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Direito das coisas. O direito das coisas é tratado no livro III da parte especial do código civil, dividido em duas temáticas.

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OAB - EXTENSIVO

Disciplina: Direito Civil Prof. Brunno Giancolli Data: 19/10/2009 Aula nº. 05

TEMAS TRATADOS EM AULA Direito Reais

Direito das coisas. O direito das coisas é tratado no livro III da parte especial do código civil, dividido em duas temáticas.

Posse – art. 1.196 CC Direito reais – art. 1225 CC

O tema da posse é um dos mais polêmicos do direito civil , sendo um direito real ou um direito pessoal ? Resposta: direito real não se confunde com direito pessoal, pois sendo o direito real oponível erga omnes, enquanto que o direito pessoal possui um sujeito passivo determinado, entre outras distinções.

1.1 Posse:

Conceito de posse: A posse se traduz por uma relação jurídica de poder de um indivíduo sobre determinada

coisa. Sendo o ponto essencial a palavra pode e se traduz em uma realidade fato.

A relação de poder é uma relação de aparência de domínio, ou de propriedade, que perminte concluir algo. Teorias explicativas da posse:

1º) Teoria subjetiva: Foi desenvolvida por Savini, e pressupõe a existência de 2 requisitos cumulativos:

Animus (Intenção de dono, ou seja querer a coisa para si) e Corpus (relação física de controle da coisa).

IMPORTANTE PODE SER PERGUNTADO NA PROVA

Obs: Em razão do elemento subjetivo (animus) a teoria subjetiva perdeu sensívelmente o seu campo de aplicação tendo em vista que excluía importantes relações como a locação e o comodato.

2º) Teoria objetiva: Foi desenvolvida por Iering, a teoria adotada no CC, mais especificamente no art. 1.196

do CC, por tal teoria, possuidor é aquele que possui aparência de dono, por tanto trata-se de uma relação fática de uso e fruição da coisa.

3º) Teoria da função social da posse, ou seja, se a propriedade possui função social logo, a posse que é

uma aparência também tem a mesma função social (Art. 1.228 do CC).

No CC Brasileiro a teoria objetiva é a adotada, e nos entendimentos legislativos a teoria da função social. Aquisição da posse: art. 1.204 do CC

Exercício de um poder (usar, fruir, dispor e reivindicar), em nome próprio passando a condição de possuidor.

OBS: A violência e clandestinidade podem cessar. Nesse caso o ato se caracteriza como relação processual. Proteção possessória: Somente ocorre se a posse do titular for justa. O conceito de posse justa aparece no

art. 1.200 do CC.

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Posse clandestina é aquela adquirida por meio de um subterfúgio para esconder, para ludibriar.

Posse precária: É aquela que decorre de um negócio jurídico sujeito a prazo ou termo ex: locação, comodato etc.

Obs: sobre a posse precária: Pode ser licita: que está na vigência da relação de base, posse justa ou ilícita: que está fora da vigência da relação de base, posse injusta.

4-) Formas de tutela da posse: Das forma judiciais, a mais importante é a forma judicial e ocorre através dos

interditos possessórios, que são dividos em três: Ação de reintegração, Ação de manutenção e Interdito proibitório.

Tutela extrajudicial, é chamada de desforço imediato, também conhecido como legitima defesa da posse.

5-) Detenção da posse: Conceito de detenção está no artigo 1.198 do CC.

Dependência / Subordinação, mantendo uma relação de subordinação com o possuidor (ex: caseiro).

Atenção: na prova da OAB costuma perguntar quem é o detentor.

A detenção é uma relação jurídica que não possui proteção jurídica, tendo em vista a subordinação que a caracteriza.

Leitura complementar: artigo 1.215 ao 1.220 do CC.

DIREITOS REAIS:

Não se confundem com os direitos pessoais

Características Gerais:

1º-) Os direitos reais se traduzem por relações entre o indivíduo e uma determinada coisa.

No direito pessoal existe um sujeito ligado a outro sujeito, ou seja, credor e devedor, contratante e contratado, já no direito real o sujeito está ligado a uma coisa ex: propriedade.

2º) Aderência: Significa que o direito real está preso, ligado a coisa.

3º) Seqüela: Gera uma marca ou identificação do titular, fazendo com que se saiba de quem é o bem. 4º) Eficácia erga omnes, seus efeitos se projetam contra toda a sociedade.

5º)Taxatividade: todos os direitos reais sem exceção estão previstos no artigo 1.225. Temos 12 direitos reais

previstos no Código Civil.

Espécies de Direitos Reais:

Propriedade: direito real mais amplo, trata se do direito real mais amplo do sistema jurídico, em relação as

faculdades ou também poderes, o proprietário tem quatro poderes sobre a coisa, usar fruir, dispor e reivindicar. Estão no artigo 1228 do cc.

Usar: fazer uso da coisa.

Fruição: se você aluga um imóvel você esta fruindo Dispor: é qualquer ato de transferência

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Quando reunidos num único individuo da-se o nome de proprietário.

O direito de propriedade de um tem que conviver com o direto de propriedade de outro, surgindo assim a função social da propriedade, sendo.um mecanismo que gera uma compatibilidade do direito de proprietário com os direitos dos não proprietário.

A função social é um aspecto tão importante que esta prevista na Constituição Federal em quatro dimensões:

1º) Direito e garantia fundamental 2º) Direito Social

3º Principio da Ordem econômica

4º)Instrumento de política urbana e agrária

Aquisição da propriedade é divididas em 2 formas:

Derivadas: sucessão de proprietários, ou seja o proprietário 1 transfere algo para o proprietário 2. Originárias: onde não existe proprietário anterior ou o proprietario anterior é irrelevante.

Aquisição de propriedade dos bens imóveis:

Forma derivada de aquisição de propriedade imóvel ocorre por meio do registro imobiliário, que é feito no

cartório de registro de imóveis, chamado de registro básico, ou seja somente existe um forma derivada de aquisição de propriedade imóvel.

Formas originárias, para se identificar uma e outra, deve-se saber de que maneira o bem se incorporou ao

solo.

Acessão: As incorporações naturais ou artificiais, ou seja, artificiais são as construções e plantações, e são

assim chamadas vez que a incorporação resulta de uma atividade humana, ou seja, de uma ação humana.

Acessões naturais: Trata-se de incorporação resultante de um fenômeno da natureza, por tanto sem

intervenção humana, divididos em 4: Aluvião, avulsão, álveo abandonado e Formação de ilhas.

Aluvião é lenta e sem indenização, diferentemente a avulsão que é violenta e com indenização no prazo de 1

(um) ano.

O Álveo abandonado decorre do desaparecimento das águas de um rio permitindo assim que o leito agregue a propriedade dos terrenos vizinhos.

As ilhas permitem aquisição de propriedade particular aos proprietários ribeirinhos quando se formarem em rios não navegáveis.

Usucapião. Também chamada de prescrição aquisitiva e se dá através de um lapso temporal. Possui 4

espécies.

Espécies de Usucapião: Usucapião extraordinária, Usucapião ordinário, Modalidades especiais ou também

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Usucapião Extraordinária – art. 1.238 do CC – Posse sem justo título e sem boa fé – prazo de 15 anos

ininterruptos o qual pode sofrer uma redução para 10 anos na hipótese de moradias ou realização de obras. A redução do prazo decorre da aplicação da função social.

Usucapião Ordinária: art. 1.242 do CC – Posse com justo motivo – prazo 05 anos – moradia / investimentos. Usucapião Urbana / Rural: art. 1.239 do CC – prazo: 05 anos – posse: sem justo título e boa fé – Ausência

de outra propriedade urbana / rural.

Características da Usucapião:

Urbana: Imóvel até 250m2 destinados a moradia.

Rural: destinado à atividade rural de imóvel de 50 Hectares. Aquisição de propriedades dos bens móveis:

1º Forma derivada: chamada tradição, se traduz por uma transferência física corpórea.

Espécies de tradição:

Tradição real: ocorre com efetiva transferência da coisa ou a tradição ficta, também chamada de tradição simbólica: Entrega de um elemento de representação.

Formas originárias de aquisição dos bens móveis: Ocupação: coisa móvel sem dono (ex: caça e pesca)

Cuidado: Ocupação é diferente de descoberta, ou seja, a descoberta de traduz por coisa perdida e não é

forma de aquisição de propriedade móvel. A descoberta gera recompensa de 5 % do valor do bem – art. 1234 do CC.

2º Forma de aquisição de propriedade móvel: Achado de tesouro, coisa móvel depositada e antiga cujo

dono – art. 1.264 do CC.

3º Forma de aquisição de propriedade móvel: Usucapião pode ser ordinária: prazo 3 anos ou extraordinária –

prazo 5 anos, sendo a distinção entre as duas igual ao supramencionado.

4º Forma de aquisição de propriedade móvel: Especificação – art. 1.269 do CC, tratando-se da

transformação da matéria prima em um novo produto.

Importante: Para que ocorra a especificação como forma de aquisição da propriedade alheia, a matéria

prima não pode será ser de titularidade exclusiva especificadora.

5º Da Confusão, da Comissão e Adjunção, prevista no artigo 1.274 do CC.

Confusão: mistura de coisas liquidas, pertencentes a pessoas diversas. Ex. gasolina Comissão: mistura de coisa sólidas, que pertencem a diversos donos Ex. aço

Adjunção: é uma mistura por camadas, sendo uma vez misturada será impossível destacar-se a acessória

da principal. Ex. asfalto.

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QUESTÕES SOBRE O TEMA:

01. (OAB/CESPE – 2007.3.SP) A usucapião constitui modo

(A) originário de aquisição da propriedade. (B) derivado de aquisição da propriedade. (C) derivado de aquisição da posse. (D) de celebração de contrato.

02. (OAB/CESPE – 2007.3.SP) Ocupação, especificação e comistão são modos de

(A) cessão de direitos de posse.

(B) aquisição da propriedade de bens imóveis. (C) aquisição da propriedade de bens móveis. (D) perda de propriedade imaterial.

03. (OAB/CESPE – 2006.3) Quanto à usucapião, assinale a opção correta.

(A) Caso uma pessoa exerça com ânimo de dono a posse mansa, pacífica e ininterrupta do imóvel há 11 anos, adquirirá a sua propriedade por meio da usucapião extraordinária.

(B) Usucapião é modo originário de aquisição da propriedade e ocorre quando uma pessoa mantém a posse mansa e pacífica, por determinado espaço de tempo, de um bem, gerando, assim, a chamada prescrição aquisitiva, que lhe permite buscar, por meio de uma ação judicial, a declaração de seu domínio sobre aquele bem.

(C) A usucapião especial de imóvel localizado em área urbana possui como um dos requisitos o justo título, assim considerado o documento hábil à aquisição do domínio e a boa-fé, isto é, o desconhecimento do vício que lhe impede a aquisição do bem.

(D) Na usucapião rural, o possuidor deve ser pessoa física ou jurídica que houver estabelecido no imóvel sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo, ou seja, que retire da terra a sua subsistência ou que torne a terra produtiva com atividade agrícola, extrativa ou agroindustrial.

GABARITO 1)A; 2)C; 3)B.

Referências

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