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Parcelamento Especial

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Lei n° 11.941/2009

Lei n° 11.941/2009

ABBC - WFARIA Advocacia

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Sumário

1. Parcelamento: Conceito e Efeitos

2. Parcelamento Ordinário na Esfera Federal 3. Novo Parcelamento: Lei n° 11.941/2009 4. Questões Controvertidas

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1. Parcelamento: Conceito e Efeitos

 Conceito: “dilação de prazo para pagamento de tributo, em prestações” (Des. Fed. Cândido Ribeiro, TRF1, A.C. n° 93.01.23718-0, DJU 22.5.1998)

 Instituição – art. 155-A do CTN: cada ente tributante (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) poderá editar lei disciplinando o parcelamento em suas respectivas esferas.

 Causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário: o Até LC 104/2001: modalidade de moratória individual;

o Após LC 104/2001: inclusão do inciso VI ao artigo 151 do CTN: parcelamento tornou-se

hipótese específica de causa suspensiva da exigibilidade do crédito tributário. hipótese específica de causa suspensiva da exigibilidade do crédito tributário.

 Simples dilação de prazo:

o Não há novação da dívida: crédito mantém natureza tributária, submetendo-se à lei de execuções fiscais e mantendo os privilégios do crédito tributário em caso de falência e recuperação judicial;

o Exclusão do parcelamento (inadimplemento ou descumprimento de obrigações acessórias): vencimento antecipado das parcelas remanescentes, sem eventuais benefícios concedidos em razão do parcelamento.

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1. Parcelamento: Conceito e Efeitos

 Parcelamento e denúncia espontânea:

o Pedido de parcelamento não exonera o contribuinte do pagamento de multa moratória: posição que passou a ser adotada no STJ após LC 104/2001, que inseriu o art. 155-A, § 1°, ao CTN: “salvo disposição de lei em contrário, o

parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas”.

 Confissão de dívida: leis instituidoras normalmente prevêem que a adesão ao parcelamento implica confissão irretratável da dívida. :

o Qual dívida? O débito original ou as parcelas?

o Efeitos da confissão: não obsta futura discussão judicial: STF RE 94.141/1982; pode ser anulada se decorrente de erro de fato: STJ REsp 982630 / ES

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2. Parcelamento Ordinário na Esfera Federal

 Regulamentado pela Lei n° 10.522/2002;

 Prazo: até 60 meses;

 Abrangência: débitos tributários e previdenciários, inscritos ou não em dívida ativa, com exigibilidade suspensa ou não, admitido excepcionalmente o reparcelamento;  Garantias: deferimento pode depender da apresentação de caução, conforme o valor

do débito, exceto para optantes pelo SIMPLES; do débito, exceto para optantes pelo SIMPLES;

 Efeitos: pedido de parcelamento constitui confissão de dívida;  Acréscimos legais:

o Valor será consolidado na data do pedido e reajustado mensalmente pela SELIC; o Não há exoneração de multas nem do encargo legal, de 20%, do débito inscrito em

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2. Parcelamento Ordinário na Esfera Federal

 Vedações: é vedado o parcelamento de:

o valores retidos pela fonte pagadora, ou por agente arrecadador, e não repassados ao Tesouro Nacional ;

o tributos devidos no registro da DI, bem como os de FINOR, FINAM e FUNRES; o estimativa de IRPJ/CSLL e IRPF carnê-leão;

o tributo devido por pessoa jurídica falida, bem como pela incorporadora no Regime Especial Tributário do Patrimônio de Afetação;

 Rescisão: rescinde-se o parcelamento se inadimplidas 3 (três) parcelas, consecutivas ou não, ou 1 (uma) parcela, se já adimplidas todas as demais.

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3. Parcelamento Especial: Lei 11.941.

 Legislação:

o Medida Provisória nº 449, de 3 de dezembro de 2008; o Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, e

o Portaria Conjunta RFB/PGFN nº 6, de 22 de julho de 2009

 Prazo: até 180 meses;

 Abrangência: débitos vencidos até 30 de novembro de 2008:

o Débitos de PF ou de PJ (inclusive contribuições previdenciárias, tributos retidos, etc);

o Inscritos ou não em dívida ativa; o Com ou sem exigibilidade suspensa;

o Incluídos ou não em parcelamentos anteriores e que ainda não tenham sido integralmente quitados;

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3. Parcelamento Especial: Lei 11.941.

 Garantias: adesão ao parcelamento especial independe de caução, exceto se o débito estiver sendo executado e houver penhora;

 Efeitos: confissão irrevogável e irretratável da dívida;

 Possibilidade de escolha dos débitos a serem incluídos no programa.

o Não há obrigatoriedade de inclusão de todos os débitos fiscais do contribuinte.

 Benefícios do parcelamento

o Para débitos não parcelados anteriormente, exonera-se: o Para débitos não parcelados anteriormente, exonera-se:

Pagamento Multas Juros Encargo Legal

Ofício e Mora Isolada

À vista 100% 40% 45% 100% Até 30x 90% 35% 40% Até 60x 80% 30% 35% Até 120x 70% 25% 30% Até 180x 60% 20% 25%

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3. Parcelamento Especial: Lei 11.941.

 Benefícios do parcelamento

o Para débitos já parcelados anteriormente*, exonera-se:

Parcelamento Multas Juros Encargo Legal

Ofício e Mora Isolada

REFIS 40% 40% 25% 100% PAES 70% 30% REFIS III 80% 35%

* se o pagamento for à vista, vale a mesma regra dos não parcelados anteriormente Ordinários 100% 40%

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3. Parcelamento Especial: Lei 11.941.

 Cálculo das parcelas:

o Divisão do valor do débito, subtraídos os descontos, pelo número de parcelas. o No caso de débitos incluídos em parcelamentos anteriores, os débitos devem ser

restabelecidos e devem ser subtraídas as parcelas pagas atualizadas.  Valor das parcelas:

o Mínimo de R$ 50,00 (cinqüenta reais) quando o devedor for pessoa física, e R$ 100,00 (cem reais), quando o devedor for pessoa jurídica

o Valor mínimo de R$ 2.000,00 (dois mil reais) nos parcelamentos de débitos o Valor mínimo de R$ 2.000,00 (dois mil reais) nos parcelamentos de débitos

decorrentes do aproveitamento indevido de créditos do IPI oriundos da

aquisição de matérias-primas, material de embalagem e produtos intermediários com alíquota zero não-tributados.

o No caso de débitos incluídos em parcelamentos anteriores, o valor das prestações mensais do novo parcelamento não poderá ser inferior a 85% do valor das

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3. Parcelamento Especial: Lei 11.941.

 Formalização da opção:

o Prazo: entre os dias 17 de agosto e 30 de novembro de 2009 o Local: diretamente nos sítios da PGFN ou da RFB na internet

 Desistência de questionamentos judiciais e administrativos: o Formulário anexo à Portaria Conjunta RFB/PGFN nº 6/09;

o Possibilidade de desistência parcial de impugnação, recurso administrativos ou ação judicial, desde que o débito objeto de desistência seja passível de distinção dos demais débitos discutidos;

 Débitos garantidos por depósitos administrativos ou judiciais:

o Consolidação da dívida com as exonerações previstas na legislação;

o Possibilidade de conversão em renda da União ou levantamento do saldo remanescente.

 Rescisão: rescinde-se o parcelamento se inadimplidas 3 (três) parcelas, consecutivas ou não, desde que vencidas em prazo superior a 30 (trinta) dias, ou 1 (uma) parcela,

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3. Parcelamento Especial: Lei 11.941.

 Utilização de prejuízos fiscais e bases negativas de CSLL:

o Liquidação de valores correspondentes a multas, de mora ou de ofício, e a juros moratórios, com utilização de créditos decorrentes de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL próprios.

o Créditos correspondem a 25% dos prejuízos fiscais e a 9% da base de cálculo negativa da CSLL relativos a períodos de apuração encerrados até 28 de maio de 2009.

o Opção deve ser informada pelos contribuintes quando da adesão ao programa, e será objeto de verificação pelas autoridades quando da entrega das Declarações será objeto de verificação pelas autoridades quando da entrega das Declarações de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ).

o Obrigatoriedade de manutenção, durante todo o período de vigência do parcelamento, dos livros e documentos exigidos pela legislação fiscal,

comprobatórios do montante do prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSLL.

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3. Parcelamento Especial: Lei 11.941.

 Pagamento de débitos de pessoas jurídicas por pessoas físicas responsáveis: o Limitado às pessoas físicas definidas como responsáveis arts. 124 e 135 do

Código Tributário Nacional, inclusive sócio, sócio-gerente, diretor ou qualquer outra pessoa física vinculada ao fato gerador.

o Requerimento através de formulário específico anexo à Portaria PGFN/RFB nº 6/09

o Efeitos:

(i) a pessoa física passa a ser solidariamente responsável com a pessoa jurídica em relação à dívida;

em relação à dívida;

(ii) fica suspensa a exigibilidade do crédito, e

(iii) é suspenso o julgamento na esfera administrativa.

 Indefinição quanto aos efeitos fiscais, para as pessoas jurídicas, da quitação da dívida pelas pessoas físicas responsáveis.

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4. Questões Controvertidas

 Portaria RFB/PGFN nº 6/09 vedou o parcelamento de débitos do SIMPLES, embora a Lei nº 11.941/09 não contenha vedação semelhante. Possibilidade de questionamento da legalidade dessa vedação.

 Diferentemente do parcelamento ordinário, a Lei nº 11.941/09 não impõe nenhuma restrição ao parcelamento de débitos relativos a tributos retidos na fonte e não recolhidos.

 Enquanto não forem rescindidos o parcelamentos, é suspensa a pretenção punitiva do Estado referente aos crimes contra a ordem tributária envolvendo os débitos que tiverem sido incluídos nos programas.

o A prescrição criminal não corre durante esse período. o A prescrição criminal não corre durante esse período.

 Pagamento integral dos débitos que tiverem sido objeto de concessão de parcelamento extingue a punibilidade dos crimes contra a ordem tributária.

 MP 449 havia vedado a quitação de débitos relativos a estimativas mensais de IRPJ e

CSLL com outros créditos tributários, através de PERDCOMP. o Lei nº 11.941/09 não reproduziu tal vedação.

o Débitos em aberto, relativos a estimativas mensais de IRPJ e CSLL desse período. Possibilidade compensação via PERDCOMP.

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Perguntas & Debates

Perguntas & Debates

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Muito Obrigado!

Wilson De Faria wfaria@wfaria.com.br Evelin Spinosa espinosa@wfaria.com.br Leonardo Mazzillo lmazzillo@wfaria.com.br Luca P. Salvoni lsalvoni@wfaria.com.br

Referências

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