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Produção da alface crespa e umidade do solo em função de diferentes fontes de matéria orgânica e cobertura do solo

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Academic year: 2021

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(1)MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGROECOSSISTEMAS. PRODUÇÃO DA ALFACE CRESPA E UMIDADE DO SOLO EM FUNÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE MATÉRIA ORGÂNICA E COBERTURA DO SOLO. CARLOS ALLAN PEREIRA DOS SANTOS. 2011.

(2) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGROECOSSISTEMAS. CARLOS ALLAN PEREIRA DOS SANTOS. PRODUÇÃO DA ALFACE CRESPA E UMIDADE DO SOLO EM FUNÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE MATÉRIA ORGÂNICA E COBERTURA DO SOLO. Orientadora Profª. Drª. Maria Aparecida Moreira. SÃO CRISTÓVÃO SERGIPE – BRASIL 2011.

(3) CARLOS ALLAN PEREIRA DOS SANTOS. PRODUÇÃO DA ALFACE CRESPA E UMIDADE DO SOLO EM FUNÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE MATÉRIA ORGÂNICA E COBERTURA DO SOLO. APROVADO em 24 de fevereiro de 2011. Prof. Dr. Pedro Roberto Almeida Viégas NEREN/UFS. Prof. Dr. Ariovaldo Antonio Tadeu Lucas DEA/UFS. Profª. Drª. Maria Aparecida Moreira NEREN/UFS (Orientadora). SÃO CRISTÓVÃO SERGIPE - BRASIL 2011.

(4) Ao meu querido avô José Pereira por tudo Saudades Dedico.

(5) AGRADECIMENTOS À Deus, por caminhar sempre comigo protegendo meu caminho, principalmente nos momentos em que pensava não superar os obstáculos. À Professora Doutora Maria Aparecida Moreira, por ter aceitado me orientar, pelos ensinamentos e por ter acreditado em mim muitas vezes quando até eu desacreditava. Ao Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas – NEREN, pela oportunidade de realizar este curso. Aos professores Pedro e Tadeu pelas sugestões que contribuíram para a condução desse trabalho. À professora Glaucia e a todos que fazem parte do Projeto Pequeno Produtor Grande Empreendedor em especial Seu João, Davi e Edivaldo por todo o apoio logístico. Aos amigos Flávio, Igor, Susi, Itamara e Natália pelo apoio e paciência na execução dos experimentos . Ao amigo quase irmão Thiago Lima por todo apoio e pela paciência durante todo o curso. À toda minha família, em especial, a minha mãe Enilde, por todo amor e dedicação, meu pai Carlos, pelo apoio. Aos companheiros do NEREN, Wagner, Francielli e Luely, pela parceria que espero que seja para vida toda. Enfim, a todos que participaram direta e indiretamente desta fase importante da minha vida , a qual fiz o possível para realiza-la da melhor maneira..

(6) SUMÁRIO Página LISTA DE FIGURAS ....................................................................................................................i LISTA DE TABELAS ..................................................................................................................ii RESUMO .....................................................................................................................................iii ABSTRACT .................................................................................................................................iv CAPÍTULO 1 ................................................................................................................................5 1. Introdução Geral ........................................................................................................................5 2. Referencial Teórico....................................................................................................................6 2.1. A cultura da Alface.................................................................................................................6 2.2. Cobertura do Solo....................................................................................................................7 2.3. Adubação ................................................................................................................................8 2.3.1. Aspectos Gerais da Adubação Orgânica..............................................................................8 2.3.2. Fontes de Matéria Orgânica..................................................................................................9 2.4. Aspectos Hídricos para Cultura da Alface............................................................................11 3. Referências Bibliográficas .......................................................................................................13 CAPÍTULO 2. Produção da alface crespa (Lactuca sativa L) em função de fontes diferentes de matéria orgânica e cobertura do solo..................................................................................17 1. Resumo ....................................................................................................................................17 2. Abstract ....................................................................................................................................18 3. Introdução ................................................................................................................................19 4. Material e Métodos ..................................................................................................................21 4.1. Cultivar e Produção de Mudas..............................................................................................21 4.2. Delineamento Experimental..................................................................................................22 4.3. Coleta e Análise do Solo.......................................................................................................23 4.4. Tratos Culturais.....................................................................................................................24 4.5. Características Avaliadas.......................................................................................................25 4.6. Temperatura do Solo............................................................................................................25 5. Resultados e Discussões...........................................................................................................26 6. Conclusões................................................................................................................................33 7. Referências Bibliográficas........................................................................................................34 CAPÍTULO 3. Umidade do solo em função da matéria orgânica e cobertura do solo no cultivo daalface crespa (Lactuca sativa L) em Itabaiana-SE.................................................36 1. Resumo ....................................................................................................................................36 2. Abstract ....................................................................................................................................37 3. Introdução ................................................................................................................................38.

(7) 4. Material e Métodos ..................................................................................................................40 4.1. Cultivar e Produção de Mudas..............................................................................................40 4.2. Características do Solo..........................................................................................................40 4.3. Delineamento Experimental..................................................................................................41 4.4. Monitoramento da Umidade do Solo....................................................................................41 4.5. Coleta dos Dados Climáticos.................................................................................................44 5. Resultados e Discussões...........................................................................................................45 6. Conclusões................................................................................................................................50 7. Referências Bibliográficas........................................................................................................51.

(8) LISTA DE FIGURAS. Número. Título. Página. FIGURA 1.. Estufa utilizada para a produção das mudas, Itabaiana-SE............... 22. FIGURA 2. Muda de alface pronta para o transplantio, Itabaiana-SE.................. 22. FIGURA 3. Distribuição dos tratamentos na área experimental, Itabaiana-SE.... 24. FIGURA 4. Detalhe da medição do diâmetro da planta........................................ 25. FIGURA 5. Leitura da temperatura, Itabaiana-SE................................................ 26. FIGURA 6. Númento de folhas da alface nos diferentes tratamentos................... 28. FIGURA 7. Massa fresca da alface em função dos diferentes tratamentos........... 29. FIGURA 8. Massa seca da raiz de alface cultivada em diferentes tipos de adubação orgânica solo...................................................................... FIGURA 9. 30. Comparação entre as temperaturas médias dos tratamentos sem cobertura (SC) e com cobertura (CC) com a temperatura média do ar, Itabaiana-SE.................................................................................. 32. FIGURA 10. Detalhe do tensiômetro no canteiro, Itabaiana-SE............................. 42. FIGURA 11. Detalhe do tensímetro digital no momento da leitura, ItabaianaSE................................................................................................... FIGURA 12. Detalhe do coletor de Uhland e cápsula com amostra indeformada, Itabaiana-SE.............................................................................. FIGURA 13. Variação da tensão da água no solo nos. FIGURA 15. 44. tratamentos sem. cobertura (SC) e com cobertura (CC) do solo ................................. FIGURA 14. 42. 46. Curva de retenção de água no solo na profundidade de 0 a 15 cm, município de Itabaiana-SE................................................................. 47. Umidade do solo nos diversos tratamentos........................................ 48. i.

(9) LISTA DE TABELAS. Número. Título. TABELA 1. Análise química do solo da área experimental. Itabaiana-SE.. TABELA 2. Resumo da análise de variância para diâmetro da alface (D),. Página 23. número de folhas (N.F.), matéria fresca de parte aérea (MFA), matéria fresca de raiz (MFR), matéria seca de parte aérea (MSA) e matéria seca de raiz (MSR)............................................................... TABELA 3. 26. Médias do diâmetro e número de folhas de alface em função da matéria orgânica e cobertura do solo................................................. 27. TABELA 4. Médias de massa fresca e seca de parte aérea e raiz.......................... 30. TABELA 5. Análise física do solo da área experimental. Itabaiana-SE, 2010...... 41. TABELA 6. Precipitação, temperatura e umidade do ar no período de avaliação, Itabaiana-SE, 2010............................................................ ii. 44.

(10) 1. RESUMO. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento da alface (Lactuca sativa L.) sob diferentes fontes de adubos orgânicos e os objetivos específicos foram verificar a influência de várias fontes de matéria orgânica na adubação da alface, verificar a amplitude térmica em função da cobertura do solo e adubação orgânica e verificar a influência da cobertura do solo e da matéria orgânica na retenção de água no solo. O trabalho foi realizado na área experimental do Projeto Pequeno Produtor Grande Empreendedor do Instituto Gbarbosa em parceria com a Universidade Federal de Sergipe situada no município de Itabaiana localizada a 56 quilômetros da Capital, Aracaju. O delineamento utilizado foi de blocos casualizados com quatro repetições, sendo os tratamentos compostos de cinco fontes de matéria orgânica (composto orgânico, esterco de aves, esterco bovino, esterco ovino e torta de mamona) e uma testemunha sem adubação todos com e sem cobertura morta totalizando 12 tratamentos. Foram avaliadas as características de diâmetro da planta, altura de planta, matéria fresca e seca de raiz e parte aérea, tensão de água do solo e temperatura do solo. Para determinação da tensão de água foram instalados tensiômetros no solo e as temperaturas foram medidas com a utilização de termômetro digital. O tratamento que teve como fonte de matéria orgânica o esterco de aves apresentou o melhor resultado quando associado à cobertura morta do solo. Quando não existir a possibilidade do uso da cobertura do solo é recomendada a utilização do composto orgânico como fonte de adubo orgânico. Quando utilizou-se a cobertura do solo obteve-se menores valores de tensão de água no solo. Houve tendência de menores temperaturas quando se utilizou cobertura do solo e maiores temperaturas quando se utilizou torta de mamona.. Palavras-chave: Lactuca sativa L., fontes de matéria orgânica, umidade do solo. 1. Comitê Orientador: Maria Aparecida Moreira - UFS (Orientadora), Pedro Roberto Almeida Viégas – UFS e Ariovaldo Antonio Tadeu Lucas – UFS.. iii.

(11) 2. ABSTRACT. The general objective of this work was to evaluate the development of the lettuce (Lactuca sativa L.) under different organic seasoning sources and the specific objectives had been to verify the influence of some sources of organic substance in the fertilization of the lettuce, to verify the thermal amplitude in function of the covering of the ground and organic fertilization and to verify the influence of the covering of the ground and the organic substance in the water retention in the ground. The work was carried through in the experimental area of the Pequeno Produtor Grande Empreendedor of the Gbarbosa Institute in partnership with the Federal University of situated Sergipe in the city of located Itabaiana the 56 kilometers of the Capital, Aracaju. The used delineation was of blocks casualizados with four repetitions, being the treatments composites of five sources of organic substance (compost, chicken manure, cattle manure, sheep manure and castor bean) and a witness without fertilization all with and without covering deceased totalizing 12 treatments. The characteristics of diameter of the plant, height of plant, cool and dry substance of root and aerial part had been evaluated, water tension of the ground and temperature of the ground. For determination of the water tension they had been installed tensiometers in the ground and the temperatures had been measured with the use of digital thermometer. The treatment that had as source of organic substance chicken manure presented optimum resulted when associated to the covering deceased of the ground. When not to exist the possibility of the use of the covering of the ground is recommended the use of the organic composition as organic seasoning source. When it was used covering of the ground got lesser values of water tension in the ground. It had trend of lesser temperatures when covering of the ground was used and greaters temperatures when castor bean was used.. Keywords: Lactuca sativa L., organic matter, soil moisture, mulch. 2. Guidance Committee: Maria Aparecida Moreira - UFS (Orientadora), Pedro Roberto Almeida Viégas – UFS e Ariovaldo Antonio Tadeu Lucas – UFS.. iv.

(12) CAPÍTULO 1. 1. Introdução Geral A alface (Lactuca sativa L.) é uma das hortaliças folhosas de maior importância comercial e de maior consumo em todo o mundo. No Brasil, figura entre as principais hortaliças, no que se refere à produção, à comercialização e ao valor nutricional. É consumida, tanto em forma de saladas, e também como acompanhamento de sanduíches; por essa razão, é de considerável importância o estudo de técnicas como as que otimizem a produção desta olerícola e que garantam a sustentabilidade ambiental na agricultura. O cultivo dessa espécie tem sido feito de maneira convencional, em ambientes protegidos e também em hidroponia. Com a utilização de diferentes ambientes de cultivo e cobertura do solo, torna-se necessário avaliar o desempenho produtivo nos sistemas de cultivo com a finalidade de auxiliar os produtores nas tomadas de decisões. A alface geralmente apresenta boa resposta à adubação orgânica, no entanto, ela varia de acordo com a cultivar e a fonte de adubo utilizada, sendo observado que esta adubação satisfaz as necessidades da planta. O cultivo do solo resulta, na maior parte das vezes, em um marcante declínio dos níveis de matéria orgânica. Com isso, a utilização de adubos orgânicos e minerais, juntamente com a adoção de práticas de cultivo que visem o aumento do aporte de matéria orgânica, nos sistemas agrícolas, é de grande importância por melhorar a fertilidade dos solos. Os adubos orgânicos contêm vários nutrientes minerais, especialmente nitrogênio, fósforo , potássio e micronutrientes, embora sua concentração seja considerada baixa, deve-se levar em conta, também, o efeito condicionador que exercem sobre o solo. A adubação orgânica melhora as condições físicas do solo, diminui incidência de nematóides, fornece nutrientes as plantas de maneira gradual e constante. Algumas observações devem ser feitas nesse tipo de adubação visto que alguns fertilizantes orgânicos podem infestar o solo com plantas invasoras e podem, também carregar resíduos e outros produtos, como sais, causando problemas ao solo. A irrigação é uma prática essencial para a manutenção da produtividade da cultura explorada, mas para que seja eficiente deve ser levado em consideração algumas variáveis tais como tipo de solo, capacidade deste em reter água e a evapotranspiração da cultura. Trabalhos já executados com níveis de irrigação em alface apresentam respostas as mais variadas possíveis, dependendo das condições edafoclimáticas da região considerada, de tal forma que os. 5.

(13) mesmos não podem ser extrapolados indistintamente para outras regiões. Dessa maneira é importante determinar a influência que tratos culturais podem ter na retenção de água do solo. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento da alface (Lactuca sativa L.) sob diferentes fontes de adubos orgânicos e os objetivos específicos foram verificar a influência de várias fontes de matéria orgânica na adubação da alface, verificar a amplitude térmica em função da cobertura do solo e adubação orgânica e verificar a influência da cobertura do solo e da matéria orgânica na retenção de água no solo.. 2.Referencial Teórico. 2.1 Cultura da alface As hortaliças são, por excelência, fontes de vitaminas e sais minerais, substâncias essenciais ao bom funcionamento do organismo humano. Auxiliam a digestão e o funcionamento dos diversos órgãos sendo, por isso, consideradas alimentos protetores da saúde (MACEDO, 2006). Apresenta elevado teor de pró-vitamina A nas folhas verdes, alcançando até 4.000 UI.100 g-1 (FILGUEIRA, 2003). É rica em sais de cálcio e de ferro e apresenta quantidades razoáveis das vitaminas B1, B2, B6, C e a pró-vitamina A. Possui baixo valor calórico, sendo aconselhável nas dietas por ser de fácil digestão (KATAYAMA, 1993). É a hortaliça folhosa mais consumida no país e no mundo (SANTOS et al., 2001). A fácil aquisição do produto, sabor, qualidade nutritiva e baixo custo são características que favorecem o consumo (COMETTI et al., 2004). O consumidor tem se tornado mais exigente, havendo necessidade de produzir a alface em quantidade e com qualidade, bem como manter o seu fornecimento o ano todo (OHSE et al., 2001). Contudo, o brasileiro consome em média 1,2 kg de alface por ano, o que é pouco de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A alface (Lactuca sativa L.) originou-se de espécies silvestres, ainda atualmente encontradas em regiões de clima temperado, no sul da Europa e na Ásia Ocidental. Pertence à família Asteraceae. É uma planta herbácea, muito delicada, com caule diminuto, não ramificado, ao qual se inserem as folhas que são grandes, lisas ou crespas, fechando-se ou não na forma de cabeça. Sua coloração varia do verde amarelado até o verde escuro sendo algumas cultivares de cor arroxeada. As raízes são do tipo pivotante, quando semeadas diretamente nos canteiros, podendo atingir até 60cm de profundidade, porém quando conduzidas em sistema de transplantio, apresentam ramificações delicadas, finas e curtas, explorando apenas os primeiros. 6.

(14) 25cm de solo (FIGUEIRA, 2003), sendo a maior concentração encontrada na profundidade de 0-20cm, tornando-se uma faixa de importância quando se estuda irrigação e adubação. Por se tratar de uma hortaliça de inverno, o cultivo da alface em outras estações do ano favorece a incidência de doenças e a ocorrência de desequilíbrios nutricionais, principalmente sob condições chuvosas e de elevadas temperaturas. O maior desafio está em selecionar cultivares que apresentem precocidade de colheita, altas produtividades sob condições climáticas adversas, que sejam resistentes ao pendoamento precoce, além de possuírem boa qualidade comercial (YURI et al., 2004). Em regiões de temperaturas elevadas o crescimento e desenvolvimento podem ser comprometidos impedindo que a cultura expresse todo o seu potencial genético, podendo reduzir o ciclo da cultura que compromete sua produção devido a aceleração do metabolismo da planta e, consequentemente, antecipação da fase reprodutiva (SETUBAL & SILVA, 1992) É uma planta muito tolerante às doenças e pode ser produzida sem maiores problemas durante quase todo o ano. Muitos agricultores preferem cultivá-la em ambientes protegidos e usando a alface para fazer rotação com outras espécies (FURLAN, 2001). A cultura da alface pode ser iniciada com a semeadura em bandeja de poliestireno e posterior transplantio para o canteiro, quando as mudas apresentarem quatro folhas definitivas. A semeadura direta é pouco utilizada por aumentar as chances de ocorrerem falhas na germinação e por conseqüência, desuniformidade na produção (FILGUEIRA, 2003). A técnica da cobertura do solo, também conhecida como “mulching”, associada à proteção de plantas com polipropileno, pode ser uma alternativa viável para melhorar a produtividade e a qualidade da alface (REGHIN et al,. 2002).. 2.2. Cobertura do solo Para minimizar as perdas de solo, é muito importante que o mesmo esteja protegido, pois há redução do impacto da gota de chuva ou da irrigação e, consequentemente, do selamento superficial, minimizando o arraste de solo (PRUSKI et al., 2003). A cobertura de solo “mulching” é um sistema de proteção, que utiliza materiais propícios para cobrir o solo, buscando oferecer melhores condições à planta protegida. As coberturas mais tradicionais são de materiais orgânicos vegetais: capim, palha, bagaço, casca e outros que estejam disponíveis. No entanto, são utilizadas também cobertura com plástico, devido a sua diversidade na composição, disponibilidade no mercado, facilidade no manejo e custo acessível. (MARTINS, 2003).. 7.

(15) Os tratos culturais são fatores relevantes para o êxito da cultura e a utilização de cobertura de solo vem se destacando, principalmente, depois do surgimento dos filmes plásticos, que têm encontrado aceitação cada vez maior, devido a sua praticidade de aplicação e, sobretudo pelas evidentes vantagens que trazem aos cultivos (SGANZELA, 1995). Tanto a cobertura de plástico, como restos vegetais têm sido explorados com vários objetivos, dentre os quais, reduzir a evaporação de água na superfície do solo; e diminuir as oscilações de temperatura do solo (ARAÚJO et al., 1993), permitir o controle de plantas invasoras; oferecer proteção aos frutos, evitando seu contato direto com o solo; maior precocidade da colheita e capacidade de influir diretamente sobre a incidência de pragas e doenças (CASTELLANE, 1995), reduzir a lixiviação dos nutrientes e a compactação do solo. A película de polietileno, dadas as suas características de impermeabilidade, mantém a umidade do solo mais elevada nos intervalos entre as irrigações, e proporciona a maior mineralização da matéria orgânica e menores perdas de N por desnitrificação, reduz a lixiviação de Ca e Mg no solo (SAMPAIO et al., 1999). Aumentos na precocidade e no rendimento de várias culturas têm sido relatados quando filmes plásticos e outros materiais foram usados como mulching (STRECK et al., 1994).. 2.3 Adubação. 2.3.1. Aspectos Gerais da Adubação Orgânica A nutrição de plantas é fundamental, em qualquer sistema de produção agrícola, para que. se tenha uma planta equilibrada, resistente ao ataque de pragas e doenças e que forneçam produtos de boa qualidade. É reconhecida a importância e a necessidade da adubação em hortaliças, estando o sucesso da produção totalmente ligado a nutrição das plantas. Entretanto o uso de adubos orgânicos principalmente nas hortaliças folhosas como na cultura da alface, visa compensar as perdas de nutrientes ocorridas durante seu cultivo (KIMOTO, 1993). As altas produtividades obtidas com uso intensivo de capital, de fertilizantes inorgânicos e de agrotóxicos têm sido questionadas não só por suas contradições econômicas e ecológicas, mas também por desprezar aspectos qualitativos importantes da produção vegetal (SANTOS et al., 1994). O emprego de fertilizantes minerais na cultura da alface é uma prática agrícola que traz resultados satisfatórios em termos de produtividade, mas deve-se considerar a saúde dos consumidores, o custo de produção e a qualidade do produto final. Atualmente, adubos orgânicos de várias origens são empregados no cultivo dessa hortaliça que, além de. 8.

(16) proporcionar melhoria das propriedades físicas e químicas do solo (KIEHL, 1985), reduz a necessidade de uso de adubos minerais. Vidigal et al. (1995), afirmam que a matéria orgânica adicionada ao solo na forma de adubos orgânicos, de acordo com o grau de decomposição dos resíduos, pode ter efeito imediato no solo e/ou efeito residual, por meio de um processo mais lento de decomposição. A adubação orgânica , utilizada como melhorador da fertilidade do solo também resulta em incremento da matéria orgânica e atividade biológica do solo (BULLUCK et al. 2002). Para Ricci et al. (1995) a adubação orgânica, especialmente o esterco animal, é altamente benéfica a cultura da alface que possui raízes delicadas e exigente ao aspecto físico do solo, mas a resposta dessa espécie varia de acordo com a cultivar e a fonte de adubo utilizada. A adoção de adubação orgânica no cultivo de hortaliças tem crescido nos últimos anos e vários estudos têm sido realizados, em virtude das inúmeras vantagens da adubação orgânica no cultivo de hortaliças, ao elevado custo dos adubos minerais solúveis e ao marketing realizado em torno da produção orgânica de alimentos (SANTOS et al., 2001).. 2.3.2 Fontes de matéria orgânica Os componentes dos materiais orgânicos incorporados ao solo possuem resistências diferentes a decomposição. Várias fontes podem ser utilizadas como matéria orgânica a exemplos de esterco bovino, esterco de aves, tortas, lodo de esgoto e de origem vegetal como gramíneas, leguminosas etc. Para se ter noção da quantidade de nutrientes as ser incorporado ao solo é importante conhecer a relação entre qualidade dos resíduos vegetais e a taxa de decomposição e liberação de nutrientes (MONTEIRO et al., 2002). A composição química dos estrumes varia com a espécie animal, o regime e a natureza das camas empregadas. Em 100 quilos de excrementos sólidos de carneiro encontram-se: 65,7 kg de água; 0,550 kg de N; 0,310 kg de P2O5; 0,150 kg de K2O e 0,460 kg de CaO. Em 100 quilos de excrementos sólidos de vaca leiteira há, em media, 80,35 kg de água; 0,360 kg de N; 0,050 kg de P2O5 e 0,250 kg de K2O (MALAVOLTA et al., 2002). Um dos adubos orgânicos mais utilizados na agricultura nordestina é o esterco, principalmente caprino, ovino e bovino, porém sua eficiência depende do grau de decomposição, da origem do material, da dosagem empregada e até da forma de colocação do adubo (SILVA et al., 2005). Algumas recomendações são indicadas em função do tipo de material: esterco bovino (30t/ha), ovelha (20t/ha), esterco de galinha puro (10t/ha), húmus de minhoca (20t/ha) (NUNES, 1999).. 9.

(17) Os estercos animais, em função da sua grande disponibilidade e resposta no crescimento das plantas e no aumento da produção, são considerados como importantes fontes de adubos orgânicos (TEIXEIRA et al., 2002). No entanto, a reduzida disponibilidade de esterco nas propriedades leva grande parte dos agricultores a importá-lo de regiões circunvizinhas, o que eleva os custos de produção (MENEZES et al., 2002). O esterco também pode ser utilizado em mistura com outros componentes no preparo de substrato para mudas. A utilização de esterco bem curtido contribui muito para a melhoria da qualidade do substrato, pois aumenta a capacidade de retenção de água, a porosidade e agregação do substrato, além de fornecer nutrientes essenciais às mudas. Assim, o esterco curtido pode ser uma alternativa viável para misturas com outros substratos (WENDLING & GATTO, 2002). O esterco de cabra conceitua-se como um dos adubos mais ativos e concentrados, (Alves & Pinheiro, 2008) em experimentos observaram que 250 kg de esterco de cabra, incorporados ao solo, produzem o mesmo efeito que 500 kg de esterco de vaca. As aves produzem um esterco mais rico em nitrogênio que alguns ruminantes ou suínos, podendo variar sua composição de acordo com a espécie e o tipo de alimentação. As aves poedeiras alimentadas com ração fornecem um esterco rico em nutrientes, especialmente nitrogênio e fósforo, porém pobres em matéria orgânica. Se deixado curtir, sua decomposição é rápida, liberando-se em poucos dias a maior parte dos nutrientes. Por esta razão, o esterco de aves não deve ser guardado puro. Deve ser misturado aos materiais de relação C/N (proporção da porcentagem de carbono orgânico para de nitrogênio total) elevada e materiais coloidais; de reação ácida, como o solo, formando o processo de compostagem (PENTEADO, 2003). O húmus de minhoca é um composto orgânico, de decomposição avançada, portanto de rápida liberação de nutrientes. Provoca o melhoramento natural do solo, através da aeração e absorção de água. Compreende uma mistura de enzimas, vitaminas, micronutrientes quelatizados, macronutrientes (N, P, K, Ca e Mg) e pequenas quantidades de resíduos e ovos de minhoca (PENTEADO, 2003). A compostagem é um processo biológico de transformação da matéria orgânica crua em substancias húmicas, estabilizadas, com propriedades e características completamente diferentes do material que lhe deu origem (KIEHL, 1985). É um processo rápido e eficiente; é favorecida por materiais que, depois de misturados, resultem em uma relação C/N entre 26 e 35 (ARAÚJO et al., 2008). A torta de mamona é uma fonte orgânica que tem sido muito utilizada e trata-se do principal subproduto da cadeia produtiva da mamona, produzida a partir da extração do óleo das. 10.

(18) sementes desta oleaginosa. Este subproduto apresenta-se como excelente fonte de nitrogênio, cuja liberação não é tão rápida quanto à de fertilizantes químicos, e nem tão lenta quanto à de esterco animal (OLIVEIRA FILHO et al., 2010).. 2.4 Aspectos hídricos para cultura da alface A retenção de água no solo é característica específica de cada solo sendo resultado da ação conjunta e complexa de vários fatores como o teor e mineralogia da fração argila (FERREIRA et al., 1999); teor de matéria orgânica, estrutura (REICHARDT, 1988), densidade do solo (BEUTLER et al., 2002) dentre outros. A matéria orgânica aumenta a capacidade de infiltração de água no solo e a sua capacidade de armazenamento devido à melhoria das condições físicas dos horizontes superficiais, principalmente em relação a sua estrutura. Este aumento da infiltração de água no solo reduz a formação de enxurradas e as perdas por erosão (MEEK et al. (1982) A matéria orgânica é fortemente higrófila em função de suas cargas negativas e da alta superfície específica. Conseqüentemente, o seu poder de retenção de água é alto, podendo reter de 4 a 6 vezes o seu peso; porém em alguns casos se verifica que esta maior capacidade de retenção pode não implicar em maior quantidade de água disponível (BRADY, 1989). Segundo Fageria et al.(1999) um dos principais efeitos da adição de matéria orgânica é a mudança nas características de retenção de água do solo e que esta se deve aos seguintes fatores: decréscimo da densidade e aumento da porosidade total, mudança na distribuição do tamanho dos agregados e aumento da capacidade de adsorção do solo e a mineralogia do solo. Para Emerson & McGarry. (2003) a porosidade aumenta com aplicação de matéria orgânica e esta, aumenta as cargas negativas do solo e incrementa a capacidade de retenção de água dos solos, principalmente nos solos arenosos. A água é um dos principais insumos que limita, mais freqüentemente, o rendimento da cultura da alface, reduzindo, assim, a eficiência do sistema de produção agrícola. Torna-se necessária então, a realização de um manejo adequado da irrigação para atender às necessidades da cultura e obter maior retorno econômico (AZEVEDO et al., 2005). A irrigação justifica-se como recurso tecnológico indispensável ao aumento da produtividade das culturas em regiões onde a insuficiência ou a má distribuição das chuvas inviabiliza a exploração agrícola (MARQUES & FRIZZONE, 2005).. 11.

(19) A irrigação não deve ser considerada isoladamente, mas sim como parte de um conjunto de técnicas utilizadas para garantir a produção econômica de determinada cultura com adequados manejos dos recursos naturais (MANTOVANI et al., 2006). O manejo otimizado da irrigação requer uma estimativa sistemática do estado energético de água no solo para determinar as quantidades apropriadas e o tempo de irrigação. O conteúdo de água do solo deve ser mantido entre certos limites específicos acima e abaixo, onde a água disponível para a planta não é limitada, enquanto a lixiviação é prevenida (MORGAN et al., 2001). A exigência de água de uma dada cultura é representada pela sua evapotranstiração (ETc), basicamente definida como a taxa de transferência de vapor de água da planta e do solo para a superfície da atmosfera. Este é um elemento-chave para a implementação de estratégias de manejo de irrigação para a produção vegetal, tanto exploração e os níveis de irrigação e para o estudo da lixiviação de agrotóxicos para as águas subterrâneas (OLIVEIRA et al., 2005).. 3. Referências Bibliográficas. ALVES, F.S.F.; PINHEIRO, R. R. O esterco caprino e ovino como fonte de renda. Disponível em: <http//:www.cnpc.embrapa.br/artigo-1.htm> ; acesso em: 04/07/2008. ARAÚJO, F. F.; PEREIRA, W. C. G.; TIRITAN, C. S.; FOLONI, J. S. S. Utilização de compostos orgânicos semicurados na produção da alface (lactuca sativa). (Mossoró,Brasil), v.21, n.4, p.113-117, outubro/dezembro de 2008. ARAÚJO, R.C. da.; SOUZA, R. J. de.; SILVA, A. M. da; ALVARENGA, M. A. R. 1993. Efeitos da cobertura morta do solo sobre a cultura do alho (Allium sativum L). Ciência e Prática. Lavras 17: 228-233. AZEVEDO, B. M. de; BASTOS, F. G. C.; VIANA, T. V. de A.; RÊGO, J. de L.; D´ ÁVILA, J. H. T. Efeitos de níveis de irrigação na cultura da melancia. Revista Ciência Agronômica, Vol. 36, Nº.1, jan.-abr., 2005: 9 – 15.. 12.

(20) BEUTLER, A.N.; CENTURION, J.F.; SOUZA, Z.M.; SILVA, L.M. Utilização dos penetrômetros de impacto e de anel dinamométrico em Latossolos. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v.22, n.2, p.191-9, 2002. BRADY, N.C. Natureza e propriedades dos solos. 7 ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1989. 898p. BULLUCK, L.R.; BROSIUS, M.G.; EVANYLO, K.; RISTAINO, J.B. Organic and synthetic fertility amendments influence soil microbial, physical and chemical properties on organic and conventional farms. Applled Soll Ecology, v.19, p. 147-160, 2002. CASTELLANE, PD.; SOUZA, AF.; MESQUITA FILHO, MDde. Culturas olerícolas. In: FERREIRA, ME. CRUZ, MCPda. (eds). Micronutrientes na agricultura. Piracicaba: POTAFÓS/CNPq, p.549-584, 1995. COMETTI, N.N.; MTIAS, G.C.S.; ZONTA, E.; MARY, W.; FERNANDES, M.S. Composto nitrogenado e açucares solúveis em tecidos de alafce orgânica, hidropônica e convencional. Horticultura Brasileira, v.22, p. 748-753 EMERSON, W.W.; McGARRY, D. Organic carbon and soil porosity. Australian Journal of Soil Research, Melbourne, v.41, p.107-118, 2003. FAGERIA, N.K.; STONE, L.F. ; SANTOS, A.B. Maximização da eficiência de produção das culturas. Brasília: Embrapa Arroz e Feijão, 1999. 294p FERREIRA, M.M.; FERNANDES, B. & CURI, N. Mineralogia da fração argila e estrutura de Latossolos da região sudeste do Brasil. R. Bras. Ci. Solo, 23:507-514, 1999. FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 2 ed. Viçosa: Editora UFV, 2003. 412 p. FURLAN, R.A.; ALVES, D.R.B.; FOLEGATTI, M.V.; BOTREL, T.A.; MINAMI, K. Dióxido de carbono aplicado via água de irrigação na cultura de alface. Horticultura Brasileira, Brasília, v.19, n.1, p. 25-29, março 2.001. KATAYAMA, M. Nutrição e adubação de alface chicória e almeirão. In: Simposio sobre nutrição e adubaçãode hortaliças. 1990. Jaboticabal. Anais... Piracicaba: POTAFOS, 1993. KIEHL, J.E. Fertilizantes orgânicos. Piracicaba: Agronômica Ceres, 1985. 492p. KIMOTO, T. Nutrição e Adubação de repolho, couve-flor e brocoli. In: Nutrição e adubação de hortaliças. Jaboticabal, 1993. Anais... Jaboticabal: UNESP, 1993. p.149178. MACEDO, P. B. Curso de hortaliças. Uruçuca: EMARC – 2006. MALAVOLTA, E.; PIMENTEL-GOMES, F.; ALCARDE, J. C. Adubos e adubações. São Paulo: Nobel, 2002. 200 p.. 13.

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(24) CAPÍTULO 2 Produção da alface crespa (Lactuca sativa L) em função de diferentes fontes de matéria orgânica e cobertura do solo SANTOS, Carlos Allan Pereira dos. Produção da alface crespa (Lactuca sativa L) em função de fontes diferentes de matéria orgânica e cobertura do solo. In: Produção da alface crespa e umidade do solo em função de diferentes fontes de matéria orgânica e cobertura do solo. 2011. Cap. II. Dissertação de Mestrado em Agroecossistemas – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão-SE. 1. Resumo A alface (Lactuca sativa L.) é uma das hortaliças mais produzidas pelos agricultores de Itabaiana e região, sendo assim é importante que se estude formas de manejo sustentáveis para a cultura. O objetivo do trabalho foi avaliar o comportamento da alface crespa, em função de diferentes fontes de matéria orgânica e cobertura do solo. Para tanto foi escolhida a cultivar Veronica. O experimento foi conduzido em área experimental do Projeto Pequeno Produtor Grande Empreendedor situado no município de Itabaiana-SE, no ano de 2010. O delineamento utilizado foi de blocos casualizados com quatro repetições, sendo os tratamentos compostos de cinco fontes de matéria orgânica (composto orgânico, esterco de aves, esterco bovino, esterco ovino e torta de mamona) e uma testemunha sem adubação todos com e sem cobertura morta totalizando 12 tratamentos. Foram avaliadas as características de diâmetro da planta, altura de planta, matéria fresca e seca de raiz e parte aérea e a variação da temperatura do solo. Todas as características avaliadas mostraram interação significativa entre o tipo de adubo e a cobertura morta. Quando utilizou-se a cobertura morta do solo, a melhor fonte de matéria orgânica para o cultivo da alface foi o esterco de aves e na impossibidade de uso de cobertura, recomenda-se a utilização do composto orgânico como fonte de matéria orgânica, visto que este apresentou os melhores resultados na ausência da cobertura. Com a cobertura do solo obteve-se melhores resultados em relação a temperatura do solo, havendo tendência de menores temperaturas quando se utilizou cobertura do solo e maiores temperaturas quando se utilizou torta de mamona. Palavras-chave: Lactuca sativa L., matéria orgânica, cobertura do solo.. 17.

(25) Production of lettuce (Lactuca sativa L) according to different sources of organic matter and soil cover SANTOS, Carlos Pereira dos Allan. Production of lettuce (Lactuca sativa L) according to different sources of organic matter and soil cover. In: Production of lettuce and soil moisture for different sources of organic matter and soil cover. 2011. Chapter II. Dissertation in Agroecosystems - Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão-SE.. 2. Abstract The lettuce (Lactuca sativa L.) is one of the vegetable more produced by the agriculturists of Itabaiana and region, being thus is important that if it studies sustainable forms of handling for the culture. The objective of the work was to evaluate the behavior of the lettuce, in function of different sources of organic substance and covering of the ground. For in such a way it was chosen to cultivate Veronica. The experiment was lead in experimental area of the Project Pequeno Produtor Grande Empreendedor in the Itabaiana city, in the year of 2010. The used delineation was of blocks casualizados with four repetitions, being the treatments composites of five sources of organic substance (compost, chicken manure, cattle manure, sheep manure and castor bean) and a witness without fertilization all with and without covering deceased totalizing 12 treatments. The characteristics of diameter of the plant, height of plant, cool and dry substance of root and aerial part had been evaluated and the variation of the temperature of the ground. All the evaluated characteristics had shown significant interaction enter the type of seasoning and the covering deceased. When it was used covering deceased of the ground, the best source of organic substance for the culture of the lettuce was chicken manure and in the impossibility of covering use, use of the organic composition sends regards to it as source of organic substance, since this presented the best ones resulted in the absence of the covering. With the covering of the ground it was gotten better resulted in relation the temperature of the ground, having trend of lesser temperatures when it used covering of the ground and greaters temperatures when used castor bean.. Keywords: Lactuca sativa L., organic matter, soil cover.. 18.

(26) 3. Introdução A alface crespa é uma planta da família Asteraceae, que é produzida em grande escala pelos produtores de Itabaiana e região, devido à sua grande aceitação pelos consumidores. Em razão dessa grande demanda, que se faz necessário o estudo e o desenvolvimento de técnicas que facilitem o seu manejo e, por consequência, que diminuam seu custo de produção. A cada dia aumenta a preocupação com a ingestão de alimentos que receberam doses excessivas de insumos químicos, pois sabe-se que algumas destas moléculas quando consumidas fora dos limites prudenciais causam doenças a curto e longo prazo, e fato da alface ser uma hortaliça consumida in natura, aumenta. cada vez mais a preocupação dos. consumidores com a origem desta, e paralelamente a esse fato cresce também a procura por produtos de origem orgânica. O emprego de fertilizantes minerais na cultura da alface é uma prática agrícola que traz resultados satisfatórios em termos de produtividade, mas deve-se considerar a saúde dos consumidores, o custo de produção e a qualidade do produto final. Atualmente, adubos orgânicos de várias origens são empregados no cultivo dessa hortaliça que, além de proporcionar melhoria das propriedades físicas e químicas do solo (KIEHL, 1985), reduz a necessidade de uso de adubos minerais. Vidigal et al. (1995), afirmam que a matéria orgânica adicionada ao solo na forma de adubos orgânicos, de acordo com o grau de decomposição dos resíduos, pode ter efeito imediato no solo e/ou efeito residual, por meio de um processo mais lento de decomposição. Rodrigues e Casali (1999), avaliando a aplicação de adubos orgânicos em alface, observou aumentos na produção e nos teores de nutrientes nas plantas. Santos et al. (1994), avaliando cinco doses de composto orgânico (0; 22,8; 45,6; 68,4 e 91,2 t ha-1), observaram que os teores de matéria seca e açúcares solúveis decresceram com o aumento das doses de composto orgânico, enquanto a produção de matéria fresca foi aumentada. É sabido que as hortaliças folhosas respondem muito bem à adubação orgânica. Oliveira et, al. (2010) em função dos resultados conseguidos em experimento utilizando rúcula e alface, concluíram que a. mineralização da matéria orgânica ocorreu em tempo hábil para o. fornecimento de nutrientes para as plantas, considerando-se que a área é mantida para o sistema orgânico há cinco anos. Vidigal et al. (1997), estudando o efeito de diferentes compostos orgânicos, atribuíram as menores produtividades de alface, cv. Carolina, a compostos orgânicos não suficientemente mineralizados para nutrir as plantas.. 19.

(27) Nakagawa et al. (1992), cultivando alface cultivar Brasil-48, concluíram que a utilização de 150 g de composto orgânico por vaso de diferentes resíduos agrícolas não produziu diferença significativa para biomassa fresca de folhas e caules. Villas Bôas et al. (2004), avaliando o efeito de três doses (30, 60 e 120 t ha-1) de composto orgânico de três composições distintas, observaram que o composto de palhada de feijão aumentou a biomassa fresca da parte aérea e a quantidade de N, K, Ca, Mg, B, Cu, Fe e Zn nas plantas de alface. A adoção de técnicas como a cobertura do solo traz benefícios não só às características físicas, químicas e biológicas do mesmo, mas também atua como barreira que diminui o crescimento e o desenvolvimento de plantas daninhas, pois ao cobrir o solo, impede a passagem de luz, o que dificulta a germinação de sementes das invasoras que estejam presentes no solo. Além disso, a cobertura do solo retém a água no solo mantendo-o mais tempo úmido e, assim, é possível aumentar os intervalos entre irrigações. Atua, também, como agente isolante, impedindo oscilações bruscas da temperatura do solo e contribuindo para a menor evaporação da água armazenada com melhor aproveitamento do conteúdo de água no solo pelas plantas (BIZARI et al., 2009), além de proporcionar maior aeração e menor compactação do solo (ARAUJO et al., 1993) A utilização da cobertura de solo no cultivo da alface tem se mostrado fator determinante no aumento da produção e na qualidade do produto. No entanto, para que a utilização da cobertura seja viável é preciso que novas alternativas de cobertura, disponíveis na região de cultivo, sejam avaliadas. Por exemplo, Andrade Junior (2005), trabalhando com coberturas de canteiro para cultura de alface, em Minas Gerais, concluiu que a cobertura com casca de café superou o material sintético plástico preto em todas as características avaliadas. Esse resultado é importante, principalmente para a região do sul de Minas, pois nesta área existe grande disponibilidade de casca de café. Rodrigues et al. , (2009) concluíram que as coberturas de solo com capim e cobertura de solo com polietileno dupla face proporcionaram as maiores produções em massa de matéria fresca, diâmetro e número de folhas; porém, recomenda-se a utilização de um material vegetal como cobertura de solo nas épocas de altas temperaturas e o uso de polietileno nas épocas de baixas temperaturas. Os restos vegetais contribuem ainda como reserva considerável de nutrientes (ROSOLEM et al., 2003). Andreani Júnior e Galbiati Neto (2003) avaliaram a influência de vários tipos de cobertura de solo sobre a produtividade da alface e verificaram que as coberturas com bagaço de cana e palha de arroz proporcionaram maiores ganhos de peso das plantas, 710,0 e 669,5. 20.

(28) gramas, respectivamente, quando comparada ao tratamento terra nua sem capina (355,6 g) e ao tratamento em que se utilizou plástico transparente (280,4 g). Carvalho et al (2005) observaram que as coberturas proporcionaram maiores médias no número de folhas e de matéria fresca, quando comparadas com a testemunha (solo nu). O presente trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento da alface crespa, cultivar Verônica, em função de diferentes fontes de matéria orgânica e cobertura do solo.. 4. Material e Métodos O trabalho foi realizado na área experimental do Projeto Pequeno Produtor Grande Empreendedor do Instituto GBarbosa em parceria com a Universidade Federal de Sergipe, situada no município de Itabaiana, localizada na latitude 10º 41’ 11” e Longitude 37º 25’ 37, a 56 quilômetros de Aracaju, com clima de transição entre o semi-árido e semi-úmido, com temperatura média anual de 24,7ºC e pluviosidade média de 858,5 mm.. 4.1 Cultivar e produção de mudas Para o experimento foi utilizada a cultivar Verônica do grupo crespa. As mudas foram produzidas em estufa (Figura 1) onde foram utilizadas bandejas plásticas com 162 células e substrato comercial, mantendo as bandejas em ambiente protegido, o sistema de irrigação utilizado foi por microaspersão, até que apresentassem quatro folhas definitivas (Figura 2), quando foram transplantadas para os canteiros.. 21.

(29) FIGURA 1: Estufa utilizada para a produção das mudas de alface, Itabaiana-SE.. FIGURA 2: Muda de alface pronta para o transplante, Itabaiana-SE.. 4.2 Delineamento Experimental. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados com fatorial 6 x 2, sendo doze tratamentos e quatro repetições num total de 48 parcelas (Figura 3) constituídos. 22.

(30) pelos diferentes tipos de matéria orgânica utilizada: esterco bovino, esterco ovino/caprino, esterco de aves, composto orgânico, torta de mamona e testemunha (sem adição de matéria orgânica) e cobertura do solo. Para cobertura foi utilizada palha de capim elefante (Pennisetum purpureum Schumach.) Para todas as fontes de adubação orgânica foram utilizadas doses de 30 t/ha, cujo volume correspondeu, em baldes de 10 L: um balde e meio de esterco bovino, caprino/ovino e composto; um balde de torta de mamona e dois baldes de composto/parcela. Os tratamentos foram: T 1: adubação com esterco bovino – sem cobertura; T 2 adubação com esterco bovino – com cobertura; T3 - adubação com esterco ovino/caprino – sem cobertura; T4 - adubação com esterco ovino/caprino – com cobertura ; T 5 - adubação com esterco de aves – sem cobertura; T 6 - adubação com esterco de aves – com cobertura; T 7 adubação com composto – sem cobertura; T 8 - adubação com composto – com cobertura; T 9 adubação com torta de mamona – sem cobertura; T 10 - adubação com torta de mamona – com cobertura; T 11 - testemunha – sem cobertura; T 12 - testemunha – com cobertura.. 4.3 Coleta e Análises do Solo Foram feitas coletas de solo utilizando um trado na profundidade 0-20 cm para a realização de análises químicas e físicas do solo antes da instalação do experimento. As análises foram feitas no Laboratório de Análise de solo do Departamento de Ciência do Solo na Universidade Federal de Lavras (Tabela1).. TABELA 1: Análise química do solo da área experimental. Itabaiana-SE. Prof.. pH. (cm). H2O. 0-20. 7,7. M.O.. P. K 3. Dag/kg Mg/dm 0,6. 87,3. Ca. Mg. 3. Mg/dm 50. 23. Al. H+Al. CTC. cmolc/dm3 1,9. 2,9. 0,0. V %. 0,7. 5,6. 87,8.

(31) FIGURA 3: Distribuição dos tratamentos na área experimental. Itabaiana-SE. BLOCO 2. BLOCO 1. BLOCO 3. BLOCO 4. Tratamento 6. Tratamento 11. Tratamento 9. Tratamento 4. Tratamento 7. Tratamento 2. Tratamento 4. Tratamento 5. Tratamento 12. Tratamento 12. Tratamento 12. Tratamento 11. Tratamento 5. Tratamento 10. Tratamento 11. Tratamento 10. Tratamento 9. Tratamento 9. Tratamento 7. Tratamento 8. Tratamento 1. Tratamento 5. Tratamento 2. Tratamento 2. Tratamento 8. Tratamento 3. Tratamento 1. Tratamento 12. Tratamento 2. Tratamento 7. Tratamento 5. Tratamento 6. Tratamento 3. Tratamento 4. Tratamento 10. Tratamento 3. Tratamento 11. Tratamento 6. Tratamento 8. Tratamento 7. Tratamento 10. Tratamento 8. Tratamento 3. Tratamento 9. Tratamento 4. Tratamento 1. Tratamento 6. Tratamento 1. 4.4 Tratos Culturais A adubação utilizada foi exclusivamente orgânica de acordo com os tratamentos. Durante o ciclo da cultura foram realizadas duas capinas, sendo a primeira aos 15 dias e a segunda aos 30 dias após o transplantio. A irrigação foi feita diariamente em dois períodos, no início da manhã e final da tarde utilizando o sistema de microaspersão.. 24.

(32) 4.5 Características Avaliadas. As avaliações foram feitas 43 dias após o transplantio, esse tempo foi determinado em função do tratamento com esterco de aves que mostrou início de pendoamento. As plantas foram colhidas e, no mesmo dia, foram realizadas as avaliações das seguintes características: massa fresca de parte aérea e raiz, número de folhas, diâmetro da cabeça (Figura 4). Para a medição destas características foi adotada como parcela útil 5 plantas da linha central de cada parcela, descartando, assim, as bordas. Após a realização destas medidas, as plantas foram colocadas em sacos de papel, separando parte aérea e raiz, e levadas à estufa de circulação forçada a 60ºC por 6 dias e, em seguida, retiradas para a pesagem de matéria seca.. FIGURA 4: Detalhe da medição do diâmetro da planta. 4.6 Temperatura do solo Para a realização das leituras da temperatura do solo foi utilizado um termômetro digital. As leituras foram realizadas semanalmente sempre em um ponto central da parcela útil (Figura 5).. 25.

(33) FIGURA 5: Leitura da temperatura, Itabaiana-SE.. 5. Resultados e Discussões Para todas as características avaliadas houve interação significativa para os dois fatores (Tabela 2), com exceção da massa seca de raiz, onde apenas o fator adubação orgânica foi significativa.. TABELA 2: Resumo da análise de variância para diâmetro da alface (D), número de folhas (N.F.), matéria fresca de parte aérea (MFA), matéria fresca de raiz (MFR), matéria seca de parte aérea (MSA) e matéria seca de raiz (MSR). FV GL D NF MFA MFR MSA MSR QUADRADOS MÉDIOS Org. 5. 46,0024*. Cob. 1. 11,2520. Org*Cob. 5. Erro. 36. CV(%). NS. 104,7117*. 35,4438*. 1,0847* NS. 1,4066* 1,0308. NS. 0,2543 * 0,1752 NS. 60,7500*. 53,3380*. 0,6593. 49,2969*. 90,2076*. 32,3516*. 1,3905*. 2,0954*. 0,2210 NS. 10,4227. 12,3355. 4,0914. 0,3920. 0,4184. 0,1017. 13,03. 22,73. 21,72. 11,63. 16,64. 23,15. FV – Fontes de variação; Org – Fontes de matéria orgânica; Cob – Cobertura do solo; D – Diâmetro da cabeça de alface (cm); NF – Número de folhas; MFA – Massa fresca de parte aérea (g); MFR – Massa fresca de raiz (g); MAS – Massa seca de parte aérea (g); MSR – Massa seca de raiz (g). *Significativo a 5% de probabilidade, pelo teste F. Todas as variáveis foram ajustadas pela equação √ + 0,5 com exceção do diâmetro e número de folhas.. 26.

(34) Em relação ao diâmetro da cabeça de alface, quando utilizada a cobertura do solo observou-se que as fontes de adubo orgânico tiveram comportamentos distintos sendo o esterco de aves superior com média de 31,65 cm, seguido dos tratamentos com composto orgânico (27,03 cm) e esterco de ovinos (26,32 cm). O esterco bovino e a torta de mamona apresentaram os piores desempenhos apresentando médias de 20,82 cm e 23,50 cm respectivamente, sendo estatisticamente iguais à testemunha (Tabela 3). Neto et al., (1990) em trabalho avaliando o efeito de diferentes resíduos orgânicos na produtividade da alface observaram que a utilização do esterco de aves aliada a adubação química resultou num aumento do diâmetro da alface, constatando também que a utilização do dobro da dose recomendada de esterco de galinha substitui satisfatoriamente a mesma dose de fertilizante mineral. Outro fator observado foi a elevada temperatura do solo quando utilizou-se a torta de mamona, o que pode ter contribuído para a baixa média de diâmetro da cabeça de alface. Pimentel et al. (2008) observaram resposta positiva à utilização de doses crescentes de composto orgânico para a cultura da alface sobre o diâmetro das cabeças, apresentando essas maiores e mais pesadas nas parcelas onde o composto foi incorporado. Os estercos de aves e ovinos tiveram melhoria significativa quando foi utilizada a cobertura. Os demais tratamentos não diferiram estatisticamente para essa variável.. TABELA 3: Médias do diâmetro e número de folhas de alface em função da matéria orgânica e cobertura do solo. Diâmetro (cm). Número de Folhas. Tratamento E. A. E. B. C. O. T. M. E. O. S. A. CV (%). Cobertura Sem 24,54 aB 25,30aA 28,08 aA 24,16 aA 19,15 bB 24,50 aA. Com 31,65 aA 20,82 cA 27,03 bA 23,50 cA 26,32 bA 22,22 cA 13,03. Sem 12,62 bB 16,60 aA 20,51 aA 13,68 bA 10,02 bB 12,50 bA. Com 26,12 aA 11,24 cB 20,71 bA 13,68 cA 16,57 cA 11,10 cA 22,73. Médias seguidas das mesmas letras, minúsculas nas colunas e maiúsculas nas linhas, não diferem estatisticamente pelo teste de Scott-Knott a 5%. E. A: esterco de aves; E B: esterco bovino; C O: composto orgânico; T M: torta de mamona; E O: esterco de ovinos; S A: sem adubação (testemunha).. Em relação ao número de folhas (Figura 6) quando utilizada a cobertura do solo o tratamento com esterco de aves apresentou comportamento distinto dos demais, sendo o esterco de aves apresentando o melhor resultado seguido pelo tratamento onde se utilizou o composto orgânico. Os tratamentos onde se utilizou esterco bovino, torta de mamona e esterco ovino foram estatisticamente iguais a testemunha. E também para essa característica a cobertura. 27.

(35) favoreceu o tratamento com esterco de aves. Freitas et al. (2009) em trabalho utilizando esterco de aves, composto orgânico e adubação mineral não encontram interação significativa entre os tratamentos e época de plantio para número de folhas. Em condições de cultivo orgânico, OLIVEIRA et al.,(2010) avaliando o comportamento da alface destacaram que o rendimento de folhas da alface pode estar relacionado às funções que os adubos orgânicos exercem sobre as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, uma vez que eles apresentam efeitos condicionadores e aumentam a capacidade do solo em armazenar nutrientes necessários ao desenvolvimento das plantas. PORTO et al.,(1999) observaram que o número de folhas menor pode ser causado pela temperatura e luminosidade elevadas no período em que realizaram o experimento , o que resultou também em menor ciclo vegetativo.. 30. 26,12. 25. 20,51 20,71. 20. 16,60. 15 12,62. 13,68 13,68. 11,24. 16,57. 10,02. 10. Sem cobertura. 12,50 11,10. Com cobertura. 5 0 E. A.. E. B.. C. O.. T. M.. E. O.. S. A.. FIGURA 6: Número de folhas da alface entre os tratamentos EA= esterco de aves, EB= Esterco bovino, CO= composto, TM= torta de mamona, EO= esterco ovino, AS= sem adubação orgânica A utilização de esterco de aves associada à cobertura do solo proporcionou a melhor produção de massa fresca (Figura 7) estatisticamente igual ao composto, com médias de 254,3 g e 178,86 g respectivamente, as demais fontes de matéria orgânica não apresentam diferença significativa em relação a utilização de cobertura do solo. Utilizando fontes de matéria orgânica para produção de alface, Porto et al., (1999), verificaram um incremento na matéria fresca ao utilizar a cama de frango como fonte de adubação. A esses resultados seguiram-se os tratamentos onde utilizou-se esterco ovino e torta de mamona. Para essa característica o esterco bovino obteve o mesmo comportamento da. 28.

(36) testemunha, o que pode ser explicado pela origem do esterco e segundo Vidigal (1995) pode ter efeito imediato ou residual de acordo com o grau de decomposição dos resíduos. O efeito da cobertura teve diferenças significativas para os tratamentos com esterco de aves e ovinos onde a cobertura proporcionou aumento considerável para essa característica.. 300 254,3. 250 200. 178,86 134,43. 150 100. 103,32 55,08. Sem cobertura 97,18. 58,74. Com cobertura. 92,62 67,18. 49,93. 35,52. 50. 42,00. 0 E. A.. E. B.. C. O.. T. M.. E. O.. S. A.. FIGURA 7: Massa fresca da alface em função dos diferentes tratamentos. EA= esterco de aves, EB= Esterco bovino, CO= composto, TM= torta de mamona, EO= esterco ovino, AS= sem adubação orgânica Para massa fresca de raiz o composto orgânico e o esterco de aves foram superiores quando se utilizou cobertura morta e, para massa seca da parte aérea, o esterco de aves foi isoladamente superior aos demais. Sem cobertura todos os tratamentos foram estatisticamente iguais para essas duas características (Tabela 4). Roel et al., (2007) não observaram diferenças significativas para matéria seca, obtendo valores semelhantes aos da testemunha em trabalho que avaliou a produção de alface utilizando fertilizantes orgânicos. Segundo Oliveira et al., 2010. RODRIGUES et al., (2009) encontraram resultados semelhantes ao avaliar a produção de alface em sistema orgânico com a utilização de cobertura do solo, onde a produção de matéria fresca obteve um incremento ao utilizar o capim como cobertura dos canteiros.. 29.

Referências

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