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VISUAL PARA ORGANIZAÇÕES SEM FINS LUCRATIVOS

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Academic year: 2021

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GUIA PRÁTICO

PARA ORGANIZAÇÕES SEM FINS LUCRATIVOS

VISUAL

(2)

Comunicar é uma condição indis-pensável à existência humana. A comunicação funciona em variadas vertentes, independentemente da idade, da língua ou de qualquer outro factor condicionante. A expressão é conseguida a falar, tal como a escrever, a desenhar, a dançar, a cantar ou até mesmo atra-vés da representação. Como seres comunicantes, a nossa comunicação deve ser-nos transmitida e ensinada para que a sua funcionalidade seja, assim garantida.

Entre os meandros da comunicação encontra-se a necessidade de estabe-lecer o diálogo, de se fazer entender e movimentar ideias. A publicidade ou propaganda, aliada ao marketing e a todos os estrangeirismos que ouvimos constantemente nos Média, são de facto formas excelentes de passar mensagens, de esclarecer e de instruir os cidadãos. Contudo, se temos óptimos meios de comunica-ção, com a mais recente tecnologia, temos também um grande problema — o teor das mensagens!

Não podemos controlar o teor das mensagens que são passadas pelos média, nas redes sociais ou através de meios tão simples quanto a dissi-pação entre o senso comum, através da tradição oral. Mas, há algo indis-pensável que deve ser mais explora-do pela sociedade: a comunicação de valores positivos, ou seja, a conse-quência directa de uma coerente e estruturada educação social. Falemos da comunicação institucio-nal, aquela habitual propaganda de boas causas a que todos temos aces-so em qualquer lado, seja na nossa caixa do correio, seja num corredor

de centro comercial ou à porta de um supermercado.

Há muito a fazer para que esse tipo de comunicação expresso por panfle-tos, cartazes, flyers, e outros tantos suportes, venha a fazer jus à sua causa e mostrar de forma verosímil a sua verdadeira intenção.

O grave problema associado à comu-nicação institucional e associativa é contrabalançado com uma grande vantagem: a solidariedade!

A solidariedade é a recompensa de um peditório, de uma boa acção, de uma ajuda prestada, etc. Consegue resolver parte do problema que é gerado pela falta de confiança e por vezes desconfiança plena na mensa-gem oral, textual ou visual.

O público-alvo deste tipo de comu-nicação podia suplantar as pessoas habitualmente solidárias que se preocupam em ajudar a alcançar a justiça social.

Para tal, a direcção destas cam-panhas podia ser a pessoa menos interessada, a pessoa potencialmente mais difícil de envolver. Se esta fosse uma preocupação central, não só seria fantástico para a campanha, que teria mais um indivíduo activo a ajudar, como para a sociedade inteira que, a partir daquele momento, teria conquistado o interesse de mais um cidadão, activo e disposto a prestar o seu contributo.

Porque não pensar na comunicação visual institucional como motor de um progresso cívico?

Não é só uma ideia utópica ou irrealista. De facto, se cada indivíduo colaborar para o bem comum, a so-ciedade conseguirá erradicar muitos

O

Po

rq

(3)

dos seus problemas mais sérios. Com o objectivo claro de enrique-cer os elementos de comunicação criados pelas organizações sem fins lucrativos, que não dispõe de auxílio de um designer ou profissional da área, foi criado este Guia, aproxi-mando os conceitos de linguagem visual dos responsáveis ou volun-tários que ficarão com a tarefa da comunicação.

O seu principal propósito é a aqui-sição de capacidades de expressão visual com vista à realização de elementos comunicativos para as entidades que tutelam. Não se pretende com este guia a criação de uma fórmula que substitua os profis-sionais de áreas como o design ou artes gráficas mas sim a capacitação individual de pequenos desafios na área da linguagem visual.

A criação deste guia adveio da lacuna na informação sobre lingua-gem e comunicação visual. Esta falta é notória no desenvolvimento das campanhas de promoção que as instituições tendem a realizar com os escassos meios que possuem. Encontram-se no Guia algumas dicas que, quando seguidas, permitem o reconhecimento de processos criati-vos e a correcta utilização de alguns conceitos inerentes à linguagem visual em prole de acções sociais. O conceito de guia prático define o teor da informação que se espera ser o mais acessível e inteligível possí-vel. A acessibilidade está expressa no tipo de conteúdos e na organiza-ção dos mesmos entre o livro. A organização dos conteúdos é feita por capítulos e subcapítulos,

Este Guia Prático insere-se no projecto teórico-prático “O Designer como Agente de Dinâmicas Sociais”, elabo-rado ao longo do presente ano lectivo para a obtenção do grau de Mestre em Design Gráfico e Projectos Editoriais, sob a orientação do Professor Dou-tor Diniz Cayolla e a coorientação do Professor Doutor Eduardo Aires. O Guia Prático, em particular, é di-rigido a um público muito específico e tem como propósito o alargamento dos conhecimentos no âmbito da comuni-cação gráfica e visual.

O Guia foi adaptado a um público que se interessa pela realização de trabalhos de comunicação e na transmissão de mensagens visuais. Naturalmente que não se pretende com ele, substituir os profissionais da área. No entanto, se a comunicação visual existe no âmbito associativo e é executada gratuita-mente por voluntários ou responsáveis institucionais, porque não promover a sua melhoria fornecendo ferramentas de apoio?

É importante referir que esta ferra-menta aborda os temas de forma muito sucinta e não dispensa uma investi-gação prévia e alguma experiência para a realização eficaz das tarefas.

fáceis de percepcionar pelos temas e tipo de paginação. Para uma boa utilização deste manual é requerida alguma paciência e muita vontade de experimentar. Não são necessários conhecimentos ou apetências especí-ficas nem um jeito especial para “os trabalhos manuais”.

Ao longo do livro teremos referên-cias a consultar para mais informa-ção, caso se sinta capaz de apro-fundar os conceitos e de fazer uma melhor utilização da informação. A criatividade e a originalidade, apesar de serem essenciais nestes projectos, dependem literalmente de quem desenvolve as tarefas propos-tas. O Processo criativo e as suas fases principais têm um maior des-taque na primeira parte do manual. Conceitos como “criar” ou “esque-matizar” são abordados de forma prática e ligeira, para que as suas ideias se transformem em brilhantes mensagens visuais.

Na segunda parte do manual são ex-plorados assuntos em torno da pro-dução gráfica, como as dimensões standard, os suportes mais utilizados em campanhas publicitárias, a cor e a formatação de texto.

Por fim são sugeridas algumas aplicações online onde gratuitamen-te podem ser elaborados e editados trabalhos. As últimas páginas do manual destinam-se à exposição de alguns exemplos de campanhas apelativas, centradas num conceito simples e eficiente que poderão servir de inspiração.

Espero que este guia prático con-siga ajudar quem pretende testar o potencial da comunicação visual nas entidades de apoio social!

(4)

ÍNDICE

TEMÁTICO

IDEIAS

BRI-LHANTES

Pensar • Pensar outra vez • Es-boçar • Criar • Testar • Balanço

COMO CAPTAR

IMAGENS

Enquadramento • Luz • Ângulos

COMO FAZER

UM CARTAZ

Pontos de Interesse • Eixos de Leitura • Margens • Hierarquia

COMO FAZER

UM FLYER

Formato • Informação • Distribuição

COMO FAZER

UMA

BROCHURA

Dobras • Formatos

DIMENSÕES

STANDARD DO

PAPEL

Tamanhos Regulares • Medidas

COMO

FORMA-TAR OS TEXTOS

Tipos de Letra • Tamanho • Espaçamento • Alinhamento • Largura das Colunas • Desta-ques no Texto

COMO

UTILIZAR AS

CORES

• Teoria da Cor • Psicologia da Cor • Cor e Legibilidade

COMO

EXECUTAR O

PROJECTO

Softwares • Ferramentas • Edi-ção de Imagem

REFERÊNCIAS

Design • Marketing

EXEMPLOS DE

CAMPANHAS

páginas 6 - 29 páginas 38, 39 páginas 46 - 51

páginas 52 - 59 páginas 60 páginas 61 - 67 páginas 31, 32 páginas 34 - 36 páginas 37 páginas 41 - 45 página 40

(5)
(6)
(7)

BRILHANTES?

IDEIAS

(8)

PENSAR

PENSAR OUTRA VEZ

ESBOÇAR

1

2

3

(9)

CRIAR

TESTAR

BALANÇO

4

5

6

(10)

Pensar antes, durante e depois de se executar o que quer que seja. Antes de avançar para a criação de qualquer elemento comunica-tivo, pensar é a palavra-chave! Tal como faz um gestor de projectos, qualquer pessoa que decida realizar uma campanha social deve conhecer algumas variáveis importantes antes de avançar com uma proposta. Na página seguinte encontra-se um pequeno diagrama, a partir do qual é possível perceber se a nossa pri-meira ideia tem alguma viabilidade e pode crescer. São três perguntas--chave que levam à mesma conclu-são: formar uma equipa de trabalho. Se a resposta à primeira questão for negativa, não é possível progredir no diagrama. É necessária a existência de uma ideia, ainda que difusa, para a resposta a cada uma das questões. Ter uma equipa eficaz e unida é tão importante como ter uma boa ideia. Veremos nas próximas páginas como podemos encontrar uma boa equipa para a realização do nosso projecto de comunicação!

(11)

ALGUMA IDEIA BRILHANTE?

SIM!

SIM!

SIM!

SIM!

NÃO

NÃO

NÃO

É UMA IDEIA

VIÁVEL?

TENHO RECURSOS

P/ A CONCRETIZAR?

SEI O QUE DEVO FAZER

A SEGUIR?

FORMA UMA

EQUIPA.

FORMA UMA

(12)

(+)

PRIORITÁRIO

(-)

PRIORITÁRIO

ADESÃO

AO PROJECTO

IDEIA/ CONCEITO

EQUIPA

DE TRABALHO

RECURSOS

MATERIAIS

PÚBLICO-ALVO

{

{

{

Embora seja prematuro pensar neles no início de um projecto, os recursos materiais ditam a

sua viabilidade.

É o princípio para o debate do projecto e início da sua exe-cução, Deve fazer parte das primeiras preocupações.

A ideia, seja boa ou má, tem sempre maior potencial de discussão do que um projecto acabado: pode evoluir!

(13)

Material necessário para a realização do projecto; Possibilidade de apoios ou parcerias;

Rentabilidade dos recursos.

Desenvolver uma lista com o

mate-rial indispensável;

Pedir orçamentos se no projecto estiverem incluídos serviços

profis-sionais exteriores.

Definir do número de membros da equipa;

Definir personalidades e capacida-des-tipo de cada membro;

Recrutar os colaboradores.

O ideal é constituir uma equipa de

3 ou 5 elementos, sendo o número

ímpar facilitador de decisões quan-do é necessário recorrer ao voto; Elaborar lista de requisitos.

Definir o conceito e os objectivos do projecto;

Discutir as ideias com alguém exte-rior ao projecto;

Esquematizar o Projecto.

Pesquisar projectos semelhantes e as suas consequências;

Criar lista de objectivos;

Listar os condicionantes e elemen-tos contra;

(14)

Avaliar o risco e os benefícios, definir os prós e contras da ideia. O segundo passo para a

criação de uma boa campanha é a avaliação das variáveis encontradas no primeiro ponto e a discussão, em equipa, ou com o auxílio de alguém exterior ao projecto.

Devem ser tidos em conta todas as hipóteses de sucesso, bem como as probabilidades de fracasso em relação ao objectivo.

Em primeiro lugar deve rever o material obtido no primeiro ponto (listas e esquemas) e eliminar as repetições que possam existir. Seguidamente é aconselhável parti-lhar a sua ideia de projecto com pes-soas exteriores ao projecto em quem confie ou veja que são possíveis colaboradores. A opinião de outras pessoas numa fase tão prematura de um projecto pode evitar erros e até resolver as fragilidades do projecto. Colocar a informação mais relevante num único esquema pode ser uma boa solução.

Pode optar por um mapa mental ou um diagrama explicativo. Nele devem estar contidos os elementos seleccionados como principais. Será aconselhada a alteração do esquema sempre que algum porme-nor se alterar, sendo este, a primeira referência visual e explicativa do projecto a cargo. Veremos como o fazer no próximo capítulo!

(15)

SIM!

SIM!

SIM!

SIM!

NÃO

NÃO

NÃO

TENHO UM

CONCEITO

JÁ FORMEI

UMA EQUIPA

DELINEEI UMA

ESTRATÉGIA

VOLTA AO

CAPÍTULO 1.

PASSA AO

CAPÍTULO 3.

(16)

Esquematizar ideias é fundamen-tal e ajuda a organizar o pensa-mento. No terceiro passo sugiro que esboce, com maior ou menor precisão, as suas ideias, eliminando algumas dúvidas e percebendo com maior exactidão quais as necessida-des para a execução do projecto. Esboçar ideias pode não ser fácil para quem não tem o hábito de se organizar desta forma.

Contudo, após uma ou duas experi-ências, começa a sentir as vantagens da exposição visual das suas ideias. Como qualquer outra forma de planear um projecto, a esquemática deve ser progressiva, começando a acrescentar pormenor e detalhes aos elementos essenciais.

Antes de esboçar as nossas ideias convém ter um conhecimento geral dos trabalhos já desenvolvidos den-tro do mesmo tema. A isto se pode chamar “estudo da concorrência”. Embora este estudo não tenha necessariamente que aferir resulta-dos comerciais, é importante a sua elaboração como perspectiva crítica e inspiração.

Geralmente, os profissionais criati-vos têm como base do seu trabalho a realização de um “brainstorming” ou tempestade de ideias, para o desen-volvimento mais consistente dos seus conceitos.

Trata-se de criar um mapa mental ou uma simples lista de todas as ideias em torno do tema de partida. Na última página deste capítulo encontram-se alguns símbolos que podem ser utilizados em esquemas. O objectivo é a simplificação da in-formação e a transmissão da mensa-gem de forma visual.

Os oito elementos básicos esco-lhidos podem ser usados em con-junto, com outros já existentes ou recriados, desde que façam sentido

3

sintáctica e morfologicamente, tal

como quando se constrói uma frase ou se escreve um texto.

A linguagem visual que é habitual-mente utilizada nos mais diversos meios é uma construção edificada ao longo dos tempos, consoante o desenvolvimento cultural e intelectu-al de cada indivíduo.

A sua adaptação é sempre necessá-ria para que seja compreendida da melhor forma.

Neste caso particular, a linguagem visual servirá mais o criador do que uma plateia ou um público definido. Todavia, nada como aplicar sempre a teoria, para que a prática seja tam-bém levada a cabo.

Na página seguinte (ponto 3.1) en-contram-se alguns princípios básicos da linguagem visual que serão úteis nas tarefas que desenvolver.

No ponto 3.2 encontramos alguns elementos gráficos com signifi-cado próprio. Pode utilizá-los nos esquemas como forma de reduzir a informação textual.

É importante promover uma comuni-cação coerente, aplicando o mesmo símbolo para cada significado. Se for necessário acrescente legen-das aos seus esquemas para que se tornem acessíveis a qualquer pessoa. Pode também adicionar símbolos existentes ou criados por si e inte-grá-los ao longo dos seus diagramas.

(17)

3

.1

A literacia visual é a compreensão

de qualquer mensagem visual, segundo a sua gramática e sinta-xe. Deve resultar da adaptação da mensagem ao auditório, garantindo o entendimento total da mensagem. Os elementos mais básicos da Lin-guagem Visual são a linha, o ponto, a sombra. Através deles se origi-nam as mais diversas formas. Estes elementos podem ser distri-buídos no espaço de acordo com o rítmo, a ordem, o movimento ou a sequência.

Para que a distribuição dos ele-mentos seja feita da melhor maneira, deve haver uma especial atenção ao equilíbrio da compo-sição. Consoante o peso visual de cada elemento, são organizados no suporte, de forma a manter coerên-cia e harmonia da composição.

O significado dos elementos visuais é da máxima importância. Pode revelar-se a partir da cor e da for-ma ou estar implícito, escondido no próprio conceito.

Conotação e denotação são con-ceitos associados à linguística que também se aplicam na linguagem visual. Denotação refere-se à per-cepção objectiva, directa do sig-nificado do elemento e conotação designa um leque de significados e interpretações, ou seja, a forma subjectiva como o elemento pode ser entendido.

Os significados são também influenciados pela composição em que estão inseridos. É comum haver uma associação com outro elemento parecido (semelhança), existir a proximidade ou a conti-nuidade da forma. Estes elementos irão ditar a maneira como as men-sagens são percepcionadas.

O contexto, ou seja, toda a envol-vência da mensagem, faz a dife-rença em relação à forma como entendemos o significado dos elementos. Como tal, todos os pe-quenos pormenores podem alterar a forma como percepcionamos a mensagem.

A função da comunicação deve ser preservada, garantindo a acessibi-lidade do público-alvo ao conteúdo. Este aspecto consegue-se adap-tando os elementos, bem como a dimensão, a cor, e a forma. Numa situação de comunicação, a função deve ser privilegiada em relação ao estilo, por exemplo.

Conceito é a palavra usada para definir a parte criativa de cada projecto. A ideia principal, quando desenvolvida, pode dar origem à formação de um conceito. É o con-ceito que deve garantir o carácter original do nosso projecto.

(18)

3

.2

Para a criação de um primeiro

elemento de comunicação visual é necessário transcrever simbolica-mente a mensagem. Para tal, deve haver um conhecimento básico das suas formas e significados.

O primeiro desafio é a criação de um esquema, com a informação obtida nos capítulos anteriores. Vejamos que elementos simbólicos podemos utilizar para facilitar a transcrição e promover a simplici-dade do discurso.

Ligação Permanente foi o nome que determinei para me referir ao primeiro elemento. A partir dele podemos unir dois elementos que possuem objectivamente uma ligação directa. Quando usado na vertical pode significar a derivação do segundo elemento, a partir do primeiro. Na horizontal ficam em plano de igualdade.

Indicação da Consequência: usa-mos a seta sempre que necessita-mos de indicar a consequência de algo, posicionando a ponta es-querda no elemento de origem e a direita no elemento de destino. Separador Alterável foi o nome escolhido para a representação da oval. Nela podem estar contidas ideias que se encontrem pouco ela-boradas, ou seja, que podem sofrer alterações ao longo do projecto. Este elemento pode assumir novos significados se lhe atribuirmos cores específicas como forma de agrupar as ideias.

O Diagrama de Venn é o mais matemático dos símbolos da página da direita. Foi criado pelo inglês John Venn para a utilização em estatística e probabilidade. Serve para referir duas ou mais ideias em comum com a ideia central.

O triângulo equilátero é a re-presentação da perfeição e pode ser usado para representar três características/elementos-chave do projecto.

Separador Permanente foi o nome escolhido para a representação do rectângulo. Nele podem estar contidas as ideias ou os elemen-tos de maior certeza no projecto. Aqueles que dificilmente sofrerão alterações.

A Chaveta serve para delimitar um grupo de elementos. É útil para agrupar todo o tipo de informação escrita.

A Ligação de Elementos é a base de qualquer esquema. Através dela são ordenadas as ideias e elimina-das as que se apresentam descone-xas. É por isso, um elemento funda-mental na linguagem esquemática. Pode ser feita a tracejado quando não é de carácter efectivo.

(19)

{

LIGAÇÃO DE

ELEMENTOS

CHAVETA

SEPARADOR

PERMANENTE

LIGAÇÃO

PERMANENTE

TRIÂNGULO

SEPARADOR

ALTERÁVEL

INDICAÇÃO DA

CONSEQUÊNCIA

DIAGRAMA

DE VENN

(20)

3

.2.

1

A linguagem visual, tal como outra forma de comunicação, deve seguir um rítmo próprio, e uma ordem contínua.

Imagens em sequência ou em movimento são também parte integrante de uma composição que está dependente de dois elementos: o conceito criado e o seu contexto. De significados vive a linguagem visual e é a partir da conotação que se criam mensagens subjectivas, ou seja, interpretadas de forma diferente consoante o receptor e as circunstâncias da transmissão. Quando a mensagem transmitida é directa e objectiva, diz-se que ocorre a denotação. O processo de transmissão de mensagens visuais está, por isso, dependente, não só da intenção do autor/emissor, como de uma série de factores determinantes, como o público-alvo

(idades, sexos, raças, etnias, religi-ões...), o contexto social, económico e cultural e todos os elementos particulares que podem influenciar a percepção e a decisão.

A criação de uma mensagem visual, seja transmitida a partir de um suporte impresso (físico), ou digital (virtual), deve estar assente sobre princípios de equilíbrio, harmonia e coerência. O equilíbrio pode estar directamente ligado à composição, à escolha de cores, de tipos de le-tra, imagens, bem como à junção de todos estes elementos. A harmonia consegue-se, por exemplo, quando existe mais do que um material gráfico criado para a promoção da mesma mensagem e a associação dos dois é imediata. A harmonia en-tre elementos “da mesma família” é essencial na realização de uma campanha. A coerência pode ser confundida com a harmonia mas refere-se a pormenores de estilo.

Estas três directrizes fazem parte dos trabalhos gráficos selecciona-dos para os anexos deste manual. Neles podemos identificar cada um destes elementos.

O emissor das mensagens visuais é comummente apelidado de criativo pela sua vertente de originalidade e desenvolvimento de ideias. O recep-tor que pode ser um grupo etário em particular, uma só pessoa, o público em geral, etc., é sempre re-ferido como público-alvo. A expres-são faz referência à componente de atracção da mensagem visual e ao facto de ser direccionada a um tipo específico de indivíduos.

No esquema da página ao lado está traduzido este texto como exem-plo de linguagem esquemática na exploração de conceitos. Este será um tema abordado ao longo do manual.

(21)

+

+

+

LINGUAGEM

VISUAL

MENSAGEM

VISUAL

CONOTAÇÃO

DENOTAÇÃO

1 SÓ SIGNIFICADO

DIVERSOS

SIGNIFICADOS

SUBJECTIVA

EQUILÍBRIO

EMISSOR

CRIATIVO

PÚBLICO-ALVO

HARMONIA

RECEPTOR

COERÊNCIA

OBJECTIVA

RÍTMO

ORDEM

MOVIMENTO

COMPOSIÇÃO

CONCEITO

CONTEXTO

SEQUÊNCIA

{

(22)

Existe um sem número de possibili-dades na criação de um diagrama e, como tal classificar cada um quanto à estrutura da informação exige conhecimento prévio.

É aconselhável seguir um modelo de diagrama adaptado a cada caso estruturando a informação da forma mais conveniente para a leitura e interpretação.

O uso regular de diagramas em áreas como a engenharia ou a arquitectura deve-se à capacidade de envolver um grande número de informação em pouco espaço, de forma organizada e concisa, com a vantagem de poder representar o fluxo ou o processo.

A criação de diagramas tornou-se essencial no desenvolvimento e pla-neamento de projectos, fossem eles mais ou menos complexos.

No plano das artes gráficas, bem como na comunicação social, os diagramas têm vindo a passar do processo para o trabalho final. É o caso da infografia que está hoje presente em qualquer material de informação.

O grafismo substitui com maior eficácia muita informação que necessitamos de adquirir no nosso quotidiano.

O código da estrada é um excelente exemplo de linguagem visual eficaz e coerente.

Também os manuais de instruções, tendencialmente ilustrativos, são um excelente exemplo do carácter informativo visual muito forte. Todos os esquemas e ilustrações são desenvolvidos para que a percep-ção do utilizador seja praticamente imediata.

Tal como vemos no quadro ao lado, os três tipos de diagrama são uma pequena amostra da expansão dos plano da linguagem visual.

PICTOGRAMA

FLUXOGRAMA

ORGANOGRAMA

O organograma pode ser muito útil

para o planeamento de projectos, assim como o fluxograma pode traduzir um processo para a obten-ção de um objectivo e o pictograma poderá acrescentar valor informativo a qualquer componente gráfica. A evolução dos pictogramas surgiu no início dos anos 60 do século XX com a criação do primeiro sistema de sinalização totalmente elabora-do a partir de pictogramas para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Mais tarde, esta tendência de comunica-ção foi passando para várias áreas da informação.

A esquemática, como linguagem vi-sual, tem-se desenvolvido um pouco por todas as áreas de conhecimento. O principal objectivo não é repre-sentar realisticamente a realidade, mas sim, representar o que está para além da aparência de cada conceito. Pode ser, como referi anteriormente, a representação de um processo, de um conceito com um ou vários significados, pode descrever uma organização, explorar ao máximo uma componente, etc.

De facto são incontáveis as mais va-lias de uma boa representação visual de informação.

Sem o tratamento gráfico, através de grelhas, por exemplo, a informação seria um amontoado de palavras e ideias desorganizadas.

É frequente encontrarmos elemen-tos de comunicação visual com os quais não nos sentimos minimamen-te atraídos.

Este facto acontece, naturalmente devido a um conjunto de factores que ditam a nossa escolha e sentido de atracção. São em primeira instân-cia os factores culturais, a idade, a formação e o sexo.

Também os factores éticos e morais inerentes a cada personalidade, as preferências políticas e a filosofia de

vida de cada um têm um importante papel na percepção e leitura de um elemento gráfico.

É esta a grande razão para que a mensagem a passar seja o mais di-reccionada possível e o artefacto seja sempre elaborado tendo em conta o tipo de indivíduos que lhe devem prestar atenção.

(23)

Tem como finalidade representar uma a organização sobre a forma estrutural da informação;

Pode ser construído horizontal ou verticalmente.

Os organogramas representam as unidades funcionais e as relações de comunicação existentes entre os elementos, dispostos em níveis de representação hierárquica.

Contem elementos que expressem condição e causalidade. É frequente o seu uso em informática pela fácil representação de iterações (repeti-ção dos processos anteriores).

São representações de dados através de figuras ou objectos estilizados. Gráficos que substi-tuem conceitos. Por exemplo, os símbolos nos bancos prioritários dos autocarros, o famoso envelope como sinónimo de correio...

A informação deve estar disposta de forma radial, horizontal ou verti-cal. A sua construção é semelhante à de um mapa conceptual, sendo necessária a ligação verbal dos conceitos.

Num diagrama de fluxo é normal a existência de elementos intermé-dios como “sim” e “não” para traçar as várias possibilidades expressas no processo.

Embora aparentem ser universais e auto-explicativos, os pictogramas têm limitações culturais e devem estar adaptados ao local onde se implementam e à cultura de quem os vai decifrar.

Destina-se a representar um pro-cesso esquematicamente.

A sua construção baseia-se no fluxo de informação e na sequência ope-racional de um processo.

Auxilia na representação de uma funcionalidade, descrevendo a fun-ção de um elemento;

Utiliza-se quando se pretende transmitir de forma quase intuitiva um significado.

(24)

Criar é habitualmente o primeiro impulso. Mas, nada como passar

pelas etapas anteriores para se conseguir retirar o maior proveito da ideia que se está a desenvolver. Criar ou recriar exige alguma origi-nalidade, o que pode proporcionar maior sucesso e aceitação.

É, por isso, fundamental ter o plane-amento antes de avançar para a con-cretização de o que quer que seja. Criar um elemento de comunicação visual, tal como proponho neste guia prático, requer maior dedicação para quem não tem já o hábito de se expressar visualmente.

Contudo, com pequenas dicas e uma total adaptação da ideia ao público a que se destina, qualquer indivíduo, independentemente da sua forma-ção, é capaz de realizar um artefacto comunicativo.

A criação é talvez a fase que confere uma maior liberdade ao executante. As possibilidades de elaboração são tão vastas que o mais importante é a escolha de uma linguagem com a qual o comunicador se sinta mais familiarizado, garantindo o interesse dos potenciais destinatários.

A falta de recursos monetários que as organizações sem fins lucrativos têm que enfrentar leva frequente-mente à necessidade de comunica-ção institucional de parcos recursos, feita por profissionais da instituição sem conhecimentos ou formação específica para tal.

Pode levar o público-alvo a desco-nhecer as mensagens passadas e a não tomar aos materiais criados. Esta circunstância determina repeti-das vezes o insucesso de campanhas de apelo fundamentais para a conti-nuação das actividades associativas. Numa altura em que os problemas sociais se efectivam em torno da fal-ta de verbas e recursos monetários,

4

é importante prestar auxílio a todos

os organismos que se esforçam para erradicar problemas comuns a uma extensa franja da população, capaci-tando-os para a realização das suas tarefas quotidianas nas associações. Uma vez que muitas organizações não têm condições para remunerar um designer para a realização dos seus trabalhos, este tipo de orga-nismos sem vertente lucrativa deve ter a possibilidade de exercer, ainda que de forma primária, o direito à expressão visual.

Passa sobretudo pelo conhecimento das técnicas de expressão visual, tornando a mensagem mais apelativa e direccionada.

Como tal, neste manual serão dadas algumas indicações práticas para a criação de artefactos simples, recor-rendo ou não às tecnologias para a sua realização.

O estilo gráfico fica a cargo de cada executante, cujo desempenho poderá mostrar os valores da sua entidade institucional, comunicando através de mensagens metafóricas, objectivas ou de cariz conceptual. As teorias básicas da linguagem vi-sual serão também exploradas mais à frente neste guia prático.

(25)

TESTAR

Testar é a única forma de prever um resultado. O quinto passo do

processo criativo que sugiro neste manual é o teste.

A fase de testes pode ser da maior importância quando investimos tem-po e trabalho numa simples ideia. Ao fim de quatro etapas de desenvol-vimento, convém ter um feedback do trabalho e testá-lo com as pessoas mais próximas exteriores ao projecto e à organização em particular. Deve escolher um leque de pessoas que estejam de acordo com o perfil pretendido para o público-alvo (caso este seja delineado).

Se a sua audiência-tipo forem todos os cidadãos de um determinado gru-po social ou etário, as suas cobaias devem apresentar exactamente as mesmas características.

Delas deve tentar obter resposta a perguntas previamente pensadas que indiquem qual o nível de percep-ção da mensagem, o que lhe suscita aquele material comunicativo, quais as alterações que lhe fazia, etc. Com as respostas na algibeira e algum tempo extra para o cruza-mento dos dados, pode recorrer ao aperfeiçoamento, aceitando as dicas e fazendo as devidas alterações. Todo este processo deverá ocorrer de seguida para que a motivação não seja abalada.

Se o projecto não apresentar críticas, avance para a publicação!

(26)

Depois da distribuição ou publi-cação do projecto, há que aferir os resultados. A sexta e última

etapa do processo criativo apresenta-do neste guia destina-se à avaliação dos resultados.

Mais do que um projecto executado, neste manual é de maior interesse a evolução das capacidades do execu-tante.

A prática e o desenvolvimento de competências na área da linguagem visual são a prioridade deste guia prático que só terá cumprido o seu objectivo quando os destinatários conseguirem recorrer às ferramen-tas de pensamento visual para a supressão dos seus obstáculos. Ultrapassada a publicação e distri-buição do projecto desenvolvido, é aconselhável a preparar um balanço onde se percebam as mais valias do projecto, os pontos fracos, etc. Acrescente também ao balanço do projecto críticas e opiniões de desti-natários e registe tudo o que achar relevante para que na campanha seguinte não se repitam as críticas. Uma reflexão após o término de um projecto é sempre uma mais valia para o projecto seguinte. Pode parecer exagerado mas todos os projectos se começam a planificar no final do anterior.

(27)

CUMPRI O MEU OBJECTIVO?

SIM!

SIM!

SIM!

SIM!

NÃO!

NÃO

NÃO

FOI ACEITE PELO

PÚBLICO-ALVO

TEVE O RETORNO

ESPERADO?

SUPEROU AS

ESPECTATIVAS

VOLTA AO

CAPÍTULO 1.

VALEU A PENA!

(28)

PONTOS

POSITIVOS

AVALIAÇÃO

PÚBLICO-ALVO

PONTOS

NEGATIVOS

PONTOS

NEGATIVOS

APROVAÇÃO

PONTOS

POSITIVOS

AVALIAÇÃO

PESSOAL

AVALIAÇÃO

INTERNA

{

{

{

(29)

Fácil percepção dos elementos gráficos;

Efeito visual apelativo; primeira impressão positiva.

Difícil percepção dos elementos gráficos;

Efeito visual pouco apelativo; pri-meira impressão negativa.

Composição coerente e equilibrada;

Legibilidade e fácil percepção dos conteúdos;

Correcta utilização da linguagem visual.

Composição desequilibrada; Falta de legibilidade e percepção dos conteúdos;

Dificuldade na utilização da lingua-gem visual.

Composição adequada aos valores da entidade;

Aceitação da forma de exposição do conteúdo.

Vontade de participar/ ajudar; Vontade de criar projecto seme-lhante;

Interesse no assunto tratado.

Indiferença à campanha; Desinteresse; Esquecimento da mensagem. Adesão à campanha; Cumprimento do objectivo; Expectativas alcançadas.

Pouca adesão à campanha; Incumprimento dos objectivos.

Reconhecimento positivo da cam-panha;

Mais valia para a entidade. Compreensão da mensagem;

Conteúdo adaptado ao público mais específico.

Incompreensão da mensagem; Conteúdo não adaptado ao público específico.

Mensagem adequada ao público--alvo;

Vocabulário apropriado; Tema tratado de forma apelativa.

Mensagem inadequada; Vocabulário inapropriado; Tema abordado de forma enfadonha.

Aceitação positiva da mensagem;

Aprovação do tema e da forma como é exposto.

(30)

O que fazer com as ideias brilhantes? Será capaz de as levar a bom porto! Aprenda a dar forma às suas ideias com as dicas que lhe são propostas neste capítulo. Seja criativo e torne públicos os seus projectos.

(31)

DICAS PARA SUPORTES DE COMUNICAÇÃO

E AGORA, O QUE

(32)

Captar imagens de cariz publici-tário exige algumas noções rela-cionadas com o enquadramento, a perspectiva e a luz.

A imagem fotográfica é um recurso de comunicação quando expressa o conceito previamente elaborado. O conceito deve ser sempre o primei-ro elemento a planear.

Numa campanha profissional, o trabalho de captar imagens é executado por fotógrafos especia-lizados em cada área. Contudo, é possível sintetizar alguns conceitos práticos relacionados com a prática da fotografia.

A palavra fotografia (grafia da luz) transmite precisamente a impor-tância da luz nesta área de actua-ção. A luz é controlada ao milímetro quando os trabalhos são execu-tados em estúdio e minimamente controlada quando se trata de tra-balhos ao “ar livre” ou em

ambien-DICAS PARA SUPORTES DE COMUNICAÇÃO

IMAGEM

tes onde não é possível controlar as oscilações de luminosidade. Quan-do tal acontece, o fotógrafo utiliza a edição de imagem em programas profissionais para corrigir detalhes de luz e sombra.

A perspectiva, bem como o enqua-dramento, são outros elementos que transformam uma ideia boa numa fotografia fantástica.

Existem igualmente regras de com-posição que, tal como em ilustra-ções ou projectos de representação gráfica, são utilizadas para captar a atenção do público-alvo e gerar ideias em torno do conceito abor-dado.

Tanto a perspectiva quanto o en-quadramento e a distância focal devem estar em consonância com o tipo de trabalho. A combinação destes factores é fulcral.

Se o intuito for retratar algo po-sitivo, a imagem poderá ter mais

luz, conter cor, ser captada numa perspectiva frontal, etc.

Se a imagem for captada num ângulo contrapicado, estará a dar destaque aos elementos que nela aparecerem, expressando superio-ridade, por exemplo.

Caso opte por um ângulo picado, os elementos focados na imagem assumirão uma relativa importân-cia face ao observador.

Quando nos deparamos com fotografias de grande tamanho, extremamente bem focadas temos a ideia de que o realismo está im-plícito no conceito.

Quando nos deparamos com fo-tografias em que só um elemento está focado, por exemplo, somos transportados para uma dimensão mais subjectiva e idealista do con-ceito. A fotografia de detalhes é um bom exemplo disso.

(33)

REGRA DOS TERÇOS

ÂNGULOS

LUZ E SOMBRA

ILUMINAÇÃO A TRÊS PONTOS A Iluminação com três pontos é sempre a opção mais profissio-nal, quando se pretende a homo-geneidade de luz numa situação

de estúdio.

x

x

x

x

Os pontos mais importantes da sua fotografia devem situar-se em al-guma das 4 intersecções represen-tadas por “x”. A esta regra clássica também há quem chame de “Regra de Ouro”.

A Ângulo Picado

B Ângulo Médio ou Frontal C Ângulo Contrapicado

B

C

A

1

2

3

A Back Light, luz de fundo (1) deve iluminar a área imediatamente atrás da pessoa ou objecto retra-tado.

A Key Light (2) é indispensável, luz chave, que se deve posicionar na linha média entre o rosto e o tronco do modelo. Quando se trata de um objecto, ela estará a iluminar o ponto de focagem, ou seja, a área mais relevante do mesmo.

A Fill Light ou luz de preenchimen-to (3), com o número três, deve fa-zer com que as anteriores pareçam leves e unidas.

(34)

Para a criação de um cartaz é ne-cessário ter em conta alguns facto-res. A efemeridade deste suporte e as suas características específicas são essenciais.

O cartaz é um suporte de comuni-cação de formato variável, normal-mente difundido para a divulgação de eventos ou acontecimentos no espaço público.

Uma vez que se trata de um ele-mento de comunicação para o espaço público, aplicável em prati-camente todos os locais públicos, o cartaz deve marcar a diferença em relação ao que figura no local onde é aplicado.

Este contraste trará uma maior percentagem de visualizações. Por ser um suporte de fácil produ-ção e distribuiprodu-ção, é muitas vezes utilizado na promoção de qualquer tipo de situação.

A par do flyer, é o suporte mais comum na comunicação gráfica.

O cartaz deve conter a informação essencial para que a sua função não se perca. Deve ser o mais sucinto possível e hierarquizar a informação segundo a sua impor-tância. Pode traduzir-se na diferen-ciação gráfica da informação textu-al, quer pela diferença do tamanho, quer pela cor, etc.

Outro factor a ter em conta é a dimensão. Naturalmente chamará mais a atenção algo que saia dos padrões com um tamanho inferior ou superior ao que é habitual. Contudo, por razões logísticas e financeiras (afixação e produção), o mais aconselhável é escolher um tamanho standard que, além de mais barato na produção em gráfica, será de tamanho ajustável a qualquer local para a afixação. Todavia o tamanho devia ser ajustado ao local, sendo ideal um cartaz de dimensões superiores em locais onde a sua visualização se

faça à distância e um de dimensões inferiores para locais fechados, por exemplo. Um tamanho médio como o A3 pode ser uma boa opção para cumprir as duas funções. Terá, contudo, que testar a sua aplicação e alterar o tamanho, se necessário. A cor é um elemento fundamental na criação de um cartaz. A par da dimensão, a cor deve contrastar com aquela que predomina no local onde é aplicado. Se a aplicação for predominantemente citadina, onde os tons mais habituais são os de materiais de construção e mobi-liário urbano, deve ser aplicada uma tonalidade que sobressaia. A combinação entre cores deve ser trabalhada para que não seja interpretada como negativa ou associada ideologias culturais e po-líticas. Quando o objectivo é chegar a todos, devem ser evitadas cores que possam causar repugnância ou confusão.

DICAS PARA SUPORTES DE COMUNICAÇÃO

FAZER

(35)

PONTOS DE INTERESSE

EIXOS DE LEITURA

Os pontos de foco de uma imagem estão intimamente ligados à teoria da percepção.

A área ligeiramente acima do meio de qualquer cartaz é a primeira a ser percepcionada.

A busca pela simetria é uma das razões que nos faz olhar para o centro em primeiro lugar.

O segundo ponto é o canto superior esquerdo. O facto de a leitura oci-dental ser feita de cima para baixo, da esquerda para a direita, como factor explicativo destes pontos de percepção.

1

4

5

2

3

Os eixos de leitura são muito im-portantes na visualização de um cartaz. Eles determinam a nossa linha do olhar; guiam-nos na infor-mação.

Tal como os pontos de interesse destacados no esquema anterior, os eixos de leitura traduzem a leitura de um cartaz, quer tenha um carácter simétrico ou assimétri-co, quer seja predominantemente vertical ou diagonal.

Deve assumir-se um eixo principal, que guie o leitor na percepção da informação.

(36)

HIERARQUIA A hierarquia da informação deve

constar das preocupações de quem cria um cartaz.

Os conteúdos devem ser dispostos de forma a se perceber a importân-cia de cada um.

Os tamanhos de letra devem variar e em conjunto devem ser notórias essas variações.

No exemplo do lado esquerdo, realizado com linhas descontínuas, consegue ver-se a mancha criada pela distribuição dos elementos: no topo, o título, em seguida uma frase de mote, um texto síntese e informações acessórias e por fim, entidades.

qualquer suporte.

Habitualmente, em cartazes de pequenas dimensões, meio centí-metro é suficiente.

As margens podem ser regulares (medidas iguais) são preferíveis em qualquer formato.

Podem ser interpretadas pelo executante como parte do cartaz, funcionando como elemento gráfico ou ser assumido o aspecto de “margem branca” (da cor do papel utilizado).

(37)

O flyer é um dos formatos favoritos para a divulgação de actividades ou eventos de lazer, culturais, despor-tivos, etc.

Habitualmente a sua distribuição é feita em locais públicos, onde coexistem todo o tipo de pesso-as. O público em geral é o foco de campanhas realizadas apenas com recurso a flyers.

A forma mais comum de um flyer ou panfleto é uma impressão frente ou frente e verso, de tamanho inferior a um A4, normalmente em papel de gramagem inferior. O que persiste é a informação nele contida, mediante a sua capacida-de capacida-de atracção e interesse para o público.

A informação contida num flyer deve resumir-se ao essencial: título (referência à mensagem — nome do evento, por exemplo), local, data

e hora do acontecimento e, se ne-cessário, um pequeno texto síntese. Não deve ser esquecida a identifi-cação da entidade com o logótipo como elemento de credibilidade. No caso de existirem apoios de outros órgãos, é necessário assi-nalá-los também no flyer com os respectivos logotipos ou símbolos institucionais.

Num flyer, a presença de uma imagem como elemento gráfico é muito comum. No entanto, deve ser ponderada.

A presença da imagem como ele-mento atractivo pode ser uma boa opção. Nesse caso, a informação deve ser exposta de forma simples e minimalista. Deve existir um claro destaque para a imagem como elemento comunicativo.

Se a imagem for utilizada com intenção estética e compositiva, a

informação deverá ser o elemento de percepção prioritária.

Quando a intenção expressa na criação de um flyer é a passagem de uma informação, a componente persuasiva deve ser mais acentu-ada.

Mais do que um convite para a participação numa actividade ou evento, informar é passar uma mensagem; conseguir com que o receptor da informação perceba e interiorize o seu conteúdo.

A distribuição deve ser feita à esca-la da sua mensagem. Se se tratar de um evento, ele deve ser entre-gue no local onde ele se realizará e nas suas imediações. Se se tratar de uma mensagem para interio-rização e mudança de atitude, ela deverá ser distribuída numa área de acção definida no projecto.

DICAS PARA SUPORTES DE COMUNICAÇÃO

COMO FAZER UM

(38)

Desdobrável ou brochura são os nomes dados a elementos de co-municação com várias faces, ideais para a transmissão de mensagens mais extensas.

Um desdobrável pode ser criado a partir de vários formatos, como o A4, por exemplo.

Na criação de um suporte como este há que ter em conta a organi-zação da informação: saber dividir a informação por grupos, respeitando a estrutura da informação.

A leitura de um desdobrável é mais atenta e demorada que a de um simples flyer ou cartaz.

Como tal, o pormenor é essen-cial e dita o interesse ou não de cada leitor. A formatação do texto informativo passa a ter uma grande importância e a ser decisiva na compreensão e legibilidade da mensagem.

DICAS PARA SUPORTES DE COMUNICAÇÃO

FAZER

O desdobrável deve ser adaptado ao tipo de informação e de leitor. Na frente devem constar as informa-ções em síntese, como se se tratas-se de um cartaz ou flyer e no verso deverão constar os logótipos, quer da entidade principal/organizadora, quer das entidades parceiras ou patrocinadoras.

Existem vários modelos passíveis de ser desenvolvidos a partir de um formato predefinido como o A4 ou o A5.

O díptico é o mais primário dos desdobráveis. É ideal para quando a informação é extensa para ser transmitida num flyer mas dema-siado reduzida para ser transmitida num tríptico ou num harmónio. A dobra em “u” e em “z” são uma excelente opção quando há mais do que 4 temas a apresentar. Organi-zada por grupos ou temas, a infor-mação deve ser distribuída pelas

páginas interiores do desdobrável. Por fim, os harmónios, com quatro ou seis laudas (espaços interiores) constituem uma óptima opção para quando existe um número suficien-te de suficien-temas a abordar ou informa-ção gráfica (imagens) a distribuir. Existem outros tipos de desdobrá-veis que também funcionam em tamanhos standard. Há que expe-rimentar qual o tipo que melhor se adequa a cada caso.

Os livretes podem também ser uma boa ideia na propagação de uma mensagem mais extensa. De qualquer forma, um desdobrável torna-se mais económico.

Caso opte por desenvolver um for-mato original, lembre-se de hierar-quizar e estruturar o seu elemento de comunicação.

(39)

DÍPTICO - 4 FACES

DOBRA EM “U” E “Z” - 6 FACES

(40)

A0

A2

A3

A4

118,9 x 84,1 cm 4493 x 3178 px

A5

A6

A1

84,1 x 59,4 cm 3178 x 2245 px 59,4 x 42,0 cm 2245 x 1587 px A3 42,0 x 29,7 cm 1587 x 1122 px A4 29,7 x 21,0 cm 1122 x 793 px A5 21,0 x 14,8 cm 793 x 559 px A6 14,8 x 10,5 cm 559 x 396 px

(41)

A formatação de texto em suportes de comunicação é fundamental. Habitualmente, quem trabalha com programas básicos de edição não tem preocupações estéticas ou de percepção. O que se torna mais co-mum são pequenos ajustes, como o tamanho, tipo de letra e espaça-mento.

Alterações como o alinhamento e a justificação são também comuns de uma utilização despreocupada das ferramentas de formatação. Um correcto uso destas ferramen-tas faz com que o elemento de co-municação se torne mais atractivo e de fácil leitura.

Consoante o tipo e formato do suporte, a formatação de cada texto deve ser adaptada.

Um texto de leitura não deve ser formatado da mesma forma que um título ou uma legenda. Num texto

DICAS PARA SUPORTES DE COMUNICAÇÃO

FORMATAR

de leitura deve prevalecer a legibili-dade em mancha de texto, ou seja, a percepção geral e particular de cada parte do texto. Se for compos-to por vários parágrafos, um bloco de texto deve permitir que o leitor identifique o número de parágrafos sem que lhe pareçam vários blocos de texto desconexos.

Quando o texto é exposto em colu-nas, deve haver a mesma preocu-pação de percepção dos parágrafos, bem como a largura certa das colunas; devem ter uma largura média que permita ler sem muitas quebras ou mudanças de linha. Uma média de seis a sete palavras por linha é o ideal na leitura em coluna.

Além destas preocupações há que escolher um tipo de letra que contenha todos os caracteres que iremos utilizar. Alguns tipos de letra estrangeiros não possuem “Ç” ou

outros caracteres típicos da escrita em língua portuguesa. Como tal, há que verificá-los previamente. O espaço entre cada linha de texto está intrinsecamente ligado ao tamanho de letra. Teoricamente, a proporção ideal é de dois valores. Ou seja, o espaço entrelinha deve ter um valor de dois pontos a mais que o tamanho da letra.

Se o caracter tiver 10 pontos de tamanho, o espaço entrelinha será de 12 pontos. O acrescento de dois pontos mantém-se nos tipos de letra regulares. Quando o tamanho da letra é superior a 20 pontos, o espaço entrelinha pode ir até 3 pontos, dependendo do desenho da letra e da sua potencial legibilidade. Nas páginas seguintes encontra-remos exemplos de um bom e mau uso dos tipos de letra e das suas formatações.

(42)

Light, Medium, Bold ou Itálic. Uma fonte é composta por letras, algarismos, sinais de pontuação e restantes símbolos, de caixa alta (maiúsculas) ou baixa (minúsculas).

A B C D E F G H I J K L M

N O P Q R S T U V X W Y Z

Ç a b c d e f g h i j k l m n

o p q r s t u v x w y z ç

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 # * . , ;

… ! ? = + - — “ ‘ & $ % ~^

DIN LIGHT

IDEAL PARA LEGENDAS OU PEQUENAS REFERÊNCIAS

A B C D E F G H I J K L M

N O P Q R S T U V X W Y Z

Ç a b c d e f g h i j k l m n

o p q r s t u v x w y z ç

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 # * . , ;

… ! ? = + - — “ ‘ & $ % ~^

DIN BOLD

PARA DESTAQUES, TÍTULOS

A B C D E F G H I J K L M

N O P Q R S T U V X W Y Z

Ç a b c d e f g h i j k l m n

o p q r s t u v x w y z ç

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 # * . , ;

… ! ? = + - — “ ‘ & $ % ~^

(43)

TAMANHO E ESPAÇAMENTO CORRECTO

TAM.11Pontos ESP.13Pontos Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Nam pharetra matti, sit amet adipis-cing metus hendrerit vel. Duis justo augue, cursus et feugiat id, convallis ac diam. Maecenas tin-cidunt pharetra erat at pulvinar. Donec fringilla faucibus urna, id porta nibh placerat eget.

INCORRECTO

TAM.11Pontos ESP.16Pontos Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Nam pharetra mattis, sit amet adipis-cing metus hendrerit vel. Duis justo augue, cursus et feugiat id, convallis ac diam. Maecenas tin-cidunt pharetra erat at pulvinar. Donec fringilla faucibus urna, id porta nibh placerat eget.

(44)

INCORRECTO JUSTIFICADO

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INCORRECTO CENTRO

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Embora a forma seja menos regu-lar do que no justificado, a facili-dade na leitura consegue-se pela regularidade do espaçamento e ausência dos rios formados no texto justificado.

O alinhamento ao centro dificulta a leitura e é completamente desacon-selhado em texto.

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(45)

LARGURA DAS COLUNAS

DESTAQUES NO TEXTO

CORRECTO

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INCORRECTO

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+/- 6 Palavras

+/- 4 Palavras

CORRECTO

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INCORRECTO

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INCORRECTO

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Há que usar apenas uma forma de destaque que cumpra o seu efeito sem menosprezar a percepção do restante conteúdo.

O bold/negrito consegue esse efeito sem que a informação fique ab-sorvida por uma só referência. Os sublinhados e a utilização de letras maiúsculas provoca no texto uma quebra de leitura e estilo.

(46)

A cor é, por si só um elemento grá-fico de comunicação visual.

A escolha de cores para a utilização em suportes de comunicação deve ser realizada conscientemente, percebendo o significado de cada cor e os conceitos que culturalmen-te lhe são associados.

Decidir quais as cores e tonalidades a utilizar pode ser uma difícil tarefa quando não existem conhecimentos de linguagem visual por parte do executante. No entanto há algumas regras básicas a reter para que os elementos de comunicação criados cumpram os objectivos inicialmente previstos.

Na elaboração de pequenos ele-mentos como flyers ou cartazes deve ter-se em atenção o sítio onde serão distribuídos e afixados. Por norma, a cor deve contrastar com as tonalidades do local,

tornan-DICAS PARA SUPORTES DE COMUNICAÇÃO

COMO UTILIZAR

do assim mais perceptível entre possíveis cartazes ou flyers “con-correntes”.

Outra preocupação será não exage-rar no uso da cor. Pode pensar-se que a utilização de muitas cores será motivo de uma maior atrac-ção pelo público em geral. Todavia, quando são usadas em excesso podem prejudicar todos os elemen-tos da linguagem visual.

É preferível escolher uma ou duas cores que se adeqúem ao conceito e, se necessário, recorrer à sua subdivisão em tonalidades para al-terar o carisma do elemento criado. Em regra, sobre fundos de cor, padrões ou imagens os textos perdem legibilidade. Há, por isso, que alterar a cor e o tipo de letra a utilizar. Os tipos de letra mais com um traçado mais forte são os mais aconselhados. Pode também

recorrer-se ao “bold” para títulos ou subtítulos que se sobreponham a fundos mais irregulares. Há tipos de letra que se tornam mais legí-veis a branco sobre fundos colori-dos e outros não são tão legíveis, mesmo em contraste, pela sua maior complexidade e traço fino. Os gradientes conseguidos em programas básicos de edição de imagem podem ser um perigo quando indevidamente utilizados. O efeito criado por um gradiente de dois tons próximos da mesma cor não produz um efeito negativo. Contudo, a utilização em cores ou tonalidades muito diferentes pode não surtir o melhor efeito visual. Nas páginas seguintes teremos exemplos da utilização correcta e incorrecta da cor em composições gráficas. Serão exemplificados os erros mais frequentes.

(47)

TEORIA DA COR

Primárias

Amarelo, Ciano e Magenta

Análogas

Cores próximas (exs.)

Temperatura da Cor

Cores quentes e frias (exs.)

Secundárias

Verde, Roxo e Laranja

Complementares

Cores opostas (exs.)

Tons Neutros

Preto e Branco

ciano + amarelo

mistura de todas as cores

ciano + magenta

ausência de cor

preto + branco

magenta + amarelo

(48)

O Distante

in A psicologia das cores

A Proximidade

in A psicologia das cores

A Paixão

in A psicologia das cores

A Passividade

in A psicologia das cores

O Atraente

in A psicologia das cores

A Confiança

(49)

A Extroversão

in A psicologia das cores

A Inteligência

in A psicologia das cores

O azul vem associado às virtudes intelectuais e às questões relacio-nadas com a razão, como a inteli-gência e a ciência.

A alteração da percentagem de cada cor nas combinações pode também modificar o seu conceito (significado).

As combinações da esquerda são as mais relacionadas a conceitos segundo a autora de A Psicologia das Cores, Eva Heller.

As combinações de cores onde a cor vermelha é predominante ape-lam mais a emoções como a paixão, a atracção, a força, a proximidade, a alegria, etc.

(50)

Fundo + Texto

Base Amarela

Fundo + Texto

Base Magenta

Fundo + Texto

Base Laranja

Fundo + Texto

Base Branca

Fundo + Texto

Base Ciano

Fundo + Texto

Base Preta

Preto

Branco

Preto

Amarelo

Preto

Amarelo

Preto

Amarelo

Branco

Amarelo

Preto

Branco

(51)

COR E LEGIBILIDADE

Fundo + Texto

Base Amarela

Fundo + Texto

Base Magenta

Fundo + Texto

Base Laranja

Fundo + Texto

Base Branca

Fundo + Texto

Base Ciano

Fundo + Texto

Base Verde

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(52)

DICAS PARA EXECUÇÃO EM MEIO DIGITAL

EXECUTAR O

Os projectos de design desenvolvi-dos por profissionais tendem a ser feitos com recurso a tecnologias pagas e de enorme complexidade. Neste guia não é referido qualquer impedimento para a realização manual dos elementos de comuni-cação. Aproveitando o facto de ser já habitual a utilização regular das tecnologias pela maior parte dos indivíduos, coloco algumas dicas úteis sobre a escolha e utilização básica de softwares gratuitos. Uma das vantagens da internet enquanto “meio de transporte” de mensagens é a sua crescente utili-zação para a elaboração de diver-sas tarefas, por meio de aplicações online.

Convém, antes de mais, lembrar que os softwares de uso gratuito são semelhantes em função aos

que habitualmente são usados por profissionais. Como tal, caso não se sinta capaz de executar tarefas em meios digitais, deverá optar por realizar manualmente os elemen-tos de comunicação e digitalizá-los posteriormente para a impressão. Embora o software seja uma mais valia inegável, não define a qua-lidade ao trabalho se não existir alguma técnica e um conceito devi-damente explorado.

Há quem tenha ainda receio em iniciar trabalhos em programas que não domina. Contudo, na área das tecnologias da comunicação é necessário praticar e explorar as ferramentas para que o produto final seja agradável e supere as expectativas iniciais.

O campo da edição de imagem vai muito para além de “retocar

foto-grafias” e pode ser muito útil ter alguns conhecimentos nesta área que tem dominado o nosso quoti-diano das mais variadas formas. A imagem fotográfica que costuma fazer parte de campanhas de comu-nicação deve ser sempre aperfei-çoada antes da utilização. Convém ter a certeza de que não interfere negativamente com o texto que for colocado e que as cores da imagem se adaptam ao estilo pensado para o projecto. Os ajustes serão possí-veis recorrendo a softwares como os que irei apresentar.

Outra das mais valias de um sof-tware é podermos garantir que a qualidade do projecto não se perde na impressão. Os elementos são elaborados com a resolução indi-cada para imprimir em qualquer gráfica ou casa de impressões.

(53)

SOFTWARES DE EDIÇÃO

Imagens e Produção Gráfica

http://pixlr.com

Produção de Texto

http://www.openoffice.or

Disponível em Português; Ideal para editar fotografias ou imagens digitalizadas;

Utilização online, sem instalação ou registo necessários;

Várias formas de utilização do sof-tware, do básico ao avançado; Facilidade de navegação nos me-nus de ferramentas;

Grande diversidade de efeitos visu-ais disponíveis;

Possibilidade de gravar em várias extensões de ficheiros.

Disponível para várias plataformas (Windows, Mac, ...);

Ideal para editar texto;

Utilização sem necessidade de liga-ção à internet, após a instalaliga-ção; Capaz de definir e alterar aspectos como o tamanho das páginas, da margem, cores de fundo e texto, etc;

Possibilidade de inserir imagens, formas e desenhar elementos básicos;

Possibilidade de gravar em .pdf para impressão.

Versão em Inglês;

Ideal para editar fotografias ou imagens digitalizadas;

Utilização online e possibilidade de usufruir gratuitamente do software; Menu semelhante a programas profissionais de edição;

Gravação do trabalho gráfico em duas extensões compatíveis com outras plataformas.

Produção e Edição

http://www.sumopaint.com

(54)

Utilização básica

Pixlr Express

Seleccione uma imagem para editar existente no computador.

Escolher a paleta “effect”.

Atribuir um nome e seleccionar a qualidade máxima. Clicar nova-mente em “save” e escolher o local onde guardar a imagem.

Seleccionar o efeito pretendido, ajustar o nível de intensidade (“amount”) e clicar em “apply” se o quiser validar. Caso contrário, clicar em “cancel”. Quando for consegui-do o resultaconsegui-do pretendiconsegui-do, clicar em “save” no canto superior esquerdo.

1

2

3

(55)

Ferramentas

Pixlr Editor

Ferramenta para redimensionar e cortar a imagem.

Seleccionar uma forma ou área de cor para alterar ou atribuir um efeito específico.

Borracha para apagar qualquer pormenor.

Pincel (ou lápis, do lado esquer-do) para utilizar com qualquer cor disponível na palete.

Abrir um novo fundo branco. Abrir uma imagem já existente no computador.

Palete de cores. Basta um duplo clique para ter disponível um “mapa de cores” a seleccionar. Ferramenta para copiar a cor de algum elemento da imagem para a palete de cores.

Ferramenta para inserir texto. O tamanho da letra está limitado a 130 pontos.

Ferramenta que copia partes da imagem. Basta clicar sobre a área a copiar em Ctrl (para PC)

e Cmd (Para Mac) e replicar noutra área do plano.

1

(56)

Ferramentas

Pixlr Editor

RGB (Red Green Blue) é um sis-tema de representação cromática utilizado em dispositivos digitais. É vulgarmente denominado como sistema de cores-luz. A sua re-presentação consegue-se por um código de cores variável entre 0 e 255. Se todas as cores estiverem no seu valor mais alto (255), consegue--se o branco, a tonalidade-luz.

As aplicações apresentadas para utilização online, apenas possuem este e o sistema de cores para Web. Contudo, quando se trata de um trabalho para impressão, este não é o sistema mais adequado. O CMYK, disponível em programas profissio-nais, é o sistema que reproduz mais fielmente as cores conseguidas em objectos impressos. CMYK resulta da combinação de ciano, magenta, amarelo e preto, com valores em percentagem, originando um vasto leque de tons e cores.

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Referências

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