
.
J, do C. e Mello C. Magcarenhw 1*cadeira. Physics era gerale particular*4uen1
-
etn aua$ tppJicacoesa medicine,
.
2*cadeira. Chimica c mineralogra,. .
3» cadeira.
Anatomia descriptiv*.
SEGUNDO ANNO
Joaquim Monteiro Caminhoa. . . . 1*cadeira
.
Botanica e aoologia.Domingos Josd Frcire Junior.
. .
• 2*cadeira.
Chtmica organica.JOS6 Joaquim da Silva
. . . .
. 3*cadeira.
Physiolog*a.Lun Pienlzenauer 4* cadeira. Analomia rtescriptiva.
TERCEIRO ANNO
.
* 1* cadeira. Physiologia,. * S4 cadeira. Analomia gcral c pathologic*,
,
.
3* cadeira. Palhologia geral.
.
.
4* cadeira.Clinica eiterna.
Consdheiro M. M. de M. Valle
. .
Luiz Pientienauer
lose Joaquira da Silva
. . .
Consdheiro Barao de Maceid .
Joao Jos6 da Silva .
. .
.Vicente C
.
F.
de Saboia . . ,QUARTO ANNO
Antonio Ferreira Franca . .
. .
Joao D. t'ccanha daSilva . .
.
Luia da Cunha Feij6 Junior , . .
Vicente Candido Figueira de Sabola.
. , !•cadeira. Patfiologia Hitorua.
. .
2* cadeira, I’atijologja interna..
3* cadeira. Partos, molestias de raulheres pejadasc pandas e de recem-
nascidos.
.
4*cadeira Clinicaexterna.
QUINTO ANNO
.
I*cadeira.
Palhologia interna.5* cadeira. Anatomia f
Joao Damascene Pewnhada tiilva
.
.C
.
V, da Aloita Maia. . . . .
Albino K
.
da Alvarenga. .
.Joao Vicente Torres
-
Horaera. .
topograpbica, raedi
-
cir>a operator* e appareibos.
. 3* cadeira. Materia raeaica e therapeutics,
. .
4» eadeim. Gltoica interna.
SERTO ANNO
Antonio CAgostinho.deJ
.
deSouzaSouzaCostaLima.. .
. .. .. 21** cadeiracadeira..
HvgieneMedicinaelegalhistoriida. medicin-
ConsdheiroSiequiel CorrAa dps Sflqtoa. 3* cadeira. Pharmacia,
joao Vicente Torres-Homem
. . . .
4* cadeira. Clinica interna.
Lentes Substitutes Renj* »min Franklin Ramiz Qalvjo . . •
oao Joaquim Piiarro
Toao MartinsTeixeira .
.
. . . .Augusto Ferreira dos Santos .
.
..
Jos4 Pereira Ouimaraes
Pedro Affonso de Carvalho Franco
.
.Antonioloao Caetano de Almeida
. .
..
Baptists Eoasuth Vinelli. . .
.
Nuno Ferreira de Andrade
. . . .
Josfe Benicio de Abreu
.
: : (
Seccao descionciu acccasorias.\
1
^
aoc-aci de sciencias cirurgicas.
*
^
Secpao de acienciaa medical.
: (
(
*
N. B, A Facaidade nio approva nem reprova as opinidcs etnitiidas nas theses
quo ihe uo apresentadia
.
0 %
r
PRIMFJRA PARTE
Descripcao das timores do testicnlo
ORCHITES
Definiqao
. —
Conio
noine de orchites desig-
na - se as
inflammagoes do testiculo.
Divisao . —
l. °
Algunsautores
daotantas
de-
nominagoes
ao
queoutros
reconhecem pororchites
,
quantassao as partes
do testiculo susceptiveis de inflammagoes: assim denomi-
nam
epididymitea
inflammagao do epididymo,
vaginalite
a
inflammagao do vaginale
orchiteparenchymatosa
o
estado inflammatorio da glandula testicular.
Esta divisao,
que debaixodo ponto de vista anatojnico p6de
ser
acceita,
em
nada adiantaao
clinicoe
therapeutista.
Em relagao
a sua
marcha dividiremosa or -
chite
em
agudae
chronica.
Orchite aguda
Esta alfecgao
,
que por simesma
define- se , por
sua vez
divide-se em
orchite blenorrhagicae
nao
blenorrhagica.
"M
4
1
ORCHITE BLENORRHAG 1 CA
Etiologia . —
Este estado morbido do testiculo,
que sem
duvida ea sua
mais frequente lnflam-
macao ,
recoilhecetres or
dens decausas , a sa
-ber :
causa
unicae
determinate, causas pre -
disponentes
e
occasionaes.
Causa
determinantsunica . —
E'a
blenorrhag'iaque
por si sd, ou
acompanhada dascausas
pre-
disponentes
e
occasionaes,
pbde dar logarao
apparecimento da orchite blenorrhagica
.
Assini
como o me -
->
Causas
pi'cdisponentes
.dico admitte
em tal ou
qual individuoa
exis-tencia de
um que ,
denominado predisposigaopara
contraliiresta ou
aquella molestia,
assinitambem o
cirurgiao,
vendo individuosque , a
despeito de tudo
e
de todos, nao
contrabemo
mal de
que nos occupamos
eoutros
ein iden-
ticas
condones
insultadospor este
mal, e
levadoa
admittir nestesa
pred isposigao quepara
ndsesta
fdra de duvida.
0 depauperamento, con -
stitukjoes debeis
e
lymphatioas,
mudanqabrusca
detemperatura ,
absorpqao decertos
medica-
mentos , etc . , sao outras tantas causas
ciladaspelos
autores no
apparecimento da orchite.
Causas
occasionaes .
J
No
numero destas
figu-
ram os excesses
de todoo genero
; assiniternos a
dansa continuada,
a gymnastics,
equita^ oes
repetidas
, os
abusos dosprazeres venereos , as
5
libagoes copiosas
, os condimentos
excitantese
ainda
as
injecgoesirritantes , a
retengao deou -
rinas
, etc . ,
quepodem obrar coinocausas occa
-sionaes
no
apparecimento da orchite.
Pathogenia .
acham
- se os autores
quetrataram
desteas -
sumpto:
uns
admittema
theoria da si/mpathia ,
oatros a
da nietastase, e outros
(Velpeaue
Ri-
cord
) defendema
theoria da propagandain -
Jlammatoria .
Pela niesquinhez de tempo dei-
xamos
de parteos argumentos que os autores
apresentam
para
defendersuas
theorias ;s
6-
mente diremos que nos parece
maisacceitavel a
theoria de Velpeau concebidanos
seguintestermos
:—
E’na fossa
navicular quea
urethritetem seu
comego ; invadindo subsequentementeas diversus porgoes
da urethra,
passandoao
canal ejaculador
, a
vesieula seminalao
conaldefferente
, ao
epididymo;e em
algunscasos a
inilammagao attinge
a
glandula.
Esta theoria apresentada
por
Velpeaue
ai-
cord acha defensores
nos autores
Gaussail,
Aubry
e
CasteInaue
nOs a acceitamos eomo a
que
melhor
explicaa
pathogenia da orchite.
Amtomia
pathologica.
pathologicas da orchite blenorrhagica
tem sido diversamente
explicadas.
Roehoux admitteque
a
sede da inflammagaoe a
vaginal,
onde existeum derramamento
deserosidade que d
&o vo -
Em
tres campos
oppostosT
As lesoes analomo
-
r
6
lume
ao tumor , outros acreditam ser o
testi-
eulo
e
outroso
epididymoa
sede do mal.
Ve-
jamos
a
que resultado chegouo
professor Velpeau que,
depois deestudos
apurados, nos diz
: 1°, e em
respostaa
Rochoux, a
tunica vaginalnem
sernpre 6 sede dederramamentos
na
orcliite ; 2°,
quando existe estederrama -
mento nao
e elle mais de unisexto , ura
quinto,
uni quarto
, um ter
50,
eraramente a
metade do volume dotumor
; 3° , e
0 epididymo ordi-
nariainente
a
sede principale
algumasvezes a
sede unica da
inflamma
^
Lo; 4° ,
0 volume dotesticulo
e
ordinariamente 0 duploou
0 triplodo
normal
; 5°,
linalmente, um empastamento e
infiltragao doescroto apreseuta - se como com -
plemento da tumelacgao
.
E’
, como
vimos, para
Velpeau 0 epididymoa
principal sede da lesao ; nelle depositam- se
os
productos plasticos,
avolumando- o e
alte-
rando algumas
vezes nao
sd os tecidos que orodeiam como as
paredes deseus canaes
;em sua eavidade
encontrain- se
producpoes inflam-
matorias
e pus ; e
6'a
eauda do epididymo1 quemais alterada flea
.
As lesoes doscanaes sao
ainda hypdtifeticas
e
paraa
vaginalencon -
tram - se
vestigios de inflammagaoe
derrama-
mento
liquido.
i
T
Symptomas . —
Se bent quenem semprea
moles-
tia
antes
de conflrinar- se
apresente symptoinasprodromicos
, comtudo
innumerasvezes estes 1
7
existem
, e sao us
seguintes; calafriosrepetidos,
febre
,
Lnappetencia,
dores maisou menos
inlen-
sas que , tomando seu
ponto de partidano pe -
rineo ou collo da bexiga
,
irradiam- se para a
regiao lombar
,
rinse
bolsasescrotaes
;outras
vezes , o
que e muitocom mum ,
estas doressao
substituidas por
uma sensagao
de peso perineale
frequentes desejos dem
icgao.
Quer existarn
ou nao
esles prodromos, a mo -
lestia
apresentao
seguinte quadro,
formado porsymptomas geraes
pouco intensos, a
saber: febre,
calafrios,
inappetencia,
insomnia, mau
es '
ar, nauseas ,
vomitos,
constipagao de ventre (Philips), e
symptomas loeaes: 1° ,
dores que, a
principio
pouco
iutensas,
exaeerbam- se
de talforma
em
alguns doentes quearrancam -
lhesgritos angustiosos
, e
nelles produzem verdadei-
ras syncopes
;outras vezes estas dores ,
que di-
minuem sempre pelo
repouso e
augmentam- se
pela
pressao , nao sao
muito intensas, e o
doentequeixa
- se
deurn
pesoou const
ricgaona
regiaoescrotal
.
Quer exista dor intensa,
quer existapeso , a
praticanos ensina que estes
symptomasaggravam - se
de maisa
maisate o
4°ou
5° dia,
para
depois diminuiremou
inesmo desappare-
cerem .
2°,
tumefacgao: 0escroto
inflamma- se ,
torna
- se tenso ,
luzidio e iniiltrado.
Quantoao
volume apresentado pelo
escroto ,
nada ha deconstante ,
podendo apresentur o tamanho deum pequeno ovo
de gailinhaou
do punho fe-
\j
9 /
P9 &
/8 I
cbado
do uin adulto. A
forma, que
e ordina-
riamentea
deum
oito decontas ,
pcide variar, e
para
isto bastaque
sejaaffectado o epididymo
sdmeute , ou este e o
cordao, ou finalmente que a
turgidez destaspartes
seja acompanhada dederramamento
vaginal.
A consistencia depende doderramamento e nao
da tunica vaginal ;no
primeiro
caso temos um tumor
uniformee en -
dureddo
, no
segundotemos um tumor em
forma de oito decontas ,
apresentandoem sua
parteanterior
o
testiculocom a
consistencia que ihe e propria, e na
parte posterioro
epididymoavo -
lumado
e endurecido
; phenomenosestes
que estendem- se ao
cordao,
acarretaudopara o
doente doresutrozes .
Alem destessymptomas outros
sao
descriptos pelosautores
;porem a sua pouca
frequencia leva
- nos a
passal- os em
silencio.
Tres
sao os
periodos percorri-
dos pelo mal que
nos occupa
:1
°,
periodo deascensao
; 2°,
de estado,
que vaiate
o laou
5°dia; 3
° ,
de resolugaoou
chronicidade.
Dura
^
ao. —
Quando o maltem
de terminar- se
pela resolugao
, oquee
rnaiscommurn , suadu -
ragao varia de 15
a
25ou
28 diasj podendo durarmenos
tempose
tivero
doentese
sujei-
tado
a uma
medicagao apropriada.
Terminacao . — A
resoiugaoe a
maiscommurn
das terminagoes ;
entretanto a
molestia pdde passarao estado
chronieo, ou
ainda terminar- se
Marcha .
A
\
> 9 l Oft
9 l
*
por suppuragao , gangrenaou
atrophia doorgao ;
porem estas
ultimas terminagoessao
muitissimoraras e
aindanao
tivemos occasiao de ohservarsenao
umcaso
terminando- se por chronicidade.
Prognostieo . —
Gerahnentenao comporta gra -
vidade
, a nao
set- a
esterilidacle dosindividuos
acommettidos do orcliite dupla ;
por
6m
Peterrefere
- nos um caso
do peritonite consecutivaa
orcliite
e
eslemesmo autor
dizser
istoum
facto muito excepcional
.
OEOHITE
NAO BLENORRHAGIOADeftnigao . —
Chama- se
orcliitenao
blenorrha-
gica
a
inflaminagao do testiculo independente de blenorrhagia.
Etiologia
.
Para explicaro
apparecimento deste estado inorliido, que raras vexes
observa-se na
pratica, os autores
dao-
lhecomo causa
:1
° ,
todasas
variances do thraumatismo does -
eroto
; 2a, os excesses
do coito,
dae
< j uitagaoe
dansa; 3
°, as
irritagoes da urethra pelas in-
jecgdes causticas;1°, asondagem; 5
° , as
ailechoes dasvias genito-ur
inarias, corrimentos ure trues
thrauinaticos,
herpeticos e catarrliaes,
oalculos vezicaes, a
masturbagaoeo
grandees
forgo paracarregar
grandespesos .
Symptomas . —
Quakjuer que sejaa causa
lem-brada
para
explicaro
apparecimento destees -
r
V 5 J Off * '
10
tado inorbido
,
o mal aqui, como na
orchite ble-
norrhagica
, localisa - se no
epididymo, apresenta
symptomas
destacom menor
intensidade, e o tumor nao e tao
resistcnte,
duroe
dolentena
orchite
nao
blenorrhagicacomo o
6na
blenor-
rhagica
.
Martha
, Duragao e Terminagao. —
De marcharnuito mais rapida
q u e a
forma blenorrhagica,apresenta a
fbrmanao
blenorrhagicauma
du-
raqao variavelde
8,
10a
15 dias, e
ordinaria-
mente
termina- se
pelaresolucao , a nao ser
casos
rnuito excepcionaes, ern que a
terminagaod&
- se
pelasuppuragao ,
fungusou
estado chro-
nico
.
Prognofilico
. —
Variacom a causa que
produzo
mal.OUCIUTK CHRONICA
Dgfinigcto
.(lammagao do testiculo
.
caracterisadapor
uniconjuncto de
symptomas
depouca
agudezae re -
vest
indo- se
de inarcham. lenta.
E’
a
orcliite chronicauma
artecgao tal,
quepor seu
respeitoos
mestres dividein- se em tres
campos
vastos eoppostos. Algunsautores , em
cuja vanguarda acha
- se Oufourt ,
que, nao
ob-
servando caso
alguin deste malem sua
clinica,
e
vendo que
grandeparte
dos autores que delle trataram confundiram-
nocom os
tuberculose
Chama
- se
orchite chronica a in-
1
VS ] 10 °
m
11
outras
alfecQoesdo testicu lo, chegoua
negara sua
existencia
,
dizendoque
aorchitechronicaerauma
visao iiathologica ;
outros ,
Churlinge
Nargaud,
sustentam
queeste
estadomorbido e
muitocommum
:e
flnalmente A.
Cooper,
Nelaton,
Gusseiin
Brossi,
talvezpor
mais timoralesou
porterem estudado
com
mais alincoa questao ,
tomarain
o
meiotermo, nao concordando com os
primeiros
, por
issoque admittem a
orchite chro-
nica
, nem com os
segundos,
porque,
longe de estenderemvastos
horizontesa esta
molestia,
limitaram - no o
mais possivei, exprimindo- se
nesles
ten nos
: «aexistencia da orchitechronicae
real ; poremraras vezes esta
molestiase nos a presen
t,a .
» Nao sd pelos fac. tos
incontestaveisapresentados por
estes mestres, como
tambemporque
admiBindoas
inllammagues chronicas do parenchyma dosoutros orgaos, somos
levadosa
acceitara
orchite chronicacomo
existindorealmente
, e
deiiaoccupar - nos -
hemos, come -
gando
por sua
divisao.
Di
visao .
A orchite chronica divide- se em
simples
e
syphilitica.
Tratandoem
primeiro lu-
gar
da simples, vamos comegar por sua
etio-
logia
.
ORCHITE CHRONICA
SIMPLES
l a
IFecqao divideEtiologia. Em- se
relagaoem
primitivaas suas e causas
secundaria, esta .
\J 9 hoov
t 12
A
primitiva
reconljecepor causas as mesmas
que
dao lugar & orcliitenao
blenorrhagica, com a
dilTorengaque , para
produzirem- na , as cau -
sas
devemactuar
mais lentae
repetidamente( Berard ) .
A orcliite secundarianao
6 maisdo que a
continuaqao da forma aguda, gramas ao descuido dos
pacieriles que, on nao se
sujeita-
ram em
tempoopportuno a uma
medicaqaoracional , ou na coijvalescenQa
entregarara- se a exeessus
de todoo
generO.
A.
Cooper aindaeoV -
loca
no numero
dascausas o
frio ea liumi -
dade
.
Anatomia patkohgica . —
No parenchyma do testiculo, eem uma extensao
variavel, tern lu -
gar a exsuda
^ ao
douma substancia
homoge-nea e amarellada que ,
de consistencia, molleem sen
de lal Idrmacomeco endureclda e , torna - se com o
adlierenteoorrer ao
dos diastecido
do testiculo que delle dURcilmente podeniol-a
separar
. 0
epidldymonao raras vezes
_ etarn
§ i-
hem
a
sede destaexsudacao ,
tornando-se es
-pesso e
tumelacto.
Esta exsudagao pOde terminar
- se ou
por ab-
sorpgao ,
dependendo isi.o
deam tratamento em tempo
applicado, ou
,no caso
contrarlo,
pgloendured men to
doex . su dado ,
atrophia do testi-
culoe cartilaginiflcaijuo da albuginea
,
ou aindapelo apparecimento de fistulas
e eliminacao
do testiculo
.
v 9 lief
13
Se
a
affecgaosuccede a
orcliiteSymptomas
.
aguda
,
istotcm
lugar pela. resolugao incom-
pleta da inflammagao; se
, porem ,
e primitiva,
nada a
principioa
visaao
paciente doma
1 que dellese
cjuei* apoderar.
Maistarde
adquirindoo
testiculo tal onqua
]desen
volvimento, um
cortejo
de
symptomas despertao
paciente, an
-nunciando
-
lltea
iiivasao do inal.
Vejamos
os sym
\itomas: mrissimas vezesexis-
tem dores
intensase
espontaneas,
sendu ordi-
nariamente
a
sensagao incommoda de peso testicularcom
dores fiigazesao
longo dowr -
dao
os
unicos symptomas suiijectivos.
Como symptomas oI >jectivos
ternos o a
ugmen
i. (> de vt>-
lume ,
resistenciae
durezado
testiculo, sen
doesta
mais pronunciadana parte inferior
doorgau
e estendendo-se
ao epididyino,
que nao
raras vezes
lormacom
o testiculo umso corpo ,
podendo
ontras vezes conservar - se distincto
daglanduia ;
a
pellc escrotalas
mais dasvezes
conservu
a cor
eestructura normaes , tao so -
ilrentedistendida, outras
vezes
, porem, apresen -
ta
- se adherents ao testiculo
e oil’erece
uleera-
goes
e
fistulas, por
ondetem
lugar o escoainonto
do
pus e a
eliiiiinagaodo
orgau ;para
ocanal
defferente nada ha de auormal;a
vaginale
sede de
um pequeno derramamento (
60a
80grammas
Curling),
queora
absorve- se , ora
en-
kista
- se
; linalmente Xelaton observouque a
cOravermelhada do sperma
6um
symptomacon -
\ J 9 ] u > 1 ' J
i
14
stante , nao
impedindo, porem , esse
factoos con -
gresses
sexuaes , uem
tirandoa
propriedadefecundante
deste liquido.
Mcu
'cka .
Berncomo
indicaseu nome ,
esleestado
tem
uina mareha longae
chronicacom
alternativas de melhora
on
peiora, conforme a
boa
ou
ina hygienea
que sujeita- se o
paciente.
/hiracao
.
Peio que fica dito da marclia, claroesta
que esta molestiae
de longa dura- yao, nau nos sendo
possivel precisaro
tempoque ella
percorre .
Tenninacm
.—
E‘ de todasa
mais frequentea
terminayao pela resoluyao,
porema
sciencia registra factos de orchites chronicas termina-
das pela
suppurayao
e fungus do testiculo.
Proynostico
. Pouco grave ordinariamente,
pdde revestir
- se
decerta
gravidade,
depen-
dendo isto do
modo
de vida do doentee
dascomplicayoes
.
OROHITE
SYPHILITICA
Si/
no nymia . —
Orcliite
syphilitica,
testiculo sy-
pliilitico
,
sarcocele syphilitica,
albuginite sy-
philitica
.
Comestes nomes sao
descriptas asinflammayoes chronicas do testiculo influencia
-
das pela infecyao syphilitica
.
Etiologia
. —
E! univocaa causa
proximae
determinant da orchite
syphilitica ;e esta
\ ; 9 | io 5 i
15
m*i
para Ricord ,
Lancereaux eRindfleisch nao e
mais do que
a
manifestagaoprecoce
da syphi-
lis terciaria
.
Comocausas
occasionaes, a
scien-
cia
nos
indicaas contusoes ,
masturbagoese excessos venereos , a
excessiva continencia, e
principalmente
a
lierauga.
Anatomia pcithologica . — E m diffusa ou
inler-
sticial
,
circumscriptaou gommosa ,
e por Lan-
cereaux
divididaa
orcliite syphilitica.
Naprimeira
a
albuginea aciia- se
espessada,e
anormalmente avolumados
os
septosradiados
divisores do lesticulo
.
Os septos avolumados comprimindoos canaes seminiferos ,
o testiculo soil're a
transformagao iibrograxa.
O cordaospermatico
, que
de ordinario nada soffre,
acba-
se
algumasvezos
cornpromettidoe
formacom
o
testiculouma massa
unica.
Na cavidade davaginal ha liquidos que absorvidos dao logar
a
adherencias entresuas
duas follias.
Na fdrma circumscripta que
,
seja dito depas -
sagem ,
existe muitasvexes com a
fOrma diffusa,
o tumor ou
tumorestern por
sedea
tunicaex -
terna
deum vaso
n u d eum
tubo testicular, e
apresentam volumes iguaes
aos
das lentilhasou mesmo aos
depequenos ovos .
Cortados pelaparte
media
estestumores
offerecemem suasu -
perficie deseeqao
, uma porgao
amollecida e decor
amarelladaou
acinzentada.
E’
a
glandu
laa
parte de predilecgao parav 9 | i pay
-V
10
estes tumores
quesecundariamenle esteiidem - se
ao epididymo e
cordao.
Sytrvptomas . —
Quer acominettaa
um,
quera
ambos os
testieulos,
eestavariedade deorcliites. h * B
de
taJ
forma insidiosaem seu
inicioque , a nao ser o
augmento do orgao doente, o
pacientenao
seria avisado1 do
seu
estado"i i'1-.
Outrasvezes nao
e
a
hypertrophia, mas sim a
atrophia dotesti -
culo
o
primeiro symptomaobservado.
A.
Coopere Ricord em suas
preciosas obras,para porem -
nos
de sobre-
aviso,
dizem que algumasvezes a
orchite syphilitica e precedida de dores
, notan -
do
- se
queestas
incrementam- se a
uoutepara
diminuirem
ou
desappareceremcom o
despontardo dia
.
Sejacomo tor , o
factoa
estabelecer- se e
que
, uma vez
apparecidoo tumor, a
glandulatesticular trocando
sua
fdrma normal pela hes-
pherica
,
quadrilateraou
depera
,apresenta -
se - nos
irregular,
cheiade
saiiencias,
bossas, no -
dosidades
,
e deconsistencia dependenteda maiorou menor concregao
de liquido derramadona
’I' f 1 L . jfrT P^rl P
—
i ] »vagiiiai
.
0 epididymo acha- se
espessadoe
augmentado de volume
, clando - se este mesmo
facto
para o
cordao: paraas
tunicascscrotaes tudo
e normala nao
haver alguma terminaijao excepcional da orchite.
0funcclonalismo
doorgao
perturba- se em
rela?ao
directacom o
progresso
da molestia.
Marcha,
Duraqao , Terminagao .
1
H
De marcha
17
lenta
e
longaduraeao, a
orchiteterminate or -
dinariamente pela resolu$
ao
e excepeionalmente
pela
transforma <
?ao
calcareaou ossea , e
pelasuppuraqao ou
fungus.
Prognostico
.—
Deveser sempre grave e
serioo
juizo prognostico deste estado morbido.
Fibroma do testiculo
Dejmigao
.—
Fibroma, tumor fibrosoou
dege-
nerescencia fibrosa do testiculo
, sao
denomina-
tes
diversas dadas pelosautores ao
testiculo invadido pelo tecido fibroso.
Etiologia
. —
Diversastern
sidoas causas
apre-
sentadas pelos
autores ,
flgurandono numero
dellas
as
orehites, quer
simplesquer
syphili-
ticas
,
e atrophia do testiculo.
Para Gosselina
anemia do testiculo privando
seus
canaliculos dos liquidos nutritivos,
estes canaliculos do-
bram
-
se sobre simesmos ,
transformam - se em
cordas duras
e com o correr
dostempos passam ao
estado fibroso.
r
Symptomas
. —
Qualquer que sejaa causa
ge-
radora* * i » do mal
, este
apresenta- se -
noy da seguintemaneira: augmentoasmais das
vezes
considera-
vel do
orgao
;endureciniento com urn ou outro
ponto amollecido ; ausencia de dor, e um
eonsi-
deravel peso que
muitotorturando ao doente ,
vs / to * 1
18
obriga
-
o aprocurar os
euidadosdo
cirurgiao.
0
tumor
e de tal consistencia tpie, ao ser
inci-
sado, range sob
o
escalpelio,
apresentandoem sua
superllcie desecgao uma
rede vascular,
al-
gumas
vezes
kistose
product/® calcareos;o
caso
observado por Chruvellier confirmacsta
assergao.
Encliondroma
Synonymia . —
Chondroide,
chondroma, osteo
-condrophylo
e
encliondroma do testiculoe
unitumor caracterisado
pela producgao desubstan-
cia cartilaginosa
no
testiculo.
Etiolofjia
. —
Quantoa
existencia deste malos
autores sao
Concordes,e
muitassao as causas
apresentadas
por
elles.
As diatheses scrophu-
losas e syphiliticas
sao para
algunscausas
im-
portant
es
; Paget appella paraa
heranga ; A, Cooperpara a
orchite blenorrhagica ; Wirchoue
Mullerpara o
thraumatismo;porem a
con-
firmagao destas opin ides depende de grande
nu -
mero
defactos a
observar- se .
Qualquer quesejaa causa para
explicaro
apparecimento damo -
lestia
, a
observagaotern
demonstrado quea
affecgao sempre unilateravel affecta
ora o tes -
ticulo direito
, ora o
esquerdoe
quetem
predi-
lecgao pelo periodo
m
6dio da vida,
18a
10annos .
"7