1
CAPÍTULO 3
2
PORQUE CONHECER ESTE ASSUNTO ?
Devemos conhecer os combustíveis e as técnicas de combustão para
poder utilizar os combustíveis de uma maneira racional, aproveitando
melhor a energia gerada nesta queima evitando assim o desperdício de
3
COMBUSTÃO
É a combinação química da substância que queima
(COMBUSTÍVEL),
com o oxigênio do ar (COMBURENTE),
4
5
Ausência de combustível
NÃO EXISTIRÁ COMBUSTÃO NA:
Ausência de Comburente (ar)
Ausência de temperatura
6
COMBUSTÍVEL
É qualquer substância, natural ou artificial que se
apresenta no estado físico sólido, líquido ou gasoso capaz
de reagir com o oxigênio do ar, liberando calor e luz
7
COMBUSTÍVEIS INDUSTRIAIS
Para que uma substância seja considerada um combustível industrial é necessário:
- Disponibilidade (existe em grande quantidade)?
- Baixo custo (preço acessível no local de consumo)
8
COMPOSIÇÃO DO COMBUSTÍVEL
9
COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS
- Foram amplamente utilizados nas indústrias do Brasil;
- Fácil transporte, armazenamento e operação; - São basicamente derivados do petróleo;
10 PROCESSOS DE REFINO Torre de destilação a vácuo Torre de craqueamento catalítico
11
ÓLEO COMBUSTÍVEL
É a fração de petróleo mais utilizada para aquecimento industrial pelo seu baixo custo;
12
COMBUSTÍVEIS GASOSOS
Tem aumentado seu uso na industria (energia mais limpa e mais eficiente); Inconveniente está no transporte deste combustível aos centros consumidores
GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO
Aplicado em processo aonde a limpeza é fundamental - fornos alimentícios , metalurgia, cerâmica fina. Para efeitos de cálculo tem-se:
13
GÁS NATURAL
Gás contido no poço de petróleo;
Quando a quantidade de gás produzido é pequena ou o centro consumidor está distante, o gás é queimado localmente;
GÁS MANUFATURADO
Gás obtido a partir de outro combustível (carvão mineral, nafta, lenha);
14
COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS
Os principais combustíveis sólidos são: LENHA e CARVÃO MINERAL
CARVÃO MINERAL
- Encontrado principalmente na região Sul: RS, SC e PR
15 CARVÃO SENDO TRANSPORTADO PELO RIO
16 DEPÓSITO DE CARVÃO MINERAL EM UMA CENTRAL TERMELÉTRICA
17 COMPOSIÇÃO DOS CARVÕES LATINO AMERICANOS
18 COMPOSIÇÃO DOS CARVÕES NACIONAIS
19
LENHA
- Amplamente usada no Brasil (aplicações domésticas e industriais); - Usadas em caldeiras de pequeno porte;
- Baixo teor de cinzas, ausência de enxofre e umidade variável;
Teor de umidade para lenhas usadas
20
BIOMASSA
- Bagaço da cana é usado nas usinas de açúcar e álcool; - Não é todo consumido pela industria;
21 COMBURENTE
- Elemento fundamental para combustão; - É o AR ATMOSFÉRICO - OXIGÊNIO
22 COMPOSIÇÃO DO AR ATMOSFÉRICO
NITROGÊNIO – OXIGÊNIO – VAPOR DE ÁGUA – DIÓXIDO DE CARBONO – ARGÔNIO – NEÔNIO – OUTROS GASES
23 TEMPERATURA DE COMBUSTÃO
Todo o combustível começa a queimar em uma temperatura mínima chamada:
“PONTO DE INFLAMAÇÃO”
24 REAÇÕES QUÍMICAS BÁSICAS DA COMBUSTÃO
Elementos combustíveis
Reações químicas notáveis nas fornalhas
C + ½ O2 CO
H2 + ½ O2
H
2O
C + O2 CO2
25 TODAS AS REAÇÕES QUÍMICAS VISTAS SÃO EXOTÉRMICAS
LIBERAM CALOR
CALOR DE COMBUSTÃO
26 PODER CALORÍFICO
É a quantidade de calor liberada pela combustão completa
de uma unidade de massa de um combustível
27 PODER CALORÍFICO SUPERIOR (PCS)
É o poder calorífico apresentado por um combustível, englobando
o calor consumido na vaporização da água, tanto a existente no
combustível, quanto aquela formada durante o processo de
combustão
PODER CALORÍFICO INFERIOR (PCI)
É o poder calorífico apresentado por um combustível, sem
englobar o calor consumido pela vaporização da água existente
no combustível e daquela formada durante o processo de
combustão
28 Nos cálculos de combustão é utilizado sempre o PCI
29 DETERMINAÇÃO DO PCI
Para combustíveis sólidos
Onde:
C = teor de carbono (kg de carbono/kg de combustível);
H = teor de hidrogênio (kg de hidrogênio/kg de combustível); S = teor de enxofre (kg de enxofre/kg de combustível);
W = teor de umidade (kg de umidade/kg de combustível) d = densidade do óleo combustível
W
H
S
O
H
C
Pci
2200
.
600
9
.
8
.
34100
.
8140
(Kcal/kg)Para óleos combustíveis
)
.
2100
12400
(
d
2Pci
(Kcal/kg)30
31
FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DA COMBUSTÃO
32 Temperatura do combustível
33 Área específica do combustível
34 Existência de não queimáveis no combustível
35 Volume do ar de combustão
36 Características da fornalha (câmara de combustão)
37 CÁLCULO DA COMBUSTÃO
1kg (C) + 2,667 kg (O2) 3,667 kg (CO2) + 8140 kcal/kg carbono
1kg (C) + 1,333 kg (O2
)
2,333 kg (CO) + 2450 kcal/kg carbono1kg (S) + 1kg (O2
)
2 kg (SO2)+ 2200 kcal/kg de enxofre
1kg (H2) + 8 kg (O2) 9 kg (H2
O) + 34100 kcal/kg hidrogênio
Combustão completa de 1 kg de carbono
Combustão incompleta de 1 kg de carbono
Combustão completa de 1kg de hidrogênio
38
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
1kg (C) + 2,667 kg (O2) 3,667 kg (CO2) + 8140 kcal/kg carbono
Combustão completa de 1 kg de carbono
1kg (C) + 1,333 kg (O2
)
2,333 kg (CO) + 2450 kcal/kg carbono Combustão incompleta de 1 kg de carbonoO MÁXIMO PODER CALORÍFICO DE UM COMBUSTÍVEL SERÁ OBTIDO, QUANTO MAIOR FOR A PORCENTAGEM DE CO2 NOS
39
INCOVENIENTES DO ENXOFRE
SO2
+ ½ O
2 SO3SO3
+ H
2O H2 SO4(Ácido sulfúrico)
ALTAMENTE40 CÁLCULO DAS QUANTIDADES DE AR E DE GASES DE COMBUSTÃO
IDEAIS (Estequiométricas)
Válidas para combustíveis sólidos e líquidos
Quando se conhece a composição química do combustível
comb arkg
kg
S
O
H
C
m
ar4
,
32
.
8
.
56
,
34
.
55
,
11
*
comb ar arkg
m
S
O
H
C
V
3 *.
33
,
3
8
.
65
,
26
.
85
,
8
comb gases gkg
kg
S
O
H
C
m
5
,
32
.
8
.
56
,
35
.
55
,
12
*
comb gases gkg
m
S
O
H
C
V
3 *.
31
,
3
8
.
52
,
31
.
84
,
8
Massa de ar estequiométrica Volume de ar estequiométrica Massa de gases estequiométrica Volume de gases estequiométrica41 Caso não se tenha a composição do combustível, somente seu PCI
Para combustíveis sólidos
0
,
5
1000
.
01
,
1
*Pci
V
ar (m3/kg)
1
,
65
1000
.
89
,
0
*Pci
V
g (m3/kg)Para óleos combustíveis
2
1000
.
85
,
0
*Pci
V
ar (m3/kg)
1000
.
10
,
1
*Pci
V
g (m3/kg)42
43
EXCESSO DE AR
1kg (C) + 2,667 kg (O2) 3,667 kg (CO2) + 8140 kcal/kg carbono
1kg (C) + 1,333 kg (O2
)
2,333 kg (CO) + 2450 kcal/kg carbono Combustão completa de 1 kg de carbonoCombustão incompleta de 1 kg de carbono
SUPRIMENTO DE AR INSUFICIENTE
Para evitar a combustão incompleta do combustível devemos sempre fornecer uma quantidade de ar superior a teórica – EXCESSO DE AR
44
INCOVENIENTES DA COMBUSTÃO INCOMPLETA
-45
INCOVENIENTES DA COMBUSTÃO INCOMPLETA
-46
INCOVENIENTES DA COMBUSTÃO INCOMPLETA
-47 DETERMINAÇÃO DO EXCESSO DE AR (e)
(CONDIÇÕES DE COMBUSTÃO REAIS)
*
.
ar are
V
V
*(
1
).
* arV
e
V
V
g
g
*.
ar are
m
m
*(
1
).
* arm
e
m
m
g
g
Onde:= volume real de ar de combustão (m3/kg); = volume real de gases de combustão (m3/kg) = massa real de gases de combustão (kg/kg) = massa real de ar de combustão (kg/kg) e = coeficiente de excesso de ar ar
V
gV
gm
arm
48
49 INCOVENIENTES DO EXCESSO DE AR
- Perda de calor pelos gases da chaminé;
- Perda de calor pela redução da temperatura da chama de combustão; - Baixos valores de CO2 nos gases da chaminé.
é chaCO
CO
e
min 2 2 *%
%
* 2 *.
12
2240
%
arV
C
CO
50 ANALIZADOR DE GASES - ORSAT
Hidróxido de potássio (absorve o CO2) Ácido Pirogálico em Hidróxido de potássio (absorve o O2) Cloreto Cuproso em Amônia (absorve o CO)
Custo: R$ 3.700,00
Amostra dos gases da
52
54
55
VÍDEO – ANALIZADOR DIGITAL DE GASES DE COMBUSTÃO
56 CÁLCULO DO CALOR RESIDUAL NOS GASES DE
COMBUSTÃO
)
.(
.
c
t
2t
1V
Q
g p
Onde:Q = quantidade de calor nos gases de combustão (kcal); cp = calor específico dos gases de combustão (kcal/m3.ºC); t2 = temperatura dos gases na base da chamine(ºC);
t1 = temperatura dos gases na saida da chamine (ºC);
Calor específico médio dos gases na chaminé = 0,338 kcal/m3.ºC
CALOR QUE ESTÁ SENDO PERDIDO
57 RECOMENDAÇÃO PRÁTICA
Quando a temperatura dos gases de combustão é maior do que 200 ºC
recomenda-se o aproveitamento do calor residual da seguinte forma:
1 – pré aquecer o ar de combustão
2 – pré aquecer a água de alimentação da caldeira 3 – aquecer o combustível utilizado
58
TEMPERATURA DA COMBUSTÃO
Calor específico médio dos gases na combustão = 0,376 kcal/m3.ºC p g c
c
V
Pci
t
.
tc = temperatura teórica da combustão (ºC)
Seu cálculo é indicado para:
-Especificar o material da fornalha; -Especificar os queimadores;
-Fazer o balanço térmico; -Etc
59
60
FORNALHAS E QUEIMADORES
61 QUEIMA EM SUSPENSÃO
- Óleo combustível, gás, carvão pulverizado, serragem, casca de arroz;
62 QUEIMADORES ou MISTURADORES
- São compactos, instalados na fornalha e promovem a mistura do ar e do combustível.
63
VÍDEO – QUEIMADOR FORA DA FORNALHA
64 QUEIMA EM GRELHA
65 QUEIMA EM SUPENSÃO OU GRELHA
66 DIMENSIONAMENTO DE FORNALHAS
- Área do suporte do combustível;
g g
S
B
K
Kg = carga da grelha (kg/m2.h)- tabelado; B = consumo de combustível (kg/h);
67 VOLUME DA FORNALHA c f
V
PCI
B
K
.
Kf = carga da fornalha (kcal/m3.h)- tabelado; Vc = volume da câmara de combustão (m3);
68