!
CONCEITO:
!
C.A.B.M: é um tipo de avença entre a administração e
terceiros na qual, por força da lei, de cláusulas pactuadas
ou do tipo de objeto, a permanência do vínculo e das
condições preestabelecidas sujeitam-se a cambiáveis
imposições de interesse público, ressalvados os interesses
patrimoniais do contrato privado.
!
H.L.M: é o ajuste que a administração pública, agindo nessa
qualidade, firma com particulares ou outra entidade
administrativa para a consecução de objetivos de interesse
público, nas condições estabelecidas pela própria
administração.
!
É ajuste estabelecido entre a administração pública,
agindo nessa qualidade, e terceiros, ou somente entre
entidades administrativas, submetido ao regime jurídico
de direito administrativo para a consecução de
objetivos de interesse público.
!
Depende de prévia licitação, sob pena de ser considerado
inexistente, inválido e ineficaz;
!
Submissão as regras de direito administrativo e ao regime
jurídico administrativo: prevalece normas de direito público;
◦
OBS: a parte de remuneração é regida pelo direito privado, somente
admitindo modificação com anuência do particular.
!
Presença da administração em um dos polos do contrato;
!Desigualdade entre as partes;
!
Mutabilidade: há diferença para direito civil nesse ponto,
pois lá predomina o pacto sunt servanda(imutabilidade);
!
Existência de cláusulas exorbitantes: poderes especiais para
a administração, tais como: revogação unilateral por
interesse público; aplicações de sanções contratuais;
alteração unilateral do objeto do contrato.
!
Formalismo;
!
Bilateralidade;
!
Comutatividade: partes com obrigações reciprocas.
!
DIFERENÇAS PARA CONTRATO PRIVADO:
Contratos privados
Contratos administrativos
Regras de direito privado
Regras de direito público
Normas gerais no CC
Normas gerais na Lei 8.666
Igualdade entre as
partes(horizontalidade)
Desigualdade entre as
partes(verticalidade)
Cláusulas imutáveis(pacta
sunt servanda)
Mutabilidade unilateral
Defesa de interesses
privados
Defesa de interesses
públicos
Art. 22. São modalidades
de licitação:
I - concorrência;
II - tomada de preços;
III - convite;
IV - concurso;
V - leilão.
…
§ 1o Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. § 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem
a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
§ 3o Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados
ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na
correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
§ 4o Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico,
científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias. § 5o Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis
inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a
alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 6o Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada
novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 7o Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a
obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, essas circunstâncias deverão ser
devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.
§ 8o É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo.
§ 9o Na hipótese do parágrafo 2o deste artigo, a administração somente poderá exigir do licitante não
cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que comprovem habilitação compatível com o objeto da licitação, nos termos do edital. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 23. As modalidades de licitação a que se
referem os incisos I a III do artigo anterior serão
determinadas em função dos seguintes limites,
tendo em vista o valor estimado da contratação:
DECRETO Nº 9.412, DE 18 DE JUNHO DE 2018
Atualiza os valores das modalidades de licitação de que trata o art. 23 da Lei nº 8.666, de 21
de junho de 1993.
Art. 1º Os valores estabelecidos nos
incisos I e II do caput do art. 23 da Lei nº
8.666, de 21 de junho de 1993
, ficam atualizados nos seguintes termos:
I - para obras e serviços de engenharia:
a) na modalidade convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais);
b) na modalidade tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil
reais); e
c) na modalidade concorrência - acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil
reais); e
II - para compras e serviços não incluídos no inciso I:
a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais);
b) na modalidade tomada de preços - até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e
trinta mil reais); e
c) na modalidade concorrência - acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e
trinta mil reais).
Art. 2º Este Decreto entra em vigor trinta dias após a data de sua publicação.
Brasília, 18 de junho de 2018; 197º da Independência e 130º da República.
Art. 24. É dispensável a licitação:
Vide Lei nº 12.188, de 2.010 Vigência
I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez
por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do
artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma
mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da
mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas
conjunta e concomitantemente; (Redação dada pela Lei nº
9.648, de 1998)
II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por
cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo
anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei,
desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço,
compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada
de uma só vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
!
São regras que conferem poderes contratuais especiais,
projetando a administração pública para uma posição
de superioridade diante do particular contratado.
!
São aplicáveis ainda que não estejam previstas
expressamente no contrato;
!
Principais cláusulas exorbitantes:
!
1) exigência de garantia: garantia com relação à possível
inexecução do contrato; no entanto é direito do contratado
optar pelas seguintes modalidades de garantia: a) caução
em dinheiro ou títulos da dívida pública; b) seguro garantia;
c) fiança bancária.
!
2) alteração unilateral do objeto: lei autoriza que a
administração modifique unilateralmente o objeto do
contrato para melhor adequação interesse público.
!
Limites da alteração unilateral: a) até 25% para obras,
serviços ou compras; b) até 50% reforma em edifício ou
equipamento. Há direito do contratado em manter o
equilíbrio do contrato.
!
3) manutenção do equilíbrio econômico-financeiro:
qualquer circunstância especial capaz de alterar a margem
de lucro do contratado autoriza uma modificação no valor
devido ao contratado. É o dever de manutenção do
equilíbrio custo-remuneração.
!
4) Inoponibilidade da exceção do contrato não
cumprido: nos contratos privados um parte pode deixar de
cumprir sua parte no contrato se o outro parar de cumprir a
sua. Nos contratos administrativos essa regra não se aplica.
O contratado só pode suspender a execução do objeto
do contrato após 90 dias de inadimplemento pela
administração e desde que não haja justa causa. Art.
78,XV,Lei 8.666/93.
!
5) Rescisão unilateral:
!
O art.58 da Lei 8.666/93 disciplina a prerrogativa da
administração em rescindir unilateralmente os contratos
administrativos.
!
O art.78 dispõe sobre as hipóteses de rescisão: a) por
inadimplemento do contratado – administração pode
rescindir sem indenização; b) por insolvência ou
falência do contratado - administração pode rescindir
sem indenização; c) por razões de interesse público
(art.78,XII) – faz jus o contratado à indenização pelos
prejuízos e lucros cessantes; d) caso fortuito ou de
força maior – há também direito de indenização ao
!
6) Fiscalização: a administração pode e deve
fiscalizar a execução do contrato diretamente ou
através de terceiros. (art.67)
!
7) Aplicação de penalidades: a administração
pode sancionar o contratado pela inexecução total
ou parcial do objeto, com penalidades: a)
advertência; b) multa; c) suspensão temporária
do direito de participação em licitação e
impedimento de contratar com a administração, por
prazo não superior a dois anos; d) declaração de
inidoneidade para licitar ou contratar;
!
8) Ocupação provisória: o art.58,V faculta à
administração, nos casos de serviços essenciais,
ocupar provisoriamente os bens móveis, imóveis,
pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato.
!
O equilíbrio econômico-financeiro do contrato tem previsão
constitucional (art.37,XXI,CF) e legal (art.57,§1º e art.65,II,d);
!
Trata da relação custo-remuneração;
!
A manutenção do equilíbrio é um direito do contratado e
decorre do princípio da boa fé e também da busca do
interesse público primário, tendo como fundamentos a
teoria da imprevisão.
!
A garantia do equilíbrio obriga o contratante a alterar a
remuneração do contratado sempre que houver
circunstância excepcional capaz de tornar mais oneroso a
execução do contrato.
!
A alteração remuneratória dar-se por reajuste ou por
!
Reajuste: é a atualização do valor remuneratório
por perdas inflacionárias ou aumento nos insumos.
Ocorre através da apostila e tem previsão
contratual.
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Revisão: são alterações/aumentos no valor efetivo
do contrato, quando não for cabível o reajuste.
!
Tipos de revisões na remuneração do
contratado:
!
1) Alteração unilateral do contrato: o
contratante realiza modificações qualitativas ou
quantitativas no objeto contratual (art.65§1º e 4º);
são circunstâncias internas. Ex: aumento
quantidade de ruas a serem calçadas;
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2) Fato do príncipe: é todo acontecimento
externo provocado pela administração
contratante que não diga respeito ao contrato,
ou seja, ‘sob titulação diversa da contratual’.
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É determinação estatal, positiva ou negativa,
geral, imprevista ou imprevisível que onera
substancialmente a execução do contrato e,
uma vez intolerável e impeditiva, obriga o Poder
Público contratante a compensar integralmente
os prejuízos suportados pela outra parte.
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Ex: aumento tributo da esfera federativa
!
3) Fato da administração: é a ação ou omissão da
administração contratante que retarda ou impede a
execução do contrato.
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É toda ação ou omissão do Poder Público que
incidindo direta e especificamente sobre o contrato,
retarda ou impede sua execução. Ex: não faz
desapropriações que antecedem a fazer ponte. Esse atraso
tem gerar impacto para implicar em reajuste.
!
4) Teoria da imprevisão (álea econômica): é todo
acontecimento externo ao contrato, de natureza
econômica e estranho a vontade das partes,
imprevisível e inevitável, que cause desequilíbrio
contratual.
!