Resistência dos Materiais
Eng. Mecânica, Produção
UNIME – 2016.1
Prof. Corey
2
Tensão e deformação:
Carregamento axial
Conteúdo
Tensão e Deformação: Carregamento Axial Deformação Normal
Teste de Tensão-Deformação
Diagrama de tensão-deformação: materiais dúcte is
Diagrama de tensão-deformação: materiais fráge is
Lei de Hooke: Módulo de Elasticidade Comportamento Elástico versus Plástico Fadiga
Deformações sob Carregamento Axial Exemplo 2.01 Problema Resolvido 2.1 Indeterminação Estática Exemplo 2.04 Tensão Térmica Coeficiente de Poisson
Lei de Hooke Generalizada Dilatação: Módulo de
Compressibilidade Volumétrica Deformação de Cisalhamento Exemplo 2.10
Relação entre E, e G Problema Resolvido 2.5 Materiais Compósitos Princípio de Saint-Venant
Concentração de Tensão: Furos Concentração de Tensão: Arredondamentos Exemplo 2.12 Materiais Elastoplásticos Deformações Plásticas Tensões Residuais Exemplos 2.14, 2.15, 2.16
Tensão e Deformação: Carregamento Axial
• Adequação de uma estrutura ou máquina pode dependerdas deformações produzidas pelas cargas aplicadas a uma estrutura, bem como as tensões induzidas por estas cargas. A análise estática por si só não é suficiente.
• Considerando as estruturas como deformáveis e analisando as
deformações em seus vários componentes, poderemos calcular as forças
estaticamente indeterminadas.
• A determinação da distribuição de tensões dentro de um componente também exige a consideração das deformações que ocorrem neste componente.
• O Capítulo 2 está preocupado com a deformação de um componente estrutural sob carregamento axial. Nos outros capítulos trataremos de torção e flexão pura.
Deformação Normal
σ =P A =tensão ε=δ L =deformação normal Fig. 2.1 σ =2 P 2 A = P A ε=δ L Fig. 2.3 σ =P A ε=2 δ 2 L = δ L Fig. 2.4 δ δ δTeste de Tensão-Deformação
Fig 2.7 Esta máquina é utilizada para ensaios de corpos de
Diagrama de tensão-deformação: materiais frágeis
Lei de Hooke: Módulo de Elasticidade
• Abaixo da tensão de proporcionalidadeσ=Eε
E=Módulo de Young ou
Módulo de Elasticidade
• Algumas das propriedades físicas dos metais estruturais, como
resistência, ductilidade, podem ser afetadas pela inclusão de elementos de liga, tratamento térmico e
processos de fabricação, mas a rigidez (módulo de elasticidade) não pode ser afetada.
Fig 2.16 Diagramas tensão-deformação para o ferro e diferentes tipos de aço.
Comportamento Elástico versus Plástico
• Se a deformação desaparece quando a tensão é removida, dizemos que o material se comporta elasticamente.
• Quando a deformação não
retorna a zero após a tensão ser removida, dizemos que o
material se comporta
plasticamente.
• O maior valor de tensão para o qual isso ocorre é chamado de limite elástico do material.
Fadiga
• Propriedades de fadiga são mostrados no diagrama de σ-n
• A medida que a tensão é
reduzida, o número de ciclos para provocar a ruptura aumenta até alcançar o limite de resistência à
fadiga, que é a tensão para a qual
não ocorre falhas.
• Um componente estrutural pode falhar devido à fadiga em níveis de tensão significativamente abaixo da resistência última
quando sujeitos a muitos ciclos de carga.
Deformações sob Carregamento Axial
σ =Eε ε = σE= P AE • Para a Lei de Hooke:
• A definição de deformação específica: ε=δ
L
• Transformando e substituindo a equação anterior na equação acima, temos
δ= PL AE
• Para barras com carregamentos em outros pontos, diversas seções transversais e
diferentes materiais,
δ=
∑
PiLi A EExemplo 2.01
Determine a deformação da barra de aço mostrada
submetida às forças dadas.
E=200 GPa
SOLUÇÃO:
• Divida a barra em componentes de acordo com a aplicação das forças. • Aplique uma análise de corpo livre
de cada componente para determinar a força interna.
SOLUÇÃO: • Divida a barra em três componentes: L1=L2=300 mm . A1=A2=580 mm2 L3=400 mm . A3=200 mm2
• Aplicar a análise de corpo livre em cada componente para determinar as forças internas, P1=300 kN = 300 × 103 N P2=−50 kN = −50 ×103N P3=150 kN = 150×103N • Deformação total δ=
∑
i PiLi Ai Ei = 1 E(
P1L1 A1 + P2L2 A2 + P3L3 A3)
δ=1 200[
(300×300) 580 + (−50×300) 580 + (150×400) 200]
δ=429 ,31 200 = 2,15 mm .Problema Resolvido 2.1
A barra rígida BDE é suspensa por duas barras AB e CD.
A barra AB é feita de alumínio (E = 70 GPa) e tem uma área transversal de 500 mm2; A barra CD é feita de aço (E = 200
GPa) e tem uma área transversal de 600 mm2. Para a força de 30 kN mostrada,
determinar os deslocamentos dos pontos a) B, b) D e c) E.
SOLUÇÃO:
• Realizar uma análise do corpo livre para a barra BDE para encontrar as forças exercidas pelas barras AB e DC.
• Avaliar a deformação das barras AB e DC para encontrar os
deslocamentos de B e D.
• Realize uma análise geométrica para encontrar o deslocamento do ponto E dado os deslocamentos em B e D.
Problema Resolvido 2.1
Corpo Livre: Barra BDE
∑
MB=0 0=−(30 kN×0.6 m)+FCD×0.2 m FCD=+90 kN tração∑
MD=0 0=−(30 kN×0.4 m)−FAB×0.2 m F =−60 kN compressão SOLUÇÃO: Deslocamento do ponto B:
m 10 514 Pa 10 70 m 10 500 m 3 . 0 N 10 60 6 9 2 6 -3 AE PL B δB=0.514 mm ↑ Deslocamento do ponto D: δD=PL AE δD=(
90×10 3N)
(0. 4 m)(
600×10-6 m2)(
200×109 Pa)
δD=300×10−6m δ =0.300 mm ↓Problema Resolvido 2.1
Deslocamento do ponto E: B B' D D' = BH HD 0 .514 mm 0 .300 mm = (200 mm)−x x x=73 .7 mm δE=1.928 mm ↓ E E' D D' = HE HD δE 0 .300 mm = (400+73 .7)mm 73 . 7 mm δE=1. 928 mmIndeterminação Estática
• Estruturas onde as forças internas e as reações não podem ser determinadas apenas por meio da
estática, são chamadas de estruturas estaticamente
indeterminadas.
δ =δL+δR=0
• Deformações devido as forças reais e pela reações redundantes são determinadas separadamente e, em seguida, adicionadas ou superpostas.
• Reações redundantes são substituídas por forças desconhecidas que, juntamente com as demais forças, deve produzir deformações compatíveis com as restrições originais.
• A estrutura será estaticamente indeterminada
sempre que ela for vinculada a mais apoios do que aqueles necessários para manter seu equilíbrio.
Exemplo 2.04
Determine o valor das reações em A e B para a barra de aço com os carregamentos mostrado,
assumindo que não existe folgas entre os apoios e a barra.
• Exigir que os deslocamentos devido às forças e devido à reação redundante sejam compatíveis, ou seja, exigir que sua soma seja zero.
• Resolver o deslocamento em B devido à reação redundante em B.
SOLUÇÃO:
• Consideramos a reação em B como redundante e liberamos a barra daquele apoio. A reação Rb é considerada desconhecida.
• Resolver a reação em A pelo diagrama de corpo livre da barra, uma vez que se conhece a reação em
Exemplo 2.04
SOLUÇÃO:
• Resolvendo o deslocamento em B devido às forças aplicadas,
P
1=0 P
2=
P
3=600×10
3N P
4=
900×10
3N
A
1=
A
2=
400×10
−6m
2A
3=
A
4=
250×10
−6m
2L
1=
L
2=
L
3=
L
4=0.150 m
δ
L=
∑
iP
iL
iA
iE
i=
1.125×10
9E
• Resolvendo o deslocamento em B devido à reação redundante,
P1=P2=−RB A1=400×10−6m2 A2=250×10−6m2 L1=L2=0.300 m δR=
∑
PiLi A E =−(
1.95×103)
RB E• Os deslocamentos devido às forças e devido à reação redundante devem ser compatíveis,
δ=δL+δR=0 δ=1.125×109 E −
(
1.95×103)
RB E =0 RB=577×103N =577 kNExemplo 2.04
• Encontrar a reação em A, devido às cargas e a reação em B
∑
Fy=0=RA−300 kN−600 kN+577 kNRA=323 kN
RA=323 kN
Tensão Térmica
• A mudança de temperatura numa barra resulta uma mudança no comprimento da mesma chamada de
deformação térmica. Não há tensão associada com a
deformação térmica, a menos que o alongamento seja contido pelo apoio.
δT=α (ΔT)L δP=PL
AE
α= coeficiente de dilatação térmica
• Trate o apoio adicional como redundantes e aplicar o princípio da superposição.
δ =δT+δP=0
• A deformação térmica e a deformação do apoio redundante devem ser compatíveis.
α(ΔT )L+PL AE =0 P=−AE α(ΔT )