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PAGINA ANO XIX RIO OE JANEIRO Diretor: HORACIO DE CARVALHO JÚNIOR PRAÇA TIRADENTES N. 77 N.«5.»3_5 i V' s_-. ini~n r~~~~^~" ' t^ ^r^;==^^= - '

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(1)

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ZH1 Cy-JKflJM O CONTROLE

AOS REMÉDIOS FALSOS

PAGINA 2

SEIS MILHÕES NO

COMRATE AO TIFO

PAGINA 12

A CÂMARAE

O SENADO

PAGINA 2.

PRONTOS OS TEAMS

PARA OS JOGOS

¦>:.'...

Edição

12

PA

50 Centavos

de Hoje:

1

.SINAS

1

entavos

I

1

Diário Carioca

PAGINA 9

Fundador: J. E. DE MACEDO 80A-UC8

r

Sexta-Feira

25 DE OUTUBRO DE

1946

ANO XIX RIO OE JANEIRO

Diretor: HORACIO DE CARVALHO JÚNIOR

PRAÇA TIRADENTES N. 77 N.« 5.»3_5 i

V' _____s_-. ini~n—r~~~~^~" ' •t^—^r^;==^^=

DEPOSIÇÃO PE FRANCO

SOLICITADA A

PELO SECRETARIO GERAL DA 0. N. U.

f&í M

A POSIÇÃO

DOS

UDENISTAS MINEIROS

J. E. DE MACEDO SOARES

Por maior gue seja nossa boa

von-tade, não conseguimos entender a

decla-ração de

"vigilância

e incontormismo" da

bancada udenista mineira, na Câmara dos

Deputados. Os signatários foram os

pri-meiros a assinalar que o sistema dos

par-tidos nacionais constitui hoje a base da

política brasileira. O presidente da

fíe-pública é membro de um desses partidos

e a tradição republicana sempre atribuiu, entre nós,

ao chefe da Nação o papel de supremo dirigente da

política governamental. A declaração dos deputados

mineiros udenistas reconhece que tais circunstâncias

"explicam a interferência de elementos estranhos aos

quadros partidários de Minas", não estando dito tudo,

porque os quadros partidários nacionais

absorvendo os

quadros locais, na verdade já não se pode distinguir

dentro dos partidos nacionais

"interferências

de

ele-mentos estranhos".

Orientando, aconselhando, acomodando os seus

correligionários, o sr. general Gaspar Dutra, como

qual-quer outro chefe de partido nacional,

não estaria

inter-ferindo indebitamente nos quadros partidários Jocais.

Se, porém, a ação do sr. general Gaspar Dutra

se fiz.es»»

se sentir comprimindo ou corrompendo outros partidos

para, à custa de tal intervenção

abusiva, fortalecer a

posição política de seu partido

ou de seu governo —

então sim, teríamos verificado

"aberta manifestação do

poder pessoal do presidente

da República."

O melhor do chamado

"manifesto mineiro", cujo

terceiro aniversário comemorado pelos deputados

ude-nistas deu lugar à declaração de

"vigilância e

incon-formismo" — foi o nobre e corajoso ataque à

degrada-ção da vida sociaJ e política

de Minas pela ação

cor-zuptora e desmoralizante do sr. Benedito

Valadares no

governo do Estado. Não é

necessário repetir agora tudo

quanto se tem dito da profunda

imoralidade desse

agen-te da ditadura, levando às últimas

conseqüências a

li-cenciosidade de seu procedimento público

e privado. O

"beneditismo" tornou-se em Minas o mal especifico da

ditadura; o seu combate parecia,

aos mineiros, tão ou

mais urgente que a extirpação do próprio getulismo.

Agora, vejamos os termos da interferência'

do sr..

qeneral Gaspar Dutra nos quadros partidários

minei

ros depois da restauração constitucional

e do

adian-tado expurgo da influência getulista

no país. Em

pri-meiro Jugar, o sr. presidente da República

acalentou o

anti-Benediío nas espécies de

uma candidatura do sr.

Carlos Luz, de combate contra essa

facção pessedista

mineira. Na emergência da

completa realização das

idéias moralizadoras do

"manifesto mineiro , os

ude-nistas recolheram-se a uma atitude

negativa ou

indite-rente

A candidatura anti-Benediío arrastou-se

longa-mente, enfraquecida pela

incompreensão dos

anti-Be-nedito da U.D.N.

Não podendo com a candidatura

Carlos Luz atingir

os seus objetivos, que eram sempre

aníi-Bened.ío, mas

nunca foram, nem podiam ser,

a cisão e desmoraliza,

ção do seu partido

em Minas - o sr. general Gaspar

Dutra tentou cortar por um

atalho, levando oJ\s;£-;

lá agora unido ao P.R. (uma das alas do

manifesto

mineiro";

a adotar solidariamente uma candidatura

que, do ponto

de vista anti-Benedifo, não poderia

ser

mais expressiva e eloqüente.

. .

Quem, em Minas Gerais, por

todos os seus

requis.-,os e atributos, é mais

cabal e completamente

anti-Be-nedito, que o honrado e ilustre

sr Venceslau Braz? Se

a g ande reivindicação

do

"manifesto mineiro na

de-monção da ditadura, era o restabelecimento

da

digm-m! da honestidade, da probidade

no governo do

Estado dentro das tradições

morais do povo de

Minas-e da dMinas-ecência privada dos

mineiros - quem mais e

melhor do que o sr. Venceslau

Bra. poderia

personah-Z essa atitude saneadora preconizada pelos

homens

"ZandTa

Minas sua preciosa contribuição

anfi-Be-nedito o sr. general Gaspar

Dutra levou o seu partido

a aceüar um dos três mineiros

mais antigos, mais

pres-tiafososml respeitados

em todo o cenário político do

ffio

O escolhido nem ao

menos era militante no

PSD

pois dera o seu

voto, no pleito presidencial, ao

brMéin? Eduardo Gomes.

Mas, por sua figura moral,

no

s«u

serviços, pelos exemplos

de sua longa vida

oubhcà - era indubitavelmente

o símbolo do

anti-Be-neSír preenchendo

completamente a aspiração

minei-'°

1oXPeíS0coLS-ç6e-,

evldentemenle. n-0 -_

cluem o reconhecimento

do direito dos democratas

mi-neirS de propugnarem por

um candidato, gue, alem

Con-tiruam

agitados

os

círculos

^políticos

do PSD

flúmineivo.

Com íjf-se no

"direito" de

disporem da maquina

elei-toral dàs

Prefeituras,

os

elementos do

"comandan-te"

Peixoto se

insurgem

contra o interventor

Hugo

Daquele Grupo do PSD silva.

Ala-Amaral

Contra Int.

Hugo Silva

Uma Reunião Secreta

Fluminense ;—

Rompi-das as Baterias Na

Ca-mara — Defendido o

Interventor Pelo Sr.

Soares Filho

Não admitem que o

In-terventor

federal

possa

substituir prefeitos

partida-rios. por figuras capazes de

assegurar a livre

manifesta-ção das urnas, nas

proxi-(Conclui nn 8> pag.,)

\Wil-ffl--SIB-i

FLUSHING, 24 (De

Ro-bert Manning,

correspon-dente da U. P.) — A

quês-tão das medidas que

deve-riam ser tomadas contra o

Trygie Lie

çoes Unida:

_,..,.,,...„... mMmmM1M_riil»rir *\

&o:j>X£j{gjRm gSssg 3 SM^-aT^ '-¦ h£_5'Í_B_Í_Ib ^l__l_Íii_SlK3"f -' ¦'¦'¦ ¦?' JÍ___*_ff!MBHI_i_JLj^

•_>•.• >.••>• <-.-.-.».•.*.•._-_. -BRSsSiew» T^yUniWm^wm^wm^mwm^m^wmwaÊB^qF&ISaÇQ^^

Três flagrantes prévios da reunião inaugural de

ontem. 0 "Queen Elizabetli", reconvertido em navio de

passageiros, entra em Nova York. conduzindo algumas das delegações européias; Gromyko, delegado

sovieti-co, aperta a mão de Molotov ainda a bordo do maior navj0 do mundo; o recinto provisório da assembléia,

preparado

num pavilhão da antiga feira mxmdial de Nova York. (ACME-DC, aéreo)

Em Niterói:

Carne Diária

e Mais Barata

A partir de amanhã, a carne verde será fornecida A popiola-ção de Niterói, sem limite an venda, todos os dias da sema-na e ao preço de CrS 6,30, ou seja Cr$ 0,Ü0 mais barato ao quo atualmente.

A liberação da venda e Dará-teamento da carne loi conse-gulda para a vizinha capital cm conseqüência de medidas adotadas pelo interventor Hugo Silva, através da Secretaria da Agricultura, cujo titular, sr. Nelson Godói, foi pessoalmente encarregado pelo chefe do go-verno fluminense de estudar e promova.- uma solução defini-Uva para a questão.

ENTENDIMENTOS

I

Procurando entender-se dl-retamente com °s setores de produção e transporte, conse-gulu o secretario da Agricul-tura do Estado do Rio nâo só obter suficiente massa de for-necimento, como a cessão de vagões da Estrada de Ferro Central do Brasil á Leopoldina Railway, exclusivamente para o transporte de carne.

de anti-Benedito, satisfaça

outros desejos de

moderni-zação técnica do governo

do Estado. Nesse caso não

tem sentido a queixa da

"vigi-ância e

inconíormis-mo". O sr. general Gaspai

Dutra prestou a Minas o

grande serviço de suscitar

a candidatura Venceslau,

por excelência

anti-Benedi-to. Se, entretanto, os

minei-ros puderem fazer mais,

nas urnas, tanto melhor.

mas não

será razão de

queixas e aborrecimentos

desconhecendo intencional

mente a prudência e judi

ciosidade do correto proce

dimenfo que teve o chefe

da Nação no caso do com

.bafe ao beneditismo em Mi

nas GetcàSt

O príncipe Felipe, da

Gre-cia, de cujo noivado com a

princesa Elizabetri,

herdei-ra da Inglaterherdei-ra, ha

rumo-res em Buckingham.

(AC-ME-DC, aéreo)

Videla Foi

Eleito Pelo

Congresso

SANTIAGO DO CHILE, 24 (U.P.) —' O sr. Gonzalez VI-dela foi eleito pelo Congresso por 138 votos, tendo seu opo-nente, o conservador Cru-'. Coke, conseguido 46 votos. Vo-taram 185 parlamentares, ten-do um depositaten-do um voto cm branco na urna. O escrulinlu terminou ás 17,10. tendo sido proclamado presidente o sr. Gonzalez Videla ás 17,12.

SANTIAGO DO CHILE. 24 (U.P.) — Tal como era espe-rado, todos os partidos politi-cos chileno, exceto o Conser-vador, votaram em Gonzalez y Videla, para a presidência do pais, o que valeu ao candidato esquerdista uma rotunda maio-ria.

UDN de Minas:

"Vigilância

e Inconformismo"

Definida a Posição da Seção Estadu ai do Partido Em Face da

Cândida-turo Venceslau Braz — U ma Declaração Nã Câmara

Na sessão de ontem da Cama. oa sofrimentos do povo e nerma» ~ -" " va doa Deputados de aue damos nece a cri-e de confiança. Vc.

prática da nova ordem

O Relatório

TrygvieLie

____

ò

A ccr.mf.1p.il KS™*

à* Franco na Espa"

d iAOoClllUlCia nha voltou a ser

apresenta-d

1

r_.--l « 17...

da hoje na Assembléia

Ge-Repulsa Geral a Facul-

^ ^ Naç_es Unidas na

dade de Veto — ira- oCasião em que se

esten-çadas as

"Linhas de diam as "linhas de batata"

i> _. íl » c _

D...ci-

entre os Estados e a

Rus-batalha

fcntre Kussia gl& gobre o discuti(io asSun.

e Estados Unidos —

to do veto. A Assembléia

A„Tt.s .-dí.--..., %zrz£&rsj£Z

da Sessão Inaugural

para ^ mg j.oras a fim de

da Assembléia das Na- iniciar as deliberações

ofi-ciais,

depois da cerimonia

inaugural de ontem. O

se-'cretário

geral

Trygvie Lie

apresentou o

assunto

da

Espanha no seio da

Assem-bléia Geral ao solicitar que

se buscassem os

"meios e»

arbítrios" para

restabcle-cer a liberdade e a

demo-cracia na Espanha, cujo

re-gime, disse, continuará

sen-do uma constante causa de

"desconfiança e

desacor-do", até que Franco seja

de-posto.

O ato de Trygvie Lie ao

solicitar

medidas

contra

Franco constitui o exercicio

de seu privilegio como

se-cretario geral de chamar a

atenção das Nações Unidas

sobre situações que

amea-cem a paz e a segurança

do mundo. A introdução ao

problema espanhol ocorreu

||11| j no momento em que a

dele-gação norte-am.ricana

as-sumia uma firme

posição

para amplo debate sobre o

assunto do veto, em

oposi-ção aos esforços da Eussia

para impedir que tal

assun-to fosse debatido pela

As-sembléia Geral. •

Trygvie

Lie

expressou

posteriormente

á

United

Press que* espera que um

país, provavelmente a

No-ruega, solicite que a

quês-tão espanhola seja

incorpo-rada á ordem do dia,' para

um amplo debate. Em tal

caso, a Assembléia

discutil-a-ia, porém sem tomar

me-didas, porque do ponto de

vista técnico, o assunto

con-tinua inscrito na ordem do

dia do Conselho de

Segu-rança.

Em seu relatório á

Assem-tü

Logo após o sufrágio

popu-lar ontem confirmado pelo

Congresso, Videla

fotogra-fa-se em casa, com sua

es-posa. (ACME-DC, aéreo)

completo noticiário na 2.' nanr na, o deputado Milton Campos, em nome da bancada mineiro, da UDN. leu a seguinte declaração:

"A União Democrática Naçlo. nal. seccão de Minas Gerais, po-Ia sua bancada na Câmara Pede. ia!, aproveita a data de hoje pa-ra formular uma declapa-ração d"-litica que considera dc seu es-trlcto dever.

A 24 de outubro de 1943. em pleno apogeu da ditadura, um ^rupo do políticos, professores e intelectuais de Minas Gerais lan-cava o "Manifesto aos Minei (?) i-os". que teve o destino feliz d»' constituir o inicio do grande mo vlmento democrático mais tarde acentuado na gloriosa cam pan pela candidatura Eduardo

Go-mea.

pas-aaram.se trf-3 anos. A di-ladura foi extinta, ü povo ele geu representantes aue "elabo rat-am" uma Constituição deme erátlca. os ooderes e os orgãoe-da saberania nacional cstàn i»-'nstituido3 com orier-m na von. tade popular. O Brasil já tem desimpedidos os caminhos que c devem conduzir á pro-perldad" e á pa_.

Entretanto, a marcha para o.s rumos novos Se vem retardando Os ânimos estão sombrios e os

-.-...,,..-:_-» ..i/.,,;_i-_-. i-Vantlr.u_.rn

se que a .- _

constitucional reclama o mesmo zelo revelado na sua "implanta-ção". Ê nreclso. DOrtanto, aue, se mantenha o espirito de vliri. lancia democrática como condi-cão da conquista e da posse da liberdade.

A essa posição nos conduz ainda agora, o proces-eo adotado para solução do chamado "caso mineiro". Foi ostensiva "« sen. reservas" a Intervenção do sr'; presidente da Republica na indi.

Partiu de

Lisboa o Sr.

João Neves

•TISBOA. 2. (U. P.) — As 19 horas, após uma permanèn-c'1. de 30 minutos nesta cawi-..¦ 1. o ministro das Relações .''•teriores do Brasil, sr. João Nsves da Fontoura, e sua co-d itiva seguiram co-de avião com d.stlno ao Rio dé Janeiro.

Durante sua breve estada -lui. o Chanceler brasileiro íoi atendido por funcionário*/1 noi-tu-rues»»* e brasileiros. _,'

cação do candidato a governa dor do Estado. E o q-ue ha nis to d© grave não é tanto o des.i-preço pela tradição autonomista da política mineira como, sobre, tudo, a aberta manifestação do poder pe;*3oai do presidente da Republica

O sistema dos partidos naclo-nais como base da politic.1 bra. sileira e o aspecto nacional que assumiu o caso mineiro poderiam explicar a Interferência de ele-mento. estranhos aos auadro.-partidários de Minas. O que, en. tretanto, não se explica é que, li) ípôs tão amarga expsriência do poder pessoal, cujos excessos nos conduziram á ditadura, se í-esta-beieçam os mesmos métodos com lamentável detrimento para a compostura do supremo ma. çistrado da Nação e irreparável sacrifício nara o equilíbrio das forças políticas no sistema le-derativo.

Não podemos causer ao ôiei. torado mineiro a decepção do iioí-So apoio a prcct&sos tão in compatíveis com os principio-que nos orientaram na memora-vel campanha de que se originou o nosso mandato. E per isso na data quo recorda um movi-mento de sinceridade civica tão (-_tro á nossa lembrança, deseja.

(Conclui na p-g.)

{Concl-l ae S» S"-»^

Adiada

a Solução

Paulista

Em seguida aos "casos"de Mi-nas e do Estado do Rio, a coor-denação do candidato único ao governo de São Paulo passou a ocupar o primeiro lugar na so-lução dos problemas politico-nacionais.

Segundo informam as melhu-res fontes oficiais, o pmelhu-residente Dutra teria prorrogado o prazo concedido aos partidos paulis-tas para a escolha do candidato comum.

Desta Informação poder-se-ia deduzir a existêncpoder-se-ia de difl-culdades em torno do assenti-mento geral.

Tal conclusão, mal. tarde, se-rla confirmada por outra fon-te: o sr. Gabriel Monteiro da Silva teria se entendido com o sr. Ugo Borghi. prontificando-se ás concessões que determi-nassem o apoio da aliança PTB-PR á sua candidatura.

(2)

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Rio de Janeiro, Sexta-Feira, 25 de Outubro de 1946

DIÁRIO CARIOCA.

OS

UM

M

LABORATÓRIOS ENTREGAM A CA

PROJETO DE CONTROLE AOS REMÉDI

ARA

O Legislativo

'9

DA BANCADA

DE IMPRENSA

CORAÇÕES INQUIETOS

¦ (Pelo cronista parlamentar Comemorando o 3.° aniversário do "Manl-festo aos mineiros" tambem chamado, e com f propriedade, "Manifesto dos mineiros", pois de mineiros era, como aos mineiros se dirigia, a União Democrática Nacional formulou breve de-claraçao política, de cuja leitura e provável-nr.nte de cuja redação se Incumbiu o sr. Milton ""ampos.

ITM ESCRITOR BISSEXTO

Felicitemos a UDN mineira, em primeiro lugar, pela esco-lha do seu Interprete. Nin-guem poderia, com maior ali-toridade, defender os prlnel-pios republicanos liberais c a pureza na pratica da demo-et-acla. Milton Campos nào seria, em rigor, um político, WA."_Á\_f sc iüí.v possivel delxcr de ser <T^ATr^*' político, sendo mineiro. E' um Jurista — notável Jurista, aliás — cuja posição em face los problemas nacionais, sociais e humanos é i posição tiplea do Intelectual, fiel, antes de tudo, nos compromissos do espirito. Compromis-sós que em hipótese alguma renegaria, nem mes-mo disfarçadamente, comes-mo fazem alguns, fe-chando os olhos para nüo ver.

São essas qualidades, aliadas ao espirito pu-blico vigilante de que deu provas desde os ban-cos acadêmiban-cos e k íinura critica do escritor elegante e malicioso, que os processos forenses não conseguem entorpecer, são essas qualidades quc fazem cie Milton Campos, grande figura dc Minas e do Parlamento brasileiro, um desses valores cuja existência nos conforta, embora, por sua natureza esquiva, cultivem a arte de não aparecer.

DEMOCRACIA TEÓRICA E PRATICA Foi a um homem dessa autoridade Inteiec-flial e moral qu? a UDN mine»ra confiou a mis-são de proferir da tribuna a incisiva e modelar reafirmação de princípios que o leitor encontra-rá na integra em outro local. Como quer que se considerem os processos atualmente adotados para a solução dos casos políticos estaduais e ainda mesmo que não se considere indébita a in-tervenção conciliatória do sr. presidente da Re-publica, junto aos Fartidos, uma atitude como n dos udenistas mineiros era necessária, para a preservação do culto dos bons princípios, evl-dent"mente contrários ánuela intervenção.

Deve-se reconhecer que o momento ainda não é ae inteira.normalidade democrática. Pelo contrario: estamos em pleno periodo de transi-ção. Em transito para a definitiva implantação de uma nova democracia, E nisso estará a escusa ou mesmo a justificativa do presidente da Republica. Mesmo assim, nas soluções pala-eianaa há sempre um germe de desvirtuamento do regime, contra o qual se faz preciso que ai-guns protestem, dizendo francamente como os mineiros que "os ânimos estão sombrios e os co-rações Inquietos."

A CÂMARA

DIÁRIO CARIOCA)

em 1940. E muito particularmente a dot> I um «nte-prpjcto ile criaçuo ae brasileiros, seus confrades, que, como um anteprojeto de Con role ou o autor de "Os Corumbas". tanto vive- ,. custeado de ¦ ^ogaa . pelos próprios luuo-e Hedlcamoutos OITO MILHÕES: GRANDE POVO T

Recebendo o deputado belga, sr. Louis Pierard, o deputado sergipano sr. Amando Fonte*, proferiu excelente discurso de iouvação á Bélgica, ao seu povo heróico e já por duas vezeb consciente e voluntariamente sacrificado, "na nobre** trágica decisão de antepor a pureza dos princípios morais ás falazes e mesquinhas Imposições dc. força".

"Gesto sem par que há de viver na historia eternamente;", disse o sr. Amando*Fontes. E o representante sergipano interpretou perfeita-mente a opinião e o sentimento de todo o povo brasileiro, solidário, de coração, com a Bélgica, desde o primeiro momento da agressão, em 1914 como

escritores lembr

ram, idealmente, em "Bruges, La morte FECHARAM O PIAUt

O caso dos Plauís, Estado e jornal, foi tratado pelo sr. José Cândido, que esclareceu alguns antecedentes do fato. confirma-do, aliás, por um telegrama do d e putado comunista Batista Neto, lido pelo sr. Jorge Ama-do. O "façanhudo" chefe de policia local, como lhe chamou o sr. José Cândido, JA tinha promovido um incêndio nas ofi-cinas do jornal. Incêndio, em Teresina, é o começo de qualquer conversa po-Utlca: provoca-se o Incêndio, para atribui-lo, em geral, ao próprio sr. José Cândido. Mas, desta vez, ausente o deputado udenista, atribu-lu-se ao gerente do jornal. Em seguida, prome-teu-se "uma boa sova nos que trabalham na-quela casa", E finalmente consumou-se o aten-lado oue deu como resultado a morte do vigia, assassinado no cumprimento do seu dever. E o Plaui fechou, pelo "clima de Insegurança" a que se refere o telegrama do deputado Batista Neto.

INFLAÇÃO

O sr. Horacio Lafer de-clarou que o fato repercutiu dolorosamente no Catste e prometeu a apuração de responsabilidades. Ao fazer idêntica promessa diante do fechamento da "Folha do Povo", de Jundlai. denun-ciado pelo sr. Jorgs Ama-do, o sr. Lafer provocou o seguinte aparte do sr, José Bonifácio ao rtepu-tado comunista :

— Como v. excla. vc. támbcm temos Infla-cão de promessas !

Num Debate

Público Com

a Imprensa

Vitoriosa a Campanha

do DIÁRIO CARIOCA

A campanha que o DIÁRIO CARIOCA vc/ii sustentando há algum tempo cm torno da criação de um Laboratório Central dc Fiscalização e cor— trole cio Medicamentos, diante das falsificações c iraudes oe produtos farmacêuticos aenun-elndati ao publico, está imeir»-mente vitoriosa. Ontem, na ABI, o Sindicato da Industrio do Produtos Farmacêuticos eso lUo de Janeiro, no debate (|Uo convocou entre Jornailsiab, parlamentares e representun-tes de vários laboratórios, icb entrega aos membros da Lo-missão de Sauae cia Câmara

M

Clima de Insegurança no Piauí

0 Fechamento do

"Piauí"

Na Pala vra do Sr/José Cândido e Ade'mar

Rocha—A Resposta do Governo — Proibidos os Comícios na Escadaria

Dois assuntos máximos: — o manifesto, dos mineiros e a questão politica do Piauí.

No segundo, tivemos os se-guinles oradores: José Cândido. Sinefredo Pacheco. Hoi*acio Lafer e Adelmar Rocha; no pri-rrielro, apenas um: Milton Cam-pos.

O "CASO" DO PIAUÍ Vamos deixar o manifesto dos mineiros, — publicado noutro loca1. — para cuidarmos do "caso" do Piauí.

A propósito do empastelamen-to d'"O Piauí", por elementos governistas, ocupou a tribuna o sr. José Cândido, que pro-nunciou o seguinte discurso:

"Sr.

presidente, não me en-contrava ontem presente quan-do ocupou esta tribuna o meu Ilustre colega, sr. Uno M«-chado, a quem estou ligado por tantos laços de admiração O SR. LINO MACHADO — São mútuos esses

sentimen-tos.

O SR. JOSÉ' CÂNDIDO —

O SENADO

Estava, na ocasião, a cha-mudo. no gabinete de destaca-do procer, situacionista, que procurava convencer-me a aceitar uma solução conclMa-torla. um "tertlus" ou coisa semelhante, a respeito do candidato a governador de meu listado.

Enquanto o sr. presidente da Republica, pelos sens re-presentantes nesta capital we sinceramente ou não, por essa forma, seus delegados nos Es-t;ados continuam a cometer des-mandos de toda sorte.

O recente empastelamento do órgão da União Democrática Nacional do Plaul é o assunto que me faz ocupar a atenção dos nobres deputados, lançau-do. em nome da ••ninl*i I*?*1-cada, um veemente protesto contra esse atentado a mais ãs liberdades publicas de meu Es-tado. e que custou a vida . de um homem, estando outro gra-vemente ferido.

O SR JORGE AMADO — Permita v. excia. um

apar-te: nossa bancada recebeu, | do deputado Batista Neto. atu-almente em Terezina, o se-güinte telegrama:

"Madrugada hole empaste-laram jornal da U. D. N Ma-taram um vigia e feriram, ou-tro. Clima Insegurança lia-grante desrespeito Constitui-ção. — Batista Neto".

Em nome de minha bancada, venho trazer sua inteira soMda-rledade ao protesto de v. excla. contra esso clima de ilegull-dade e desordem que algumas autoridade^ estão criando no interior do pais. Aliás, tenho rm mãos. e pretendo., sobre Isto. ocupar a tribuna se ma fôr possivel aincli hoje, te-legrama de SSo Paulo, no mesmo sentido.

O SR. JOSÉ' CÂNDIDO — Multo t-bric-ado pe'o testemunho de v. excla.

O SR. LINO MACHADO — Quero assinalar, neste in.ct"n-te, pela palavra do deputado Batista Ni-to, cjiio se encontra

(Conclui nn 8» p*»i,J

ADIADO O VOTO DE SAUDADE A SANTOS

DUMONT POR FALTA DE NÚMERO

Os Telegrafistas Querem Gratifica rão de Natal — Pedem Clemência

cs Presos do Distrito Federal — Pode Viajar o Sr. Nereu Ramos

T)ois req*"erim»**tos. Inclylrirv J na Ordem do Dia, deixaram d<' ser votados por falta de nume ro «1'!!™^»"''. o jv-Jme'™ d1 sar.dade a Santos Dumont e c segundo para nomeação dos senadores que vf»o elaborar o rnle-nroleto do Regimento Jo CdiT-^o. O nrcorio sr. Hei» rlque de Novals. autor do pri. melro reqúeHmrnto. deixou t\y comparecer. A sessã foi prt>-posita^nrnente arrastada em câmara lenta pelo sr. Nei-e-' Rumos, con'*"''o e recontando os presentes. sem cc" ¦•' •'¦•¦ "quorum"

para voto. Os io-nadores fie apareceram. m

**ão feram bastanles. ficando '"do

para decisão hoje, sc Deus quiser.

O EXPEDIENTE O expèd1»*iÍ8 constou de. ric:o n. 178. da Secretaria du '"amsra dos Deputados, resf'

"Indo ao Senado, para fins rtr Tomul-raçâo. a Resol»"*ão qu> "ttc-lza o sr. Nereu Retrós a nuíenlar-sé do país. a fim n--eDre^entar o governo na pos *.e do nresldénte do Chtl°: re-querimento dc Pedro Inácio dos Santos e outros, presos ré-colhidos ao Presidio do Dtstri-to Federal, apelando no senti. chr.nce da demora propositaüü do de. lhes ser concedida

cie-mencia; telegrama de José dp Oliveira Curehatuz e muitos outros, telegraflstas da Direto-r' nc-^ionf,' de Joâ^ Pessoa Paraíba, solicitando a Interte-'•;ncla do presidente do Sen* rto. no sentido de lhes ser abo-nado um mi-s de vencimento» no próximo fim de ano. a tt-tulo de Ri"»lific*ação: telegrn mi de Valdemar Rodrigues de scuza, che'e do Tiáfe97o Trlr gráfico de Sergipe, solicitando, en nome dos te'egrafistas aa Diretor'a Regi^ral daque'e Es tado. lhes seja pago, no mes de dezembro próxmio. a fcjjyjò de "gratificação natalina, um mès de vencimentos.

ratorlos, quc o pedem. Koi lido, por ocasião, um anteprojeto aprecentado peJo líovcrno ue criação de um mstltuto (Jui-mlco-Farmaeeutlco dc 1'csqui-sas, anexo á Universidade do Brasil. A reunião, que tevo c«j-mo principal finalidade ais-cutir os problemas mais pre-mentes da Industria larmaccu-tica, teve seus traoaihos dlrl-giaos pelo sr. Hamilton No-gtteira, senador, medico, pro-fe:s5or da Escola Nacional »»»• Medicina, c os srs. Novell ou-nlor. Oiinto Fonseca e Alcedo Coutinho, deputados, medico» e membros da Cerni ssão ae Saúde da Câmara dos Dcpu-tados, c ainda o sr. Ilobervai Cordeiro de Farias, diretor do Departamento Naclonai au Sattde Publica.

Presldindo-a, o senador Ma-mllton Nogueira, abrlnao 4» sessão, declarou esperar quc * ty comercio dc medicamentos do Brasil conserve sua tradição ae lipne.südaac.

DEFICIÊNCIA DE FISCALI-ZAÇLfO

O primeiro ponto dc debati da reunião girou em torno dns falsificações e fraudulcncias, 'Icando provado que as mes. mns são possíveis cm vlrtuav d« uma ca'ajtnitosa dnficlericiii de liscallzação, Falando z, res-celto, o representante do La-poratòrio Silva Araújo, Jo.-e Scheinlmann, disse ser neces-sar.'o e urgente aparelhai <¦ Serviço Nacional de Flscalli:!-. Ção da Medicina.

com nessoal adeouado pa-ra os serviços burocráticos e de fiscalização;

com um laboratório espe-ciallzado e nrtVirio. que tenlia autojnomía técnica e adminis. tratlve, auç fun-lcne como um verd?delro estabelecimento ln-dfstrial.

Pedia, ainda, em sua respoj-.-ta ai jornalisrespoj-.-ta, a reforma to-tal dos capítulos dns infrações e penalidades, de modo a pos-suir o SNFM noderes policiais na sua especialidade, para pro-ceder a aprei^is-ões, inutiluaçio-de produtos fraudation e a res-nonsabFldade criminal aos rrauctnaores.

OS I,A"nn ATOR'OS PEDEM UMA RIGOROSA

FISCALI-ZACAO

PedlrTjm cs Laboratórios re-presentados na reunião ue on-tem uma flscallzaao rigorosa e ericlente em caráter perma-nente, soore toda a inatistrm rarmacíiitica. solicitando amou que os seus produtos nao flei->:em de sofrer verificação e ana. Use anos o seu nrlmeiro mi-çamento anulando aslm uma das onortunidacles de fratiues o falsificações. Ficou provafo que os órgãos fiscalizadores do eovêrno sfto ramos e que su-mente um novo oníoo. como u que a classe sugeria 6. crUcio apresentando seu anteprojeto o comorometendo-se a ousten-lo, poderia realizar a tarela a conten*o.

Com relação ao controle da industria, e, em p.irtlcular*. cias matei-las primas, disse o dr. Gcdol Tavaree que a >Htide Publica devia obrigar a que to-do labomtórlo existente pu»-sulsse uma seção especlflen. coisa mais do que necessária. Nem os orgáos veriflcnac-res e fiscal lzaaoveriflcnac-res do goVer.. no possuem anarelhos ou se-ç?.i p?t-3 esse fim — remata.

O PREÇO DOS REMÉDIO Usando a palavra sobre on preços dos remédios, e o seu ba-rateame**to. disse o dr. Joriro Pereira, secretario do Sindica-to da Industria de Produtos Farmacêuticos:

Desde 1939 para cá o pre-ço dos medicamentos

a"men-lou. em média, apenas 40 % Esto aumento, como se vê, é r:dio"larmente fequeno em face do nisto do viria.

CONVIDADOS A DEBATEREM O

ASSUNTO NA COMISSÃO DE

SAÚDE DA CÂMARA

' ¦'¦ ' ¦- 'X* .'t^S»ÍSpXÍft^*¥*-^*¦¦ ^E&*iVnV'*f*•írim''•

HMj j^. ^J^^L fABM WKr ^Bfl ÍHK-^^^M^fif AUUUm-J Wi ruW UmW m\ * f mmV-t ' ' "** "^BflpiSr^HH' -'ifumVUt M' T '"'•

^^^^^^^^»-'*jp3HB ^^M '¦'M^^mmmESSKuUUUmUChli.'•'•'• ¦ J ^KiiÍL'" J^jSÍcbWB^'*' ¦£¦!<': X >;•!•"¦"«*- '.¦:__? jifj . ]P^Br ¦ Í''^'Íifíí^mmmum\^^mU(' *Í*I^H RK& jí^Xbw

A mesa que presidiu os debates e um

aspecto da /íssistôittia

A POLÍTICA

f

RECONSTITUIÇÃO DO

"CASO" MINEIRO

PELO EX-CANDIDATO SR. BIAS FORTES

Constrangimento Na Aceitação do N eme do Sr. Venceslau Braz ? —

Sentido de Uma Idéia — Vai o Gen. Gói$ Para o Uruguai —

Confirma-da a Indicação do Sr. Clemente Mariani Para a Educação

m

No.-, utlmos momentos ila reunlilo. o sr. tícptor Moura IJrnsll pntr.-KOU ros ro'pr080Í»tftntes da Cnmara ,los Deputados o ante projeta de lei rrlnndo o Laboratório de GOittrpl» üe Drogas t Medicamentos, sendo que, pop -ocasião, através do

díjtu-(Conclui na 4» jx»g-J

Ainda não pa--oou a constituir uma ¦•pTogiúii virada" o caso ila indicarão o^ ar. NVencesl a u liraz no futuro ífoverrig (.-oiititi-uUc!ojial do IS-*-'. lado dc Minas. "l'Opr.i sob & cltizíts'' ser 1 a.. talvez; a legenda Indicada p:n-i LiiuTiiKu* o estado atual d:»s eoi-sni-i p:'!ai) balidas nunelfas.

Aliula ontem, o ex-camlidati' sr .lilás "fortes, cm i.tivj a uma mesa ua sala do eufô cia Câmara dos Deputados, esciarei ecu uára um -rrupò <le jormUls-Iíís vários detalhes da rumorosa uur.siítij.

Decsã conversa, ou antes, fia

troca do pcríiuiuas o respostas •.•ntre o sr. lilns Kor,ea e os r«-oresentantes Ja impren-a puder, t.i-i.l c-oueltitr. ttuvcy. qtioín e\ candd.ito se viu coagido a -nã'-. UtKlr da formula, <nio teria rr.. Riiltádu de sua própria lembran*

t:«.

No eeu estilo pitoresco, slnte-tlzarlà o sr- Blas Fortes a situa* imo i, ne defrontou, declarando: "Não liá casca de banana que nie faca cair, Mes^ta. fase toda ct:tra coisa não fiz do qu*.

reli-rá-las do meu caminho", RÜTIFICAÇÔE3

Inicialmente, o sr. Blas For-tes retificou as noticias refe-rentes á entrevista da qual re-sultou a lista tríplice: r.âo foi concedida a jornal de sua pro-priedade. em Harbacena, mas sim ao "Ertado de Minas", em Belo Horizonte.

A seguir, esclareceu tombem que alem dos nomes divu'ga-tios. para uma solução concilia-torla — os dos srs. Venceslau B"az. Artur Bernardes. Melo Viana, . Vlrgtlio de Melo Fran-co e Pedro Aleixo — íl*sera referencia, de Igual forma, a toda a bancada mineira, a mes-tres de direito, como Mendes Plmente1. a elementos das cias-ses conservadoras — enfim, re-sumiu o sr. Bias Fortes: — "a muitos mineiros üiutres; por-que o que nüo faltam a Ml-nas são grandes nomes".

TF-SE E COROLAMO Acentuando que a sua tese era a da pacificação, vindo os nemes em segundo plano, como corolário, acrescentou o sr. Bias Fortes q'.i?, por isso. havia lembrado a conveniência de ser ouvida a UDN. mas o sr. Artur Bernardes, nao concor-dou com a sugestão. .._ _

— Uma vez. porém, que o espirito de sua, nroDosicáa

e*-tava na união lotai de Minas. ( e. a UDN Iria ficar de fo-ra), por que razão o sr. aca-tou concordando com o nome do sr. Venceslau Braz? — ai-guem perguntou.

— Por uma razào multo sim-p'es, — respondeu o sr. Bias Kories. Todo mundo sabia, e eu proclamava a todo momento. a necess'dade da união na po-litica mlneii-a. Se era assim, bastaria que eu me opusesse ao r.cme do sr. Venceslau Braz para rue resultasse a impressão de falia de sinceridade, da minha parte, quando clamava por aquela unidade. São as cascas de bananas, meu amigo — e o sr. Bias Kortes deu uma dao.uelas gargalhadas roufenhas, dc fumador inveterado de ci-tar-ro de pà'ha, jã multo conheci-das na Câmara.

IDADE

A ultima psrguhta oferecida ao sr. Blas Fortes foi a sc-guinte:

Na sua Uleia de pacificação, nio foi levada em linha do conta o fator "Idade" nara. o "candl-dato único"?

Não. a explico O motivo: tulu Importaria a idade, desde tiuo o candidato estivesse apoia do pe!a.s crandtó figurae de to-tini os partido,'}.

SAT JÚLIO DE CARVALHO Sobre a interventoria do E:. tado Je Minas, o que há de c«t" to, ccíf-indo informam as m-lho-r«*«, fomes. ô a salda do inter.

vmifor Júlio dn Carvalho. • Em relação ao nome apontado nara a al'a Investidora, «tin-<*¦ do sr. Norncllno Lima cimo o rnni« provável na base de que pt-.Fna.dft imediata cónfUnçà (. sr. Wenceslau Braz. era o mvs Indicado pnra "coordenar" a can didatnra <:o futuro governador.

MARIANI PAItA A EDUCA-Ç.iO

SALVADOn. a* (AsaprejSs; — Chegaram a esta iapitai, ¦ bordo do "Pedro I". os depu-lados Clemente Mariani. Albc-rico Fraga. Aloislo Filho e Adccnar Baleeiro, todos da UDN. Abordados pela reDui-tagem, mostraram-ae reserva-dos. Apenas o sr. Albwtco Fraga confirmou que o sr. Cie-mente Mar.'anl será nomeado ministro da Educação n Sau-de. logo que regresse desta cs-pitai.

CANDIDATOS I>0 PSD PER-NAMBUCANO

I>c acordo com a estimativa demo:rafica, vários Estanos terão o numero do deputuatis federais acrescido. Pernatniru-co. por exemplo, terá mais um. J4 que sua popu!a;ão subiu n trfth rnllbcV-. O candidato ao 1

P.S.D. será o sr. Agcu Ma-[íalhuès, iim.'.o do sr. .m-h.-mcmiVon Magalhães e que ja íoi secretario de Saúde l-ubuea, no governo do interventor JOse Uomingues. Para terceiro *e-nador, aerà apresentado o in>-me do sr. Arx>lonio Sales ca-mini-tro da Agricu.tura. VAI PARÁ O URUGUAI O

GB-NERAL GOIS MONTLIÍÍO Aprescntou-sc ontem, ao nu-nistro. Canrobert pereira da Costa, por ter de rcy.istunir o cargo de delegado do Brasil no Comltá de Ileíesa Polittc» ao Continente, sediado em Montevidéu, o cx-titular tia pasta tía Guerra, gsnerul uo Exercito Pedro Aurtáo de Uui» Monteiro.

MAIS PARTIDOS EM UOIA&

GOIÂNIA, 24 tAsaprecs) — Mais dois pa:tidos serão nm-daaos ne^;a capital, duranu esie re.to no mes de ou^uoro.

Trata-se tia Partido de Re« presentaçiio Popular, que ces-uece a orientação ideológica uo sr.Pl.nioSalgado, e o Pi-ü. QJe !natLU'àimehie acompanha o sr.

ItóluT.Q Vargas.'

DEPARTAMENTO Tr^A-BALRISTA

O Uepartamenio l.aba:nisia da U. D. N%, que vam ariegi-inentancio os trabalhadores pa-ra a aeiesa aa ctijsa aemo-cratica, instalara mais um üe-tor T.abainista Pi-otis^torjai, ae a vta o dos Industria-rre a.

A solenldada rca'izar-se a no prox.aiu u.a 'íj co cürreriie, uu-ta em que s- cememora a es., ruoaua aa uitacura estadono-v ci:\, ivtando marcada para a* 13 horas na sede tio nar;;:;a t.wenitiii Antônio Carlos. 207 — 11° amuto.

. NA ESQUERDA DEí.-.^-C;tATICA

Revcnu-ts uo dia 21 o eu»» de Saeiis rena, a t.m de e»-coihei- seu,s delegados a Con-venç.io.

A reunião reallzr:u-se na s«-de jiiovisoria do Uttipo. ;'t rim Pareto. 42, e foram esccni-cios dehgaaca as t»rm-)anheir«-P. Moreir-i Lima e Edgar Amo-im.

Ncs:o mesma reunião foi en-dossutia a lnd;caçso do nom» de Jcão Mangabeira à 3a »¦?-naloriu. Reunlú-se tambrm o Urupo de jarami üotanteo em sua sede provisória, elegenau seuti delegados os com ninnei-ros D.inta Costa e R-c.tlnuo Cuque Eítraça.

EstA convct-tido para o dia 2v segund.i-teira. 0 Grupo Botafogo, da B. li., a

icunir-(Conclui na 8» p»e.)

(3)

DIÁRIO CARIOCA

Riò dc Janeiro, Sexta-Feira, 25 de Outubro de 1946

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3

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HORIZONTES DA EUROPA

XVIII - MISSÃO

DÁ ALEMANHA

*_P Os resulta-dos das nltl-mas eleições na Alemanha pro vocaram as mais de-s c ncontradade-s reações da 1 parte dos ob-erva dores ingleses, ame-ricanos, fran-ceses e russos. Em via de regra os jornais britânicos sc regozijaram com a vitoria dos soclal-democratas, sobretudo os que apoiam aber-tnmcntc a politica de Bevin no antigo Relch. Náo hâ duvida que o triunfo socialista foi .ani-bem a consagração da Unha adotada pelo "Foreign-Off.ee" nas relações britânicas com o povo alemão. Assume o valor iie uma demonstração estatls-i-ca — tão grata ao extremado amor da precisão própria dos anslo-saxonios — senão da con-fiança ao menos da esperança que o país deposita numa poli-tica dc socialismo moderado, dl-rígida por um partido em bom entendimento com o "Labour Par-y".

DERROTA DA LINHA SO-VIETICA

Por outro lado, parece evlden-te que o aconevlden-tecimento constl-tui uma derrota dos métodos com que os soviéticos trataram até agora o problema alemão. Mesmo na zona controlada por cies tornou-se triunfante a cliapa soclal-dcmocratica. E so-be dc ponto a significação desse triunfo se levarmos cm conta que os russos sabotaram a au-tonomia do movimento social-democrático, obrigando-o a fun-dir-sc, oficialmente, com o Par-tido Comunista, daí resultando o Partido Socialista Unificado (iniciais cm alemão: S.E.D.). Devemos reconhecer, aliás, as tremendas dificuldades com que estão lutando os delegados do marechal Stalln para organizar politicamente a sua zona dc ocupação. Todos os esforços realizados para fortalecer um partido pro-sovietes esbarram em duas principais dificuldades: de um lado, a aversão e o te. mor do povo alemão ao comu-nismo, que o nazismo aprofun-dou; de outro, a necessidade cm que se acham os russos de evl-tar cm sua zona, soluções ex-ticmistas que desmintam seus propalados propósitos democra-ticos c ponham em risco a coo-pcraçno com as potências oci-dentais.

E' assim que os emissários de Moscou têm de sujeitar-se, no seu trabalho de absorção da Alemanha oriental, ás limita-ções dos métodos democráticos a que chamam burgueses. Sua aptidão para presidir o jogo de-mocratlco é pequena, seja por falta de uma educação política adequada, seja pela resistência passiva, mas invencível, que lhe opõe a população.

Os alemães acreditam que os ingleses e americanos, no pro-prio interesse deles, estão sin-cer amente empenhados no pronto restabelecimento do mé-todo democrático numa Alemã-nha desnazlflcada, mas não es-cravizada aos seus vencedores. Não crêem, porem, de nenhum modo, que os russos tenham real interesse senão na lmplan-tação cedo ou tarde do sistema soviético em seu pais.

O TABU DA UNIDADE

NA-CIONAL,

Danton JOBM

m e n te, seria encaixada no "puzzle"

da URSS; Berlim in-cluslve, o que valeria dizer que a unidade germânica estaria definitivamente condenada.

Ora, para um alemão médio — de qualquer região e de qual-quer partido — a unidade na-cional é tabu. Ofereçam-lhe tu-do o que quiserem, em troca dessa unidade, e ele jamais o aceitará. Em compensação, pe-cam-lhe tudo para que possa viver num Relch sem barreiras internas e ele, sem outra alter-nativa, não trepidará em ceder. Se os ingleses e americanos, concordando com a aspiração dos franceses, decidissem es-quartejar o antigo Reich, dlvl-dindo-o em porções arbitrarias ou nos Estados tradicionais, o mais conservador dos alemães, estejamos certos, haveria de preferir a isso a hegemonia russa em seu pais, uma vez que esta lhe assegurasse relativa in-tcgridade e autonomia.

Esta observação, eu a vi con-firmada, mais de uma vez, por lábios alemães , ou por norte-americanos peritos em lidar com o povo de Além-Reno. Mesmo os franceses, como o an-tlgo embaixador em Berlim Françols-Poncet, partidários do afrouxamento dos laços que unem os antigos Estados, não se atrevem, geralmente, nas suas sugestões, a ir além de uma nova confederação germânica.

Foi percebendo a Importância do mito unidade para os ale-mães que os russos, depois dc lhes terem arrancado a Sllcsia para a Polônia, resolveram apresentar-se cor'. campeões da centralização do país. Foi exa-tamente por isso, tamhem, que o secretario Byrnes prometeu respeito ao principio de "uma só Alemanha" no seu recente discurso ao povo da zona ame-rlcana, chegando a declarar que não tinha por definitiva a fron-teira com a Polônia. Foi ainda por isso que o Partido Social Democrático, ta.ej-.".o pelos in-glcscs cm sua zona, alçou-sc energicamente contra os parti, darios do esfacelamento do

cdl-ficio blsmarckiano.

FONTE ENTRE DOIS MUNDOS

Iniciada na ONU a Campanha das

Pequenas Nações Contra o Veto

ROMPEU OS DEBATES 0 REPRESEN-Tresumo telegrafico intern aciona, «j. p.)

tante do MExicc

importante Discurso de Attlee

Contra os Métodos Comunistas

Discurso de Attlee Em Brighton — Reunião dos

E que representaria Isso para o futuro do antigo Reich? Na-da mais naNa-da -menos que o seu dcsap"ccin..r.to como nação européia, pois se v--la transfor-mado. como a Ucrânia, a Bielo-Rússia ou a Carclia, numa sim-pies província do império so-vlético. n ___;v. Mais ainda: — Apenas umá parte da Alemanha,

provável-A Diferença de

Venci-mentos de Servidores

Municipais

PEDIDOS DE ABERTURA DE CRÉDITOS PARA

PAGAMEN-TOS DEVIDOS

Para atender ao pagamento dc diferença de y6"01™^5 dos servidores, cujos rclacio-namentos foram ^f* dr. Qascoal l.anicrl _MaSg% secretario geral *'£™W> encaminhou ao prefeito HUde-brando de Góis, dois decretos do abertura de credito, espe-ciais que estão sendo proces-sàdos na Secretaria do preíei-to do Distripreíei-to Federal.

Tribunal Superior

Eleitoral

Reuniu-se ontem o Tribunal Superior Eleitoral sob a pre-sidencia do ministro José Li-nha.es. e cem a P-^f.f ministro Antônio Carlos La-íav-tte de Andrada. desembar-«adores .lòsé Antônio Noguei-ra Cândido Mesquita da Cunha Lobo Francisco de Paula no-cha Lagoa Filho-e P«fcg°rM Francisco Sá Pilho e Hahne-mann Guimarães

q Tribunal continuou a

eus-Os resultados das ultimas eleições esclareceram o futuro imediato do povo alemão. Seu caminho será o de um socialis-mo nacionalista, que, se de um lado afastará o perigo.de uma sovictiiaçáo dá Alemanha, pelo adequado tratamento do proble-ma operário, de outro sc baterá pela unidade territorial da na-ção. O grande perigo implícito nessa solução — sem duvida a melhor que as potências ociden-tais poderiam encorajar — e um renascimento do naciona-lismo germânico desdobrando-se no pan-germanismo.

Não foi á-toa que Hitler cha-mou seu partido "nacional-so-clalismo" Ao mesmo tempo que explorava o sentimento uni-tario dos alemães, criador do "Grande Reich". procurava In-culcar nas massas a idéia falsa, mas sedutora, de que iria satis-fazer seus anseios de justiça so-Acresce dizer que o nacional-socialismo, ao mesmo tempo <jue uma criminosa aventura de fa-naticos, não foi apenas um fe-nomeno de superfície na alma da nação, nem seu espirito de-sapareceu com a derrota e com os enforcamentos de Nuremberg. Mas, se Deus conceder um longo período de paz entre a União Soviética e as Democracias do Ocidente, de modo a que os ale-mães percam a esperança de um conflito entre essas duas forças em guarda, então poderemos ad-mitlr que uma Alemanha socla-lista e democrática se converta numa ponte entre os dois mun-dos realizando, paradoxalmen-te 'uma obra de equilibrlo que só' ela, pela sua posição geogra-I fica e histórica, estará em

con-dições de realizar.

FLUSHING, 24 (U.P.) — O sr. Castlllo Najera, delegado mexicano, iniciou o debate nos últimos momentos da sessão matutina. Na sessão vesperti-na deverão falar os delegados da Bélgica, Brasil, Haiti c Peru. nessa ordem.

Castilo Najera foi assim o primeiro orador do dia. tendo aberto a campanha das pe-quenas potências contra o ve_ to. Acusou pela "falta de pro-gressos das Nações Unidas no caminho da consolidação da paz" as dificuldades decorren-tes do direito de veto "ou mais preciss/nente a forma em que o mesmo vem sendo exercido. O que nos preocupa é a pro-habilidade — não somente a possibilidade — de que 0 veto paralise as melhoresintençóes de nossa organização e com cias nossa esperança principal de obtenção da paz permanen-Referiu-se ainda Najera a necessidade que contem as pe-quenas potências de que a conveniência entre os países so desenvolva harmoniosamen-to sob o império do direito, acrescentando que "embora não acreditemos na iminência da guerra sentimo-nos obriga-dos a fortalecer a maquina pa-clfica estruturada laboriosa-mente em São Francisco."

Em seguida fez um exame objetivo da situação mundial atual para chegar a conclusão de que "nos enganaríamos sp procurássemos nos afastar das conclusões otimistas da As_ sembléia".

"Tampouco — acrescentou — aceitamos corno certa a teoria do que nossa organização náo conta sequer cem um ano de vida. atitude conformista que contem cm si própria os ger-mens destruidores semelhantes aos que arruinaram a Socieda-de das Nações".

Najera disse que o governo mexicano não vê outra solu-ção para os graves problemas da paz c da guerra do que de-corre de uma organização in-ternacional. advertindo porem que está encarando com preo_ cupação os fenômenos produ-zidos, semelhantes aos ante-riores á ultima conflagração. Disse que o saldo que dá a atuação dos congressos e "ne-gociações á margem das Na-ções 1'nídas não satisfaz ú cx_ pectativa de nosso povo" e acrescentou que duas são. em minha opinião, as razões de nossa falta de cxito: a primei-da é a dificulprimei-dade de conso-lidar a paz tão penosamente conquistada nos campos de ba-talha e a segunda é o sistema de votação incluído, não

me-nos peme-nosamente no artigo 27 da carta de São Francisco." Disse também que as discussões em torno dos tratados de paz não correspondem ás obriga-ções contraídas durante a guerra e que o "homem co-enum não consegue compreen-der que sejam apresentadas como fatos consumados resolu-ções em que so acreditava ler o direito de intervir".

Continuou declarando que outro motivo que influiu des-favoravelmente em nossas de-clsões foi constituído pelo veto, ou para ser mais preciso, pela forma ci*n que o mesmo foi usado. Disse em seguida quo o sistema de votação no Con-selho de Segurança não cor-respondeu ás previsões e que o veto estava longe de contribuir para a unidade das grandes potências, á qual está' minando. "Não acredito — sa-llentou — que seja aventurado supor que a eliminação do veto contribuiria para fortalecer essa unidade", acrescentando quo "enquanto existir a segu-rança a mesma não poderá so-írer uma derrota jurídica, pelo que não é necessário transigir nem recorrer a metade do ca-minho para alcr.nçar o ponto oposto. Ao contrario, sc o pe-rigo da derrota for latente o natural será procurar uma transação que leve á unidade." Concluiu afirmando que "nós, os representantes das peque-nas nações nunca tememos o quo poderíamos chamar veto coletivo das grandes potências. O que nos preocupa é a pro-habilidade — náo a imples habilidade — não a simples paralise as melhores intenções de nossa organização e com elas a principal esperança de so obter a paz petmanente através do caminho da Justi-Ça."

0 Ex-Ministru da

Guer-ra No Comitê de Defesa

Politica do Continente

...üil ...^ ^^B mm' É 1 ' fl _L ^^i_»' ¦ _r H ^%,/ 0i *

Latino-Americanos —' Novos Julgamentos Em

Nuremberg — Eleições Na Venezuela — 0

Li-vro Brasileiro — Seguro Social Internacional

— Nehru Na Oposição — Transferencia de

Ale-mães — A Tchecoslovaquia Quer Créditos —

Greves Nos Estados Unidos

Apresentou-se ontem ao mi-nlstro da Guerra o general do Exercito. Gols Monteiro, por ter de se apresentar ao Ministe-rio das Relações ExteMiniste-riores, a fim de reassumir o cargo de delegado designado pelo Brasil no Comitê de Defesa Politica do Continente em Montevidéu.

O antigo comandante do Exercito de Leste palestrou lon-gamente com o ministro Can-robert Pereira da Costa, so-bre. assunto* que teve caráter reservado.

Attlee

DISCURSO DE ATTLEE EM BRIGHTON

O Primeiro Ministro Brita-nico. Clement Attlee. falando ontem no Congresso dos Sindi-ratos Britânicos, em Brighton, declarou que era desnecessário que se continuasse na tarefa principal do presente, momen-to. que é a da Organização das Nações Unidas. Nosso princi-P3l objetivo, disse Attlee. é es-tabelecer a paz duradoura e ga-rantir seus fundamentos, po-rem não Ignoramos que se ve-rlficam distúrbios por toda a parte do mundo.

Referindo-se aos comunistas disse o Primeiro ministro Bri-tanico: A palavra democracia está sendo usada com multo abuso. Ela é sempre usada por aqueles que não conhecem d?-mocracia nem praticam os me-todos democráticos para chegar ao poder pela força. Temos em vista o Partido Comunista, pn-ra quem a liberdade significa a negação da liberdade a Iodos aqueles que não aceitam a fl-losofla comunista. Os comu-nistas, por exemplo, quando estão no poder acham que Isto significa democracia; mas quan do estáo na oposição e são com-batidos democraticamente a-cham que isto é fascismo. E assim aconteceu na Greci-.. on-do as eleições decorreram sob a supervisão internacional: tendo os comunistas sofrido uma con-tundente derrota, denunciaram aquele país como fascista. Se os resultados das eleições íos-sem favoráveis aos comunistas ele achariam que "isto é a von-tade sagrada do povo". Refe-rindo-se diretamente á Umao

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Dificuldades Na

Aqui-sição de Cimento

Pelas dificuldades que tem I encontrado.para adquirir o cl-mento necessário á conclusão i de suas obras. > o Sr. Kardec I Luiz Corrêa enviou ao Sr. Pre. j sidente da Republica o seguin- |

te telegrama:

Exmo. Sr. Presidente da Re-publica. Palácio do Catete — Respeitosamente e com a de-vida venia solicito eminente Chefe da Nação providencias urgentes tendentes solucionar melhor distribuição cimento pt. Sou construtor registrado Conselho Regional Engenharia tendo presentemente varias construções licenciadas luto com a maior dificuldade para consiguir assim me-smo sem resultado o cimento necessário _>ara as referidas obras pt. Es-Botados todos os recursos só resta recorrer ao eminente bra. silleiro que cm boa hora diri-ge destino nossa pátria pt. LUIZ COBRE.. — Av. Fran klin Roosevelt, 194 - 4.° andar. cussáo e aprovação do Regi-mento Interno, devendo

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do

Peru

(Meier), na Escola Barão do Rio

Branco

(Madureira) e na Escola

Conde de Agrolongo <Penha).

.

A inscrição será facultada aos candidatos que tenham, no

mim-mo, onze anos de idade, e se efetivará, mediante o preenchimento pelo

candidato de uma ficha a ser distribuida nos locais abaixo

indicados,

de acordo com o seguinte critério:

a) entre os candidatos de onze (11) a quatorze (14) anos de

idade, gozarão de PREFERENCIA os FILHOS DE

CO-MERCIARIOS, sendo também

admitidos, no entretanto,

candidatos outros para preenchimento de vagas ;

t>) candidatos acima de quatorze (14) anos de idade somente

serão

admitidos

se ferem COMERCIARIOS;

Para efeito de organização das turmas de

candidatos

serão

submetidos a uma prova de classificação.

As

inscrições

permanecerão abertas até o dia 9 de

novem-bro próximo, nos

seguintes locais:

a) SEDE DO DEPARTAMENTO

REGIONAL

DO

"SE-NAC", (Avenida Fran klin

Roosevelt, n. 194, 9o andar)

das 13 ás 16 horas, esceto aos sábados.

b) ESCOLA AMARO CAVALCANTI, (rua do Catete, 147)

das 8 ás 20 horas.

c) ESCOLA REPUBLICA DO PERU', (Rua Arquias

Cordei-ro, 508) das 12 ás 16 horas e das 19 ás 22 horas.

d) ESCOLA BARÃO DO RIO BRANCO, (Estrada Marechal

Rangel, 31), das 12 ás 16 horas e das 19 ás 22 horas.

e) ESCOLA CONDE DE AGROLONGO,

(rua

Conde

d.

Axrrolongo n. 41), das 19 ás 22 horas.

Soviética, disse a seguir: Cons titui uma verdadeira tragédia para o mundo que a União So-viética pareça disposta a im-pedir o contacto entre o povo russo e o resto do mundo. Os Jornais russos apresentam ln-formações fantásticas e erro-neas sobre o munao externo em torno da Rússia. O governo e os Jornais russos levantam uma verdadeira parede de 1_-norancia e suspeita entre «eu país e as demais nações. Po-rém se o governo russo está de fato orgulhoso de sua coopern-çáo para a paz e na guerra e acha ainda que seu regime co-munista é o melhor do munno. nesse caso, rerlto. deveria dar oportunidade ao contacto entre os trabalhadores. Entretanto, o governo russo age ao contrário disso.

REUNIÃO DOS LATINO-AMERICANOS

A reunião dos delegados lati-no-americanos na ONU. por su gestão do Brasil, será realizado hoje na sede da Assembléia. Ent remontes solienta-sc a pos-..bilidade do Uruguai vir a ser nomeado para o Conselho Eco-nómico-Social. Embora nenhu-ma nação tenha anunciado <ie que modo votará, soube-se que o Uruguai tem a simpatia de muitos para ocupar o i*_sto que abandonará a Color-bia no fim deste ano. A delegação argen-tina anunciou oficialmente que aspira á eleição. Também a Venezuela é candidata. O Uni-gual entretanto é um candi-dato que provavelmente será, aceito por todas os paises. DISCURSO DE LEÃO VELOSO

NA "ONU"

Durante a sessão de ontem na Assembléia das Nações Unidas, o embaixador Leão Ve loso pronunciou um discurso, no qual afirmou que o Brasil deposiia uma grande fé no fu-turo do mundo, e que, por ou-tra parte, depois de anos dolo-rosos como os que acabamos de atravessar, não podemos con ceber um mundo, ás portas do qual nos achamos, sem um sus-tentáculo como o que as Na-ções Unidas se propõem a nos oferecer em benefício da hu-manidade. Falando sobre o dí-rcito de veto. declarou o dele-gado brasileiro, que. o Brasil, embora seja doutrinariamente contrário ao mesmo, votou a seu favor, dentro de um espi-rito construtivo. Mas é neces-sario. que este crédito, reco-nhecido com o mesmo espirito pela maioria dos membros das Nações Unidas, comprometa a. grandes potências, suas bene-ficiarias, e honra-lo. Ck.ncluin-do. disse o delegado ao Brasil, que. "devemos encentar nos-sos'esforços se pretendermos pleno rendimento no trabalho das Nações Unidas, se quiser-mos que. ao sair. por fim. da faze preparatória, que durou bastante, estejam prontas para desempenhar o- p3pel para o qual foram criadas".

NEHRU EM OPOSIÇÃO Nelir-i nreóidénie lnteriúo da índia e vic«-primeiro_m-nls.ro. acaba de ameaçar entregar sua renuncia ao vice-rei. Dam como a dos seus colegas de gabinete. se a pasta cto interior for con. cedida a um membro da Lisra Muçulmana. Foi também revê-lido quo o vice rei Wavell na via proposto uma personalidade apontada pela Liga Muçulmana, ao que o Co:i_rre_»so <s« onòs vi-gorosamente, sustentando quo aquela entidade muçulmana era responsável pela irrupção das rteentes vloleiiica. comunais en-tre hindus e muçulmanos. -lt.-_NSFER_-NC.-A D__

ALE-MÃES

Tanto os E-iudos Unidos c0-mo a Grã-Bretanha .fitavam

or.-tem ocupados em investigar a questão da transferencia «m massa de milhares de alemães cientistas e técnicos, -.tamente especialt.adiX'. em pesquisas de energia atômica, propulsão a Ja. to e outros campos tecnico-indus-triais. da zona de ocupação ius-sa na Alemanha para a Unlã»> Soviética. Por outro lado. um destacado Informante norte-ame-rlcano também revelou aue °b russos estavam desmontando a fabrica Zei-~. je Jena, as ras Juhkfjr de Drssau e a fabrl-ca Siebcl. d? Halle. a dm de transporta-las para a União So. vietlca.

._ TCHECOSLOVAQUIA QUER CRÉDITOS

O niir.lííro das Relações Ex-lerjores da Tchecoslovaquia. H. Ulpka. em entrevista concedida aos Jornalistas estrangeiros, de. clarou QVie o seu nais precisa de créditos no exterior, tais como

não pudessem obter esses cred'-tos em escala suficiente num pato. procurariam cònsegul-lo* cm outro. Riprca desmentiu au» a Rússia esteja exercenao pres. rão sebre a -'cJiecoslovaeiuia. acrescentando que o mesmo pais ficou muito preootipado pelo fa» to de que os Estados Unidos re-Eudiaram o acordo esiabclecido sobre a venda de materiais de guerra excedentes.

GREVES NOS ESTADOS UNIlJOS

O governo americano tomou; medidas nara resolver a disputa _e salários que provocou a Breve dos pilotos da TWA. mas nada tez até o momento em torno da parede aue será declarada pelos mineiros d» carvão, a menos cT-e Kojam satiafeitas as suas d.ir.ar— das. Entrementes. diminuíram as esperanças de uma rápida suspensão da greve marítima, enqunnto se inicia na Pennsylva-"ia uma grande luta jurídica en-ire o CIO e a AFL,. Na ereve» marítima surgiu um impa».-durante a-=i eoníe.t.-nci-.s dos 'ide. res trabalhistas e representantes das companhias. as ii.go-ia-coes encontraram CD.taouius na* demanda des pilotos marítimos por pagan.ento preferencia]. A ('isputa Jurídica entre o CIO e a /¦FL. na Penn-»">h'atiíu, a-neaça, resultar numa ereve aíetando 03 cervejarias.

NOVOS JULGAMENTOS EM

NUREMi.ERG-O general .1. T. Mac-Narnoy. anunciou or.Um em Nuremberg: que os E-. tados Uiiidos .iai-ão inicio, no próximo mês. ao j__, gamente dc outr__, cilminos.s de guerra nazi-iu.. ..icrarqulca-monte abaixo dos onzo craiide* criminosas que já foram conda-nados. ASslm é que a acusa, íüo contra o -.rir-i-TC grupo d,d £3 médicos alemães rie destaq .».. apontados _onio culpados por cruéis experiências feitas c->m seres humai.os. provavelmente Será dütiibuiãa hoje aos órgãos competentíS. Em cadl .Ulgamén. to tomarão parte ires juizes americano-, ao invés d0 dois. como fora anicrlurtn.nie anua-ciado.

ELEIÇÕES NA VENEZUELA Mais ae 1 milhão dc cidadãos concorrerão ás" urnas na Vene-zuela. no próximo domingo, nas primeira., eleições livres da his-torta daquele país. para cumprir diversos iiiaridatus que slgnlfiç-i" rão a, escolha'das Ín.:liu!co.« por vias normais e constituilo, nais. Serão eleitos 170 repr_-sentantas para que formem a Assembléia Nacional Consiítuín-te. O sufrágio será universal. por voto direto • secreto, pela primeira vez na Venezuela. d€6, de que funciona como nação.»,

O LIVRO BRASILEIRU Sob o patrocínio do embalxa-dor do Brasil em Buenos Air<?«. foi inaugurada ontem a "Espe-sicão do Livro Brasileiro". a exposição 6era encerrada no dia 19 de novembro, apôs o a^e a coleção será ofertada à Nação Argentina. No recinti da expo. Sição vários intelectual. br„__.ex_ ros * argentinos pronunciarão conferências. Para ic.o. ja se encontram nesta capi.al os sis. Lev-j (.-ameiro 6 Antunio Ati>tr_-gesilo. Alem disso o maestro Vila Lobos— pronunciará uma conferência sobre musica brasi. letra. Também seráb exibidas diversos quadros de artistas bra-sileiros.

SEGURO SOCIAL INTERNA-CIONAL

Um vasto plano som preceden. tes .ia historia do segui-o social Internacional, dedicado ao bem est-r da uürúariidàdn, será ai:re-sentado á Assembléia Geral da ONU" oeio. delegarão argentina. eegundo declaração do íub-.-he. fe da mcsn.a. o tn.onnàn'14. sa-llentou que no momento oportuno apresentará ;< a-\S'-Hi-bléia o projeto dc declaração nesse sentido, p.divtlo oue se su-gira ao Conselho Econômico Social a realização ,je unia con-fertn--i«. internacional de .revi. são e seguro soclii para elabo-rai um acordo mult.lateral.

Isenção de Impostos

Para os Jornalistas

SALVADOR, 2. (Asapress) — O Si:iíicato dos Jornalistas Proflss-o-f nais f-_ ontem entr.?a de um ofl-do ao prafelto da cidade, so'.lcltan-do-'he a assinatura do um docríto qua regulamente, na Uala, a isCncilo dos impostos do transmissão e pr<\ í'lal dos Imóveis adquiridos ptlos Jorncllstas, de acordo «m o art. -7 ,das Disposições Transitórias da nova Constituição da Republica. O prefeito, por sua vez, renvieu o oficio á Consultoria Jurídica da Prefeitura,. para que es:a tome as o empréstimo americano, tiias se! providencias nua o caso reo.u.»-r..

Referências

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