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HERBERT DE ABREU CAVALCANTI

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Academic year: 2021

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HERBERT DE ABREU CAVALCANTI

ESTUDO HISTOLÓGICO COMPARATIVO EM RATOS DOS

EFEITOS DA APLICAÇÃO TÓPICA DAS SOLUCÕES

ANESTÉSICAS DE MEPISV 3%® E MEPIADRE 100® SOBRE O

PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR

Marília – SP

2008

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HERBERT DE ABREU CAVALCANTI

ESTUDO HISTOLÓGICO COMPARATIVO EM RATOS DOS

EFEITOS DA APLICAÇÃO TÓPICA DAS SOLUCÕES

ANESTÉSICAS DE MEPISV 3%® E MEPIADRE 100® SOBRE O

PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR

Dissertação apresentada à Universidade de Marília (UNIMAR), Faculdade de Ciências da Saúde, para obtenção do Título de Mestre em Clínica Odontológica, Área de concentração em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial.

Orientador

Prof. Dr. Luiz Alberto Milanezi Co-Orientador

Prof. Dr. Tetuo Okamoto

Marília – SP

2008

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Universidade de Marília – UNIMAR

Reitor: Dr. Marcio Mesquita Serva

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

Pró-Reitora: Profa. Dra. Suely Fadul Villibor Flory

Faculdade de Ciências da Saúde

Diretor: Prof. Dr. Amando Castello Branco Júnior

Programa de Pós-Graduação em Clínica Odontológica

Área de Concentração em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial

Orientador: Prof. Dr. Luiz Alberto Milanezi Co-orientador: Prof. Dr. Tetuo Okamoto

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UNIMAR – UNIVERSIDADE DE MARÍLIA

NOTAS DA BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO

HERBERT DE ABREU CAVALCANTI

TÍTULO: “ESTUDO HISTOLÓGICO COMPARATIVO EM RATOS DOS EFEITOS DA APLICAÇÃO TÓPICA DAS SOLUCÕES ANESTÉSICAS DE MEPISV 3%® E MEPIADRE 100® SOBRE O PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR”

Data da Defesa: 07/04/2008.

Banca Examinadora

Prof. Dr. Luiz Alberto Milanezi

Avaliação:________________________________Assinatura:______________

Prof. Dra. Alessandra Marcondes Aaranega

Avaliação:________________________________Assinatura:______________

Prof. Dra. Denise Pedrini Ostini

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais Célio Steves de

Souza Cavalcanti e Mara Lúcia de Abreu, a quem devo

minha formação moral e profissional. Obrigado pelo

carinho, dedicação, paciência, incentivo e apoio

constantes neste momento tão importante de minha

vida.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por me iluminar neste período da minha vida que tanto precisei de sua proteção, principalmente nas inúmeras viagens que tive que fazer.

Ao Prof. Dr. Luiz Alberto Milanezi por ter me aceitado como orientado, confiado em minha capacidade e responsabilidade, pois sem isso ficaria muito difícil concretizar mais esse sonho.

Ao Prof. Dr. Tetuo Okamoto por dividir seu grande conhecimento científico comigo, pela avaliação histológica deste estudo e ter acreditado na minha capacidade.

A meus irmãos Celina de Abreu Cavalcanti e Filipe de Abreu Cavalcanti pelo apoio e paciência com todas as situações e dificuldades vividas neste período.

A minha querida namorada Lizia Severo, que com muito amor e dedicação suportou minha ausência em momentos importantes devido as inúmeras viagens para Marília e pelo companheirismo em todas as dificuldades vividas neste período do mestrado.

Ao meu amigo irmão Arthur Philipe Mayer Nunes, pelo companheirismo, confiança, força e cumplicidade que demonstrou durante todo esse período de curso, e amizade verdadeira que demonstrou a todo o momento, principalmente nas “funções e pescarias”.

Aos meus amigos do mestrado Moita, Rujú, Rosa, Francis e Fernando os quais se fizeram presentes em todas as alegrias e

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dificuldades do processo e que hoje se tornaram verdadeiros amigos para a vida toda.

Ao Dr. Everton Floriano Pancini, meu mestre e amigo de todas as horas, a quem devo grande parte de meus conhecimentos cirúrgicos em cirurgia Buco-maxilo-facial e formação moral. Além de ter confiado muito no meu potencial pessoal e profissional.

Ao Dr. Arnóbio Luiz de Lima Nunes, COLORADO convicto e meu chefe, a quem devo minha formação profissional e pessoal, me ensinou que o caminho correto é o da responsabilidade e do caráter, sendo a peça chave no início de minha jornada profissional. Além de ser meu companheiro de pescaria juntamente com seu filho o PIPA.

Aos meus amigos Dudu, Gian, Rabuja e Polaco que contribuíram muito na parte sócio-cultural da minha vida no período do mestrado.

Ao Dr. Frederico com quem tive o prazer de dividir muitas horas cirúrgicas e a quem devo muito por ser um profissional que fez muito pela especialidade e por mim.

A compreensão dos meus amigos e colegas de trabalho do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Santa Casa de Campo Grande, que entenderam muitas vezes minha ausência e se fizeram presentes por mim.

Aos meus avôs Hélio e Célia (in memorian) para que intercedam pela nossa família e que eu sei que gostariam muito de estar aqui neste momento da minha vida.

Aos meus avôs Silvio e Alice que sempre foram meu exemplo de vida e sucesso.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE ABREVIATURAS

1. INTRODUÇÃO ... 01

2. REVISÃO DE LITERATURA ... 04

2.1. Processo de reparo alveolar ... 04

2.2. Mepivacaína ... 09 2.3. Vasoconstritores ... 11 3. PROPOSIÇÃO ...14 4. MATERIAIS E MÉTODO ...15 5. RESULTADOS ... 22 5.1. 3 Dias ... 22 5.2. 7 Dias ... 30 5.3. 15 Dias ... 37 5.4. 24 Dias ... 44 6. DISCUSSÃO ... 51 7. CONCLUSÕES ... 58 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 59 RESUMO ... 70 ABSTRACT ... 71 ANEXOS ... I Anexo I ... I Anexo II ...II

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LISTA DE FIGURAS

Fig. 01-

Embalagem comercial da MEPISV 3%® ...16

Fig. 02- Embalagem Comercial da MEPIADRE 100® ...16

Fig. 03-

Sindesmótomo em posição para fim de luxação do dente ...17

Fig. 04-

Sindesmótomo em posição após a luxação do dente ...18

Fig. 05-

Fórceps em posição para fim de exodontia do incisivo ...18

Fig. 06-

Fórceps com o dente após a exodontia ...19

Fig. 07-

Alvéolo dental após a exodontia do incisivo ...19

Fig. 08- Gaze embebida em soro fisiológico sobre a ferida cirúrgica ...20

Fig. 09-

Sutura da mucosa da ferida cirúrgica com fio de seda ...20

Fig.10 -

Grupo I (Controle) 3 dias. Epitélio da mucosa gengival mostrando discreta proliferação a partir do tecido pré-existente. HE, original 160x ...22

Fig. 11-

Grupo I (Controle) 3 dias. Terço cervical do alvéolo mostrando ligamento periodontal remanescente com alguns fibroblastos, macrófagos e linfócitos. HE, original 160x ...23

Fig.12 -

Grupo I (Controle) 3 dias. Terço médio do alvéolo evidenciando a proliferação de alguns fibroblastos e capilares adjacentes ao ligamento periodontal adjacente. HE, original 160x ...24

Fig.13 -

Grupo II (MEPISV 3%®) 3 dias. Mostrando a ausência de proliferação do epitélio da mucosa gengival. HE, original 160x ...24

Fig.14 -

Grupo II (MEPISV 3%®) 3 dias. Junto à abertura do alvéolo mostrando áreas com polimorfonucleares neutrófilos, linfócitos e macrófagos.HE,original 160x ...25

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fibroblastos no remanescente do ligamento periodontal. HE, original 160x ...26

Fig.16 -

Grupo II (MEPISV 3%®) 3 dias. Terço médio do alvéolo evidenciando a proliferação de fibroblastos e capilares. HE, original 160x ...26

Fig.17 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 3 dias. Epitélio remanescente mostrando ausência de proliferação.HE, original 160x ...27

Fig.18 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 3 dias. Junto à abertura do alvéolo mostrando extensas áreas ocupadas por polimorfonucleares neutrófilos. HE, original 160x ...27

Fig.19 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 3 dias. Terço cervical do alvéolo mostrando raros fibroblastos e pequeno número de linfócitos e macrófagos. HE, original 160x ...28

Fig.20 -

Grupo III (MEPIADRE 100®). 3 dias. Terço cervical do alvéolo mostrando macrófagos e linfócitos em número moderado. HE, original 160x ...29

Fig.21 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 3 dias. Terço médio do alvéolo alguns fibroblastos invadindo o coágulo sangüíneo. HE, original 160x ....29

Fig.22 -

Grupo I (Controle). 7 dias. Epitélio pouco diferenciado recobrindo o alvéolo dental. HE, original 160x ...30

Fig.23 -

Grupo I (Controle) 7 dias. Terço cervical do alvéolo mostrando pequenas espículas ósseas neoformadas com osteoblastos em suas bordas. HE, original 63x ...31

Fig.24 -

Grupo I (Controle) 7 dias. Terço médio do alvéolo mostrando trabéculas ósseas neoformadas. HE, original 63x ...31

Fig.25 -

Grupo II (MEPISV 3%®) 7 dias. Epitélio da mucosa gengival pouco diferenciado. HE, original 160x ...32

Fig.26 -

Grupo II (MEPISV 3%®) 7 dias. Terço cervical do alvéolo com elevado número de fibroblastos e alguns macrófagos e linfócitos. HE, original 160x ...33

Fig.27 -

Grupo II (MEPISV 3%®) 7 dias. Terço médio do alvéolo com trabéculas ósseas delgadas com osteoblastos em suas bordas. HE,

(11)

original 63x ...33

Fig.28 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 7 dias. Epitélio da mucosa gengival com discreta proliferação e tecido conjuntivo subjacente com alguns linfócitos e macrófagos. HE, original 160x ...34

Fig.29 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 7 dias. Evidenciando numerosos polimorfonucleares neutrófilos junto à abertura do alvéolo. HE, original 160x ...35

Fig.30 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 7 dias. Terço cervical do alvéolo com tecido conjuntivo pouco organizado com alguns fibroblastos e numerosos macrófagos e linfócitos. HE, original 160x ...35

Fig.31 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 7 dias. Terço médio do alvéolo com pequenas trabéculas ósseas isoladas. HE, original 160x ...36

Fig.32 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 7 dias. Terço cervical do alvéolo evidenciando reabsorção da parede óssea alveolar com presença de células multinucleadas. HE, original 160x ...37

Fig.33 -

Grupo I (Controle) 15 dias. Epitélio da mucosa gengival recobrindo o alvéolo dental. HE, original 160x ...38

Fig.34 -

Grupo I (Controle) 15 dias. Terço cervical do alvéolo dental mostrando delgadas trabéculas ósseas neoformadas. HE, original 63x ...38

Fig.35 -

Grupo I (Controle) 15 dias. Terço médio do alvéolo com trabéculas ósseas mais desenvolvidas. HE, original 63x ...39

Fig.36 -

Grupo II (MEPISV 3%®) 15 dias. Epitélio da mucoso pouco diferenciado recobrindo o alvéolo dental. HE, original 160x ...40

Fig.37 -

Grupo II (MEPISV 3%®) 15 dias. Terço cervical do alvéolo ocupado parcialmente por tecido ósseo neoformado. HE, original 63x ...40

Fig.38 -

Grupo II (MEPISV 3%®) 15 dias. Terço médio do alvéolo ocupado por trabéculas ósseas mais desenvolvidas. HE, original 63x ...41

Fig.39 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 15 dias. Epitélio da mucosa gengival pouco diferenciado recobrindo parcialmente o alvéolo dental. HE, original 160x ...42

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Fig.40 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 15 dias. Terço cervical junto à abertura do alvéolo com intenso infiltrado inflamatório com linfócitos, macrófagos e polimorfonucleares neutrófilos. HE, original 160x ...42

Fig.41 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 15 dias. Terço cervical do alvéolo mostrando algumas trabéculas ósseas neoformadas. HE, original 63x ...43

Fig.42 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 15 dias. Terço médio do alvéolo com trabéculas ósseas delgadas .e grande quantidade de tecido conjuntivo sem diferenciação óssea HE, original 63x ...44

Fig.43 -

Grupo I (Controle) 24 dias. Epitélio da mucosa gengival bem diferenciado recobrindo o alvéolo dental. HE, original 160x ...45

Fig.44 -

Grupo I (Controle) 24 dias. Terço cervical do alvéolo com trabéculas regulares e tecido conjuntivo sem diferenciação óssea. HE, original 63x ...45

Fig.45 -

Grupo I (Controle) 24 dias. Terço médio do alvéolo mostrando trabéculas ósseas bem desenvolvidas. HE, original 63x ...46

Fig.46 -

Grupo II (MEPISV 3%®) 24 dias. Epitélio da mucosa gengival bem desenvolvido recobrindo o alvéolo dental. HE, original 160x ...47

Fig.47 -

Grupo II (MEPISV 3%®) 24 dias. Terço cervical do alvéolo dental com trabéculas ósseas delgadas e irregulares. HE, original 63x ...47

Fig.48 -

Grupo II (MEPISV 3%®) 24 dias. Terço médio do alvéolo com trabéculas ósseas ao lado de tecido conjuntivo sem diferenciação óssea. HE, original 63x ...48

Fig.49 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 24 dias. Epitélio da mucosa gengival pouco diferenciado recobrindo o alvéolo dental. HE, original 160x ...49

Fig.50 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 24 dias. Terço cervical do alvéolo com trabéculas ósseas geralmente isoladas. HE, original 63x ...49

Fig.51 -

Grupo III (MEPIADRE 100®) 24 dias. Terço médio do alvéolo com trabéculas ósseas delgadas e inúmeras áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea. HE, original 63x ...50

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LISTA DE ABREVIATURAS

1) PVP- I – Polivinilpirrolidona-Iodada 2) HE – Hematoxilina e Eosina

3) EDTA – Ácido Etilenodiaminotetracético 4) ml – Mililitros

5) ® – Marca Registrada 6) mg – Miligramas 7) g – Gramas

9) pKa – Constante de Dissociação 10) LTDA – Limitada

11) RJ – Rio de Janeiro 12) SP – São Paulo 13) MG – Minas Gerais 14) PR – Paraná

15) (numeral) X – Quantidade de vezes 16) N° - Número

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1 INTRODUÇÃO

Nestas últimas décadas, tem sido muito estudado, a ação farmacológica dos anestésicos de uso local em áreas limitadas de tecido. Isto possibilita o conhecimento fundamentado da sua importância, cuja finalidade principal é anestesiar com base na própria natureza da solução anestésica local.

Os cirurgiões-dentistas tem conhecimento quando da escolha de uma solução anestésica, da sua composição, dirigida de acordo com o estado geral, local e psíquico do paciente. Soma-se, também, a necessidade do tempo, do tipo e da extensão da intervenção (SANTOS PINTO; SAAD NETO, 2003).

A literatura específica tem demonstrado que as soluções anestésicas podem interferir na cronologia do processo de reparo alveolar em ratos, antes e após exodontia, quando colocado em contato com a mucosa gengival, ligamento periodontal, parede óssea alveolar e coágulo sangüíneo (GARBIN JUNIOR, 2001; VERONESE et al., 2005, PELISSARO, 2006). Cabe ressaltar que este contato, e na maioria das vezes decorrente de técnicas anestésicas como as terminais infiltrativas com complementações perialveolares (MALAMED, 1993; LIMA, 1996; VERONESE at al., 2005). Outras vezes, o cirurgião-dentista aproveita a ação do vasoconstritor para diminuir hemorragias alveolares com o emprego do anestésico infiltrado no interior do alvéolo, na mucosa gengival, ou quando da compressão da área cirúrgica com gaze embebida no mesmo (SAAD NETO et al., 1985; AUR JÚNIOR et al., 2005; VANCETTO et al., 2005; BARION et al., 2005; PELISSARO, 2006).

Os trabalhos dos autores acima citados, bem como os de Saad Neto et al. (1982), Ponzoni et al. (2003) e Garbin Júnior (2001) possibilitaram de forma sustentada o conhecimento das ações das soluções anestésicas locais

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utilizadas, suas reais implicações com base nos eventos teciduais ocorridos e consequentemente do processo do reparo alveolar sob influência das mesmas. Saad Neto et al. (1982) avaliaram o processo de reparo alveolar em ratos que tiveram os alvéolos dentários irrigados com soluções de anestésicos locais Xilocaína a 2% sem vasoconstritor, Xilocaína a 2% com noroepinefrina e Citanest a 3% com octapressin. Também Saad Neto et al. (1985) analisaram a influência dos anestésicos Xilocaina®, Lidocaína®, Citanest®, Novocol 100® e Propacaine® no processo de reparo alveolar em ratos após anestesia terminal infiltrativa acrescida da irrigação intra-alveolar.

Ponzoni et al. (2003) avaliou a influência da solução anestésica local contendo mepivacaína (Scandicaíne 2%®) no processo de reparo em ratos nas feridas de extração dental, após infiltração na mucosa gengival e irrigação intra-alveolar.

Garbin Júnior (2001) analisou a influência da solução anestésica contendo 4% de articaína associada a 1: 200.000 de adrenalina (Septanest®) no processo de reparo alveolar, quando infiltrada na mucosa bucal de ratos, seguida ou não de irrigação alveolar com esse anestésico.

Veronese et al. (2005) estudou a influência de soluções anestésicas contendo articaína 4% associada à adrenalina 1: 100.000 (Articaíne 100®) no processo de reparo de feridas de extração dental em ratos, após anestesia intra-ligamentar e irrigação intra-alveolar.

Aur Junior et al. (2005) analisou histologicamente o processo de reparo alveolar em ratos após exodontia e pressão com compressa de gaze embebida em solução anestésica de Novocol 100®.

Vancetto et al. (2006) e Barion et al. (2005) avaliaram histológica e histométricamente os efeitos da aplicação tópica dos anestésicos Novocol 100® e Articaíne 100® sobre o processo de reparo alveolar em ratos.

Pelissaro (2006) fez uma avaliação histológica comparativa dos efeitos de dois métodos de utilização da solução anestésica Articaine 100® sobre o processo de reparo alveolar em ratos, ou seja, após infiltração na mucosa bucal seguida ou não de tamponamento da ferida cirúrgica com gaze embebida no mesmo anestésico.

Considerando os trabalhos acima citados e até o momento pequena quantidade de projetos envolvendo a solução anestésica composta por

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cloridrato de mepivacaína e o processo de reparo alveolar, parece-nos de interesse o desenvolvimento de um estudo onde os eventos teciduais pudessem ser avaliados sob o ponto de vista histológico utilizando esta solução.

Com este estudo acredita-se que estaremos colaborando com a literatura específica que trata do poder irritante dos anestésicos aos tecidos da ferida pós-cirúrgica, consequentemente, dos eventos teciduais responsáveis pela reparação óssea alveolar.

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2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 – Reparo alveolar

O processo de reparo em feridas de extração dental é definido como um conjunto de reações teciduais desencadeadas no interior do alvéolo logo após a exodontia. O organismo tem como objetivo, frente ao traumatismo após a extração dental, preencher com tecido ósseo o espaço deixado no alvéolo (CARVALHO; OKAMOTO, 1987).

O primeiro autor a descrever o processo de reparo em alvéolos dentais foi Euller (1923) que através de uma avaliação radiográfica e histológica das alterações ocorridas em feridas de extração dental em cães.

Desde então, diversos autores vêm desenvolvendo estudos desse processo em ratos (PIETROKOVSKI, 1967), em macacos (SIMPSON, 1969; PIETROKOVSKI; MASSLER, 1971), em porcos (JOHANSEN; GILHUUS-MOE, 1969) e também em humanos (AMLER et al., 1960; AMLER, 1977), a fim de definir cronologicamente as reações teciduais ocorridas no interior do alvéolo após a extração dental, desde seu preenchimento por sangue até sua completa reparação óssea, definindo o processo de reparo alveolar (PADOVAN, 2002).

A fim de facilitar a compreensão dos eventos que ocorrem no interior do alvéolo de ratos, após a extração dental, Carvalho e Okamoto (1987) descreveram, didaticamente, quatro fases que ocorrem dinâmica e simultaneamente:

1ª Fase - proliferação celular - representada pela invasão do coágulo sanguíneo por células inflamatórias e por fibroblastos, originados por mitose ou diferenciação de células adventícias presentes nos remanescentes do ligamento periodontal. Ao mesmo tempo, células endoteliais dão origem a novos capilares;

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2ª Fase - desenvolvimento do tecido conjuntivo - inicia-se com a presença de uma grande quantidade de capilares neoformados e células, principalmente fibroblastos, responsáveis pela síntese de fibras colágenas e substância fundamental amorfa;

3ª Fase - maturação do tecido conjuntivo - que ocorre à medida que aumenta a quantidade de fibras colágenas e diminui o número de células e vasos sanguíneos;

4ª Fase - diferenciação óssea ou mineralização - onde as células osteoprogenitoras, localizadas nas proximidades das paredes alveolares, originam os osteoblastos que depositam matriz orgânica a partir do fundo do alvéolo, formando um tecido osteóide. Posteriormente observa-se a deposição de cristais de hidroxiapatita, calcificando esse tecido e originando as primeiras trabéculas ósseas.

Ainda de acordo com esses autores, a reparação alveolar será considerada completa quando o alvéolo estiver preenchido por tecido ósseo neoformado e a crista alveolar remodelada, havendo, assim, um equilíbrio dinâmico osteoclástico-osteoblástico onde o novo osso encontra-se em condições de suportar os estímulos mastigatórios. Isto pode ser observado em ratos por volta do 21° dia após a exodontia (CARVALHO et al., 1980; OKAMOTO; RUSSO, 1973), em cão, no 48° dia (SANTOS PINTO, 1964; HUEBSCH; HANSEN, 1969) e no homem após o 64° dia (AMLER, 1969; GREGORI; SANTOS PINTO, 1978; RODRIGUES; CARVALHO, 1983; CARVALHO; OKAMOTO, 1987).

Simpson (1969) relata que em um mesmo alvéolo dental podem ser observados diferentes graus de maturação do tecido ósseo. Neste mesmo estudo, o autor demonstra que os remanescentes do ligamento periodontal aderidos às paredes alveolares não participariam da formação do tecido de granulação, no início do processo de reparo, e que este surgiria do tecido conjuntivo intertrabecular da parede alveolar. Salienta ainda que a organização e progressão dos fibroblastos e vasos capilares podem ser vista no mesmo nível de maturação, ainda que na ausência desses remanescentes celulares do ligamento.

Todavia, análises histológicas, histoquímicas e imuno-histoquímicas realizadas por Johansen (1970), Okamoto e Russo (1973), Carvalho et al.

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(1980) e Lin et al. (1994) demonstraram, claramente, que os restos do ligamento periodontal têm grande importância na formação do tecido conjuntivo intra-alveolar, capazes de promover a angiogênese local através da proliferação de células endoteliais, facilitando sua vascularização e nutrição.

O mecanismo responsável pela proliferação e migração dos fibroblastos do ligamento periodontal, bem como sua diferenciação no processo de reparo alveolar ainda não é bem elucidado. Matsuda et al. (1992) demonstraram “in vitro”, a quimiotaxia de fibroblastos e a mitogênese promovida por fatores de crescimento contidos e secretados pelas plaquetas do interior do coágulo sanguíneo formado logo após uma exodontia.

Para o desenvolvimento e maturação do tecido conjuntivo neoformado é necessária à deposição de colágeno. Devlin et al. em 1995 evidenciaram nesse processo principalmente os colágenos do tipo I, II, III e V. Esse mecanismo é de extrema importância uma vez que a formação óssea depende da deposição de cristais de hidroxiapatita ao longo das fibras colágenas na matriz de proteoglicanas, iniciando a confecção de um tecido osteóide. Posteriormente, com a calcificação desse tecido, são constituídas as trabéculas ósseas.

Tanto o processo de mineralização quanto a formação do tecido de granulação no alvéolo dental são concêntricos, ou seja, a partir do fundo e das proximidades das paredes alveolares em direção ao centro (OKAMOTO; RUSSO, 1973; CARVALHO; OKAMOTO, 1987), e essencialmente semelhante ao que ocorre nos demais tecidos calcificados normais ou patológicos do organismo (SELA; BAB, 1979).

É interessante ressaltar que o alvéolo dental diferencia-se de outras cavidades ósseas, por ser uma cavidade revestida por tecido conjuntivo, representado pelo ligamento periodontal e que, quando em contato com outros materiais, responde, na maioria das vezes, de maneira desfavorável, fato que não acontece em outras regiões ósseas do organismo (SAAD NETO et al., 1975).

Portanto, substâncias estranhas ou irritantes no interior do alvéolo ocasionam desorganização do coágulo e/ou irritação dos remanescentes do ligamento periodontal, gerando retardo na cronologia normal do processo de reparo dessa região. Comprovando essa teoria, Okamoto et al. em 1994, observaram que a remoção do coágulo sanguíneo em feridas de extração

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dental promove profundo atraso do reparo alveolar em ratos. Em 1999, Amler concluiu que a alveolite pode ser instalada com a desorganização desse coágulo sanguíneo.

Fatores relacionados à técnica cirúrgica também podem contribuir para atrasar o processo de reparo alveolar. A permanência no interior do alvéolo de fragmentos ósseos fraturados e sem irrigação (SIMPSON, 1960), crista óssea alveolar fraturada (MAGALHÃES et al., 1982), restos radiculares ou lesões periapicais (NICODEMO et al., 1972), fragmentos de esmalte, dentina ou cemento (SIMPSON, 1969; CARDILLI, 1977; CARVALHO; OKAMOTO, 1978; CARVALHO, 1984), retardam de maneira significativa o processo de reparação dessa região, funcionando como corpo estranho.

Os implantes intra-alveolares usados com finalidade de prevenção da perda óssea ocasionada após a extração dental também, de um modo geral, atrasam a cronologia da reparação alveolar. Primeiro por não serem totalmente bioinertes e, segundo, por não produzirem o efeito osteogênico desejado.

Dentre os materiais já estudados na literatura, podemos citar o osso inorgânico (SANCHES et al., 1972), osso sintético (CARVALHO et al., 1972), Boplant (OKAMOTO et al., 1974), Gesso de Paris (VICTOR et al., 1975), hapset (NARY FILHO, 1994), hidroxiapatita (ROSA et al., 1995), cimento de ionômero de vidro (BRENTEGANI et al., 1996), matriz óssea desmineralizada, (GARCIA JÚNIOR, 1997), polietileno poroso (OKAMOTO et al., 1998) e matriz de esmalte dentário (MENDES, 2000), entre tantos outros.

Da mesma forma, os implantes intra-alveolares usados no intuito de controle da hemostasia loco-regional geram distúrbios no processo de reparo de feridas de extração dental. Entre eles, esponja de gelatina (SAAD NETO et al., 1975; NAZARI et al., 2005; SANT´ANNA, 2006), esponja de fibrina (OKAMOTO et al., 1994), tissucol (REZENDE; OKAMOTO, 1997; PADOVAN, 2002), esponja de colágeno (ALMEIDA JÚNIOR, 2004), etilcianocrilato (MARQUES, 1997) e colágeno microfibrilar (MAGRO-ÉRNICA et al., 2003), sendo a cera óssea (RODRIGUES; CARVALHO, 1983) uma das mais prejudiciais aos tecidos alveolares (PADOVAN, 2002), apesar de não haver estudos comparativos.

Até mesmo procedimentos trans-operatórios considerados inertes num primeiro momento, como a irrigação do alvéolo com solução de cloreto de

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sódio, quando realizada de maneira exagerada e repetidas vezes, atrasam o reparo alveolar (BIRN, 1973). Montero-Sanches, em 1998, estudou o efeito da irrigação alveolar com solução hipertônica e isotônica de cloreto de sódio e observou que o uso da solução hipertônica acentua as alterações de reparação alveolar, prejudicando esse processo.

Entretanto, nem todos os procedimentos cirúrgicos interferem negativamente no processo de reparo alveolar. Procedimentos pré-operatórios como realização de anti-sepsia intrabucal com solução de polivinilpirrolidona iodada a 10% (MAGRO FILHO et al., 1994) e de digluconato de clorexidina a 0,2% (MAGRO FILHO et al., 1996) mostraram não interferir na cronologia do processo de reparação do alvéolo dental.

Cabe ressaltar ainda que são poucos os relatos na literatura de fatores locais que possam acelerar o processo de reparo alveolar, como a estimulação ultra-sônica do alvéolo (SANTOS JÚNIOR; MELHADO, 1990) e o uso de plasma rico em plaquetas (WOJTWICZ et al., 2003; GIL et al., 2002).

Já o uso de substâncias não inertes para irrigação do alvéolo, como as soluções anestésicas locais, comprovadamente causam interferência na cronologia do processo de reparo alveolar. Dentre elas, o cloridrato de mepivacaína merece especial destaque por ser um anestésico muito utilizado no mercado nacional e, conseqüentemente, por possuir pouca literatura associada ao reparo alveolar (PONZONI et al., 2003).

Diante desse panorama, estudos recentes foram desenvolvidos, primeiramente por Garbin Júnior (2001) seguido de Veronese et al. (2005) e Vancetto et al. (2006) e Barion et al. (2005). Com base no resultado desses estudos, podemos concluir que a solução anestésica contendo articaína, tanto na concentração de 1:100.000 de adrenalina (Articaine 100®) quanto na de 1:200.000 (Septanest 1:200.000®), causa retardo no processo de reparo alveolar, notadamente quando usada em íntimo contato com o alvéolo sob forma de irrigação ou tamponamento, porém em menor grau quando comparada com outros anestésicos como a lidocaína (SAAD NETO et al., 1985).

Frente ao exposto, torna-se indispensável o conhecimento profundo das peculiaridades de uma determinada solução anestésica local antes de colocá-la

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em uso. Por ser escopo de nosso estudo, descreveremos a seguir algumas características importantes do cloridrato de mepivacaína.

2.2. Mepivacaína

Os anestésicos locais são fármacos amplamente utilizados em odontologia que bloqueiam reversivelmente a condução nervosa quando aplicados a uma região circunscrita do corpo, eliminando a sensibilidade dolorosa (NEIDLE; YAGIELA, 1991).

Hoje, o profissional adquire a solução anestésica pronta no comércio, acondicionada em tubetes contendo os seguintes componentes: o agente anestésico, o veículo, o vasoconstrior, o preservador do anestésico e do vasoconstritor, e eventualmente o anti-séptico (SANTOS PINTO; SAAD NETO, 1999).

A molécula de um agente anestésico local típico pode ser dividida em três partes: um grupo aromático, uma cadeia intermediária e um grupo terminal de amina secundária ou terciária. A porção intermediária serve como base adequada para classificação da maioria dos anestésicos locais em grupos – os ésteres e as amidas, que possuem diferenças significativas na alergenicidade e metabolismo (NEIDLE; YAGIELA, 1991).

A mepivacaína foi introduzida no mercado por A. F. Ekenstam em 1960. É quimicamente classificada como uma amida derivada da xilidina e do ácido N-metilpipecólico. Nesta forma, é uma base pouco solúvel em água e instável quando exposta ao ar, com pequeno ou nenhum valor clínico. Assim, o anestésico local mepivacaína, usado para infiltração, é armazenado como sal, o cloridrato de mepivacaína, muito solúvel em água e estável (MALAMED, 1993).

Na forma de sal hidrossolúvel, o anestésico local ao ser inoculado nos tecidos, pela ação alcalinizante do líquido extracelular, sofre decomposição deixando a base em liberdade. Porém, dependendo do pH do líquido extracelular, parte do agente anestésico pode existir na forma catiônica, ou seja, não dissociado. Somente a base livre é capaz de se difundir através da bainha do nervo. Assim, nem todo anestésico injetado penetrará no interior da

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célula nervosa, sendo que parte é absorvida pelo tecido conjuntivo e parte pelos vasos sanguíneos (SANTOS PINTO; SAAD NETO, 1999).

Quanto às suas propriedades físicas relacionadas às ações clínicas, a mepivacaína possui, segundo Malamed (1993), uma potência (capacidade do anestésico de atravessar a membrana nervosa) equivalente à lidocaína e superior à procaína, devido à sua boa lipossolubilidade. A constante de dissociação (pKa) equivale a 7,6, o que permite a esse anestésico um rápido início de ação (1,5 a 2 minutos). O grau de ligação protéica é de 75%, responsável pela duração da atividade do anestésico local nos tecidos moles por 120 a 240 minutos e de 40 a 60 minutos em nível pulpar, o que o classifica em um anestésico de ação intermediária.

A atividade vasodilatadora afeta a duração da anestesia. A mepivacaína produz apenas ligeira vasodilatação, o que produz maior duração de anestesia quando a droga é empregada sem vasoconstritor, comparada com a maioria dos anestésicos locais (MALAMED, 1993).

A dose aceitável de mepivacaína (com ou sem vasoconstritor) é de 6,6 mg/kg e não deve exceder a 400 mg. É disponível na concentração de 3% sem vasoconstritor e 2% com vasoconstritor (BENNETT, 1986).

De acordo com Bennett (1986), a mepivacaína não contém metilparabeno como conservante/germicida, implicando como agente causal em muitas reações alérgicas. A incidência de resposta alérgica verdadeira, documentada e reprodutível à mepivacaína, um anestésico local do tipo amida, é praticamente inexistente, que torna uma droga extremamente segura.

Apresenta uma meia vida de aproximadamente 90 minutos, é metabolizada no fígado e excretada pelos rins. Menos que 1% de mepivacaína é encontrada inalterada na urina (MALAMED, 1993).

Um anestésico local ideal não deve ser irritante para os tecidos e nem produzir qualquer reação secundária. Embora usados com a primeira intenção de deprimir a condução nervosa periférica, os anestésicos locais não são seletivos e podem interferir em vários tecidos através de ações não relacionadas a distúrbios específicos na condutância do sódio.

Simone (1994), observou que a administração endovenosa de mepivacaína 2% associada à levonordefrina 1:20.000 determinou aumentos estatisticamente significantes nas pressões arteriais sistólica, diastólica e

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média e queda significante na freqüência cardíaca de cães. Porém a administração infiltrativa intra-bucal não determinou alterações na dinâmica vascular.

Neidle; Yagiela (1991) observaram influências sistêmicas da mepivacaína, como ações sobre o músculo liso e efeitos antibacterianos, anti-histaminicos e anti-muscarínicos. Ainda influenciam o metabolismo do ácido araquidônico e inibem agregação plaquetária.

Anestésicos locais, em concentrações menores que as utilizadas clinicamente inibem significantemente a secreção de colágeno pelas células. Sendo que a inibição provocada pela mepivacaína chega em culturas de células a 98% (EICHHORN; PETERKOFSKY, 1979).

Tendo em vista a difusa utilização, no meio odontológico, do anestésico derivado da mepivacaína, principalmente em procedimentos cirúrgicos, é que sentimos a necessidade de investigar suas interferências sobre o processo de reparo alveolar.

2.3. Vasoconstritores

De acordo com Malamed (1993), os vasosconstritores são drogas que contraem os vasos sanguíneos e, portanto, controlam a perfusão tecidual. São adicionados a soluções anestésicas para equilibrar as ações vasodilatadoras da mesma.

Os anestésicos locais injetáveis clinicamente eficazes possuem algum grau de ação vasodilatadora periférica através do relaxamento do músculo liso nas paredes vasculares. Com a sua injeção nos tecidos, há um aumento da perfusão sanguínea local. O único anestésico local que produz vasoconstrição de forma consistente nas doses comumente empregadas é a cocaína (MALAMED, 1993).

Os vasoconstritores mais comumente encontrados no mercado brasileiro são a epinefrina (ou adrenalina), norepinefrina (ou noradrenalina), felipressina (ou octapressina – derivada da vasopressina, um hormônio antidiurético), fenilefrina e levonordefrina. Dentre eles, a adrenalina é o mais potente e

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eficiente dos vasoconstritores associados a soluções anestésicas locais para uso odontológico (CASSADY et al., 1986), capaz de aumentar a duração de ação do anestésico, geralmente, de 50 a 100% (MACKENZIE; YOUNG, 1993).

Tanto a adrenalina quanto a noradrenalina são aminas simpaticomiméticas secretadas pela medula da glândula supra-renal, podendo também ser produzidas sinteticamente. Ambas atuam sobre os receptores α e β-adrenérgicos dos órgãos inervados pelo sistema nervoso simpático, sendo que a adrenalina possui efeito β-adrenérgico mais significativo que a noradrenalina, a qual age melhor sobre os receptores α. Os efeitos β-adrenérgicos implicam em atividade bastante expressiva sobre o miocárdio, aumentando o débito, freqüência, força de contração e consumo de oxigênio cardíaco, resultando em aumento da pressão sistólica e diastólica (LOURO et al., 1998; MALAMED, 2005; VASCONCELLOS; ANTUNES, 2006).

Por isso, apesar de seu efeito vasoconstritor ser o mais potente conhecido, a adrenalina possui uma série de contra-indicações que podem ser resumidas conforme descrito abaixo (MALAMED, 2005):

CONTRA-INDICAÇÕES AO USO DE VASOCONSTRITORES

Pacientes com pressão arterial sistólica acima de 200 mmHg ou diastólica acima de 115 mmHg

Pacientes com hipertireoidismo não-controlado Paciente com doença cardiovascular grave: • menos de seis meses após infarto do miocárdio • menos de seis meses após acidente vascular cerebral

• menos de seis meses após cirurgia de derivação de artéria coronária • episódios diários de angina pectoris ou angina instável

• arritmias cardíacas sem resposta ao tratamento

Pacientes submetidos à anestesia geral com agentes halogenados Pacientes que fazem uso de agentes beta-bloqueadores

Inespecíficos, inibidores de mono-amino-oxidase ou antidepressivos tricíclicos

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A American Heart Association (AHA) (apud LOURO et al., 2001) recomenda que a dose máxima de adrenalina seja de 0,2 mg para o paciente saudável; 0,1 mg para o paciente hipertenso e de 0,04 mg para o cardiopata.

Para calcular a concentração do vasoconstritor na solução anestésica, em miligramas, pode-se considerar o seguinte: uma concentração de 1:1.000 significa que há um g - ou 1.000 mg - de soluto em 1.000 ml de solução. Isto é, uma concentração de 1:1.000 contém 1.000 mg em 1.000 ml, ou 1 mg/ml de solução (VASCONCELLOS; ANTUNES, 2006).

Atualmente se aceita que a adrenalina, dentro das concentrações encontradas no mercado (comumente 1:100.000 e 1:200.000) e dosagens recomendadas, normalmente não promove respostas cardiovasculares sistêmicas dramáticas, sendo extremamente útil para o uso em odontologia (MACCOLL; YOUNG, 1989; COSTA, 2003).

Diante do exposto, a escolha de um anestésico local para uso odontológico deve levar em conta sua eficácia, segurança e necessidades particulares do paciente e do procedimento em questão (COSTA, 2003).

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3 PROPOSIÇÃO

O propósito do presente estudo foi analisar histológica e comparativamente, o processo de reparo alveolar em ratos após exodontia seguida de compressão da ferida cirúrgica com gaze estéril embebida em solução anestésica de MEPISV 3%® ou de MEPIADRE 100®.

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4 MATERIAIS E MÉTODO

Esta pesquisa foi previamente aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Humanos e Animais da Universidade de Marília – UNIMAR (CEPHA – UNIMAR) (anexo I).

Neste estudo foram utilizados 48 ratos (Rattus norvegicus, albinus, Wistar), machos, adultos, livres de qualquer entidade patológica ao exame clínico e com peso entre 280 e 320 gramas. Estes animais eram procedentes do Biotério da UNIMAR – Marília / SP, e foram selecionados de forma aleatória. Todos os animais foram alimentados antes e durante o período experimental com ração sólida (Ralston Purina of Brazil – São Paulo / SP – Brasil) e água a vontade. Na noite que antecedeu o experimento, os animais foram colocados em jejum absoluto, e mantidos até o término do efeito anestésico. Estes permaneceram alojados em caixas plásticas, em número de 04 animais para cada uma, sendo elas de 40 x 32 x 17 centímetros, em condições controladas de iluminação, com ciclos de 12 horas de luz por dia e temperatura entre 21 e 25˚Celsius, no Biotério da Universidade de Marília – UNIMAR.

Os 48 ratos do experimento foram divididos aleatoriamente em 3 grupos de 16 animais cada, constituindo o Grupo I (Controle), o Grupo II (MEPISV 3%®) e Grupo III (MEPIADRE 100®).

As soluções anestésicas avaliados neste estudo foram:

1) MEPISV 3%® : Fabricada pela DFL Indústria e Comércio LTDA, Rio de Janeiro / RJ, Brasil. Composta de cloridrato de mepivacaína 3%, cloreto de sódio, metabissulfito de potássio, edetato dissódico e água destilada (Figura 1).

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Figura 1 - Embalagem comercial da MEPISV 3 %®

2) MEPIADRE 100®: Fabricada pela DFL Indústria e Comércio LTDA, Rio de Janeiro / RJ, Brasil. Composta de cloridrato de mepivacaína 2%, epinefrina base 1:100.000, cloreto de sódio, metabissulfito de potássio, edetato dissódico e água destilada (Figura 2).

Figura 2 - Embalagem Comercial da MEPIADRE 100®

Para o procedimento cirúrgico, os animais foram anestesiados por infiltração intramuscular com o relaxante cloridrato de xilazina (Dopaser®), seguido do anestésico cloridrato de cetamina (Vetanarcol®), na dosagem indicada pelos fabricantes (anexo II).

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Anestesiados os animais, foi feita anti-sepsia do campo operatório de cada espécime, empregando-se polivinilpirrolidona-iodada solução tópica a 10% (PVP-I Rioquímica, S. J. do Rio Preto - SP), embebida em gaze. Foi realizada a exodontia do incisivo superior direito de cada animal com auxílio de um sindesmótomo e fórceps especialmente adaptados para este fim (OKAMOTO; RUSSO, 1973 – Figuras 3, 4, 5 e 6).

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Figura 4 - Sindesmótomo em posição após a luxação do dente

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Figura 6 - Fórceps com o dente após a exodontia

A seguir, nos ratos do Grupo I (Controle), foi realizada a hemostasia da ferida cirúrgica com gaze estéril embebida em soro fisiológico 0,9% (Laboratório Farmacêutico Arboreto Ltda. – Juiz de Fora – MG), mantida sob pressão em contato com a ferida, por dois minutos (Figuras 7 e 8), seguida de sutura com ponto simples interrompido, com fio de seda 4-0 (Sutupak, Ethicon – Johnson & Johnson, São José dos Campos / SP – Brasil – Figura 9).

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Figura 8 - Gaze embebida em soro fisiológico sobre a ferida cirúrgica

Figura 9 - Sutura da mucosa da ferida cirúrgica com fio de seda

Nos animais do Grupo II (MEPISV 3%®), após a exodontia foi realizada a hemostasia da ferida cirúrgica por compressão de gaze estéril embebida em solução MEPISV 3%®, por dois minutos, seguido dos mesmos procedimentos do Grupo I (Controle).

Nos animais do Grupo III (MEPIADRE 100®), foram realizados os mesmos procedimentos do Grupo II, sendo utilizado o anestésico MEPIADRE 100®.

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Não foram ministradas medicações analgésicas e antiinflamatório no pós-operatório, a fim de se evitar alterações no reparo alveolar que possam ser induzidos pelas mesmas substâncias medicamentosas.

Em número de quatro animais para cada um dos grupos, os ratos sofreram eutanasia por sobredosagem de anestésico Vetanarcol®, através de infiltração intramuscular, nos 3º, 7º, 15º e 24º dias após o ato cirúrgico.

Após a eutanásia, a maxila direita foi separada da esquerda através de uma incisão ao nível da linha sagital mediana acompanhando a sutura intermaxilar, com o emprego de uma lâmina de bisturi nº. 11. Um corte com tesoura reta de ponta romba, tangenciando-se a face distal do último molar, possibilitou a obtenção dos tecidos de interesse contendo a mucosa gengival e o alvéolo do incisivo superior direito.

As peças obtidas foram fixadas em solução de formalina neutra a 10% (Aphoticário Farmácia de Manipulação, Araçatuba – SP), por um tempo mínimo de 24 horas, lavadas em água corrente por doze horas e descalcificadas em solução de ácido etilenodiaminotetracético a 20% (EDTA, Aphoticário Farmácia de Manipulação, Araçatuba-SP).

De maneira ordenada as peças foram submetidas aos procedimentos laboratoriais de lavagem, diafanização e inclusão em parafina. Orientou-se a inclusão da peça a fim de permitir cortes no sentido longitudinal e vestíbulo-lingual do alvéolo.

Dos blocos assim obtidos, foram colhidos cortes semi-seriados com seis micrometros de espessura que foram corados pela técnica da hematoxilina e eosina para análise histológica com o auxílio de microscópio óptico comum.

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5 RESULTADOS

Na descrição dos resultados serão considerados, em função dos períodos pós-operatórios, os eventos teciduais verificados ao nível da mucosa gengival e nos terços cervical, médio e apical do alvéolo dental.

5.1 3 DIAS

5.1.1 Grupo I (Controle). O epitélio da mucosa gengival mostra discreta

proliferação a partir do tecido pré-existente, recobrindo parcialmente o alvéolo dental (Fig. 10). O tecido conjuntivo subjacente mostra alguns fibroblastos, capilares sangüíneos ao lado de macrófagos e linfócitos.

Fig. 10 - Grupo I (Controle) 3 dias - Epitélio da mucosa gengival mostrando discreta proliferação a partir do tecido pré-existente. HE, original 160x

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Ao nível do terço cervical, o alvéolo dental exibe o remanescente do ligamento periodontal com alguns fibroblastos ao lado de raros macrófagos e linfócitos (Fig. 11). Adjacentes ao ligamento periodontal podem ser notados raros fibroblastos e alguns macrófagos e linfócitos.

Fig. 11 - Grupo I (Controle) 3 dias - Terço cervical do alvéolo mostrando ligamento periodontal remanescente com alguns fibroblastos, macrófagos e linfócitos. HE, original 160x

Junto aos terços médio e apical observa-se o remanescente do ligamento periodontal com moderado número de fibroblastos, macrófagos e linfócitos. Adjacente ao ligamento periodontal podem ser evidenciadas a proliferação de alguns fibroblastos e capilares sangüíneos (Fig. 12).

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5.1.2 Grupo II (MEPISV 3%®). O epitélio da mucosa gengival mostra

ausência de proliferação (Fig. 13) e o tecido conjuntivo subjacente exibe alguns macrófagos e linfócitos.

Fig. 13 - Grupo II (MEPISV 3%®) 3 dias - Mostrando a ausência de proliferação do epitélio da mucosa gengival. HE, original 160x Fig. 12 - Grupo I (Controle) 3 dias - Terço médio do alvéolo evidenciando a

proliferação de alguns fibroblastos e capilares adjacentes ao ligamento periodontal remanescente. HE, original 160x

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No alvéolo dental junto à sua abertura, observam-se numerosos polimorfonucleares neutrófilos nas áreas mais externas e linfócitos e macrófagos nas regiões mais internas (Fig. 14).

Fig. 14 - Grupo II (MEPISV 3%®) 3 dias - Junto à abertura do alvéolo mostrando áreas com polimorfonucleares neutrófilos, linfócitos e macrófagos. HE, original 160x

Ao nível do terço cervical, notam-se remanescentes do ligamento periodontal com raros fibroblastos, macrófagos e linfócitos (Fig. 15).

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Fig. 15 - Grupo II (MEPISV 3%®) 3 dias - Terço cervical do alvéolo com raros fibroblastos no remanescente do ligamento periodontal. HE, original 160x

Junto aos terços médio e apical observa-se adjacente ao remanescente do ligamento periodontal, a proliferação de alguns fibroblastos e vasos capilares (Fig. 16). Ocasionalmente podem ser notados macrófagos e linfócitos.

Fig. 16 - Grupo II (MEPISV 3%®) 3 dias - Terço médio do alvéolo evidenciando a proliferação de fibroblastos e capilares. HE, original 160x

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5.1.3 Grupo III (MEPIADRE 100®). Em todos os espécimes o epitélio da

mucosa gengival mostra ausência de proliferação (Fig. 17). O tecido conjuntivo subjacente mostra alguns macrófagos e linfócitos.

Fig. 17 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 3 dias - Epitélio remanescente

mostrando ausência de proliferação. HE, original 160x

Junto à abertura do alvéolo dental, notam-se extensas áreas ocupadas por polimorfonucleares neutrófilos (Fig. 18), alguns dos quais em degeneração.

Fig. 18 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 3 dias - Junto à abertura do alvéolo

mostrando extensas áreas ocupadas por polimorfonucleares neutrófilos. HE, original 160x

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Ao nível do terço cervical, em alguns casos observam-se praticamente a ausência de remanescentes do ligamento periodontal. No alvéolo dental podem ser identificados raros fibroblastos e pequeno número de macrófagos e linfócitos (Fig. 19).

Fig. 19 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 3 dias - Terço cervical do alvéolo mostrando raros fibroblastos e pequeno número de linfócitos e macrófagos. HE, original 160x

Em outros espécimes nota-se no mesmo terço, maior número de macrófagos e linfócitos no interior do coágulo sangüíneo (Fig. 20).

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Fig. 20 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 3 dias - Terço cervical do alvéolo mostrando macrófagos e linfócitos em número moderado. HE, original 160x

O alvéolo dental junto aos terços médio e apical, as características morfológicas são praticamente semelhantes ao terço cervical. No entanto, observa-se maior número de fibroblastos junto ao coágulo sangüíneo (Fig. 21).

Fig. 21 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 3 dias - Terço médio do alvéolo alguns fibroblastos invadindo o coágulo sangüíneo. HE, original 160x

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5.2 7 DIAS

5.2.1 Grupo I (Controle). Em todos os espécimes, observa-se um

epitélio pouco diferenciado recobrindo praticamente o alvéolo dental (Fig. 22). O tecido conjuntivo subjacente apresenta pequeno número de fibroblastos, macrófagos e linfócitos.

Fig. 22 - Grupo I (Controle) 7 dias - Epitélio pouco diferenciado recobrindo o alvéolo dental. HE, original 160x

No alvéolo dental junto ao terço cervical, observam-se pequenas espículas ósseas neoformadas com osteoblastos em suas bordas (Fig. 23). O tecido conjuntivo nas proximidades apresenta discreto número de fibroblastos.

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Fig. 23 - Grupo I (Controle) 7 dias - Terço cervical do alvéolo mostrando pequenas espículas ósseas neoformadas com osteoblastos em suas bordas. HE, original 63x

Junto aos terços médio e apical nota-se maior quantidade de trabéculas ósseas neoformadas com osteoblastos em suas bordas (Fig. 24).

Fig. 24 - Grupo I (Controle) 7 dias - Terço médio do alvéolo mostrando trabéculas ósseas neoformadas. HE, original 63x

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5.2.2 Grupo II (MEPISV 3%®). O epitélio da mucosa gengival pouco

diferenciado recobre parcialmente o alvéolo dental (Fig. 25). O tecido conjuntivo subjacente apresenta discreto número de fibroblastos e áreas ocupadas por numerosos macrófagos e linfócitos.

Fig. 25 - Grupo II (MEPISV 3%®) 7 dias - Epitélio da mucosa gengival pouco diferenciado. HE, original 160x

O alvéolo dental junto ao terço cervical mostra elevado número de fibroblastos ao lado de alguns macrófagos e linfócitos (Fig. 26).

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Fig. 26 - Grupo II (MEPISV 3%®) 7 dias - Terço cervical do alvéolo com elevado número de fibroblastos e alguns macrófagos e linfócitos. HE, original 160x

Ao nível dos terços médio e apical, o alvéolo dental exibe trabéculas ósseas delgadas com osteoblastos em suas bordas (Fig. 27). Notam-se extensas áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea.

Fig. 27 - Grupo II (MEPISV 3%®) 7 dias - Terço médio do alvéolo com trabéculas ósseas delgadas com osteoblastos em suas bordas. HE, original 63x

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5.2.3 Grupo III (MEPIADRE 100®). Em todos os espécimen o epitélio

da mucosa gengival apresenta discreta proliferação e o tecido conjuntivo subjacente exibe alguns macrófagos e linfócitos (Fig. 28). Em alguns pontos podem ser evidenciados raros fibroblastos.

Fig. 28 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 7 dias - Epitélio da mucosa gengival com discreta proliferação e tecido conjuntivo subjacente com alguns linfócitos e macrófagos. HE, original 160x

Junto à abertura do alvéolo, podem ser notadas extensas áreas ocupadas por numerosos polimorfonucleares neutrófilos, alguns em degeneração (Fig. 29).

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Fig. 29 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 7 dias - Evidenciando numerosos polimorfonucleares neutrófilos junto à abertura do alvéolo. HE, original 160x

Ao nível do terço cervical, o alvéolo dental encontra-se ocupado por tecido conjuntivo pouco organizado exibindo alguns fibroblastos e numerosos macrófagos e linfócitos (Fig. 30).

Fig. 30 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 7 dias - Terço cervical do alvéolo com tecido conjuntivo pouco organizado com alguns fibroblastos e numerosos macrófagos e linfócitos. HE, original 160x

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Junto aos terços médio e apical, observam-se pequenas trabéculas ósseas isoladas (Fig. 31). O tecido conjuntivo sem diferenciação óssea, apresenta moderado número de fibroblastos, macrófagos e linfócitos.

Fig. 31 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 7 dias - Terço médio do alvéolo com pequenas trabéculas ósseas isoladas. HE, original 160x

Em alguns espécimes, notam-se áreas de reabsorção da parede óssea alveolar junto ao terço cervical com presença de células multinucleadas (Fig. 32).

(50)

Fig. 32 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 7 dias - Terço cervical do alvéolo evidenciando reabsorção da parede óssea alveolar com presença de células multinucleadas. HE, original 160x

5.3 15 DIAS

5.3.1 Grupo I (Controle). O epitélio da mucosa gengival mais diferenciado

recobre totalmente o alvéolo dental (Fig. 33) e o tecido conjuntivo subjacente exibe discreto número de fibroblastos e raros linfócitos e macrófagos.

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Fig. 33 - Grupo I (Controle) 15 dias - Epitélio da mucosa gengival recobrindo o alvéolo dental. HE, original 160x

No alvéolo dental ao nível do terço cervical observam-se delgadas trabéculas ósseas neoformadas (Fig. 34). O tecido conjuntivo sem diferenciação óssea ocupa considerável área do terço considerado.

Fig. 34 - Grupo I (Controle) 15 dias - Terço cervical do alvéolo dental mostrando delgadas trabéculas ósseas neoformadas. HE, original 63x

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Ao nível dos terços médio e apical, as trabéculas ósseas neoformadas são mais desenvolvidas e regulares (Fig. 35). Observa-se, no entanto, inúmeras áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea.

Fig. 35 - Grupo I (Controle) 15 dias - Terço médio do alvéolo com trabéculas ósseas mais desenvolvidas. HE, original 63x

5.3.2 Grupo II (MEPISV 3%®). O epitélio da mucosa gengival pouco

diferenciado recobre totalmente o alvéolo dental em todos os espécimes (Fig. 36). O tecido conjuntivo subjacente apresenta moderado número de fibroblastos ao lado de alguns macrófagos e linfócitos.

(53)

Fig. 36 - Grupo II (MEPISV 3%®) 15 dias - Epitélio da mucosa pouco diferenciada recobrindo o alvéolo dental. HE, original 160x

Ao nível do terço cervical, o alvéolo dental acha-se ocupado parcialmente por tecido ósseo neoformado com osteoblastos em suas bordas (Fig. 37). Notam-se extensas áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea, bem vascularizado e com moderado número de fibroblastos.

Fig. 37 - Grupo II (MEPISV 3%®) 15 dias - Terço cervical do alvéolo ocupado parcialmente por tecido ósseo neoformado. HE, original 63x

(54)

Junto aos terços médio e apical as trabéculas ósseas neoformadas são mais espessas e ocupam maior área dos terços considerados (Fig. 38). Persiste, no entanto, inúmeras áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea.

Fig. 38 - Grupo II (MEPISV 3%®) 15 dias - Terço médio do alvéolo ocupado por trabéculas ósseas mais desenvolvidas. HE, original 63x

5.3.3 Grupo III (MEPIADRE 100®). O epitélio da mucosa gengival pouco

diferenciado recobre parcialmente o alvéolo dental (Fig. 39). O tecido conjuntivo subjacente mostra pequeno número de fibroblastos e raros linfócitos e macrófagos.

(55)

Fig. 39 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 15 dias - Epitélio da mucosa gengival pouco diferenciado recobrindo parcialmente o alvéolo dental. HE, original 160x

No terço cervical junto à abertura do alvéolo, observa-se tecido conjuntivo neoformado com pequeno número de fibroblastos e intenso infiltrado inflamatório mostrando linfócitos, macrófagos e alguns polimorfonucleares neutrófilos (Fig. 40).

Fig. 40 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 15 dias - Terço cervical junto à abertura do alvéolo com intenso infiltrado inflamatório com linfócitos, macrófagos e polimorfonucleares neutrófilos. HE, original 160x

(56)

Neste mesmo terço mais em direção ao terço médio, evidenciam-se algumas trabéculas ósseas irregulares e grande quantidade de tecido conjuntivo sem diferenciação óssea (Fig. 41).

Fig. 41 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 15 dias - Terço cervical do alvéolo mostrando algumas trabéculas ósseas neoformadas. HE, original 63x

Ao nível dos terços médio e apical, as trabéculas ósseas neoformadas são delgadas, permanecendo grande quantidade de tecido conjuntivo com discreto número de fibroblastos (Fig. 42).

(57)

Fig. 42 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 15 dias - Terço médio do alvéolo com trabéculas ósseas delgadas e grande quantidade de tecido conjuntivo sem diferenciação óssea HE, original 63x

5.4 24 DIAS

5.4.1 Grupo I (Controle). O epitélio da mucosa gengival bem

diferenciado recobre totalmente o alvéolo dental (Fig. 43). O tecido conjuntivo subjacente é bem desenvolvido com pequeno número de fibroblastos.

(58)

Fig. 43 - Grupo I (Controle) 24 dias - Epitélio da mucosa gengival bem diferenciado recobrindo o alvéolo dental. HE, original 160x

No alvéolo dental, ao nível do terço cervical, observa-se a presença de trabéculas ósseas regulares, permanecendo, no entanto, diversas áreas com tecido conjuntivo sem diferenciação óssea (Fig. 44).

Fig. 44 - Grupo I (Controle) 24 dias - Terço cervical do alvéolo com trabéculas regulares e tecido conjuntivo sem diferenciação óssea. HE, original 63x

(59)

Ao nível dos terços médio e apical o tecido ósseo neoformado é mais desenvolvido com trabéculas ósseas espessas (Fig. 45).

Fig. 45 - Grupo I (Controle) 24 dias - Terço médio do alvéolo mostrando trabéculas ósseas bem desenvolvidas. HE, original 63x

5.4.2 Grupo II (MEPISV 3%®). O epitélio da mucosa gengival é bem

desenvolvido, recobrindo totalmente o alvéolo dental (Fig. 46). O tecido conjuntivo subjacente apresenta moderado número de fibroblastos.

(60)

Fig. 46 - Grupo II (MEPISV 3%®) 24 dias - Epitélio da mucosa gengival bem desenvolvido recobrindo o alvéolo dental. HE, original 160x

Ao nível do terço cervical, o alvéolo dental mostra trabéculas ósseas geralmente delgadas e irregulares (Fig. 47). O tecido conjuntivo sem diferenciação óssea em grande quantidade e exibe elevado número de fibroblastos.

Fig. 47 - Grupo II (MEPISV 3%®) 24 dias - Terço cervical do alvéolo dental com trabéculas ósseas delgadas e irregulares. HE, original 63x

(61)

Junto aos terços médio e apical o trabeculado ósseo é mais regular, permanecendo, no entanto, consideráveis áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea (Fig. 48).

Fig. 48 - Grupo II (MEPISV 3%®) 24 dias - Terço médio do alvéolo com trabéculas ósseas ao lado de tecido conjuntivo sem diferenciação óssea. HE, original 63x

5.4.3 Grupo III (MEPIADRE 100®). O epitélio da mucosa gengival pouco

diferenciado recobre o alvéolo em todos os espécimes (Fig. 49). O tecido conjuntivo subjacente apresenta moderado número de fibroblastos ao lado de alguns macrófagos e linfócitos.

(62)

Fig. 49 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 24 dias - Epitélio da mucosa gengival pouco diferenciado recobrindo o alvéolo dental. HE, original 160x

No alvéolo dental, ao nível do terço cervical mostra trabéculas ósseas geralmente isoladas, ocupando parcialmente o terço considerado (Fig. 50). O tecido conjuntivo sem diferenciação óssea apresenta discreto número de fibroblastos.

Fig. 50 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 24 dias - Terço cervical mostrando trabéculas ósseas geralmente isoladas e no tecido conjuntivo discreto número de fibroblastos. HE, original 63x

(63)

Junto aos terços médio e apical, a neoformação óssea é mais intensa. As trabéculas ósseas, no entanto, são delgadas, permanecendo inúmeras áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea (Fig. 51).

Fig. 51 - Grupo III (MEPIADRE 100®) 24 dias - Terço médio do alvéolo com trabéculas ósseas delgadas e inúmeras áreas ocupadas por tecido conjuntivo sem diferenciação óssea. HE, original 63x

(64)

6 DISCUSSÃO

O estudo em questão foi realizado em ratos (Rattus norvergicus, albinus, Wistar), considerando tratar-se de modelo experimental na linha de pesquisa “processo de reparo alveolar em feridas de extração dental”. Inúmeros e importantes trabalhos foram e continuam sendo desenvolvidos nesta espécie animal (SAAD NETO et al., 1982; CARVALHO; OKAMOTO, 1987; GARBIN JÚNIOR, 2001; VERONESE et al., 2005; AUR JÚNIOR et al., 2005; VANCETTO et al., 2006; BARION et al., 2005; PELISSARO, 2006), consagrando, também, a quantidade de espécimes utilizados nos grupos experimentais, bem como os tempos pós-operatórios.

Os achados encontrados em trabalhos de diversos pesquisadores (AMLER, 1969; JOHANSEN; GILHUUS-MOE, 1969; SIMPSON, 1969; CARVALHO et al., 1976; CARVALHO; OKAMOTO, 1987; SAAD NETO et al., 1985; LIN et al., 1994; PELISSARO, 2006) mostraram que o processo de reparo alveolar em ratos exibe histologicamente, a mesma seqüência evolutiva que no homem. Isso permite a transposição destes eventos para o ser humano, devendo-se levar em consideração que a cronologia reparacional no rato ocorre em torno de três vezes mais rapidamente (HUEBSCH, 1969; SMITH, 1974; CARVALHO et al., 1980).

Segundo Carvalho e Okamoto (1987), são encontrados no decorrer do processo alveolar reparacional no rato quatro fases fundamentais que, didaticamente, são compreendidas pelas fases: de proliferação celular, de desenvolvimento do tecido conjuntivo, de maturação do tecido conjuntivo e de diferenciação óssea ou mineralização.

Considerando que estas fases são bem definidas em diferentes estudos, faz com que o alvéolo torne-se um bom local para a analise de substâncias e

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