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A DOMESTICAÇÃO. Túlio Goes

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Academic year: 2021

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(1)

A DOMESTICAÇÃO

(2)

P

ORQUE ESTUDAR A DOMESTICAÇÃO

?

 A domesticação de animais tem sido realizada há

muitos anos, e influenciou diretamente no rumo da civilização

 O processo de adaptação ao homem e ao ambiente

em cativeiro é uma consideração importante em qualquer estudo de domesticação ou bem-estar

 Muitos animais selvagens são acasalados e

mantidos em cativeiros extremamente diferentes de seus habitats de origem

(3)

E

XEMPLOS DE

D

OMESTICAÇÃO

 Há anos atrás acredita-se que surgiu o primeiro

exemplo da domesticação de animais, um ancestral do cão similar aos lobos

 Quando o homem começou a se estruturar em

sociedades fixas baseadas em agricultura, iniciou-se a domesticação do gado como

conhecemos atualmente(Bovinos, Ovinos e Caprinos)

 Em regiões distintas da Europa e da Ásia, houve

a domesticação de suínos

 Na América do Sul ocorreu a domesticação de

(4)

E

XEMPLOS DE

D

OMESTICAÇÃO

 O início da domesticação de animais para gado

marcou o momento em que as sociedades

hominídeas deixaram sua estrutura de caça para uma onde sempre houvesse a disponibilidade de alimento

 Nas regiões da Ukrania são encontrados indícios

dos primeiros Cavalos domesticados para transporte e alimentação

 As galinhas foram domesticada a partir da

galinha selvagem na Tailândia e regiões adjacentes

 Na China também são traçados remanescentes

de bichos-da-seda domesticados, em datas tão distantes quanto 2500 AC

(5)

E

VEIO

L

INNAEUS

...

 Em 1758, Linnaeus nomeou mais de 4000

espécies, incluindo os animais domésticos atuais

 Se ele era familiar com tanto a forma doméstica

quanto a selvagem de um animal, e os mesmos fossem similares, eles recebiam o mesmo nome. Caso ele não conhecesse a forma selvagem

daqueles animais, apenas a doméstica era nomeada

 Surgiu o conceito da sub-espécie, pois muitas

formas domésticas dos animais eram cruzáveis com suas formas selvagens, produzindo crias viáveis e férteis.Ex: Suínos, Cães, Galinhas

(6)

M

OTIVOS PARA A

D

OMESTICAÇÃO

 Existem diversos motivos do porque a criação em

cativeiro é realizada

 Com objetivo de Domesticação

 Obtenção do Produto de Animais(Carne, Leite, Lã...)  Companhia

 Estudos Científicos  Usos Recreativos

 Com Objetivo de Conservação  Preservação da Espécie

 Libertar na Natureza  Exposição Pública

 Educação  Prazer

(7)

U

MA RELAÇÃO DE

S

IMBIOSE

 A domesticação animal tem sido colocada como

uma forma de simbiose, um dar-e-receber entre homens e animais.

 O homem, o domesticador, se beneficia de

produtos e serviços de um animal sob seu cuidado

 E o animal, o domesticado, se beneficia de

cuidados e proteção fornecidos pelo homem

 Nas sociedades modernas atuais, conforme a

população cresce e as áreas para agricultura

diminuem, as pessoas necessitam se tornar mais eficientes em utilizar animais selvagens e

domésticos, assim como plantas, já existentes na região. Ex: Boi Almiscarado nos EUA, Elande na África e na Rússia e a Capivara no Brasil

(8)
(9)

D

EFININDO A

D

OMESTICAÇÃO

 A domesticação possui diferentes definições. Uma

destas melhor aceita é:

“A domesticação é um processo onde os animais cativos se adaptam ao homem e ao

ambiente em que esse fornece”

 Como domesticação implica em mudanças, se

espera que o fenótipo do animal seja distinto de sua contra-parte selvagem

 A adaptação ao ambiente fornecido é alcançado

através de mudanças genéticas, de estímulos ambientais e de experiências durante a vida do animal ao longo de gerações

(10)

D

EFININDO A

D

OMESTICAÇÃO

 Darwin acreditava que a domesticação é mais do

que apenas domar, e que inclui a reprodução do animal em cativeiro, é centrada em um objetivo, pode ocorrer sem o esforço consciente do homem, aumenta a fecundidade, pode trazer atrofia de certos orgãos, permite o animal adquirir maior plasticidade, e é facilitada pela subjugação ao homem, o domesticador

 Outras definições definem a domesticação como

uma condição onde a reprodução, tratamento e alimentação dos animais é em alguma parte controlada pelo homem

(11)

P

-A

DAPTAÇÕES À

D

OMESTICAÇÃO

 Algumas espécies se adaptam rapidamente a vida

em cativeiro. Outras não.

 O primeiro pré-requisito da domesticação, é que

haja uma necessidade ou interesse, por parte do domesticador(o homem) que só possa ser satisfeita controlando, protegendo, e reproduzindo uma certa população de animais

 É reconhecido que nenhuma domesticação animal

associada primariamente à produção de comida foi feita nas regiões dos trópicos: A galinha e o Peru foram

originalmente domesticados por motivos religiosos, e o búfalo de rio para carga. É provável que o gato e o ferret foram domesticados para proteger o estoque de grãos de roedores.

(12)

P

-A

DAPTAÇÕES À

D

OMESTICAÇÃO

 Outras espécies foram domesticada para comida,

roupas, trabalho, transporte, adornos, ou ofertas para sacrifícios

 Em contraste, o valor de domesticação de alguns

animais selvagens foram amplamente ignorados, ou, se reconhecidos, barreiras sociais e tecnológicas impediram sua domesticação.

 O Quagga, um animal pequeno similar à um cavalo, da

África Central e do Sul, foi caçado até sua extinção pois era tratado como peste pelos fazendeiros Ingleses e

Holandeses, apesar de sua docilidade, capacidade de doma, resistência, e resistência a doenças endêmicas da região que afetaram cavalos importados da Europa

(13)

P

-A

DAPTAÇÕES À

D

OMESTICAÇÃO

 Desenvolvimento de Plasticidade

 O grau que uma população de animais selvagens é

pré-adaptada para domesticação, depende do grau de

plasticidade da espécie, e a extensão o qual o ambiente cativo permite o desenvolvimento e expressão de

comportamentos típicos compatíveis com o de animais em rebanho

 Assim como existe diferenças geográficas nos

ambientes de populações de animais livres, também existe em diferentes ambientes de cativeiro

Logo, o grau de pré-adaptação de uma espécie é

dependente da capacidade dos membros daquela espécie se adaptarem através de processos de

desenvolvimento e evolução à uma variedade de ambientes e de condições de criação

(14)

P

-A

DAPTAÇÕES À

D

OMESTICAÇÃO

 Poucas espécies domesticadas

 O homem domesticou relativamente poucas espécies

animais, tenha sido por escolha, ou por impossibilidade de atender os requisitos para sua reprodução

 Hammer(1988) realizou uma pesquisa comparando

corças(Capreolus capreolus), Gamo(Dama dama), Sika

Deer(Cervus nippon), Veado Vermelho(Cervus elaphus) e o Alce(Alces alces). Através de diversos critérios de avaliação, o Gama se mostrou o melhor adaptado, enquanto o Alce e as Corças demonstraram os piores. Entretanto, o Gama

apresentava um sério problema. Sua tendência ao pânico quando assustados.

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(16)

Características Favoráveis Características Desfavoráveis Estrutura Social da População

Hierarquia Territorialismo

Grandes grupos sociais gregários Grupos Familiares Importantes

Machos associados com o grupo social Machos vivendo em diferentes grupos sociais

Comportamento Agressivo dentro e fora da espécie

Não Agressivos Naturalmente Agressivos

Comportamento Sexual

Acasalamento Promíscuo Formam Pares antes do Acasalamento

Machos dominam Fêmeas Fêmeas dominam machos/Machos se sujeitam as fêmeas

Machos Iniciam Fêmeas Iniciam

Sinais Sexuais marcados por movimentos e posturas Sinais Sexuais marcados por cor, marcas ou morfologia

Comportamento Parental

Jovens Precoces Desenvolvimento Altricial

Jovens separados facilmente dos Pais Longos períodos de cuidados parentais

Resposta ao Homem

Domável/Rapidamente Habituado Dificuldade de Doma

Pequena distância de fuga ao homem Longas distâncias de fuga ao homem

Não agressivos perante ao Homem Agressivos perante ao homem

Facilmente Controlável Difícil de controlar

Pode Solicitar Atenção Independente/Evita Atenção

Temperamento

Sensibilidade limitada à mudanças no ambiente Altamente sensível à mudanças no ambiente

Atividade Locomotora e escolha de habitat

Agilidade Limitada Mutio Ágeis/Difícil de conter ou prender

Pequenas áreas para habitar Requere grandes áreas para habitar

Pequena tolerância ambiental

Não procura abrigos Procura Abrigos

Comportamento Alimentar

(17)

P

-A

DAPTAÇÕES DO

G

ATO

 O gato doméstico é uma das espécies que curiosamente

não possui importantes pré-adaptações, e que ainda assim foram domesticados

 A grande maioria dos indivíduos são territorialistas, e não

são bem adaptados a viverem em grandes grupos

 Quando em companhia de humanos podem ser

relativamente apáticos

 Provavelmente a domesticação dos gatos por parte dos

Egípcios ocorreu devido a eventos culturais no

desenvolvimento humano e provavelmente devido a necessidade no Égito

(18)

D

OMESTICAÇÃO DO

L

OBO

 Dificilmente os ancestrais do cão tenham sido

capturados, domados, e selecionados a partir do início.

 Lobos são muito difíceis de conter, não são bons

animais de estimação quando domados, e

possuiriam muito pouco valor para as pessoas vivendo no período mesolítico

 Provavelmente os ancestrais do cão começaram a

interagir com os acampamentos humanos como carniceiros, comendo comidas descartadas e

(19)

D

OMESTICAÇÃO DO

L

OBO

 Os indivíduos naturalmente mais domáveis,

provavelmente eram os que arriscavam mais

proximidade dos humanos, e eram mais eficientes reprodutivamente e tendiam a se reproduzir com outros indivíduos próximos aos acampamentos

 Com o tempo, a população desses “lobos de vila”, que

por seleção natural para doma se tornaram melhor adaptados a viver simbioticamente com os humanos, começou a surgir em diferentes partes do mundo

 Alguns desses ancestrais começaram a ser nutridos, e

receber atenção especial por suas diferentes

colorações, companheirismo, habilidade de caça,

proteção, etc, sem nenhuma intenção de domesticação a longo termo por parte do homem

(20)

D

OMESTICAÇÃO DO

L

OBO

 Em tempos mais recentes, uma seleção artificial

sistemática para caracteres específicos no

fenótipo começou a ser aplicada, resultando em populações únicas relativamente domadas, e morfologicamente distintas de cães.

 O processo de transformação de “lobos de vila”

para “cães de vila” foi muito gradual, não

havendo um ponto único de quando ocorreu a diferenciação

(21)

A

DAPTAÇÕES AO

A

MBIENTE

B

IOLÓGICO

 Comendo e Bebendo

 Na natureza, os animais passam a maior parte do

tempo procurando comida e bebida para sua

sobrevivência, fazendo suas próprias escolhas de sua dieta

 Quando em cativeiro, os animais são totalmente

dependentes do homem para fornecer a dieta apropriada e os nutrientes necessários

(22)

A

DAPTAÇÕES AO

A

MBIENTE

B

IOLÓGICO

 Predação

 Na natureza, muitas espécies de animais podem ser

presas de mais de um animal, sendo mais severa nos membros mais debilitados da população

 Animais em cativeiro são muito protegidos de

predadores naturais através das cercas e grades os cercando.

 Entretanto, animais domésticos livres ainda podem

sofrer grande predação

 Apesar da ausência de predadores naturais, existe

um tipo de predação artificial atuando. O homem irá abater os animais, exercendo uma espécie de

(23)

A

DAPTAÇÕES AO

A

MBIENTE

B

IOLÓGICO

 Agentes Infecciosos e Doenças

 Na natureza a incidência de doenças e seu contagio

será variada de acordo com a população de animais. A densidade, migração e nutrição dos animais são todos fatores que irão afetar a incidência e contágio.

 Quando um animal fica doente, ele se torna

dependente de suas defesas naturais para se defender

 Como em cativeiro a densidade dos animais naquele

ambiente é muito maior, isso facilita o contágio das doenças

 Porém muitas dessas podem ser prevenidas com uma

(24)

A

DAPTAÇÕES AO

A

MBIENTE

B

IOLÓGICO

 Interação com humanos

 Na natureza os animais apresentam pouco ou

nenhum contato com o homem, logo, ao estarem em contato com estes, apresentam comportamento de fuga, agressão e medo.

 Em cativeiro o contato com humanos é importante e

um fator de mensuração da adaptabilidade ao

ambiente. Essa adaptabilidade a presença do homem é importante para poder facilitar o manuseio desses animais.

(25)

A

DAPTAÇÕES AO

A

MBIENTE

B

IOLÓGICO

 Ambiente Social

 A grande diferença entre animais em cativeiro e

animais na natureza é a redução no número de escolhas desse animal.

 Em cativeiro, o manejo da densidade e composição

populacional está sendo regulada pelo homem, sob o controle do mesmo. Na Natureza esses fatores são auto-reguladores, normalmente se fixando devido ao fluxo de animais saindo e imigrando para conjuntos populacionais

 Em cativeiro os animais são forçados a viver em

(26)

A

DAPTAÇÕES AO

A

MBIENTE

F

ÍSICO

 Clima  Abrigo  Espaço

(27)

R

EFERÊNCIAS

 Animal Domestication and Behavior  Edward O. Price

Referências

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