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Previsão SGFP, SA. Relatório e Contas

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Previsão SGFP, SA

Relatório e Contas

2008

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Previsão SGFP, SA

Capital social 2 947 000 euro Matrícula na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa e Pessoa colectiva nº 502 073 942 Rua de Entrecampos, 28-8º Piso 1749-076 Lisboa

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Relatório e contas de 2008

Mensagem do Presidente do Conselho de Administração 5

Principais Eventos 7

Estrutura Accionista 7

Relatório de gestão 9

Enquadramento Macroeconómico 11

Mercados Financeiros 13

Mercado Nacional de Fundos de Pensões 16

Envolvente Regulamentar 17

Relações Associativas 18

Política de Investimento 18

Actividade de Gestão dos Fundos 19

Organização e Recursos Humanos 21

Análise Económica e Financeira 23

Principais Riscos e Incertezas 25

Perspectivas 26

Proposta de Aplicação de Resultados 27

Demonstrações Financeiras 29

Balanço 31

Demonstrações dos Resultados por Naturezas 35

Demonstrações dos Resultados por Funções 39

Demonstrações dos Fluxos de Caixa 43

Anexo às Demonstrações Financeiras 47

Certificação legal das contas 59

Relatório e parecer do Conselho Fiscal 63

Corpos Sociais 67

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A Previsão é a Sociedade Gestora de Fundos de Pensões (SGFP) do Grupo PT que gere os Fundos de Pensões do Pessoal da Portugal Telecom/CGA, do Pessoal dos TLP, Regulamentares da Companhia Portuguesa Rádio Marconi e da TDP – Teledifusora de Portugal, S.A., destinados a financiar responsabilidades com benefícios de reforma dos trabalhadores da PT Comunicações. A Previsão, SGFP, S.A. é detida a 82% pela Portugal Telecom SGPS.

Evolução dos Principais Índices e Asset Allocation Evolução dos Principais Índices e Asset Allocation Evolução dos Principais Índices e Asset Allocation Evolução dos Principais Índices e Asset Allocation

2006 2007 2008 Asset Allocation

MSCI Europe 19,6% 6,5% -38,9% 11,5% Acções Europa

S&P 500 15,8% 5,5% -37,4% 11,5% Acções US Large Cap

Russel 2500 / S&P Completion 16,2% 1,4% -38,9% 5,5% Acções US Small&Mid Cap

MSCI Japan 7,3% -10,1% -42,6% 5,5% Acções Japão

MSCI Pacific Ex- Japan AC 25,6% 29,1% -44,0% 2,5% Acções Pacific ex-Japan AC

HFR Global Hedge Fund Index 6,7% 2,7% -23,3% 4,5% Absolute Return

Rendibilidade Média FII APFIPP 3,2% 4,1% 2,8%

EPRA/NAREIT Eurozone 50,0% -24,2% -42,8% 15,0% Imobiliário

EPRA/NAREIT Global 27,3% -16,1% -45,0%

S&P GSCI -15,1% 32,7% -46,5% 7,5% Commodities

Lehman EUR Inflation Linked -1,6% 1,6% 2,9% 10,0% Obrigações Euro Inflation Linked

Lehman EUR Aggregate 0,0% 1,4% 6,2% 16,5% Obrigações Euro Fixed Income

Lehman US Aggregate 4,3% 7,0% 5,2% 8,0% Obrigações US Fixed Income

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Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

No ano 2008 a actividade económica mundial deteriorou-se fortemente, reflectindo o impacto na economia real do agravamento do choque financeiro global, que eclodiu no ano anterior, com o colapso do segmento hipotecário de alto risco nos EUA.

Os países mais desenvolvidos evoluíram para uma situação próxima, ou mesmo, de recessão, face à acentuada contracção da actividade económica, ao mesmo tempo que se verificou uma desaceleração do crescimento das economias emergentes, por via da redução das exportações, quebra de preços das

commodities e diminuição dos fluxos de financiamento.

A crise financeira aprofundou-se a partir de Setembro/Outubro, evoluindo para um processo de reavaliação de risco à escala global. Preocupações crescentes com liquidez e solvabilidade afectaram gravemente a confiança dos investidores e precipitaram quebras acentuadas nos mercados accionistas, a par de uma elevada volatilidade, forçando os governos e autoridades monetárias a recorrer a medidas de emergência visando repor a liquidez e estabilizar os mercados financeiros.

Neste contexto, os mercados de fundos de pensões registaram globalmente, segundo a OCDE e Watson Wyatt, retornos negativos de -18% e de -20%, respectivamente. Nos Fundos de Pensões sob gestão da Previsão, em linha com o benchmark das suas Políticas de Investimento, a rendibilidade do ano de 2008 foi de -24%.

A Política de Investimento que vem sendo seguida pela Previsão desde 2003 caracteriza-se por uma exposição de cerca de 40% a acções e uma diversificação significativa por classes de activos historicamente não correlacionadas. Esse asset allocation garantiu até final de 2007 uma rendibilidade média anual de cerca de 7%, mas a quebra acentuada na classe de acções e a forte correcção das commodities no segundo semestre do ano, determinaram os resultados obtidos em 2008.

A revisão da filosofia e política de investimento, até aqui não permitindo a gestão táctica de activos, foi pois um tema em discussão ao longo do ano, que culminou com a aprovação pelo Associado no passado mês de Dezembro das novas linhas de orientação de investimento.

Para além de ajustamentos na estrutura da composição da carteira de activos recomendada e do acréscimo de exposição ao regime de gestão activa, foi introduzida uma maior flexibilidade na gestão do asset

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Mensagem do Presidente

allocation, quer através de gestão táctica, limitada e controlada, quer pela utilização de mecanismos de protecção e gestão de risco.

No final de 2008, a Previsão manteve-se como a quarta maior gestora nacional de fundos de pensões, com uma quota de mercado de 8% e 1,7 mil milhões de euros de activos sob gestão. A população abrangida pelos Planos de Pensões era de 29,3 mil indivíduos, dos quais 14,7 mil pensionistas. O TER (TotalExpense Ratio) dos Fundos situa-se em cerca de 19 pontos base.

Os Proveitos Operacionais da Previsão totalizaram 1 886 mil euros em 2008, inferiores em 510 mil euros aos do exercício anterior, representando uma redução de cerca de 21% do management fee suportado pela PT Comunicações, S.A., na qualidade de Associado dos quatro Fundos de Pensões (mais um que no exercício anterior, Fundo TDP) sob gestão desta Sociedade. Os Custos Operacionais foram de 2 336 mil euros, menos 178 mil euros (ou 7%) que os do ano anterior. O Resultado Líquido do exercício foi de 325,78 euros.

Num contexto económico especialmente adverso, a equipa a que presido enfrentou grandes desafios e, em colaboração com as restantes estruturas de governação, desenvolveu todos esforços para os ultrapassar, pelo que aproveito esta oportunidade para agradecer aos accionistas, pela sua confiança, aos restantes Órgãos Sociais, pelo seu contributo, e, em particular, aos colaboradores, cuja dedicação e profissionalismo evidenciados gostaria de louvar.

Luís Pacheco de Melo

(7)

Principais Eventos

Março MarçoMarço Março

Definida a composição das CAPPs dos Fundos de Pensões.

Transferência da gestão do Fundo de Pensões da TDP – Teledifusora de Portugal, S.A. para a Previsão. O

OO Outubroutubroutubroutubro

Realizadas primeiras reuniões das CAPPs dos Fundos de Pensões. Novembro

NovembroNovembro Novembro

Solicitada autorização do ISP para transferência da gestão do Fundo de Pensões Marconi, sob gestão do BPI Pensões.

Dezembro DezembroDezembro Dezembro

Revisão da Política de Investimentos dos Fundos de Pensões.

Estrutura Accionista

Em 31 de Dezembro de 2008 a estrutura accionista da Previsão era a seguinte:

Portugal Telecom, S.G.P.S., S.A. 82,05%

Banco Santander Totta, S.A. 10,09 %

Banco Millenium BCP Investimento, S.A. 2,86 % Citibank International plc, Sucursal em Portugal 2,50 % Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A. 2,50 %

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Enquadramento Macroeconómico

Em 2008, a actividade económica mundial deteriorou-se fortemente reflectindo o impacto na economia real do choque financeiro global que eclodiu no ano anterior. Os países mais desenvolvidos evoluíram para uma situação próxima ou mesmo de recessão, com o crescimento nas economias emergentes a desacelerar também em sincronia. Após anos de crescimento sustentado, a contracção da actividade económica nos países desenvolvidos, condicionada, entre outros factores, pela diminuição do consumo e restrições de crédito, traduziu-se numa redução da procura por importações, que conjuntamente com a quebra de preços das commodities e a diminuição dos fluxos de financiamento, afectaram negativamente o ritmo de crescimento nas economias emergentes.

A crise financeira que se iniciou com o colapso do segmento hipotecário de alto risco nos EUA, em Agosto de 2007, aprofundou-se a partir de Setembro, evoluindo para um processo de reavaliação de risco à escala global. Preocupações crescentes com liquidez e solvabilidade afectaram gravemente a confiança dos investidores e precipitaram quebras acentuadas nos mercados accionistas, forçando os governos e autoridades monetárias a recorrer a medidas de emergência visando repor a liquidez e estabilizar os mercados financeiros. Foi necessário actuar de forma concertada, com políticas monetárias expansionistas e, em alguns casos, introduzir pacotes de estímulo fiscal ou de apoio a sectores específicos mais penalizados. Nos Estados Unidos, o PIB caiu 1% no quarto trimestre de 2008 comparativamente ao decréscimo de 0,1% no trimestre anterior. Os indicadores de procura foram sucessivamente revistos em baixa, face ao enfraquecimento da actividade e à deterioração registada no mercado de trabalho. A taxa de desemprego subiu de 6,7%, em Novembro, para 7,2%, em Dezembro, o valor mais elevado desde 1993.

Na Zona Euro, os últimos indicadores sugerem também um enfraquecimento da actividade económica, extensível a todos os países. O PIB, no quarto trimestre de 2008, registou uma quebra de 1,5% relativamente ao trimestre anterior, -1,2%, face ao período homólogo. As vendas a retalho caíram 1,7%, em termos reais, a produção industrial 6,2% e as exportações 2,5%, em termos nominais. Em consonância com a deterioração dos indicadores de sentimento económico e de nível de confiança dos empresários da indústria e dos serviços, a taxa de desemprego aumentou para 8% em Dezembro, de 7,8% no mês anterior. No Japão, o agravamento das condições económicas traduziu-se num decréscimo de 3,3% do crescimento real do PIB no quarto trimestre de 2008, ou seja, uma contracção a um ritmo anualizado de 12,7%. A redução da procura externa nos Estados Unidos e Europa induziu uma quebra de cerca de 10% nas exportações japonesas, em valores anualizados, enquanto a procura interna se reduziu essencialmente via

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Enquadramento macroeconómico

investimento (-4,9% no quarto trimestre). A taxa de desemprego, em Dezembro, manteve a tendência de agravamento que vem apresentando desde Setembro, subindo para 4,5% face a 3,9% no mês anterior. As perspectivas futuras de evolução da economia mundial permanecem rodeadas de um elevado grau de incerteza, sendo que os riscos para o crescimento económico se mantêm do lado descendente e sobretudo dependentes da magnitude dos efeitos da crise financeira na economia real, a que podem acrescer preocupações com intensificação de medidas proteccionistas e desenvolvimentos adversos no processo de correcção de desequilíbrios macroeconómicos.

A nível global, e embora no primeiro semestre se tenha receado um impacto negativo sobre a inflação, derivado da escalada do preço das matérias-primas, especificamente do petróleo, as pressões inflacionistas diminuíram consideravelmente face à deterioração da actividade económica e à descida dos preços das matérias-primas, ocorrida nos últimos meses de 2008. Nos Estados Unidos, a taxa de inflação homóloga baixou para 0,1%, em Dezembro, face a 1,1% no mês anterior. Quanto à Zona Euro, a taxa de inflação homóloga abrandou para 1,6%, em Dezembro, de 2,1%, em Novembro. Em termos anuais, porém, as taxas de inflação subiram devido à evolução registada no primeiro semestre, para 3,8% nos Estados Unidos e 3,3% na Zona Euro, de 2,9% e 2,1%, respectivamente, em 2007.

Indicadores Económicos Globais 2008 Indicadores Económicos Globais 2008 Indicadores Económicos Globais 2008 Indicadores Económicos Globais 2008

EUA EUAEUA

EUA Zona EUROZona EURO Zona EUROZona EURO JAPJAPÃJAPJAPÃOÃÃOO O OECDOECD OECDOECD

Crescimento real do PIB -1,0%(1) -1,5%(1) -3,3%(1) -1,5%(1)

Inflação 3,8%(2) 3,3%(2) 1,4%(2) 3,7%(2)

Taxa de desemprego 7,2%(3) 8,0%(3) 4,5%(3) 6,8%(3)

Fontes: OCDE Statistics, ECB Monthly Buletin Jan/2008,Bloomberg.

(1) Variação homóloga no 4º trimestre (2) Taxa anual

(3) Valor registado em Dezembro

Num cenário de agravamento da crise financeira e de sucessivas revisões em baixa das expectativas de crescimento e inflação para as principais economias mundiais, assistiu-se a uma redução concertada das taxas directoras para os níveis mais baixos dos últimos anos. O FED baixou a taxa de juro de referência num total de 400 pontos base, passando a FED Funds Target Rate de 4,25% para 0,25%. O Banco Central Europeu que, até Setembro, vinha pautando a sua actuação por um bias de controle das pressões inflacionistas, concertou a sua acção com as restantes autoridades monetárias no sentido de fornecer liquidez ao sistema financeiro e estimular o crescimento económico. Até final do ano, baixou por quatro vezes as taxas de referência, passando a taxa mínima aplicável às operações de refinanciamento de 4,25% para 2,5% e as taxas das facilidades permanentes de cedência de liquidez e de depósito para 3% e 2%, respectivamente.

(13)

Tendo por base a deterioração dos fundamentais da economia nipónica, o Banco do Japão baixou por duas vezes a taxa directora (overnight não garantida), que passou de 0,5% para 0,1%.

Mercados Financeiros

O ano de 2008 caracterizou-se como um dos piores da história dos mercados financeiros. A incerteza inicial despoletada pelo aprofundar da instabilidade derivada dos problemas no sector de crédito hipotecário de elevado risco nos EUA, precipitou uma crise de liquidez/solvência, à medida que os investidores vendiam activos indiscriminadamente, quer por aversão ao risco, quer para gerar o cash necessário à cobertura das suas responsabilidades.

Esta crise financeira global traduziu-se num contexto de elevada volatilidade e de correcções históricas nos preços dos activos de maior risco (acções, obrigações corporate, commodities e mercados emergentes), cujo contraponto foi um movimento forte de procura de activos de refúgio como a dívida pública, as obrigações com garantia do Estado e o cash.

Entre as medidas de emergência que foram tomadas pelos governos e autoridades monetárias de vários países, visando a recuperação da liquidez e da confiança no sistema financeiro, salientam-se a intervenção directa em algumas das maiores instituições financeiras, tomando participações e passando a controlar a maioria ou a totalidade do capital, o anúncio pelo Tesouro norte-americano de um plano de utilização de fundos públicos para compra de activos do balanço dos bancos (TARP) e a suspensão temporária da tomada de posições curtas em bolsa.

O cenário agudizou-se a partir de Setembro, quando uma sequência de acontecimentos veio aprofundar os receios dos investidores, sendo de destacar, nos EUA: a nacionalização da Fannie Mae e Freddie Mac, agências que asseguram mais de 50% do crédito hipotecário, a falência da Lehman Brothers após o fracasso da sua venda, a necessidade de garantia de todos os fundos monetários por parte da Reserva Federal, o apoio do FED à AIG por injecção de 85 mil milhões de dólares, a aquisição da Merrill Lynch pelo Bank of America, do Bear Sterns e da Washington Mutual pelo JPMorgan Chase e a passagem da Goldman Sachs e da Morgan Stanley a bancos comerciais, como forma de acederem às fontes de financiamento da Reserva Federal e permitir o cumprimento das suas responsabilidades.

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Mercados financeiros

Na Europa, a crise financeira ficou marcada por acontecimentos como: a ajuda ao Fortis Bank, por injecção de 11,2 mil milhões de euros por parte dos governos do Benelux, ao Dexia por injecção de 6,4 mil milhões de euros pelos governos da França, Bélgica e Luxemburgo, o colapso generalizado do sistema bancário islandês e a nacionalização do Landsbanki, a compra pelo Lloyds do HBOS (principal banco de crédito hipotecário inglês) e a divulgação de planos de ajuda à UBS e ao ING pelos governos da Suíça e da Holanda. Nos mercados accionistas, os níveis de volatilidade atingiram valores máximos, com o indicador VIX a subir de 16, em Maio, para 80, no último trimestre. Os principais mercados desenvolvidos registaram perdas na ordem dos 40%, influenciados pelo elevado nível de aversão a activos de risco e pela divulgação de indicadores macroeconómicos que defraudaram as expectativas mais pessimistas, com efeitos na correcção em baixa das estimativas de resultados das empresas. Os índices S&P 500, MSCI Europe e Nikkei 225 registaram quebras anuais de -38,5%, -40,9% e -42,1%, respectivamente. Nos mercados emergentes, as perdas dos índices accionistas foram ainda superiores, podendo destacar-se o MSCI AC Pacific ex-Japan, representativo da Ásia excluindo o Japão, que desvalorizou 45,6%, em termos anuais.

Nas commodities, assistiu-se à interrupção do bull market dos últimos seis anos. A crise financeira e a redução das expectativas de crescimento mundial induziram uma inversão da tendência verificada até Junho e que se caracterizou por sucessivos máximos históricos, tendo-se assistido, no segundo semestre, a uma correcção acentuada do preço das principais matérias-primas nos mercados internacionais. Apesar dos cortes de produção e das tensões geopolíticas, o petróleo Brent desceu para níveis próximos de 40 dólares, por barril, após ter atingido máximos históricos de 146 dólares, por barril, no final de Junho. Os preços das matérias-primas não energéticas registaram também uma quebra, mais significativa no caso dos metais e

inputs industriais, que caíram 51% e 37%, respectivamente, em termos anuais. A queda de 23,7% do índice CRB Commodities Futures Index, que traduz a evolução global do preço das commodities, de forma não ponderada, mais do que anulou a subida registada em 2007 (+20,6%). O ouro manteve a tendência de apreciação que vem registando nos últimos anos, tendo terminado o ano em 862,2 dólares, a onça, após ter transaccionado acima dos 1000 dólares, a onça, no primeiro trimestre, um novo máximo histórico.

Num ano de volatilidades extremas nos mercados cambiais, o dólar valorizou-se 4,3% face ao euro, registando a melhor performance dos últimos três anos. Após ter atingido um mínimo em Julho, esta divisa viria a beneficiar dos movimentos globais de deleveraging e flight to safety em activos financeiros. A libra esterlina desvalorizou para mínimos sucessivos face ao Euro (quase atingindo a paridade) e ao dólar, pressionada por questões orçamentais, desemprego crescente e cortes de taxas de juro no Reino Unido. O iene foi a divisa que mais se valorizou no segundo semestre, principalmente via efeito da redução das estratégias de carry trade nesta moeda.

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Ind Ind Ind

Indicadores de Mercados Financeiros 2008 icadores de Mercados Financeiros 2008 icadores de Mercados Financeiros 2008 icadores de Mercados Financeiros 2008 ---- 1 1 1 1

2007200720072007 20082008 20082008 %%% %

Brent Crude (USD/barril) 93,82 36,24 -61,4

CRB Commodity Futures Index 476,1 363,1 -23,7

Gold (USD/onça) 836,2 862,2 +3,1

EUR/USD 1,4588 1,3964 -4,3

USD/YEN 111,7 90,7 -18,8

GBP/USD 1,9864 1,4603 -26,5

Fonte: MSCI, Datastream, Morgan Stanley Research, Bloomberg.

Em consonância com a descida de taxas de referência e a procura de activos de refúgio, as taxas de juro de curto prazo dos US Treasury a 3 meses baixaram acentuadamente, passando de 3,36% no início do ano para 0,11% no seu final. A inclinação da curva de rendimentos norte-americana aumentou, com o spread entre a

yield das obrigações norte-americanas a 10 anos e a taxa de mercado monetário a 3 meses a passar de 68 pontos base, no final de 2007, para 214 pontos base, em 2008.

Os ajustamentos de carteira decorrentes do movimento de “flight-to-quality” e as expectativas mais pessimistas quanto à conjuntura económica induziram uma queda das yields da dívida pública norte-americana e europeia para os níveis mais baixos das últimas décadas. Face aos níveis de 2007, as yields do US Treasury, a 10 anos, e do Bund alemão, para o mesmo prazo, reduziram-se cerca de 243 e 139 pontos base, respectivamente, situando-se em 2,25% e 2,94%, no final de 2008.

Nos mercados de dívida corporate, a tendência de alargamento dos spreads face à dívida pública, já registada em 2007, viria a intensificar-se, com aumento do prémio de risco exigido pelos investidores. Nos Estados Unidos, tomando como referência o mercado de dívida corporate (todos os sectores) com notação de rating AA e a yield do US Treasury a 10 anos, o spread passou de 155 pontos base, no final do ano anterior, para 338 pontos base, no final de 2008, tendo atingido um máximo de 473 pontos base, em Setembro.

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Mercados financeiros

Mercado Nacional de Fundos de Pensões

Desde a sua constituição em 1987 e com excepção do ano 2004, o sector de fundos de pensões tem vindo a crescer de forma gradual e sustentada, tendo este crescimento sido de 25% no ano 2005, o mais elevado de sempre.

Em Portugal, os primeiros fundos surgiram em 1987, após a criação de um enquadramento legal favorável e um regime fiscal fortemente incentivador, nos anos de 1987 e 1988. Considerava-se então que a criação de fundos de pensões constituía, nos países de organização social mais avançada, uma das formas de segurança social privada que melhor respondia às necessidades de protecção dos cidadãos. Só nesse período inicial surgiram em Portugal 149 fundos. Em Dezembro de 1999, os fundos de pensões representavam cerca de 13% do PIB.

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, o mercado português de fundos de pensões registou uma contracção, sem precedentes, no volume de activos sob gestão, embora continuando a apresentar as mesmas características dos últimos anos, no que diz respeito à sua estrutura, composição e grau de concentração.

Indicadores de Mercados Financeiros 2008 Indicadores de Mercados Financeiros 2008 Indicadores de Mercados Financeiros 2008 Indicadores de Mercados Financeiros 2008 ---- 2 2 2 2

2007 2007 2007

2007 2008200820082008 (((())))

ECB Refi Rate 4,00% 2,50% -150 pb

Euro 3-Month Rate 4,68% 2,89% -179 pb

German 10 year Bond Yield 4,33% 2,94% -139 pb

US Fed Funds Target Rate 4,25% 0,25% -400 pb

US Treasury 3-Month Rate 3,36% 0,11% -325 pb

US 10 year Bond Yield 4,04% 2,25% -179 pb

S&P 500 Index Price 1.468,4 903,3 -38,5 %

MSCI Europe Index Price 1.543,3 911,6 -40,9 %

Nikkei 225 Index Price 15.307,8 8.859,6 -42,1 %

MSCI AC Pacific ex-Japan Index Price 486,6 264,5 -45,6 %

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Efectivamente, o valor gerido pelas entidades gestoras reduziu-se 9,5% neste período, de 22,4 mil milhões de euros para 20,2 mil milhões de euros, apesar do acréscimo verificado no número de fundos – mais 2 PPRs e mais 4 fundos abertos.

No final de 2008, registava-se a existência de 230 fundos, entre fundos fechados, abertos, PPR e PPA, com os fundos fechados a representarem cerca de 95% do mercado. A gestão destes fundos encontrava-se confiada a 28 sociedades, das quais 13 constituídas como sociedades gestoras de fundos de pensões, responsáveis por 98% dos activos sob gestão, e as restantes como seguradoras que exploravam o ramo vida. Em 31 de Dezembro de 2008, a Previsão era a quarta maior Sociedade Gestora, com uma quota de mercado de cerca de 8% e um volume de activos sob gestão de 1,7 mil milhões de euros.

Envolvente Regulamentar

O sector segurador e de fundos de pensões desempenha hoje, assim como no passado mais recente, uma função essencial na protecção dos riscos quotidianos decorrentes da actividade das famílias e das empresas e na captação de poupança a médio e longo prazo, contribuindo para a sustentabilidade da economia e a confiança e desenvolvimento do sistema financeiro, assumindo, por isso, um papel relevante na estrutura das sociedades modernas.

Entre outras, são estas as principais razões que determinam a necessidade de regulação prudencial do sector, procurando acautelar a protecção dos interesses das pessoas seguras e dos participantes e beneficiários.

Face à crescente globalização, volatilidade dos mercados e sofisticação dos produtos e dos sistemas de tratamento de informação, a regulação encontra-se hoje na ordem do dia.

A adequação do quadro legal e das práticas de supervisão, com enfoque nomeadamente numa gestão do risco mais eficaz, revelam-se hoje essenciais para o fortalecimento do mercado de fundos de pensões no sentido da edificação de sistemas de corporate governance alinhados com as melhores práticas e compatíveis com as responsabilidades de gestão assumidas pelas sociedades gestoras, designadamente para com os participantes e beneficiários dos fundos de pensões.

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Envolvente regulamentar

O ano de 2008 não introduziu alterações significativas no quadro legal e regulamentar de constituição e funcionamento de fundos de pensões e respectivas entidades gestoras.

Importará contudo, no plano prático, destacar o arranque, em pleno, do início de funções das comissões de acompanhamento dos planos de pensões, das quais se espera um papel activo em prol da consolidação deste mercado em Portugal, em complemento ao sistema estatal de previdência social.

Relações Associativas

A Previsão manteve a sua representação na Comissão Consultiva dos Fundos de Pensões da APFIPP – Associação Portuguesa dos Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios.

Foram acompanhadas diversas iniciativas, nomeadamente no âmbito do enquadramento legal dos fundos e das respectivas sociedades gestoras.

Política de Investimento

No ano de 2008, mantiveram-se em vigor as orientações previstas nas Políticas de Investimento dos Fundos de Pensões do Grupo Portugal Telecom geridos pela Previsão, incorporadas nos respectivos Contratos de Gestão em 19 de Dezembro de 2005.

As Políticas de Investimento em vigor caracterizam-se pelas seguintes orientações gerais:

• Objectivo de investimento orientado para o crescimento do capital investido numa perspectiva de longo prazo, através da participação diversificada em mercados financeiros desenvolvidos e preservação de elevados graus de liquidez dos activos;

• Estratégia de investimento assente na implementação de uma estrutura de composição dos activos com um perfil de risco considerado adequado pelo Associado, com base em estudos de gestão conjunta de activos e responsabilidades desenvolvidos para o efeito;

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• Modelo de investimento disciplinado, baseado em procedimentos sistematizados de gestão de estrutura da composição dos activos e de cobertura da exposição cambial, com total inibição de gestão táctica;

• Outsourcing da gestão dos activos, com atribuição de mandatos discricionários a gestores de primeira linha e participação em veículos de investimento em regime de gestão passiva, numa perspectiva especializada por classe de activo e zona geográfica;

• Optimização dos custos de gestão, através da adjudicação da gestão de investimentos de dimensão elevada e pela incorporação de veículos de investimento eficientes do ponto de vista do custo, bem como de uma política negocial permanente e agressiva;

• Processo de investimento e actividade de gestão de acordo com as best practices internacionais, nomeadamente quanto à transparência, integridade, gestão de risco e procedimentos de execução e controlo interno;

• Custódia dos activos dos Fundos passíveis de registo ou depósito concentrada num único custodiante global de primeira linha.

No decurso do ano de 2008, foram desenvolvidos os trabalhos de revisão das Políticas de Investimento iniciados no final do ano anterior, os quais vieram a ser concluídos no mês de Dezembro com a aprovação pelo Associado das novas linhas de orientação de investimento.

Para além de ajustamentos na composição da carteira de activos recomendada, do acréscimo de exposição ao regime de gestão activa, foi introduzida uma maior flexibilidade na gestão do asset allocation, quer através de gestão táctica, limitada e controlada, quer pela utilização de mecanismos de protecção e gestão de risco.

Actividade de Gestão dos Fundos

No ano de 2008, a gestão dos Fundos de Pensões foi executada em pleno cumprimento das orientações dispostas nas Políticas de Investimento em, vigor.

No final de cada trimestre, foram realizadas operações de rebalanceamento das carteiras de activos dos Fundos de Pensões para reposição da estrutura de composição recomendada, conforme previsto nas Políticas de Investimento.

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Actividade de gestão dos fundos

Face à adopção de uma política de exposição cambial mínima, os investimentos não denominados em euros foram objecto de cobertura de risco cambial através de contratos de forward, com renovação trimestral. Mantiveram-se as operações de cobertura do risco específico de posições em acções de natureza estratégica, com troca da rendibilidade da exposição original pela de um índice diversificado de acções europeias.

As contribuições entregues pelo Associado foram, em momento adequado, aplicadas em instrumentos no regime de gestão passiva, tendo a Previsão efectuado a gestão activa dos excedentes de liquidez nas contas dos Fundos de Pensões, com observância das orientações e restrições específicas para esta classe de activos. A partir de Março, a Previsão passou a gerir o Fundo de Pensões da TDP – Teledifusora de Portugal, S.A., conforme alteração ao Contrato Constitutivo deste fundo. Após aprovação da respectiva Política de Investimento, deu-se início à respectiva implementação, de forma progressiva.

No âmbito do processo de reestruturação da exposição a Currency Funds, com resgate de um fundo especializado em gestão de divisas e lançamento de um concurso internacional para selecção de novo gestor, concluído no final de 2007, procedeu-se ao investimento no gestor seleccionado.

Na classe de Commodities, tendo em vista mitigar a exposição dos Fundos de Pensões ao risco de contraparte decorrente do investimento via certificados, foi lançado um processo de consulta sobre produtos passivos, de que resultou a selecção de um Exchange Traded Fund para o qual foi efectuada a transição da totalidade da exposição.

Na sequência do vencimento e reembolso de um investimento detido em obrigações nacionais indexadas à inflação e tendo por objectivo a manutenção da exposição dos Fundos de Pensões a esta classe de activos, reinvestiu-se o contravalor num veículo de obrigações indexadas à inflação da Zona Euro, em regime de gestão passiva, já detido em carteira.

No último trimestre, face aos níveis de desempenho verificados, procedeu-se à rescisão de dois mandatos de gestão activa de acções, um no segmento de acções US Large Cap e outro no de acções Japan, tendo o respectivo contravalor sido aplicado em veículos de investimento passivo com o mesmo universo de investimento e já detidos em carteira.

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Em conformidade com as orientações em vigor, assegurou-se, ao longo do ano, a manutenção de um elevado nível de liquidez das carteiras de investimento dos Fundos de Pensões, com mais de 80% dos activos susceptíveis de transacção diária e liquidação num prazo máximo de três dias.

Durante o ano foi prosseguida uma política de minimização do risco de contraparte nos investimentos detidos e transacções realizadas para as carteiras de activos dos Fundos de Pensões, tendo sido reforçada a actividade de monitorização dos instrumentos de investimento quanto a exposição a prime-brokers e qualidade do colateral.

Tendo presente um objectivo de minimização dos custos subjacentes à gestão dos Fundos de Pensões, mantiveram-se, sempre que oportuno, processos negociais de comissões de gestão ou de custos de transacção subjacentes aos produtos em que estes se encontram investidos. A nível do custo global de gestão, foi possível beneficiar de alguma redução adicional, em virtude do acréscimo registado na exposição a gestão passiva nos segmentos de acções supra referidos.

Organização e Recursos Humanos

A Previsão dispõe de um modelo de governance implementado no exercício de 2005 que comporta a existência de um Conselho de Administração, actualmente composto por cinco membros, dos quais um com funções de Administrador Delegado, um Comité de Investimentos, que integra actualmente cinco elementos, um Conselho Fiscal e um actuário independente.

O sistema de fiscalização em prática inclui para além do Conselho Fiscal, acima referido, composto por três elementos, um conceituado auditor externo (PWC) e um revisor oficial de contas para os fundos de pensões, a que acresce a sujeição das contas dos fundos a auditorias realizadas no âmbito do Sarbanes-Oxley Act. Este sistema saiu ainda mais reforçado, quando em 2008 e como resposta a exigência regulamentar imposta pelo Instituto de Seguros de Portugal, foram constituídas as Comissões de Acompanhamento dos Planos de Pensões (CAPPs) para cada um dos Fundos de Pensões, sob gestão desta Sociedade. As CAPPs constituídas são compostas por três membros efectivos e três membros suplementos, com dois destes elementos a serem designados pelo associado e um a ser designado pela comissão de trabalhadores ou pelos sindicatos. As funções atribuídas às CAPPs, respeitando as exigências regulamentares, encontram-se vertidas em regulamento que integra os contratos de gestão dos fundos.

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Organização e recursos humanos

A estrutura orgânica da Sociedade assenta em duas direcções – a de Investimentos e a de Planeamento e Controlo – e duas áreas funcionais, responsáveis pela gestão operacional das carteiras de activos e pelos sistemas de informação e recursos.

Com um adequado nível de segregação funcional, designadamente nas áreas de tesouraria, contabilidade e registo e valorização de activos, esta estrutura orgânica encontra-se mapeada em Manual de Procedimentos e Controlo Interno, que permite clarificar e simplificar o circuito operacional e desenvolver os sistemas de controlo de gestão e reporting.

Visando dar resposta quer aos desafios futuros que se colocam na área de gestão de activos quer à transferência para a Previsão de dois Fundos do Grupo Portugal Telecom, que se encontravam sob gestão de outras sociedades, está em curso um processo que visa flexibilizar a filosofia e Políticas de Investimento dos Fundos sob gestão, mas simultaneamente reforçar e ajustar a estrutura de Governance e Controlo Interno da Previsão.

Os serviços administrativos e os sistemas de informação da Sociedade encontram-se em regime de

outsourcing a outras entidades do Grupo PT. Efectivamente, foi concluído o projecto de migração dos sistemas de informação para a PT SI (empresa instrumental do Grupo para esta área), com um conjunto de assinaláveis vantagens do ponto de vista estratégico, operacional e de controlo permitindo, designadamente, a integração da Previsão na estrutura corporativa e práticas do Grupo PT.

A formação continuou a ser fundamental para reforçar as competências técnicas e profissionais dos colaboradores e garantir um desempenho qualitativamente superior, cada vez mais necessário para prestação de serviços de gestão de Fundos de Pensões de boa qualidade.

No final de 2008 o efectivo da Previsão era de 16 elementos, com a seguinte distribuição funcional: 4 na Direcção de Investimentos e igual número na Direcção de Planeamento e Controlo, 3 na Gestão Financeira e Administrativa dos Fundos, 3 na área de Recursos, incluindo sistemas de informação, e 2 no Apoio.

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Análise Económica e Financeira

Os Proveitos Operacionais da Previsão totalizaram 1 886 mil euros em 2008, inferiores em 510 mil euros aos do exercício anterior, representando uma redução de cerca de 21% do management fee suportado pela PT Comunicações, S.A., na qualidade de Associado dos quatro Fundos de Pensões – mais um que no exercício anterior - sob gestão desta Sociedade. Esta redução é mais significativa (35%, aproximadamente), caso se considere a comparação com o valor registado no exercício de 2006.

Unidade: mil euros RUBRICAS RUBRICASRUBRICAS RUBRICAS 2006200620062006 2007200720072007 2008200820082008 Prestações de Serviços 2 883 2 396 1 886 TOTAL TOTALTOTAL TOTAL 2 8832 883 2 8832 883 2 3962 396 2 3962 396 1 8861 886 1 8861 886

Em 2008, os Custos Operacionais foram de 2 336 mil euros, menos 178 mil euros (ou 7%) que os do exercício anterior, em resultado, essencialmente, da redução de Custos com o Pessoal, decorrente do decréscimo do número de colaboradores.

Unidade: mil euros RUBRICAS

RUBRICASRUBRICAS

RUBRICAS 20062006 20062006 2007200720072007 2008200820082008

Fornecimentos e Serviços Externos 1 133 962 1 158

Custos com o Pessoal 1 590 1 417 1 092

Amortizações 117 123 75 Provisões - - - Outros Custos 11 12 10 TOTAL TOTALTOTAL TOTAL 2 8512 8512 8512 851 2 5142 514 2 5142 514 2 3362 336 2 3362 336

Em 2008 o Resultado Líquido foi de 326 euros. Os Resultados Financeiros de 207 mil euros, que beneficiaram da subida das taxas de juro durante a quase totalidade do ano, e os Resultados Extraordinários de 250 mil euros, permitiram superar o decréscimo ocorrido nos Resultados Operacionais.

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Análise económica e financeira

Unidade: mil euros RUBRICAS RUBRICAS RUBRICAS RUBRICAS 20062006 20062006 20072007 20072007 20082008 20082008 Resultados Operacionais 32 -118 -449 Resultados Financeiros 101 142 207 Resultados Correntes 133 24 -243 Resultados Extraordinários 163 207 250

Resultado Líquido do Exercício 208 158 0

Meios Libertos 326 282 76

Em 31 de Dezembro de 2008 os Capitais Próprios ascendiam a 4 219 mil euros e o Capital Social manteve-se em 2 .947 mil euros.

Unidade: mil euros RUBRICAS RUBRICAS RUBRICAS RUBRICAS 20062006 20062006 20072007 20072007 20082008 20082008 Capital Social 3 500 2 947 2 947 Reservas 1 149 1 165 1 181 Resultados Transitados 81 90 90 Resultado Líquido 208 158 0 TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL 4 9384 9384 9384 938 4 3604 3604 3604 360 4 2194 2194 2194 219

Este volume de capitais respeita as disposições legais e normas regulamentares em vigor. A Margem de Solvência da Sociedade Gestora encontra-se compatível com o montante dos Fundos de Pensões geridos até 31 de Dezembro de 2008, em conformidade com o disposto no art.º 46.º, do Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20 de Janeiro, permitindo, ainda, um aumento significativo do volume de activos sob gestão.

Os indicadores chave da Sociedade evoluíram da seguinte forma:

RUBRICAS RUBRICAS RUBRICAS

RUBRICAS 2006200620062006 20072007 20072007 2008200820082008

Taxa de cobertura da Margem de Solvência 1,59 1,50 1,84

Solvabilidade 2,94 3,86 5,26

Autonomia Financeira 0,75 0,79 0,84

Rendibilidade do Capital Próprio 0,04 0,04 0,00

Notas: Taxa de Cobertura da Margem de Solvência = Elementos constitutivos da Margem de Solvência / Montante Total da Margem a constituir

Solvabilidade = Capital Próprio / Passivo Total

Autonomia Financeira = Capital Próprio / Activo Líquido

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Em linha com o que vinha acontecendo em anos anteriores, registaram-se acréscimos nos níveis de Solvabilidade e Autonomia Financeira fruto da redução mais acentuada do Passivo Total, de 1 128 para 803 mil euros, e do Activo Líquido, de 5 488 para 5 022 mil euros, respectivamente, quando comparados com o decréscimo verificado no Capital Próprio, de 4 360 para 4 219 mil euros.

Principais Riscos e Incertezas

A Previsão tem colaborado activamente nos processos de revisão periódica das estratégias de investimento de longo prazo a adoptar, incluindo a avaliação, numa perspectiva relativa face às responsabilidades em financiamento, dos riscos determinados para o Associado, nos curto e longo prazos.

Para adequada implementação das orientações estratégicas acordadas a cada momento com o Associado, a Previsão adoptou, desde o final de 2003, um modelo de gestão disciplinado e vocacionado para a externalização da gestão da carteiras de activos, em que se privilegia a excelência na execução das linhas de orientação explicitamente detalhadas nas Políticas de Investimento.

O modelo preconizado tenderá a mitigar o risco operacional na gestão dos Fundos de Pensões, face aos métodos e técnicas de transacção e selecção de instrumentos de investimento, de valorização dos títulos e dos sistemas de controlo de risco e compliance disponíveis.

A Previsão tem, ainda, aperfeiçoado o seu modelo de governance, cumprindo integralmente as disposições regulamentares no que respeita às comissões de acompanhamento dos planos de pensões, revisores oficiais de contas e relatórios e contas dos Fundos de Pensões (semestrais), segregação de funções, manuais de procedimentos e reporting.

Efectivamente, o sistema de fiscalização em prática comporta para além do Conselho Fiscal, um conceituado auditor externo (PWC) e um revisor oficial de contas para os Fundos de Pensões, a que acresce a sujeição das contas dos fundos a auditorias realizadas no âmbito do Sarbanes-Oxley Act.

Visando minimizar os riscos de mercado, tem sido dada particular atenção ao processo de valorização e controlo dos activos elementares, depositados no custodiante e acedíveis e valorizados diariamente, a par de processos de validação semanal e mensal do reporting dos gestores, cristalizados nos sistemas de

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Principais riscos e incertezas

reporting de gestão internos numa base diária, semanal e mensal. Estas actividades são críticas no actual contexto dos mercados financeiros.

No âmbito do processo de revisão das Políticas de Investimento e filosofia de gestão, com a adopção de alguma flexibilidade táctica, o Comité de Investimento e seus pareceres tem vindo a ter uma importância acrescida em todo o processo decisional de gestão dos activos.

Perspectivas

No actual contexto de mercado revela-se crucial o reforço da transparência, do controlo interno e da gestão de risco, a par do aperfeiçoamento da informação a prestar a participantes e beneficiários e o aprofundamento do modelo de governação, indo em particular ao encontro das necessidades da nova filosofia e Políticas de Investimento, com o reforço da intervenção do Comité de Investimentos.

Ao nível da gestão dos Fundos, continuaremos a zelar pelo cumprimento integral das orientações das Políticas de Investimentos, através dos processos de rebalanceamento trimestrais, da aplicação das contribuições do Associado e da contínua monitorização dos instrumentos de investimento, sobretudo dos que se encontram em regime de gestão activa.

Ir-se-ão simultaneamente implementar as novas linhas de orientação de investimento, no que se refere à estrutura de composição de activos recomendada e a flexibilização na gestão do asset allocation, quer através de gestão táctica, limitada e controlada, quer via utilização de mecanismos de protecção e gestão de risco, em articulação com o Comité de Investimentos. Ir-se-ão ainda actualizar os estudos de gestão conjunta de activos e responsabilidades.

No início de 2009 foi concluído o processo de transferência da gestão do Fundo de Pensões Marconi para a Previsão, S.A., passando a ser também objecto da política de investimento e monitorização referidas.

A Previsão irá finalmente prosseguir como até aqui uma política de optimização dos custos de gestão dos Fundos e de funcionamento da Sociedade Gestora.

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Proposta de Aplicação de Resultados

Nos termos legais e estatutários, propõe-se que o Resultado Líquido apurado em 2008, no montante de 325,78 euros, tenha a seguinte aplicação:

Reserva Legal 32,58 euros

Reservas Livres 293,20 euros

Lisboa, 23 de Fevereiro de 2009

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Luís Pacheco de Melo – Presidente

Manuel Rosa da Silva – Administrador

Francisco Nunes – Administrador

Carlos Moreira da Cruz – Administrador

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Previsão – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Balanços em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

(Montantes expressos em Euros)

2008 2007

Activo Amortizações Activo Activo

Notas bruto e ajustamentos líquido líquido Capital próprio e passivo Notas 2008 2007

IMOBILIZADO: CAPITAL PRÓPRIO:

Imobilizações corpóreas: Capital 35, 36, 40 2 947 000 2 947 000

Terrenos e recursos naturais 10, 13 222 090 - 222 090 222 090 Reservas: 1 181 215 1 164 667 Edifícios e outras construções 10, 13 912 408 ( 362 486) 549 922 568 170 Reserva legal 40 282 461 266 647 Equipamento básico 10, 13 26 591 ( 26 591) - - Reservas de reavaliação 39, 40 193 532 193 023 Equipamento de transporte 10, 13 152 963 ( 117 505) 35 458 54 775 Outras reservas 40 705 222 704 997 Ferramentas e utensílios 10, 13 7 273 ( 6 687) 586 1 172 Resultados transitados 40 90 213 90 213 Equipamento administrativo 10, 13 421 609 ( 375 143) 46 466 69 099 Resultado líquido do exercício 40 326 158 138 1 742 934 ( 888 412) 854 522 915 306 Total do capital próprio 4 218 754 4 360 018

DÍVIDAS DE TERCEIROS - Médio e Longo prazo: PROVISÕES:

Estado e outros entes públicos 49 80 - 80 115 Provisões para impostos 34 62 052 62 052

CIRCULANTE: DÍVIDAS A TERCEIROS - Médio e Longo prazo:

Dívidas de terceiros - Curto prazo: Fornecedores de imobilizado, conta corrente 15 20 201 44 084 Clientes, conta corrente 84 135 - 84 135 280 204

Estado e outros entes públicos 49 45 687 - 45 687 60 744

Outros devedores 75 - 75 1 526 DÍVIDAS A TERCEIROS - Curto prazo:

129 897 - 129 897 342 474 Fornecedores, conta corrente 52 277 100 294 Fornecedores - facturas em recepção e conferência 159 1 188

Accionistas - 4 585

Depósitos bancários e caixa: Fornecedores de imobilizado, conta corrente 38 746 52 632 Depósitos bancários 53 3 943 919 3 943 919 4 161 505 Estado e outros entes públicos 49 64 317 95 050

Caixa 53 1 500 1 500 1 500 Outros credores 69 935 167 254

3 945 419 3 945 419 4 163 005 225 434 421 003

Acréscimos e diferimentos ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:

Acréscimos de proveitos 50 47 220 47 220 9 303 Acréscimos de custos 50 479 889 585 373 Custos diferidos 50 33 216 33 216 43 791 Passivos por impostos diferidos 6 15 266 15 775 Activos por impostos diferidos 6 11 242 11 242 14 311 495 155 601 148

91 678 91 678 67 405 Total das amortizações ( 888 412)

Total de ajustamentos - TOTAL DO PASSIVO 802 842 1 128 287

TOTAL DO ACTIVO 5 910 008 ( 888 412) 5 021 596 5 488 305 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 5 021 596 5 488 305

CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS

01 - FUNDOS DE PENSÕES 48 1 673 289 444 2 236 314 580 02 - GESTÃO DE FUNDOS DE PENSÕES 48 1 673 289 444 2 236 314 580

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2008. Activo

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Demonstrações dos

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Previsão Previsão Previsão

Previsão –––– Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Demonstrações dos Resultados por Naturezas Demonstrações dos Resultados por Naturezas Demonstrações dos Resultados por Naturezas Demonstrações dos Resultados por Naturezas ppppara os exercícios findos em 31 de Dezembrara os exercícios findos em 31 de Dezembrara os exercícios findos em 31 de Dezembrara os exercícios findos em 31 de Dezembro de 200o de 200o de 200o de 2008 e 20078 e 20078 e 20078 e 2007

(Montantes expressos em Euros)

CUSTOS E PERDAS Notas 2008 2007

Fornecimentos e serviços externos 51 1 158 404 961 695

Custos com o pessoal:

Remunerações 43 891 539 1 205 814

Encargos sociais:

Pensões 9 291 8 486

Outros 191 032 1 091 862 202 402 1 416 702

Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 10 75 227 123 431

Impostos 1 348 1 281

Outros custos e perdas operacionais 9 025 10 373 10 975 12 256

(A) 2 335 865 2 514 084

Juros e custos similares:

Outros 45 11 002 11 002 9 857 9 857

(C) 2 346 867 2 523 941

Custos e perdas extraordinários 46 4 333 11 710

(E) 2 351 200 2 535 651

Imposto sobre o rendimento 6 6 753 72 874

(G) 2 357 953 2 608 525

Resultado líquido do exercício 326 158 138

2 358 279 2 766 663

PROVEITOS E GANHOS

Prestações de serviços 44 1 886 408 1 886 408 2 396 201

(B) 1 886 408 2 396 201

Outros juros e proveitos similares:

Outros 45 217 591 217 591 151 739

(D) 2 103 999 2 547 940

Proveitos e ganhos extraordinários 46 254 280 218 724

(F) 2 358 279 2 766 663

Resultados operacionais: (B)-(A) ( 449 457) ( 117 883)

Resultados financeiros: (D-B)-(C-A) 206 589 141 882

Resultados correntes: (D)-(C) ( 242 868) 23 999

Resultados antes de impostos: (F)-(E) 7 079 231 012

Resultado líquido do exercício: (F)-(G) 326 158 138

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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Demonstrações dos

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Previsão Previsão Previsão

Previsão –––– Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Demonstrações dos Resultados por Funções Demonstrações dos Resultados por FunçõesDemonstrações dos Resultados por Funções Demonstrações dos Resultados por Funções

ppppara os exercícios findos em 31 de Dezara os exercícios findos em 31 de Dezara os exercícios findos em 31 de Dezara os exercícios findos em 31 de Dezembro de 200embro de 200embro de 200embro de 2008888 e 200 e 200 e 200 e 2007777

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2008 2007

Prestações de serviços 44 1 886 408 2 396 201

Custo das prestações de serviços 52 (a) (2 162 558) (2 295 718)

Resultados Brutos ( 276 150) 100 483

Outros proveitos e ganhos e operacionais 52 (d) 406 691 329 779

Custos administrativos 52 (b) ( 61 900) ( 61 231)

Outros custos e perdas operacionais 52 (c) ( 57 467) ( 134 610)

Resultados Operacionais 11 173 234 422

Custo líquido de financiamento 52 (e) ( 4 095) ( 4 971)

Resultados não usuais ou não frequentes - 1 561

Resultados Correntes 7 078 231 012

Impostos sobre os resultados correntes ( 6 753) ( 72 874)

Resultado líquido do exercício 326 158 138

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por funções para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008.

(42)
(43)

Demonstrações dos Fluxos

de Caixa

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(45)

Previsão Previsão Previsão

Previsão –––– Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Demonstrações dos Fluxos de Caixa

Demonstrações dos Fluxos de Caixa Demonstrações dos Fluxos de Caixa Demonstrações dos Fluxos de Caixa

ppppara os exercícios findos em 31 de Dezembro de 200ara os exercícios findos em 31 de Dezembro de 200ara os exercícios findos em 31 de Dezembro de 200ara os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008888 e 20 e 20 e 20 e 2000007777

(Montantes expressos em Euros)

ACTIVIDADES OPERACIONAIS: NOTA 2008 2007

Recebimentos de clientes 2 478 622 3 187 560

Pagamentos a fornecedores ( 1 320 505) ( 1 532 759)

Pagamentos ao pessoal ( 1 066 547) ( 1 322 884)

Fluxos gerados pelas operações 91 570 331 917

Pagamento/Recebimento do imposto sobre o rendimento ( 59 617)ok ( 4 441)

Outros recebimentos / pagamentos relativos à actividade operacional ( 181 623) ( 369 309)

Fluxos das actividades operacionais (1) ( 149 670) ( 41 833)

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Imobilizações corpóreas 7 795 ok -

Juros e proveitos similares 179 616 ok 144 604

187 411 144 604

Pagamentos respeitantes a:

Imobilizações corpóreas ( 23 666) ( 14 966)

Fluxos das actividades de Investimento (2) 163 745 129 638

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Pagamentos respeitantes a:

Redução de Capital - ( 53 000) Amortizações de contratos de locação financeira ( 73 974) ( 56 253) Juros suportados e custos similares ( 11 002)ok ( 9 296) Dividendos ( 146 685)ok ( 178 815)

Fluxos das actividades de Financiamento (3) ( 231 661) ( 297 364)

Variações de caixa e seus equivalentes (4) = (1)+(2)+(3) ( 217 587) ( 209 559) Caixa e seus equivalentes no início do exercício 53 4 163 005 4 372 564 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 53 3 945 419 4 163 005

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008.

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(47)

Previsão

Previsão

Previsão

Previsão –––– Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.

Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.

Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.

Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.

Anexo às Demonstrações Financeiras

Anexo às Demonstrações Financeiras Anexo às Demonstrações Financeiras

Anexo às Demonstrações Financeiras e e em 31 de Dezembro de 2008 em 31 de Dezembro de 2008m 31 de Dezembro de 2008m 31 de Dezembro de 2008

(Montantes expressos em euros - €)

NOTA INTRODUTÓRIA NOTA INTRODUTÓRIA NOTA INTRODUTÓRIA NOTA INTRODUTÓRIA

A PREVISÃO - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. (adiante Sociedade ou Previsão) foi constituída em 27 de Outubro de 1988 e tem por objecto a gestão de Fundos de Pensões. A Sociedade está integrada no Grupo Portugal Telecom (Grupo PT) sendo participada maioritariamente pela Portugal Telecom, SGPS, SA (PT SGPS).

De acordo com o regime jurídico aplicável às sociedades gestoras de fundos de pensões, a Previsão encontra-se sujeita à supervisão do Instituto de Seguros de Portugal (ISP).

Em 31 de Dezembro de 2008, a Sociedade é responsável pela gestão dos seguintes Fundos de Pensões:

- Fundo de Pensões do Pessoal da Portugal Telecom/CGA;

- Fundo de Pensões do Pessoal dos TLP;

- Fundo de Pensões Regulamentares da Companhia Portuguesa Rádio Marconi; e - Fundo de Pensões da TDP – Teledifusora de Portugal, S.A..

O Associado dos Fundos acima mencionados é a PT Comunicações, S.A. (PTC) com quem a entidade estabeleceu contratos de gestão. A PTC é integralmente detida pela PT Portugal, SGPS, SA, uma sociedade do Grupo PT.

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade (POC). As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis à Previsão ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras.

NOTA 3 NOTA 3 NOTA 3

NOTA 3 ---- BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações da Previsão e a partir dos seus livros e registos contabilísticos, mantidos de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, definidos no POC e complementados, no que se refere às rubricas extrapatrimoniais, pelas normas aplicáveis do ISP.

(48)

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes:

a) a) a)

a) Imobilizações corpóreasImobilizações corpóreasImobilizações corpóreas Imobilizações corpóreas

A Empresa é proprietária de um imóvel o qual foi reavaliado de acordo com o Decreto-Lei nº 264/92, de 24 de Novembro. As restantes imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição.

As amortizações são calculadas sobre o valor de aquisição ou reavaliado, de acordo com o método das quotas constantes. Para os bens adquiridos até 31 de Dezembro de 2007, as amortizações são calculadas por quotas anuais, a partir do início do ano de entrada em funcionamento dos bens; os bens adquiridos a partir de 1 de Janeiro de 2008, passaram a ser amortizados por duodécimos, a partir do mês do início de utilização, conforme a política contabilística adoptada pelo Grupo PT.

As taxas de amortização praticadas, correspondem em média, às seguintes vidas úteis estimadas: Anos

Anos Anos Anos

Edifícios e outras construções 50

Equipamento de transporte 3 - 4 Ferramentas e utensílios 5 a 8 Equipamento administrativo 3 a 8 b) b) b)

b) Especialização de exercícios Especialização de exercícios Especialização de exercícios Especialização de exercícios

A Previsão regista as receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas ou incorridas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas.

c) c) c)

c) Complemento de ReformaComplemento de ReformaComplemento de Reforma Complemento de Reforma

Os empregados da Sociedade estão abrangidos pelo Regime Geral da Segurança Social. Em 1994, conforme definido em regulamento interno, a Sociedade atribuiu à generalidade dos empregados um complemento de reforma sob a forma de um plano de contribuição definida. Este plano encontra-se financiado por uma apólice de seguro sob a forma de uma conta Poupança Reforma Grupo. O prémio corresponde à contribuição efectuada pela Previsão, a qual, de acordo com o regulamento interno, é de 2% do salário pensionável dos trabalhadores. O valor assim determinado é pago à Seguradora e registado em custos com o pessoal.

(49)

d) d) d)

d) Comissões de gestãoComissões de gestãoComissões de gestãoComissões de gestão

Os serviços prestados pela Previsão, no âmbito da gestão dos Fundos de Pensões, são remunerados sob a forma de comissões, as quais são registadas na rubrica prestações de serviços da demonstração dos resultados, no momento da prestação dos serviços.

Estas comissões são facturadas periodicamente ao Associado e encontram-se definidas nos contratos de gestão dos Fundos de Pensões.

e) e) e)

e) Contas extrapatrimoniaisContas extrapatrimoniaisContas extrapatrimoniaisContas extrapatrimoniais

A actividade da Previsão, no que se refere à gestão contratada de Fundos de Pensões, encontra-se relevada em rubricas extrapatrimoniais. Os activos dos Fundos de Pensões são valorizados em conformidade com as regras definidas pelo ISP na Norma Regulamentar nº 9/2007-R, de 28 de Junho.

f) f) f)

f) Imposto sobre o rendimentoImposto sobre o rendimentoImposto sobre o rendimentoImposto sobre o rendimento

A Empresa encontra-se sujeita a imposto sobre o rendimento em sede de IRC, à taxa normal de 25%, acrescida de Derrama que poderá ser no máximo de 1,5% sobre o lucro tributável, atingindo desta forma uma taxa agregada máxima de 26,5%.

O imposto sobre o rendimento do exercício registado nas demonstrações financeiras, é apurado de acordo com o preconizado pela Directriz Contabilística n.º28.

Na mensuração do custo relativo ao imposto sobre o rendimento do exercício, para além do imposto corrente determinado com base no resultado antes de impostos corrigido de acordo com a legislação fiscal, são também considerados os efeitos resultantes das diferenças temporárias entre os resultados antes de impostos e o lucro tributável originadas no exercício ou em exercícios anteriores.

NOTA 6 NOTA 6 NOTA 6

NOTA 6 ---- IMPOSTOS SOBRE OS LUCROS IMPOSTOS SOBRE OS LUCROS IMPOSTOS SOBRE OS LUCROS IMPOSTOS SOBRE OS LUCROS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a segurança social). Deste modo, as declarações dos anos de 2005 a 2008 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão.

A Administração da Previsão entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos, não terão um efeito significativo nas

(50)

demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008. A Sociedade procedeu ao registo de activos e passivos por impostos diferidos, nos montantes de €11 242 e €15 266, respeitantes, respectivamente,

ao reconhecimento da responsabilidade com a pré-reforma de um colaborador não aceite como custo fiscal no momento do registo, mas apenas no momento do pagamento em exercícios futuros e a 40% do excesso das amortizações futuras decorrentes da reavaliação do imóvel, as quais não serão dedutíveis para efeitos fiscais.

Em 2008 o movimento ocorrido nas rubricas de impostos diferidos e a reconciliação da taxa de imposto são conforme segue:

a) Movimento nas rubricas de impostos diferidos:

Saldo Resultado Capital Saldo inicial Líquido Próprio final Activos por impostos diferidos

Ajustamentos/Provisões não aceites fiscalmente

Benefícios de reforma 14 311 ( 3 069) - 11 242 Passivos por impostos diferidos

Reavaliação de activos imobilizados (Nota 40) ( 15 775) - 509 ( 15 266)

b) Reconciliação da taxa de imposto:

Resultados antes de impostos 7 079

Taxa nominal de imposto 26,5%

Imposto esperado 1 876

Diferenças permanentes (i) ( 4 657)

Prejuízo fiscal do exercício 5 341

40% do aumento das reintegrações resultantes da reavaliação imob. corp. 509 Ajustamentos à colecta (tributação autónoma) 3 684 Imposto sobre o rendimento do exercício 6 753

Taxa efectiva de imposto 95,4%

Imposto corrente 3 684

Imposto diferido do exercício 3 069

6 753 (i) As diferenças permanentes apresentam a seguinte composição:

Reintegrações e amortizações não aceites 5 719

Mais-valias ( 2 903)

Beneficios fiscais ( 4 513)

Excesso de estimativa IRC de anos anteriores (Nota 46) ( 16 584)

Outras situações líquidas 705

( 17 574)

Taxa nominal de imposto 26,5%

( 4 657) Diferenças temporárias

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NOTA 7 NOTA 7 NOTA 7

NOTA 7 ---- NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL

Durante os exercícios de 2008 e 2007 o número médio de pessoal ao serviço foi o seguinte:

2008 2008 2008

2008 2007200720072007

Pessoal efectivo 13 14

Pessoal contratado a termo 1 1

Pessoal cedido por outras empresas do Grupo PT 2 2

16 17

O custo relativo a colaboradores cedidos por outras empresas do Grupo PT, foi registado na rubrica de custos com o pessoal e ascendeu em 2008 a €110 099 (2007: €139 559).

NOTA 10 NOTA 10 NOTA 10

NOTA 10 –––– MOVIMENTOS DO ACTIVO IMOBILIZADO MOVIMENTOS DO ACTIVO IMOBILIZADO MOVIMENTOS DO ACTIVO IMOBILIZADO MOVIMENTOS DO ACTIVO IMOBILIZADO

Durante o exercício de 2008 o movimento ocorrido no valor bruto das imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:

Saldo Saldo

inicial Aumentos Alienações final

Imobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 222 090 - - 222 090

Edifícios e outras construções 912 408 - - 912 408

Equipamento básico 26 591 - - 26 591 Equipamento de transporte 199 563 46 000 ( 92 601) 152 963 Ferramentas e utensílios 7 273 - - 7 273 Equipamento administrativo 426 222 3 480 ( 8 093) 421 609 1 794 147 49 480 ( 100 693) 1 742 934 Activo bruto Saldo Saldo

inicial Aumentos Alienações final

Imobilizações corpóreas:

Edifícios e outras construções ( 344 238) ( 18 248) - ( 362 486)

Equipamento básico ( 26 591) - - ( 26 591) Equipamento de transporte ( 144 788) ( 34 651) 61 934 ( 117 505) Ferramentas e utensílios ( 6 101) ( 586) - ( 6 687) Equipamento administrativo ( 357 123) ( 21 743) 3 723 ( 375 143) ( 878 841) ( 75 227) 65 657 ( 888 412) Amortizações acumuladas NOTA 12 NOTA 12 NOTA 12

NOTA 12 –––– REAVALIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS REAVALIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS REAVALIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS REAVALIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

(52)

NOTA 13 NOTA 13 NOTA 13

NOTA 13 –––– REAVALIAÇÃO DO ACTIVO IMOBI REAVALIAÇÃO DO ACTIVO IMOBI REAVALIAÇÃO DO ACTIVO IMOBILIZADO REAVALIAÇÃO DO ACTIVO IMOBILIZADOLIZADOLIZADO

Em 31 de Dezembro de 2008 o detalhe dos custos históricos das imobilizações e correspondente reavaliação é o seguinte:

Valores

Custos contabilísticos

históricos Reavaliações líquidos

líquidos líquidas reavaliados

Imobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 162 109 59 980 222 090

Edifícios e outras construções 401 104 144 017 545 121

Equipamento de transporte 35 458 - 35 458 Ferramentas e utensílios 586 - 586 Equipamento administrativo 46 466 - 46 466 645 723 203 997 849 721 NOTA 15 NOTA 15 NOTA 15

NOTA 15 –––– BENS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA BENS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA BENS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA BENS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA

A 31 de Dezembro de 2008 as responsabilidades relativas a rendas vincendas são relativas a bens existentes em regime de locação financeira e ascendem a €60 220, com o seguinte movimento.

Curto Médio/longo Curto Médio/longo

prazo prazo prazo prazo Total

2009 37 525 - 1 750 - 39 275 2010 - 14 388 - 700 15 088 2011 - 5 813 - 44 5 857 37 525 20 201 1 750 745 60 220 Capital Juros NOTA 34 NOTA 34 NOTA 34

NOTA 34 –––– PROVISÕES PROVISÕES PROVISÕES PROVISÕES

Durante o exercício de 2008 não ocorreram movimentos na rubrica de provisões. O Conselho de Administração, baseado nas opiniões dos seus consultores jurídicos, entende que as provisões constituídas no valor de €62 052, são suficientes para fazer face às contingências prováveis quantificáveis em 31 de Dezembro de 2008.

NOTA 3 NOTA 3 NOTA 3

NOTA 36666 –––– COMPOSIÇÃOCOMPOSIÇÃOCOMPOSIÇÃO DO CAPITAL COMPOSIÇÃO DO CAPITAL DO CAPITAL DO CAPITAL

Em 31 de Dezembro de 2008 o Capital Social da Previsão é de €2 947 000, inteiramente subscrito e realizado, representado por 700 000 acções ordinárias nominativas, no valor nominal unitário de €4,21 cada.

Referências

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