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INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO João Pessoa, PB BOLETIM INFORMATIVO DO IHGP Nº 55 Setembro 2015

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Rua Barão do Abiaí,64, CEP: 58.013-080 Centro, João Pessoa-PB/Brasil

Fone/Fax: 83 3222-0513

Redação: Joaquim Osterne Carneiro – Editor: Adonai Lacerda da Silveira

Informações pelo site:

www.ihgp.net

E-mail:

faleconosco@ihgp.net

INSTITUTO HISTÓRICO

E

GEOGRÁFICO PARAIBANO

No corrente mês de setembro de 2015, distintas atividades culturais merecem

ser mencionadas, a começar pela solenidade alusiva aos 122 anos de nascimento do

Historiador Elpidio de Almeida, ocorrida em 01/09/2015, Patrono do IHCG - Instituto

Histórico de Campina Grande e Patrono da Cadeira Nº. 5 do IHGP – Instituto Histórico

e Geográfico Paraibano, cuja data foi condignamente comemorada, na cidade de

Campina Grande – PB. Neste mesmo evento, a Historiadora Maria Auxiliadora Bezerra

Borba, Sócia Efetiva do IHGP e Sócia Correspondente do IHCG procedeu ao

lançamento do livro de sua autoria intitulado “CAMPINA GRANDE NOS MEADOS DO

SECULO XX”.

Concomitantemente é imprescindível lembrar que, no dia 07 de setembro, o

IHGP – Instituto Histórico e Geográfico Paraibano completou 110 (cento e dez) anos

de existência, se constituindo na mais antiga instituição cultural em funcionamento no

Estado da Paraíba.

De outra parte, faz-se preciso assinalar que, no dia 21/09/2015 tomou posse

como Sócio Efetivo do IHGP, o Historiador Waldir Porfirio da Silva, que passou a

ocupar a Cadeira Nº. 40, que tem como Patrono Luciano Jacques de Morais e que se

achava vaga, em face do falecimento do saudoso Historiador Rômulo de Araújo Lima.

Portanto, foram estas as solenidades que devem ser especialmente assinaladas

neste mês.

Joaquim Osterne Carneiro Presidente do IHGP joacarneiro@hotmail.com

João Pessoa, PB BOLETIM INFORMATIVO DO IHGP – Nº 55 Setembro 2015

EDITORIAL

IHGP

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SOLENIDADE COMEMORATIVA E LANÇAMENTO DE LIVRO

No dia 01/09/2015, em solenidade realizada no Museu Assis Chateaubriand, na cidade de Campina Grande - PB, o IHCG – Instituto Histórico de Campina Grande comemorou os 122 (cento e vinte e dois) anos de nascimento do seu Patrono, o Historiador Elpídio de Almeida, que igualmente é Patrono da Cadeira 5 do IHGP- Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Na oportunidade, a Presidente do Instituto Histórico de Campina Grande, Dra. Maria Ida Steinmuller distribuiu o seguinte comunicado: “A grandeza de um homem

se mede por sua historia e pelo legado, que continua a se perpetuar como exemplo para as futuras gerações que se sucedem. Assim foi Elpídio de Almeida um multifacetado, homem publico voltado para as causas sociais. Atuou como medico, cientista, administrador, ambientalista, político, intelectual e historiador, se destacando em todos os segmentos. Foi um importante intelectual e contribuiu muito para a historia de Campina Grande, principalmente pelo seu livro “HISTORIA DE CAMPINA GRANDE”, primeira obra sobre os primórdios da Rainha da Borborema que é uma referencia, até hoje, para estudos sobre a cidade. É por essas e tantas outras razoes que o INSTITUTO HISTORICO DE CAMPIN GRANDE – IHCG, representado por sua Diretoria e associados, celebram com orgulho, nesta terça feira, dia 01 de setembro, os 122 anos de nascimento do seu Patrono, Elpídio de Almeida, UM HOMEM À FRENTE DO SEU TEMPO.

Logo a seguir, aconteceu o lançamento do livro “CAMPINA GRANDE NOS MEANDOS DO SECULO XX”, de autoria da Historiadora Maria Auxiliadora Bezerra Borba, Sócia Efetiva do IHGP e Sócia Correspondente do IHCG. Referido trabalho foi apresentado pelo Historiador Arlindo Almeida, Sócio Fundador do IHCG – Instituto Histórico de Campina Grande. A solenidade foi deveras prestigiada, contando com a participação de intelectuais e políticos, com destaque para o Deputado Estadual Ricardo Barbosa. O Presidente o IHGP, Joaquim Osterne Carneiro, que também é Sócio Fundador do IHCG - Instituto Histórico de Campina Grande participou efetivamente do evento.

SOLENIDADE

No dia 04/09/2015, atendendo a convite da Secretaria de Cultura, do Governo do Estado da Paraíba, o Presidente do IHGP, Joaquim Osterne Carneiro, participou da solenidade realizada no Centro de Convenção Ronaldo Cunha Lima, em João Pessoa – PB, que contou com a presença da Presidente da República Dilma Rousseff, do Governador Ricardo Coutinho e diversas outras autoridades e empresários. Na oportunidade ocorreu o lançamento do Programa Dialoga Brasil.

ANIVERSÁRIO DO IHGP

No dia 07/09/2015, o IHGP - Instituto Histórico e Geográfico Paraibano completou 110(cento e dez) anos de existência, se constituindo na instituição cultural mais antiga em funcionamento na Paraíba. Vale recordar que, no dia 07 de setembro de 1905, objetivando comemorar a data da Independência do nosso país, foi realizada na Sala da Congregação do Liceu Paraibano, na cidade da Parahyba, capital do Estado da Parahyba, uma Sessão Especial presidida Álvaro Lopes Machado, então Presidente do Estado, que contou com a presença de 71personalidades do mundo político, profissional e intelectual. Na aludida solenidade, após a lúcida palavra de João Pereira de Castro Pinto que discorreu sobre “A HISTORIA COLONIAL DA PARAHYBA”, Álvaro Lopes Machado declarou fundado o Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, sendo imediatamente lavrado o seu Termo de Fundação, que recebeu a assinatura dos presentes. Posteriormente foram realizadas mais 3 (três) sessões destinadas a elaboração do Estatuto e a eleição da primeira Diretoria. Em 12 de outubro do mesmo ano, em Sessão Solene ocorrida na sede da Assembléia Legislativa, o IHGP foi definitivamente instalado tendo assinado a Ata 48 associados, sendo também considerados Sócios Fundadores mais 3 personalidades, que, embora ausentes daquela Sessão Magna, foram eleitos para cargos diretivos. Integrado por Sócios Efetivos, Beneméritos, Honorários, Correspondentes e Colaborados, a Casa de Irineu Pinto tem por finalidade “a promoção de estudos e a difusão de conhecimentos de história, geografia e ciências afins, especialmente da Paraíba e do Brasil, assim como a promoção da cultura, a defesa e a conservação do patrimônio histórico e artístico”.

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VISITA AO IHGP

No dia 09 de setembro de 2015, esteve visitando o IHGP o Historiador do Espírito Santo e Ex-Secretário Geral do IHGB – Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Dr. Gabriel Bittencourt. Ao mesmo tempo foi prestada homenagem póstuma ao Advogado Joaquim Ferreira Filho, falecido na cidade do Rio de Janeiro – RJ. Durante a visita foi realizada uma reunião, na qual fizeram o uso da palavra Gabriel Bittencourt, José Octávio de Arruda Mello, Juarez Farias, Fernando Coelho, Sebastião Ferreira, Humberto Fonsêca de Lucena e Maria de Lourdes Luna.

Juarez Farias, Fernando Coelho, José Octávio de Arruda Mello, Joaquim Osterne Carneiro, Gabriel Bittencourt e Sebastião Guimarães Ferreira

REUNIÃO DO CONSECULT

No dia 10/09/2015, no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa – PB foi realizada uma Reunião Ordinária do Conselho de Política Cultural do Estado da Paraíba.

POSSE DA NOVA DIRETORIA

Em Solenidade realizada no Auditório da ASPLAN, em João Pessoa – PB, no dia 11/09/2015, tomou posse à nova Diretoria da Associação Paraibana de Imprensa – API.

ANIVERSÁRIO DA ACADEMIA PARAIBANA DE LETRAS - APL

No dia 14/09/2015, a Academia Paraibana de Letras realizou uma Sessão Solene comemorativa dos seus 74 anos de fundação. O IHGP foi representado pelo Historiador Adauto Ramos.

LANÇAMENTO DE LIVRO

No dia 18/09/2015, na Academia Paraibana de Letras – APL, foi lançado o livro “Vandony Dantas, um Exemplo de Integridade”, de autoria do Professor, Historiador e Escritor Emmanoel Rocha Carvalho.

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POSSE NO IHGP

No dia 21/09/2015 tomou posse como Sócio Efetivo do IHGP, o Historiador Waldir Porfírio da Silva,

que passou a ocupar a Cadeira 40, que tem como Patrono Luciano Jacques de Morais e que se achava vaga, em face do falecimento do saudoso Historiador Rômulo de Araújo Lima. O empossado foi saudado pelo Historiador Severino Ramalho Leite, Sócio Efetivo ocupante da Cadeira nº. 45, que tem como Patrono Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Mello.

Composição da mesa: Gustavo Guimarães, Severino Ramalho Leite, Gonzaga Rodrigues, Cassandra Figueiredo, Joaquim Osterne Carneiro, Bruno Cunha Lima, Ricardo Tadeu Feitosa Bezerra, Antonio Carneiro Arnaud e Waldir Porfírio da Silva

Severino Ramalho Leite proferindo discurso de saudação a Waldir Porfírio da Silva

Sócios Efetivos presentes na posse: Berilo Ramos Borba, Adauto Ramos, Carlos Alberto Farias de Azevedo, Zélia Almeida, Maria Auxiliadora Bezerra Borba, Severino Ramalho Leite, Joaquim Osterne Carneiro, Waldir Porfírio da Silva, Gustavo Guimarães (filho de Rômulo de Araújo Lima), Balila Palmeira, Ricardo Tadeu Feitosa Bezerra, José Nunes da Costa,

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LANÇAMENTO DE PUBLICAÇÕES

No dia 22/09/2015, sob a coordenação Presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, Desembargador e Historiador Marcos Cavalcanti de Albuquerque, e da Desembargadora Maria de Fátima Moraes Bezerra Cavalcanti, Presidente da Comissão de Cultura e Memória do Poder Judiciário, ocorreu o lançamento da “Revista do FORO, Vol. 134, ano 2014.1” e do “Ementário de Jurisprudência – Volume II”.

ANIVERSÁRIO DO INSTITUTO FEDERAL DA PARAÍBA

No dia 23/09/2015, em solenidade realizada na Reitoria do Instituto Federal da Paraíba – IFPB, em João Pessoa – PB, foram comemorados os 106 anos de criação da referida Entidade e os 140 anos de nascimento do seu primeiro Diretor, Escritor João Rodrigo Coriolano de Medeiros. Na ocasião ocorreu o lançamento de diversas publicações e foi concedido o título de Professor Honoris Causa ao Historiador Itapuan Bôtto Targino, Sócio Efetivo do IHGP e Ex-Diretor o IFPB.

TV ASSEMBLÉIA GRAVOU UM PROGRAMA SOBRE O IHGP

No dia 23/09/2015, o Jornalista, Escritor e Radialista Gilson Souto Maior gravou para televisão da Assembléia Legislativa da Paraíba, um programa enfocando as atividades desenvolvidas pelo IHGP – Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Durante a gravação, o Presidente do IHGP, Joaquim Osterne Carneiro, prestou uma circunstanciada entrevista e foram gravados aspectos relacionados com o Arquivo Flávio Maroja, principalmente no que diz respeito as obras raras ali existentes e os Arquivos Privados que pertencem aos ilustres paraibanos Alcides Vieira Carneiro, Adhemar Victor de Meneses Vidal, Antônio Pessoa, Antônio Pessoa Filho, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, Manuel de Assis, Osias Nacre Gomes e Sebastião Sinval Fernandes. Ao mesmo tempo, foi enfatizado o acervo da Biblioteca Irineu Pinto e o Museu. Em breve o programa será exibido na TV Assembléia.

Gilson Souto MaiorentrevistandoJoaquim Osterne Carneiro para TV Assembléia

POSSE NA FIEP

No dia 25/09/2015, em solenidade das mais prestigiadas realizada na sede da FIEP - Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, na cidade de Campina Grande - PB, foram empossados os integrantes da Diretoria, do Conselho Fiscal e Delegados Representantes da referida entidade para o período 2015/2019. Vale ressaltar que tomou posse como Presidente, o Dr. Francisco de Assis Benevides Gadelha. O Presidente do IHGP – Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, Joaquim Osterne Carneiro e a Presidente do IHCG – Instituto Histórico de Campina Grande, Maria Ida Steinmuller participaram do evento.

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PRONUNCIAMENTO DO HISTORIADOR ARLINDO ALMEIDA EM 01-09-2015 NO MUSEU ASSIS CHATAUBRIAND, EM CAMPINA GRANDE, QUANDO DO LANÇAMENTO

DO LIVRO “CAMPINA GRANDE NOS MEADOS DO SÉCULO XX”

Ao escrever a sua História, Heródoto de Halicarnasso teve em mira evitar que os vestígios das ações praticadas pelos homens se apagassem com o tempo. A história, já foi dito,pode ser comparada a uma floresta em que a proximidade das árvores nos impede de visualizar o conjunto. À medida que nos afastamos, que mudamos o ângulo de visão para um plano mais alto, mais o conjunto adquire nitidez e podemos apreciá-lo em sua plenitude. Assim, os fatos históricos são bem mais entendidos quando o tempo se encarregou de dar a dimensão exata às coisas. As paixões esfriaram, os homens já absorveram os impactos mais significativos e a história pode se assentar em bases mais estáveis.

Não sendo um expert quando o assunto é história, tenho a opinião de que podemos considerar vários aspectos dessa ciência primordial para nos identificar como povo. Escolho duas vertentes que considero importantes: a primeira delas mostra a seqüência de acontecimentos e fatos a ela – a história - relacionados numa perspectiva geral,distante, seja temporal ou espacial – as guerras, os cataclismos, etc. – em que o elemento humano,muitas vezes sem rosto, faz parte de um conjunto, mero coadjuvante de um enredo maior ou vítima das circunstâncias. Ou, alternativamente, a história próxima no tempo e na geografia, a história que vivemos e conhecemos de perto, da qual participamos efetiva ou sentimentalmente. Não desempenhamos papel secundário, maior ou menor, somos atores do drama.Vivemos esmagados pela história na sua acepção mais universal.

A partir de Homero, passando por Heródoto, o Pai da História, e prosseguindo com grandes narradores subseqüentes de fatos, reais ou não, que nos remetem à imaginação de como as coisas ocorreram. Mas temos o contraponto dos que contam a história mais perto de nós, mais verdadeira no que diz respeito ao que sentimos, por vezes menos imaginativa, contudo mais quente.O acurado livro de Auxiliadora Borba está inscrito nesse segundo conjunto narrativo. É a história que vivemos, que presenciamos, da qual formamos ocasionalmente, ou na maioria das vezes, conclusões e conceitos que o tempo nos fez reformular, talvez por que atingimos o tempo da delicadeza de que fala Chico Buarque. Mudamos ao ritmo da história, mas é a nossa história! O relato caleidoscópico, como ela mesma diz, sobre Campina Grande, deixa uma doce interrogação: mudamos para melhor ou para pior? A morte da esperança consiste, basicamente, em pensar e agir como se nada mudasse.

O pensamento de Santo Agostinho é muito apropriado. Diz ele “eis que o céu e a terra são; e dizem-nos em altos brados que foram feitos, pois se modificam e variam”. “Enquanto transcorre o tempo, com suas variações,” porque, não em vão são tempos” a história se revela complexa “não conhecemos o futuro e o homem move-se às apalpadelas. É beleza da vida, a incerteza que instiga e constrói mais que a certeza. Aproveitemos a experiência com os fatos passados e...cometamos novos erros.

A intelectual francesa Professora Thérèse Delpech do alto de sua sabedoria ousou afirmar que

“Tratar o conjunto da história – revoluções inclusas – como uma vasta repetição, é recusar o acontecimento de algo radicalmente novo”.

O que me surpreendeu é que Auxiliadora no seu “Campina Grande nos Meados do Século XX”, guarda a memória do passado mas ousa vislumbrar o futuro, não recusa o novo. Começou a escrever os fatos no verão de 2013, passado já algum tempo de quando ocorreram, e ao que observei no que diz respeito ao meu próprio conhecimento, com uma precisão quase cirúrgica: as pessoas, as ruas, os fatos voltaram à minha memória como uma centelha a renovar o que já tinha me esquecido. São pessoas que, muitas delas, conheci mais de perto; outras nem tanto mas sempre citadas pelos familiares mais velhos.

Como não lembrar Dr. Elpídio de Almeida, esse personagem emblemático que transformou um nome próprio em substantivo comum. Explico! Era comum as pessoas quando se referiam a determinados cidadãos de conduta reta, honestas, dizerem: só quer ser Doutor Elpídio, fala Doutor Elpídio!. E foi assim, Dr. Elpídio que exercitou à exaustão a sabedoria de tratar os desiguais de forma desigual.

Os autores que deram sua contribuição, no dizer de Auxiliadora, sob a forma de Outros Olhares Sobre Campina Grande, abordando nossa comunidade à luz de textos multicoloridos, que trazem sua visão peculiar e não deixam diminuir o facho que ilumina nossa existência e para além dela.

Extrai do meu queridíssimo amigo Evaldo Gonçalves, um dos mais completos seres humanos que conheci, na sua “As cartas mentem? Jamais...um fato que pode ser, perfeitamente, acrescentado à narração de sua vida política.

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Evaldo foi bem sucedido em todas as funções que exerceu. No seu texto ele confessa suas vãs tentativas de assumir cargos eletivos do Executivo. Tenho bem vivo o seu intento de disputar, com o Dr. Plínio Lemos como titular, a Vice Prefeitura de Campina Grande nas eleições municipais de 15 de novembro de 1968. Fui um dos coordenadores da campanha ao lado de Hélio Soares e meu compadre José Jordão de Vasconcelos. Pois bem! Uma bela noite fomos participar de um comício no Bairro da Prata diante de um público, digamos assim, não muito expressivo. Lá para as tantas, fomos surpreendidos por um arrastão que era, nada mais nada menos, que uma das famosas passeatas do candidato Severino Cabral. Passaram por dentro do nosso comício, levaram todos os assistentes e alguns que estavam no palanque. Só restamos os dois candidatos e os três coordenadores. A chapa conseguiu 635 votos, ou 1,56% do total. Seu Cabral foi o primeiro colocado, mas perdeu para Ronaldo Cunha Lima que se coligara a Vital do Rego. Mas é assim mesmo, amigo velho, você não ganhou as outras eleições para o Legislativo? Sorte desse Poder.

Voltando à Campina Grande nos Meados do Século XX, quando relembramos personagens marcantes que fizeram parte de nossa história,não deixo de registrar pessoas que eu conheci de perto. Antônio Pereira de Almeida, do mesmo tronco familiar a que pertenço, homem de natureza nobre e um dos dignos pertencentes ao clã dos Oliveira Ledo, grande amigo de meu pai.

Edvaldo do Ó, talvez o campinense que mais contribuiu para o desenvolvimento de Campina, mola propulsora de iniciativas que persistem de outras formas como a CELB, a Telingra, A Cingra, a COHAB Campina Grande, o Museu Assis Chateaubriand e sua obra maior a hoje Universidade Estadual da Paraíba. Personagem talvez saído da pena de Miguel de Cervantes, a esgrimir sua lança contra os moinhos da ignorância e do atraso. Argemiro de Figueiredo, grande líder, o “amarelo” como cognominado inicialmente por seus adversários, epíteto logo consagrado por seus numerosos amigos e seguidores afastando o sentido pejorativo a que se prestara inicialmente. E Williams Arruda, singular personagem, não dado à pompa e às circunstâncias do poder. Diariamente visitava as obras em execução dirigindo ele próprio um fusquinha verde.

Só um fato sobre o zelo e a competência com que Williams administrou Campina Grande. Ele era o Prefeito ao tempo em que foi erguida a obra colossal imaginada por Edvaldo do Ó. Ao fim do seu Governo fez publicar um edital nos jornais de Recife, João Pessoa e Campina Grande, convidando os credores da Prefeitura, que tivessem qualquer valor a receber deixado por administrações anteriores, já que da atual não havia débitos, para se habilitar e recobrar o que lhe era devido.

Até o valor da desapropriação da antiga empresa de luz, da segunda metade da década de 1940, foi pago aos antigos proprietários membros da família Arcoverde, de Pernambuco.

Sobre Ronaldo Cunha Lima, apenas um fato que mostra ter sido ele um ser raro, como poucos que conheci. Encontrava Ronaldo semanalmente para conversar acompanhado do amigo comum Johnnie Walker Black, racistas que nunca fomos. Eleito Governador e antes da posse, começamos a falar sobre a árdua tarefa que o esperava: atraso na folha de pagamento e uma quantidade imensa de funcionários sem nenhuma estabilidade no emprego.

Insinuei que não havia solução e que a única forma era dispensar os que naquela situação irregular. Ronaldo voltou-se para mim e perguntou: “você não nasceu no Zé Pinheiro, filho de um simples servidor municipal? Se isso fosse com seu pai como ficaria a situação da família? Não me esqueci das dificuldades da vida”. Não demitiu ninguém, chamou os Secretários Catão e Nuto e disse que organizassem as finanças públicas e tratassem de pagar os atrasados. E isso foi feito. Grande Ronaldo.

O tempo é pouco, e devo ficar por aqui, não sem antes deixar de registrar o meu especial apreço por figuras como Lopes de Andrade, meu companheiro de diversas jornadas Lynaldo Cavalcanti, meu amigo Stenio Lopes, meu ídolo Manoel Barbosa, alma pura e boa. Juarez Farias, inteligência brilhante e competência técnica, a quem a Paraíba deve a estrutura que se implantou no Governo João Agripino e que ainda conserva alguns traços apesar de decorridos mais de quarenta anos e do grande esforço de muitos para destruir o que bem construído.

Perdão pelas omissões, mas a estrela é outra. Muito obrigado Auxiliadora por nos ter entregado mais uma pedra preciosa para a coroa da Rainha da Borborema. Parabéns Auxiliadora por nos ter brindado com o bálsamo das doces recordações. Sei que na sua humildade você não chegou a avaliar o bem que nos faz ao trazer a todos nós o registro de uma época que marcou nossas vidas indelevelmente. Como lhe retribuir, a não ser invocar a proteção divina sobre você e sua família:

O Senhor vos abençoe e vos guarde; O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre vós, e tenha misericórdia de vós; O Senhor sobre vós levante o seu rosto e vos dê a paz.

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PUBLICAÇÕES RECEBIDAS

22. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Superintendência do IPHAN na Paraíba. Casa do Patrimônio da Paraíba. Educação Patrimonial: Dialogo entre escola, museu e cidade. João Pessoa: IPHAN, 2014. 116 p. il.

23. DINIZ, Valdeny Antas. Manaíra: raízes históricas de um povo. João Pessoa: Idéia, 2014. 282 p. il.

24. DUARTE, Durango. Imprensa Amazonense: Chantagem, Politicagem e Lama. Manaus: DDC Comunicações LTD-EPP, 2015. 264 p. il.

25. Cadernos do CHDD – Centro de História e Documentação Diplomática / Fundação Alexandre de Gusmão. Ano XIII. Numero 25. Brasília: A fundação 2014.

26. CARVALHO, José Rodrigues de. Do Recurso Extraordinário. Synthese da Doutrina e da Jurisprudência. 1° Ed. Parahyba: Estab. Grph. Torre Eiffo 1920. 200 p.

27. CARVALHO, José Rodrigues de. Poema de Maio. Ceará: Atelier Louis, 1901. 169 p.

28. CARVALHO, José Rodrigues de. O Coração. Fortaleza: Typ. Minerva, 1906. 48 p.

29. CARVALHO, José Rodrigues de. Da Liberdade de Imprensa: O Direito de Critica. Rio de Janeiro: PAP. Brazil, 1918. 25 p.

30. Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Breve história ilustrada. Recife: Gráfica Santa Marta, 2010. 128 p. il.

31. CARVALHO, José Rodrigues de. Do Recurso Extraordinário: Synthese da doutrina e da jurisprudência. Parahyba: Graph. Torre Eiffo, 1920. 186 p.

32. CARVALHO, José Rodrigues de. Poema de Maio. Ceará: Ateliers Louis, 1901. 168 p.

33. LACAZ, Carlos da Silva. Vultos da Medicina Brasileira. São Paulo: Pena de Ouro Serviços Gráficos, 1971. 88 p. il.

34. PINTO, Zilma Ferreira. O Imaginário do Varadouro - Um Roteiro dos Silva Pinto da Paraíba descendentes de Francisco Teixeira da Silva Pinto. Cabedelo: Escriba, 2015. 124 p. il.

35. Carta Mensal / Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – Rio de Janeiro: CNC, n. 717, Dezembro 2014. 94 p.; CNC, n. 719, Fevereiro 2015. 107 p.; CNC, n. 720, Março 2015. 104 p.; CNC, n. 721, Abril 2015. 126 p.

36. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Ano CXIX – Volume XCVII. São Paulo: RG Editores, 2013. 323 p. il.

37. CHAVES, Jonas Leite. Projeto Piloto: Cooperativas de Eletrificação Rural. Rio de Janeiro: s. ed., 1959. 155 p.

38. Revista da Procuradoria Geral do Estado da Paraíba. Ano II, n° 3, dezembro de 2010.

1. MONTENEGRO, Antônio de Pádua Lima.

(Desembargador). A mais que Centenária Corte de Justiça da Paraíba.

2. MARIZ, Antonio. O Impeachment do Presidente do Brasil. Brasília/DF: Senado Federal, 1994. 234 p.

3. ALBUQUERQUE, Marcos Cavalcanti de. Poder

Judiciário: História da Comarca de Mamanguape. João Pessoa: Edições do TJPB, 2011. 183 p. il.

4. Relatório Trimestral de Atividades – Julho, Agosto, Setembro – 2008 – Tribunal de Contas do Estado da Paraíba.

5. RIL – Revista de Informação Legislativa – nº 206. Brasília. Senado Federal. Abril/Junho-2015. 335 p.

6. RIVERÓN, Thlía Fung. Reflexões e Metarreflexões Políticas. João Pessoa: Idéia, 2009. 209 p.

7. LEAL, Wills. Cinema Na Paraíba - Cinema da Paraíba (Vol. 1). João Pessoa: Gráfica Santa Marta, 2007. 312 p. il.

8. LEAL, Wills. Cinema Na Paraíba - Cinema da Paraíba (Vol. 2). João Pessoa: Gráfica Santa Marta, 2009. 294 p. il.

9. COSTA, Jota. Roseli - Conexões de Vidas. São Vicente: Gráfica Damasco, 1991. 234 p. il.

10. COSTA, Jota. Jovino - Trajetória para o Caos. São Vicente: Gráfica Damasco, 1992. 232 p.

11. Carta Mensal / Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – Rio de Janeiro: CNC, n. 722, Maio 2015. 95 p.

12. SOARES, Josemar Alves. São Gonçalo: Fragmentos da História. Souza: -, 2013. 308 p. il.

13. MARIANO, Paulo. Princesa Antes e Depois de 30. João Pessoa/PB: Egn Empresas Gráficas do Nordeste, 1991. 147 p. il.

14. ALMEIDA, Zélia. Bem-Estar e Riqueza no Brejo de Areia. João Pessoa: Idéia, 2010. 231 p. il.

15. ALMEIDA, Zélia Maria de. Cenários Turísticos: Potencial e Crise. João Pessoa/PB: Idéia, 2007. 298 p.

16. SANTOS, Leandro dos. História da Comarca de Campina Grande. Campina Grande: EDUEPB, 2014. 258 p. il.

17. Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Momentos Críticos da Paraíba: Seminário dos 120 anos de A União. João Pessoa: A União, 2015. 108 p. il.

18. PORFÍRIO, Waldir. João Pedro Teixeira - A Saga de um Mártir. Campina Grande: EDUEPB, 2013. 80 p.

19. Moura&Porfírio. Como não ter um ataque de nervos Câmara. João Pessoa: Gênese, s.d. 86 p. il.

20. TELLES, Augusto Carlos da Silva. Atlas dos Monumentos Históricos e Artísticos do Brasil. Rio de Janeiro: FENAME/DAC, 1975. 347 p. il.

21. LOPEZ, Adriana. Guerra, Açúcar e Religião no Brasil dos Holandeses São Paulo: SENAC, 2002.245 p. il.

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INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO

PRESIDENTE Joaquim Osterne Carneiro

VICE-PRESIDENTE Humberto Fonsêca de Lucena

SECRETÁRIO GERAL

Diana Carmem Martins de Assis Ferreira 1º SECRETÁRIO

Ricardo Tadeu Feitosa Bezerra 2ª SECRETÁRIO Berilo Ramos Borba

TESOUREIRO Adauto Ramos DIR. ATIVIDADES CULTURAIS

Martha Maria Falcão de Carvalho e Morais Santana CONSELHO FISCAL

Luiz Nunes Alves Péricles Vitório Serafim Flávio Sátiro Fernandes

SUPLENTES

Ernando Luiz Teixeira de Carvalho Lúcia de Fátima Guerra Ferreira

Waldice Mendonça Porto COMISSÕES PERMANENTES

HISTÓRIA E ARQUEOLOGIA Francisco de Sales Gaudêncio Maria José Teixeira Lopes Gomes

Manoel Batista de Medeiros SUPLENTE

Maria Balila Palmeira GEOGRAFIA E ECOLOGIA Marcos Cavalcanti de Albuquerque

José Mota Victor Modesto Siebra Coelho

SUPLENTE

Ricardo Tadeu Feitosa Bezerra ANTROPOLOGIA, ETNOGRAFIA E SOCIOLOGIA

Carlos Alberto Farias de Azevedo Maria Auxiliadora Bezerra Borba

Berilo Ramos Borba SUPLENTE Itapuan Bôtto Targino ADMISSÃO DE SÓCIOS Guilherme Gomes da S. d’Avila Lins Martha Falcão de C. e Morais Santana

Adauto Ramos SUPLENTE

Referências

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