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ANAIS CAPACIDADES DINÂMICAS E INOVAÇÃO NO CONTEXTO DA ESTRATÉGIA: UM ENSAIO TEÓRICO.

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CAPACIDADES DINÂMICAS E INOVAÇÃO NO CONTEXTO DA ESTRATÉGIA: UM ENSAIO TEÓRICO.

PRISCILA PAGLIARINI SARTORI ( priscisartori@gmail.com )

UNISINOS - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS

DEISI LUANA DIEL WEBER ( deisidiel@gmail.com )

UNISINOS - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS

Resumo

A proposta deste ensaio teórico consiste em uma revisão sobre o tema das capacidades dinâmicas, além de aspectos relacionados à sua evolução no contexto estratégico, e sua relação com tema da inovação. Como principais resultados foram encontradas convergências na literatura que apontam para uma conexão entre os temas, uma vez que os preceitos básicos das capacidades dinâmicas, ambientes em mutação e reconfiguração de recursos, são fatores ligados às inovações, sejam elas em produtos ou em processos, sendo tanto as capacidades dinâmicas quanto as inovações fontes de vantagens competitivas.

Palavras-chave: Capacidades dinâmicas, inovação e estratégia. Introdução

Estudos sobre como as empresas desenvolvem e sustentam vantagens competitivas têm impulsionado o crescimento do campo de estratégia ao longo dos anos. Para tanto, diversas são as teorias utilizadas buscando explicar e predizer o comportamento das firmas e dos mercados em que estão inseridas, além de identificar quais são de fato as fontes de tais vantagens em relação aos concorrentes (PORTER, 1980; BARNEY, 1991, por exemplo).

Inicialmente, Barney (1991) conceituou vantagem competitiva como a implementação de uma estratégia de criação de valor, não sendo esta mesma simultaneamente implementada por concorrentes, mesmo aqueles potenciais. A definição de vantagem competitiva sustentável se refere, complementarmente, à inabilidade por parte dos concorrentes em replicar os benefícios de determinada estratégia. Sendo assim, a vantagem competitiva reflete em maior lucro econômico, em relação aos concorrentes, obtido por meio de um produto ou serviço melhor posicionado em seu mercado.

A partir da análise do mercado, ou da indústria na qual a firma está inserida, Porter (1980) desenvolveu o modelo das cinco forças (poder de barganha de fornecedores e compradores, barreiras aos novos entrantes, concorrência, ameaça de substitutos), com uma visão mais ligada à Economia, caracterizando a análise do ambiente externo como essencial à estratégia. Com base na análise dos recursos e capacidades das firmas, no contexto da RBV – Resource Based View, Barney (1991) apresentou os atributos fundamentais que os recursos devem apresentar para gerar vantagem competitiva. Estes atributos, os quais são valor, raridade, inimitabilidade e organização, compõem o modelo VRIO, caracterizando a análise do ambiente interno também como essencial à estratégia. Barney e Hesterly (2007)

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defenderam que o potencial de uma empresa para obter e sustentar vantagem competitiva depende do valor, da raridade e da imitabilidade de seus recursos e capacidades, em que a organização da empresa para explorar suas potencialidades exerce um papel fundamental. Estas teorias representaram em conjunto, o pensamento dominante no desenvolvimento do campo de esratégia, importantes antecendentes à discussão sobre capacidades dinâmicas.

Contudo, através da consolidação e da evolução das teorias dominantes no campo da estratégia, foi possível a concepção de novas correntes de pensamento, dentre elas as capacidades dinâmicas, inerentes à própria complexidade dos mercados e das firmas no cenário competitivo atual. De fato, as estruturas corporativas têm se apresentado cada vez mais robustas e diversificadas, buscando ampliar suas fontes de recursos, além de mercados de atuação.

Frente a este panorama emergiu o conceito das capacidades dinâmicas, desenvolvido inicialmente por Teece et. al. (1997) e Eisenhardt e Martin (2000). As capacidades dinâmicas, de forma geral são associadas à capacidade de resposta, ou seja, da reconfiguração de recursos, em ambientes de rápidas mudanças (TEECE et. al., 1997). Desta forma, tal abordagem apresenta seu foco no dinamismo do mercado, uma vez que a RBV pode ser considerada essencialmente estática em sua natureza e insuficiente para explicar a vantagem competitiva das empresas em ambientes em mudança. Teece et. al. (1997) propuseram o enquadramento das capacidades dinâmicas para preencher essa lacuna (BARRETO, 2010).

Com base nestas premissas, o objetivo deste ensaio teórico consiste em uma revisão sobre a abordagem das capacidades dinâmicas, compreendida como uma extensão da RBV – Resource Based View (BARNEY, 1991), sendo suas principais referências os estudos desenvolvidos por Teece et. al. (1997) e Eisenhardt e Martin (2000), e sua relação com tema da inovação. A inovação, neste caso, além de representar uma capacidade dinâmica (TEECE, 2007; WANG E AHMED 2007; AMBROSINI E BOWMAN 2009), é um tema com forte conexão com o campo de estratégia e com o campo econômico, representando assim uma opção de análise quanto às implicações empíricas de tais capacidades.

A fim de realizar um ensaio teórico e identificar convergências na literatura sobre capacidades dinâmicas e a inovação, no contexto estratégico, este artigo apresenta uma revisão sobre a origem das capacidades dinâmicas e sob que perspectivas foram analisadas, definições atribuídas e de que forma se integram com o tema da inovação.

Origem das capacidades dinâmicas: diferentes perspectivas.

Com base no trabalho seminal de Teece et. al. (1997), o conceito de capacidades dinâmicas foi idealizado originalmente para responder à questão de como as empresas podem obter e manter vantagem competitiva em ambientes de rápidas mudanças, enfatizando a mudança tecnológica como um fator determinante nestes ambientes (PETERAF et. al., 2013).

Neste mesmo estudo, Teece et. al. (1997) partiram da análise de aspectos da gestão estratégica aceitos até então, sobre as fontes de vantagem competitiva. Ao elencar os três paradigmas dominantes, Teece et. al. (1997) identificaram no modelo das cinco forças de Porter (1980), na abordagem de conflito estratégico (SHAPIRO, 1989) e na abordagem da visão baseada em recursos – RBV (BARNEY, 1991; WERNERFELT 1984), elementos de base para a compreensão das capacidades dinâmicas.

Em uma primeira classificação, o modelo das cinco forças de Porter (1980), as quais são barreiras a novos entrantes, poder de barganha de fornecedores e compradores, ameaça de substitutos e rivalidade de concorrentes, e a abordagem de conflito estratégico (SHAPIRO,

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1989) foram colocados como teorias baseadas na exploração das potencialidades de mercado, em que o lucro provém de produtos melhor posicionados. A estrutura da indústria então exerce um papel central para determinação e limitação da ação estratégica. Por outro lado, a visão baseada em recursos foi classificada como uma abordagem focada nas capacidades e recursos específicos da firma, como determinantes da performance, sendo o lucro decorrente de vantagens de eficiência ao nível da firma (TEECE et. al., 1997).

Compreendendo a análise de aspectos do macroambiente e do microambiente, o conceito das capacidades dinâmicas surgiu como um novo componente da abordagem baseada na eficiência. Neste sentido, os esforços convergiram para identificar as dimensões das capacidades específicas da firma que podem ser fontes de vantagem competitiva, além de explicar como as combinações de competências e recursos podem ser desenvolvidas, implantadas e protegidas, frente às mudanças ambientais. (TEECE et. al., 1997).

Consequentemente, a abordagem das capacidades dinâmicas foi compreendida como uma extensão da RBV (PETERAF et. al., 2013; BARRETO, 2010). Com relação à sua aplicabilidade, Teece et. al. (1997) defenderam que em um ambiente competitivo global, empresas de alta tecnologia, por exemplo, vinham seguindo uma estratégia baseada em recursos, com ênfase no acúmulo de ativos tecnológicos valiosos e propriedade intelectual, porém esta estratégia já não era suficiente para a sustentabilidade de vantagens competitivas relevantes. Neste mesmo estudo, Teece et. al. (1997) argumentaram que essencial à competitividade, é a capacidade de resposta oportuna e inovação de produto rápida e flexível, juntamente com a capacidade de gestão para coordenar e reimplantar competências internas e externas de forma eficaz.

De forma complementar, Eisenhardt e Martin (2000) colocaram um limite entre a abordagem da RBV e as capacidades dinâmicas, ao argumentar que a lógica da RBV se rompe em mercados de alta velocidade, onde o desafio estratégico é manter a vantagem competitiva mesmo sem uma previsibilidade quanto à duração desta vantagem. Neste caso, o tempo torna-se um aspecto estorna-sencial da estratégia, e as capacidades dinâmicas que levam à vantagem competitiva são os próprios processos instáveis que são desafiados a se sustentar (EISENHARDT E MARTIN, 2000).

Teece et. al. (1997) argumentaram ainda que, ao se referir às novas formas de alcançar vantagem competitiva, dois aspectos fundamentais foram negligenciados nas perpectivas anteriores em estratégia. O primeiro concentra-se na importância do termo “dinâmico”, o qual se refere basicamente à capacidade de reestruturar competências de modo a alcançar coesão com o ambiente de negócios em constante mudança, onde respostas inovadoras são necessárias quando o tempo de introdução dos produtos ou serviços no mercado é fundamental, a mudança tecnológica é rápida, e a natureza da concorrência potencial e atual é difícil de identificar. O segundo dirige-se ao termo “capacidades”, ressaltando o papel fundamental da gestão estratégica em adaptar, integrar e reconfigurar recursos internos e habilidades organizacionais externas, ou seja, o desenvolvimento de recursos e competências funcionais para atender às exigências de um ambiente em mudança.

Peteraf et. al. (2013) apresentaram em seu estudo sobre capacidades dinâmicas, uma comparação entre a visão de Teece et. al. (1997) e Eisenhardt e Martin (2000). Segundo os autores, os trabalhos seminais apresentam pontos de vista divergentes sobre determinados aspectos, tais como a ênfase em rotinas complexas e mecanismos organizacionais apresentadas por Teece et. al. (1997) e a ênfase dada às rotinas simples e mecanismos de

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gestão no trabalho de Eisenhardt e Martin (2000). Por outro lado, há convergência no tratamento das capacidades dinâmicas como uma extensão da RBV.

Em resumo, são apontadas diferenças críticas entre as abordagens de Teece et. al. (1997) e Eisenhardt e Martin (2000) em três dimensões, conforme o quadro 1.

Quadro 1 – Diferenças críticas entre as abordagens de Teece et. al. (1997) e Eisenhardt e Martin (2000)

Dimensão Teece et. al. (1997) Eisenhardt e Martin (2000)

Condições limite Capacidades dinâmicas aplicam-se aos ambientes de rápidas mudanças tecnológicas.

Capacidades dinâmicas aplicam-se a mercados ou ambientes de alta velocidade. Vantagem sustentável Capacidades dinâmicas podem

ser fontes de vantagem sustentável em determinadas condições, como por exemplo, o quão rapidamente a capacidade dinâmica pode ser copiada pelos competidores.

Capacidades dinâmicas não podem ser fontes de vantagens sustentáveis em nenhuma condição, devido a sua natureza instável.

Vantagem competitiva Capacidades dinâmicas podem ser uma fonte de vantagem competitiva, refletem a habilidade de alcançar novas e inovadoras formas de vantagem competitiva.

Capacidades dinâmicas podem ser fonte de limitada vantagem

competitiva, sendo

consideradas mais homogêneas do que realmente é assumido. Fonte: Adaptado de Peteraf et. al. 2013

A partir das abordagens de Teece et.al. (1997) e Eisenhardt e Martin (2000) sobre o tipo de ambiente externo relevante para capacidades dinâmicas, observou-se uma variação na compreensão desta relação na literatura. Uma linha de pensamento coloca inequivocadamente, a relação entre capacidades dnâmicas e ambientes altamente dinâmicos, enquanto outra aceita diferentes graus de dinamismo do ambiente (BARRETO, 2010). A relação entre a existência de capacidades dinâmicas e ambientes que mudam rapidamente é defendida principalmente por Teece et. al. (1997) e seus seguidores. Em contraponto, Eisenhardt e Martin (2000) argumentaram que capacidades dinâmicas são importantes não apenas em mercados de alta velocidade, mas também em mercados moderadamente dinâmicos, em que a mudança ocorre frequentemente, porém de forma previsível (BARRETO, 2010). Neste caso, em ambientes moderadamente dinâmicos, os fatores condicionantes da vantagem competitiva são provenientes de uma análise mais detalhada das particularidades de cada firma, considerando-se que pode haver muitas semelhanças entre as práticas dos concorrentes. Sendo assim, vantagens competitivas podem não ser triviais, devido às diferenças na experiência, contexto competitivo e valor agregado por parte das firmas (PETERAF et. al., 2013).

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Após o trabalho seminal de Teece et. al. (1997), várias conceituações alternativas para capacidades dinâmicas foram oferecidas por estudiosos da área (BARRETO, 2010). Alguns deles seguiram uma abordagem mais próxima da RBV, enquanto outros apresentaram mais proximidade com a economia evolucionária. De forma geral, as propostas variam em termos da natureza, função específica, contexto relevante, mecanismos de criação e evolução, tipos dos resultados, pressupostos de heterogeneidade e finalidade das capacidades dinâmicas (BARRETO, 2010). O quadro 2 apresenta um resumo das principais definições de capacidades dinâmicas identificadas na literatura.

Quadro 2 – Principais definições de Capacidades Dinâmicas

Autores, ano de publicação. Definição proposta.

Teece, Pisano e Shuen (1997) “Habilidade da firma para integrar, construir e reconfigurar competências internas e externas, dirigidas a ambientes de rápidas mudanças”.

Eisenhardt e Martin (2000) “Processos da empresa que usam recursos – especificamente processos que integram, reconfiguram, ganham e liberam recursos – para atingir e até mesmo criar mudanças no mercado; assim, capacidades dinâmicas são rotinas organizacionais e estratégicas pelas quais as firmas alcançam novas configurações de recursos, como mercados que emergem, colidem, se dividem, se desenvolvem e morrem”.

Teece (2000) “Habilidade para perceber, e em seguida aproveitar oportunidades com rapidez e proficiência”.

Zollo e Winter (2002) “Uma capacidade dinâmica é um padrão aprendido e estável de atividade coletiva, através do qual a organização sistematicamente gera e modifica suas rotinas operacionais perseguindo a melhoria de sua efetividade”.

Helfat et. al. (2007) “Uma capacidade de uma organização para propositalmente criar, extender ou modificar seus recursos básicos”.

Teece (2007) “Capacidades dinâmicas podem ser desagregadas em capacidades para (a) perceber e dar forma a oportunidades e ameaças; (b) aproveitar oportunidades e (c) manter a competitividade através de reforço, combinação, proteção e, quando necessário, reconfigurando os recursos tangíveis e intangíveis da unidade de negócios”.

Fonte: Adaptado de Barreto (2010)

De forma geral, o conceito de capacidade dinâmica é considerado como uma adição útil ao conjunto de ferramentas de análise estratégica. Porém, a própria análise estratégica continua sendo uma questão de compreensão de como os atributos particulares das firmas afetam suas perspectivas em um determinado contexto competitivo (WINTER, 2003). Tais

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definições esclarecem ainda que as capacidades dinâmicas se referem a esforços intencionais para mudar a base de recursos da firma. Isto reforça a ideia de que não somente processos emergentes implantados de forma não deliberada por gestores ocasionam mudanças estratégicas, mas também intervenções deliberadas, ou seja, aquisição de novas rotinas (AMBROSINI e BOWMAN, 2009).

Augier e Teece (2008) reforçaram a ideia de que as capacidades dinâmicas se referem às capacidades particulares (não imitáveis) que as empresas possuem de forma determinada, remodelando, configurando, e reconfigurando ativos, respondendo às mudanças tecnológicas e do mercado, obtendo lucro. Os autores destacaram ainda que tais capacidades estão relacionadas com a competência da empresa em perceber oportunidades, aprender e se adaptar, a fim de produzir e explorar aptidões específicas em ambientes mutáveis.

Com base nas definições propostas, identifica-se um elemento central nesta abordagem, o papel das capacidades dinâmicas em impactar os recursos da empresa e transformá-los de tal forma que uma nova configuração é criada, para que a empresa possa sustentar ou aumentar sua vantagem competitiva. Para tanto, existem diferentes tipos de capacidades dinâmicas, que podem ser usadas para integrar, reconfigurar, criar ou mudar recursos (AMBROSINI e BOWMAN, 2009).

De acordo com Bowman e Ambrosini (2003), seguindo o trabalho de Teece et. al. (1997), as capacidades dinâmicas compreendem quatro processos centrais, os quais são definidos como (a) reconfiguração (transformação e recombinação dos bens e recursos); (b) alavancagem (se refere a replicar um processo ou sistema que está funcionando em uma unidade de negócios em outra); (c) aprendizagem (permite que as tarefas sejam realizadas de forma mais eficaz e eficiente, por meio da experiência adquirida); (d) integração criativa (capacidade da empresa para integrar os seus ativos e recursos, resultando em uma nova configuração). Tais classificações são elencadas com a finalidade de possibilitar uma melhor compreensão da aplicabilidade empírica das capacidades dinâmicas.

O conceito proposto por Teece (2007) esclareceu que, para efeitos de análise, as capacidades dinâmicas podem ser divididas em (1) capacidade para perceber e definir as oportunidades e as ameaças (sensing); (2) capacidade para aproveitar oportunidades (seizing); e (3) capacidade para manter a competitividade, sugerindo assim uma tipologia. Seguindo esta linha, Ellonen et. al. (2011) definiram que a capacidade de percepção (sensing capabilities) envolve atividades de exploração e monitoramento de mudanças no ambiente de operação das empresas, além da identificação de novas oportunidades. Compreendem processos e práticas como P&D, identificação de necessidades dos clientes, formas sistemáticas de acompanhamento do desenvolvimento tecnológico e inovações no mercado. Capacidade para aproveitar (seizing capabilities) as oportunidades percebidas são necessárias para definição do modelo de negócios referente aos produtos e/ou gestão de marca.

Para tanto, com uma visão mais voltada à estratégia, Augier e Teece (2008) defenderam que a capacidade de uma empresa em criar, ajustar ou substituir modelos de negócios é fundamental para o desenvolvimento de capacidades dinâmicas, onde as escolhas sobre como agregar valor auxiliam na definição do modelo de negócio.

Outra perspectiva sobre capacidades dinâmicas foi defendida por Helfat e Winter (2011), em que os autores argumentaram sobre as diferenças entre capacidades operacionais e dinâmicas. Capacidades operacionais são as capacidades de primeiro nível necessárias para o funcionamento da empresa no dia-a-dia (ELLONEN et. al., 2011). Neste sentido, capacidades operacionais são compreendidas como aquelas que permitem a empresa realizar atividades de

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base continuamente, por meio das mesmas operações e escalas, oferecendo produtos e serviços já existentes para a mesma base de clientes. Significa a manutenção do status quo (HELFAT e WINTER, 2011).

Desta forma, capacidades dinâmicas e operacionais diferem basicamente em seus propósitos e resultados pretendidos (HELFAT e WINTER, 2011). Com base Helfat e Peteraf (2003, p. 999), uma capacidade operacional "(...) envolve a execução de uma atividade, tal como a fabricação de um determinado produto, utilizando um conjunto de rotinas para executar e coordenar a variedade de tarefas necessárias para realizar a atividade”. Assim, por conseguinte, se estabelece que a capacidade dinâmica se refere à competência da empresa em gerar e modificar sistematicamente suas rotinas operacionais perseguindo a melhoria de sua efetividade (ZOLLO e WINTER, 2002). Esta perspectiva evidencia ainda a importância das capacidades dinâmicas na busca pela vantagem competitiva, uma vez que com este propósito, a empresa buscará obter e sustentar sua vantagem dependendo do valor, da raridade e da imitabilidade de seus recursos e capacidades (BARNEY e HESTERLY, 2007), refletindo a habilidade de alcançar novas e inovadoras formas de obter e sustentar tais vantagens (TEECE et.al., 1997).

Embora sejam evidenciadas as diferenças entre as linhas de pesamento e conceituação propostas por diferentes pesquisadores do tema, o estudo bibliométrico realizado por Peteraf et. al. (2013) apresentou uma relação de artigos mais citados na área de capacidades dinâmicas, destacando maior influência do trabalho de Teece et. al. (1997), pelo número de citações, em relação ao trabalho de Eisenhardt e Martin (2000), considerados trabalhos seminais.

Assim, ao considerar a proposta de Teece et. al. (1997), e suas evoluções, sendo o conceito de capacidades dinâmicas intrinsicamente ligado ao dinamismo do mercado (WANG e AHMED, 2007), e por isso atrelado às mudanças, sejam elas no ambiente interno (reconfiguração de recursos) ou externo à empresa (mudança tecnológica), é possível identificar sua conexão com a inovação. A inovação se apresenta como um processo propulsor de mudanças sejam elas relacionadas a produtos ou processos, o que reflete o emprego dos recursos e capacidades da empresa frente às demandas internas e externas à firma.

Capacidades dinâmicas e inovação

A abordagem das capacidades dinâmicas, de forma geral, apresenta uma descrição mais rica sobre recursos e capacidades, em relação à RBV. Esta abordagem reúne muitas literaturas diferentes, tais como empreendedorismo, comportamento organizacional e inovação, visando identificar as principais classes de capacidades que as empresas devem possuir para obter e sustentar vantagem competitiva (AUGIER e TEECE, 2008).

Com relação à inovação, são necessárias algumas considerações, tais como suas definições centrais para uma melhor comprensão de sua aplicabilidade no contexto estratégico. A inovação pode ser definida com base nas premissas apresentadas pelo Manual de Oslo (2005), sendo a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, de um processo, de um novo método de marketing ou de um novo método organizacional. Envolve assim, a aplicação comercial de uma invenção, impactando as perspectivas prática, econômica e social (PELEGRIN, 2008; DIACONU, 2011).

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Ainda com base no Manual de Oslo (2005), destacam-se quatro tipos principais de inovações: inovação de produto (inclui bens e serviços, novos ou significativamente melhorados), inovação de processo (método de produção ou distribuição novo ou significativamente melhorado), inovação em marketing (mudanças significativas na concepção do produto ou em sua embalagem, na promoção ou na fixação de preço) e inovação organizacional (novos métodos nas práticas da empresa) (PELEGRIN, 2008).

No que se refere às estratégias adotadas para inovação, representam diferentes caminhos pelos quais a empresa pode inovar, considerando aspectos ligados aos investimentos, riscos e resultados esperados (TIGRE, 2006). De acordo com Freeman e Soete (1997) as estratégias para inovação podem ser do tipo:

(a) Ofensiva - empresas que buscam liderança técnica e de mercado, lançando novos produtos à frente de seus concorrentes, implicando maiores investimentos em P&D, elevados riscos e visão de longo prazo;

(b) Defensiva - inovações feitas com base na reação e adaptação às mudanças tecnológicas feitas pelos competidores, implicando aprendizado por meio dos erros dos concorrentes e menores riscos;

(c) Imitativa: baseia-se na cópia das inovações feitas pelos concorrentes. Neste caso a empresa não almeja liderança, embora tenha vantagens em termos de custos, não havendo elevados investimentos em P&D;

(d) Dependente: se refere às empresas que estão institucional ou economicamente subordinadas a outras, como por exemplo as multinacionais em que as inovações são demandadas pelas matrizes;

(e) Tradicional: se refere às empresas que não contam com capacidade técnica para iniciar mudanças, mas podem ter inovações incrementais em seus produtos. Praticamente não há mudanças nos produtos, não há demanda do mercado e a concorrência também não inova, o que ocorre em produtos com características artesanais, por exemplo;

(f) Oportunista: está associada à exploração de nichos de mercado ou oportunidades temporárias, como em mercados de rápida transformação, não dependendo de altos investimentos em P&D.

As estrégias competitivas estão relacionadas à percepção de capacidades dinâmicas no âmbito da empresa (TIGRE, 2006). Assim, a perspectiva das capacidades dinâmicas pode proporcionar uma lente teórica útil para avaliação das práticas de gestão da inovação no nível da organização, sendo estas distintas de capacidades organizacionais, pois refletem a habilidade da empresa em inovar por meio de novas rotinas (LEE e KELLEY, 2008). De fato, capacidades dinâmicas envolvem a capacidade da empresa para criar novos produtos ou serviços e para reestruturar suas atividades, atingindo um melhor ajuste com o ambiente competitivo. Com base nesta proposição, destaca-se que nem todos os ajustes em face da incerteza darão origem às capacidades dinâmicas. Há uma diferença entre a improvisação feita em resposta às condições de mudança no ambiente, e capacidades dinâmicas, que incorporam elementos de uma rotina para uma finalidade específica (DUNNING e LUNDAN, 2010).

Neste sentido, ao se considerar ambientes de negócios de rápidas mudanças, abertos à competição global, caracterizados por fontes dispersas de inovação e produção (geográficas e organizacionais), obter vantagem competitiva sustentável exige mais do que a posse de ativos difíceis de replicar. O elemento estratégico crítico associado com a captura de valor da inovação está na capacidade da empresa inovadora para identificar e controlar pontos críticos

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da cadeia de valor, desde a invenção propriamente até o mercado a que se destina (TEECE, 2007).

Para a criação de novos produtos ou serviços, seja por meio da aquisição ou da reconfiguração de recursos ocasionada por mudanças no ambiente externo ou interno, se estabelece um elo entre capacidades dinâmicas e inovação. A inovação parte, em muitos casos, da capacidade do empreendedor para encontrar novos mercados, tecnologias, e modelos de negócios, percebendo oportunidades de forma diferentes em relação aos concorrentes. Olhar para o mercado e para oportunidades tecnológicas através de diferentes lentes torna-se uma importante capacidade, ligada ao empreendedorismo (AUGIER e TEECE, 2008).

Uma empresa que desenvolve novos produtos e explora novos mercados, e tem esta rotina como parte de sua estratégia corporativa, apresenta maior propensão a adquirir novos conhecimentos, favorecendo sucessivas rodadas de inovação, e com isso melhores resultados financeiros em longo prazo (COHEN e LEVINTHAL, 1990; KOSTOPOULOS, 2011). Considerando este cenário, através da inovação contínua, as empresas são capazes de construir um conjunto de capacidades dinâmicas, reconfigurando recursos e competências, alterando condições de mercado e potencializando sua capacidade inovadora (DAMANPOUR et. al., 2009; KOSTOPOULOS, 2011). Neste contexto, Teece (2007, p. 1343) destaca ainda que “capacidades dinâmicas exigem a criação, integração, e comercialização de um fluxo contínuo de inovação compatível com as necessidades do cliente e oportunidades tecnológicas”.

Wang e Ahmed (2007) consideraram que a capacidade inovadora da empresa (inovação inerente à vantagem competitiva, em termos de novos produtos ou mercados), juntamente com a capacidade absortiva (combinação entre o conhecimento externo e interno, na qual o conhecimento externo é absorvido pela empresa) e a capacidade adaptativa (alinhamento da organização interna com o ambiente externo) são importantes fatores componentes das capacidades dinâmicas. Em consonância, Hill e Rothaermel (2003) destacaram que capacidades dinâmicas oportunizam a capacidade de uma organização para reconhecer o potencial de mudança tecnológica, e também sua capacidade de adaptação à mudança por meio da inovação.

Ambrosini e Bowman (2009), baseados nas proposições de Eisenhardt e Martin (2000), argumentaram ainda que aquisições, alianças e inovação de produto podem ser vistos como exemplos de capacidades dinâmicas reais, permitindo a renovação e reconfiguração dos recursos de uma empresa. Para Salazar e Pelaéz (2011), uma empresa pode apresentar uma forte capacidade dinâmica para reorganizar suas rotinas de desenvolvimento de produto e, ao mesmo tempo apresentar uma fraca capacidade de reconfigurar seus sistemas de informação, sendo neste caso um elemento-chave dessa visão, a medida de adaptação à inovação desta empresa. Para tanto, e com base ainda nestes autores, o gerenciamento organizacional e técnico, as habilidades, a arquitetura tecnológica, a estrutura social e cognitiva, a cultura, e os valores são adaptados para apoiar a inovação.

De forma mais abrangente, Parthasarathy et. al. (2011) identificaram que a literatura tem enfatizado a relação entre capacidades dinâmicas e inovação, onde a aquisição de tais capacidades representa um aumento significativo na capacidade de inovação das firmas, especialmente no que se refere às inovações radicais. Isto reforça a ideia defendida neste estudo, em que há uma conexão entre capacidades dinâmicas e inovação no âmbito estratégico.

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Considerações finais

Ao retomar o objetivo deste estudo, revisando a literatura de capacidades dinâmicas e inovação, foi evidenciada a conexão entre os temas, uma vez que os preceitos básicos das capacidades dinâmicas, ambientes em mutação e reconfiguração de recursos, são fatores que impulsionam as inovações, sejam elas em produtos ou em processos.

A inovação, neste contexto, representa um output, um resultado do esforço na organização de recursos e no emprego de capacidades, para dar respostas às mudanças ambientais. Ao adquirir capacidades dinâmicas, a empresa entra em um processo de adoção de novas rotinas, de constante aprendizado, tornando o ambiente favorável às inovações.

No contexto da estratégia, a busca pela vantagem competitiva sustentável faz com a empresa analise e reanalise sua posição no mercado, o que a leva a repensar e reorganizar suas fontes de vantagem, tendo em vista as rápidas mudanças no ambiente, seja pelas ações de seus concorrentes, seja pelas mudanças em seus ativos. Por meio desta reorganização, ou destas mudanças, abre-se uma porta para o desenvolvimento das inovações, as quais poderão tornar-se ainda, fontes de vantagem competitiva.

A literatura sobre capacidades dinâmicas, tanto para a compreensão de seus conceitos e limites, quanto para suas implicações empíricas, é crescente, considerando-se que este tema é compreendido como emergente no campo estratégia. A inovação propriamente, já vem sendo abordada desde a economia clássica, como propulsora para o desenvolvimento econômico por meio de mudanças tecnológicas que afetam toda uma indústria e a sociedade, tal como abordado posteriormente com maior ênfase por Schumpeter (1957). A análise desta relação representa assim uma oportunidade de expansão da aplicabilidade e do potencial explicativo da abordagem das capacidades dinâmicas frente ao mercado, uma vez que as empresas buscam cada vez mais obter e sustentar vantagens competitivas.

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