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Caderno de Treino. Magistratura estadual JUIZ DE DIREITO. 7 a edição. Edital Sistematizado. Edital Sistematizado com Questões e Jurisprudência

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(1)

2021

7

a

edição

Revista, atualizada

e ampliada

Caderno de Treino

Magistratura estadual

JUIZ DE DIREITO

Edital Sistematizado com Questões e Jurisprudência

Questão

primeiro

Baseado na metodologia

Ighor Fernando Rocha Galvão

Coordenação e pesquisa de jurisprudência

Leonardo Garcia

Roberval Rocha

Coleção

Edital Sistematizado

caderno_treino_Mag_estadual_7_ed.indb 3 caderno_treino_Mag_estadual_7_ed.indb 3 22/03/2021 17:50:0222/03/2021 17:50:02

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RAIO-X DOS CONCURSOS

1. TABELA DOS ÚLTIMOS CONCURSOS REALIZADOS

A tabela abaixo indica os concursos ocorridos nos últimos anos, por estado, e a

respec-tiva organizadora do certame.

Tabela 1

  2020 2019 2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012 2011

PR   Cespe   Cespe     PUCPR UFPR UFPR PUCPR

SC   Cespe   FCC   FCC   TJ    

RS     Vunesp   Faurgs       Officium  

ES       Cespe

MG     Consul-plan       Fundep   Vunesp  

RJ   Vunesp     Vunesp   Vunesp Vunesp Vunesp Vunesp

SP     Vunesp Vunesp   Vunesp Vunesp Vunesp   Vunesp

DF         Cespe Cespe Cespe   TJ TJ

GO       FCC     FCC   MS FCC         Vunesp     PUCPR   MT     Vunesp       FMP       AL       FCC         BA   Cespe       Cespe   CE     Cespe       FCC   Cespe   MA       Cespe     PB       Cespe       Cespe PE       FCC   FCC   FCC PI       FCC     Cespe   RN       Cespe     SE       FCC         AC   Vunesp       Cespe   AM         Cespe     FGV     AP       FCC      

PA   Cespe         Vunesp   Cespe  

RO   Vunesp       PUCPR

RR       FCC        

TO      

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(3)

28 LEONARDO GARCIA • ROBERVAL ROCHA • IGHOR FERNANDO ROCHA GALVÃO

2. QUANTITATIVO ANUAL DOS ÚLTIMOS CONCURSOS REALIZADOS

A imagem abaixo indica quais foram os quantitativos de concursos da carreira, por ano,

na última década.

Distribuição 1

3. TABELA DOS ÚLTIMOS CONCURSOS, POR ORGANIZADORA

Os dados abaixo indicam quais foram as instituições que organizaram os últimos

certa-mes dessa carreira.

Tabela 2

ORGANIZADORA

CONCURSOS

Cespe

20

Consulplan

1

Faurgs

1

FCC

14

FGV

1

FMP

1

Fundep

1

Officium

1

PUCPR

4

UFPR

2

Vunesp

19

Próprio TJ

3

TOTAL

68

caderno_treino_Mag_estadual_7_ed.indb 28 caderno_treino_Mag_estadual_7_ed.indb 28 22/03/2021 17:50:0322/03/2021 17:50:03

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RAIO-X DAS QUESTÕES

1. QUESTÕES POR DISCIPLINA E TEMA

A seguir, são apresentadas as tabelas de Raio-X, que servem para orientar o estudo a

ser desenvolvido, descortinando o grau de exigência e a frequência com que certos temas

são explorados nos concursos públicos para ingresso nesta carreira jurídica.

As tabelas indicam o número total de questões objetivas e as respectivas percentagens

de distribuição nas disciplinas abordadas nos concursos. Ao final, consta, também, a

distri-buição das questões discursivas.

Tabela 5

1. DIREITO CIVIL

ASSUNTOS QUESTÕES %

1. Das Pessoas 16 4,4%

2. Dos Bens 6 1,6%

3. Dos Fatos Jurídicos 45 12,3%

4. Do Direito das Obrigações 99 27,0%

5. Do Direito das Coisas 49 13,4%

6. Do Direito de Família 46 12,5%

7. Do Direito das Sucessões 40 10,9%

8. Das Disposições Finais e Transitórias 0 0,0%

9. Leis Especiais 66 18,0%

TOTAL 367 100%

2. DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ASSUNTOS QUESTÕES %

1. Das Disposições Preliminares 3 1,8%

2. Dos Direitos Fundamentais 50 30,1%

3. Da Prevenção 4 2,4%

4. Da Política de Atendimento 4 2,4%

5. Das Medidas de Proteção 6 3,6%

6. Da Prática de Ato Infracional 33 19,9%

7. Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável 1 0,6%

8. Do Conselho Tutelar 16 9,6%

9. Do Acesso à Justiça 24 14,5%

10. Dos Crimes e das Infrações Administrativas 7 4,2%

11. Leis Especiais 18 10,8%

TOTAL 166 100%

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(5)

32 LEONARDO GARCIA • ROBERVAL ROCHA • IGHOR FERNANDO ROCHA GALVÃO

3. DIREITO DO CONSUMIDOR

ASSUNTOS QUESTÕES %

1. Disposições Gerais 15 7,5%

2. Da Política Nacional de Relações de Consumo 1 0,5%

3. Dos Direitos Básicos do Consumidor 11 5,5%

4. Da Qualidade, da Prevenção e da Reparação dos Danos 68 33,8%

5. Das Práticas Comerciais 34 16,9%

6. Da Proteção Contratual 33 16,4%

7. Das Sanções Administrativas 6 3,0%

8. Das Infrações Penais 4 2,0%

9. Da Defesa do Consumidor em Juízo 21 10,4%

10. Do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor 4 2,0%

11. Temas Esparsos 4 2,0%

TOTAL 201 100%

4. DIREITO PROCESSUAL CIVIL

ASSUNTOS QUESTÕES %

1. Das Normas Processuais Civis 6 2,5%

2. Da Função Jurisdicional 19 7,9%

3. Dos Sujeitos do Processo 27 11,2%

4. Dos Atos Processuais 18 7,5%

5. Da Tutela Provisória 11 4,6%

6. Da Formação, da Suspensão e da Extinção do Processo 1 0,4%

7. Do Processo de Conhecimento e do Cumprimento de Sentença 84 34,9%

8. Do Processo de Execução 11 4,6%

9. Dos Processos nos Tribunais... 34 14,1%

10. Disposições Finais e Transitórias 1 0,4%

11. Leis Especiais 18 7,5%

12. Teoria e Princípios 11 4,6%

TOTAL 241 100%

5. DIREITO CONSTITUCIONAL

ASSUNTOS QUESTÕES %

1. Dos Princípios Fundamentais 2 0,7%

2. Dos Direitos e Garantias Fundamentais 24 8,2%

3. Da Organização do Estado 25 8,6%

4. Da Organização dos Poderes 67 23,0%

5. Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 5 1,7%

6. Da Tributação e do Orçamento 4 1,4%

7. Da Ordem Econômica e Financeira 20 6,9%

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(6)

RAIO-X DAS QUESTÕES 33

8. Da Ordem Social 11 3,8%

9. Das Disposições Constitucionais Gerais, ADCT 1 0,3%

10. Direito Processual Constitucional 83 28,5%

11. Teoria Constitucional 49 16,8% TOTAL 291 100% 6. DIREITO ELEITORAL ASSUNTOS QUESTÕES % 1. Código Eleitoral 51 31,5% 2. Constituição Federal 27 16,7%

3. Lei das Eleições 43 26,5%

4. Lei das Inelegibilidades 22 13,6%

5. Lei dos Partidos Políticos 11 6,8%

6. Outros Temas 8 4,9%

TOTAL 162 100%

7. DIREITO PENAL

ASSUNTOS QUESTÕES %

1. Da Aplicação da Lei Penal 10 3,2%

2. Do Crime 28 8,9%

3. Da Imputabilidade Penal 2 0,6%

4. Do Concurso de Pessoas 7 2,2%

5. Das Penas 52 16,6%

6. Das Medidas de Segurança 3 1,0%

7. Da Extinção da Punibilidade 20 6,4%

8. Dos Crimes c/ Pessoa 21 6,7%

9. Dos Crimes c/ Patrimônio 29 9,3%

10. Dos Crimes c/ Propriedade Imaterial 0 0,0%

11. Dos Crimes c/ Organização do Trabalho 1 0,3%

12. Dos Crimes c/ Sentimento Religioso/Respeito aos Mortos 1 0,3%

13. Dos Crimes c/ Dignidade Sexual 7 2,2%

14. Dos Crimes c/ Incolumidade/Paz Pública 3 1,0%

15. Dos Crimes c/ Fé Pública 3 1,0%

16. Dos Crimes c/ Administração Pública 13 4,2%

17. Leis Especiais 76 24,3%

18. Teoria e Princípios 37 11,8%

TOTAL 313 100%

8. DIREITO PROCESSUAL PENAL

ASSUNTOS QUESTÕES %

1. Do Inquérito Policial 16 5,1%

2. Da Ação Penal/Civil 16 5,1%

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(7)

1

DIREITO CIVIL

VOLUME DE QUESTÕES

▂▃▄▅▆▇█

MUITO ALTO

1. DAS PESSOAS

1.1. Das Pessoas Naturais

SÚMULAS

STJ Súmula 387. É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano

moral.

STJ Súmula 403. Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não

autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.

REPERCUSSÃO & REPETITIVOS

STF Repercussão Geral 761. O transgênero tem direito fundamental subjetivo à

alteração de seu prenome e de sua classificação de gênero no registro civil, não se exigindo, para tanto, nada além da manifestação de vontade do indivíduo, o qual poderá exercer tal faculdade tanto pela via judicial como diretamente pela via ad-ministrativa; essa alteração deve ser averbada à margem do assento de nascimento, vedada a inclusão do termo “transgênero”; nas certidões do registro não constará nenhuma observação sobre a origem do ato, vedada a expedição de certidão de inteiro teor, salvo a requerimento do próprio interessado ou por determinação judi-cial; efetuando-se o procedimento pela via judicial, caberá ao magistrado determinar de ofício ou a requerimento do interessado a expedição de mandados específicos para a alteração dos demais registros nos órgãos públicos ou privados pertinentes, os quais deverão preservar o sigilo sobre a origem dos atos. RE 670422, 15.8.2018.

ENUNCIADOS CJF

1) Da Personalidade e da Capacidade

CJF Civil 1. A proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no

que concerne aos direitos da personalidade, tais como nome, imagem e sepultura.

CJF Civil 2. Sem prejuízo dos direitos da personalidade nele assegurados, o art. 2º

do Código Civil não é sede adequada para questões emergentes da reprogenética humana, que deve ser objeto de um estatuto próprio.

CJF Civil 3. A redução do limite etário para a definição da capacidade civil aos

18 anos não altera o disposto no art. 16, I, da Lei n. 8.213/91, que regula específica situação de dependência econômica para fins previdenciários e outras situações similares de proteção, previstas em legislação especial.

CJF Civil 272. Não é admitida em nosso ordenamento jurídico a adoção por ato

extrajudicial, sendo indispensável a atuação jurisdicional, inclusive para a adoção de maiores de dezoito anos.

CJF Civil 273. Tanto na adoção bilateral quanto na unilateral, quando não se

preserva o vínculo com qualquer dos genitores originários, deverá ser averbado o cancelamento do registro originário de nascimento do adotado, lavrando-se novo

registro. Sendo unilateral a adoção, e sempre que se preserve o vínculo originário com um dos genitores, deverá ser averbada a substituição do nome do pai ou da mãe natural pelo nome do pai ou da mãe adotivos.

CJF Civil 397. A emancipação por concessão dos pais ou por sentença do juiz está

sujeita a desconstituição por vício de vontade.

CJF Civil 530. A emancipação, por si só, não elide a incidência do Estatuto da

Criança e do Adolescente.

2) Dos Direitos da Personalidade

CJF Civil 4. O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação

volun-tária, desde que não seja permanente nem geral.

CJF Civil 5. (1) As disposições do art. 12 têm caráter geral e aplicam-se inclusive às

situações previstas no art. 20, excepcionados os casos expressos de legitimidade para requerer as medidas nele estabelecidas; (2) As disposições do art. 20 do novo Código Civil têm a finalidade específica de regrar a projeção dos bens personalíssimos nas situações nele enumeradas. Com exceção dos casos expressos de legitimação que se conformem com a tipificação preconizada nessa norma, a ela podem ser aplicadas subsidiariamente as regras instituídas no art. 12.

CJF Civil 6. A expressão “exigência médica”, contida no art. 13, refere-se tanto ao

bem-estar físico quanto ao bem-estar psíquico do disponente.

CJF Civil 139. Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que não

especificamente previstas em lei, não podendo ser exercidos com abuso de direito de seu titular, contrariamente à boa-fé objetiva e aos bons costumes.

CJF Civil 140. A primeira parte do art. 12 do Código Civil refere-se às técnicas de

tutela específica, aplicáveis de ofício, enunciadas no art. 461 do Código de Processo Civil, devendo ser interpretada com resultado extensivo.

CJF Civil 274. Os direitos da personalidade, regulados de maneira não exaustiva

pelo Código Civil, são expressões da cláusula geral de tutela da pessoa humana, contida no art. 1º, III, da Constituição (princípio da dignidade da pessoa humana). Em caso de colisão entre eles, como nenhum pode sobrelevar os demais, deve-se aplicar a técnica da ponderação.

CJF Civil 275. O rol dos legitimados de que tratam os arts. 12, parágrafo único, e 20,

parágrafo único, do Código Civil também compreende o companheiro.

CJF Civil 276. O art. 13 do Código Civil, ao permitir a disposição do próprio corpo por

exigência médica, autoriza as cirurgias de transgenitalização, em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina, e a consequente alteração do prenome e do sexo no Registro Civil.

CJF Civil 277. O art. 14 do Código Civil, ao afirmar a validade da disposição gratuita

do próprio corpo, com objetivo científico ou altruístico, para depois da morte, determinou que a manifestação expressa do doador de órgãos em vida prevalece sobre a vontade dos familiares, portanto, a aplicação do art. 4º da Lei n. 9.434/97 ficou restrita à hipótese de silêncio do potencial doador.

CJF Civil 278. A publicidade que venha a divulgar, sem autorização, qualidades

inerentes a determinada pessoa, ainda que sem mencionar seu nome, mas sendo capaz de identificá-la, constitui violação a direito da personalidade.

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(8)

62 LEONARDO GARCIA • ROBERVAL ROCHA • IGHOR FERNANDO ROCHA GALVÃO

CJF Civil 279. A proteção à imagem deve ser ponderada com outros interesses

constitucionalmente tutelados, especialmente em face do direito de amplo acesso à informação e da liberdade de imprensa. Em caso de colisão, levar-se-á em conta a notoriedade do retratado e dos fatos abordados, bem como a veracidade destes e, ainda, as características de sua utilização (comercial, informativa, biográfica), privilegiando-se medidas que não restrinjam a divulgação de informações.

CJF Civil 398. As medidas previstas no art. 12, parágrafo único, do Código Civil

podem ser invocadas por qualquer uma das pessoas ali mencionadas de forma concorrente e autônoma.

CJF Civil 399. Os poderes conferidos aos legitimados para a tutela “post mortem”

dos direitos da personalidade, nos termos dos arts. 12, parágrafo único, e 20, parágrafo único, do CC, não compreendem a faculdade de limitação voluntária.

CJF Civil 400. Os parágrafos únicos dos arts. 12 e 20 asseguram legitimidade, por

direito próprio, aos parentes, cônjuge ou companheiro para a tutela contra a lesão perpetrada “post mortem”.

CJF Civil 401. Não contraria os bons costumes a cessão gratuita de direitos de uso

de material biológico para fins de pesquisa científica, desde que a manifestação de vontade tenha sido livre e esclarecida e puder ser revogada a qualquer tempo, conforme as normas éticas que regem a pesquisa científica e o respeito aos direitos fundamentais.

CJF Civil 402. O art. 14, parágrafo único, do Código Civil, fundado no consentimento

informado, não dispensa o consentimento dos adolescentes para a doação de medula óssea prevista no art. 9º, § 6º, da Lei n. 9.434/1997 por aplicação analógica dos arts. 28, § 2º (alterado pela Lei n. 12.010/2009), e 45, § 2º, do ECA.

CJF Civil 403. O direito à inviolabilidade de consciência e de crença, previsto

no art. 5º, VI, da Constituição Federal, aplica-se também à pessoa que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, com ou sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde que observados os seguintes critérios: a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo representante ou assistente; b) manifestação de vontade livre, consciente e informada; e c) oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do declarante.

CJF Civil 404. A tutela da privacidade da pessoa humana compreende os controles

espacial, contextual e temporal dos próprios dados, sendo necessário seu expresso consentimento para tratamento de informações que versem especialmente o estado de saúde, a condição sexual, a origem racial ou étnica, as convicções religiosas, filosóficas e políticas.

CJF Civil 405. As informações genéticas são parte da vida privada e não podem ser

utilizadas para fins diversos daqueles que motivaram seu armazenamento, registro ou uso, salvo com autorização do titular.

CJF Civil 531. A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação

inclui o direito ao esquecimento.

CJF Civil 532. É permitida a disposição gratuita do próprio corpo com objetivos

exclusivamente científicos, nos termos dos arts. 11 e 13 do Código Civil.

CJF Civil 533. O paciente plenamente capaz poderá deliberar sobre todos os aspectos

concernentes a tratamento médico que possa lhe causar risco de vida, seja imediato ou mediato, salvo as situações de emergência ou no curso de procedimentos médicos cirúrgicos que não possam ser interrompidos.

CJF Civil 576. O direito ao esquecimento pode ser assegurado por tutela judicial

inibitória.

CJF Civil 613. A liberdade de expressão não goza de posição preferencial em relação

aos direitos da personalidade no ordenamento jurídico brasileiro.

3) Da Ausência

CJF Civil 97. No que tange à tutela especial da família, as regras do Código Civil que

se referem apenas ao cônjuge devem ser estendidas à situação jurídica que envolve o companheirismo, como por exemplo na hipótese de nomeação de curador dos bens do ausente (art. 25 do Código Civil).

CJF Civil 614. Os efeitos patrimoniais da presunção de morte posterior à declaração

da ausência são aplicáveis aos casos do art. 7º, de modo que, se o presumivelmente morto reaparecer nos dez anos seguintes à abertura da sucessão, receberá igual-mente os bens existentes no estado em que se acharem.

INFORMATIVOS

STJ Ação negatória de filiação. Sentença de procedência transitada em julgado. Averbação. Direito subjetivo e personalíssimo. Não caracterização. Consequência

legal obrigatória. Art. 10, II, do Código Civil. A averbação de sentença proferida em

ação negatória de filiação não consubstancia, em si, um direito subjetivo autôno-mo das partes litigantes, tampouco se confunde com o direito personalíssiautôno-mo ali discutido. RMS 56.941, 3ª T, 27.5.2020, Inf. 672.

STJ Adoção. Código Civil/1916. Registro civil de nascimento do adotado. Nomes

dos ascendentes dos pais adotivos. Inclusão. Impossibilidade. O registro civil de

nascimento de pessoa adotada sob a égide do Código Civil/1916 não pode ser alterado para a inclusão dos nomes dos ascendentes dos pais adotivos. REsp 1.232.387, 4ª T, 28.2.2020, Inf. 666.

QUESTÕES DISCURSIVAS

1. (Cespe/TJ/PR/Juiz/2019) João, divorciado, passou a conviver em união estável com Larissa em 2010. João tem dois filhos, maiores de idade, advindos de casamento anterior. No final do ano de 2015, João e Larissa compareceram em cartório e firma-ram escritura pública de reconhecimento de união estável. No início do ano de 2015, João havia passado a apresentar sintomas similares aos apresentados por portadores do mal de Alzheimer. Em julho de 2015, esses sintomas se agravaram: João começou a não reconhecer pessoas da família, mostrando-se também confuso quanto a datas e fatos recentes. Diante dessa situação, Larissa o levou para uma consulta médica no referido mês, ocasião em que foi constatada pelo médico a doença de Alzheimer em João. João era sócio majoritário da empresa X Ltda., constituída em 2005, e extraía dessa empresa sua fonte de sustento e de sua família. Em setembro de 2016, Larissa, valendo-se de uma procuração lavrada por escritura pública e sem prazo determinado outorgada a ela por João no início da convivência entre eles, promoveu, por instrumento público, a cessão gratuita das cotas sociais de João a Janete, irmã de Larissa. Em março de 2017, um outro médico atestou que, de fato, João apresentava mal de Alzheimer. Com base nesse atestado, Larissa ajuizou, nesse mês, ação de interdição e foi nomeada sua curadora provisória, em decisão liminar. No decorrer do processo, foi produzida prova pericial para avaliar a capacidade de João para praticar atos da vida civil e foi expedido laudo pericial que constatou o estado físico-psíquico de João, de fato acometido pelo mal de Alzheimer. Nesse mesmo processo, o Ministério Público, em parecer, opinou pela intimação da reque-rente para emendar a petição inicial, sugerindo que o pedido fosse alterado de modo a contemplar forma mais branda de proteção à pessoa de João, haja vista sua condição de saúde. Esse parecer não foi acolhido pelo magistrado; em julho de 2017, foi proferida sentença que confirmou a decisão liminar e decretou a interdição. Tal decisão transitou em julgado no mesmo mês. Em agosto de 2017, os filhos de João tomaram conhecimento da referida cessão das cotas e ajuizaram uma ação anulatória com vistas a invalidar todos os atos civis praticados por João a partir de 2015, quando os sintomas da doença foram percebidos, baseando o pedido na alegação da incapacidade de João em virtude da doença. Ao longo do processo, foi produzida prova suficiente para deixar inequívoca a incapacidade de João desde 2015; no entanto, o pedido dos filhos de João foi julgado totalmente improcedente pelo juiz, que baseou sua sentença no entendimento do STJ de que a sentença de interdição tem natureza constitutiva e opera efeitos “ex nunc”. O magistrado entendeu que a incapacidade de João teve início com o trânsito em julgado da sentença de interdição e que, por essa razão, João era juridicamente capaz tanto no momento do reconhe-cimento da união estável quanto da cessão das cotas. Considerando essa situação hipotética, redija um texto dissertativo atendendo ao que se pede nos itens “a” e “b” e respondendo ao questionamento do item “c”: (a) Comente, de forma fundamentada, o parecer do Ministério Público mencionado no texto, indicando os institutos protetivos existentes no ordenamento jurídico brasileiro, fazendo a distinção entre esses institutos e citando a legislação aplicável e as alterações que provocam no regime jurídico da capacidade civil. (b) Explicite os efeitos jurídicos da sentença de interdição sobre a

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(9)

1. DIREITO CIVIL 63

capacidade civil de João, abordando também sua eficácia no plano temporal. (c) Considerando-se a prova produzida nos autos e a jurisprudência do STJ, a sentença proferida na ação anulatória está correta? Justifique sua resposta, observando a natureza diversa dos atos praticados (reconhecimento da união estável e escritura pública de cessão de cotas).

QUESTÕES OBJETIVAS

1. (Cespe/TJ/PR/Juiz/2019) Conforme os direitos da personali-dade, a disposição do próprio corpo é

a) permitida, se por vontade pessoal e para fins científicos, ainda que implique em diminuição da integridade física.

b) proibida para fins de transplante, ainda que a disposição seja parcial.

c) permitida, após a morte, para fins científicos e de forma gra-tuita.

d) proibida, após a morte, se parcial e com fins altruísticos.

2. (FCC/TJ/AL/Juiz/2019) Alessandra, atualmente com 17 anos de idade, nasceu com deficiência mental que a impede, de forma permanente, de exprimir sua vontade. Para o Código Civil, ela a) é absolutamente incapaz de exercer pessoalmente os atos da

vida civil, e permanecerá nessa condição mesmo depois de completar 18 anos.

b) não é incapaz, absoluta ou relativamente, de exercer pessoal-mente os atos da vida civil.

c) é incapaz, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer, e permanecerá nessa condição mesmo depois de com-pletar 18 anos.

d) é absolutamente incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil, mas deixará de sê-lo ao completar 18 anos. e) é incapaz, relativamente a certos atos ou à maneira de os

exer-cer, mas deixará de sê-lo ao completar 18 anos.

3. (Cespe/TJ/PA/Juiz/2019) De acordo com o Código Civil, devem ser averbados em registro público

I. os casamentos, as sentenças que declararem sua nulidade e as sentenças que decretarem o divórcio.

II. os atos judiciais que declararem ou reconhecerem filiação. III. os atos extrajudiciais que declararem ou reconhecerem

filia-ção.

IV. as emancipações por sentença do juiz. Estão certos apenas os itens

a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) I, III e IV e) II, III e IV.

4. (FCC/TJ/AL/Juiz/2019) Luciano, proprietário de duas casas, desapareceu do seu domicílio sem deixar testamento, represen-tante ou procurador para administrar-lhe os bens. À falta de notícia de Luciano, o Juiz, a requerimento do Ministério Público, declarou sua ausência e nomeou-lhe curador, que arrecadou seus bens. Decorrido um ano da arrecadação dos bens, deferiu-se, a pedido dos filhos de Luciano, seus únicos herdeiros, a abertura da sucessão provisória. Nesse caso:

a) os imóveis de Luciano deverão ser vendidos, independente-mente do estado de conservação, permanecendo o produto da

venda depositado judicialmente até a conclusão da sucessão definitiva.

b) para se imitirem na posse das casas, os filhos de Luciano pre-cisarão dar garantia da sua restituição, no equivalente aos seus respectivos quinhões.

c) os imóveis de Luciano não poderão ser alienados em nenhu-ma hipótese, sendo passíveis, no entanto, de desapropriação. d) os filhos de Luciano serão obrigados a capitalizar todos os

fru-tos dos bens dele nos quais forem empossados, cabendo-lhes prestar contas anualmente ao Ministério Público.

e) uma vez empossados nos seus bens, os filhos de Luciano fica-rão o representando ativa e passivamente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e futuras movidas em face do ausente.

5. (Cespe/TJ/AM/Juiz/2016) Assinale a opção correta a respeito da pessoa natural e da pessoa jurídica:

a) será tido como inexistente o ato praticado por pessoa absolu-tamente incapaz sem a devida representação legal.

b) pelo critério da idade, crianças são consideradas absolutamen-te incapazes e adolescenabsolutamen-tes, relativamenabsolutamen-te incapazes. c) as fundações são entidades de direito privado e se

caracteri-zam pela união de pessoas com o escopo de alcançarem fins não econômicos.

d) para se adquirir a capacidade civil plena, é necessário alcançar a maioridade civil, mas é possível que, ainda que maior de dezoito anos, a pessoa natural seja incapaz de exercer pessoal-mente os atos da vida civil.

e) o reconhecimento da morte presumida, quando for extrema-mente provável a morte de quem estava com a vida sob risco, independe da declaração da ausência.

6. (Cespe/TJ/PB/Juiz/2015) Acerca das pessoas naturais, assina-le a opção correta:

a) a emancipação voluntária depende de decisão judicial e de averbação no cartório do registro civil do lugar onde estiver registrada a pessoa emancipada.

b) a comoriência é a presunção de simultaneidade de óbitos e o seu reconhecimento depende da demonstração de que os co-morientes faleceram nas mesmas condições de tempo e local, não se podendo comprovar qual morte precedeu às demais. c) o registro civil das pessoas naturais é obrigatório e tem

natu-reza constitutiva.

d) a legislação civil brasileira admite o reconhecimento de morte sem a existência de cadáver e sem a necessidade de declaração de ausência.

e) os menores de dezesseis anos são absolutamente incapazes, de fato e de direito, e, mesmo que representados, não têm legitimação para determinados atos.

7. (Vunesp/TJ/SP/Juiz/2015) No que tange aos direitos da per-sonalidade, assinale a alternativa correta:

a) a transmissão da palavra de determinada pessoa poderá, sem-pre e em qualquer circunstância, ser proibida a seu reque-rimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingir a honra ou se destinada a fins comerciais.

b) o pseudônimo licitamente utilizado goza da proteção que se dá ao nome.

c) a proteção dos direitos da personalidade aplica-se igualmente às pessoas jurídicas.

d) é garantia legal a irrestrita liberdade de disposição do próprio corpo.

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(10)

64 LEONARDO GARCIA • ROBERVAL ROCHA • IGHOR FERNANDO ROCHA GALVÃO

8. (FCC/TJ/PI/Juiz/2015) Em se tratando de morto, para exigir que cesse a ameaça ou a lesão a direito da personalidade, e recla-mar perdas e danos:

a) terão legitimação o cônjuge sobrevivente, os parentes afins na linha reta e os parentes na linha colateral sem limitação de grau.

b) não há legitimado, porque essa ação é personalíssima. c) somente o Ministério Público terá legitimação, porque a

mor-te extingue os vínculos de afinidade e de parenmor-tesco. d) terá legitimação o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente

em linha reta ou colateral até o quarto grau.

e) terão legitimação somente o cônjuge ou companheiro sobre-vivente e os parentes em linha reta.

9. (FCC/TJ/SC/Juiz/2017) “De nossa parte, lembramos ainda a já afirmada função identificadora do pseudônimo, relativamente à esfera de ação em que é usado, o que, sem dúvida, é um traço distintivo do falso nome, que, evidentemente, embora, em certas circunstâncias, possa vir também a exercer papel semelhante, não é usado com essa finalidade, senão com a de frustrar qualquer possibilidade de identificação” (R. Limongi França. Do Nome Civil das Pessoas Naturais. p. 542. 3. ed. São Paulo. Revista dos Tribunais, 1975). Essa afirmação é:

a) compatível com o direito brasileiro, em virtude de omissão da lei a respeito da proteção de pseudônimo, apenas aplicando--se analogicamente a regra pertinente aos apelidos públicos notórios.

b) parcialmente compatível com o direito brasileiro, que confere proteção ao pseudônimo, em qualquer atividade.

c) incompatível com o direito brasileiro, que só confere proteção ao pseudônimo em atividades artísticas ou intelectuais. d) compatível com o direito brasileiro, porque o pseudônimo

adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.

e) parcialmente compatível com o direito brasileiro, que não distingue a proteção do nome da proteção do pseudônimo.

1.2. Das Pessoas Jurídicas

SÚMULAS

STJ Súmula 227. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.

STJ Súmula 525. A Câmara de vereadores não possui personalidade jurídica, apenas

personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais.

ENUNCIADOS CJF

1) Disposições Gerais

CJF Civil 7. Só se aplica a desconsideração da personalidade jurídica quando

houver a prática de ato irregular, e limitadamente, aos administradores ou sócios que nela hajam incorrido.

CJF Civil 51. A teoria da desconsideração da personalidade jurídica – “disregard

doctrine” fica positivada no novo Código Civil, mantidos os parâmetros existentes nos microssistemas legais e na construção jurídica sobre o tema.

CJF Civil 141. A remissão do art. 41, parágrafo único, do CC às “pessoas jurídicas de

direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado”, diz respeito às fundações públicas e aos entes de fiscalização do exercício profissional.

CJF Civil 142. Os partidos políticos, os sindicatos e as associações religiosas possuem

natureza associativa, aplicando-se-lhes o Código Civil.

CJF Civil 143. A liberdade de funcionamento das organizações religiosas não

afasta o controle de legalidade e legitimidade constitucional de seu registro, nem a possibilidade de reexame pelo Judiciário da compatibilidade de seus atos com a lei e com seus estatutos.

CJF Civil 144. A relação das pessoas jurídicas de Direito Privado, constante do art.

44, incs. I a V, do Código Civil, não é exaustiva.

CJF Civil 145. O art. 47 não afasta a aplicação da teoria da aparência.

CJF Civil 146. Nas relações civis, interpretam-se restritivamente os parâmetros de

desconsideração da personalidade jurídica previstos no art. 50 (desvio de finalidade social ou confusão patrimonial). (Este Enunciado não prejudica o enunciado n. 7).

CJF Civil 280. Por força do art. 44, § 2º, consideram-se aplicáveis às sociedades

reguladas pelo Livro II da Parte Especial, exceto às limitadas, os arts. 57 e 60, nos seguintes termos: a) Em havendo previsão contratual, é possível aos sócios deliberar a exclusão de sócio por justa causa, pela via extrajudicial, cabendo ao contrato dis-ciplinar o procedimento de exclusão, assegurado o direito de defesa, por aplicação analógica do art. 1.085; b) As deliberações sociais poderão ser convocadas pela iniciativa de sócios que representem 1/5 (um quinto) do capital social, na omissão do contrato. A mesma regra aplica-se na hipótese de criação, pelo contrato, de outros órgãos de deliberação colegiada.

CJF Civil 281. A aplicação da teoria da desconsideração, descrita no art. 50 do Código

Civil, prescinde da demonstração de insolvência da pessoa jurídica.

CJF Civil 282. O encerramento irregular das atividades da pessoa jurídica, por si só,

não basta para caracterizar abuso de personalidade jurídica.

CJF Civil 283. É cabível a desconsideração da personalidade jurídica denominada

“inversa” para alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens pessoais, com prejuízo a terceiros.

CJF Civil 284. As pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos ou de fins

não econômicos estão abrangidas no conceito de abuso da personalidade jurídica.

CJF Civil 285. A teoria da desconsideração, prevista no art. 50 do Código Civil, pode

ser invocada pela pessoa jurídica em seu favor.

CJF Civil 286. Os direitos da personalidade são direitos inerentes e essenciais à

pessoa humana, decorrentes de sua dignidade, não sendo as pessoas jurídicas titulares de tais direitos.

CJF Civil 406. A desconsideração da personalidade jurídica alcança os grupos de

sociedade quando presentes os pressupostos do art. 50 do Código Civil e houver prejuízo para os credores até o limite transferido entre as sociedades.

CJF Comercial 9. Quando aplicado às relações jurídicas empresariais, o art. 50 do

Código Civil não pode ser interpretado analogamente ao art. 28, § 5º, do CDC ou ao art. 2º, § 2º, da CLT.

2) Das Associações

CJF Civil 280. Por força do art. 44, § 2º, consideram-se aplicáveis às sociedades

reguladas pelo Livro II da Parte Especial, exceto às limitadas, os arts. 57 e 60, nos seguintes termos: a) Em havendo previsão contratual, é possível aos sócios deliberar a exclusão de sócio por justa causa, pela via extrajudicial, cabendo ao contrato dis-ciplinar o procedimento de exclusão, assegurado o direito de defesa, por aplicação analógica do art. 1.085; b) As deliberações sociais poderão ser convocadas pela iniciativa de sócios que representem 1/5 (um quinto) do capital social, na omissão do contrato. A mesma regra aplica-se na hipótese de criação, pelo contrato, de outros órgãos de deliberação colegiada.

CJF Civil 407. A obrigatoriedade de destinação do patrimônio líquido remanescente

da associação a instituição municipal, estadual ou federal de fins idênticos ou semelhantes, em face da omissão do estatuto, possui caráter subsidiário, devendo prevalecer a vontade dos associados, desde que seja contemplada entidade que persiga fins não econômicos.

CJF Civil 534. As associações podem desenvolver atividade econômica, desde que

não haja finalidade lucrativa.

CJF Civil 577. A possibilidade de instituição de categorias de associados com

vanta-gens especiais admite a atribuição de pesos diferenciados ao direito de voto, desde que isso não acarrete a sua supressão em relação a matérias previstas no art. 59 do CC.

CJF Civil 615. As associações civis podem sofrer transformação, fusão, incorporação

ou cisão.

3) Das Fundações

CJF Civil 8. A constituição de fundação para fins científicos, educacionais ou de

promoção do meio ambiente está compreendida no CC, art. 62, parágrafo único.

CJF Civil 9. O art. 62, parágrafo único, deve ser interpretado de modo a excluir

apenas as fundações de fins lucrativos.

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(11)

1. DIREITO CIVIL 65

CJF Civil 10. Em face do princípio da especialidade, o art. 66, § 1º, deve ser

inter-pretado em sintonia com os arts. 70 e 178 da LC n. 75/93.

CJF Civil 147. A expressão “por mais de um Estado”, contida no § 2º do art. 66,

não exclui o Distrito Federal e os Territórios. A atribuição de velar pelas fundações, prevista no art. 66 e seus parágrafos, ao MP local isto é, dos Estados, DF e Territórios onde situadas não exclui a necessidade de fiscalização de tais pessoas jurídicas pelo MPF, quando se tratar de fundações instituídas ou mantidas pela União, autarquia ou empresa pública federal, ou que destas recebam verbas, nos termos da Constituição, da LC n. 75/93 e da Lei de Improbidade.

QUESTÕES DISCURSIVAS

2. (Faurgs/TJ/RS/Juiz/2016) Discorra sobre o nascimento e sobre o procedimento para a extinção da personalidade da pessoa jurídica de direito privado, abordando os seguintes aspectos: (i) a constituição da pessoa jurídica e seus principais efeitos; (ii) a sequência de atos necessários para a extinção da personalidade da pessoa jurídica e seus principais efeitos.

3. (Officium/TJ/RS/Juiz/2012) A “disregard doctrine” tem assento no direito privado e foi desenvolvida com vistas a afastar os efeitos danosos da inadimplência obrigacional. Discorra sobre o tema, em especial: (i) histórico; (ii) teoria maior; (iii) teoria menor e (iv) desconsideração inversa.

QUESTÕES OBJETIVAS

10. (Cespe/TJ/PA/Juiz/2019) No direito pátrio, as hipóteses de desconsideração da personalidade jurídica abarcam duas teses ma-joritariamente aceitas pela doutrina e pela jurisprudência domi-nantes. Elas se diferenciam precipuamente quanto aos requisitos para que um órgão jurisdicional possa desconsiderar a personali-dade jurídica de uma sociepersonali-dade personificada, de modo a atingir o patrimônio dos seus sócios para o pagamento de uma obrigação inadimplida: a primeira considera necessário que tenha ocorrido abuso de personalidade jurídica, caracterizado por desvio de fina-lidade ou confusão patrimonial; a segunda teoria considera que, para a desconsideração da personalidade, basta a apresentação de mera prova de insolvência da pessoa jurídica para o pagamento de suas obrigações, independentemente da existência de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial. Considerando o entendi-mento doutrinário majoritário e a jurisprudência dominante do STJ, assinale a opção que indica, respectivamente, a denominação dada à segunda teoria de que trata o texto apresentado e o ramo do direito ao qual ela se aplica no ordenamento jurídico brasileiro excepcionalmente.

a) teoria menor da desconsideração – direito civil b) teoria menor da desconsideração – direito ambiental c) teoria maior objetiva da desconsideração – direito civil d) teoria maior subjetiva da desconsideração – direito do

consu-midor

e) teoria maior objetiva da desconsideração – direito do consu-midor

11. (Vunesp/TJ/MT/Juiz/2018) Suponha as seguintes situações hipotéticas: i) o marido, tendo em vista seu desejo de futuramente se divorciar da esposa, pretendendo excluir alguns bens adqui-ridos durante o casamento (sob o regime da comunhão parcial) da meação, integraliza-os, utilizando-se de procuração outorgada por sua esposa e sem ciência desta, de parte de seu patrimônio em pessoa jurídica da qual é detentor de 99% do capital social (o 1% restante é detido por seu pai); ii) sociedade limitada que, sem frau-des e em razão de dificuldafrau-des financeiras decorrentes de alta do

dólar, deixa de pagar todos os seus fornecedores, apesar de terem os sócios vultoso patrimônio; iii) pessoa jurídica encerra irregular-mente suas atividades. Considerando a teoria da desconsideração da personalidade jurídica, assinale a alternativa correta.

a) Somente na hipótese “iii” é possível a desconsideração, tendo em vista que o encerramento irregular, por ser um ato que ofende a lei, gera a presunção de fraude, independentemente da intenção de causar prejuízos aos credores.

b) Na hipótese “ii”, não existe possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica, em razão do acolhimento da Teoria Maior pelo Código Civil, sendo possível a desconsideração da personalidade jurídica na situação “i”, bem como na “iii”; nesta última, apenas se verificada a existência de confusão patrimonial ou desvio de finalidade.

c) O inadimplemento, por si, é causa para a desconsideração da personalidade jurídica, independentemente da existência de fraude, atos que configurem confusão patrimonial ou desvio de finalidade, razão pela qual somente seria possível a descon-sideração da personalidade jurídica na situação “ii”.

d) É possível a desconsideração da personalidade jurídica, em todas as situações relatadas, tendo em vista o acolhimento da Teoria Menor pelo Código Civil.

e) Em nenhuma das hipóteses é possível a desconsideração da personalidade jurídica, conforme decorre da Teoria Maior, expressamente acolhida pelo Código Civil, tendo em vista que não se vislumbra prejuízos aos credores na hipótese “i” e nas demais não existe intenção fraudulenta.

12. (Vunesp/TJ/RS/Juiz/2018) A respeito do tema teoria da desconsideração da personalidade jurídica, o Superior Tribunal de Justiça em muitos de seus julgados faz menção à teoria maior e à teoria menor da desconsideração. Com base nessa informação, assinale a alternativa correta:

a) para aplicação da teoria maior da desconsideração, regra apli-cada excepcionalmente em nosso sistema jurídico, basta a comprovação da prova da insolvência da pessoa jurídica, en-quanto para incidência da teoria menor da desconsideração é preciso apenas a demonstração de confusão patrimonial. b) considera-se correta a aplicação da teoria maior da

desconsi-deração, regra excepcional em nosso sistema jurídico brasi-leiro, com a comprovação da prova da insolvência da pessoa jurídica juntamente com o desvio de finalidade ou confusão patrimonial. A teoria menor, por consequência, regra geral em nosso sistema jurídico, considera-se correta sua aplicação apenas diante da comprovação da insolvência da pessoa jurí-dica.

c) para incidência da teoria maior da desconsideração, regra ge-ral do sistema jurídico brasileiro, exige-se para além da prova da insolvência, ou a demonstração de desvio de finalidade ou a demonstração de confusão patrimonial. Para caracterização da teoria menor, por sua vez, regra excepcional, basta a prova de insolvência da pessoa jurídica.

d) caracteriza-se a teoria maior da desconsideração, regra geral do sistema jurídico brasileiro, com a identificação apenas do desvio de finalidade da pessoa jurídica, ao passo que a teoria menor da desconsideração concretiza-se com a comprovação somente da insolvência da pessoa jurídica.

e) para devida incidência da aplicação da teoria maior da descon-sideração, regra geral do sistema jurídico brasileiro, torna-se necessária a comprovação da insolvência da pessoa jurídica, a demonstração do desvio de finalidade e da demonstração de confusão patrimonial. Para a correta aplicação da teoria me-nor, por sua vez, regra excepcional em nosso sistema jurídico, basta a comprovação da insolvência da pessoa jurídica.

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(12)

66 LEONARDO GARCIA • ROBERVAL ROCHA • IGHOR FERNANDO ROCHA GALVÃO

13. (Vunesp/TJ/PA/Juiz/2014) No que diz respeito à desconsi-deração da personalidade jurídica, assinale a alternativa correta: a) possui como objetivo preservar a dependência da pessoa

jurí-dica com o sócio ao coibir os atos praticados pelos seus sócios. b) visa à anulação da personalidade jurídica quando não for

possível encontrar bens do sócio que satisfaçam a obrigação. c) a insolvência ou falência da pessoa jurídica, acarretando no

inadimplemento de suas obrigações, caracteriza sua desconsi-deração.

d) a desconsideração inversa é o afastamento do princípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica para responsabilizar a sociedade por obrigação do sócio.

e) a personalidade jurídica da sociedade se confunde com a per-sonalidade jurídica dos sócios, por isso o sócio pode postular em nome próprio direito de entidade.

14. (Cespe/TJ/DFT/Juiz/2016) No que se refere às pessoas, assinale a opção correta:

a) a declaração de ausência é a condição eficiente ao recebimen-to da indenização do seguro de vida da pessoa desaparecida. b) está consolidado o entendimento, na doutrina e na

jurispru-dência, que a oposição de consciência ou de crença pode ser exercida por representante legal de adolescente para impedir transfusão de sangue, ainda que urgente e necessária. c) dentre as pessoas jurídicas de direito público interno, estão

as autarquias, as associações públicas, as entidades de caráter privado que se tenha dado estrutura de direito público. d) conforme entendimento prevalente do STJ, a dissolução da

sociedade comercial, ainda que irregular, não é causa que, isolada, baste à desconsideração da personalidade jurídica. e) a emancipação voluntária dos pais é ato revogável, com efeitos

a partir do ato de revogação.

15. (FCC/TJ/AL/Juiz/2015) São pessoas jurídicas de direito público externo:

a) a União e os Estados federados, quando celebram contratos internacionais.

b) somente os organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas.

c) apenas os Estados estrangeiros. d) os Estados estrangeiros e a União.

e) os Estados estrangeiros e aquelas regidas pelo direito interna-cional público.

16. (FCC/TJ/PE/Juiz/2015) Segundo a legislação civil vigente: a) a proteção dos direitos da personalidade é de aplicação

irres-trita para as pessoas jurídicas.

b) aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.

c) apenas quanto à utilização do nome é que se aplica às pessoas jurídicas a proteção dos direitos da personalidade.

d) para caracterização de dano moral à pessoa jurídica é impres-cindível que também ocorra dano patrimonial.

e) às pessoas jurídicas não se concede indenização por dano moral.

1.3. Do Domicílio

SÚMULAS

STF Súmula 363. A pessoa jurídica de direito privado pode ser demandada no

domicílio da agência, ou estabelecimento, em que se praticou o ato.

ENUNCIADOS CJF

CJF Civil 408. Para efeitos de interpretação da expressão “domicílio” do art. 7º da Lei

de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, deve ser considerada, nas hipóteses de litígio internacional relativo a criança ou adolescente, a residência habitual destes, pois se trata de situação fática internacionalmente aceita e conhecida.

2. DOS BENS

SÚMULAS

1) Bens Públicos

STF Súmula 340. Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os

demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.

STF Súmula 477. As concessões de terras devolutas situadas na faixa de fronteira,

feitas pelos Estados, autorizam, apenas, o uso, permanecendo o domínio com a União, ainda que se mantenha inerte ou tolerante, em relação aos possuidores.

STF Súmula 479. As margens dos rios navegáveis são domínio público, insuscetíveis

de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização.

STF Súmula 480. Pertencem ao domínio e administração da União, nos termos dos

artigos 4º, IV, e 186, da Constituição Federal de 1967, as terras ocupadas por silvícolas.

STF Súmula 650. Os incisos I e XI do art. 20 da Constituição Federal não alcançam

ter-ras de aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto.

STJ Súmula 496. Os registros de propriedade particular de imóveis situados em

terrenos de marinha não são oponíveis à União.

STJ Súmula 619. A ocupação indevida de bem público configura mera detenção,

de natureza precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias.

2) Cláusula de Inalienabilidade/Incomunicabilidade

STF Súmula 49. A cláusula de inalienabilidade inclui a incomunicabilidade dos bens.

ENUNCIADOS CJF

CJF Civil 11. Não persiste no novo sistema legislativo a categoria dos bens imóveis

por acessão intelectual, não obstante a expressão “tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente”, constante da parte final do art. 79 do CC.

CJF Civil 287. O critério da classificação de bens indicado no art. 98 do Código Civil

não exaure a enumeração dos bens públicos, podendo ainda ser classificado como tal o bem pertencente a pessoa jurídica de direito privado que esteja afetado à prestação de serviços públicos.

CJF Civil 288. A pertinência subjetiva não constitui requisito imprescindível para a

configuração das universalidades de fato e de direito.

CJF Civil 535. Para a existência da pertença, o art. 93 do Código Civil não exige

elemento subjetivo como requisito para o ato de destinação.

QUESTÕES OBJETIVAS

17. (Cespe/TJ/BA/Juiz/2019) De acordo com o Código Civil, são bens móveis

a) os direitos à sucessão aberta.

b) os materiais que estejam separados provisoriamente de um prédio, para nele serem reempregados.

c) os materiais provenientes da demolição de um prédio. d) as edificações que, estando separadas do solo, puderem ser

movimentadas para outro local, conservando sua unidade. e) os materiais empregados em alguma construção.

18. (Vunesp/TJ/RJ/Juiz/2019) Foi registrado um loteamento que, entretanto, nunca foi implantado. Judas e sua família cons-truíram e começaram a morar numa área que seria destinada a ser um logradouro público. Após 10 anos de ocupação mansa e

caderno_treino_Mag_estadual_7_ed.indb 66

(13)

1. DIREITO CIVIL 67

pacífica, mediante moradia com sua família, Judas ajuizou uma ação de usucapião. É correto afirmar que a usucapião

a) não poderá ser reconhecida, tendo em vista que não decorreu o prazo de 15 anos da usucapião extraordinária, quando então poderá ser reconhecida.

b) poderá ser reconhecida, independentemente da dimensão da área ocupada, tendo em vista que se presume o justo título e boa-fé, em razão da longevidade da posse e da sua função social.

c) poderá ser reconhecida, desde que o imóvel tenha dimensão inferior a 250 m2 e Judas não seja proprietário de outro

imó-vel urbano ou rural.

d) somente poderá ser reconhecida a usucapião se houver a citação de todos os confrontantes e ausência de oposição do loteador e da Municipalidade.

e) não poderá ser reconhecida, pois os bens públicos são impres-critíveis.

19. (Cespe/TJ/CE/Juiz/2018) Conforme classificação doutriná-ria, a herança, antes da formalização da partilha, pode ser consi-derada um bem de indivisibilidade:

a) convencional e uma universalidade de fato. b) convencional e uma universalidade de direito. c) legal e uma universalidade de direito. d) legal e uma universalidade de fato. e) natural e uma universalidade de direito.

20. (Cespe/TJ/AM/Juiz/2016) A propósito dos bens e do domi-cílio, assinale a opção correta com fundamento nos dispositivos legais, na doutrina e no entendimento jurisprudencial pátrio: a) possuem domicílio necessário ou legal o militar, o incapaz,

o servidor público, a pessoa jurídica de direito privado e o preso.

b) pelo princípio da gravitação jurídica, a propriedade dos bens acessórios segue a sorte do bem principal, podendo, entretan-to, haver disposição em contrário pela vontade da lei ou das partes.

c) o atributo da fungibilidade de um bem decorre exclusivamen-te de sua natureza.

d) os rendimentos são considerados produto da coisa, já que sua extração e sua utilização não diminuem a substância do bem principal.

e) ao possuidor de boa-fé faculta-se o exercício do direito de retenção para ver-se indenizado das benfeitorias úteis e vo-luptuárias, quando estas não puderem ser levantadas sem prejuízo ao bem principal.

21. (Cespe/TJ/PB/Juiz/2015) Assinale a opção correta com relação a bens:

a) o entendimento sumulado pelo STF é no sentido de que, em regra, o adquirente de imóvel responde pelas benfeitorias realizadas pelo locatário.

b) a lei veda a instituição de bem de família por um dos cônjuges sem a outorga do outro.

c) a proteção dos bens corpóreos e dos incorpóreos pode ser realizada por meio de tutela possessória.

d) a infungibilidade de um bem pode decorrer da manifestação de vontade da parte.

e) os produtos são acessórios produzidos com periodicidade, e sua retirada não prejudica a substância da coisa principal.

22. (Fundep/TJ/MG/Juiz/2014) Consideram-se bens imóveis para os efeitos legais:

a) os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

b) as energias que tenham valor econômico.

c) os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

d) os direitos reais sobre objetos móveis e as ações corresponden-tes.

3. DOS FATOS JURÍDICOS

3.1. Do Negócio Jurídico

3.1.1. Disposições Gerais, Da Representação

ENUNCIADOS CJF

CJF Civil 289. O valor de 30 salários mínimos constante no art. 108 do Código Civil

brasileiro, em referência à forma pública ou particular dos negócios jurídicos que envolvam bens imóveis, é o atribuído pelas partes contratantes e não qualquer outro valor arbitrado pela Administração Pública com finalidade tributária.

CJF Civil 409. Os negócios jurídicos devem ser interpretados não só conforme a

boa-fé e os usos do lugar de sua celebração, mas também de acordo com as práticas habitualmente adotadas entre as partes.

CJF Civil 421. Os contratos coligados devem ser interpretados segundo os critérios

hermenêuticos do Código Civil, em especial os dos arts. 112 e 113, considerada a sua conexão funcional.

QUESTÕES OBJETIVAS

23. (FCC/TJ/AL/Juiz/2019) De acordo com o Código Civil, o negócio cujo objeto, ao tempo da celebração, é impossível a) é nulo de pleno de direito, ainda que se trate de

impossibili-dade relativa.

b) terá validade se a impossibilidade inicial do objeto cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado. c) é valido, ainda que se trate de impossibilidade absoluta, desde

que ela não tenha sido criada por nenhuma das partes. d) é válido, porém ineficaz, ainda que se trate de impossibilidade

absoluta.

e) é nulo de pleno direito, porém eficaz, desde que se trate de impossibilidade relativa.

24. (Cespe/TJ/PB/Juiz/2015) Acerca da interpretação dos negó-cios jurídicos e do princípio da boa-fé objetiva, assinale a opção correta:

a) a boa-fé objetiva limita os direitos subjetivos e constitui fonte de obrigação aos contratantes, de forma a estabelecer deveres implícitos que não estão previstos expressamente no contrato. b) os negócios jurídicos que estabeleçam benefício devem ter

interpretação ampla.

c) de acordo com o Código Civil de 2002, não é permitido que o silêncio de um dos participantes seja interpretado como caracterizador de concordância com o negócio.

d) a boa-fé objetiva importa para a interpretação dos contratos, mas não pode ser fundamento para relativização da força obrigatória das avenças.

e) o negócio jurídico celebrado com reserva mental de um dos contratantes, com ou sem conhecimento do outro, deve ser considerado inexistente.

25. (FCC/TJ/AP/Juiz/2014) Consideram-se negócios jurídicos: a) quaisquer atos jurídicos válidos.

b) o contrato de locação e a notificação que o locador fizer ao locatário, para denunciar a locação prorrogada por prazo indeterminado.

c) a doação e o testamento.

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(14)

68 LEONARDO GARCIA • ROBERVAL ROCHA • IGHOR FERNANDO ROCHA GALVÃO

d) os atos de posse e a aquisição ou perda do domicílio. e) apenas os contratos bilaterais, excluindo-se todos os

unilate-rais.

3.1.2. Da Condição, do Termo e do Encargo

SÚMULAS

STJ Súmula 35. Incide correção monetária sobre as prestações pagas, quando de sua

restituição, em virtude da retirada ou exclusão do participante de plano de consórcio.

STJ Súmula 176. É nula a cláusula contratual que sujeita o devedor à taxa de juros

divulgada pela Anbid/Cetip.

QUESTÕES OBJETIVAS

26. (Cespe/TJ/CE/Juiz/2018) Elemento acidental do negócio jurídico, a condição possui, entre outras, as seguintes caracterís-ticas: a) impositividade e certeza. b) acessoriedade e voluntariedade. c) legalidade e futuridade. d) involuntariedade e incerteza. e) legalidade e brevidade.

27. (FCC/TJ/PI/Juiz/2015) Quando o testamento foi aberto, Ru-bião quase caiu para trás. Advinhas por quê. Era nomeado herdeiro universal do testador. Não cinco, nem dez, nem vinte contos, mas tudo, o capital inteiro, especificados os bens, casa na Corte, uma em Barbacena, escravos, apólices, ações do Banco do Brasil e de outras instituições, joias, dinheiro amoedado, livros − tudo finalmente passava às mãos do Rubião, sem desvios, sem deixas a nenhuma pessoa, nem esmolas, nem dívidas. Uma só condição havia no testa-mento, a de guardar o herdeiro consigo o seu pobre cachorro Quin-cas Borba, nome que lhe deu por motivo da grande afeição que lhe tinha. Exigia do dito Rubião que o tratasse como se fosse a ele próprio testador, nada poupando em seu benefício, resguardando--o de moléstias, de fugas, de roubo ou de morte que lhe quisessem dar por maldade; cuidar finalmente como se cão não fosse, mas pessoa humana. Item, impunha-lhe a condição, quando morresse o cachorro, de lhe dar sepultura decente, em terreno próprio, que cobriria de flores e plantas cheirosas; e mais desenterraria os ossos do dito cachorro, quando fosse tempo idôneo, e os recolheria a uma urna de madeira preciosa para depositá-los no lugar mais honrado da casa. (Assis, Machado de. Quincas Borba. p. 25. Saraiva, 2011). As exigências feitas a Rubião consubstanciam:

a) termo final. b) condição resolutiva. c) condição suspensiva. d) termo inicial. e) encargo.

28. (FMP/TJ/MT/Juiz/2014) Assinale a alternativa incorreta: a) a condição é elemento acidental do negócio jurídico e, não

obstante isso, sendo suspensiva, invalidará o ato se for origi-nariamente impossível, uma vez que o priva de todo o efeito. b) a condição resolutiva impossível reputa-se não escrita. c) a letra do Código Civil em vigor leva à nulidade do negócio

jurídico que contiver previsão de condições ilícitas, sejam resolutivas ou suspensivas.

d) a condição logicamente incompatível com o negócio jurídi-co gera a nulidade da cláusula jurídi-condicional, permanecendo hígido o negócio, por ser elemento meramente acidental do negócio jurídico.

e) a condição puramente potestativa é considerada ilícita.

3.1.3. Dos Defeitos, Da Invalidade

SÚMULAS

STJ Súmula 195. Em embargos de terceiro não se anula ato jurídico, por fraude

contra credores.

ENUNCIADOS CJF

1) Do Erro ou Ignorância

CJF Civil 12. Na sistemática do art. 138, é irrelevante ser ou não escusável o erro,

porque o dispositivo adota o princípio da confiança.

1.2) Do Estado de Perigo

CJF Civil 148. Ao “estado de perigo” (art. 156) aplica-se, por analogia, o disposto

no § 2º do art. 157.

1.3) Da Lesão

CJF Civil 149. Em atenção ao princípio da conservação dos contratos, a verificação

da lesão deverá conduzir, sempre que possível, à revisão judicial do negócio jurídico e não à sua anulação, sendo dever do magistrado incitar os contratantes a seguir as regras do art. 157, § 2º, do Código Civil de 2002.

CJF Civil 150. A lesão de que trata o art. 157 do Código Civil não exige dolo de

aproveitamento.

CJF Civil 290. A lesão acarretará a anulação do negócio jurídico quando verificada,

na formação deste, a desproporção manifesta entre as prestações assumidas pelas partes, não se presumindo a premente necessidade ou a inexperiência do lesado.

CJF Civil 291. Nas hipóteses de lesão previstas no art. 157 do Código Civil, pode o

lesionado optar por não pleitear a anulação do negócio jurídico, deduzindo, desde logo, pretensão com vista à revisão judicial do negócio por meio da redução do proveito do lesionador ou do complemento do preço.

CJF Civil 410. A inexperiência a que se refere o art. 157 não deve necessariamente

significar imaturidade ou desconhecimento em relação à prática de negócios jurídicos em geral, podendo ocorrer também quando o lesado, ainda que estipule contratos costumeiramente, não tenha conhecimento específico sobre o negócio em causa.

1.4) Da Fraude Contra Credores

CJF Civil 151. O ajuizamento da ação pauliana pelo credor com garantia real (art.

158, § 1º) prescinde de prévio reconhecimento judicial da insuficiência da garantia.

CJF Civil 292. Para os efeitos do art. 158, § 2º, a anterioridade do crédito é

deter-minada pela causa que lhe dá origem, independentemente de seu reconhecimento por decisão judicial.

2) Da Invalidade

CJF Civil 13. O aspecto objetivo da convenção requer a existência do suporte fático

no negócio a converter-se.

CJF Civil 152. Toda simulação, inclusive a inocente, é invalidante.

CJF Civil 153. Na simulação relativa, o negócio simulado (aparente) é nulo, mas

o dissimulado será válido se não ofender a lei nem causar prejuízos a terceiros.

CJF Civil 293. Na simulação relativa, o aproveitamento do negócio jurídico

dissi-mulado não decorre tão-somente do afastamento do negócio jurídico sidissi-mulado, mas do necessário preenchimento de todos os requisitos substanciais e formais de validade daquele.

CJF Civil 294. Sendo a simulação uma causa de nulidade do negócio jurídico, pode

ser alegada por uma das partes contra a outra.

CJF Civil 536. Resultando do negócio jurídico nulo consequências patrimoniais

capazes de ensejar pretensões, é possível, quanto a estas, a incidência da prescrição.

CJF Civil 537. A previsão contida no art. 169 não impossibilita que, excepcionalmente,

negócios jurídicos nulos produzam efeitos a serem preservados quando justificados por interesses merecedores de tutela.

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