TREFILAÇÃO
TREFILAÇÃO
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TREFILAÇÃO
TREFILAÇÃO
A trefilação é uma operação em que a matéria-prima é estirada
A trefilação é uma operação em que a matéria-prima é estirada
através de uma matriz em forma de canal convergente denominada
através de uma matriz em forma de canal convergente denominada
fieira ou trefila
fieira ou trefila. A deformação ocorre por meio de uma. A deformação ocorre por meio de uma força trativaforça trativa
aplicada do lado de saída da matriz. O escoamento plástico é
aplicada do lado de saída da matriz. O escoamento plástico é
produzido principalmente pelas forças compressivas provenientes da
produzido principalmente pelas forças compressivas provenientes da
reação da matriz sobre o material
reação da matriz sobre o material. Por esse processo podem ser. Por esse processo podem ser
produzidos
produzidos barras, vbarras, vergalhões ergalhões e e arames. arames. Normalmente Normalmente éé realizada arealizada a
frio
TREFILAÇÃO
Vantagens
Redução de secção transversal maior do que qualquer outro processo. Precisão dimensional quase igual a laminação a frio.
A superfície produzida é uniformemente limpa e polida. O processo influi nas propriedades mecânicas do material.
TREFILAÇÃO
TREFILAÇÃO
ETAPAS DA TREFILAÇÃO
Matéria-prima
A matéria-prima é o fio-máquina: vergalhão laminado a quente. Descarepação
Mecânica por descascamento: dobramento e escovamento. Química por decapagem: HCl ou H2S04 diluídos.
Lavagem: em água corrente.
Recobrimento normalmente por imersão em leite de cal Ca(OH)2 a 100°C a fim de neutralizar resíduos de ácido, proteger a superfície do arame e servir de base para o lubrificante de trefilação.
Secagem (em estufa) - Também remove H2 dissolvido na superfície do material. Trefilação : início do processo de conformação plástica.
TREFILAÇÃO DE ARAMES
A produção de vergalhões compridos e com diâmetro inferior
a 12,5 mm é feita por trefilação com diversos tambores. O
arame passa através de varias matrizes, numa operação
continua, até ser reduzido ao seu tamanho final, com a
redução por passe de 15 a 25 %. Para arames grossos
utiliza-se apenas um tambor, com reduções de 20 a 50%.
TRATAMENTOS TÉRMICOS DOS ARAMES
Alívio de tensões
Recozimento subcrítico
Realizado entre 550 a 650°C com o objetivo de remover efeitos do
encruamento.
Patenteamento
Aquecimento acima da temperatura crítica e depois resfriamento
controlado ou tratamento em banho de chumbo a uma temperatura
próxima de 300°C para a obtenção de perlita fina. Indicação para aços de
médio a alto carbono (C> 0,25 %).
Normalização ou recozimento isotérmico
Aquecimento acima da temperatura crítica seguido de resfriamento
controlado, ao ar ou em banho de chumbo mantido entre 450 e 550°C com
o objetivo de obter uma melhor combinação de resistência e ductilidade.
TREFILAÇÃO DE TUBOS
Muitos produtos como cilindros ocos ou tubos que são fabricados por processo de conformação a quente, tais como a laminação ou extrusão, recebem acabamento a frio por trefilação. O processo a frio é utilizado a fim de se obter tolerâncias dimensionais mais exatas e melhores superfícies de acabamento na produção de tubos com paredes mais finas ou diâmetros menores do que os obtidos por processos a quente.
Trefilação com mandril Trefilação com Plugue
Trefilação com plugue estacionário Trefilação com plugue flutuante
TREFILAÇÃO DE TUBOS
Trefilação com mandril
O mandril consiste numa barra longa e dura, que se estende por todo o comprimento do tubo, o qual é puxado com o tubo, através da matriz. Neste método a força é transmitida ao metal, parcialmente pela puxada na seção de saída e pelas forças de atrito que atuam ao longo da interface tubo-mandril. Após a Trefilação, o mandril é removido do tubo através de uma retificadora, a qual aumenta o diâmetro do tubo e as tolerâncias dimensionais.
TREFILAÇÃO DE TUBOS
Trefilação com Plugue
Trefilação com plugue estacionário - tanto o diâmetro interno quanto o externo são controlados durante o processo. O plugue controla o tamanho e a forma do diâmetro interno.
Trefilação com plugue flutuante – Um plugue flutua na boca da fieira. Esses plugues flutuantes podem proporcionar redução da área de até 45 %, sendo que para uma mesma redução as cargas de trefilação são inferiores as do processo com plugue estacionário.
TREFILAÇÃO DE TUBOS
Matriz
Neste caso, como o interior do tubo não é suportado a parede
se torna ligeiramente mais espessa e a superfície interna
irregular.
DEFEITOS NA TREFILAÇÃO
Os defeitos podem ser resultantes de
defeitos da barra original, fissuras, lascas e vazios,
ou do processo de deformação. O tipo de defeito
mais comum é a fenda interna no centro da barra ou
trincamento estriado ou chevrons.
DEFEITOS NA TREFILAÇÃO
A fratura estriada central ocorrerá para matrizes com ângulos de
inclinação pequenos e para reduções pequenas, sendo que, á
medida que o ângulo cresce, a redução crítica para a ausência
do defeito também aumenta.
TENSÕES RESIDUAIS
Para reduções por passe inferiores a 1%, as tensões
residuais longitudinais são compressivas na superfície e trativas no
eixo, e as tensões radiais são trativas no eixo e caem a zero na
superfície livre.
Para reduções maiores, a distribuição de tensões residuais é
exatamente o inverso do caso anterior. Neste caso as tensões
longitudinais são trativas na superfície e compressivas no eixo do
vergalhão e as tensões radiais são compressivas no eixo.
TENSÕES RESIDUAIS
Para uma dada deformação as tensões residuais longitudinais
aumentam com o ângulo de inclinação da fieira. Os valores máximos
de tensão residual são obtidos para reduções na faixa de 15 a 35%.
Para tubos produzidos sem suporte de diâmetro interno, em
condições em que a deformação é relativamente uniforme através da
parede do tubo, as tensões residuais longitudinais são trativas na
superfície externa e compressiva na superfície interna do tubo.
EQUIPAMENTOS PARA TREFILAÇÃO
Utilizadas para produção de componentes não bobináveis
como barras e tubos. A barra é trabalhada por torneamento ou
martelamento rotativo, inserida através da matriz e presa as
garras do cabeçote de tração que se movimenta por um
mecanismo hidráulico ou por transmissão por corrente.
EQUIPAMENTOS PARA TREFILAÇÃO
Utilizadas para produção de componentes bobináveis,
principalmente arames. Podem ser simples, duplas ou
múltiplas.
EQUIPAMENTOS PARA TREFILAÇÃO
Trefiladora com lubrificante
Imersão ou por aspersão
soluções ou emulsões de óleos em água
Lubrificantes
Pastas e graxas
FIEIRAS
As fieiras ou trefilas, utilizadas na trefilação são compostas de uma carcaça de aço e um núcleo feito de material bastante duro. O núcleo é geralmente feito de carboneto de tungstênio, diamante ou diamante industrial monocristalino. O diamante ou industrial, é usado geralmente nas etapas iniciais de trefilagem enquanto que as fieiras feitas de diamante natural são utilizadas nas etapas finais. Para trefilar fios muito finos um cristal simples de diamante é utilizado.
FIEIRAS
A geometria da fieira tem grande influência sobre a força de trefilação, onde, para qualquer passe de redução dado no material, existe uma geometria de trabalho ideal que produz um esforço de tração mínimo em relação ao limite de escoamento do material.
ÂNGULO ÓTIMO DE FIEIRA
O ângulo ótimo de fieira para trabalho é dado por:
Af
Af
Ao
0
,
87
Sendo:: ângulo ótimo fieira : coeficiente atrito
Ao: área transversal inicial Af : área transversal final
FORÇA IDEAL NA TREFILAÇÃO
A força ideal na trefilação é dada por:
Af
Ao
a
ln
a
e
Af
Fid
Sendo:: tensão escoamento do material : deformação verdadeira
Ao : área transversal inicial Af : área transversal final
e