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Imputação de dados em experimentos fatoriais 2

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Academic year: 2021

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(1)Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciˆencias Exatas e da Terra Programa de P´os-Gradua¸ca˜o em Matem´atica Aplicada e Estat´ıstica. Jordˆ ania Furtado de Oliveira. Imputa¸c˜ ao de dados em experimentos fatoriais 2k. Natal, 2017.

(2) Jordˆania Furtado de Oliveira. Imputa¸c˜ ao de dados em experimentos fatoriais 2k. Trabalho apresentado ao Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em Matem´atica Aplicada e Estat´ıstica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento com as exigˆencias legais para obten¸ca˜o do t´ıtulo de Mestre. ´ Area de Concentra¸ca˜o: Estat´ıstica. Orientadora: a. a. Prof . Dr . Carla Almeida Vivacqua. Natal, 2017. Probabilidade e.

(3) Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN Sistema de Bibliotecas – SISBI Catalogação da Publicação na Fonte - Biblioteca Central Zila Mamede Oliveira, Jordânia Furtado de. Imputação de dados em experimentos fatoriais 2𝑘 / Jordânia Furtado de Oliveira. - 2017. 154 f. : il. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Exatas e da Terra, Programa de Pós-Graduação em Matemática Aplicada e Estatística. Natal, RN, 2017. Orientador: Prof.ª Dr.ª Carla Almeida Vivacqua. 1. Dados faltantes - Dissertação. 2. Experimento incompleto Dissertação. 3. Fatorial fracionado - Dissertação. 4. Método de estimação Dissertação. I. Vivacqua, Carla Almeida. II. Título. RN/UF/BCZM. CDU 519.242.

(4) Jordˆania Furtado de Oliveira. Imputa¸c˜ ao de dados em experimentos fatoriais 2k Trabalho apresentado ao Programa de P´osGradua¸c˜ao em Matem´atica Aplicada e Estat´ıstica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento com as exigˆencias legais para obten¸c˜ao do t´ıtulo de Mestre. ´ Area de Concentra¸c˜ao: Probabilidade e Estat´ıstica. Aprovado em: 27/04/2017. Banca Examinadora:. Profa . Dra . Carla Almeida Vivacqua Departamento de Estat´ıstica - CCET/UFRN Orientadora. Profa . Dra . Linda Lee Ho Departamento de Engenharia de Produ¸c˜ao - Escola Polit´ecnica/USP Examinador. Prof. Dr. Marcus Alexandre Nunes Departamento de Estat´ıstica - CCET/UFRN Examinador.

(5) Dedicat´ oria. Dedico este trabalho a Deus e minha fam´ılia.. i.

(6) Agradecimentos Ao Deus pai e Jesus Cristo o filho e Maria por serem luz em momentos dificuldades. ` minha fam´ılia por sempre estarem ao meu lado, por todo o apoio e ajuda e por A me ajudarem a n˜ao desistir. Muito Obrigada a todos por tudo! Aos amigos que me ajudaram e em especial meus amigos Nat´alia e Daniel pelos incentivos e amizade. ` minha vozinha Maria (In memoriam) por todo amor e cuidados. A ` minha orientadora Carla e aos membros da banca de qualifica¸c˜ao, professores A Linda e Marcus pelas dicas, sugest˜oes e conhecimentos transmitidos..

(7) “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13) iii.

(8) Resumo Experimentos fatoriais completos e fracionados com dois n´ıveis s˜ao muito usados em diversas ´areas do conhecimento e, especialmente na ind´ ustria. Para analisar tais experimentos ´e necess´ario que todas as combina¸c˜oes planejadas de tratamentos sejam executadas e as respostas sejam obtidas. No entanto, na pr´atica, muitos experimentos deixam de ser completados devido a problemas de log´ıstica, tempo, ou limita¸c˜oes do or¸camento. Esses experimentos s˜ao chamados de incompletos. Com o intuito de analisar adequadamente tais experimentos, diferentes m´etodos s˜ao propostos na literatura. Este trabalho tem o objetivo de apresentar, comparar e fazer reflex˜oes cr´ıticas de m´etodos para estimar dados perdidos em experimentos fatoriais com dois n´ıveis. Palavras chave: Dados faltantes; Experimento incompleto; Fatorial Fracionado; M´ etodo de estima¸c˜ ao..

(9) Abstract Two-level full and fractional factorial designs are widely used in various fields, especially in industry. To analyze such experiments it is necessary that all planned treatment combinations are performed and the responses are obtained. However, in practice, many experiments fail to be completed due to logistical problems, time or budget constraints. These experiments are called incomplete. To properly analyze such experiments, different methods are proposed in the literature. This study aims to present, compare and make critical reflections about methods for estimating missing data in two-level factorial experiments. Keywords: Missing data; Incomplete experiment; Fractional factorial; Estimation method..

(10) Lista de Figuras 2.1 2.2 2.3 2.4. 3.1 3.2 3.3 3.4. 4.1 4.2. Planejamento 23 (Adaptado de Montgomery e Runger (2007)) . . . . . Gr´aficos de probabilidade semi-normal do Exemplo 2.3. . . . . . . . . . Gr´afico de probabilidade semi-normal (2 respostas perdidas - Caso 1) do Exemplo 2.4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gr´afico de probabilidade semi-normal (2 respostas perdidas - Caso 2) para o Exemplo 2.4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gr´afico de probabilidade semi-normal com os dados perdidos estimados (Exemplo 3.2). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gr´afico de probabilidade semi-normal (2 respostas perdidas - Caso 1) para o Exemplo 3.4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gr´aficos de probabilidade semi-normal para os dados do Exemplo 3.7. . Gr´afico de probabilidade semi-normal para os dados do Exemplo 2.1, com os ensaios (1) e ’a’ estimados pelo m´etodo de Qumsyehe e Kirchner (2011) para o Exemplo 3.8. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gr´afico do desempenho dos m´etodos segundo o DEN por problema para experimentos 23 e 24 em geral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gr´aficos do desempenho dos m´etodos segundo o DEN para experimentos 23 e 24 separados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. vi. 5 18 20 21. 33 40 46. 48. 59 60.

(11) Lista de Tabelas Defini¸co˜es das vari´aveis do processo de produ¸c˜ao qu´ımica do Exemplo 2.1. Matriz do delineamento e vari´avel resposta do processo de produ¸ca˜o qu´ımica do Exemplo 2.1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.3 Efeitos Estimados e coeficientes para y com os dados completos do Exemplo 2.1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.4 Matriz do delineamento e vari´avel resposta com dados perdidos para o Exemplo 2.1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.5 Compara¸c˜ao dos efeitos estimados e coeficientes de regress˜ao (dados completos X dados estimados) para o Exemplo 2.1. . . . . . . . . . . . 2.6 Coeficientes para y com dados em falta para o Exemplo 2.2. . . . . . . 2.7 Compara¸c˜ao dos coeficientes de regress˜ao (dados completos X dados perdidos X dados estimados) para o Exemplo 2.2. . . . . . . . . . . . . 2.8 Matriz do delineamento e vari´avel resposta (Y: Taxa de nitreto de sil´ıcio) do Exemplo 2.3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.9 Matriz do delineamento e vari´avel resposta (Y : Taxa de nitreto de sil´ıcio) - Duas respostas perdidas (Caso 1) do Exemplo 2.4. . . . . . . . . . . . 2.10 Matriz do delineamento e vari´avel resposta (Y : Taxa de nitreto de sil´ıcio) - Duas respostas perdidas (Caso 2) do Exemplo 2.4. . . . . . . . . . . . 2.1 2.2. 3.1 3.2 3.3 3.4. Matriz do delineamento e vari´avel resposta com dados perdidos para o Exemplo 3.1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Compara¸c˜ao dos coeficientes de regress˜ao (dados completos X dados estimados) para o Exemplo 3.1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Compara¸c˜ao para diferentes tipos de estima¸ca˜o do m´etodo de efeitos elementares para o Exemplo 3.2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . N´ umero de efeitos por tipo de efeito e tamanho do experimento para experimentos 23 e 24 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. vii. 9 9 9 10 13 14 15 17 19 20. 23 28 32 34.

(12) 3.5. 3.6. 3.7 3.8 3.9 3.10 3.11 3.12 3.13. N´ umero de equa¸co˜es e sistemas no Passo 2 do m´etodo de Efeitos Elementares por tipo de efeito, quantidade de dados perdidos e tamanho do experimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Combina¸co˜es de tratamento por tipo de casos poss´ıveis das equa¸c˜oes do Passo 2 do m´etodo de Efeitos Elementares, no caso de um experimento 23 e 2 respostas perdidas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Compara¸c˜ao dos coeficientes de regress˜ao (dados completos X dados perdidos X dados estimados) para o Exemplo 3.3. . . . . . . . . . . . . Compara¸c˜ao dos coeficientes de regress˜ao (dados completos X dados perdidos X dados estimados) para o Exemplo 3.4 - Seperf´ıcie de Resposta. Matriz do delineamento e vari´avel resposta para o Exemplo 3.5. . . . . Comparando os coeficientes para y: dados completos X dados perdidos X dados estimados para o Exemplo 3.5. . . . . . . . . . . . . . . . . . Comparando os coeficientes para y: Dados completos X dados perdidos X dados estimados para o Exemplo 3.6. . . . . . . . . . . . . . . . . . Matriz do Delineamento de um experimento fatorial 23 . . . . . . . . . . Combina¸co˜es de tratamento por colunas a serem descartadas no Passo 1 do m´etodo de Superf´ıcie de Resposta, no caso de um experimento 23 e 2 respostas perdidas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Valores perdidos preditos por m´etodo e problema para experimentos 23 Valores perdidos preditos por m´etodo e problema para experimentos 24 Desempenho dos trˆes m´etodos segundo o DEN por problema para experimentos 23 e 24 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.4 Estat´ısticas do DEN por m´etodo e tamanho do experimento. . . . . . . 4.5 Melhor e pior m´etodo entre as vers˜oes EE segundo o DEN por problema 4.6 Melhor e pior m´etodo segundo o DEN por problema . . . . . . . . . . . 4.7 Porcentagem de acerto utilizando Lenth. . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.8 Efeitos ativos utilizando o m´etodo de Lenth. . . . . . . . . . . . . . . . 4.9 Porcentagem de acerto utilizando Box e Meyer. . . . . . . . . . . . . . 4.10 Efeitos ativos utilizando o m´etodo de Box e Meyer. . . . . . . . . . . .. 4.1 4.2 4.3. 5.1 5.2. M´edia e desvio padr˜ao do DEN por m´etodo para os simula¸co˜es de Experimentos 23 - Caso 1. . . . . . . M´edia e desvio padr˜ao do DEN por m´etodo para os simula¸co˜es de Experimentos 23 - Caso 2. . . . . . .. viii. 4 modelos . . . . . . 4 modelos . . . . . .. para . . . para . . .. as . . as . .. 35. 36 38 39 41 41 42 43. 45 54 55 56 58 58 59 61 62 64 65. 73 73.

(13) 5.3 5.4 5.5 5.6 5.7 5.8 5.9 5.10 5.11 5.12 5.13 5.14 5.15. M´edia e desvio padr˜ao do DEN por m´etodo para os 4 modelos para as simula¸co˜es de Experimentos 23 - Caso 3. . . . . . . . . . . . . . . . . . Porcentagem de acerto utilizando Lenth para as simula¸co˜es de Experimentos 23 - Caso 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Porcentagem de acerto utilizando Lenth para as simula¸co˜es de Experimentos 23 - Caso 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Porcentagem de acerto utilizando Lenth para as simula¸co˜es de Experimentos 23 - Caso 3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Porcentagem de acerto utilizando Box e Meyer para as simula¸co˜es de Experimentos 23 - Caso 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Porcentagem de acerto utilizando Box e Meyer para as simula¸co˜es de Experimentos 23 - Caso 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Porcentagem de acerto utilizando Box e Meyer para as simula¸co˜es de Experimentos 23 - Caso 3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . M´edia do DEN por m´etodo para os 4 modelos para as simula¸c˜oes de Experimentos 24 - Caso 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . M´edia do DEN por m´etodo para os 4 modelos para as simula¸c˜oes de Experimentos 24 - Caso 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Porcentagem de acerto utilizando Lenth para as simula¸c˜oes de Experimentos 24 - Caso 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Porcentagem de acerto utilizando Lenth para as simula¸c˜oes de Experimentos 24 - Caso 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Porcentagem de acerto utilizando Box e Meyer para as simula¸c˜oes de Experimentos 24 - Caso 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Porcentagem de acerto utilizando Box e Meyer para as simula¸c˜oes de Experimentos 24 - Caso 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. ix. 73 75 75 76 76 76 77 78 78 79 80 80 80.

(14) Sum´ ario 1 Introdu¸c˜ ao. 1. 2 M´ etodos de An´ alise 2.1 Introdu¸ca˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.2 Siddiqui e Yang (2010) - Apresenta¸c˜ao . . . . 2.2.1 M´etodo de Efeitos Elementares . . . . 2.2.1.1 Exemplo 2.1 . . . . . . . . . . 2.2.2 M´etodo de Superf´ıcie de Resposta . . . 2.2.2.1 Exemplo 2.2 . . . . . . . . . . 2.3 Qumsyehe e Kirchner (2011) - Apresenta¸c˜ao . 2.3.1 O m´etodo . . . . . . . . . . . . . . . . 2.3.1.1 Exemplo 2.3 - Uma resposta mento fatorial 24 . . . . . . . 2.3.1.2 Exemplo 2.4 - Duas respostas mento fatorial 24 . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . perdida em um experi. . . . . . . . . . . . . . perdidas em um experi. . . . . . . . . . . . . .. 3 Discuss˜ ao sobre os m´ etodos 3.1 Introdu¸ca˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2 Siddiqui e Yang (2010) - Discuss˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2.1 M´etodo de Efeitos Elementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2.1.1 Exemplo 3.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2.1.2 Exemplo 3.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2.1.3 Equa¸c˜oes e sistemas lineares - Passo 2 . . . . . . . . . 3.2.1.4 Caracter´ıstica do Passo 2 do m´etodo de Efeitos Elementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2.2 M´etodo de Superf´ıcie de Resposta . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2.2.1 Exemplo 3.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2.2.2 Exemplo 3.4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. x. 4 4 4 4 8 14 14 16 16 17 18 22 22 22 22 23 28 33 35 37 37 38.

(15) 3.2.2.3 3.2.2.4 3.2.2.5. 3.3. 3.4. 3.5. Exemplo 3.5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exemplo 3.6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Propriedades dos Passos 1 e 3 do M´etodo de Superf´ıcie de Resposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Qumsyehe e Kirchner (2011) - Discuss˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3.0.1 Exemplo 3.7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3.0.2 Exemplo 3.8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Rela¸co˜es entre os m´etodos de Efeitos Elementares e Superf´ıcie de Resposta 3.4.1 Rela¸c˜ao 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.4.2 Rela¸c˜ao 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Conclus˜oes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 4 Estudo comparativo utilizando exemplos 4.1 Introdu¸ca˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2 Distˆancia euclidiana normalizada (DEN) 4.3 Identifica¸ca˜o de efeitos ativos . . . . . . 4.3.1 Efeitos ativos utilizando o m´etodo 4.3.2 Efeitos ativos utilizando o m´etodo 4.4 Conclus˜oes . . . . . . . . . . . . . . . . .. da literatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de Lenth . . . . de Box e Meyer . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. 5 Estudo de Simula¸c˜ ao 5.1 Obten¸c˜ao dos Dados Simulados . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.1.1 Obten¸ca˜o dos dados simulados para experimentos 23 . 5.1.2 Obten¸ca˜o dos dados simulados para experimentos 24 . 5.2 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.2.1 Resultados para experimentos 23 . . . . . . . . . . . . 5.2.1.1 Resultados do DEN . . . . . . . . . . . . . . 5.2.1.2 Efeitos ativos utilizando os m´etodos de Lenth Meyer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.2.2 Resultados para Experimentos 24 . . . . . . . . . . . . 5.2.2.1 Resultados do DEN . . . . . . . . . . . . . . 5.2.2.2 Efeitos ativos utilizando os m´etodos de Lenth Meyer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . e . . . e .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Box e . . . . . . . . . . . . Box e . . . .. 40 41 42 45 45 47 48 48 49 50 52 52 55 61 61 64 67 70 70 71 72 73 73 73 75 78 78 79. 6 Considera¸co ˜es Finais 6.1 Conclus˜oes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 82 82. Referˆ encias Bibliogr´ aficas. 85 xi.

(16) A Comandos no R A.1 Rotina Simula¸c˜oes . . . . . . . . . . . . . . . . A.2 Programa - M´etodo de Efeitos Elementares . . . A.3 Programa - M´etodo de Superf´ıcie de Resposta . A.4 Programa - M´etodo de n´ıveis compartilhados de (2011) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A.5 Programa - Tabelas de Resultados . . . . . . . .. xii. 89 . . . . . . . . . . . . . 89 . . . . . . . . . . . . . 91 . . . . . . . . . . . . . 101 Qumsyehe e Kirchner . . . . . . . . . . . . . 109 . . . . . . . . . . . . . 114.

(17) Cap´ıtulo 1 Introdu¸ c˜ ao As fases de um experimento s˜ao: planejamento, execu¸ca˜o e an´alise. Ao utilizar experimenta¸ca˜o, espera-se que todas as fases sejam bem realizadas e que todas as combina¸co˜es dos tratamentos sejam executadas. Segundo Moen, Nolan e Provost (2012), quando o experimento ´e bem planejado e executado, ´e vi´avel determinar claramente quais fatores influenciam na determina¸c˜ao de uma resposta do sistema. No entanto, na pr´atica, por diversas raz˜oes como limita¸ca˜o de or¸camento, tempo, log´ıstica ou medi¸c˜ao, pode-se ter problemas na execu¸c˜ao do experimento, como a perda de dados ou a obten¸c˜ao de dados suspeitos, ocasionando, assim, experimentos incompletos. Dificuldades nas fases de planejamento e execu¸ca˜o podem ocasionar problemas na an´alise do experimento. Ignorar dados faltantes ou utilizar dados suspeitos pode levar a uma m´a qualidade na an´alise dos dados, ou a an´alise pode ser invi´avel. Preocupados com esses fatos, diversos autores publicaram estudos e propuseram m´etodos para estima¸ca˜o de dados faltantes. Yates (1933) foi o precursor na estima¸ca˜o de dados faltantes em experimentos incompletos. Alguns pesquisadores aplicaram a abordagem de Yates em diferentes planos experimentais como delineamentos em blocos, quadrado latino, fatoriais, fatoriais fracionados e parcelas subdivididas. Podemos citar os seguintes investigadores: Bartlett(1937), Anderson (1946), Lury (1946), Hartley (1956), Wilkinson (1958), Jaech (1966), Hoyle(1971), Rubin(1972) e Jarret (1978). Outros cientistas tamb´em se preocuparam com dados ausentes em experimentos: Healy e Westmacott (1956), Wright (1958), Draper e Stoneman (1964), Wilkinson (1970), Shearer (1973) , Jonh e Prescott (1975), Rubin (1976) e Jonh (1979), Hamada e Wu (1988), Box (1990) e Chauhan (1993). Alguns estudos recentes s˜ao: Godolphin (2006), Almim et al.(2007), Montgomery e Runger (2007), Shih, Su e Lee (2008), Acharya e Nembhard (2009), Siddiqui e Yang (2010), Qumsiyeh e Kirchner (2010, 1.

(18) 2 2011) e Ahmed (2009). Experimentos fatorais envolvem 2 ou mais fatores, com o intuito de avaliar todas as poss´ıveis combina¸co˜es para os n´ıveis de um fator simultaneamente e intera¸co˜es entre eles, sobre a vari´avel de resposta. De acordo com Bargigli et al (2004), as principais vantagens do experimento fatorial sobre os experimentos com um fator de cada vez, s˜ao: • Maior informa¸ca˜o por experimento;. • Redu¸ca˜o no n´ umero e custo de experimentos;. • Torna poss´ıvel o c´alculo de intera¸c˜oes entre os fatores estudados;. • Facilita a determina¸ca˜o das condi¸c˜oes necess´arias para melhorar o processo.. Segundo Neto, Scarminio e Bruns (2010), o in´ıcio de um planejamento fatorial se d´a pela determina¸c˜ao dos n´ıveis de fatores. Um experimento fatorial com k fatores, cada um deles com dois n´ıveis (alto e baixo), ´e definido como experimento fatorial 2k . Esses experimentos s˜ao muito usados em diversas a´reas do conhecimento, especialmente na ind´ ustria, sendo muito utilizados em est´agios experimentais iniciais onde h´a uma grande quantidade de fatores a serem analisados. Raz˜ao pela qual, segundo Montgomery (2001), s˜ao bastante usados em experimentos de triagem (factor screening experiments) e destacam-se entre os experimentos, os fatoriais. Pela importˆancia desses experimentos, este estudo se baseia nesse tipo de plano. Shearer (1973) aborda um novo procedimento para usar com experimentos fatoriais utilizando um m´etodo iterativo. J´a Godolphin (2006) ilustra por meio de um experimento 23 replicado o impacto de dados perdidos nos resultados da an´alise. Montgomery e Runger (2007) usam an´alise de regress˜ao m´ ultipla e regress˜ao stepwise para analisar experimentos fatoriais incompletos. Qumsiyeh e Kirchner (2010) propuseram utilizar bootstrap para estimar as observa¸co˜es perdidas em experimentos. Dois artigos mais recentes que discutem e comparam m´etodos para planos fatoriais 2k s˜ao: Siddiqui e Yang (2010) e Qumsiyeh e Kirchner (2011). Algumas discuss˜oes e resultados encontrados em tais artigos s˜ao: Siddiqui e Yang (2010) prop˜oem dois m´etodos de estima¸ca˜o de dados perdidos, um usando efeitos elementares e outro usando superf´ıcie de resposta. Tais pesquisadores comparam seus m´etodos propostos com dois outros.

(19) 3 m´etodos tradicionais: Draper e Stoneman (1964) e regress˜ao m´ ultipla ou stepwise. Os autores chegam a` conclus˜ao que seus m´etodos tem um desempenho melhor. Segundo Siddiqui e Yang (2010), houve um debate em 1950, que questionou se as estima¸co˜es para as respostas ausentes podem realmente representar as observa¸c˜oes “verdadeiras” que foram perdidas ou simplesmente s˜ao valores para serem “colocados” no lugar dos dados em falta. Ainda segundo Siddiqui e Yang (2010), Snedecor (1952) indicou que a finalidade da estima¸ca˜o de dados faltantes ´e estimar um n´ umero para ser colocado no espa¸co vazio deixado pelo dado ausente, de modo a extrair convenientemente o restante da informa¸c˜ao. Contudo, esta abordagem tem a desvantagem de ser baseada na resolu¸ca˜o de equa¸co˜es n˜ao lineares simultˆaneas, que assumem formas diferentes, com diferentes modelos experimentais, tornando-se dif´ıcil assim desenvolver um jeito f´acil de implementar o procedimento baseado nesta abordagem. Qumsiyeh e Kirchner (2011), tamb´em prop˜oem um m´etodo para estimar dados perdidos em experimentos fatoriais. John (1979) prop˜oe um m´etodo semelhante ao de Draper e Stoneman (1964). Wilkinson (1958, 1970) tamb´em desenvolveu um m´etodo para estima¸c˜ao de dados perdidos, mas segundo Qumsiyeh e Kirchner (2011), o m´etodo pode exigir c´alculos consider´aveis. Os autores tamb´em criticam os m´etodos de Draper e Stoneman (1964) e John (1979), considerando que tais m´etodos necessitam sacrificar contrastes e efeitos. Segundo Qumsiyeh e Kirchner (2011) seus m´etodos podem ser melhores j´a que n˜ao sacrificam contrastes/efeitos. Mais detalhes sobre tais m´etodos podem ser encontrados na bibliografia citada. Os recentes artigos de Siddiqui e Yang (2010) e Qumsiyeh e Kirchner (2011), apresentam m´etodos novos e simples para planos fatoriais 2k e que apresentam um melhor desempenho que os m´etodos precursores para tais planos. Como ainda ambos os m´etodos n˜ao foram comparados, essa disserta¸ca˜o tem o objetivo de fazer um estudo comparativo e cr´ıtico utilizando tais m´etodos. Os cap´ıtulos deste trabalho est˜ao dispostos da seguinte forma: no Cap´ıtulo 2 apresentamos e descrevemos os m´etodos estudados. No Cap´ıtulo 3 fazemos uma discuss˜ao sobre os m´etodos, onde reanalisamos alguns exemplos do cap´ıtulo anterior com diferentes ensaios perdidos, para verificar algumas caracter´ısticas dos m´etodos. No Cap´ıtulo 4 fazemos uma compara¸ca˜o entre os m´etodos usando os exemplos apresentados e alguns exemplos encontrados na literatura. O Cap´ıtulo 5 ´e dedicado a um estudo de simula¸ca˜o, onde o objetivo ´e corroborar ou refutar os resultados/conclus˜oes apresentados nos Cap´ıtulos 3 e 4. O Cap´ıtulo 6 ´e o u ´ltimo deste trabalho e nele est˜ao as considera¸c˜oes finais..

(20) Cap´ıtulo 2 M´ etodos de An´ alise 2.1. Introdu¸c˜ ao. Neste cap´ıtulo apresentamos os m´etodos de estima¸ca˜o de dados perdidos de Siddiqui e Yang (2010): M´etodo de Efeitos Elementares e Superf´ıcie de Resposta, bem como o M´etodo de n´ıveis compartilhados de Qumsyehe e Kirchner (2011). Apresentamos as funcionalidades dos m´etodos, descrevendo como os mesmos funcionam e ilustrando, atrav´es de exemplos dos pr´oprios autores, a praticabilidade destas t´ecnicas de an´alise de dados com respostas perdidas. Os gr´aficos e demais an´alises feitas foram realizadas no software R (R Development Core Team (2013)).. 2.2 2.2.1. Siddiqui e Yang (2010) - Apresenta¸ c˜ ao M´ etodo de Efeitos Elementares. Seja um planejamento fatorial com 3 fatores e 2 n´ıveis. Esse experimento ´e um planejamento fatorial 23 e tem 8 ensaios ou combina¸co˜es de tratamento. O planejamento ´e representado geometricamente por um cubo, com os 8 ensaios formando as v´ertices do cubo (Figura 2.1 (a)). As combina¸c˜oes de tratamento s˜ao representadas por letras min´ usculas e os n´ıveis baixo e alto dos trˆes fatores s˜ao denotados por − e +, respectivamente. O planejamento tamb´em pode ser representado por uma tabela (Figura 2.1 (b)), chamada por matriz de planejamento ou delineamento. Esse planejamento permite que trˆes fatores principais (A,B e C), trˆes intera¸co˜es de dois fatores (AB,AC e BC) e uma intera¸c˜ao de trˆes fatores (ABC) sejam estimados (Montgomery e Runger (2007)). O c´alculo dos efeitos fatoriais em experimentos de dois n´ıveis envolve todos os ensaios. 4.

(21) 2.2 Siddiqui e Yang (2010) - Apresenta¸ca˜o. 5. Figura 2.1: Planejamento 23 (Adaptado de Montgomery e Runger (2007)) (a) Vis˜ao Geom´etrica. (b) A matriz de planejamento 23. Ensaio 1 2 3 4 5 6 7 8. Combina¸co˜es de tratamento (1) a b ab c ac bc abc. A −1 1 −1 1 −1 1 −1 1. Fator B −1 −1 1 1 −1 −1 1 1. C −1 −1 −1 −1 1 1 1 1. Em um experimento fatorial completo 23 , os efeitos principais podem ser calculados da seguinte maneira: −(1) + a − b + ab − c + ac − bc + abc 4 −(1) − a + b + ab − c − ac + bc + abc B= 4 −(1) − a − b − ab + c + ac + bc + abc C= 4 A=. E para intera¸co˜es de 2 fatores, podemos calcular como a seguir (1) − a − b + ab + c − ac − bc + abc 4 (1) − a + b − ab − c + ac − bc + abc AC = 4 (1) + a − b − ab − c − ac + bc + abc BC = 4 AB =. Para intera¸ca˜o de trˆes fatores, temos.

(22) 2.2 Siddiqui e Yang (2010) - Apresenta¸ca˜o. ABC =. 6. −(1) + a + b − ab + c − ac − bc + abc 4. Pelas as equa¸co˜es (2.1)-(2.6), podemos ver que o c´alculo dos efeitos fatoriais necessitam do conjunto de dados completo do experimento. Quando alguns dados s˜ao perdidos, n˜ao podemos usar estas equa¸co˜es para calcular os efeitos principais. Dessa forma, Siddiqui e Yang (2010) prop˜oem o m´etodo de efeito elementares, segundo esses autores, se analisarmos essas equa¸co˜es mais minucia, podemos decompor cada efeito fatorial como a m´edia de diversos efeitos elementares. Na equa¸c˜ao (2.1), podemos identificar os seguintes quatro elementos: a − (1) efeito de A quando B e C est˜ao no n´ıvel baixo ab − b efeito de A quando B est´a no n´ıvel alto e C est´a no n´ıvel baixo ac − c efeito de A quando B est´a no n´ıvel baixo e C est´a no n´ıvel alto abc − bc efeito de A quando B e C est˜ao no n´ıvel alto De modo similar podemos encontrar os efeitos elementares dos outros efeitos principais. Assim, para um experimento fatorial 2k , cada efeito principal pode ser decomposto em 2k−1 efeitos principais elementares. Os efeitos elementares principais, A, B, C, . . . , s˜ao da seguinte maneira: A = β1 = aMa − Ma ∈ {(a − (1)), (ab − b), (ac − c), (abc − bc)} B = β2 = bMb − Mb ∈ {(b − (1)), (ab − a), (bc − c), (abc − ac)} C = β3 = cMc − Mc ∈ {(c − (1)), (ac − a), (bc − b), (abc − ab)} Assim, em geral, os efeitos principais elementares do fator i, βi s˜ao da seguinte forma: βi = iMi − Mi onde Mi denota qualquer subconjunto da configura¸c˜ao do n´ıvel do fator que n˜ao cont´em o fator i. Por exemplo, na equa¸ca˜o (2.8), Mb ∈ {(1), a, c, ac} . Os autores provam em seu artigo, que estes efeitos elementares s˜ao estimadores n˜ao enviesados dos correspondentes efeitos principais, se as intera¸c˜oes de dois fatores e alta ordem s˜ao n˜ao significantes. Ent˜ao, o efeito do fator A pode ser escrito da seguinte forma:.

(23) 2.2 Siddiqui e Yang (2010) - Apresenta¸ca˜o. A=. 7. (a − (1)) + (ab − b) + (ac − c) + (abc − bc) 4. Podemos ver que A ´e uma m´edia de 4 efeitos elementares. Equa¸co˜es similares podem ser obtidas para os outros efeitos principais. Para um experimento fatorial 2k , cada efeito principal ´e a m´edia aritm´etica dos seus 2k−1 efeitos elementares. Cada intera¸ca˜o tamb´em pode ser decomposta em v´arios efeitos elementares de intera¸c˜ao. Por exemplo, na equa¸ca˜o (2.5), podemos identificar os seguintes efeitos elementares de intera¸ca˜o: ac − a − c + (1) efeito de AC quando C est´a no n´ıvel baixo abc − ac − bc + c efeito de AC quando C est´a no n´ıvel alto. Da equa¸ca˜o (2.5) obtemos 1 1 1 (ac − c − a + (1)) + (abc − ab − bc + b) . AC = 2 2 2 . . Esta equa¸c˜ao indica que AC ´e a m´edia de dois efeitos elementares de intera¸c˜ao. Equa¸co˜es similares podem ser obtidas para os outros efeitos de intera¸co˜es de dois fatores. Os efeitos elementares de intera¸c˜ao, AB, AC, BC, . . . , s˜ao da seguinte maneira: AB = β12 = abMab − aMab − bMab + Mab ∈ {(ab − a − b + (1)), (abc − ac − bc + c)} AC = β13 = acMac − aMac − cMac + Mac ∈ {(ac − a − c + (1)), (abc − ab − bc + b)} BC = β23. = bcMbc − bMbc − cMbc + Mbc ∈ {(bc − b − c + (1)), (abc − ab − ac + a)}. Assim, em geral, para a intera¸ca˜o do fator i e fator j, os efeitos elementares de intera¸c˜ao s˜ao da seguinte forma: βij = ijMij − iMij − jMij + M ij, onde Mij significa qualquer subconjunto da configura¸c˜ao do n´ıvel do fator que n˜ao cont´em o fator i e fator j. Logo, para um experimento fatorial 2k , cada efeito principal ´e a m´edia artm´etica dos seus 2k−1 efeitos elementares, cada efeito de intera¸c˜ao de dois fatores ´e a m´edia de 2k − 2 efeitos elementares. Os autores fazem a observa¸ca˜o de que os termos de intera¸c˜ao s˜ao mais severamente impactados por observa¸c˜oes perdidas.

(24) 2.2 Siddiqui e Yang (2010) - Apresenta¸ca˜o. 8. porque eles s˜ao compostos de um n´ umero maior de observa¸co˜es do que o n´ umero de observa¸c˜oes para efeitos principais. Segundo os autores, o m´etodo dos efeitos elementares consiste nos seguintes passos: Passo 1: Para um experimento fatorial 2k ou experimento fatorial fracionado 2k−p , assumimos o modelo de regress˜ao: y = β0 + β1 x1 + β2 x2 + . . . βk xk + . . . + β12 x1 x2 + . . . + βk−1,k xk−1 xk + . . . Quando uma ou mais respostas s˜ao perdidas, ent˜ao os coeficientes do modelo (2.12) n˜ao podem ser estimados pelo m´etodo padr˜ao. Nesse caso, utilizamos a m´edia parcial de efeitos elementares principais para estimar os efeitos fatoriais principais: P. 2βi ≈. βi |ni | ni. i = 1, . . . , k. Onde 2βi representa o i-´esimo efeito fatorial principal para a vari´avel xi , βi representa o efeito elementar principal do fator i e ni o conjunto de efeitos elementares principais que podem ser calculados com as respostas dispon´ıveis. Passo 2: O passo 2 consiste em igualar as estimativas dos efeitos fatoriais encontradas no Passo 1 aos respectivos efeitos, considerando os dados perdidos como valores n˜ao conhecidos e resolver as equa¸c˜oes lineares simultˆaneas: 2βi =. Contrastei 2k−p−1 n. i = 1, . . . , k. Onde n ´e o numero de r´eplicas. Passo 3: O passo 3 consiste em preenchermos as observa¸co˜es perdidas por suas estimativas encontradas no passo 2 e analisar os dados usando uma abordagem padr˜ao. 2.2.1.1. Exemplo 2.1. Considere o Exemplo de um processo de produ¸ca˜o qu´ımica apresentado em Siddiqui e Yang (2010). Em uma unidade qu´ımica piloto, um experimento fatorial 23 ´e conduzido para investigar o relacionamento entre trˆes vari´aveis de processo e a produ¸ca˜o piloto. Codifica¸ca˜o dos fatores e n´ıveis s˜ao mostrados na Tabela 2.1..

(25) 2.2 Siddiqui e Yang (2010) - Apresenta¸ca˜o. 9. Tabela 2.1: Defini¸co˜es das vari´aveis do processo de produ¸ca˜o qu´ımica do Exemplo 2.1. Vari´aveis do processo. N´ıveis Baixo(−1) Alto(+1) A : temperatura (◦ C) 160 180 B : concentra¸c˜ao (%) 20 40 C : catalisador (tipo) A B A matriz do delineamento com os contrastes dos efeitos principais bem como a vari´avel resposta: produ¸c˜ao, encontra-se na Tabela 2.2. Tabela 2.2: Matriz do delineamento e vari´avel resposta do processo de produ¸c˜ao qu´ımica do Exemplo 2.1. Ensaio 1 2 3 4 5 6 7 8. A −1 1 −1 1 −1 1 −1 1. B −1 −1 1 1 −1 −1 1 1. C Combina¸co˜es Produ¸c˜ao −1 (1) 60 −1 a 72 −1 b 54 −1 ab 68 1 c 52 1 ac 83 1 bc 45 1 abc 80. Os efeitos estimados e coeficientes para y (produ¸c˜ao) encontram-se na Tabela 2.3. Tabela 2.3: Efeitos Estimados e coeficientes para y com os dados completos do Exemplo 2.1. Fator Efeito Estimado Coeficientes Constante 64, 250 A 23, 000 11, 500 B −5, 000 −2, 500 C 1, 500 0, 750 AB 1, 500 0, 750 AC 10, 000 5, 000 BC −0, 000 −0, 000 ABC 0, 500 0, 250.

(26) 2.2 Siddiqui e Yang (2010) - Apresenta¸ca˜o. 10. O modelo de regress˜ao ajustado ´e: Y = 64, 25 + 11, 5A − 2, 5B + 0, 75C + 0, 75AB + 5AC + 0, 25ABC Suponha que por alguma raz˜ao, n˜ao podemos completar todos os ensaios do experimento. Assuma que o terceiro e oitavo ensaio s˜ao perdidos e esses valores perdidos s˜ao chamados de y1 e y2 respectivamente, como podemos ver na Tabela 2.4. Tabela 2.4: Matriz do delineamento e vari´avel resposta com dados perdidos para o Exemplo 2.1. Ensaio 1 2 3 4 5 6 7 8. A −1 1 −1 1 −1 1 −1 1. B −1 −1 1 1 −1 −1 1 1. C Combina¸co˜es Produ¸c˜ao −1 (1) 60 −1 a 72 −1 b y1 −1 ab 68 1 c 52 1 ac 83 1 bc 45 1 abc y2. O efeito m´edio de um fator ´e a combina¸c˜ao de seus efeitos elementares. A m´edia desses efeitos elementares pode ser usada para estimar um efeito fatorial. No entanto, no caso de observa¸c˜oes perdidas, a m´edia parcial dos efeitos elementares pode ser usada. Por exemplo, para calcular o efeito A, da equa¸ca˜o (2.1), temos 1 [−(1) + a − b + ab − c + ac − bc + abc] 4 1 = [(a − (1)) + (ab − b) + (ac − c) + (abc − bc)] 4. A=. Visto que os ensaios experimentais b e abc s˜ao perdidos, n˜ao podemos calcular os efeitos elementares ab − b e abc − bc, mas ainda temos dados para calcular os efeitos elementares a − 1 e ac − c, por isso vamos usar a m´edia parcial de a − 1 e ac − c para estimar A, que ´e, A≈. 1 1 [(a − (1)) + (ac − c)] = [(72 − 60) + (83 − 52)] = 21, 5. 2 2.

(27) 2.2 Siddiqui e Yang (2010) - Apresenta¸ca˜o. 11. Similarmente, 1 1 [(ab − a) + (bc − c)] = [(68 − 72) + (45 − 52)] = −5, 5 2 2 1 1 C ≈ [(c − (1)) + (ac − a)] = [(52 − 60) + (83 − 72)] = 1, 5 2 2. B≈. Para os efeitos de intera¸c˜ao, podemos usar um procedimento similar. Por exemplo, da equa¸ca˜o (2.4), podemos obter 1 1 1 AC = ((1) − a − c + ac) + (b − ab − bc + abc) . 2 2 2 . . Como os ensaios experimentais b e abc s˜ao perdidos, n˜ao podemos calcular o efeito 1 de intera¸ca˜o elementar (b − ab − bc + abc), mas podemos utilizar a outra metade para 2 calcular AC. AC ≈. 1 1 [(1) − a − c + ac] = [60 − 72 − 52 + 83] = 9, 5 2 2. A estima¸c˜ao dos efeitos principais, utilizando a m´edia parcial dos efeitos elementares ´e muito boa, mas a estimativa dos efeitos de intera¸ca˜o pela m´edia parcial dos efeitos elementares pode sofrer de erros de estimativa maiores e n˜ao ser vi´avel para alguns c´alculos de intera¸c˜ao. A raz˜ao ´e que um efeito de intera¸ca˜o possui um n´ umero maior de termos de efeitos elementares que em efeitos principais. Considere as intera¸co˜es AB e BC:. ab − a − b + (1) + abc − bc − ac + c 4   1 1 1 = (abc − bc − ac + c) + (ab − a − b + (1)) 2 2 2 (1) + a − b − ab − c − ac + bc + abc BC = 4   1 1 1 = (a − ab − ac + abc) + ((1) − b − c + bc) 2 2 2 AB =. Neste exemplo, os efeitos de intera¸c˜ao AB e BC usando o m´etodo de m´edias parciais n˜ao podem ser calculados pois os termos perdidos 0 b0 e 0 abc0 encontram-se em cada um dos efeitos elementares. Portanto, se existem termos ausentes e estes ocorrem em cada um dos dois efeitos elementares de um termo de intera¸c˜ao, ent˜ao ´e imposs´ıvel obter uma estimativa destes efeitos de intera¸ca˜o. Para superar este problema, usamos.

(28) 2.2 Siddiqui e Yang (2010) - Apresenta¸ca˜o. 12. os efeitos principais estimados para estabelecer equa¸c˜oes em termos de observa¸c˜oes desconhecidas e ent˜ao, utilizamos essas equa¸co˜es para estimar os dados em falta no experimento. Igualamos o efeito calculado a partir dos efeitos elementares parciais a todo efeito do fator. Neste exemplo, utilizando as equa¸c˜oes (2.1), (2.2) e (2.3), podemos escrever, A= = B= = C= =. −(1) + a − b + ab − c + ac − bc + abc 4 −60 + 72 − b + 68 − 52 + 83 − 45 + abc = 21, 5 4 −(1) − a + b + ab − c − ac + bc + abc 4 −60 − 72 + b + 68 − 52 − 83 + 45 + abc = −5, 5 4 −(1) − a − b − ab + c + ac + bc + abc 4 −60 − 72 − b − 68 + 52 + 83 + 45 + abc = 1, 5 4. Resolvendo os pares de equa¸c˜oes (2.15) e (2.16), bem como as equa¸co˜es (2.16) e (2.17), e tomando as m´edias das solu¸c˜oes desses sistemas, obtemos uma estimativa dos dados perdidos. b = y1 = 54, 3 abc = y2 = 77, Podemos ver que os dados perdidos estimados s˜ao bastante pr´oximos dos valores reais b = 54 e abc = 80. Colocando os valores estimados b = y1 = 54, 3 e abc = y2 = 77, 5 de volta na Tabela 2.4 e executando uma nova an´alise, obtemos os resultados encontrados nas colunas 3 e 4 da Tabela 2.5. Comparando com a an´alise sem dados perdidos, podemos ver que os resultados obtidos s˜ao similares, e o modelo de regress˜ao ajustado ´e: Y = 64, 00 + 11, 12A − 2, 75B + 0, 37C + 0, 375AB + 4, 75AC + 0, 25ABC.

(29) Fator. Efeitos estimados Coeficientes (dados completos) (dados completos) Constante 64, 25 A 23, 00 11, 50 B −5, 00 −2, 50 C 1, 50 0, 75 AB 1, 50 0, 75 AC 10, 00 5, 00 BC −0, 00 −0, 00 ABC 0, 50 0, 25. Efeitos estimados Coeficientes (dados estimados) (dados estimados) 64, 00 22, 25 11, 12 −5, 50 −2, 75 0, 75 0, 37 0, 75 0, 37 9, 50 4, 75 −0, 75 −0, 37 0, 00 0, 00. 2.2 Siddiqui e Yang (2010) - Apresenta¸ca˜o. Tabela 2.5: Compara¸c˜ao dos efeitos estimados e coeficientes de regress˜ao (dados completos X dados estimados) para o Exemplo 2.1.. 13.

(30) 2.2 Siddiqui e Yang (2010) - Apresenta¸ca˜o. 2.2.2. 14. M´ etodo de Superf´ıcie de Resposta. Segundo Siddique e Yang (2010) a modelagem de superf´ıcie de resposta ´e uma t´ecnica de modelagem emp´ırica de ajuste de dados para aproxima¸c˜ao de modelos matem´aticos. O m´etodo consiste dos seguintes passos: Passo 1 - Verifique quais s˜ao os ensaios correspondentes aos dados perdidos. Ajuste um modelo de superf´ıce de resposta sem os ensaios que correspondem `as observa¸c˜oes perdidas. Passo 2 - Use o modelo do passo 1 para prever as observa¸co˜es perdidas da seguinte forma: Verifique quais s˜ao os n´ıveis dos fatores de cada ensaio correspondente a cada observa¸c˜ao perdida. Estime cada resposta perdida, substituindo os valores dos n´ıveis no modelo de superf´ıcie de resposta ajustado no Passo 1. Passo 3 - Ap´os estimar os dados perdidos, reanalise os dados por algum m´etodo padr˜ao. 2.2.2.1. Exemplo 2.2. O m´etodo ´e ilustrado usando os dados do Exemplo 2.1. Assumimos que o terceiro e oitavo ensaio experimental y1 = b = 54 e y2 = abc = 80 s˜ao perdidos. Com os outros 6 ensaios restantes, executamos uma an´alise de superf´ıcie de resposta (an´alise feita no software R). Os efeitos estimados e coeficientes para y (produ¸c˜ao) utilizando apenas os 6 ensaios, encontram-se na Tabela 2.6. Tabela 2.6: Coeficientes para y com dados em falta para o Exemplo 2.2. Fator Coeficientes Constante 64, 00 A 11, 50 B −2, 75 C 0, 75 AB 0, 75 AC 4, 75.

(31) 2.2 Siddiqui e Yang (2010) - Apresenta¸ca˜o. 15. O modelo de superf´ıcie de resposta ajustado ´e: Y = 64 + 11, 5A − 2, 75B + 0, 75C + 0, 75AB + 4, 75AC.. Para o dado perdido y1 = b, os n´ıveis dos fatores s˜ao A = −1, B = 1, C = −1 e para o dado perdido y2 = abc, eles s˜ao A = 1, B = 1, C = 1. Colocando esses valores na equa¸c˜ao (2.18), temos:. y1 = b = 64 + 11, 5(−1) − 2, 75(1) + 0, 75(−1) + 0, 75(−1) + 4, 75(1) = 53 y2 = abc = 64 + 11, 5(1) − 2, 75(1) + 0, 75(1) + 0, 75(1) + 4, 75(1) = 79. Comparando com os valores reais b = 54 e abc = 80, podemos ver que os dados estimados s˜ao bem pr´oximos dos valores reais. Ajustando novamente o modelo de superf´ıcie de resposta com os dados estimados, obtemos os seguintes resultados: Tabela 2.7: Compara¸c˜ao dos coeficientes de regress˜ao (dados completos X dados perdidos X dados estimados) para o Exemplo 2.2. Fator. Coeficientes Coeficientes Coeficientes (dados completos) (dados perdidos) (dados estimados) Constante 64, 25 64, 00 64, 00 A 11, 50 11, 50 11, 50 B −2, 50 −2, 75 −2, 75 C 0, 75 0, 75 0, 75 AB 0, 75 0, 75 0, 75 AC 5, 00 4, 75 4, 75 BC −0, 00 − − ABC 0, 25 − −.

(32) 2.3 Qumsyehe e Kirchner (2011) - Apresenta¸ca˜o. 2.3. 16. Qumsyehe e Kirchner (2011) - Apresenta¸ c˜ ao. Qumsyehe e Kirchner (2011) enfatizam que observa¸c˜oes perdidas em experimentos fatoriais podem alterar os efeitos, pois os mesmos dependem de cada observa¸c˜ao. Eles apresentam 3 m´etodos para estima¸ca˜o de observa¸c˜oes perdidas. Os m´etodos analisados pelos autores s˜ao: Draper e Stoneman (1964) e John (1979), onde os autores ressaltam que esses m´etodos sacrificam efeitos. Qumsyehe e Kirchner (2011) tamb´em apresentam um novo m´etodo, que segundo os mesmos n˜ao sacrificam efeitos e tem um bom desempenho, esse novo m´etodo ser´a aqui chamado de: M´etodo de n´ıveis compartilhados de Qumsyehe e Kirchner (2011). Assim como no artigo de Qumsyehe e Kirchner (2011), o gr´afico de probabilidade semi-normal (half-normal plot) de Daniel (1959) ´e utilizado para julgar a significˆancia dos efeitos.. 2.3.1. O m´ etodo. O m´etodo funciona da seguinte forma: Para 1 resposta perdida: a estima¸ca˜o ´e feita pela m´edia aritm´etica simples de todas as respostas que compartilham (k − 1) n´ıveis com as respostas perdidas. Para 2 respostas perdidas: para 2 respostas perdidas teremos 2 casos distintos: Caso 1 (As respostas perdidas n˜ao compartilham k −1 n´ıveis): Neste caso podemos estimar cada observa¸ca˜o perdida pela m´edia simples daquelas respostas que compartilham k − 1 n´ıveis com as respostas perdidas. Caso 2 (As respostas perdidas compartilham k−1 n´ıveis): Neste caso o m´etodo funciona assim: Seja X a primeira resposta ausente e Y a segunda. Devemos inicialmente estimar X pela m´edia simples de todos os dados que compartilham k − 1 n´ıveis com X. Ent˜ao, estimamos Y pela m´edia simples dos dados que compartilham k − 1 n´ıveis com Y , incluindo o novo X. Em seguida, re-estimamos X pela m´edia simples de todas as respostas que compartilham k − 1 n´ıveis com X, incluindo Y . Depois, re-estimamos Y pela m´edia simples de todas as respostas perdidas que compartilham k−1 n´ıveis com Y ..

(33) 2.3 Qumsyehe e Kirchner (2011) - Apresenta¸ca˜o 2.3.1.1. 17. Exemplo 2.3 - Uma resposta perdida em um experimento fatorial 24. Este ´e um exemplo de um experimento fatorial 24 , introduzido por Yin e Jullie (1987 apud QUMSIYEH e KIRCHNER, 2011). A vari´avel resposta de interesse ´e a taxa de nitreto de sil´ıcio. Listamos abaixo com suas unidades de medidas e n´ıveis, os quatro fatores que os pesquisadores acreditam afetar a vari´avel resposta: • Fator A: Lacuna entre o anodo e o catodo, baixo-0, 8 cm alto-1, 2 cm. • Fator B: Press˜ao na cˆamara do reator, baixo-4, 5 mTorr alto-550 mTorr. • Fator C: C2 F6 fluxo de g´as, baixo-125SCCM alto-200 SCCM. • Fator D: Potˆencia aplicada ao catodo, baixo-275W alto-325W. A matriz do delineamento com os contrastes dos efeitos principais bem como a vari´avel resposta encontram-se na Tabela 2.8. Tabela 2.8: Matriz do delineamento e vari´avel resposta (Y: Taxa de nitreto de sil´ıcio) do Exemplo 2.3. Ensaio 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16. A −1 1 −1 1 −1 1 −1 1 −1 1 −1 1 −1 1 −1 1. B −1 −1 1 1 −1 −1 1 1 −1 −1 1 1 −1 −1 1 1. C −1 −1 −1 −1 1 1 1 1 −1 −1 −1 −1 1 1 1 1. D Combina¸c˜oes Y −1 (−) 550 −1 a 669 −1 b 604 −1 ab 650 −1 c 633 −1 ac 642 −1 bc 601 −1 abc 635(− − −) 1 d 1037 1 ad 749 1 bd 1052 1 abd 868 1 cd 1075 1 acd 860 1 bcd 1063 1 abcd 729. Utilizando o gr´afico de probabilidade semi-normal com os dados originais completos (Figura 2.2 (a)), foi identificado que os fatores A, D e a intera¸ca˜o AD s˜ao os fatores ativos (fatores que tem um efeito sobre a resposta). Assuma que a resposta 635 da.

(34) 2.3 Qumsyehe e Kirchner (2011) - Apresenta¸ca˜o. 18. D. ● BC ● ABCD ●AC BCD ABC CAB ACD ABD BDBCD. 0.0. 0.5. ●. 1.0. 1.5. 0. ● ● ● ● ● ● ●. 2.0. Quantis Semi−Normais. (a) Gr´ afico (dados completos).. 2.5. AD. A. ●. ● ABCD ● BC ● BCD ● AC ABC C AB CD ACD BD ABD B. ●. 0. D. 200. ●. 50. A. ●. 150. Efeitos absolutos. AD. 100. 250 200 150 100. ●. 50. Efeitos absolutos. ●. 250. ●. 300. 300. combina¸c˜ao abc foi perdida. Como este experimento ´e completo, a resposta perdida foi escolhida aleatoriamente. As combina¸c˜oes de tratamentos que compartilham exatamente k − 1 n´ıveis com esta resposta (abc) s˜ao: ab, ac, bc, e abcd. Com a simples m´edia destas respostas, temos 653, 75 como uma estimativa para a resposta perdida. Agora que temos todas as observa¸co˜es completas executamos um gr´afico de probabilidade semi-normal dos efeitos (Figura 2.2 (b)). Observando o gr´afico podemos concluir que temos uma estimativa adequada; novamente, os fatores A, D e a intera¸ca˜o AD s˜ao os fatores ativos, assim como no caso quando n˜ao t´ınhamos resposta perdida.. ● ● ● ● ● ● ● ●. 0.0. 0.5. 1.0. 1.5. 2.0. 2.5. Quantis Semi−Normais. (b) Gr´afico (dados estimados - 1 resposta perdida).. Figura 2.2: Gr´aficos de probabilidade semi-normal do Exemplo 2.3.. 2.3.1.2. Exemplo 2.4 - Duas respostas perdidas em um experimento fatorial 24. • Caso 1: Duas respostas perdidas em um experimento fatorial 24 que n˜ao compartilham k − 1 = 3 n´ıveis. Assumir que duas respostas s˜ao perdidas. As respostas ac e bcd s˜ao aleatoriamente selecionadas como respostas perdidas (Tabela 2.9). As combina¸c˜oes de tratamento que compartilham exatamente 3 n´ıveis com a resposta ac s˜ao: c, abc, a, e acd. As combina¸co˜es de tratamento que compartilham exatamente 3 n´ıveis com a resposta bcd s˜ao: bc, cd, bd, e abcd. Tomando a m´edia aritm´etica das respostas para ac, temos o valor 699, 25 como estimativa para a resposta perdida de ac. Adicionalmente, tomando a m´edia aritm´etica das respostas para bcd, temos 864, 25 como estimativa para resposta de.

(35) 2.3 Qumsyehe e Kirchner (2011) - Apresenta¸ca˜o. 19. Tabela 2.9: Matriz do delineamento e vari´avel resposta (Y : Taxa de nitreto de sil´ıcio) - Duas respostas perdidas (Caso 1) do Exemplo 2.4. Ensaio 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16. A −1 1 −1 1 −1 1 −1 1 −1 1 −1 1 −1 1 −1 1. B −1 −1 1 1 −1 −1 1 1 −1 −1 1 1 −1 −1 1 1. C −1 −1 −1 −1 1 1 1 1 −1 −1 −1 −1 1 1 1 1. D Combina¸c˜oes Y −1 (−) 550 −1 a 669 −1 b 604 −1 ab 650 −1 c 633 −1 ac 642(− − −) −1 bc 601 −1 abc 635 1 d 1037 1 ad 749 1 bd 1052 1 abd 868 1 cd 1075 1 acd 860 1 bcd 1063(− − −) 1 abcd 729. bcd. Agora com as estimativas, executamos um gr´afico de probabilidade semi-normal dos efeitos (Figura 2.3). Observando o gr´afico podemos concluir que temos uma estimativa adequada; novamente, os fatores A, D e a intera¸c˜ao AD s˜ao os fatores ativos, assim como no caso em que n˜ao t´ınhamos resposta perdida. A ´e ligeiramente significativo, por isso, dever´a ser examinado em um experimento adicional.. • Caso 2: Duas respostas perdidas em um experimento fatorial 24 que compartilham k − 1 = 3 n´ıveis. As respostas ad e acd s˜ao aleatoriamente selecionadas como respostas perdidas. As combina¸c˜oes de tratamentos que compartilham exatamente 3 n´ıveis com a resposta ad s˜ao: d, abd, a, e acd (note que acd est´a entre eles). As combina¸co˜es de tratamento que compartilham exatamente 3 n´ıveis com a resposta acd s˜ao: ac, ad, cd, e abcd (note que ad est´a entre eles tamb´em). Como mencionado previamente, executamos os passos necess´arios para estima¸ca˜o neste caso. Estimamos a primeira resposta perdida pela m´edia aritm´etica das trˆes respostas dispon´ıveis que compartilham 3 n´ıveis com a resposta perdida. Ent˜ao, estimamos a segunda observa¸ca˜o perdida pela m´edia aritm´etica de todas as respostas que compartilham 3 n´ıveis com a resposta perdida incluindo a estima¸ca˜o anterior. Finalmente, reestimamos a primeira observa¸ca˜o perdida pela m´e-.

(36) 2.3 Qumsyehe e Kirchner (2011) - Apresenta¸ca˜o. 20. D. 150. ●. AD. 100. Efeitos absolutos. 200. 250. ●. 50. ● ● BCD ● ABD ● ● BCD ACD BD ● ● ABC ● ● AC ABCD ABC. 0. ●. ●. 0.0. ● A BC. ●. 0.5. 1.0. 1.5. 2.0. 2.5. Quantis Semi−Normais. Figura 2.3: Gr´afico de probabilidade semi-normal (2 respostas perdidas - Caso 1) do Exemplo 2.4. Tabela 2.10: Matriz do delineamento e vari´avel resposta (Y : Taxa de nitreto de sil´ıcio) - Duas respostas perdidas (Caso 2) do Exemplo 2.4. Ensaio 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16. A −1 1 −1 1 −1 1 −1 1 −1 1 −1 1 −1 1 −1 1. B −1 −1 1 1 −1 −1 1 1 −1 −1 1 1 −1 −1 1 1. C −1 −1 −1 −1 1 1 1 1 −1 −1 −1 −1 1 1 1 1. D Combina¸c˜oes Y −1 (−) 550 −1 a 669 −1 b 604 −1 ab 650 −1 c 633 −1 ac 642 −1 bc 601 −1 abc 635 1 d 1037 1 ad 749(− − −) 1 bd 1052 1 abd 868 1 cd 1075 1 acd 860(− − −) 1 bcd 1063 1 abcd 729. dia aritm´etica de todas as respostas que compartilham 3 n´ıveis com a resposta perdida incluindo a segunda estima¸ca˜o. Repita o procedimento novamente com a segunda resposta em falta. Temos agora duas estima¸c˜oes para cada resposta. Tomando a m´edia.

(37) 2.3 Qumsyehe e Kirchner (2011) - Apresenta¸ca˜o. 21. aritm´etica destas estimativas, temos 854 como uma estimativa para a resposta ad e 825 como estimativa para a resposta acd. Com todas as estimativas, refazemos o gr´afico de probabilidade semi-normal dos efeitos (Figura 2.4). Observando o gr´afico podemos concluir que temos uma estimativa adequada; novamente, os fatores A, D e a intera¸c˜ao AD s˜ao os fatores ativos, assim como no caso em que n˜ao t´ınhamos resposta perdida.. D. 200 150 100. ●. ●. 0. 0.0. AC. ● BC ABCD ABCD ● ● ● ● BD C BACD ● ●ABD ABCBCD ● ●. ●. AD. A. ●. 50. Efeitos absolutos. 250. 300. ●. 0.5. ●. 1.0. 1.5. 2.0. 2.5. Quantis Semi−Normais. Figura 2.4: Gr´afico de probabilidade semi-normal (2 respostas perdidas - Caso 2) para o Exemplo 2.4..

(38) Cap´ıtulo 3 Discuss˜ ao sobre os m´ etodos 3.1. Introdu¸c˜ ao. O objetivo deste cap´ıtulo ´e fazer uma discuss˜ao sobre os m´etodos apresentados e verificar algumas caracter´ısticas relacionadas aos m´etodos. Siddiqui e Yang (2010) apresentaram um exemplo 23 e Qumsyehe e Kirchner (2011) apresentaram um exemplo 24 . Temos o interesse de verificar como os m´etodos se comportam com outros pontos de dados faltantes diferentes dos apresentados nos exemplos do Cap´ıtulo 2, bem como apresentar passo a passo como os m´etodos de Siddiqui e Yang (2010) se comportam em um exemplo 24 , al´em de apresentar como o m´etodo de n´ıveis compartilhados de Qumsyehe e Kirchner (2011) se comportam em em um exemplo 23 . Tamb´em temos interesse em verificar, discutir e apresentar algumas caracter´ısticas peculiares de cada m´etodo de Siddiqui e Yang (2010).. 3.2 3.2.1. Siddiqui e Yang (2010) - Discuss˜ ao M´ etodo de Efeitos Elementares. O objetivo desta se¸c˜ao ´e verificar/investigar algumas caracter´ısticas do m´etodo de efeitos elementares. As caracter´ısticas ou quest˜oes que queremos investigar s˜ao: • Ponto 1: As estimativas podem melhorar se usarmos pares de equa¸c˜oes que contenham estimativas de efeitos de intera¸co˜es? • Ponto 2: Como o m´etodo funciona ou se comporta em outras combina¸c˜oes de tratamento perdidas (diferente dos ensaios do Exemplo 2.2)? 22.

(39) 3.2 Siddiqui e Yang (2010) - Discuss˜ao. 23. • Ponto 3: Como o m´etodo funciona ou se comporta com um exemplo 24 . Para verificar as caracter´ısicas acima usamos dois exemplos: • Exemplo 3.1: Dados de Siddiqui e Yang (2010). Exemplo 2.1 refeito com as respostas para as combina¸co˜es (1) e a perdidas. • Exemplo 3.2: Dados de Qumsyehe e Kirchner (2011). Neste exemplo, iremos analisar os dados do Exemplo 2.4 utilizando o m´etodo de Siddiqui e Yang (2010). 3.2.1.1. Exemplo 3.1. Dados de Siddiqui e Yang (2010). O Exemplo 2.1 utiliza como respostas perdidas as combina¸co˜es b e abc e a m´edia das solu¸co˜es de (A, B) e (B, C) para estima¸c˜ao das respostas perdidas. Neste exemplo propomos como respostas perdidas os ensaios (1) e a, e as m´edias das solu¸co˜es de diferentes pares de equa¸co˜es (no Passo 2) do m´etodo de efeitos elementares. Suponha que as respostas para as combina¸co˜es (1) e a s˜ao perdidas e esses valores perdidos s˜ao chamados de y1 e y2 respectivamente (Tabela 3.1). Tabela 3.1: Matriz do delineamento e vari´avel resposta com dados perdidos para o Exemplo 3.1. Ensaio 1 2 3 4 5 6 7 8. A −1 1 −1 1 −1 1 −1 1. B −1 −1 1 1 −1 −1 1 1. C Combina¸c˜oes −1 (1) −1 a −1 b −1 ab 1 c 1 ac 1 bc 1 abc. Produ¸ca˜o y1 y2 54 68 52 83 45 80. Como vimos anteriormente, o efeito m´edio de um fator ´e a combina¸c˜ao de seus efeitos elementares. A m´edia desses efeitos elementares pode ser usada para estimar um efeito fatorial. No entanto, no caso de observa¸co˜es perdidas, a m´edia parcial dos efeitos elementares pode ser usada. Por exemplo, para calcular o efeito A, da equa¸c˜ao (2.1), temos 1 [−(1) + a − b + ab − c + ac − bc + abc] 4 1 = [(a − (1)) + (ab − b) + (ac − c) + (abc − bc)] 4. A=.

(40) 3.2 Siddiqui e Yang (2010) - Discuss˜ao. 24. Como os ensaios (1) e a s˜ao perdidos, n˜ao podemos calcular o efeito elementar a − (1), mas podemos calcular os efeitos elementares: (ac − c), (ab − b), e (abc − bc), e assim calcular a m´edia aritm´etica destes efeitos para estimar A, que ´e, A≈. 1 1 [(ac − c) + (ab − b) + (abc − bc)] = [(83 − 52) + (68 − 54) + (80 − 45)] ≈ 26, 7 3 3. Similarmente, 1 1 [(bc − c) + (abc − ac)] = [(45 − 52) + (80 − 83)] = −5 2 2 1 1 C ≈ [(bc − b) + (abc − ab)] = [(45 − 54) + (80 − 68)] = 1, 5 2 2 B≈. Para os efeitos de intera¸c˜ao, podemos usar um procedimento similar. Por exemplo, da equa¸ca˜o (2.4), podemos obter. 1 1 1 ((1) − a − c + ac) + (b − ab − bc + abc) AC = 2 2 2 . . Como os ensaios experimentais (1) e a s˜ao perdidos, n˜ao podemos calcular o efeito 1 de intera¸ca˜o elementar ((1) − a − c + ac), mas podemos utilizar a outra metade para 2 calcular AC.. AC ≈. 1 1 [b − ab − bc + abc] = [54 − 68 − 45 + 80] = 10, 5 2 2. Similarmente,. AB ≈. 1 1 [abc − bc − ac + c] = [80 − 45 − 83 + 52] = 2 2 2. A estima¸ca˜o dos efeitos principais, utilizando a m´edia parcial dos efeitos elementares ´e muito boa, mas a estimativa dos efeitos de intera¸c˜ao pela m´edia parcial dos efeitos elementares pode sofrer de erros de estimativa maiores e n˜ao ser vi´avel para.

(41) 3.2 Siddiqui e Yang (2010) - Discuss˜ao. 25. alguns c´alculos de intera¸c˜ao. A raz˜ao ´e que um efeito de intera¸c˜ao possui um n´ umero maior de termos de efeitos elementares que em efeitos principais. Considere a intera¸c˜ao BC:. (1) + a − b − ab − c − ac + bc + abc 4   1 1 1 = (a − ab − ac + abc) + ((1) − b − c + bc) 2 2 2. BC =. Neste exemplo, o efeito de intera¸c˜ao BC usando o m´etodo de m´edias parciais n˜ao pode ser calculado pois os termos perdidos (1) e a encontram-se em cada um dos efeitos elementares. Portanto, se existem termos ausentes e estes ocorrem em cada um dos dois efeitos elementares de um termo de intera¸ca˜o, ent˜ao ´e imposs´ıvel obter uma estimativa destes efeitos de intera¸ca˜o. Para superar este problema, usamos os efeitos principais estimados para estabelecer equa¸co˜es em termos de observa¸c˜oes desconhecidas e, utilizamos essas equa¸c˜oes para estimar os dados em falta no experimento. Igualamos o efeito calculado a partir dos efeitos elementares parciais a todo efeito do fator. Neste exemplo, utilizando as equa¸co˜es (2.1), (2.2), (2.3), (2.4) e (2.5) podemos escrever, A= = B= = C= = AB = = AC = =. −(1) + a − b + ab − c + ac − bc + abc 4 −(1) + a − 54 + 68 − 52 + 83 − 45 + 80 = 26, 7 4 −(1) − a + b + ab − c − ac + bc + abc 4 −(1) − a + 54 + 68 − 52 − 83 + 45 + 80 = −5, 0 4 −(1) − a − b − ab + c + ac + bc + abc 4 −(1) − a − 54 − 68 + 52 + 83 + 45 + 80 = 1, 5 4 ab − a − b + (1) + abc − bc − ac + c 4 68 − a − 54 + (1) + 80 − 45 − 83 + 52 =2 4 (1) − a + b − ab − c + ac − bc + abc 4 (1) − a + 54 − 68 − 52 + 83 − 45 + 80 = 10, 5 4.

(42) 3.2 Siddiqui e Yang (2010) - Discuss˜ao. 26. Resolvendo os pares de equa¸co˜es (3.1) e (3.2), obtemos   −(1) + a. = 26, 8. −(1) − a. = −132.. (A, B) .   (1). →.  a. = 52, 6 e. = 79, 4.. Para os pares de equa¸co˜es (3.1) e (3.3), obtemos. (A, C).   −(1) + a. = 26, 8.  −(1) − a. = −132..   (1). →.  a. = 52, 6 e. = 79, 4.. Para os pares de equa¸co˜es (3.1) e (3.4), obtemos. (A, AB).   −(1) + a  (1) − a. = 26, 8. →. n˜ao possui solu¸ca˜o. = −10.. Para os pares de equa¸co˜es (3.1) e (3.5), obtemos. (A, AC).   −(1) + a  (1) − a. = 26, 8. →. n˜ao possui solu¸ca˜o. = −10.. Para os pares de equa¸co˜es (3.2) e (3.3), obtemos. (B, C).   −(1) − a. = −132.  −(1) − a. = −132.. →. n˜ao possui solu¸ca˜o. Para os pares de equa¸co˜es (3.2) e (3.4), obtemos   −(1) − a. (B, AB) . (1) − a. = −132. = −10.. →.   a. = 71 e.  (1). = 61..

(43) 3.2 Siddiqui e Yang (2010) - Discuss˜ao. 27. Para os pares de equa¸co˜es (3.2) e (3.5), obtemos. (B, AC).   −(1) − a  (1) − a. = −132. →. = −10..   a. = 71 e.  (1). = 61.. Para os pares de equa¸co˜es (3.3) e (3.4), obtemos   −(1) − a. = −132. →. (C, AB)  (1) − a = −10..   a. = 71 e.  (1). = 61.. Para os pares de equa¸co˜es (3.3) e (3.5), obtemos. (C, AC).   −(1) − a  (1) − a. = −132. →. = −10..   a. = 71 e.  (1). = 61.. Para os pares de equa¸co˜es (3.4) e (3.5), obtemos. (AB, AC).   (1) − a. = −10.  (1) − a. = −10.. →. n˜ao possui solu¸ca˜o. Em rela¸ca˜o aos sistemas acima, podemos concluir que: • Os pares de equa¸co˜es ou sistemas (A, AB) e (A, AC) possuem as mesmas equa¸co˜es, com os sistemas sem solu¸ca˜o. Os pares (B, C) e (AB, AC) tamb´em n˜ao possuem solu¸ca˜o. • Os pares de equa¸co˜es ou sistemas (A, B) e (A, C) possuem as mesmas equa¸c˜oes e consequentemente solu¸co˜es iguais, com as seguintes estimativas: (1) = 52, 6 e a = 79, 4. • Os pares de equa¸co˜es ou sistemas (B, AB), (B, AC), (C, AB) e (C, AC), possuem as mesmas equa¸c˜oes e consequentemente solu¸co˜es iguais, com as seguintes.

(44) 3.2 Siddiqui e Yang (2010) - Discuss˜ao. 28. estimativas: a = 71 e (1) = 61. Sejam os seguintes grupos de pares: Grupo 1, formado pelos pares: (A, B) e (A, C) e Grupo 2, formado pelos pares (B, AB), (B, AC), (C, AB) e (C, AC). Se usarmos como estimativa apenas a m´edia dos pares do grupo 1 (pares de fatores principais), temos as seguintes estimativas: (1) = 52, 6 e a = 79, 4. J´a utilizando a m´edia dos pares do grupo 2 (pares de fatores principais e intera¸co˜es), temos como estimativa para as respostas perdidas os valores: (1) = 58, 2 e a = 73, 8. Podemos ver que as estimativas do grupo 2 (pares de fatores principais e intera¸co˜es), s˜ao as que mais se aproximam dos valores reais (1) = 60 e a = 72. Colocamos os valores estimados de volta na Tabela 3.1 e executamos uma nova an´alise, obtendo novos resultados (Tabela 3.2). Comparando com a an´alise sem dados perdidos, podemos ver que os resultados obtidos s˜ao similares, apenas os coeficientes de regress˜ao de AB e ABC s˜ao um pouco distantes. Tabela 3.2: Compara¸ca˜o dos coeficientes de regress˜ao (dados completos X dados estimados) para o Exemplo 3.1. Fator. Coeficientes Coeficientes (dados completos) (dados estimados) Constante 64, 25 64, 25 A 11, 50 11, 94 B −2, 50 −2, 50 C 0, 75 0, 75 AB 0, 75 0, 30 AC 5, 00 4, 55 BC −0, 00 −0, 00 ABC 0, 25 0, 69 Deste exemplo, podemos ver que as estimativas para os dados perdidos usando os pares de equa¸co˜es de efeitos de fatores principais e fatores de intera¸ca˜o s˜ao mais precisas que as estimativas dos pares de equa¸co˜es que utilizam equa¸co˜es formadas apenas com efeitos de fatores principais. Assim, podemos concluir (pelo menos para este exemplo), que o uso de equa¸co˜es de estimativas de fatores de intera¸c˜ao no Passo 2 do m´etodo de Efeitos Elementares , pode melhorar a precis˜ao das estimativas das respostas em falta. 3.2.1.2. Exemplo 3.2. Dados de Qumsyehe e Kirchner (2011). Neste exemplo, iremos analisar os dados do Exemplo 2.4 utilizando o m´etodo de Siddiqui e Yang (2010). Assumimos que temos duas respostas perdidas em um experimento fatorial 2k . Como apresentado no Exemplo 2.4, as respostas ac e bcd s˜ao aleatoriamente selecionadas como respostas perdidas.

(45) 3.2 Siddiqui e Yang (2010) - Discuss˜ao. 29. (Tabela 2.9). Como vimos anteriormente, o efeito m´edio de um fator ´e uma combina¸ca˜o de seus efeitos elementares. A m´edia desses efeitos elementares podem ser usadas para estimar um efeito fatorial. No entanto, no caso de observa¸c˜oes perdidas, a m´edia parcial dos efeitos elementares pode ser usada. Por exemplo, para calcular o efeito A, temos 1 [−(1) + a − b + ab − c + ac − bc + abc − d + ad − bd + abd − cd 8 1 +acd − bcd + abcd] = [(a − (1)) + (ab − b) + (ac − c) + (abc − bc) 8 +(ad − d) + (abd − bd) + (acd − cd) + (abcd − bcd)]. A=. Visto que os ensaios experimentais ac e bcd s˜ao perdidos, n˜ao podemos calcular os efeitos elementares ac − c e abcd − bcd, mas ainda temos dados para calcular os efeitos elementares a − (1), (ab − b), abc − bc, ad − d, abd − bd e acd − cd, por isso vamos usar a m´edia parcial desses efeitos elementares para estimar A, que ´e, 1 [(a − (1)) + (ab − b) + (abc − bc) + (ad − d) + (abd − bd) − (acd − cd)] 6 1 = [(669 − 550) + (650 − 604) + (635 − 601) + (749 − 1037) + (868 − 1052) 6 +(860 − 1075)] = −81, 33. A≈. Similarmente, B≈ =. 1 [(b − (1)) + (ab − a) + (bc − c) + (bd − d) + (abd − ad) + (abcd − acd)] 6. 1 [(604 − 550) + (650 − 669) + (601 − 633) + (1052 − 1037) + (868 − 749) 6 +(729 − 860) = 1. 1 [(c − (1)) + (bc − b) + (abc − ab) + (acd − ad) + (cd − d) + (abcd − abd)] 6 1 = [(633 − 550) + (601 − 604) + (635 − 650) + (860 − 749) + (1075 − 1037) 6 +(729 − 868) = 12, 5. C≈.

(46) 3.2 Siddiqui e Yang (2010) - Discuss˜ao D≈ =. 30. 1 [(d − (1)) + (ad − a) + (bd − b) + (abd − ab) + (cd − c) + (abcd − abc)] 6. 1 [(1037 − 550) + (749 − 669) + (1052 − 604) + (868 − 650) + (1075 − 633) 6 +(729 − 635)] = 294, 83. Igualamos o efeito calculado a partir dos efeitos elementares parciais com o efeito do fator. Neste exemplo, podemos escrever, 1 [−(1) + a − b + ab − c + ac − bc + abc − d + ad − bd + abd − cd 8 1 +acd − bcd + abcd] = (−550 + 669 − 604 + 650 − 633 + ac − 601 + 635 8 −1037 + 749 − 1052 + 868 − 1075 + 860 − bcd + 729) = −81, 33 A=. 1 [−(1) − a + b + ab − c − ac + bc + abc − d − ad − bd + abd − cd 8 1 −acd + bcd + abcd] = (−550 − 669 + 604 + 650 − 633 − ac + 601 + 635 8 −1037 − 749 − 1052 + 868 − 1075 − 860 + bcd + 729) = 1 B=. 1 [−(1) − a − b − ab + c + ac + bc + abc − d − ad − bd − abd + cd 8 1 +acd + bcd + abcd] = (−550 − 669 − 604 − 650 + 633 + ac + 601 + 635 8 −1037 − 749 − 1052 − 868 + 1075 + 860 + bcd + 729) = 12, 5 C=. 1 [−(1) − a − b − ab − c − ac − bc − abc + d + ad + bd + abd + cd 8 1 +acd + bcd + abcd] = (−550 − 669 − 604 − 650 − 633 − ac − 601 − 635 8 +1037 + 749 + 1052 + 868 + 1075 + 860 + bcd + 729) = 294, 83 D=. Resolvendo os pares de equa¸c˜oes (A, B), bem como os pares: (A, C), (A, D), (B, C), (B, D) e (C, D), obtemos:   ac − bcd. = −258, 67 (A, B)  −ac + bcd = 442.. (A, C).   ac − bcd. = −258, 67.  ac + bcd. = 1746, 0.. →. →. n˜ao possui solu¸ca˜o.   ac. = 743, 67 e.  bcd. = 1002, 33..

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