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SOBRE A EUCARISTIA. A Postura Evangélica

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Academic year: 2021

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SOBRE A EUCARISTIA A Postura Evangélica

Todos nós, leitores da Bíblia, sabemos que Jesus instituiu um memorial de Sua morte, a saber, a Ceia do Senhor. Trata-se do seguinte: O Senhor Jesus reuniu-se com os seus discípulos para participarem da Páscoa. E, enquanto a celebravam, Ele tomou o pão, deu graças, o partiu e disse: “Tomai, comei; isto é o meu corpo” (Mateus 26.26). Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice dizendo: “Bebei dele todos; pois isto e o meu sangue, o sangue do Pacto, o qual é derramado por muitos para remissão dos pecados” (Mateus 26.27,28). Em obediência a esta ordem do Senhor, nós, os evangélicos, nos reunimos periodicamente para celebrarmos a Ceia do Senhor. E o fazemos assim: Após darmos graças pelo pão, o partimos e distribuímos entre os fiéis, informando que o mesmo simboliza o corpo de nosso Senhor Jesus Cristo, que foi transpassado pelos nossos pecados. Tão logo todos os fiéis comem o pão, damos graças pelo vinho e o distribuímos aos irmãos, dizendo-lhes: “Isto

simboliza o sangue de Jesus que foi derramado pelos nossos pecados”.

É comum, entre nós, repetirmos as palavras de Jesus: “Isto é o meu corpo” e “Isto é o meu sangue”, mas explicamos que estas frases não podem ser entendidas ao pé da letra. Informamos também que a importância da Ceia do Senhor se prende ao fato de que se trata de uma festa espiritual, um santo banquete comemorativo do sacrifício de Cristo, a celebração do que Cristo fez por nós na cruz, mas que não possui valor salvífico.

Com a palavra o clero católico

Os padres, “inspirando-se” nas palavras de Jesus, declaram que nós, os evangélicos, estamos equivocados, no que diz respeito à nossa interpretação das pasasagens bíblicas que tratam deste assunto, a saber, que o pão e o vinho da Ceia do Senhor são apenas símbolos do corpo e do sangue de Jesus. Segundo eles, os emblemas da Ceia do Senhor são Jesus Cristo ao pé da letra. Crêem que pela consagração do pão e do vinho dá-se a mudança de toda a substância destes elementos em o corpo e sangue de Jesus. E, em defesa dessa crença, os católicos, inclusive padres, dispõem de dois expedientes:

Recorrem à “Bíblia”.

Alegam os padres que Jesus não disse: “Isto é o símbolo do meu corpo” e “Isto é o símbolo do meu sangue”, mas sim, “isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue”. Crêem, pois, os padres que os elementos as Ceia do Senhor (o pão e o vinho), passam por uma transformação por eles chamada de Transubstanciação, quando então deixam de ser pão e vinho e se convertem literalmente em o corpo e o sangue de Jesus. Além desse argumento supostamente bíblico, o clero católico se vale de outras passagens bíblicas, no intuito de fazer crer que estão respaldados pela Bíblia. Mas tais argumentos são todos tão fracos quanto o apresentado no parágrafo anterior. Sim, os padres precisam saber que estas palavras de Jesus não podem ser interpretadas literalmente. Jesus disse, por exemplo, que os Seus discípulos eram o sal da Terra. (Mateus 5.1,3). Eram eles sal de fato? Cristo disse também: “Eu sou o caminho, eu sou a porta, eu sou a videira, eu sou o pão...” Será que não é mais teológico encararmos estas palavras como metáforas? Logicamente que sim, e o mesmo devemos fazer em relação aos elementos da Ceia do Senhor.

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Como já dissemos, nós, os evangélicos, quando celebramos a Ceia do Senhor comemos o pão e bebemos o vinho. Os católicos, porém, só comem o pão (uma bolachinha sem fermento, à qual eles chamam de hóstia). Isto se dá porque, segundo o Catolicismo, a hóstia não é um símbolo de Jesus Cristo, mas sim, Ele mesmo, literalmente, com Seu corpo, Sua alma, Seu sangue e Sua Divindade: (“...pela consagração do pão e do vinho opera-se a mudança de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo...e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue; esta mudança a Igreja católica denominou-a com acerto e exatidão

transubstanciação...” [Catecismo da Igreja Católica, página 380, #1.376. Ênfase no original]).E que, assim sendo, ao comer a hóstia já se está ingerindo, por conseguinte, não só a carne de Cristo, mas também o Seu sangue.

Os padres crêem tanto que a hóstia é Cristo, que lhe prestam o culto de adoração. Senão, veja as provas abaixo:

Primeira: “Exprimimos a nossa fé na presença real de Cristo sob as espécies do pãp e do vinho,... dobrando os joelhos, ou inclinando-nos profundamente em sinal de adoração do Senhor. „A Igreja católica... professa este culto de adoração que é devido ao sacramento da Eucaristia...conservando com o máximo cuidado as hóstias... expondo-as aos fiéis para que as venerem com solenidade, levando-as em procissão‟ ” (Ibidem, páginas 380-381, ## 1378. Grifo nosso).

Segunda: “Os sinais essenciais da Eucaristia são o pão de trigo e o vinho de uva, em que, por meio da consagração, dá-se a transubstanciação no Corpo e Sangue de Cristo: Ele está presente de modo verdadeiro, real, substancial nas espécies sacramentais; por isso, é-lhe devido o CULTO DE ADORAÇÃO”21 (grifo nosso).

Terceira: “A Eucaristia deve ser adorada por todos, porque ela contém verdadeira, real e substancialmente o mesmo Jesus Cristo nosso Senhor” (Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã, Editora Vera Cruz Ltda, 1ª edição, 1976, respondendo à pergunta 619, grifo nosso).

Quarta: Temos um panfleto católico que nos convida para uma “Tarde de Adoração ao Santíssimo Sacramento” (Grifo nosso), que se realiza às quartas-feiras, às 14:00h., na Igreja de Sant‟ Ana, Rua de Santana, nº1, perto da Praça 11, Rio de Janeiro_RJ. Quinta: “...particularmente a adoração e o culto do Santíssimo Sacramento” (Catecismo da Igreja Católica, página 332, # 1178).

Sexta: Na festa católica chamada Corpus Christi, que é uma celebração ao “Jesus” Eucarístico, é feriado nacional no Brasil. Pára-se toda a nação em volta de uma bolacha, rendendo-lhe bolacholatria. (Só de passagem queremos fazer constar que esse feriado é uma falta de respeito aos evangélicos, bem como aos adeptos de outras confissões religiosas que não crêem nisso. Por que temos que cessar nossas atividades, deixar de faturar, por causa de uma crença alheia? Pensem nisso nossos políticos!). Não é isso cultuar a uma bolacha? A Bíblia manda fazer isso? Tem certeza? Ora, se a hóstia realmente é Jesus Cristo, tudo bem; por outro lado, se a Transubstanciação não é um fato, então o Catolicismo pratica a bolacholatria, isto é, culto de adoração a bolachas. Logo, longe de seguir cegamente os seus líderes, o católico precisa se certificar bem se essa doutrina é ou não verdadeira, visto que a Missa é das duas uma: ou um verdadeiro culto de adoração a Deus, do qual quem não participa está perdido, por estar negando adoração a Jesus; ou é um ato de idolatria. É

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oito ou oitenta. Pesquise, pois, a Bíblia, com humildade e oração; e só cultue à hóstia, se a Bíblia lhe convencer a fazê-lo.

Se realmente não precisamos beber o vinho, por que Cristo e o apóstolo Paulo nos exortaram a fazê-lo?

O processo de transformação do pão e do vinho (segundo crêem) em o corpo e o sangue do Senhor, chama-se TRANSUBSTANCIAÇÃO. O Pão e o vinho já transformados, bem como todo o cerimonial de celebração da Missa, chamam-se EUCARISTIA.

Apelam para o conto do vigário

Sim, leitor, apelam para o conto do vigário! Senão, veja este exemplo: O Padre D. Francisco Prada, nos “informa” que certa feita uma mula ajoelhou–se diante de uma hóstia. Este milagra teria levado muitos hereges a se converterem à fé católica de que deveras a hóstia é Cristo presente literalmente. Disse ele: [...] “uma custódia do Santíssimo Sacramento sobre o altar e uma mula, ajoelhada diante dela. Por causa deste milagre, converteram-se muitos hereges, obstinados em negar a presença real de Jesus na hóstia. A mula, após um jejum de três dias preferiu ajoelhar-se diante da sagrada hóstia” [...]. (PRADA, Francisco. Novenário. São Paulo: A M Edições. 3 ed., 1996, p.93).

Além desse culto latrêutico que a mula teria prestado ao “Santíssimo Sacramento”, o que, na ótica do Padre Francisco Prada, constitue prova cabal de que a transubstanciação é um fato, alguns católicos me falaram de uma hóstia que se transfromou em carne. Disseram-me que tal porção de carne está guardada até hoje (não me lembro mais onde), como testemunho vivo da presença real de Jesus na hóstia.

Desta vez não vou refutar. Basta aos meus leitores, o uso do bom senso. Questionando as Missas

Vimos no subtópico “I” deste capítulo que Cristo instituiu a Santa Ceia em memória de Si próprio. Logo, sobre a Ceia do Senhor, os católicos cometem os seguintes equívocos:

a) Como bem define o Novo Dicionário Aurélio, missa é o “ato com que a Igreja comemora a Ceia de Cristo e seu sacrifício pela humanidade”. Aqui está o primeiro equívoco. A Ceia do Senhor comemora unicamente o sacrifício de Cristo e não a Ceia de Cristo. Cristo disse “...Fazei isto em memória de mim”, e não “em memória desta ceia”;

b) Cristo instituiu a Ceia em memória dEle, mas os católicos participam deste ato a fim de arrancar as almas do suposto fogo do purgatório;

c) Cristo mandou comer o pão e beber o vinho, mas os católicos comem só o pão; d) A Bíblia chama o pão de pão. Mas os católicos chamam-no de hóstia. Hóstia era, no princípio, uma forma pagã de sacrificar aos deuses tanto em Roma quanto na Grécia: “Os romanos, como os gregos, faziam sacrifícios de animais; as vítimas desse culto eram chamadas hóstias” (CASTRO, Therezinha de. História Geral, , Livraria Freitas Bastos S.A.,1968, página 186, ênfase no original). Este termo passou a equivaler à

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palavra holocausto. Dando-lhe esta definição, este vocábulo designa os sacrifícios de animais do Antigo Testamento em que a vítima era inteiramente queimada, como aparece figuradamente na primeira estrofe do 5° hino da antiga Harpa Cristã, hinário oficial das Assembléias de Deus no Brasil:

“Espírito, alma e corpo Oferto a ti, Senhor Como hóstia verdadeira Em oblação de amor”.

O apelido de hóstia dado ao pão da Eucaristia não ocorreu por acaso. É que o pão deixou de ser pão e se transformou em Cristo, segundo o Catolicismo. E esse “cristo” está sendo sacrificado, pois o católico está comendo-o. Então é sacrifício, isto é, é hóstia. E esse sacrifício, além de beneficiar as almas que padecem no purgatório, favorece também os que dele participam, segundo a Igreja Católica.

Uma Flagrante Contradição

O leitor já sabe que o Catolicismo sustenta que Cristo é sacrificado em cada missa, para a salvação das almas que estão no purgatório. Mas, à luz dos versículos bíblicos abaixo transcritos, se pode ver que o Senhor Jesus Cristo ofereceu um único sacrifício para nossa salvação.

“Assim também Cristo, oferecendo-se UMA SÓ VEZ para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” (Hebreus 9.28).

“Mas este, havendo oferecido UM ÚNICO sacrifício pelos pecados, assentou-se para sempre à Direita de Deus.” (Hebreus 10.12).

“Pois com UMA SÓ oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados.” (Hebreus 10.14).

“Ora, onde há remissão destes, não há mais oferta (oferenda ou sacrifício [Missa?]) pelo pecado.” (Hebreus 10.18).

No Catecismo da Igreja Católica, páginas 376-377,#1367, reza que a diferença que há entre o sacrifício que se efetuou na cruz e as missas é que estas são sacrifícios incruentos (sem sangue); ao passo que aquele foi um sacrifício cruento (com sangue). Mas se assim é, cai por terra a eucaristia católica, acerca da qual o Novo Dicionário Aurélio dá as seguintes definições:1ª) “Um dos sete sacramentos da Igreja Católica, no qual, segundo a crença, Jesus Cristo se acha presente, sob as aparências do pão e do vinho, com seu corpo, sangue, alma e divindade”. 2ª) “Palavra adotada na Igreja Católica,... para explicar a presença real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia,... pela mudança da substância do pão e do vinho na de seu corpo e de seu sangue”. De posse destas informações, nos conscientizamos que, segundo a “teologia” católica, a “hóstia” é Cristo completo. Logo, se ao comê-la, Cristo é sacrificado, este sacrifício não é incruento. Como pode ser um sacrifício incruento, se em 1.413, no Concílio de Constança, se decidiu tirar o cálice dos católicos, por julgá-lo desnecessário, uma vez que o sangue já estaria na “hóstia”? Além disso, se a missa é um sacrifício incruento, ninguém será salvo através do mesmo, pois, segundo a Bíblia, “sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9.22).

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Lembramos que o Padre Vicente Wrosz, em seu livro Respostas da Bíblia às Acusações Dos “Crentes” Contra a Igreja Católica, já citado, afirma às páginas 13-17 e 26-28, que os pastores evangélicos, por não serem ordenados pelo Papa, não são credenciados e qualificados, mas apenas “curiosos” por cujo motivo não têm poder para transformar o pão e o vinho em corpo e sangue de Jesus, razão pela qual insinua, à “base” de Jo 6.53 que nós estamos mortos espiritualmente, e ainda sente dó de nós, dizendo “que pena...”

***

Desde que não seja para fins comerciais e profissionais (neste caso, o leitor teria que recorrer a quem de direto0, para a letra abaixo pode-se usar a melodia do hino 233 da antiga Harpa Cristã – hinário oficial das Assembléias de Deus no Brasil.

I

Tu ordenaste, ó Jesus querido: “Participai do memorial”

Que faz lembrar que foste ferido Pra nos livrar do poder do mal Que faz lembrar que foste ferido Pra nos livrar do poder do mal

II

Por isso aqui nos reunimos Em volta do cálix e do pão

É com respeito que assim fazemos Com muito amor e com gratidão É com respeito que assim fazemos Com muito amor e com devodão

III

Cremos que o vinho retrata o sangue Que derramado foi por amor

Sangue que salva, sangue que lava Sangue que limpa o pecador Sangue que salva, sangue que lava Sangue que limpa o pecador

IV

Vemos no pão figura do corpo Que foi entregue por nós na cruz Isto se dá porque foste morto Para nos trazer do Céu a luz Isto se dá porque foste morto Para nos trazer do Céu a luz

V

Sim, este vinho fala do sangue Que aceitaste por nós verter Sangue que limpa e purifica A todo aquele que em ti crer Sangue que lava e santifica A todo aquele que em ti crer

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