• Nenhum resultado encontrado

Conicas.Quadricas

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Conicas.Quadricas"

Copied!
31
0
0

Texto

(1)

C

Ca

ap

´ııttu

ullo

o 1

1

C

ˆ

o

on

niic

ca

as

s e

e Q

Qu

´

a

ad

drriic

ca

ass

Todas as equa¸

Todas as equa¸c˜c˜oes oes que que obtivemos obtivemos at´at´e e agora agora foram foram lineareslineares, , isto isto ´´e, e, equa¸equa¸c˜c˜oes que envolvem apenasoes que envolvem apenas termos do primeiro grau em

termos do primeiro grau em x, x, yy e e z z .. Neste cap Neste cap´´ıtulo ıtulo estudarestudaremos pemos primeirarimeiramente as mente as curvas plancurvas planasas que podem ser representadas pelas equa¸

que podem ser representadas pelas equa¸c˜c˜oes do segundo grau nas vari´oes do segundo grau nas vari´aveisaveis xx ee y.y.  A seguir,  A seguir, estud

estudaremoaremos s as as superfsuperf´´ıcieıcies s que que podem podem ser ser reprrepresenesentadas tadas pelas pelas equa¸equa¸c˜c˜oes do segundo grau nasoes do segundo grau nas vari´

vari´aveisaveis x,x, yy ee z.z.

1

1..1

1 C

ˆ

onicas

onicas

As

As cˆcˆonicasonicas s˜s˜ao curvas planas obtidas pela intersec¸ao curvas planas obtidas pela intersec¸c˜c˜ao de um cone circular duplo (figura 1.1)ao de um cone circular duplo (figura 1.1) com um ´

com um ´uniunico planoco plano. . A incliA inclina¸na¸c˜c˜ao do plano com rela¸ao do plano com rela¸c˜c˜ao ao eixo de simetria do cone determi-ao ao eixo de simetria do cone determi-nar´

nar´a a os diveos diversorsos s tipotipos s de curvde curvas. as. EssEssas curvas curvas s˜as s˜ao chamadas de cˆao chamadas de cˆonionicascas. . S˜S˜ao ao elas: elas: cc´´ırculo ırculo ouou circ

(2)
(3)

Figur

Figura a 1.2:1.2:

Observa¸

Observa¸c˜c˜ao 1.1ao 1.1 Se Se o o plano plano passar passar pelo pelo v´v´ertice ertice OO do cone obtemos as  do cone obtemos as cˆcˆonicas degeneradas:onicas degeneradas:

Figura 1.3: cˆ

Figura 1.3: cˆonicas degeneradasonicas degeneradas

Estudaremos somente as cˆ 

(4)

1

1.1.1.1 .1 ElElipipssee

Uma

Uma elipse elipse ´ ´e e o o conjunto conjunto dos dos pontospontos P P ((x,x, yy) do plano tais que a soma das distˆ) do plano tais que a soma das distˆancia deancia de P P  a dois a dois pontos fixos

pontos fixos F F 11 ee F F 22  situados no   situados no mesmo plano mesmo plano ´´e constante. e constante. Os pOs pontosontos F F 11 ee F F 22,, s˜s˜ao chamadosao chamados

focos

focos da elipse. da elipse.

Figura 1.4: elipse Figura 1.4: elipse

Seja

Seja dd((F F 11,, F F 22) ) = = 22cc (distˆ (distˆancia focal) e sejaancia focal) e seja aa um n´ um n´umero real tal que 2umero real tal que 2a a >> 2 2c.c. O conjunto de O conjunto de

todos os pontos

todos os pontos P P  do plano que satisfazem a equa¸ do plano que satisfazem a equa¸c˜c˜aoao

d d((P,P, F F 11) +) +dd((P,P, F F 22) ) = 2= 2aa ou ou  −−−PP F −→F →11   ++  −−−PP F −→F →22   = = 22aa    (1.1.1)(1.1.1) ´´e

e uma uma elipse elipse com com focosfocos F F 11 ee F F 22..

Observa¸

(5)

Elementos da elipse

•  Focos: s˜ao os pontos F 1 e F 2.

•  Distˆancia focal: ´e a distˆancia 2c entre os focos.

•  Centro: ´e o ponto m´edio C  do segmento F 1F 2.

•  Eixo maior: ´e o segmento A1A2 de comprimento 2a.

•  Eixo menor: ´e o segmento B1B2 de comprimento 2b.

•  V´ertices: s˜ao os pontos A1, A2, B1 e B2.

•  Excentricidade: ´e o n´umero e dado por e = c

a. Como c < a, temos 0 ≤ e < 1.

Figura 1.5:

Observa¸c˜ao 1.3 Em toda elipse vale a rela¸c˜ ao: a2

= b2

(6)

Equa¸c˜ao da elipse com centro na origem do sistema cartesiano

Consideremos a elipse com focos F 1(−c,0) e F 2(c,0).

Figura 1.7:

Logo, a equa¸c˜ao (1.1.1) pode ser escrita como

 

(x + c)2+ y2 +

 

(xc)2 + y2 = 2a

 

(x + c)2 + y2 = 2a

 

(xc)2 + y2 (

 

(x + c)2 +y2)2 = (2a

 

(xc)2 + y2)2 (x + c)2 + y2 = 4a2 − 4a

 

(x−c)2+ y2 + (xc)2 + y2 ⇒

x2 + 2xc +c2 + y2 = 4a2 − 4a

 

(x−c)2+ y2 + x2− 2xc + c2 + y2

4a

 

(x−c)2 + y2 = 4a2 − 4xc a

 

(x−c)2 + y2 = a2 −xc ⇒ (a

 

(x−c)2 +y2)2 = (a2xc)2 a2((x−c)2 +y2) = a4 − 2a2xc + x2c2 ⇒ a2(x2− 2xc + c2 +y2) = a4 − 2a2xc + x2c2 ⇒ a2x2−a22xc + a2c2 + a2y2 = a4 − 2a2xc + x2c2 ⇒ a2x2 + a2c2 + a2y2 = a4 + x2c2 ⇒ a2x2−x2c2 + a2y2 = a4 −a2c2 ⇒ x2(a2 −c2) + a2y2 = a2(a2−c2) ⇒ x2b2 + a2y2 = a2b2 (pois a2 = b2+ c2) ⇒ Dividindo ambos os membros por a2

b2

(a e b s˜ao n˜ao-nulos) temos

x2

+ y

2

(7)

que e a equa¸c˜ ao da elipse com centro na origem e eixo maior sobre o eixo x. Analogamente, se tomarmos F 1(0,−c) e F 2(0, c), obtemos a equa¸c˜ao

x2

b2 +

y2

a2 = 1 (1.1.3)

que e a equa¸c˜ ao da elipse com centro na origem e eixo maior sobre o eixo y. (Veja figura 1.8)

Figura 1.8:

Exemplo 1.1 Determine os elementos de cada uma das elipses a seguir: a)x 2 9 + y2 4 = 1 b) x 2 4 + y2 9 = 1 c) 9x2 + 25y2 = 225 c) 4x2 +y2 = 16

(8)

Transla¸c˜ao de eixos Consideremos no plano cartesiano xOy um ponto O(h, k). Vamos

introduzir um novo sistema xOytal que os eixos Oxe Oytenham a mesma unidade de

medida, a mesma dire¸c˜ao e o mesmo sentido dos eixos Ox e Oy. Assim, um sistema pode ser obtido do outro atrav´es de uma transla¸c˜ao de eixos.

Figura 1.9:

Seja um ponto P  qualquer do plano tal que suas coordenadas s˜ao:

x e y em rela¸c˜ao ao sistema xOy,

x e yem rela¸c˜ao ao sistema xOy,

Pela figura (1.9) temos:

x = x + h e y = y+ k ou x= x h e y= y k

que s˜ao as f´ ormulas de transla¸c˜ ao  e que permitem transformar coordenadas de um sistema para outro.

Equa¸c˜ao da elipse com centro fora da origem do sistema cartesiano

10

caso: O eixo maior ´e paralelo ao eixo dos x.

(9)

Figura 1.10:

Consideremos um novo sistema de eixos xOycom origem em Oem C. Veja figura (1.10)

A equa¸c˜ao da elipse referente ao sistema xOy´e

x2 a2 + y2 b2 = 1 mas, x = x h e y= y k logo, (x−h)2 a2 +  (y −k)2 b2 = 1,

que ´e a equa¸c˜ ao da elipse com centro C (h, k) e eixo maior paralelo ao eixo dos x.

20

caso: O eixo maior ´e paralelo ao eixo dos y

De modo an´alogo ao caso anterior, obtemos: (x−h)2

b2 +

 (y −k)2

a2 = 1,

(10)

Figura 1.11:

Exemplo 1.2 Determinar a equa¸c˜ ao da elipse, cujo eixo maior ´e paralelo ao eixo dos y, tem  centro C(4, -2), excentricidade e = 1

2 e eixo menor de medida 6.

Exemplo 1.3 Determinar o centro, os v´ertices, os focos e a excentricidade da de equa¸c˜ ao 4x2

+ 9y2

(11)

1.1.2 C´ırculo ou Circunferˆencia

O c´ırculo ou circunferˆencia de raio r e centro C (c1, c2) ´e o conjunto dos pontos P (x, y) do plano

que est˜ao a uma distˆancia r do centro C, isto ´e, s˜ao os pontos P (x, y) que satisfazem `a equa¸c˜ao

 −→P C = r, ou seja, (x −c1) 2 + (y −c2) 2 = r ou , x2+ y2 − 2c1x− 2c2y + d = 0 onde d = c2 1 + c 2 2 −r 2 Figura 1.12: circunferˆencia

Observa¸c˜ao 1.4 Se F 1 = F 2 = C  a elipse 1.6 acima reduz-se ao c´ırculo de centro C  e raio a.

Al´em disso, e = 0 (pois c = 0). Assim, um c´ırculo ´e uma elipse de excentricidade nula.

Exemplo 1.4 Determinar o centro e o raio das circunferˆencias: a) x2 + y2 = 9 b) x2 +y2 + 6x− 8y = 0

(12)

1.1.3 Hip´erbole

Uma hip´erbole com focos F 1 e F 2 ´e o conjunto dos pontos P (x, y) do plano tais que

|d(F 1, P ) −d(F 2, P )|   ´e constante.

Figura 1.13: hip´erbole

Sejam F 1 e F 2 dois pontos do plano tais que d(F 1, F 2) = 2c e seja a um n´umero real tal que

2a < 2c. O conjunto de todos os pontos P  do plano que satisfazem a equa¸c˜ao

|d(P, F 1) −d(P, F 2)| = 2a

ou

|  −−→P F 1  −  −−→P F 2  | = 2a   (1.1.1)

´e uma hip´erbole com focos F 1 e F 2.

Observa¸c˜ao 1.5 Se a = c a equa¸c˜ ao | P F −−→1  −  −−→P F 2  | = 2c descreve os pontos P, situados 

sobre a reta que passa pelos pontos F 1 e F 2 n˜ ao interiores ao segmento F 1F 2.

Consideremos a reta que passa por F 1 e F 2  e sejam A1 e A2 os pontos de interse¸c˜ao da

hip´erbole com esta reta. Consideremos outra reta perpendicular a esta passando pelo ponto m´edio C  do segmento F 1F 2. A hip´erbole ´e sim´etrica em rela¸c˜ao a essas duas retas, como tamb´em

em rela¸c˜ao ao ponto C. Consideremos ainda uma circunferˆencia de raio c e centro C. Tracemos por A1 e A2 cordas perpendiculares ao diˆametro F 1F 2. As quatro extremidades dessas cordas s˜ao

os v´ertices do retˆangulo M N P Q inscrito nessa circunferˆencia. As retas que cont´em as diagonais do referido retˆangulo chaman-se ass´ıntotas da hip´erbole. Observemos que em toda hip´erbole vale a rela¸c˜ao: c2

= a2

+ b2

(13)

Figura 1.14:

As ass´ıntotas s˜ao retas das quais a hip´erbole se aproxima cada vez mais `a medida que os pontos se afastam dos focos.

Elementos da hip´erbole

•  Focos: s˜ao os pontos F 1 e F 2.

•  Distˆancia focal: ´e a distˆancia 2c entre os focos.

•  Centro: ´e o ponto m´edio C  do segmento F 1F 2.

•  V´ertices: s˜ao os pontos A1 e A2.

•  Eixo real: ´e o segmento A1A2 de comprimento 2a.

•  Eixo imagin´ ario: ´e o segmento B1B2 de comprimento 2b.

•  Excentricidade: ´e o n´umero e dado por e = c

(14)

Equa¸c˜ao da hip´erbole com centro na origem do sistema cartesiano 1◦ caso: O eixo real est´ a sobre o eixo dos x

Sja P (x, y) um ponto qualquer da hip´erbole de focos F 1(−c,0) e F 2(c,0).

Figura 1.15: Da defini¸c˜ao temos |d(P, F 1) −d(P, F 2)| = 2a ⇒ |

 

(x + c)2+y2

 

(xc)2+ y2| = 2a

 

(x + c)2+y2

 

(xc)2+ y2 = ±2a

 

(x + c)2+ y2 = ±2a +

 

(x c)2 + y2

Com procedimento an´alogo ao que foi usado na dedu¸c˜ao da equa¸c˜ao da elipse e usando a rela¸c˜ao c2 = a2 + b2 obtemos: x2 a2 − y2 b2 = 1 (1.1.2)

que ´e a equa¸c˜ ao da hip´erbole com centro na origem e eixo real sobre o eixo x.

2 ◦ caso: O eixo real est´ a sobre o eixo dos y

Analogamente, se tomarmos F 1(0,−c) e F 2(0, c), obtemos a equa¸c˜ao

y2

a2 −

x2

b2 = 1 (1.1.3)

que ´e a equa¸c˜ ao da hip´erbole com centro na origem e eixo real sobre o eixo y.(Veja figura 1.16)

(15)

Figura 1.16:

Exemplo 1.5 Esboce as hip´erboles a seguir e determine: a) a medida dos semi-eixos;

b) os v´ertices; c) os focos;

d) a excentricidade;

e) as equa¸c˜ oes das ass´ıntotas. I) x 2 9 − y2 4 = 1 II) x2 4 − y2 9 = 1

(16)

Equa¸c˜ao da hip´erbole com centro fora da origem do sistema cartesiano

10

caso: O eixo real ´e paralelo ao eixo dos x.

Consideremos uma hip´erbole de centro C (h, k) e seja P (x, y) um ponto qualquer dessa hip´erbole.

Analogamente como no estudo da elipse temos que

x2

a2 −

y2

b2 = 1

´e a equa¸c˜ao de uma hip´erbole com centro C (0,0) e eixo real sobre o eixo dos x; quando o eixo real for paralelo ao eixo dos x e o centro ´e C (h, k), sua equa¸c˜ao passa a ser:

(x−h)2

a2 −

 (y −k)2

b2 = 1

20

caso: O eixo real ´e paralelo ao eixo dos y

Neste caso, a equa¸c˜ao ´e:

(y −k)2

a2 −

 (x− h)2

(17)

Exemplo 1.6 Esboce o gr´ afico da hip´erbole (y − 1) 2 9 −  (x− 3)2 4 = 1 e determine: a) o centro; b) os v´ertices; c) os focos; d) a excentricidade;

(18)

1.1.4 Par´abola

Cosideremos em um plano uma reta d e um ponto F  n˜ao pertencente a d. Uma par´abola com focos F 1 e F 2 ´e o conjunto dos pontos P (x, y) do plano equidistantes de F  e de d.

Figura 1.17: par´abola

Seja P 1 ´e o p´e da perpendicular de um ponto P  do plano sobre a reta d (figura 1.1.1). De

acordo com a defini¸c˜ao, P  pertence `a par´abola se, e somente se:

d(P, F ) = d(P, P 1)

ou

 −→P F =−−→P P 1    (1.1.1)

Elementos da par´abola

•  Foco: ´e o ponto F.

•  Diretriz: ´e a reta d.

•  Eixo: ´e a reta que passa pelo foco e ´e perpendicular `a diretriz.

•  V´ertice: ´e o ponto V   de interse¸c˜ao da par´abola com seu eixo.

(19)

Equa¸c˜ao da par´abola com v´ertice na origem do sistema cartesiano 1◦ caso: O eixo da par´ abola ´e o eixo dos x

Consideremos a par´abola de foco F (a,0).

Figura 1.18:

Um ponto P (x, y) do plano pertence `a par´abola se, e somente se:

d(P, F ) = d(P, P 1) ou  −→P F = −−→P P 1  isto ´e,

 

(x + a)2 + (y y)2 =

 

(xa)2 + (y − 0)2 (x + a)2 = (x−a)2 + y2 ⇒ x2+ 2xa + a2 = x2− 2xa + a2 + y2 ⇒ y2 = 4ax

que ´e a equa¸c˜ ao da par´ abola com v´ertice V (0,0)  e foco sobre o eixo dos x.

(20)

Considerando um ponto P (x, y) de uma par´abola com foco F (0, a),  de modo an´alogo ao primeiro caso obtemos a equa¸c˜ao

x2 = 4ay

que ´e a equa¸c˜ ao da par´ abola com v´ertice V (0,0)  e foco sobre o eixo dos y.

Figura 1.19:

Observa¸c˜ao 1.8 Se  a > 0, a par´ abola tem concavidade voltada para cima e se a < 0, a par´ abola  tem concavidade voltada para baixo.

Exemplo 1.7 Determinar a equa¸c˜ ao da reta diretriz, o v´ertice e o foco das par´ abolas x2

= 8y e 

y2

(21)

Equa¸c˜ao da par´abola com v´ertice fora da origem do sistema cartesiano

10

caso: O eixo da par´ abola ´e paralelo ao eixo dos x.

Consideremos uma par´abola com v´ertice V (h, k) e eixo paralelo ao eixo dos x. Ap´os uma transla¸c˜ao de eixos, an´alogo ao que foi feito no estudo da elipse e da hip´erbole, temos que

(y −k)2 = 4a(x −h)

´e a equa¸c˜ao da par´abola com v´ertice no ponto V (h, k) e eixo paralelo ao eixo dos x.

Analogamente,

(x−h)2 = 4a(y −k)

´e a equa¸c˜ao da par´abola com v´ertice no ponto V (h, k) e eixo paralelo ao eixo dos y.

(22)

1.2

Superf´ıcies Qu´

adricas

As ´unicas superf´ıcies vistas at´e agora foram os planos, que podem ser representadas pelas equa¸c˜oes lineares nas vari´aveis x, y, e z. Superf´ıcies que podem ser representadas por uma equa¸c˜ao do tipo

ax2 +by2 +cz2 +dx+ey +fz+g = 0

com pelo menos uma das constantes  a,b,c,d,e,f, ou g  diferentes de zero s˜ao chamadas

qu´adricas. Estudadremos as qu´adricas, cuja representa¸c˜ao ´e dada por uma equa¸c˜ao da forma

ax2 +by2 +cz2 +d = 0.

S˜ao elas: a esfera, o elips´oide, parabol´oide el´ıptico, parabol´oide hiperb´olico, hiperbol´oide de uma folha, hiperbol´oide de duas folhas, o cilindro e o cone qu´adrico.

(23)

Cilindro

Seja c uma curva situada num plano π. O cilindro de diretriz  c ´e a superf´ıcie descrita por uma reta que se move ao longo da curva c e perpendicularmente ao plano π. A reta chama-se geratriz    do cilindro.

Se π ´e o plano xy e a curva c ´e dada por f (x, y) = 0, ent˜ao P (x,y,z ) pertence ao cilindro gerado por c ’se, e somente se, o ponto Q(x, y) pertence `a curva c. Se c for uma cˆonica, isto ´e, se f (x, y) ´e um polinˆomio do segundo grau, o cilindro diz-se qu´ adrico.  Assim, temos o cilindro circular, o cilindro el´ıptico, o cilindro parab´olico e o cilindro hiperb´olico, conforme a curva c seja um c´ırculo, uma elipse, uma par´abola ou uma hip´erbole.

Figura 1.20: cilindro

Exemplo 1.9  A equa¸c˜ ao x2

= 4ay representa no plano uma par´ abola e no espa¸co um cilindro parab´ olico.

(24)

Superf´

ıcie de Revolu¸

ao

Sejam uma curva c e uma reta r, ambas situadas em um mesmo plano π. A superf´ıcie descrita pela curva quando o plano π gira ao redor reta r  chama-se superf´ıcie de revolu¸c˜ ao.

Considerarmos P  um ponto da superf´ıcie de revolu¸c˜ao e tracemos por esse ponto o plano perpendicular a reta r. Seja C  o ponto onde o plano corta a reta r e Q o ponto onde plano corta a curva c. Assim, temos

 −→CP = −→CQ  .

Notemos que se π ´e o plano yz, r ´e o eixo z e c ´e a curva dada pela equa¸c˜ao y = f (z ),

ent˜ao temos

x2 + y2 = (f (z ))2,

que ´e a equa¸c˜ao da superf´ıcie de revolu¸c˜ao gerada pela curva c.

Figura 1.21: superf´ıcie de revolu¸c˜ao

Se c for a uma reta paralela `a reta r, obtemos o cilindro de revolu¸c˜ao.

Se c for a uma reta que intercepta r segundo um ˆangulo agudo, obtemos um cone circular. Se c for a uma cˆonica (elipse, hip´erbole e par´abola) e r um eixo dessa cˆonica, obtemos o elips´oide, o hiperbol´oide, e o parabol´oide de revolu¸c˜ao, respectivamente.

Exemplo 1.10 A equa¸c˜ ao do parabol´ oide de revolu¸c˜ ao gerado pela par´ abola y2

= 4az ´e 

x2

+ y2

(25)

Exemplo 1.11 Se c for um c´ırculo de raio r, situado em um plano π e l, uma reta de π, que  passa pelo centro C  do c´ırculo, a superf´ıcie de revolu¸c˜ ao descrita por c, quando π gira ao redor de 

l, ser´ a a   esfera   de centro C (c1, c2, c3) e raio r, que ´e o conjunto dos pontos P (x,y,z ) do espa¸co

que satisfazem `a equa¸c˜ ao

 −→CP = r, isto ´e, (x−c1) 2 + (x−c2) 2 + (x−c3) 2 = r2

Veremos a seguir tipos mais gerais de qu´adricas que n˜ao s˜ao necessariamente cilindros e qu´adricas de revolu¸c˜ao. Dada a equa¸c˜ao da qu´adrica vamos descrever sua forma, estudando as curvas obtidas ao interceptarmos a superf´ıcie por planos convenientemente escolhidos.

Elips´ 

oide

Consideremos a superf´ıcie cuja equa¸c˜ao ´e x

2

a2 +

y2

b2 +

z 2

c2 = 1, onde a, b e c s˜ao n´umeros

(26)

O plano z = k, se | k |< c intercepta a superf´ıcie segundo uma elipse e os planos x = k,

se | k |< a e y = k, se | k |< b tamb´em interceptam a superf´ıcie segundo elipses . Se a = b = c,

o elips´oide ´e uma esfera.

Os planos xy,xz e yz  interceptam a superf´ıcie segundo as elipses

x2 a2 + y2 b2 = 1, x2 a2 + z 2 c2 = 1 e y2 b2 + z 2 c2 = 1

respectivamente. Essa superf´ıcie ´e um elips´ oide .

Observa¸c˜ao 1.9

a) Se dois dos trˆes n´ umeros  a, b e  c  forem iguais, a superf´ıcie (1.22) ´e um elips´ oide de  revolu¸c˜ ao.

b) Se a = b = c, a superf´ıcie ´e uma esfera.

Exemplo 1.12 Identifique e esboce o gr´afico da superf´ıcie dada pela equa¸c˜ ao 9x2

+y2

+ 9z 

2

(27)

Hiperbol´ 

oide de um folha 

Consideremos a superf´ıcie cuja equa¸c˜ao ´e da forma x

2

a2 +

y2

b2 −

z 2

c2 = 1, onde a, b e c s˜ao

n´umeros reais positivos.

Figura 1.23:

Os tra¸cos horizontais s˜ao elipses. Os tra¸cos verticais nos planos x = k e y = k s˜ao hip´erboles se k = 0 e s˜ao um par de retas se k = 0.

O eixo de simetria corresponde `a vari´avel cujo coeficiente ´e negativo. O plano xy intercepta a superf´ıcie segundo a elipse

x2

a2 +

y2

b2 = 1, z  = 0

e os planos xz e yz  interceptam a superf´ıcie segundo as hip´erboles

x2 a2 − z 2 c2 = 1, y = 0 e y2 b2 − z 2 c2 = 1, x = 0

respectivamente. Essa superf´ıcie ´e um hiperbol´ oide de uma folha . O plano z  = k intercepta essa superf´ıcie segundo a elipse

x2 a2

1 + k 2 c2

 + y2 b2

1 + k 2 c2

= 1 , z  = k   (1.2.1)

(28)

b) O eixo de simetria corresponde `a vari´avel cujo coeficiente ´e negativo.

Exemplo 1.13  Esbo¸car o gr´ afico da superf´ıcie dada pela equa¸c˜ ao x2

+ y

2

4 −

z 2

(29)

Hiperbol´ 

oide de duas folhas

Consideremos a superf´ıcie cuja equa¸c˜ao ´e da forma −x

2 a2 + y2 b2 − z 2 c2 = 1, onde a, b e c

s˜ao n´umeros reais positivos.

Figura 1.24:

Se | k |< b o plano y = k n˜ ao intercepta a superf´ıcie e se | k |> b o plano y = k intercepta a superf´ıcie segundo a elipse.

x2 a2 + z 2 c2 = k2 b2 − 1, y = k.   (1.2.2)

Vemos que essa superf´ıcie tem duas folhas , uma na regi˜ao y ≥ b e outra na regi˜ao y ≤ −b.

Os planos xy e yz  interceptam a superf´ıcie segundo as hip´erboles

y2 b2 − x2 a2 = 1, z  = 0 e y2 b2 − z 2 c2 = 1, x = 0

respectivamente. Essa superf´ıcie ´e um hiperbol´ oide de duas folhas.

Observa¸c˜ao 1.11

a) Se a = b, ent˜ ao (1.2.2) ´e a equa¸c˜ ao de um c´ırculo e, portanto, a superf´ıcie (1.24) ´e um  hiperbol´ oide de revolu¸c˜ ao.

(30)

Parabol´ 

oide el´

ıptico

A superf´ıcie cuja equa¸c˜ao ´e da forma x

2

a2 +

y2

b2 = cz.

Figura 1.25: ´e um parabol´ oide el´ıptico

Se c > 0, o plano y = k intercepta essa superf´ıcie segundo a elipse

x2

cka2 +

y2

ckb2 = 1 y = k.   (1.2.3)

se k > 0. Se k <  0 o plano z  = k n˜ao intercepta a superf´ıcie. Isto ´e, se c > 0, a superf´ıcie est´a contida na regi˜ao z  ≥ 0. Analogamente, temos que se c < 0,  a superf´ıcie est´a na regi˜ao

z ≤ k. esta na regi˜ao z  ≥ 0. O plano z  = k intercepta a superf´ıcie segundo uma elipse se k > 0.

Analogamente c < 0 a superf´ıcie esta na regi˜ao z  ≤ 0.

Os planos xz e yz  interceptam a superf´ıcie segundo as par´abolas

x2 = a2cz , y = 0 e y2 = b2cz x = 0.

respectivamente.

Observa¸c˜ao 1.12

Se a = b, as elipses (1.2.3) s˜ ao c´ırculos e, portanto, a superf´ıcie (1.25) ´e um parabol´ oide de  revolu¸c˜ ao.

Exemplo 1.15  Esbo¸car o gr´ afico da superf´ıcie dada pela equa¸c˜ ao z  = 4x2

(31)

Parabol´ 

oide hiperb´ 

olico

A superf´ıcie cuja equa¸c˜ao ´e da forma −x

2

a2 +

y2

b2 = cz  ´e um parabol´ oide hiperb´ olico .

Figura 1.26:

O plano xz  intercepta a superf´ıcie segundo a par´abola x2

= −ca2

z, y = 0 a qual tem concavidade voltada para baixo, se c > 0 e seu eixo focal ´e o eixo dos z.

O plano yz  intercepta a superf´ıcie segundo a par´abola y2

= cb2

z, x = 0 a qual tem concavidade voltada para cima, se c > 0 e seu eixo focal tamb´em ´e o eixo dos z.

Se k = 0, o plano z  = k intercepta a superf´ıcie segundo a hip´erbole

− x

2

cka2 +

y2

ckb2 = 1 z  = k.   (1.2.4)

Se k > 0, o eixo focal da hip´erbole e paralelo ao eixo dos y e se k < 0 esse eixo ´e paralelo ao eixo dos x.

Exemplo 1.16  Esbo¸car o gr´ afico da superf´ıcie dada pela equa¸c˜ ao z  = y2

Referências

Documentos relacionados

(1.79) Esta equa¸c˜ao representa a f´ormula geral para a fun¸c˜ao peso em amplitude verdadeira do empilhamento 2.5D de uma configura¸c˜ao de entrada para uma de sa´ıda,

Na Figura 4.9 tˆem-se os gr´aficos de ´ındices Lmax para os dados de perda de amˆonia sob perturbac¸a˜ o na resposta, nos quais, observamos que os modelos slash-el´ıpticos e o

NEGATIVA DE CONCESSÃO DE ALVARÁ PARA REGULARIZAÇÃO DE EDIFICAÇÃO, AO ARGUMENTO DE QUE O IMÓVEL ESTÁ SITUADO A MENOS DE 30M (TRINTA METROS) DE LEITO DE RIO QUE CORTA ÁREA

Para tanto, o IASB exige que sejam divulgadas as seguintes variações nos passivos decorrentes de atividades de financiamento: (i) alterações de fluxos de caixa de atividades

The population of active employer enterprises has been growing steadily in Portugal over more than 20 years, especially due to the contribution of smaller sized firms, but a

Com a avaliação dos dados, pode-se concluir que 99,7% da variabilidade do per capita é explicada pela variável PIB, assim, a geração de resíduos da construção civil

Para medir essas atitudes ambivalentes perante os homens, Glick e Fiske (1999) de- senvolveram o Ambivalence Toward Men Inventory (AMI), que procura integrar tanto a hostilidade como

Neste contexto, essa pesquisa classifica-se, quanto ao objetivo em descritiva, quanto aos procedimentos metodológicos em documental, sendo realizada por meio de um estudo de