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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

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Academic year: 2021

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RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

1. NOME DO MEDICAMENTO Nurofen 20 mg/ml suspensão oral

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA 5 ml de suspensão oral contêm 100 mg de ibuprofeno.

1 ml de suspensão oral contém 20 mg de ibuprofeno (equivalente a 2%). Excipientes:

Maltitol líquido 2,226 g/5 ml Sódio 9,25 mg/5 ml

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA Suspensão oral.

Suspensão esbranquiçada com sabor de laranja.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Para o tratamento sintomático de - Dores ligeiras a moderadas. - Febre.

4.2 Posologia e modo de administração Para o alívio da dor e tratamento da febre

A dose de ibuprofeno a administrar depende da idade e do peso corporal da criança. Para crianças desde os 3 meses até aos 12 anos de idade a dose diária recomendada é 20-30 mg por kg de peso corporal dividida em 3 a 4 administrações.

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Para uma posologia correcta existe no interior da embalagem uma colher com duas medidas (a colher grande corresponde a 5 ml de Nurofen suspensão oral e a colher pequena corresponde a 2,5 ml de Nurofen suspensão oral), ou uma seringa para uso oral graduada.

Idade Peso corporal Posologia

Crianças dos 3 meses aos 6 meses

Cerca de 5 – 7,6 kg 2,5 ml, 3 x ao dia

(equivalente a 150 mg ibuprofeno/dia)

Crianças dos 6 meses aos 12 meses

Cerca de 7,7 – 9 kg 2,5 ml, 3 a 4 x ao dia

(equivalente a 150-200 mg ibuprofeno/dia)

Crianças de 1 ano aos 3 anos Cerca de 10 – 15 kg 5 ml, 3 x ao dia

(equivalente a 300 mg ibuprofeno/dia)

Crianças dos 4 anos aos 6 anos Cerca de 16 – 20 kg 7,5 ml, 3 x ao dia

(equivalente a 450 mg ibuprofeno/dia)

Crianças dos 7 anos aos 9 anos Cerca de 21 – 29 kg 10 ml, 3 x ao dia

(equivalente a 600 mg ibuprofeno/dia)

Crianças dos 10 anos aos 12 anos

Cerca de 30 – 40 kg 15 ml, 3 x ao dia

(equivalente a 900 mg ibuprofeno/dia)

Modo e duração da administração

O frasco deve ser bem agitado antes de usar. Para doentes com estômago sensível recomenda-se que o Nurofen suspensão oral seja tomado durante uma refeição.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver secção 4.4).

Grupos especiais de doentes Insuficiência renal:

Não é necessário efectuar uma redução da dose em doentes com insuficiência renal ligeira a moderada (doentes com insuficiência renal grave, ver secção 4.3).

Insuficiência hepática:

Não é necessário efectuar uma redução da dose em doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada (doentes com disfunção hepática grave, ver secção 4.3).

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Nurofen não deve ser administrado a crianças com idade inferior a 3 meses ou com peso corporal inferior a 5 kg, dado que não existem dados suficientes para suportar a utilização neste grupo etário.

4.3 Contra-indicações

Nurofen suspensão oral está contra-indicado:

- em doentes com hipersensibilidade ao ibuprofeno ou a qualquer dos excipientes.

- em doentes com antecedentes de asma, rinite ou urticária associada ao uso de ácido acetilsalicílico (AAS) ou outros fármacos anti-inflamatórios não esteróides.

- em doentes com distúrbios hemorrágicos.

- hemorragias cerebrovasculares ou outras hemorragias activas. - durante o último trimestre da gravidez (ver secção 4.6).

- em doentes com antecedentes de hemorragia ou perfuração gastrointestinal, relacionada com terapêutica anterior com AINEs.

- em doentes com úlcera péptica/hemorragia activa ou antecedentes de úlcera péptica/hemorragia recorrente (dois ou mais episódios distintos de ulceração ou hemorragia comprovada).

- em doentes com insuficiência hepática grave, insuficiência renal grave ou insuficiência cardíaca grave.

- em doentes com perda substancial de líquidos (devido a vómitos, diarreia ou ingestão insuficiente de líquidos).

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

O Nurofen suspensão oral apenas deve ser usado após uma avaliação cuidadosa do benefício/risco em doentes com:

- porfíria intermitente aguda.

- lúpus eritematoso sistémico, bem como em doentes com doença mista do tecido conjuntivo.

É necessária vigilância médica especial:

- em doentes com doenças gastrointestinais, tais como colite ulcerosa ou doença de Crohn.

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- em doentes com hipertensão e/ou insuficiência cardíaca. - em doentes com insuficiência renal (ver secções 4.3 e 4.8). - em doentes com disfunção hepática (ver secções 4.3 e 4.8). - imediatamente após grandes intervenções cirúrgicas.

Nurofen suspensão oral não deve ser administrado a crianças com menos de 3 meses de idade, dado que não existe informação quanto à posologia e segurança na utilização durante os primeiros meses de vida.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas.

Deve ser evitada a administração concomitante de Nurofen suspensão oral com outros AINEs, incluindo inibidores selectivos da ciclooxigenase-2.

Idosos: Os doentes idosos apresentam uma maior frequência de reacções adversas com AINEs, especialmente de hemorragia e perfuração gastrointestinal que podem ser fatais (ver secção 4.2).

Segurança gastrointestinal (GI)

Hemorragia, ulceração ou perfuração gastrointestinal: Têm sido notificados com todos os AINEs casos de hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em várias fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou história de acontecimentos gastrointestinais.

O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração gastrointestinal é superior com doses mais elevadas de AINEs, em doentes com história de úlcera péptica, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração (ver secção 4.3) e em doentes idosos. Nestes doentes, o tratamento deve ser iniciado com a menor dose disponível. A administração concomitante com agentes protectores (ex., misoprostol ou inibidores da bomba de protões) deverá ser considerada nestes doentes, assim como naqueles que necessitem de tomar simultaneamente AAS em doses baixas, ou outros medicamentos susceptíveis de aumentar o risco gastrointestinal (ver abaixo e secção 4.5).

Os doentes com antecedentes de toxicidade gastrointestinal, particularmente os idosos, devem comunicar quaisquer sintomas abdominais suspeitos (especialmente hemorragia gastrointestinal), sobretudo nas fases iniciais do tratamento. Deve ser recomendada precaução aos doentes a tomar medicação concomitante que possa aumentar o risco de ulceração ou hemorragia, tais como corticosteróides orais, anticoagulantes como a varfarina, inibidores selectivos da recaptação da serotonina ou anti-agregantes plaquetários tais como o AAS (ver 4.5).

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Deve parar-se o tratamento em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar Nurofen suspensão oral.

Os AINEs devem ser administrados com precaução nos doentes com história de doença gastrointestinal (colite ulcerosa, doença de Crohn), dado que estes problemas podem ser exacerbados (ver secção 4.8).

Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares:

É necessária precaução (consultar o médico ou farmacêutico) antes do início do tratamento nos doentes com antecedentes de hipertensão e/ou insuficiência cardíaca, uma vez que foram notificados casos de retenção de líquidos, hipertensão e edema associados à terapêutica com AINEs.

Os dados dos ensaios clínicos e epidemiológicos sugerem que a administração de ibuprofeno, em particular em doses elevadas (2400 mg por dia) e em tratamento a longo prazo poderá estar associada a um pequeno aumento do risco de acontecimentos trombóticos arteriais (por exemplo enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral). Em geral, os estudos epidemiológicos não sugerem que doses baixas de ibuprofeno (por ex., ≤ 1200 mg por dia) estejam associadas a um maior risco de enfarte do miocárdio. Doentes com hipertensão não controlada, insuficiência cardíaca congestiva, doença cardíaca isquémica estabelecida, doença arterial periférica e/ou doença cerebrovascular, devem ser tratados com ibuprofeno apenas após avaliação cuidada. As mesmas considerações devem ser adoptadas antes de se iniciarem tratamentos prolongados em doentes com factores de risco para doenças cardiovasculares (ex. hipertensão, hiperlipidémia, diabetes mellitus, hábitos tabágicos).

Reacções cutâneas

Têm sido muito raramente notificadas reacções cutâneas graves, algumas das quais fatais, incluindo dermatite esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, associadas à administração de AINEs (ver secção 4.8). Aparentemente o risco de ocorrência destas reacções é maior no início do tratamento, sendo que, na maioria dos casos, estas reacções se manifestam durante o primeiro mês de tratamento. Nurofen suspensão oral deve ser interrompido aos primeiros sinais de erupção cutânea, lesões mucosas ou quaisquer outras manifestações de hipersensibilidade.

Outros

Em doentes que sofram ou com antecedentes de asma brônquica ou doença alérgica poderá desencadear-se broncoespasmo.

Este medicamento contém maltitol líquido. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose não devem tomar este medicamento.

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Devido ao conteúdo de maltitol líquido, o medicamento pode produzir um efeito laxante moderado.

O valor calórico do maltitol é de 2,3 Kcal/g.

Este medicamento contém 27,75 mg de sódio por cada 15 ml de suspensão (=1,85 mg sódio por cada 1 ml de suspensão). Este valor deve ser tomado em consideração em doentes com ingestão controlada de sódio.

Durante tratamentos de longa duração com o Nurofen suspensão oral é necessário monitorizar a função renal e hepática, assim como a função hematológica/contagem sanguínea.

Durante os tratamentos sem prescrição de longa duração e com doses elevadas de analgésicos podem ocorrer dores de cabeça, as quais não deverão ser tratadas com doses mais elevadas do medicamento.

Em geral, a utilização habitual de analgésicos, especialmente a associação de diferentes fármacos analgésicos, pode levar a lesões renais com o risco de insuficiência renal (nefropatia analgésica).

Excepcionalmente, a varicela pode estar na origem da ocorrência de infecções cutâneas graves e complicações nos tecidos moles. Até à data, a contribuição dos AINEs para o agravamento destas infecções não pode ser excluída. Assim, recomenda-se que a utilização de Nurofen suspensão oral seja evitada em caso de varicela.

Existe alguma evidência de que fármacos que inibem a síntese das ciclooxigenases/prostaglandinas podem diminuir a fertilidade nas mulheres devido a efeitos na ovulação. O efeito é reversível com a paragem do tratamento.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Digoxina, fenitoína, lítio:

O uso concomitante de Nurofen suspensão oral com digoxina, fenitoína ou preparações de lítio, pode aumentar as concentrações séricas destes medicamentos. Durante tratamentos prolongados, as concentrações séricas de lítio, digoxina e fenitoína devem ser monitorizadas.

Diuréticos, inibidores da ECA (IECAs) e antagonistas da angiotensina II:

Os AINEs podem diminuir o efeito dos diuréticos e de outros medicamentos antihipertensores. Em alguns doentes com função renal diminuída (ex.: doentes desidratados ou idosos com compromisso da função renal), a administração concomitante de um inibidor da ECA ou de antagonistas da angiotensina II e agentes inibidores da cicloxigenase pode ter como consequência a progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, que é normalmente reversível.

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Consequentemente, esta associação medicamentosa deverá ser administrada com precaução, sobretudo em idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica concomitante, e periodicamente desde então.

A administração concomitante de Nurofen suspensão oral com diuréticos poupadores de potássio pode causar hipercaliémia.

Outros AINEs:

Nurofen suspensão oral não deve ser administrado concomitantemente com outros fármacos anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs), na medida em que pode aumentar o risco de surgirem reacções adversas ao nível do tracto gastrointestinal.

Metotrexato:

A administração de Nurofen suspensão oral no prazo de 24 horas antes ou depois da administração de metotrexato pode aumentar as concentrações plasmáticas do metotrexato e, consequentemente, os seus efeitos tóxicos.

Probenecida e sulfimpirazona:

A probenecida ou a sulfimpirazona podem causar um atraso na excreção do ibuprofeno. Doses baixas de ácido acetilsalicílico:

Os dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito antiagregante plaquetário do ácido acetilsalicílico de baixa dosagem quando estes medicamentos são administrados concomitantemente. No entanto, devido às limitações destes dados e às incertezas inerentes à extrapolação dos dados ex vivo para situações clínicas, não é possível concluir de forma definitiva sobre as consequências da administração regular de ibuprofeno, e não se considera provável a existência de um efeito clínico relevante com a administração ocasional de ibuprofeno (ver secção 5.1).

Antidiabéticos orais:

Até à data, os ensaios clínicos não revelaram qualquer interacção entre ibuprofeno e antidiabéticos orais. No entanto, recomenda-se a monitorização do nível de glicemia. Corticosteróides:

Risco aumentado de ulceração ou de hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4). Anti-coagulantes:

Os AINEs podem aumentar o efeito dos anticoagulantes, tais como a varfarina (ver secção 4.4).

Em casos isolados foi notificada uma interacção entre o ibuprofeno e anti-coagulantes. Durante a terapêutica concomitante recomenda-se a monitorização dos parâmetros de coagulação.

Fármacos anti-agregantes plaquetários e inibidores selectivos da recaptação da serotonina (ISRS):

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Tacrolímus:

O risco de nefrotoxicidade está aumentado se os dois fármacos forem utilizados concomitantemente.

Ciclosporina:

Existe evidência limitada de uma possível interacção que leva a um aumento do risco de nefrotoxicidade.

Zidovudina:

Existe evidência do aumento do risco de hemartroses e hematoma em doentes hemofílicos com VIH (+) a receber tratamento concomitante com zidovudina e ibuprofeno.

4.6 Gravidez e aleitamento Gravidez

A inibição da síntese das prostaglandinas pode afectar negativamente a gravidez e/ou o desenvolvimento embrio-fetal. Os dados dos estudos epidemiológicos sugerem um aumento do risco de aborto espontâneo, de malformações cardíacas e de diastematogastria na sequência da utilização de um inibidor da síntese das prostaglandinas no início da gravidez. Presume-se que o risco aumenta com a dose e duração do tratamento. Em animais, demonstrou-se que a administração de inibidores da síntese das prostaglandinas tem como consequência o aumento de aborto peri e pós-implantatório e da mortalidade embrio-fetal. Adicionalmente, registou-se maior incidência de várias malformações, incluindo cardiovasculares, em animais expostos a inibidores da síntese das prostaglandinas durante o período organogenético.

Durante o primeiro e segundo trimestres da gravidez, o ibuprofeno não deverá ser administrado a não ser que seja estritamente necessário. Se o ibuprofeno for utilizado por uma mulher a tentar engravidar, ou durante o primeiro e segundo trimestre da gravidez, a dose administrada e a duração do tratamento deverão ser as menores possíveis.

Durante o terceiro trimestre de gravidez, todos os inibidores da síntese das prostaglandinas podem expor o feto a:

- toxicidade cardiopulmonar (com fecho prematuro do ductus arteriosus e hipertensão pulmonar);

- disfunção renal, que pode evoluir para insuficiência renal com oligohidrâmnios; a mãe e o recém-nascido, no final da gravidez, a:

- possível prolongamento do tempo de hemorragia, um efeito antiagregante que pode verificar-se mesmo com doses muito baixas;

- inibição das contracções uterinas com consequente atraso ou prolongamento do trabalho de parto.

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Consequentemente, a administração de ibuprofeno está contra-indicada durante o terceiro trimestre de gravidez.

Aleitamento

O ibuprofeno e os seus metabolitos podem passar em concentrações reduzidas para o leite materno. Como, até ao momento, não são conhecidos efeitos nocivos no bebé, não é geralmente necessário interromper o aleitamento nos tratamentos de curta duração e nas doses recomendadas para o tratamento da dor e febre.

Ver secção 4.4 no que respeita a fertilidade feminina.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Em tratamentos únicos ou de curta duração com o Nurofen suspensão oral não são necessárias precauções especiais.

4.8 Efeitos indesejáveis

As seguintes frequências são utilizadas como base para avaliação dos efeitos indesejáveis:

Muito frequentes: ≥ 1/10 Frequentes: ≥1/100 a < 1/10 Pouco frequentes: ≥1/1.000 a < 1/100 Raros: ≥1/10.000 a < 1/1.000

Muito raros: < 1/10.000 Desconhecido: não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis

A lista dos seguintes efeitos indesejáveis inclui todos os efeitos indesejáveis que se tornaram conhecidos com o tratamento com ibuprofeno, bem como os relacionados com o tratamento de longa duração com doses elevadas em doentes com reumatismo. As frequências referidas, que vão além das notificações muito raras, referem-se à utilização a curto prazo de doses diárias até um máximo de 1200 mg de ibuprofeno para formas farmacêuticas orais e um máximo de 1800 mg para supositórios.

É necessário ter em consideração que as seguintes reacções adversas são predominantemente dependentes da dose e que diferem de indivíduo para indivíduo.

Os acontecimentos adversos mais frequentemente observados são de natureza gastrointestinal. Podem ocorrer, particularmente em idosos, úlceras pépticas, perfuração ou hemorragia gastrointestinal, algumas vezes fatais (ver secção 4.4). Após administração, foram notificados casos de náuseas, vómitos, diarreia, flatulência, obstipação, dispepsia, dor abdominal, melena, hematemese, estomatite aftosa, exacerbação da colite e doença de Crohn (ver secção 4.4). Menos frequentemente tem sido observada gastrite. O risco de hemorragia digestiva é particularmente dependente da dose e da duração da utilização.

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Têm sido notificados casos de edema, hipertensão e insuficiência cardíaca durante o tratamento com AINEs.

Os dados dos ensaios clínicos e epidemiológicos sugerem que a administração de ibuprofeno, particularmente em doses elevadas (2400 mg diários) e em tratamento de longo prazo poderá estar associada a um pequeno aumento do risco de acontecimentos trombóticos arteriais (por exemplo enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral) (ver secção 4.4.).

Cardiopatias

Muito raros: Palpitações, insuficiência cardíaca, enfarte do miocárdio. Doenças do sangue e do sistema linfático

Muito raros: Perturbações na hematopoiese (anemia, leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia, agranulocitose).

Os primeiros sinais podem ser: febre, dor de garganta, feridas superficiais na boca, sintomas tipo gripe, cansaço acentuado, epistaxis e hemorragia cutânea.

Durante os tratamentos de longa duração a contagem sanguínea deve ser verificada com frequência.

Doenças do sistema nervoso

Pouco frequentes: perturbações do sistema nervoso central como cefaleias, tonturas, insónias, agitação, irritabilidade ou cansaço.

Afecções oculares

Pouco frequentes: perturbações visuais. Afecções do ouvido e do labirinto Raros: acufenos.

Doenças gastrointestinais

Frequentes: efeitos gastrointestinais, tais como pirose, dor abdominal, náuseas, vómitos, flatulência, diarreia, obstipação e ligeiras perdas sanguíneas gastrointestinais que, em casos excepcionais, podem causar anemia.

Pouco frequentes: úlceras gastrointestinais, com possível perfuração ou hemorragia. Estomatite aftosa, exacerbação da colite e doença de Crohn (ver secção 4.4), gastrite. Muito raros: esofagite, pancreatite, formação de estenose intestinal tipo diafragma.

O doente deve ser instruído a parar o medicamento e consultar um médico imediatamente se sentir dor forte na parte superior do abdómen ou apresentar melena ou hematemese. Doenças renais e urinárias

Muito raros: formação de edemas, especialmente em doentes com hipertensão arterial ou insuficiência renal, síndrome nefrótica, nefrite intersticial que pode ser acompanhada por insuficiência renal aguda.

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Raramente podem ocorrer casos de danos no tecido renal (necrose papilar) e aumento das concentrações séricas de ureia. Assim, a função renal deve ser monitorizada regularmente.

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos

Muito raros: reacções bolhosas, incluindo síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica. Em casos excepcionais, podem ocorrer infecções cutâneas graves e complicações nos tecidos moles durante uma infecção por varicela (ver também "Infecções e infestações").

Infecções e infestações

Muito raramente tem sido descrito o agravamento de infecções resultantes de inflamações (por ex. desenvolvimento de fasciíte necrosante) com a utilização de fármacos anti-inflamatórios não esteróides. Isto está possivelmente associado ao mecanismo de acção dos fármacos anti-inflamatórios não esteróides.

Se durante a utilização de Nurofen suspensão oral ocorrerem sinais de uma infecção ou se estes agravarem, recomenda-se que o doente consulte imediatamente o seu médico. Deve determinar-se se é necessário instituir uma terapêutica anti-infecciosa/antibiótica.

Muito raramente, foram observados sintomas de meningite asséptica, com rigidez da nuca, cefaleias, náuseas, vómitos, febre ou desorientação durante o tratamento com ibuprofeno. Os doentes com doenças auto-imunes (LES, doença mista do tecido conjuntivo) parecem apresentar predisposição.

Vasculopatias

Muito raros: Hipertensão arterial. Doenças do sistema imunitário

Pouco frequentes: reacções de hipersensibilidade com erupção cutânea e prurido, bem como ataques de asma (com possível diminuição da pressão arterial).

Neste caso, o doente deve ser instruído a informar o médico imediatamente e parar de tomar Nurofen suspensão oral.

Muito raros: reacções de hipersensibilidade geral graves, que se podem manifestar por edema facial, tumefacção da língua, tumefacção da laringe interna com constrição das vias aéreas, dispneia, taquicardia, hipotensão ou choque com risco de vida.

Se ocorrer algum destes sintomas, o que se pode verificar logo na primeira utilização, é necessária assistência médica imediata.

Afecções hepatobiliares

Muito raros: disfunção hepática, lesões hepáticas, especialmente em tratamentos de longa duração, insuficiência hepática, hepatite aguda.

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Perturbações do foro psiquiátrico

Muito raros: Reacções psicóticas, depressão. 4.9 Sobredosagem

Sintomas de sobredosagem

Nos adultos, os sintomas de uma sobredosagem podem surgir na forma de perturbações nervosas centrais associadas a cefaleias, vertigens, tonturas, cansaço e inconsciência, assim como dor abdominal, náuseas ou vómitos. Pode ainda ocorrer hipotensão, depressão respiratória e cianose.

O medicamento contém glicerol que, quando ingerido em elevadas doses, pode causar cefaleias, perturbações gástricas (dispepsia) e diarreia. Estes sintomas podem aumentar devido a uma sobredosagem com o Nurofen suspensão oral.

Concluiu-se que nas crianças podem ocorrer os mesmos sinais de intoxicação. Medidas terapêuticas em caso de sobredosagem

Não existe um antídoto específico.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 9.1.3 Anti-inflamatórios não esteróides. Derivados do ácido propiónico.

Código ATC: M01AE01

O ibuprofeno é um fármaco anti-inflamatório não-esteróide (AINE) que tem demonstrado a sua eficácia nos modelos de inflamação animal experimentais convencionais, actuando por inibição da síntese das prostaglandinas. No ser humano, o ibuprofeno reduz a dor, tumefacção e febre causadas pela inflamação. Além disso, o ibuprofeno inibe reversivelmente a agregação plaquetária.

Os dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito de doses baixas de AAS na agregação plaquetária quando estes medicamentos são administrados concomitantemente. Num estudo, quando se administrou uma dose única de 400 mg de ibuprofeno no prazo de 8 horas antes ou no prazo de 30 minutos após administração de 81 mg de AAS de libertação imediata, verificou-se a diminuição do efeito do AAS na formação de tromboxano da agregação plaquetária. No entanto, devido às limitações destes dados e ao grau de incerteza inerente à extrapolação de dados ex vivo para situações clínicas, não é possível retirar conclusões definitivas relativamente à utilização

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habitual de ibuprofeno. Não é provável que se verifiquem efeitos clinicamente relevantes decorrentes da utilização ocasional de ibuprofeno.

Os estudos clínicos realizados em crianças foram conduzidos em modelos de dor tais como dor após cirurgia dentária, otite média, dor de garganta, cefaleia/enxaqueca, dor pós-operatória e analgesia, assim como dor resultante de lesões nos tecidos moles.

Os estudos clínicos também foram realizados em crianças com febre. 5.2 Propriedades farmacocinéticas

Não foram realizados estudos específicos de farmacocinética em crianças. A informação bibliográfica confirma que a absorção, o metabolismo e a eliminação do ibuprofeno nas crianças se processam do mesmo modo que nos adultos.

Após administração oral, o ibuprofeno é parcialmente absorvido no estômago e depois é completamente absorvido no intestino delgado. Após metabolismo hepático (hidroxilação, carboxilação, conjugação), os metabolitos farmacologicamente inactivos são totalmente eliminados, principalmente por via renal (90%) e também por via biliar. O tempo de semi-vida de eliminação para um indivíduo saudável ou com problemas hepáticos ou renais é de 1,8 a 3,5 horas. A percentagem de ligação às proteínas plasmáticas é cerca de 99%.

A concentração plasmática máxima é alcançada 1-2 horas após a administração oral de uma forma farmacêutica de libertação imediata.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

A toxicidade subcrónica e crónica do ibuprofeno nas experiências em animais foi observada principalmente na forma de lesões e ulcerações no tracto gastrointestinal. Os estudos in vitro e in vivo não forneceram qualquer evidência clínica relevante de um potencial mutagénico do ibuprofeno. Nos estudos em ratos e ratinhos não houve qualquer evidência de efeitos carcinogénicos do ibuprofeno. O ibuprofeno produziu inibição da ovulação em coelhos, assim como distúrbios na implantação em várias espécies animais (coelho, rato, ratinho). Estudos experimentais em ratos e coelhos demonstraram que o ibuprofeno atravessa a placenta, tendo sido observado um aumento da incidência de malformações (ex: defeitos do septo ventricular) com doses tóxicas maternas nas crias de ratos.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes

Polissorbato 80 glicerol

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maltitol líquido goma xantana sacarina sódica

ácido cítrico mono-hidratado citrato de sódio cloreto de sódio aroma de laranja brometo de domifeno água purificada. 6.2 Incompatibilidades Não aplicável. 6.3 Prazo de validade - Frascos não abertos:

3 anos

- Após a primeira abertura do frasco: 6 meses

6.4 Precauções especiais de conservação

O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Frasco de PET de cor âmbar, com fecho de polipropileno resistente à abertura por crianças e com um revestimento de polietileno.

Apresentações: 100 ml e 150 ml de suspensão oral.

Embalagem com 100 ml, também na forma de “Embalagem Hospitalar” É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Dispositivos para administração:

Uma colher com duas medidas, com uma colher grande correspondente a 5 ml e uma colher pequena correspondente a 2,5 ml.

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Uma seringa para uso oral graduada de 5 ml, com medições de 1, 2, 2,5, 3, 4 e 5 ml. CE 0543

A marcação CE apenas diz respeito à seringa para uso oral. 6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento

Após a administração, a seringa deve ser desmontada, muito bem lavada e seca antes da próxima utilização.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Reckitt Benckiser Healthcare, Lda.

Rua D. Cristovão da Gama, n.º 1 – 1º C/D 1400-113 Lisboa

Tel.: 21 303 30 00 Fax: 21 303 30 03

8. NÚMERO (S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Registo n.º 3002789 - 100 ml, 20 mg/ml, solução oral, frasco de PET de cor âmbar Registo n.º 3002888 - 150 ml, 20 mg/ml, solução oral, frasco de PET de cor âmbar

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 16 Outubro 1999 Data da última renovação: 10 Fevereiro 2010

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