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Aimo ix

RIO DE JANEIRO. 26 DE MAIO DE 1906

MWÈ PeSÉI

WHM. 823

S§k3É ^™H« ^HB_nf_^_^_H^r /jfrSftlN

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tóí rs^ 51 '¦'•" v'J / i/ \v;- iV PERIÓDICO BI-SEMANAL HUMORÍSTICO E ILLUSTRADO

Eedaotjão e etd.in.iiiistra,ção, -R.TT.flL. ID.A. ÀSSEMBLÊA 3SJ". 73

A. soberana dLa.s águas de mesa

Depositários: WALTER BROTHERS & G. — Quitanda, 115

^T ¥53il "SUll

DENTB0 D'ÃGUÃ

^td^

Banho de mar tem o dom Das mulheres excitar E fazel-as desejar

0 que é boml

Por isso, essa rapariga, De porte esbelto e seguro, Faz-se, agora, muito amiga Do marido, já maduro.

E diz-lhe que muito o estima, Puxa-lbe as barbas eri, P'ravor se o velho se anima E sane valente d'ali.

E* que o banho é um excitante E ella taes desejos tem, Que querver, já, nesse instante, Se elle se atira, também.

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O RIO NU- 26 DE MAIO DE i-jo6_

EXPEDIENTE ASSIGNATURAS Anno.... 12J000 | 6mezes.. 7J000 PAGAMENTO ADIANTADO NUMERO AVULSO NaCapital lOOrs. Nos Estados 200 rs. Publica annualmente cerca do 5.000

gravuras

Os originaes enviados ã redacção aão serão restituidos, ainda quo não sejam publicados.

Sabbado S. GARGANHO

e

Ternos a 90$', Fraclc a 133$, e so-| brccasaca a i50,jt. só na rua da Quitanda n. 65. Alfaiataria Bee-ker.

ioG.

Via particular só para o pessoal ca' de casa

Telegraphia som fio e sem arame

S Petersburgo, 22. Causou grande impressão aqui a noticia de que foi descoberta no Brasil umanova fabrica de nickeis falsos.

O povo receia que falsifiquem também o Nicolau II.

París, 22. 0 Dr. Picedur, celebre engenheiro de mattas virgens,resolveu construir um tunnel ligando a Bélgica á Hol-landa. A em preza prometia dar grandes lucros porque toda a gente na-de querer atravessar o tunnel dos Paizes Baixos.

Madrid, 22, O rei Alfonso esta enthusiasmado com a viagem de nupeias que vae fazer por toda a Hespanha, logo após o seu casamento. E' evidente que o joven rei está ancioso por chegar áBarcelona.

Berlin, 22. Algus jornaes continuam a fazer troçado rei de Hespanha, dizendo que elle vae casar com a princeza porque ella tem um dote solido e garantido.

Nada mais natural. Elle não podia casar com uma princeza arrebentada. Copacabana, 23. Pinheiro e Bittencourt duelaram-se a revolver.

Depois do duello sentiu-se um cheiro exquisito, ambos obraram bem em defesa do sua honra, são dois rio-grandenses áeministro da fazenda.

Artigo de fundo

O caso das condecorações || ais um escândalo calamitoso! Mais uma vez violada a pobre Constituição que, francamente, já deve estar mais ar-rebentada do que qualquer madama da rua do Regente.

Nunca se viu uma entidade levar tanta trombada. Agora é na própria marinha que surgiu o novo

attenta-do com o acto attenta-do ministro, prohi-bindo as condecorações. Diz ollo quo a lei se oppüc a is-ío.

Ora,vejamos:afinal,que éuma com-metida? Um engaste, uma cousa mui-to simples, que os homens trazem pendurada aqui na frcmto... Pois foi com isso que o ministro impli-cou, o e contra essa implicância que nós protestamos.

Não me dirão que diabo tem ello com os pendurinalhos dos outros?

Na verdade,esso ministro ó um ho-mem como eu nunca vi mulher nc-nhuma. Tenho conhecido varias mu-lheres que se prooecupam com uma commenda da ordem de S. Francisco que eu trago sempre pendurada... mas nunca nenhuma pensou em ar-rancal-a.Ao contrario, procuram, até, tornal-a mais forte e rija.

O ministro foi locropassandoa mão nas cousas do almirante, mas este cresceu para ello que não foi graça ! Convenhamos, entretanto, que a ogerisa ministerial aos pendurica-lhor, dos oITiciaes de marinha tem certa razão de ser, porque se trata de militares, e que homem armado não pôde ter cousas penduradas.

Salvo seja.

Tu. Vidal. PREÇO I FI do Dr. Eduardo França

30000 LU adoptado na Europa e no hospital de marinha Deposito no ip A kemediosem gok-Brazil Ü U dura. Cura efficai A. Freitas & C. I i das moléstias. 114, Ourives, 114 Ll da pelle, feri-S. Pedro, 90.—Na Eu- ísj â das.em ropaCAHLoEaBj..Milão Ü íipigens, frieiras, suor dos pés, assaduras. manchas, tinha.sardas, brotoejas, go-norrhéas, et,.

CALLOPEDIXA—Único iniallivcl extirpador dos callos; não impede andar calçado.— Hua dos Andradas n. 59.

.A.

"Vida,

n.o lE-òio

Brevemente começará no

mo mu

a publicação do sensacional romance

A VIDA NO RIO

obra de grande valor litterario, que com seu enredo empolgante, descreve os costumes da mocidade alegre na capital carioca, a vida dos caies, das pensões de mulheres e das caixas de theatro, apresentando como perso-nagens os mais conhecidos bohemios e as mais afamadas hetairas do Rio de Janeiro.

LICOR TIBAINA~

u melhor pirifleadardo iiiiigie £ 9

1*E (.EtANAOU Granado & C— Rua Primeiro de Março 12.

A ViaiÍMJiL

As proezas do nosso Zé Fiáelis

S.!Eai.-aaBEt!h.ia A 1" carta «lo nosso

correspondente Bahia, 22.—Chegamos bem, muito obrigado.

Fizemos tão excellente viagem que só depois de desembarcar é que eu fique: eejoado,.. com tanto engros-samento.

A'bordo toios se portaram muito bem, excepto o Fafá que, bello dia, fez um brinde em francez e citando as principaes cidades de Minas, falou em mer de Espagne.

Esse brindo não me choirou bom. No mais, tudo correu optimamonte. A comida A bordo ó do dar vida a um morto, criados magníficos o as criadas então! não lhes digo nadai Ou por outra, posso dizer -lhes tudo, porque jú as conheço a fundo.

Gostei muito da Bahia; só acho quo a cidade é muito cheia de morros o ladeiras. A gnnto aqui tem que ser cabrito a mitque. Mas talvez soja por isso que as bahianas são tão boas para todo o serviço.Ti' porque agente aqui tem quo sabor trepar muito bem.

S. Ex. foi recebido com festas ostu-pendas, das quaes não posso mandar descripção* circumstanciada porque me afastei uni pouco da commitiva o travei relação com uma Buhiani-nha, nova em folha, com a qual fiz também uma festa de arromba.

A rapariga olfereceu-mo uma mo-queca bem mexida. Metti-me nella que foi um regalo. No dia seguinte acompanhei S. Ex ao Parafuso o as-sisti a scena em que S. Ex. entrou na balança e, verificando que pesa 58 leiloa, exclamou, radiante:

— Ainda agüento!

Os jornaes do Rio noticiaram o caso, mas [esqueceram-se ds acres-centar que o Dr. Aarão voltando-se para mim, observou:

—Isso não me admira. BI Io já em pequeno agüentava,que era um gosto. O futuro chefão tem se atirado no azeite do dendê, que até chega a ser um escandal 5, apezar dos seus [38 annos.

Pelo quo tenho visto, posso garan-tir quo S. Ex. sem duvida ha-de fazer mais dez annos.

Quando desembarcámos estavam vendendo no cães o ultimo numero d' O Rio iXú e S Ex. comprando o nosso jornal, poz-se a lei-o no meio da comitiva. O Aarão censurou-o por isso, fallando em moral, em outras cousas graves, mas o illustrc mi-neiro tapou-lhe a bocea lembrando-lhe certos passeios pela rua Senador Dantas e enthusiasmado, passou um telegrainma ao Bio Nú.

Zé Fidelis. Eis o telegramma de S.Ex., ao qual se refere a carta do nosso repórter.

«Bahia, 21.-Redacção 7iio Nú. Enthusiasmado pimen tinhas Bahia, leitura Bio Nít, apresso-me felicitar redactor sobre restituir a gente o fogo dos tempos idos. Saudações.»

ALLIUK S.YTTVUM.-De J. Coelho Barbosa & O, rua dos Ourives n. 86, Rio de Janeiro —o qual se vende em todas as pharmacias do Brasil. To-mando seis gottas em meio copo com agua, de uma só vez, ã noite ao dei-tar-se, é um grande microbicida.

Mata o micróbio da inlluenza de um a tres dias e cura todas as mo-lestias que tém por causa um res-friamente — O legitimo tem um coelho pintado.

Motte a concurso

Para o armazém do Vergueiro, Um pobre volho casado, Sondo um dia contractado, Eu entrei como caixeiro. Trabalhava o dia inteiro. Mas nos meus momentos d'ocio Eu sahia do negocio,

E com a mulher do coitado Eu brincava.. era empregado, Mas, por fim, já era sócio...

Plil.INTllINIIA.

Vim p'ra o Rio do Janeiro, E, p'ra uma cisa do modas Conhecida em altas rodas, Eu entrei como caixeiro, Muito senhor Conselheiro Ia 14 lazer negocio... Eu, então, nada beocio, Notando tamanhas rendas.,, Fui caixeiro das fazendas.., Mas por fim jú era sócio...

Dn. Sinets. Tinha uma loja o Vareiro, (Cuja esposa era um peixão.) Eis quo um dia, p'ra o balcão, Eu entrei como caixeiro, No mesmo dia, ligeiro, Mandou-me á casa, o beocio, Contar á esposa um negocio Quo fizera com suecesso, Eu fui caixeiro, confesso, Mas por fim já era sacio 1...

Tom mo Canudo. Para hoje damos o seguinte motte: Penseique o mundo acabava, Jl fiquei tuberculoso.

Glosas até o dia 1 de Junho, ás 2 horas da tardo.

¦ Correspondência Bocó da China- Você até nas glo-sas èbó-,01 «Ora, vá sahindol»

Itatrndos «le Arame, para ca-mas de madeira, acoeitam-se encomj mondas, mandando tomar medida a domicilio. 120, rua Sete de Setembro 120,loja.

¦VOO-A.ÇÜLO

(A' menina que namoro) E's terna, gentil, formosa, Mesmo um primor de belleza ! Tens um porte dn princeza, Ao ver-te, meu olhar gosa 1 Interpretas Ciinarosa Com maestria e destreza, Teus versos tém tal firmeza Que, até, Bilac os desposa, Pois, és lu a própria Musa. Nas letras ninguém te empraza I E's das artes pythoniza 1 Mas, ai! Tanta arte profusa ! Que tu saibas, a Dous praza, Remendar minha camisa!

Eucasolivhi.

p„ , J01'^" dC MaÍ° „¦ Pr^em °s cigarros Castellões, Phemio: Uma assignatura bo Jlw os meuIOres alé

NU POR SIÍIS MEZES.

PAKA O MOTTE Eu entrei como caixeiro, Jlfas, por fim já era sócio. Recebemos as seguintes glosas: Eu ficava o dia inteiro Em sua porta espreitando, Até que ella me chamando, Eu entrei como caixeiro, Querendo ser o primeiro, Custei a entrar no negocio.., Pois ninguém era beocio De mó promover a tal; E a primeira vez fui mal, Mus, por fim já era sócio..,

V. Maluco.

hoje conhecidos, í venda nos cafés Java e Cascata.

AMOE

Eu sou casada. Eu, também, Porém, ó que a quero tanto...

Deveras, senhor ? E quanto? Alguns mil réis. '

Está bem. Surico. POMADA SECCATIVA DE SÃO LÁZARO.—Esta pomada é hoje uni-versalmente conhecida como a única que cura toda e qualquer ferida sem prejudicar p sangue, allivia qualquer dôr como a erysipela, o rheumatismo —Rua dos Andradas n. 59.

(3)

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O RIO NU-26 DE MAIO DE 1906

RUA DO OUVIDOR

Sarilho nunca visto

A NEGRA DAS

PU. , CIIETAS

||escmpregado, som vintém, primeiro accionista da Em-preza Nacional de Malan-dragem, desacreditado na praça .. do mercado, sem credito para uma mi-seravel rabada no açougue mais pro-limo, resolvi transformar-me em vendedor de flores, e, como tal, mu-ni-modo respectivo apparelho e sahi rua fora a gritar:

—Vao flores brancas, minha gen-te?!

E atirava, de vez em quando, um verso:

«Maricota Zé Tamanco, Casada com Braz Assado, Não gosta de cravo branco, Gosta do um grande, encarnado» A arraia miúda ia-se chegando per-to do mim o berrava, arrcganliando os dentes :

—Vagabundo, risca o phosphoro da eloqüência e, atira outra versalhada I

—Ahi vae, meu povo 1 Entre as flores que a Thereza

Prefere, disse a Chichi, E' cjrclo de abacaxi Ou caroços de abacates. Porem, minha avó, que é velha E da mocidade veio,

Adora, sem ter onleio, Pepinos o bons tomates! Ahi, malandro de arroxo ! Passa uma 1'lorinha mais alva que o ma-millo da Genovcva.

—Como você tem talento, Piassaba, offereço-lhe um cravo por lhe ficar mais a caracter.

Flores brancas, minha gente! Chegando em casa notei que a fé-ria tinha sido de arromba e que, por conseqüência, valia„a pena*continuar a cavação por esta vida de Christo. A mulata que commigo se casou certa noite na capella da Barbada, deu dois pulos de contente e gritou, como uma doida:

Vou-lhe atraz, Vagabundo I —Atraz? Atraz de quem, Marocas Pret Pucio? De mim?

—Olerepes!

Ora essa? Para que? —Para vender bolinhos... —Você gosta de comer pu.,.

Ora se gosto, Cocotinha,

—1'uchetas... são mesmo do

arre-bimbal

E tu quo tons uma oxceüontc mão para fazel-as...

—E tenho mesmo. Com tapioca e coco...

—O teu coco, mulata, eu chupo até agua!

—Vá chupar o demônio. Som rabo, ora se chupo. —Aquieta- te o falemos serio. Aquel-los boAquel-los dão uma sorte do espa-vento.

Collocarei o taboleiro na rua do Ouvidor o depois acormderei o fogo... —E -tu quo és boa no fogo, mo-niaa...

—Ai 1 meu negro... —Não

gemo rapariga; pôde conti-nuar. r~—-- " ' ¦ |—'¦

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Yòyò não gosta do pu.. .chetas? Accenderei o fogareiro e farei os doces gritando, quando elles estive-rem promptos:

Yõyô não gosta de pu... che-tas?

—Ahi, mulata, ajuda ao teu mari-do que é pobre e que não pode tra-balhar porincapacidado chimicacom-provada.

No dia seguinte sahimos, os dois, para a rua do Ouvidor eu com as fló res e Marocas com o taboleiro.

A mulata era mesmo de espavento e com a sua plástica avantajada, deixava os velhos babados, mesmo de gosto.

De repente surgiu, não se sabe de onde, um agente da Prefeitura que queria seduzir a madama e que por ter sido barrado com ella poz-se de implicância.

Você não pôde fazer isso no meio da rua I

—Quem é que não pode, seu Sym-phonio ?

—Você mesmo I

Ora, vá sabindo de umbigo. A discussão começsu a augmentar e o povo principiou a fazGr partido.

Entrei no meio.

Que ha de novo, mulata 1 —O fiscal..

—Oh ! Espinha; ponha-se lá fora, —Espinha vae elle.

—Metta a viola no sacco, seu mata cachorro. Na melodia das contorções da marreta, pela vibração magnética da cocada, você não pode commigo. A negrada já estava do meu lado, —Diz um verso, Vagabundo I Gritei :

«Socega mata cachorro, Mitiga as necessidades, Que si eu fizer forte esporro Levas dois pés no quo vadis I» O fiscal que também era Guimarães Passos nas horas vagas e membro honorário da academia das multas, respondeu :

¦¦Salta p'ra rua, meu filho, Repica a pata, cumpadre, Nos soluços do sarilho Lovarás três pés na madre » Fiquei doido dn veras o grudei o camarada pelas bochechas do caivío sem bigode.

O rolo entrou, mesmo. A policia compareceu ao acto e tendo compa-reciilo o Passos, demittiu o fiscal a bem da molleza publica e nomeou-o chete de secção das vias.,, lácteas. Comecei a' dançar um cale walk com a mulata o nesse entretanto pas-savam:

Gaz Tão Bousquet-Gostei de ver a figura do J. Repórter, de gemma.

Trajava frack do carão de velho com barba azul, coliete de dor de dente de cabrito capenga, calças de preguiça de guarda nocturno e car-tola de' casa de maribondo. Encon-tramo-nos o depois de tomar um café de palha de garrafa passou o

Arthur Mevias-0 homem das lo-terias vinha todo numa elegampeia esnlendorosa. En vergava jaquetâo de bilhetes brancos, calças de coliete de talão de bicho, chapéo de muque de asylada quando toca machina e cha-rui.o de jaca do queijo.

Com todo o entímsiasmo fomos tomar... fresco em casa de nossas famílias.

Vagabundo.

500:000$000 eG^

ordinário sorteio. 11" loteria do gran-dioso plano n. 51, sabbado 23 de Junho, ás 3 horas—Inteiros. 15^000 meios 7(1500, vigésimos a 750 rs. -Companhia de Loterias Nacionaes do Brasil. Rua Primeiro de Março n. 38, caixa do Correio n. 47. — Endereço Leloíí «Loterias.»

Os bilhetes acham-se á venda na agencia geral de Nazareth & C, rua Nova do Ouvidor n. 10, endereço teleg. «Lusvel», caixa do Correio 357. Essas agencias encarregam-se de qualquer pedido, rogando-se a maior clareza nas direcções. Acceitam-se agentes no interior e nos Estados, dando-se va ntajosa commissão. Os agentes geraes recebem e pagam bi-lhetes premiados das LOTERIAS DA CAPITAL FEDERAL,

Comendador Bringella

Partida

homem que hontem foi inhu-mado no cemitério do Caju _»_ e que deixou de existir.mor-reu! Chamava se Paio Lingüiça da Bringella Partida e pelos seus excel-lentes dotes foi agraciado com a commenda da ordem dos Bucepha-los.

Esse commendador tinha um cora-ção tão magnânimo que um dia deu três tiros num sujeito para que elle não vivesse mais nesse mundo a pe-dir dinheiro emprestado.

Como homem prestou relevantes serviços a maternidade pois, em pou-co tempo foi mae de doze latagões merca três ff.

Filho de pães incógnitos, logo aos doze annos a elles prestou os mais cfficazes auxílios, queimando as na-degas de ambos com um ferro em braza.

Vindo para o Brazil, foi caixeiro de uma casa de iscas e servia i fregue-zia de tal maneira que a fortuna lhe foi propicia e fel-o fugir com quatro contos de réis do patrão.

Por esse meio honrado, o digno cavalheiro de industria cavou uma venda a qual deu o nome nAo muque de metal branco» venda essa que foi o principal ponto de reunião dos mais honestos ladrões de gallinhas da actual idade.

Depois de longos annos de traba-lho ligeiro, recebeu a commenda de

encommonda e mandou queimar um hospital com quatrocentos doentes dentro, para que a morte lhes, fosse mais suave.

Diante desse acto de heroísmo, o governo do império mandou tirar seu retrato a pixe e collocal-o no pateo da Correcção, para exemplo dos vin-" douros.

O commendador Bringella Partida era uma bella mulher.

Ante-hontem sentiu um nó na va-gina e, como um cachorro asphixiado cahiu para traz sem proferir um ge-mido. Apenas, gritou horrosamente por espaço de duas horas ao som de um piano desafinado.

O povo, sabedor da morte de tão honrado homem.soltou quatro fogue-tes o gritou—Quo Deus te levasse a mais tempo!

* *

Ao enterro do magnânimo vulto compareceram todas as sociedades musicaes e bovinas, principalmente os membros do Club Beneficente da Zorra, do qual o mo-to era sócio contribuinte, em atraso de dois an-nop.

Toda a guarda nocturna da qual também o finado era admirador, com-pareceu aos seus respectivos postos. O «Rir Nu» embandeirou em arco e o Vagabundo chegou do enterro que mal podia se lamber.

Que sua alma se... fumente!

Reunir o útil ao

agrada-vell—Camas de ferro com estrado de arame. 120, rua Sete de Setem-bro, 120, loja.

oncurso de Resposta

Torneio de Maio

Prêmio:—Um exemplar do «Barba Azul» e üm «Álbum de Cabica-turas».

Para pergunta:

Quando te dão um adeus de mão fe-chada, o que é que fazes'?

Recebemos as seguintes respostas: Sem perder um só momento Nem olhar ao que me arrisco, Incontinente apresento As armas deS. Francisco.

Turibio Canudo. Qual creança que tudo arremeda Pago logo na mesma moeda,

Lygiano. A' quem me cumprimenta Da forma tão ma gana Como essa que nos diz, Eu, sem torcer a venta, Offerto uma banana Que é frueta do paiz!

Dr. Sinete. Para hoje damos a seguinte per-gunta:

Porque as mulheres seguram o ves-tido atraz?

Respostas até o dia 1 de Junho ás 2 horas da tarde.

Lote-la _3SX5Q3?~-33.QEI

Extracção emNictheroy— Loterias extraordinárias.

GRANDE.LOTERIA PARAS. JOÃO

EM QUATRO SORTEIOS

1» em 12 de junho — 40:ooo$ 2o em 13 de junho — 25:ooo$ 3» em 15 de junho — 30:ooo$ 4o em 16 de junho — 50:ooo$ Preço do bilhete com direito aos quatro Sorteios-2$í00.

Pedidos à Companhia Nacional Lo-terias dos Estados - Caixa 1.052.

(4)

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O RIO NU - 26 DE MAIO DE 1906

FABRICA CONFIANÇA DO BRAZÍL

de Collarinlios,Puniios,Camisas, Gravatas, etc.

3 collarinhos de linho, por 2$000 1 par de punhos superiores por 1$00Ü l camisa branca, peito molle a 2$ 2$50Ü 1 ceroula de cretonne forte por 1,9500 1 camisa de meia por S&00, $800,1$ 1$500 Meias para homem, \/2 dúzia 2$fX)0 1/3 dúzia de lenços com letra de seda SfOOO 1 par de punhos du linho, 5 folhas J$500 l camisa de zephir superior a Ü$500,3j5 e.,. 3$50O 1 ceroula de zephir cordonet.. .. l$õ(XI 1 toalha de puro linho, grande, 1$000

Preços em vigor neste me*

collarinhos Santos Dumont por camisa de meia fina. cru». I$S00 1/2 dúzia do meias sem costura para homem 1 dúzia de lenços in^le/.es grandes.

1 COLLKTK Dlí FUSTÂO PAI A HOMEM por 1 camisa Una, peito molle, a 3$500 c 1 Gravata deseda pura (laço), a ífi 1 ceroula de linho cru, novidade por Suspensorios para homem, a l$500e 1 camisa de gomma.Portuguezaa 4$500,5$e l/J dúzia do meias tinas para"uoinem.4frilXl„r)i|i

2SÕ00 i}2 dúzia de lenços do Irlanda por 2$000 1 camisa de linho cru, novidade, por..,. 8J0OO 1 toalha fclpuda, grande por 1S

2$500 1 plastron de seda. novldado por 3#, 2JM0 < E>$000 1 camisa de meia frnncezn, a 2$ 4$000 1 ceroula especial, branca ou de cor 1 $500 1 camisa de ílanella, branca por 2(1000 e... 1$500 1 camisa depura lã, por 4^500,5$ "íOOO 1 camisa branca finíssima a 5$

5$500 1 gravata regente por 300, 500. SOO atò.... f'ÍOÍIO 1 lenço de soda para bolço, n 1$, líõOO o,.,

28000 ''"'"ico 3$U00 ":,<> tu,,! 1$Õ00 ü (,Uo .] n$m dado 1 2$5 II , , ° «o* 2$b()lauoi'MJ 3$fV 0 li$i i| o <;$o<«j 1$500 2$UÜ0

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progresso

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Sinliá Chica—Pois olhe, eu tenho tão bom coração que nunca tive coragem de matar uma galliulia I D. /fosa-Cê! Enlão comoé que a Sra. se arranja para lazer aquellas canjas tão boas-'.

e^d... r.

Cr^^^v

Fafey^j.

CONORRHÉA

A conhecida Injecção db Glygkrina de Abreu Sobrinho faz desapparecer immediata-mente as dores e cura em pou-cos dias sem precisar medica-mento interno.

P.u tof amomolX^íwf.V1 TlBS \KHP^o imiiUjb automóveis... jjepfis e só apanhar e depennar,uma porção de milho no meio da rua e como passam poL

Almanaque do Theatro

Temos sobre a mesa o Almanaque do Theatro, tão anciosamente espo-rado.

Achamos desnecessário dizer que o Dr. Adhmar Baibosa Romêo, seu director, mais uma vez lavrou um tento.

Texto e illustrações são o que ha de mais chie, a satisfazer ao mais exi-gente.

Emfim, 6 um livro que se im;;õe a te da gente de bom gosto.

Agradecemos o exemplar que noâ enviaram.

r aqui

Vidro 3#O00

EM TODAS AS PHARMAOIAS ??•«?«¦?9.«>»«>«»«><HK>d«»..»»

Caie e Bilhares Lisbonense

Uns beneméritos, o Borges e o Ra-phaol I Não sabendo o que deviam fazeraodinheiro que lhes abarrotava os bolços resolveram fundar um café chie na rua da Uruguayana.

Lá estivemos, recebidos pelos cor-rectos proprietários, no dia da sua inauguração, por signal que sahimos derreiados com as gentilezas que nos dispensaram os Borges & Raphael.

Rapaziada de gosto-Ao Café e Bi-lhares Lisbonense l

-A- esperteza. d.o Souza

íjiwíífis, n\ «3^^ 11 ç=5 b^a

O Souza um sujeito lógico Com a sua metade cara Foi ao Jardim Zoológico E matou uma arara.

Mas como sahir com o bicho Do jardim? Surgiu ao Souza Uma idéia. E com capricho O poz no chapéo da esposa.

E a policia, posta á porta, Nem p'ra tal olhou, sequer, Porquanto a loi não se importa Com o bicho de um mulher.

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0 (-'te J«||IW A Bemw\i<% tou eu farta.! a Victorina jil unia... recil»|(

Um impossivel

Eu quero e ella quer, tenho certeza... Ella gosta de mim, eu gosto delia... Eu amo a loucamente, e crcioquoella Também me adora e a ma com firmeza. Já lhe falei de amor, e.com franqueza' Nunca escutei tão forte taramela.-De tanto lhe falar sequei a guela

Sem conseguir dar fim :í minha

omprezn.--Eu quero e ella quer...Mas, enlrenós, Um impossivel ha. que, verdadeiro Peiar nos causa... Uma tristeza atrozl 0"amorque ellame teméinteresseiro.. Amor por amor peço em doce voz,

Ella mo podo amor, mas., por dinheiro !,...

T. Bandeira.

LICOR T1BAINA

de Qr«n*do é o

Depirati.o mais eleaz i recommwdiáí

Grinido & C.-Kua Io dt Marco 12

(5)

?fiC -.^'"í i gravata de st 'tilitti li"»08 i/o d. ,1o meias 6 tjnc <'"'" 1 ceroula para colos aliai- * camisa para esttftujos'.

_OJUO NU-26 DE MAIO DE 1906

83 — 13/u.a, d.a. Carioca — 83 — Próximo ao Largo do Rocio

1/2 dúzia tio lenços Japonozes com barra, 1 camisa cúr de palha, artigo fino por... 3 toalhas foi pudas por 1*000

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Bmiir.dn 00 actor Fraziio. - Oh, meu Senhor, tintHvos amo. Mas o valor de vossas acções fas-ha Bina. Permitti que beije a vossa espada rija e

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rrefip meu... coração... XOS BASTIDORES

li» I Ora,Fcu Frazão, não amole, de mollezas es-ce afinal é um bolas que não agüenta tempo; jíMrie contou que vocô não é capaz de dar mais-itafeguida. E'CLARO

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—Diz me uma cousa: E' verdade que estás indisposto como Adalberto. —Estou, sim. E 6 por causa de mi-nha mulher.

Logo vi.

Logo viste, porque?

—Porque elle me disse que tu an- . davas de ponta com elle.

•Reflexões d.e um "vag-a,3Dian.d.o

Ora ahi está porque eu não go, to De automóvel. Chega um dia, Em que elle não está disposto, E não anda. Tem mania I

Que raiva isso faz â gente, (Jue apuro em que estão agora, Até parece indecente.

Ir assim, na rua, afora.

Os dous empurram... Faz dó, Com toda a força que têm, E o pequeno, vejam só, Ajuda a impurrar na mSe.

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O marido -Está ahi! Está muito bonito. Perdemos o trem e agora só temos outro daqui a duas horas I Também tu nunca acabas de vestir a tempo.

A mulher—Ora deixe-se disso! Eu hoje acabei pouco depois do Sr.

O criado— Ahi é que está o mal. A senhora devia ter se apressado mais um pouco. Eu e minha mulber arranjamos as cousas de modo que acabamos sempre juntos.

(6)

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O RIO NU - 26 DE MAIO DE 1906

Conhecia a solteira ainda;eu era,então, um rapa-zola quasi um menino, mas já me impressiona-va com a belleza das mullieres, já sentia uma molleza esquisita, um frio no coração, quando qualquer Sra. de menos de cincoenta annos, fiando se na minha meninice, deixava-se ver diante de mim om trago um tanto fresco.

Nesse tempo a mulher do Mendonça, quo era ainda a senhorita Isaura da Rocha Nunes, era minha visinha.

Tinha, apenas, mais quatro annos do que eu, mas já era uma moça, com ancas roliças e seios rijos que espontavam com insoloncia sob as blusas leves.

Gostava muito de mim, conversava longamen-te commigo, rindo se da minha ingenuidade por que eu era muito innocente... mas apczar de toda essa innoconcia,só Deus sabe com que olhos, com que gula eu observava-lhe o corpo sadio e forte, cheio de curvas lindas, movendo-se rijo e livre na n upa sempre frouxa.

Na noite em que ella casou com grande pompa, chorei longamente, mordendo o travesseiro, do raiva.

Depois perdi-a de vista, andei por ahi estudando uma vaga engenharia, que ainda está por com-pletar.

Cinco ou seis annos depois encontrei-a num baile do Club de S. Christovão. Ella mostrou sincero prazer ao ver-me e apresentou-me uo ma-rido o commendador Mendonça, sujeito com ares de apalacado e burro, quo logo me convidou para ir a sua casa, na rua Duque de Saxe.

Fui para casa perturbado pelas recordações daquella paixão de creança que o encontro i'nes-perado despertara subitamente, e no Domingo se-guinte apresentei-me em casado Mendonça.

O commendador recebeu-me amavelmente, mas não pareceu-me dar muita importância, deu-me dois dedos de conversa--, depois foi para a va-randa e pcz-.se a ler um jornal.

Isaura é que me fez muita festa recordando cousas e pessoas do passado e quando me reti-rei, insistiu para que eu apparecesse a miúdo, que fosse almoçar com cila.

-Olha, o Mendonça nunca almoça cm casa o eu, até, nem adir/graça em almoçar sosinha.

— E' isso, venha almoçar-disse" também o com-mendador —Venha fazer companhia a rapariga. Bem sabe, eu lá tenho os meus negócios...

Saiu quasi maluco. A «rapariga», como dizia o marido, sempre fora bonita, mas agora estava um peixão. As formas encantadoras que eu tanto admirara poucos annos antes, tinham-se avolu-mado com e matrimônio, tornando-se mais opu-lentas, mais sólidas; os quadris tinham inflexões sumptuosas, os hombros eram dignos de uma estatua, só o rosto conservava a mesma graça brejeira, o mesmo riso infantil e deslumbrante.

E ella tratava-me do mesmo modo de outro tempo, parecendo considerar me ainda uma creança; chamava-me «você», tinha intimidades, que me electrisavam. Quando fui almoçar sosi-nho caiu ella, que conversava e ria, muito a von-tade, muito sem ceremonia, pondo a mão sobre o meu braço, ao contar o caso, fiquei tão impre-cionado que ella gracejou com a minha pallidez, e perguntou-me de repente:

-Querem ver que você está apaixonado por mim? Havia de ter graça.

-Ora essa, porque? ' exclamei humilhado pela pergunta, que me parecia uma prova de noueo

caso. *

—Porque você é uma creança! -disse ella a rir. Empertiguei-me no orguího dos meus 2C' annos... incompletos e passei a tratal-a com exagerada solemnidade.

_ Isaura continuou a rir, declarando que tomava tao a serio meus melindres como a minha paixão. Nesse dia eahi furioso, jurando nunca mais por os pés alli. Mas vo!tei,atlrahido pelo encanto maravilhoso daquelles olhos, d'aquelle corpo,que fora o enlevo da minha adolescência e

desper-A MULHER DO MENDONÇdesper-A

tava agora, em mim, todas as energias famintas de um homem,

Voltei, masraudoi do tactica. Kiz-me humildo, sujeitei-me a todos os gracejos d'aquella bocea adorada.continuando a insistir nas minhas decla-rações. Ella manteve o mesmo tom do brinca-deiras na conversa, fingindo não prestar attenção aos meus protestos do amor, mas notei que o seu riso já não era tão franco; tinha uma ponta do exaltação concentrada.

Continuava também a me tratar com a intimidade do sempre, mas os seus gestos eram febris ; quando coliocava a mão sobre o meu braço apertava-o,deixava-me os dedos marcados na pelle; e, as vozes, ralhava commigo batendo-modelevenas faces, /nas suas mãos demora-vam-so no mou rosto,puxavas me vagarosamente o bigode, ainda sedosoc pequeno.

Em summa, apezar da minha falta do pratica em matéria de conquistas, ganhei esperanças.

Tanto mais que a sua própria insisten-cia em me tratar como uma criança facilitava as cousas. Desde que ella declarava me

considerar-semi forças! Isaura mostrava-se irrooniei., uma alegria exaltada o um riso metálico coni'Pioespou.

V0l-á para o rapaz, você cava a cada momento sem motivo. Le

divan o ajoelhei-mo a seus pês. Ella riu, do novo, exclamando: —Bem. Voltou-lho o accosso! Oh ainda não tomou juizo.

— Eu to amo tanto I

-Sim, já sei, tem-mo dito isso mais de cem vezes ama-me muito, fui o seu primeiro amor depois da mamadoira... disse ella. Mas a sni' Z' mudara de timbre. Ajoelhando eu lhe passai um braço em torno da cintura o apoiara o ou m a.sua perna, com gesto tão bem calculado , m a minha mao ficou justamente no ponto em nue a coxa roliça terminava,na curva do ventre l' curvou-se rindo, porém, tentando evitar arme n contacto audacioso. Mas, alli no divan não no, H recuar e, curvando-se, apertou a minha mãocnire a carne rija da perna c o ventre. Movi os dedos magoandoa talvez mas ganhando terreno procurando penetrar mais longe, chegar ao ue' queno espaço deixado entre as columnas mar-moreas que sustentavam os seus quadris "ri

ciosos. "

lilrj. •¦¦**'ÍÍ''.';--:-'^í^^^^*ÍàI':

Iir-mo

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ter-Ficar nisso, ergin-r-m seria renunciar" par

Levei-a para o divan e ajoelhei-me a seus pés. me um menino, tudo me era permittido;desde quo ellajurava não tomar a serio o que eu fazia tudo eu podia fazer.

E, aproveitando essa situação duvidosa, fui me tornando atrevido. Beijava-lhe as mãos, os cabellos, os braços... Ellaprotestava,dava-me ta-pinhas, dizendo:

—Qucj; isso ? tenha modos.

Mas não so zangava, não corria commigo. Isso era o bastante. Tratei traçooiramente de despertar, com essas brincadeiras perigosas, a sensualidade.de sua carne magnífica, e pouco a pouco, o lui conseguindo. No fim de alguns dias, quando eu ficava quieto, ella é que puxava por mim. debicando a minha seriedade; uma vez chegou ame fazercocegas,perseguindo-meacorrer em torno da mesa como uma louquinha.

Uma tarde que o commendador fora a uma reunião política do Club União Commercial, M-camos sós na sala ao escurecer. Ainda não era noite, mas já não era dia, estávamos naquella instante de luz vaga em que a alma parece ficar

BASTIDORES

*o Oactor Sarmento enviou a um amigo em Lisboa 800 mil réis fortes, para o amigo ultimar a compra de um prédio, ajustado na hora doem-barque.

O Caetano ao saber disto, excla-mou:

— Como éjeliz este Sarmento, tem prédios e nao tem credores I

*o No Palace Theatro tem havido o diabo com o pessoal que quer en-trará todo o custo.

O que é bom é assim mesmo. (C A Maria Vatares farta de sugar

o bicheiro avezou para os bichos e tem ganho uns vastos cobres no tigre. r/0 Franklin, vulgo queixada,farto de agradar no Rocha Alazão, pediu ao Phoca para retirar o quadro em que se cansa de apresentar o seu aller-ego.

Casa Camões.—Completo sorti-mento de calçado nacional e estran-geiro, para homens, senhoras e cri-ancas.-RUA LUIZ DE CAMjES n. d" A Luiza, aquetriz do Recreio continua a colher ramos de oliveira. 0*Com a chegada da Companhia internai o homem do Recreio perdeu definitivamente a cabeça.

Ella não so podia erguer, quiz rencl fallando-me com ar mais serio, mas lei supplicas balbuciadas e nessa luta, aproveitando" os movimentos que ella fazia, tentando crguer-»c a minha mão adeantou-se muito. Infelizmente -1 saia, presa sobas ancas fortes, distendia-se s,,íne osjoelhos de Isaura o não cedeu, não me deixou alcançar o mais intimo recanto daquelle , explondido, mas os meus dedos pousaram-bre o pequeno monte de carne matissa, oml minava a ponta inferior do collete.

Ella procurou gracejar ainda:

-E agora...que ganlia com isso'Não mo nosso levantar mas você também e.»lá preso e não adiantou nada. Com elfeito eu não me podia mo-ver. O braço direito prendendo lhe a cintura por traz, era-me inútil. A mão esquerda estava captiva sob a pressão das pernas e do ventre de Isaura... Mas eu sentia quo aquella mão, nlli t'a-zia-a tremer... Ella bem disfarçava, simulando calma, mas a sua mãosinha adorável, torturava freneticamente uma almofada de seda posta ao seu lado.

Era preciso ir além. sem conseguir mais,

sempre á posse daquella croatura tão" desejada. Tentei beijal-a, Isaura fugiu com o rosto rindo da inutilidade de meus esforços. Então, com um movimento rápido, prendi-lho um pé entre os , meus joelhos e pouco a pouco aprisionei-lhe o tornozello. E ficamos assim um instante; ella tinha as mãos frias e de repente murmurou, com voz alterada.

-Ora, vejam, um menino que eu vi do ta-manho daquella cadeira.

—Sim— respondi — mas depois disso eu cresci um pouco.

Isaura com um gesto brusco, como se ce-dendosubtamento a um desejo, de ha muito con-tido,agarrou-mo a cabeça,comprimindo-a sobre os seios quentes e, erguendo um pouco o pé que eu prendera, murmurou-me ao ouvido.—Creio

até quo ainda estás crescendo... E por sua vez prendeu-me com os pés delicados,cruzando os sobre mim, fechando me na tenaz encantadora de suas pernas divinas.

Beijei-lhe a bocea, beijoi-a com fúria, e como eslava de joelhos,ella é que se curvava para mim. E eu, pendido para traz saboreava aquelle beijo longo, ardente, devorador, buscando ao mesmo tempo chegar-me para o ponto que minha mão não alcançara.

De repente faltaram-me as forças, resvalei do costas, cahi sobra tapete, arrastando a na queda. E ella veiu sobre mim tapando-me a bocea com beijos, apertando-me o corpo com os joelhos carnudos e macios...

D. Villaflor. ef Meditabundoesurumbalico anda

o Barros, só por se lembrar que retiraram d' O Maxixe o quadro da confeitaria, onde elle tinha direito a um doce (que duplicava por conta própria).

Passou ao que era: pão com queijo. Aos apreciadores de bons cigarro s recommendam-se osafatnados Castel-lôe5 á venda nas charutarias Paris, Palace Thealre e Maison Maderne.

çf Continua a tomar banho, a sym-pathica Cecilia Porto. Todo isto de-vido a um benlinho que de miro anda .no... pescoço.

ef Consta-nos que vão começar no Carlos Gomes a serie de benefícios.

O primeiro será do nosso bom cama rada Machado (careca).

*o O Paschoal não tem mãos a medir. Gente om penca.

E' quo o pessoal gosta do que é bom e a Maison Moderne, está mos-mo bóa.

-•o A Risolota Cavado Branco foi apanhada pelo seu alto personagem, em llagrante delírio no seu camarim, quando estava sendo photographada por conhecidissimo photographo que tem o seu atelier num dos suenarios do Maxixe.

Dizem que ella estava de perfil. Interino,

(7)

' ,SHP!-r:'

£ fiI.Q„N'jji26„DEMAI0 DE 1906

CarteiradeumJPerú

fagaloado

marítimo, ao serem descobertos 08 seus encontros com a viuvinha de Botafogo, na zona Hio Branco, passou para a rasa da Oocota.

Anozar disso, ella não deixa de ir a0 1055. cm companhia do Lulfi Queiroz c do Arthur.

Coitadinho delle...

a IVrrina tle Sevrcs.—

Momos da Silva participa que, por motivo das obras da Avenida Central, mudou seu estabelecimento de lou-cas porcellanas o crystaes da rua Llò !lo Setembro n. 51, esquina da rua dos Ourives para a Travessa

de S. Francisco «le Paula 5.

A Maria Ámarolla, do 0-'i, deixou de freqüentar o Mais Moderno, como ella diz, para fazer suas cotinções na ..llnuge Maison...

(¦Quando quizeres, (diz nas barbas do Silva), moro no nubenta o quatro. Até quando aturas isso, ó Careca? CliirííieN Posíacs em seda, pel lueia, velludoe fantasia, encontram-seiia'j/''iso» Chie — Avenida Ckx-traí. n 144.

A caipira Saturnina, sonhou que devia ser família e de volta da cole-hro viagem, zás, casa do Machadinho coch.'iro .

Pobre clarinettista Praiano, breve será- ibisilludido.

—A nossa camarada Maria Maluca agarrou o caipira e foi-se para S. Paulo deixando o Janjão o uma ceie-hro careca inconsolaveis.

Descobriria o caipira o segredo do dedo I

Aos apreciadores de bons cigarros, recoio mondam-se os afamados Cas-tcllfiCH á venda nas charutarias Paris, Palace Theatre o Maison Mo-derne.

_ A chantensepouleuse Dina disse no 7 que quebraria a cara do autor da nota quo demos, em que dizíamos constar sur ella a autora da carta.

Pois saibam que não consta... te-mos certeza.

Quanto a quebrar a cara, pedimos a lixma quo tomo cuidado para que não lique com a dentadura que-brarla.

Colcliões de Crlna e almofa-das de paina, fabricação esmerada, sob medida. Fabrica de camas de for-ro com estrado do arame. 12), rua Selo do Setembro, 12 I, loja.

Para onde terão ido o Raul e a Beatriz?

Estarão elles familiarisados ou to-mando elixir do eatiuiba o marapua-ma, de freire de aguiar.

. r — Qual a razão porquo a Conceição .pi n;u, vao mais aos Iloheniios? Será por causa da deslealdade da noite em que foi tomar ch colato?

l'f(!-S'](: - Fumem esta marca rle cigarros, são deliciosos, além dos brindes de I"

necessidade-A cigana Horcilia instalou so na zona chie. Qnalquor dia teremos tocatas de violão o algumas garrafas de IVickAle nos aposentos da lier-narda Frappre.

Rouccuk Camas de ferro para bonecas. 120, rua Sole Setembro, 120, loja.

t ¦— A Alhcrtina ú af-ora a mais re-ligiosa das mulheres, pois só deita-se e deita-se levanta com Deus.

I-to graças a. um |nr de botinas compradas no An Prinlmnps, Qui-landa UO.

O Rio tem corrido serenamente pela Ribolzi.

Por informações do Pinto sabe-mos que elle tem sociedade com o branuo menino.

Se a Stnh-'« --ouber,,,

O Sylvio, ha dia*;, dou o doses* pero no '2\ du zona chie. Pudera, co-braram ftífi *' por quatro chicaras de café!

Mi é exnk-rar !

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A. Carlotinha é amada fervor o-sa mente e não tem sciencia disto. -. Sc ella s-*'"be desU paixão, tere-mos muito hrnvemente um Pho-quinha arruinailo.

Cuidado, menino e fuma os cifrar-ros «Gavroche-;» que os Srs. R. Nu-nes & Pinto v-mdrm á rua Visconde do Hio Branco n. 17.

Ü ¦pequ*"-' ioo HebeUo anda cren-te de que a P. .lista o ama.

Aquillo já e t mia, safa1... —¦ <"¦ João Chi'-.! e-tíV querendo'ver se pôde amar a Amplia (jarata.

Mas ha uma dilliculdade por tra-sa dos prados ir. cavallos...

I.iNGUA. DK Pbata.

ÁGUA JAPONKZA. - Do effeito prompto para amaciar a pelle e dar ao cabello a côr, que se deseja. E' to-nico e, faz crescer o cabello, extirpa a caspa.—Rua dos Andradas n. 59.

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120,

Torneio de Maio

PRÊMIO — UU ESPLENDIDO EXEMPLAR 1)0 ÁLBUM DE CARICATURAS XXVI - PROVÉRBIO A ADIVINHAR

Tanto implorei á Pinguinho, Chorei tanto, o seu amor, P'ra mitigar meu ardor, Que ella me deu seu carinho, Apagou-me a grande chamma... Ella, quo o povo a proclama Insensível aos pedidos ! Vejo um riiáo dos sabidos,

E'« »

Rhadamanto.

XXVI! — ENIGMA TVPOGRAPHICO

SABBADO

CAIXA DE RUFOS

Manoel Vicente — Aquillo assim está muito forte. Tenha modos. VocC dá para a coisa, não ha duvida, mas aquellc conto está mais desça-rado do que eu.

Turibioda Cosia— Oh, Sr. I tanta bondado me confunde. Folgo muito em saber que a rapaziada por ahi gosta do Jfio Nu. Agradeço penho-radissimo as saudações pelo nosso anniversario.

Dr.B. B C— Ora vá lamber sabão ou outra qualquer cousa.

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CAVAÇÀO

VERDE

Joca.

XXVIII -CHARADA ANTIGA

Entre muitas sou primeira,—2 Sou senhora, porquo não?—3 J5 canto de tal maneira, Que sempre lenho ovação.

Dn. Xis.

XXIX — LOGOGRIPHO RÁPIDO

Nada- 3,4 5,(3.7, -aponta-l,2,8,9-a nota-10, 2 -do charadista.

D. Cr.ZARDE Bazan.

XXX -ADIVINHA

O '|SiP «Vi o que é? Braço com braço,

Pança com pança, De carne um palmo Faz toda a dança...

Decifrações até ao dia 1 de junho.

Frei Chourlço.

TÔNICO JAPONEZ - E' o melhor preparado para perfumar o cabello e de-truir a parasita, evitando, com seu uso diário, todas as enfermida-des da cabeça—Rua dos Andradas n 59.

Sessão Espirita, na noite de hontem

Ainda dominados pela impressão do apparecimento do Alabanca que deu palpite certo no leão os c o-ir-mãos reuniram-se e foi invocado o espirito eslafadíssimo do Estofo, que escreveu. Dia 25— Grupos — 17,23 ou 4. Dia 26-Grupos - 14, 13 ou 25. Dia 28 -Grupos - 7,12 ou 10 116—611-161-714-417 SONHOS

JACARÉ' — Aniz, aves, bobos, be-bida, ceia, coco, damas, deuses, eras, facas, "garotos, horas, jardim, lobos, mão, melado, noldo, opas, pe-pinos, queijos, raposas, sapos, to* mates, vagens e viuvas.

Confere.

Jaburu'-N. 53

OM DEVASSO! fw

i S»or JOÃO DE LAGORGE »-*

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XVIII

Narciso lançava ao redor olhares espantados, temendo que os transeuntes parassem.

Que lhe queria ainda esse sujo, perguntava elle a Bi mesmo, e que iria pidir lhe?... Meu Deus, que família!... Onde oatava elle as amintes? Em que classe de sociedade?... , .

Pela primeira vez em sua vidi, o oonfeiteiro pensou que faria bem em renunciar lis aventuras amorosas... Ahi si a sua mulher o quizesse... mas nao, não ! Nem pensar nisso...

— Eu sou um bom r.paz, resmungava o bebedo, não lte quero mal... Cada um oome do que gosta... A mim, us mulheres nüo me fazem mósia, sSo todas umas megérai, como a alinha... Para mim, so ha na terra a pinguinha... Iito oonsola-me das minhas misérias e de tudo que acontece neste mundo,,.

Parou o discurso, e cuspiu nu oalçada.

Que qmr você! murmurou Narciso. Diga já, que tenho pressa... .

O cllimit fixou os olhos turvos no oonfeiteiro, e tomando um ar d. choraminga, disse :

Tenho a guíla seooa. Teono sedei... DO-me dez tostões e nüo f aliemos mais disso I...

Eipantadissimo, Nirciso tirou do bolso a car-teira e deu dois mil reis ao pai de Clarinha. Este contemplou por algum tempo a n ta, brilbaram-lne os olhos quese dirigiram para uma bodega próxima, e sem dizer palavra, poz-se a correr para aquelle lado emquanto o oonfeiteiro olhnva em torno de si, a ver s- algum tio ou primo da amante nüo ia sur-gir diante delle a pedir uma repar.çSo pecuniária

da hmrade Tata. .

No dia seguinte. íi? 9 horas, quando Narciso checou a casa de Clarinha, a família desta estava todl reunida No corredor, o oonfeiteiro ouviu logo o ruído de vozes.

Eitupidol... berrava a mal de Clarinha, nüo prestas para nadai... Dez tostões! Nã, tens ver-sonha Eu te tinha diu qulnheutis mil reis!... —' kfu nSo sabia! gaguejava o pai com aquella voz r.Hi0.i da viahriç-*.

Poroo 1 replicou a mulher. Fjste embru-'h&

A eiitrad» de Narciso fezcilar a megdra. Sem dizer uma palavra, o in luSDrlai tirou as notas do h.l-o p*l-as sobre a mesa e reolamou os papeis que tinha' asngaado. Entregando-os, Olarinha tomou-lhe «, mão, e oom vuz tremula, ourstando se para elle, murmúrou-lhe ao ouvidj :

Sabes, meu querido, apesar de tudo, eu amo-te sempre I.,. Meu coração psrtence-te e penso que não estás zangado... Voltas 1 diz!.,.

Sim, sim! dÍS3e Narciso, que fazia protestos de nunca mais ver Olarinha nem Tatá.

E depois de ter lançado um golpe de vista sobre esta que parecia ter voltado a si da sua emoção, di-rigiu-se pira a porta.

O bebedo o acompanhou. Quando o&eg-aram ao corredor elle bateu n& manga do sobretudo de Niroiso.

Não está bonito, dísae choramingando. O ss-nhor me embrulhou,.. Minha mulher pregou-me um sermão,.. Precisa me dar algum* coisa... Eu tenho sõde!...

Narciso apressou-se em fugir desse covil de onde sabiam, nessa oesasião, as gargalhadas da família de Clarinha. Tirou do bolso a carteira, puxou uma nota de dez mil reis e deu a ao digno pai de Tatá.

O velho preoipitou-se na Bala onde estavam reunidos Clarinha e os outros. Eas palavras pronan-oiadas nessa oooasião pela mui, obegaram distinota-mente aos ouvidos do oonfeiteiro: .

Nestes tempos, dizia ella com voz canalha, não ha nada mais seguro para a pobrs gente que quer ter o pão g irantido para o resto d* vida, do que lançar á cara dos velhos gam^nhos uma garota que connece bem o seu offiaio...

Narciso atir m-se pela e3cadiabaÍ3co.Eou7Íam-se lá dentro da sala as gargalhadis daquella gente... feliz.

(8)

O RIO NU -26 DE MAIO DE 1906

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lí\í nior.iíiiario i.iiiiiinic<!<• Glislíio BCo<is<|iit'l

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A Visão de Emilia

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Emilia linha um piano Em que todo o santo dia, Com o furor mais deshumano, Tocava uma melodia.

Mas uma vez o instrumento, Por encanto mysterioso, Ou farto de tiii tormento, Pregou lhe um susto horroroso.

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Mal Emilia se sentou, No banco, em frente ao teclado E a sonata começou,

Deu-se um facto inesperado.

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A' proporção que ella ia, Com mais fôlego tocando O piano parecia, Que se ia transformando

'^"^^^ísíf^ií^íjinll"'/

Quando ella deu pela cousa, Ja elle tinha o feitio, De uma chimera espantosa, Um monstro medonho e esguio.

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Emiha, sahiu correndo, E, a correr, p'rá rua veio .. Como uma doida, a gritar, E entretanto o primo Augusto Que aquillo era um bicho horrendo Mostra-lhe um bicho mais feio E que a iadevorar. Sem que olla demonstre susto. 'J

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SENSACIONAL ROMANCE i i Vende-se em nosso escriptorio (/( 73 - Kua du Asseinbléa — 7S (

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