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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA ELMA BRASIL BRUM ABORDAGEM FONOAUDIOLÓGICA EM ORTODONTIA

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRÁS ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA

ELMA BRASIL BRUM

ABORDAGEM FONOAUDIOLÓGICA EM ORTODONTIA

Ipatinga - MG 2010

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ELMA BRASIL BRUM

ABORDAGEM FONOAUDIOLÓGICA EM ORTODONTIA

Monografia apresentada ao programa de Especialização em Ortodontia do ICS-FUNORTE/SOEBRÁS NÚCLEO IPATINGA, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista.

Orientador: Prof. Me. Marcionílio João Barroso

Ipatinga - MG 2010

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ELMA BRASIL BRUM

ABORDAGEM FONOAUDIOLÓGICA EM ORTODONTIA

Monografia apresentada ao programa de Especialização em Ortodontia do ICS-FUNORTE/SOEBRÁS NÚCLEO IPATINGA, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista.

Aprovada em _____de _____________ de 2010.

__________________________________________ Prof. Me. Marcionílio João Barroso

Orientador

ICS-FUNORTE/SOEBRÁS NÚCLEO IPATINGA

_________________________________________ Prof.

Examinador

ICS-FUNORTE/SOEBRÁS NÚCLEO IPATINGA

__________________________________________ Prof.

Examinador

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Dedico a meu filho, Rubens, que abriu mão, mesmo que involuntariamente, de minha presença para que este trabalho fosse realizado.

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“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria”

Eclesiastes 3:1,4

Este é agora um tempo de alegria.

Agradeço a Deus, pois só Ele é digno de todo honra, glória e louvor, e no tempo certo me permitiu concluir este trabalho.

Agradeço a minha família, que esteve comigo em qualquer que fosse o tempo.

Agradeço também ao meu orientador – Prof. Marcionilio Barroso, que compartilhou do seu tempo comigo, me auxiliando na realização deste.

Agradeço a todos as pessoas que voluntária ou involuntariamente contribuíram com este trabalho.

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“Se guerra entre os modelos houver, fratricida em sua essência, é por culpa dos soldados... A procura de soluções é o estimulo que induz à busca da ampliação da visão, à superação das dificuldades, à negação dos limites”.

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RESUMO

O sistema estomatognático é responsável por funções vitais para o indivíduo. A ortodontia se propõe a tratar as disfunções dento-faciais, para isso, é necessária uma visão integral deste sistema. É fundamental a interação multidisciplinar com o objetivo de tratar todos os aspectos etiológicos presentes no caso. A fonoaudiologia, na especialidade de motricidade oral, é um grande parceiro neste processo de restabelecimento funcional global. A ortodontia e a fonoaudiologia se completam, pois a primeira se ocupa da parte estrutural (ossos e dentes) e a segunda com trabalha com a parte funcional (músculos). A indicação para o trabalho mioterápico deve ser realizado pelo ortodontista, buscando resultados mais rápidos e eficientes para o individuo visando a integridade do sistema estomatognático.

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ABSTRATC

The stomatognathic system is responsible for vital functions for the individual. Orthodontics is proposed to treat the dental-facial disorders, for that, a comprehensive view of the system is required. Multidisciplinary interaction is essential in order to deal with all the present etiological aspects. Speech therapy, specializing in oral motor, is a major partner in this process of global functional recovery. Orthodontics and speech therapy are complements because the first deals with the structural (bones and teeth) and the second works with the functional part (muscles). The indication for myotherapy work should be done by the orthodontist, in order to achieve faster and more efficient results for the individual seeking the integrity of the stomatognathic system.

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LISTA DE ABREVIATURAS

ATM – Articulação Têmporo-mandibular

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Respirador bucal ... 18

Figura 2: Sucção digital ... 20

Figura 3: Mordida aberta – antes e depois do tratamento ... 22

Figura 4: Mordida aberta por hábito - antes e depois ... 23

Figura 5: Maloclusão causada por deglutição atípica ... 25

Figura 6: Respiração bucal – perfil ... 26

Figura 7: Hábitos de sucção... 27

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 12 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 14 3. DISCUSSÃO ... 32 4. CONCLUSÃO ... 35 REFERÊNCIAS ... 36

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1. INTRODUÇÃO

De acordo com Douglas em seu Tratado de Fisiologia Aplicada a Saúde, o sistema estomatognático é um “conjunto de estruturas bucais que desenvolvem funções comuns tem características que lhe são próprias pode influir sobre o funcionamento de outros sistemas”.

É o desenvolvimento da musculatura que conduz a forma dos ossos e determina as mudanças dos maxilares entre si e também da posição dos dentes. Por isso, se faz necessário conhecer o sistema estomatognático e as funções por ele exercidas.

Carvalho (2003) diz que a integridade funcional e muscular do sistema estomatognático, irá permitir um desenvolvimento e crescimento correto das estruturas dento faciais, podendo então funcionar em harmonia, produzindo saúde para o indivíduo em geral, já que o sistema estomatognático, está relacionado intimamente com outros órgãos e funções do corpo.

Segundo Largo (2003), a ortodontia e a ortopedia tem objetivo comum que é o alinhamento e nivelamento dental, buscando com isso a oclusão cêntrica e relação central coincidentes.

De acordo com a Teoria Geral dos Sistemas, Douglas (2002), o trabalho de um sistema será mais eficiente quanto menor for o uso de energia gasto para realizá-lo. Como o ser vivo é um sistema aberto, busca constantemente manter seu estado com trocas de energia, matéria e informação com o ambiente. Quanto menos adaptado mais emergia é usada.

Largo (2003) ressalta que a ação terapêutica será mais eficiente se possibilitar a auto-regulação do sistema, isto é, busca do equilíbrio: ser versus ambiente. Para alcançar seus objetivos a ortodontia e ortopedia buscam a cura de uma anormalidade com a consciência do que se está tratando com os mecanismos corretos disponíveis para o tratamento. O foco precisa ser o sistema estomatognático como um todo e não somente com a má posição dentária.

A ortodontia procura resolver os problemas de forma, posição dentária, óssea e muscular, com aparelhagem específica para cada caso, porém o trabalho muitas vezes é comprometido por causa de recidivas orais, pois, a função não foi totalmente restabelecida (FELÍCIO, 1999; MENDES; COSTA e NEMR, 2005).

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“A fonoaudiologia ou terapia da fala, antes denominada logopédia, é a ciência que tem como objeto de estudo a comunicação humana. Não apenas os distúrbios da linguagem são do interesse da fonoaudiologia, como também o modo de comunicação sadio e eficaz.” Para o CFFa (Conselho Federal de Fonoaudiologia), "A fonoaudiologia é a ciência que tem como objeto de estudo a comunicação humana, no que se refere ao seu desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças, em relação aos aspectos envolvidos na função auditiva periférica e central, na função vestibular, na função cognitiva, na linguagem oral e escrita, na fala, na fluência, na voz, nas funções orofaciais e na deglutição" (WIKPEDIA 2010).

Segundo o Documento Oficial do Comitê de Motricidade Oral, 02/2002 “Motricidade oral é o campo da fonoaudiologia voltado para o estudo/pesquisa, a prevenção, a avaliação, o diagnóstico, o desenvolvimento, a habilitação, o aperfeiçoamento e a reabilitação dos aspectos estruturais e funcionais das regiões orofacial e cervical”.

A motricidade orofacial, área da fonoaudiologia que objetiva o restabelecimento das funções reflexo-vegetativas, promove através de terapia miofuncional, o tratamento das alterações musculares, favorecendo a estabilidade pós-tratamento ortodôntico (MENDES; COSTA e NEMR, 2005).

A ação terapêutica não é só a instalação do aparelho ortodôntico e/ou ortopédico, vai além, precisa de interação também com a mioterápia (FELÍCIO, 1999).

O plano de tratamento adequado necessita de uma visão interdisciplinar. O pensamento terapêutico isolado não pode prevalecer no caso de tratamento de alterações que envolvam os dentes, ossos e músculos. A integridade deve ser atingida (CAMPOS, 2005).

O objetivo deste trabalho é reafirmar aos profissionais da ortodontia e ortopedia da importância da interação multidisciplinar, principalmente com a terapia mioterápica, em casos de distúrbios associados a interferências miofuncionais, buscando, como agentes promotores de saúde que somos, a eugnatia – sistema estomatognático íntegro.

Foi realizada uma revisão bibliográfica, mostrando a opinião dos mais diversos autores sobre a necessidade ou não da terapia mioterápica e também quando indicá-la, buscando uma melhor estabilidade do sistema estomatognático.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Rogess (1918) estudou a ação da língua no tratamento ortodôntico e indicou exercícios de lábios usando a aparelhagem ortodôntica.

Watry (1933) influenciado por Rogess, recomendava a seus pacientes exercícios junto com o uso de aparelhos objetivando reeducar os movimentos mandibulares e enviar estímulos à maxila.

Graber (1958) dizia que o diagnóstico e tratamento adequado é fator importante para a estabilidade do caso.

Moss (1961) afirmou que o crescimento era estimulado por fatores externos, biomecânicos e biofísicos, guiados pela função dos órgãos e tecidos adjacentes – matrizes ósseas. As funções como respiração, mastigação, fala e deglutição são matrizes funcionais que estimulam os tecidos esqueléticos a crescerem, sendo que os tecidos esqueléticos apoiam e protegem as matrizes associadas. À medida que cada matriz e seus elementos associados se expandem, todos os ossos endocondrais e intramembranosos crescem para manter os espaços fisiológicos. Concluiu que o tecido esquelético cresce em resposta ao crescimento dos tecidos moles.

Padovan (1976) concluiu que a fala depende de outras funções como respiração, mastigação e deglutição, abrindo assim uma visão nova de trabalho. Concluiu, também, que a integridade das funções como respiração, sucção, deglutição, mastigação, mímica expressiva e fonação, comandada pelos músculos, proporcionam um desenvolvimento harmonioso.

Hanson (1978) afirmou que a terapia miofuncional era imprescindível em casos de interposição de língua. Foi por ele indicado o tratamento dos músculos com exercícios antes e durante o tratamento ortodôntico. Durante os controles de ortodontia se avaliava também a realização dos exercícios, realizando um reforço positivo no sentido de reforçar o aprendizado. O principal objetivo da técnica era a minimização das recidivas pós-tratamentos ortodônticos.

Ramirez (1988), afirmou que as alterações verticais estão entre os problemas ortodônticos mais comuns. A mordida aberta é uma alteração vertical com diversas etiologias, envolvendo:

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15 a- Fatores intrínsecos:  Genéticos  Epigenéticos b- Fatores ambientais  Locais  Gerais

O diagnostico é essencial para determinar o tipo de tratamento. De maneira geral o tratamento e prognóstico dependem do tipo de mordida aberta, tamanho da alteração provocada, a idade e o potencial de crescimento do indivíduo. É indicado o uso de aparelhos e exercícios mioterápicos – terapia miofuncional. A estabilidade depende da severidade do tratamento.

Moyers (1991), em seu trabalho, preconizou que a mastigação, deglutição, respiração e etc., são atividades que quando normais afetam diretamente os dentes e ossos. Os músculos que atuam nestas atividades influenciam diretamente na postura, influenciando na estabilidade oclusal. Já forças anormais, como interposição lingual e sucção digital, podem ser duvidosas para a oclusão. A relação existente entre músculos e má-oclusão é abordada, sendo apresentada a mioterapia com o objetivo de coordenar normalmente as funções musculares auxiliando o tratamento ortodôntico.

Marchesan (1998) salientou que o sistema estomatognático é um complexo composto por estruturas passivas e ativas. As estruturas estáticas ou passivas são a maxila e mandíbula com os dentes nelas inseridos, ATM, ossos cranianos e hióide. As ativas ou dinâmicas são os músculos e nervos que movimentam as partes estáticas. As funções do sistema estomatognático são a sucção, deglutição, respiração, mastigação e fala. Este conjunto com características e funções interdependentes necessita de uma abordagem clínica especializada na solução de problemas da motricidade oral.

Felício (1999) salientou que a terapia miofuncional era necessária a fim de evitar a manutenção dos padrões musculares inadequados e desenvolver as funções estomatognáticas de maneira correta e equilibrada. É importante também para preservar as mudanças conseguidas com a correção ortodôntica das bases ósseas e dentes. É fundamental para uma boa oclusão a adequada posição da língua, eliminação de hábitos nocivos e reeducação da mastigação, fala, deglutição e respiração. Por isso os objetivos do tratamento fonoaudiológico

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- terapia miofuncional, tem que ser compatível com os objetivos do tratamento ortodôntico. A conduta terapêutica adequada passa por uma interação dos profissionais de todas as áreas relacionadas com o problema apresentado pelo indivíduo.

Comin (1999) a motricidade oral é a área da fonoaudiologia que trabalha na reeducação os padrões musculares inadequados e das funções reflexo-vegetativas visando estabilidade do sistema estomatognático. A fonoaudiologia está ligada a odontologia desde sua origem. Antes da década de 20 a odontologia já dava importância a ação muscular sobre os ossos. Nas décadas de 30-50 para estudiosos da ortopedia funcional dos maxilares o princípio básico dos aparelhos ortopédicos é que as modificações musculares poderia induzir mudanças no crescimento ósseo e corrigir assim, as má oclusões. A aparatologia normaliza o sistema neuromuscular equilibrando forma e a função e harmonizando as bases ósseas. As alterações causadas pela má função são devido à alteração da direção de crescimento dos ossos que ocorreu onde há menos resistência. A fonoaudiologia surgiu na década de 30, preocupada com os desvios de fala. Na década de 60 muitos profissionais nos EUA utilizavam uma lista de exercícios elaborada por Straub (Straub 1960 apud COMIN 1999) sendo orientado pelo próprio dentista. Entre 1960 e 1970 o fonoaudiólogo recebia encaminhamento de dentista com a lista de exercícios já elaborada. Com o aprofundamento desta ciência, o fonoaudiólogo deixou de ser apenas aplicador de exercícios. A motricidade oral é atualmente a área da fonoaudiologia que diagnostica e trata as alterações neuromusculares do sistema estomatognático e providencia condições favoráveis para o seu crescimento e desenvolvimento. A ortopedia e a fonoaudiologia defendem o mesmo princípio de que o desenvolvimento muscular comanda a forma e determina mudanças dos maxilares e posição dos dentes. Pela complexidade do sistema estomatognático, na opinião da maioria dos autores por ela estudados, no tratamento das alterações mio-osteo-dento faciais, há a necessidade de trabalho multidisciplinar visando a total recuperação do indivíduo, reunindo os conceitos terapêuticos de várias especialidades voltados para o tratamento e a normalização da face. Observou que os autores que contribuíram com os métodos de tratamento funcional, trabalhavam a musculatura junto com os aparelhos ortopédicos, para modelação mandibular através de estímulos da atividade muscular. A fonoaudiologia seria a responsável em aplicar a terapia miofuncional, visando condições ótimas para o crescimento e desenvolvimento do complexo crânio facial. O tecido ósseo cresce na direção onde há menos resistência, sendo que a ação muscular interfere neste crescimento, isto explica as alterações advindas da má função muscular. Com estes estudos a boca pode ser entendida e tratada como uma unidade

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estabilizadora do mecanismo esquelético. O ortodontista não pode se ocupar apenas do alinhamento dos dentes e a estética bucal. Assim como a fonoaudiologia não pode apenas se preocupar com a fala sem dar atenção a estruturas como os dentes, ossos, músculos e funções como respiração, mastigação e deglutição, que interferem na articulação da fala. Estes conceitos modificam a interpretação das alterações bucais. O ortodontista e o fonoaudiólogo atuam com o mesmo objetivo: normalização funcional. Os autores divergem quanto ao tempo e hora de trabalho de cada um, sendo que a execução simultânea da ortodontia com a fonoaudiologia pode auxiliar melhor o tratamento e a estabilidade pós tratamento. Conclui também, que a terapia miofuncional realizada pelo fonoaudiólogo não substitui aparelhos ortodônticos e ortopédicos e nem estes asseguram resultados satisfatórios quando utilizados sozinhos em todos os casos. Há necessidade da integração ortopedia e fonoaudiologia em muitos casos para alcançar a normalização morfológica e funcional do paciente, sendo que a avaliação, diagnóstico e tratamento miofuncional cabem a fonoaudiologia.

Soligo (1999) defendeu a idéia que a função é modeladora da forma, sendo, portanto interdependentes, porém algumas disfunções são determinadas geneticamente. Sempre que se rompe o equilíbrio entre músculos e ossos da face, temos reflexo para as relações ósseas e dentárias. Se uma função foi desviada, há interferências patológicas em outras funções dependentes do mesmo músculo. Quando se mantém as funções adequadamente os padrões corretos são desenvolvidos e mantidos. Relacionando função como reguladora da forma, qualquer hábito oral vícioso é fator etiológico de má-oclusão. Entretanto os hábitos de sucção são considerados normais até 3 anos a 3 anos e meio, não trazendo prejuízo para a oclusão, ocorrendo uma auto correção da má-oclusão espontaneamente. A necessidade do trabalho conjunto entre fonoaudiologia e ortodontia se justifica observando que as atividades e funções neuromusculares da cavidade bucal produzem modificações estruturais e musculares em todo o sistema, especialmente em ossos e músculos. O autor em seu estudo alertou para a necessidade de abrirmos a visão na nossa prática clínica simplificada, e que a relação das especialidades fonoaudiologia e odontologia precisa ser de interdependência.

Köhler (2000) ressaltou que o objetivo da especialidade fonoaudiológica motricidade oral é a função neuromuscular, que é também a principal responsável pelo crescimento e desenvolvimento da face geneticamente determinado, sendo que o ingrediente meio-ambiente interfere também no potencial hereditário. A prevenção na área médica é da premissa que as ações anormais que interferem no crescimento e desenvolvimento devam ser interrompidas o mais cedo possível. A precocidade do diagnóstico é recomendável, mesmo em casos onde o

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problema ainda não foi instalado. O “ciclo repetitivo de funções incorretas” leva a danos progressivamente maiores. O trabalho inter/multidisciplinar significa que cada profissional deve atuar em sua especialidade com objetivos comuns. Nas terapias que envolvem a face este trabalho deve envolver fonoaudiólogos, ortodontistas/ortopedista, otorrinolaringologistas, alergologistas e muitos outros. A face deve ser considerada como um todo, com funções inter-relacionadas, daí a necessidade de se tratar seus distúrbios com atuação de equipe inter/multidisciplinar. Este conceito de tratamentos das anomalias de função, e por consequência de forma da face, deve ser passado aos pais dos pacientes, para que a cooperação possa ocorrer.

Parolo e Bianchini (2000) consideram a função respiratória fundamental para um correto crescimento e desenvolvimento da face do indivíduo, sendo que ela regula outras funções. O indivíduo respirador bucal precisa ser diagnosticado precocemente procurando evitar continuidade de interferências negativas, buscando assim tratamento geralmente multidisciplinar - otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, ortodontista e muitas vezes o fisioterapeuta.

Figura 1: Respirador bucal Fonte: Arruda (2010)

A atuação de cada profissional deve ser avaliada pela equipe multidisciplinar, organizada por necessidade, de acordo com a característica de cada problema. Após a desobstrução nasal o trabalho de reeducação muscular deve ser iniciado. A terapia fonoaudiológica isolada não proporciona resultados satisfatórios, sendo necessário muitas vezes o encaminhamento para outros profissionais. A terapia fonoaudiológica é proposta após o diagnóstico preciso, realizado de forma conjunta com o ortodontista e otorrinolaringologista e, posterior esclarecimento dos pais sobre a terapia proposta.

Gonzáles e Lopes (2000) afirmaram que a terapia miofuncional refere-se à terapia muscular combinada com a reabilitação funcional para obtenção de maior harmonia e

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melhoria das funções orofaciais. A terapia miofuncional pode-se iniciar antes da colocação do aparelho como em mordida aberta anterior em crianças. Porém, o tratamento conjunto é mais freqüente e as informações devem ser trocadas pelo fonoaudiólogo e o ortodontista, para o bom resultado final. A alta da fonoaudiologia só deve acontecer definitivamente após a remoção do aparelho, pois as revisões periódicas para confirmar a automatização dos padrões aprendidos devem acontecer, especialmente após a retirada do aparelho, que é o período crítico para a estabilidade, devendo-se observar possíveis interferências musculares e/ou funcionais.

Kuramae et al. (2001) defenderam a ideia que a interposição lingual está presente em todos os casos de mordida aberta anterior e após os 5 anos de idade a intervenção deve ser iniciada, pois o diagnóstico e tratamento precoce proporcionam resultados mais estáveis. O tratamento está indicado de acordo com a severidade do caso, podendo ser utilizado placas impedidoras, reeducadoras, placas reeducadora geniana de Noüer. A forma do arco dentário é dada pela pressão muscular exercida sobre os ossos. Quando existe um padrão morfogenético normal, os músculos funcionam como mantenedores de espaço da homeostasia local, mantendo o equilíbrio de forças e forma dos dentes e estruturas adjacentes. Quando há interferência no período de crescimento ativo, altera a morfologia e a função o sistema estomatognático. As mudanças na morfologia óssea são evidências da influência da língua no desenvolvimento das arcadas. Portanto, é necessário para o correto diagnóstico e tratamento da deglutição atípica, que se saiba a posição da língua, pois ela pode manter ou agravar a má-oclusão.

Silva Filho (2004) enfatizou o trabalho fonoaudiológico realizado em indivíduos com mordida aberta anterior, através de exercícios orientados para fortalecer a musculatura peribucal, visando maior efetividade no fechamento da mordida aberta anterior. A sucção é um necessidade de sobrevivência, sendo considerada normal em crianças até aos 3 anos de idade, a partir daí se torna indesejável. A partir dos 5 anos o hábito de sucção se torna deletério, pois acarreta implicações morfológicas e funcionais negativas, diminuindo gradativamente a possibilidade de auto correção.

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Figura 2: Sucção digital

Fonte: Odontologia Dassié e Tolentino (2010)

Já na dentição decídua, muitas opções de tratamento existem no sentido de eliminar o hábito de sucção da chupeta ou dedo, para favorecer a correção do desvio morfológico e garantir estabilidade pós-tratamento. A grade palatina fixa superior, juntamente com uma “abordagem não punitiva” é uma opção, com atuação baseada na morfologia, função e dependência emocional. Cerca de 15% das crianças necessitam também de tratamento psicológico para abandonar o hábito. A atuação do fonoaudiólogo, mesmo com o uso da grade fixa, proporciona mais efetividade à grade e acelera o fechamento da mordida aberta anterior. A grade impede a sucção e a ação muscular sobre os incisivos e faz fechar a mordida aberta em indivíduos classe I com envolvimento dentário. Se a musculatura do lábio for competente a mudança estrutural acontecerá. A atuação fonoaudiológica inicia-se com a conscientização da criança e dos pais e entendimento de que as estruturas bucais interagem e funcionam entre si. Procura despertar o interesse do indivíduo para a realização dos exercícios mioterápicos e obtenção de resultados satisfatórios, alcançando assim a tonicidade adequada e selamento labial passivo. A atuação fonoaudiológica inclui massagem da musculatura peribucal, exercícios de mobilidade, motricidade e tonicidade e propriocepção.

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Rahal e Krakauer (2001) observaram que a respiração bucal é muitas vezes responsável por alterações entre forma e função.

Para Angle (1907 apud RAHAL e KRAKAUER, 2001) a respiração bucal é a causa mais potente de má oclusão, pois a respiração bucal produz desequilíbrio funcional, alteração de posição de dentes, músculos e ossos da face.

Kasai e Portella (2001) disseram que a harmonia da face e busca da beleza, levam os indivíduos a valorizarem e buscarem padrões de beleza mais satisfatórios. A ortodontia e a cirurgia ortognática visam o equilíbrio facial e não necessariamente a beleza. As funções após a cirurgia ortognática precisam se adaptar a nova posição dos ossos e dentes, daí a participação da fonoaudiologia na equipe ortodôntico – cirúrgica, avaliando o indivíduo no pré e pós operatório. Os tecidos moles vão se adaptar a nova forma, assim como os aspectos funcionais se adaptam naturalmente, porém as recidivas funcionais ocorrem, necessitando da terapia miofuncional para minimizá-las. O papel do fonoaudiólogo é de extrema importância na readaptação neuromuscular e correção das funções e órgãos fonoarticulares. Os resultados do tratamento ortodôntico-cirúrgico podem ser melhores quando no planejamento e correção se leva em conta também a interação osteomuscular.

Bianchini (2001) afirmou avaliação fonoaudiologica objetiva identificar desequilíbrios musculares e funcionais, que interferem negativamente na função do sistema estomatognático e também nos tratamentos odontológicos, ortodônticos e otorrinolaringológicos, propondo ajuda no sentido de amenizar os fatores agravantes e auxiliar a remir o problema, buscando restabelecer as relações de forma/função próprias de cada caso. A fonoaudiologia usa estratégias de terapia apropriada para cada paciente em função do diagnóstico e prognóstico, proporcionando assim mais eficiência e respeitando seus limites. Em uma terapêutica ortodôntica o trabalho fonoaudiológico pode ser necessário em diversas fases, de acordo com a alteração funcional constatada.

Botolozo (2002) propôs no tratamento de anomalias craniofacias, a terapia interdisciplinar com a integração dos profissionais de saúde de áreas afins. As adaptações posturais são comuns em indivíduos que revelam características morfogenéticas de maloclusão classe III, pois o crescimento craniofacial ficará comprometido. O posicionamento de língua é o grande problema destes indivíduos, sendo que a diversidade morfológica da classe III aponta para diferentes tratamentos e variados prognósticos. O autor apresenta um caso clínico em que o tratamento precoce foi realizado, com expansão rápida da maxila juntamente com o uso da máscara de Petti. Foi realizado também o trabalho

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fonoaudiológico associado, com o objetivo de fortalecer o tratamento ortodôntico, pois ocorre uma alteração funcional, o que justifica o uso de dispositivo mecânico, mas, também o trabalho funcional associado. No estudo obteve-se ganhos reais acima da média para a idade. Os resultados possibilitam o equilíbrio forma/função e a manutenção, durante o crescimento, da relação oclusal estável com função equilibrada. Destacou-se também a importância do tratamento e diagnóstico precoce e a importância do trabalho multidisciplinar.

Burford e Naor (2003) estudaram que a mordida aberta anterior tem múltiplas etiologias, sendo essencial determinar a causa precisa para que o plano de tratamento seja adequado.

Figura 3: Mordida aberta – antes e depois do tratamento Fonte: http://www.ortobaby.com.br/

Estes casos apresentam altos índices de recidivas e o tratamento de mordida abeta anterior é o mais difícil. O tratamento indicado é terapia miofuncional e aparelhos ortodônticos, sendo que as contenções pós-tratamento são recomendas por longo prazo.

Duarte (2003) ressaltou que as funções estomatognáticas parecem ocorrer independente da forma, pois são reflexo-vegetativas, viabilizando por isso adaptações funcionais na maior parte das vezes automaticamente. Na terapia miofuncional - motricidade oral - se busca a modificação funcional, já que as funções são limitadas muitas vezes pelas alterações de forma. Nos dados obtidos pela autora o tratamento ortodôntico isolado melhora a função de respiração e mastigação, porém quando integrado a fonoaudiologia a eficiência foi aumentada.

Cavassani (2003) disse que os hábitos orais viciosos levam a alterações otorrinolaringológicas, fonoaudiológicas e odontológicas, afetando significativamente tanto a função como a estética da face. Os distúrbios articulatórios podem ou não estar relacionado com os hábitos orais nocivos, porém quando por sucção é considerado patológico a partir dos

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4 anos de idade. No estudo realizado, Cavassani observou que a respiração bucal era predominante em 77,78% dos casos – crianças entre 3 e 9 anos, com hábito oral vicioso. Este tipo de respiração leva a modificações anatômicas e posturais provocando má-oclusão e alterações articulares e de motricidade oral. A partir do estudo, a autora reforça necessidade da participação interdisciplinar da otorrinolaringologia, fonoaudiologia e odontologia na prevenção e tratamento dos distúrbios causados pelo hábito oral deletério.

Figura 4: Mordida aberta por hábito - antes e depois Fonte: Arruda (2010)

Monguilhott (2003) afirmou que o hábito de sucção quando se torna um vício prejudica o processo normal de crescimento e desenvolvimento, deformando as estruturas bucais, sendo de interesse ortodôntico e fonoaudiológico. Caracteristicamente a maloclusão provocada pelo hábito de sucção é a mordida aberta anterior e a vestibularização dos incisivos superiores. Este hábito está relacionado diretamente com o comportamento da criança como um todo, interferindo diretamente na oclusão. O sucesso no tratamento depende do diagnóstico, planejamento e tratamento multidisciplinar iniciado precocemente. A ortodontia será responsável pela estabilidade dos dentes com suas inclinações normais. A fonoaudiologia trabalha para equilibrar as forças musculares e manter a estabilidade.

Barretto et al. (2003) defenderam que a sucção é uma necessidade primária, porém a instalação do hábito se dá como resultado da repetição do hábito, mesmo após o período considerado normal, por volta dos 4 anos, quando a manutenção da sucção não traria consequências irreversíveis aos dentes e arcadas. O grande problema é a remoção do hábito, não existindo uma “formula mágica” para resolver o problema. A necessidade de ações conjuntas é firmada pela premissa de que o hábito de sucção deletério compromete várias funções, sendo, portanto indispensável a ação de diversas especialidades para se alcançar sucesso nas terapêuticas empregadas. A prevenção do hábito de sucção deletério é uma necessidade, uma vez que esse hábito quando instalado se torna mais difícil o tratamento.

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Carvalho (2003) apontou o sistema estomatognático como um conjunto anatômico e fisiológico, com características próprias, porém interdependentes de outros sistemas como nervoso, circulatório e endócrino. Suas estruturas não são especializadas em uma única função, daí vem a necessidade de harmonia de ossos e músculos para manter o equilíbrio funcional. Funções adequadas permitem desenvolvimento adequado das estruturas. As alterações funcionais, estruturais, patológicas, posturais, oclusais e do comportamento causadas pela respiração bucal, nos leva a entender a necessidade da interdisciplinaridade no atendimento destes indivíduos. É importante também o papel da família no sentido de facilitar o tratamento. A hierarquização do atendimento se faz necessário, sendo realizados primeiro as urgências e após nova avaliação é possível, de acordo com a necessidade, oportunidade e gravidade tratar outras alterações do caso. O atendimento multidisciplinar nos casos de respiração bucal não é uma opção e, sim, uma necessidade.

Gurgel (2003) afirmou que a oclusão dentária satisfatória está relacionada com a função exercida pelos músculos peri e intrabucais. Os hábitos deletérios ocasionam a perda do equilíbrio miofuncional, alterando o crescimento e desenvolvimento craniofacial. A abordagem multidisciplinar é fundamental no tratamento da respiração bucal e do hábito de sucção. O ortodontista intercepta a oclusão com aparelhagem especifica, o otorrinolaringologista melhora a conformação da cavidade nasal e o fonoaudiólogo restabelece o funcionamento da cavidade bucal uma vez corrigidos previamente pelos profissionais competentes. O trabalho conjunto - ortodontia e fonoaudiologia deve prevalecer. A interação entre os profissionais, paciente e os familiares busca restabelecer as funções e manter a estabilidade. A criança precisa participar ativamente do processo, sendo informada da necessidade e como é o tratamento. A compreensão disso poderá ser decisiva na colaboração positiva do paciente e dos familiares sobre o tratamento realizado.

Vellini (2004) afirmou que o desenvolvimento da oclusão tem intima relação com a modelação dos músculos sobre os ossos e arcos dentais, sendo que os músculos direcionam o crescimento ósseo. Ele afirmou ser necessário o ortodontista conhecer as alterações musculares e funcionais orofacias, já que o tratamento destas interferem na estabilidade dos tratamentos ortodônticos. É a terapia miofuncional realizada aqui no Brasil pelo fonoaudiólogo, que objetiva diminuir as recidivas, favorecendo o tratamento ortodôntico, pois retira as forças musculares contrárias a terapia ortodôntica. Quando se conhece as alterações miofuncionais, o ortodontista consegue encaminhamentos mais precisos para terapia miofuncional, aumentando assim o sucesso no seu tratamento ortodôntico. É necessário

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compreender as limitações de forma e aceitar as limitações da terapia. Não existe regra para a época da indicação, pode ser antes, durante ou após a ortodontia. A análise conjunta e as características individuais regem o momento da terapia. O autor ainda afirmou que as crianças desenvolvem hábitos naturais de sucção, respiração e deglutição. Quando por algum motivo o ciclo natural de aprendizado é interrompido, pode-se desenvolver deglutição atípica, respiração bucal, causando também problemas de dislalias.

1- Deglutição atípica - desequilíbrio da musculatura – língua, lábio e músculos da bochecha.

Figura 5: Maloclusão causada por deglutição atípica

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_2nBRA0BG2vw/SRT1t1QcIWI/AAAAAAAAABY/Uk7rwsXNvrw/s400/1-peq.jpg

Tipos:

a- Com pressão atípica de lábio – tratamento: aparelhagem que impede durante a deglutição, o posicionamento incorreto do lábio e libera a tonicidade muscular, sendo indicado também exercícios mioterápicos prescritos pelo próprio ortodontista.

b- Com pressão atípica de língua – tratamento: fechamento de mordida aberta, seja ela anterior ou lateral.

2- Respiração bucal – inversão da passagem natural de ar pela cavidade nasal para a cavidade bucal. Está associada a interposição de língua e lábio.

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Figura 6: Respiração bucal – perfil Fonte: Auler (2010)

Tratamento:

a- Avaliação do otorrinolaringologista

b- Reabilitação da musculatura com exercícios funcionais, respiratórios e fortalecimento muscular

c- Aparelhagem que impede a respiração bucal e correção da mordida cruzada.

3- Hábito de sucção – normalmente provoca mordida aberta anterior e distalização da mandíbula.

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Figura 7: Hábitos de sucção

Fonte: http://fonorientando.files.wordpress.com/2009/06/figura20120-20habitos1.jpg

Tratamento: na correção os cuidados emocionais são fundamentais, para não produzir indivíduos antissociais ou com comprometimento psicológico grave por toda a vida. Pode-se usar aparelho como placa de Hawley com grade para impedir o hábito.

Silva Filho (2004) afirmou que o sistema neuromuscular, representado pela massa muscular que recobre interna e externamente os ossos da face e arcos dentários, exerce grande influência sobre o crescimento do esqueleto facial e determina a forma da oclusão a ser estabelecida. A língua, como músculo, deve ter competência e exercer função adequada para o equilíbrio da morfologia dos arcos dentais. A postura incorreta da língua na maior parte das vezes produz atresias no arco superior e/ou mordida aberta. Daí a necessidade da atuação fonoaudiológica conjuntamente com o tratamento ortodôntico.

Mendes et al. (2005) defenderam que a motricidade oral é a especialidade da fonoaudiologia que prepara o profissional para atuar com prevenção, avaliação, diagnóstico, desenvolvimento, habilitação, aperfeiçoando e reabilitando os aspectos estruturais e funcionais da região orofacial e cervical. A estabilidade no tratamento ortodôntico, ortopédico e/ou odontopediátrico é o principal objetivo nestas especialidades, porém a forma e a função têm inter relação que podem interferir nesta estabilidade. A terapia miofuncional aplicada

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pelo fonoaudiólogo promove o tratamento das alterações musculares e funcionais orofaciais, favorecendo a estabilidade na busca de minimizar as recidivas pós-tratamento ortopédico e ortodôntico. Hoje o trabalho interdisciplinar é fundamental para beneficiar o paciente, melhorando sua qualidade de vida.

Pereira (2005) em seus estudos destacou que a musculatura e as funções estomatognáticas interferem no equilíbrio ou não do sistema. Ressaltou também a importância do trabalho da fonoaudiologia para o tratamento e busca do equilíbrio do sistema estomatognático e estabilidade dos resultados obtidos. O ortodontista deve buscar uma visão do tratamento como um todo, considerando a importância do trabalho fonoaudiológico indicando quando for necessário. Há também o fator neuromuscular como desencadeante de recidivas e propõe-se aparatologia mecânica juntamente com exercícios. A autora conclui que o diálogo entre odontologia e fonoaudiologia poderá contribuir para melhor compreensão dos casos associados a distúrbios oclusais e miofuncionais, e definir os objetivos e condutas aplicadas por cada profissional.

Angle (1907 apud PEREIRA, 2005) afirmou que a oclusão regulava as funções, porém não bastava posicionar os dentes em suas bases ósseas adequadamente, se a função do “novo sistema” não for recuperando, eliminando a existência de distúrbios mio-funcionais que interfiram negativamente no sistema estomatognático.

Campos e Zuanon (2005) defenderam que a alteração miofuncional é o termo usado a partir da década de 80, para descrever modificações das funções e postura muscular do sistema estomatognático. Para o correto diagnóstico e tratamento se faz necessário identificar a alteração, podendo assim sistematizar a terapia mais eficaz, com o auxílio de equipe multidisciplinar. O pensamento isolado não pode prevalecer no caso de tratamento de alterações miofacial oral, a integralidade deve ser atingida. As alterações miofacias têm etiologia multifatorial, e os sinais e sintomas decorrentes de uma face desarmônica e com funções alteradas promovem alterações ainda mais complexas.

Almeida et al. (2005) afirmam que os hábitos de sucção podem levar a má-oclusão, dependendo da intensidade, frequência e tempo de instalação, pois sempre que ocorrer uma competição músculo e osso, o osso vai ceder e sofre deformações. Eles compararam o aleitamento no peito e o uso de mamadeira, verificando que no primeiro, as crianças desenvolvem mais facilmente um adequado posicionamento da língua e dos músculos mastigatórios, já a mamadeira favorece a instalação da deglutição atípica.

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Degan e Puppin-Rontani (2005) afirmaram que os distúrbios miofuncionais associados a padrões inadequados de deglutição e repouso lingual, podem levar a ma oclusões, tendo sua origem em hábitos prolongados de sucção de chupeta e/ou mamadeira. A deglutição pode sofrer alterações além de facilitar a respiração oral. Porém nem todas as crianças, após a remoção do hábito, são sujeitas a auto correção, necessitando de outras intervenções para restabelecer as funções e reposicionar as estruturas do sistema estomatognático. A terapia miofuncional é um método de trabalho que aumenta a força muscular e provoca mudanças nos padrões existentes, buscando a estabilidade morfológica das estruturas. Segundo o estudo realizado pelas autoras, a remoção precoce do hábito de sucção de chupeta, mamadeira associada com terapia miofuncional produzem melhor e mais rápida adequação dos padrões funcionais de deglutição e posicionamento da língua em repouso, do que só a remoção do hábito, favorecendo o desenvolvimento normal das estruturas craniofaciais.

Bastos (2005) disse que a mordida aberta é uma maloclusão considerada pela maioria dos ortodontistas como a mais difícil de tratamento com sucesso. Sua etiologia está relacionada com fatores hereditários e ou ambientais, segundo Bastos, para tratamento das mordidas abertas é necessário associação de procedimentos que muitas vezes envolve várias especialidades: terapia miofuncional – fonoaudiologia, ortopedia funcional, mecânica ortodôntica e/ou cirurgia ortognática. O autor reconhece a importância do trabalho multidisciplinar objetivando alcançar a estabilidade do caso após o tratamento concluído.

Mamede (2005) reafirmou que a mordida aberta anterior é uma das más oclusões mais difíceis de serem tratadas e podem levar também a um grande comprometimento estético-funcional.

Figura 8: Mordida aberta anterior Fonte: Auler (2010)

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Para um correto diagnóstico é necessário uma boa anamnese, exame clinico minuncioso, avaliação do padrão facial herdado e possíveis alterações comportamentais ao longo da vida. O tratamento desafiador envolve uma equipe multidisciplinar constituída de ortodontista, otorrinolaringologista, fonoaudiólogo e psicólogo, atuando com sinergismo, a fim de tratar todos os aspectos etiológicos presentes na má oclusão. O tratamento precoce proporciona um prognóstico mais favorável, podendo evitar exodontias e/ou cirurgia ortognática.

Maciel e Leite (2005) observaram que o tônus labial alterado é o tipo de contração peribucal, em pacientes com mordida aberta anterior, provocada pelos hábitos nocivos, sendo um dos fatores que agravam má oclusão. O uso de chupeta (76,3%) e o aleitamento artificial (62%) da amostra foram identificados como principal causa de alteração, causando má-oclusão – mordida aberta anterior - e deficiência fonoarticulatória. As autoras destacam a importância da associação entre ortodontista/ortopedia – uso de aparelhagem mecânica; da fonoaudiologia – terapia miofuncional; do otorrinolaringologista e alergista – desobstrução respiratória. Esta visão integral do paciente busca alcançar uma reabilitação das funções de maneira significativa, integral e eficaz.

Marzotto et al. (2007) ressaltaram a importância da prática interdisciplinar, cirurgião, ortodontista, fonoaudiólogo e fisioterapeuta, para indivíduos acometidos de anquilose da ATM (articulação temporomandibular), já que nestes casos a função fica comprometida. A terapia miofuncional, realizada pelo fonoaudiólogo, exerce importante papel na reabilitação desses indivíduos, após o ato cirúrgico.

Maia et al. (2008) concluiram que o crescimento era regulado por fatores genéticos, gerais e ambientais. Qualquer fator que interfira na normalidade, no período de crescimento e desenvolvimento das estruturas faciais, pode alterar a forma e a função do sistema estomatognático. Em caso de mordida aberta, a intervenção necessita ser o mais precoce possível para que o crescimento não sofra influencias produzidas por amígdalas hipertróficas, respiração bucal ou hábitos deletérios, podendo até aos 4 anos ocorrer uma auto correção. Na fase de dentição mista a intervenção é diretamente ortodôntica, pois as alterações produzidas pelos maus hábitos se agravam e dificultam a auto correção. Os tratamentos envolvem o atendimento multidisciplinar com fonoaudiologia, otorrinolaringologia e ortodontia.

Metzer et al. (2008) reafirmaram ser o sistema estomatognático um complexo composto de dentes, ATM (articulação temporomandibular), músculos, vasos, nervos,

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espaços vazios. Quando há alterações em algum destes órgãos tenderá a desequilibrar todo o complexo.

Varandas et al. (2008) afirmaram que o sistema estomatognático é composto por estruturas orais estáticas e dinâmicas, que precisam estar equilibradas e são responsáveis pela harmonia das funções da face. Por serem interdependentes, qualquer alteração em um dos seus componentes produzirá desarranjo geral. Para os autores, o fonoaudiólogo assim como o dentista precisa conhecer estas estruturas e suas relações. A atuação interdisciplinar é fundamental para o benefício do paciente. O ortodontista e o fonoaudiólogo realizam trabalho interdependente, precisando buscar atendimento globalizado, eficiente e adequado para melhor qualidade de vida para o paciente. Recidivas pós-tratamento ortodôntico estão muitas vezes relacionadas com a postura inadequada da língua e respiração oral. O trabalho fonoaudiológico é necessário nestes casos, sendo que o paciente precisa estar informado sobre as necessidades de tratamento interdisciplinar. Restabelecer o equilíbrio forma e função é fundamental para resultados satisfatórios.

Azenha (2009) afirmou que a respiração, deglutição, fonação e hábitos bucais são fatores ligados diretamente a estabilidade do tratamento ortodôntico. Quando se tem alguma alteração funcional é necessária uma abordagem multidisciplinar para o diagnóstico e conduta terapêutica adequadas. O fonoaudiólogo e o otorrinolaringologista precisam realizar uma avaliação mais detalhada do caso e tratamento a ser executado por estes profissionais.

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3. DISCUSSÃO

A busca da ortodontista é pela estabilidade pós-tratamento. Já faz algum tempo que se estuda sobre essa busca. Angle em 1907, já sinalizava ser necessário eliminar as interferências miofuncionais para que o equilíbrio e a estabilidade funcional fossem mantidos (ANGLE, 1097).

Após Angle, muitos autores vêm discutindo os fatores necessários para se manter o prognóstico positivo a longo prazo (HANSON, 1978; PEREIRA, 2005; GONZÁLES e LOPES, 2000; BURFORD e NAOR, 2003; MONGUILHOTT, 2003; MENDES et al., 2005; VARANDAS et al., 2008).

Moss em 1961 formulou a teoria da matriz funcional e através de seus estudos conclui que o tecido ósseo cresce estimulado pelo funcionamento dos tecidos musculares (MOSS, 1961).

A função regula a forma. Está é uma premissa apontada por vários autores (MOYERS, 1991; SOLIGO, 1999; KÖHLER, 2000; KURAMAE, et al., 2001; RAHAL e KRAKAUER, 2001; ANGLE, 1907; KASAI e PORTELLA, 2001; DUARTE, 2003; CARVALHO, 2003; MENDES et al., 2005; METZER et al., 2008).

Não se pode ter uma estrutura óssea adequada quando a função muscular está deficiente. É necessário reposicionar a musculatura para se proporcionar uma função e forma adequada ao sistema estomatognático (PADOVAN, 1976; MOYERS, 1991; SOLIGO, 1999; KÖHLER, 2000; KURAMAE et al., 2001; RAHAL e KRAKAUER, 2001; ANGLE, 1097; COMIM, 1999; KASAI e PORTELLA, 2001; DUARTE, 2003; CARVALHO, 2003; MENDES et al., 2005; METZER et al., 2008).

A motricidade oral é a área da fonoaudiologia que trabalha a musculatura, tendo como objetivo principal a reeducação de funções reflexo-vegetativas e a busca pela estabilidade do sistema estomatognático. Isso acontece através do diagnóstico e do tratamento das alterações neuromusculares do sistema estomatognático, de maneira que proporcione condições favoráveis para o seu crescimento e desenvolvimento (COMIM, 1999; KÖHLER, 2000; PAROLO e BIANCHINI, 2000; SILVA FILHO, 2004; KASAI e PORTELLA, 2001; BIANCHINI, 2001; MONGUILHOTT, 2003; GURGEL, 2003; MENDES et al., 2005;

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PEREIRA, 2005; CAMPOS e ZUANON, 2005; DEGAN e PUPPIN-RONTANI, 2005; VARANDAS et al., 2008; GONZÁLES e LOPES, 2000; VELINE, 2004).

É amplamente estudado o diagnóstico e o tratamento dos indivíduos com respiração oral, pois fazem parte de um grupo de indivíduos de difícil tratamento ortodôntico. Isto porque não se consegue, em muitos casos, conservar a estabilidade pós-tratamento ortodôntico concluído (PAROLO e BIANCHINI, 2000; CARVALHO, 2003; GURGEL, 2003; MAIA, 2008; VARANDAS et al., 2008).

Segundo Hanson (1978); Ramirez (1988); Felicio (1999); Soligo (1999); Kohler (2000); Kuramae et al. (2001); Silva Filho (2004); Kasai e Portella (2001); Cavassani et al. (2003); Moliguilhott (2003); Barreto et al., (2003); Gurgel (2003); Almeida et al., (2003); Degan e Puppin-Rontani (2005); Bastos (2005); Mamede (2005); Maciel e Leite (2005), outro grupo que necessita de um estudo especial são os indivíduos com mordida aberta anterior, interposição de língua, hábitos de sucção nocivos e ainda pós-cirurgia ortognática e, necessitam de tratamento diferenciado, com equipe multidisciplinar, envolvendo vários profissionais como: 1- Ortodontista/ortopedista 2- Fonoaudiólogo 3- Otorrinolaringologista/alergista 4- Cirurgião buco-maxilofacial 5- Fisioterapeuta

6- Psicólogo, entre outros.

Os tratamentos precisam acontecer o mais precoce possível e tendo como objetivo a remoção de hábitos nocivos, a reeducação da musculatura e de funções neuro-vegetativas, assim como o realinhamento de dentes e o reposicionamento de maxila e mandíbula. Enfim é preciso de reabilitação global da forma e da função do complexo dento-facial, o que ocasionará a maior estabilidade pós-alta do indivíduo, visando a qualidade de vida desse indivíduo (MENDES et al., (2005); PEREIRA (2005), ANGLE, 1097).

É papel do ortodontista/ortopedista, utilizando aparelhagem especifica para o caso, ocupar-se do alinhamento dos dentes e estética bucal. A fonoaudiologia restabelece a função adequada, através de exercícios mioterápicos, reposicionando a língua, bochechas, lábios bem como, toda a musculatura facial, sendo importante destacar que esse tratamento precisa estar

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de acordo com os objetivos do tratamento ortodôntico. O otorrinilaringologista/alergista trata o problema de obstrução nasal, para que dessa maneira o trabalho de reeducação muscular tenha sucesso. O cirurgião buco-maxilofacial, fisioterapeuta e o psicólogo são acionados nos casos onde a equipe julgar necessário. É preciso que a equipe multidisciplinar tenha uma visão do indivíduo em sua totalidade, com objetivo de tratar todos os aspectos etiológicos presente no caso em estudo (COMIM, 1999; BIANCHINI, 2001).

Não há um consenso quanto ao momento da indicação da terapia miofuncional, depende do caso, sendo que poderá ser indicado antes, durante ou após o tratamento ortodôntico (SILVA FILHO, 2004; FELICIO, 1999; COMIN, 1999; PAROLO e BIANCHINI, 2000; FILHO, 2001; BIANCHINI, 2001; BOTOLOZO et al., 2002; CARVALHO, 2003; GONZALES e LOPES, 2000).

O fonoaudiólogo diagnostica e trata as alterações neuromusculares, aplicando exercícios para a reeducação da fala, deglutição, mastigação e respiração, dependendo da necessidade do indivíduo. No período de crescimento esta terapia irá promover condições favoráveis para o crescimento e desenvolvimento crânio- facial. Em indivíduos fora do período de crescimento, a terapia miofuncional, promoverá reeducação facial postural. O objetivo do tratamento em qualquer que seja a idade do indivíduo é comum a ortodontia, buscar o equilíbrio e estabilidade funcional (FELICIO, 1999; BIANCHINI, 2001; VELINI, 2004; COMIN, 1999; DUARTE, 2003; MOGUILHOTT, 2003; GURGEL, 2003; MENDES

et al., 2005).

Existe um consenso entre os autores que a fonoaudiologia, através da especialidade motricidade oral, é um parceiro nos tratamentos ortodônticos/ortopédicos, sendo de extrema necessidade a hierarquização do trabalho interdisciplinar. É papel do profissional ortodontista, que tem consciência do trabalho que realiza, indicar o profissional da fonoaudiologia para os pacientes em casos que se tenha comprometimento muscular e funcional, independente do indivíduo seguir a orientação do ortodontista. Este trabalho em conjunto busca resultados mais rápidos e eficientes para o indivíduo (BIANCHINI, 2001; KÖHLER, 2000; SOLIGO, 1999; AZENHA, 2009; GONZALES e LOPES, 2000).

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4. CONCLUSÃO

Nesse trabalho discorremos sobre a abordagem fonoaudiológica em ortodontia, com objetivo de reafirmar a importância do trabalho multidisciplinar, destacando a terapia miofuncional em casos de distúrbios associados a interferências musculares. Através da revisão bibliográfica foi possível conhecer as diversas opiniões sobre a necessidade ou não de realização da mioterapia.

A terapia miofuncional mostra-se bastante eficiente quando bem indicada em casos de distúrbios miofuncionais orais, adequando as funções estomatognáticas e restabelecendo o padrão muscular, visando o objetivo principal que é reabilitação global do indivíduo.

Em muitos casos é necessário a atuação multidisciplinar, com equipe composta por ortodontista, fonoaudiólogo, otorrinolangologista, alergista, cirurgião buço-maxilofacial, fisiotepeuta e psicólogo.

Conclui-se que os profissionais que propõem a realizar o trabalho interdisciplinar necessitam de discussão de casos com os profissionais de outras especialidades, estabelecendo uma hierarquia de trabalhos interdisciplinares ou possibilidade de trabalho conjunto, visando resultados mais rápidos e eficientes.

Conclui-se também que a mioterapia é uma parte fundamental neste processo de restabelecimento de funções musculares harmônicas.

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Referências

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