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ATOS OFICIAIS. Bahia Segunda-feira 03 de Maio de 2010 Ano III N o 060 LEI Nº 103 DE 05 DE JANEIRO DE 2010 DA TRANSFERÊNCIA E DA MUDANÇA DE CATE- GORIA

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A

TOS

O

FICIAIS

LEI Nº 103 DE 05 DE JANEIRO DE 2010

“Institui o Serviço de Táxi e demais

veículos de Aluguel e dá outras

provi-dência”.

O PREFEITO MUNICIPAL DE ANGUERA, ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e do quanto lhe confere o inciso VIII, do art. 10, da Lei Orgânica do Município combinado com o inciso V, do art. 30 da Constituição da Republica Federativa do Brasil, com fundamento ainda na Lei Federal nº 5.108 de 21/09/1966 e no inciso III do art. 37 do Decreto Federal nº 62.127 de 16/01/1968, alterado pelo Decreto Federal nº 62.926, de 28/06/1968.

FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE

AN-GUERA, ESTADO DA BAHIA, aprova e eu sanciono e publico

a presente Lei.

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - A exploração do serviço de transporte de Passageiros em Táxi e demais veículos de aluguel, dependerá sempre de prévia autoriza-ção da Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Administraautoriza-ção e Finanças Municipal, sob regime de Permissão e será regida pelas normas contidas nesta Lei.

DA PERMISSÃO

Art. 2º - Considera-se Permissão o ato administrativo unilateral, discri-cionário e precário, outorgado a terceiros pelo Poder promitente. Art. 3º - A Permissão será concedia em caráter pessoal, admitida a habilitação de apenas 01 (um) veículo por permissionário, e este comprove:

I – não exercer qualquer atividade ou negocio, seja em seu nome pessoal ou em sociedade;

II – não manter vinculo empregatício ou funcional, quer com empresas particulares, que com entidades públicas ou de economia mista;

III – residir no município permitente há pelo menos 03 (três) anos comprovadamente.

Art. 4º - O ingresso no Serviço Permissionado de Veículos de Aluguel do Município se dará mediante requerimento dirigido ao Secretário de Administração e Finanças Municipal, devendo o petitório a categoria desejada, além de trazer em anexo.

I – Xérox do documento do veículo; II – Xérox do documento de habilitação;

III – Comprovante de residência (recibo de luz, água ou telefone, certidão de nascimento de fi lhos ou de casamento);

IV – Declaração que atenda aos requisitos dos incisos I e II do artigo 3º desta Lei;

V – Certidão negativa de débito para com a Fazenda Pública Municipal.

Parágrafo Único – Ficam instituídas as seguintes categorias:

a) Táxi; b) Kombis; c) Vans; d) Microônibus e) Ônibus.

DA TRANSFERÊNCIA E DA MUDANÇA DE

CATE-GORIA

Art. 5º - É facultada a transferência da Permissão nos seguintes casos:

I – ao motorista profi ssional autônomo, pôr efeito de sucessão hereditária, na forma da Lei Civil;

II – à viúva ou o herdeiro menor com autorização judicial, à pessoa física habilitada junto ao Poder Permitente;

III – a Terceiros, quando houver consulta prévia e autorização expressa do Poder Permitente;

IV – no caso de destruição total do veículo, devidamente comprovado pelo órgão competente.

Parágrafo Único – A transferência da Permissão dependerá sempre de certidão negativa de débitos para com a Fazenda Municipal, pagamento do Preço Público correspondente e Xérox do documento de conversão de categoria do veículo que estava explorando o serviço, emitido pelo Órgão de Trânsito competente.

Art. 6º - É facultado ao Permissionário a transferência de categoria da permissão, através de consulta prévia ao Poder Permitente e sujeitando-se a:

a) Disponibilidade de vaga na categoria em que deseje explorar;

b) Estar devidamente habilitado profi ssionalmente para categoria pleiteada;

c) Recolhimento do Preço Público da transferência.

DA BAIXA E DA CASSAÇÃO

Art. 7º - A qualquer tempo o permissionário autônomo poderá, atra-vés de requerimento, solicitar a baixa do serviço Permissionado de Veículos de Aluguel do Município.

Parágrafo Único – O pedido de baixa será instruído com Alvará de Circulação, Cartão de Identifi cação do Permissionário e Certidão Negativa de Tributos Municipais.

Art. 8º - Será cassada a Permissão para exploração dos serviços;

I – quando feita a transferência dos serviços a terceiros sem prévia autorização do Poder Permitente;

II – quando o Permissionário deixar de renovar o Alvará de Circulação por 02 (dois) anos consecutivos;

III – quando o veículo a ela veiculado estiver circulando conduzido por pessoas estranhas ao sistema;

IV – por transformação do uso do veículo, deixando este operar no serviço;

V – quando o Permissionário for condenado por crime doloso transitado em julgado;

VI – de ofício, quando o Permissionário cometer infrações consideradas de natureza grave, previstas nesta lei, ou em ato regulamentar, por ato do Secretário de Administração e Finanças Municipal.

DA INSCRIÇÃO NO CADASTRO

Art. 9º - Os táxis e demais veículos de aluguel no Município, somente poderão ser dirigidos por motoristas profi ssionais devidamente cadas-trados no Cadastro de Condutores Autônomos de Veículos. Art. 10º - A Permissão para ingresso dos motoristas profi ssionais au-tônomos no serviço, fi ca condicionado ao atendimento das seguintes formalidades:

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I – estar escrito no Cadastro de Condutores; II – ser proprietário do veículo;

III – o veículo estar emplacado no município; IV – estar inscrito no Cadastro Fiscal do Município.

Parágrafo Único – É vedado fornecer inscrição ou renovação anual de Permissão, quando o veículo oferecido para a exploração do serviço possuir cinco (050 anos ou mais de fabricação.

Art. 11º - Para obter inscrição no Cadastro, deverá o interessado:

I – possuir carteira Nacional de Habilitação própria para a categoria;

II – residir neste Município.

Art. 12º - Considera-se condutor auxiliar, o motorista profi ssional autorizado pelo Poder Permitente para substituir o Permissionário nos serviços a eles pertinentes, desde que, comprove efetivamente vínculo empregatício com este.

§ 1º - Será facultado ao Permissionário inscrever apenas 01 9um) condutor auxiliar.

§ 2º - Será negado o registro do condutor auxiliar nos seguintes casos:

I – quando permissionário do serviço;

II – quando já registrado por outro permissionário;

III – quando suspenso ou impedido de dirigir por determinação legal;

IV – quando afastado do serviço por motivo disciplinar, enquanto durar o afastamento;

§ 3º - A renovação anual será solicitada pelo permissionário até o dia 31 de Janeiro de cada ano, podendo a mesma ser feita pelo órgão de classe da categoria.

DOCUMENTAÇÃO DE PORTE OBRIGATÓRIO

Art. 13º - Considera-se documentação de porte obrigatório para os Permissionários e Condutores além daquelas exigidas em legislação federal e estadual:

I – Alvará de Circulação; II – tabela de Tarifa Ofi cial;

III – Certifi cado de Identifi cação do Permissionário ou Condutor Auxiliar.

Art. 14º - O alvará é o documento que autoriza ao Permissionário a utilização do veículo para os serviços e o estacionamento, em via pública nos pontos de paradas regulamentadas.

Art. 15º - O alvará de Circulação, concedido para cada veículo, terá validade até 31 de dezembro do ano da permissão, e sua renova-ção dependerá da manutenrenova-ção da Permissão, condicionada a uma aprovação na vistoria anual realizada até o dia 28 de fevereiro de cada ano.

DOS TÁXIS E DEMAIS VEÍCULOS DE ALUGUEL

Art. 16º - Táxi para efeito desta Lei, é o veículo automotor destinado ao transporte de passageiros, com retribuição monetária estipulada por Tabela de tarifa baixada por ato do Poder Executivo.

Art. 17º - Os veículos a serem utilizados no serviço deverão ser da espécie automóvel, dotados de 02 (duas) ou 04 (quatro) portas. Art. 18º - Os veículos utilizados no serviço serão mantidos em bom estado de funcionamento, segurança, higiene e conservação. Art. 19º - O número de Alvará de Circulação será inscrito na parte central das portas dianteiras de forma padronizada.

Art. 20º - O serviço de Veículos de Aluguel será operado por veículos tipo Kombi, Vans, Micro-Ônibus e Ônibus aplicáveis às normas desta Lei e demais atos regulamentares.

Art. 21º - A tarifa do serviço de táxi tem a função de atribuir justa remu-neração ao capital, assegurando o equilíbrio econômico – fi nanceiro do Permissionário.

Art. 22º - A exploração do serviço de Táxi será remunerada por tarifas aprovadas por ato do Prefeito Municipal, com base em estudos

de-senvolvidos pela Secretaria de Administração e Finanças Municipal, levando-se em consideração:

I – despesas do Permissionário; II – deslocamento do veículo; III – divisão de área; IV – odômetro; V – hora parada; VI – outras despesas.

Parágrafo Único – O transporte de bagagens está incluindo no valor da corrida.

Art. 23º - As tarifas serão dos tipos diurna e noturna, Regulamentadas por ato do Prefeito Municipal.

DO PREÇO PÚBLICO

Art. 24º - Considera-se Preço Público para fi ns desta Lei, o valor cobrado pelo Poder permitente aos permissionários e aos portado-res de Licença Especial pela utilização do serviço de táxi e demais Veículos de Aluguel.

Art. 25º - os Permissionários dos serviços tipifi cados no artigo 24, fi cam sujeitos aos preços públicos decretados pelo Poder Executivo, na forma do inciso VIII do art. 10, combinado com art. 105 e com § 3º do art. 106, todos da Lei Orgânica do Município.

DAS OBRIGAÇÕES E DIREITOS

Art. 26º - Os Permissionários e condutores dos serviços de táxi e transporte de aluguel estarão obrigados a acatar as disposições legais e regulamentares, bem facilitar por todos os meios a atividade de fi scalização do serviço.

Art. 27º - Os permissionários autônomos e os condutores auxiliares são ainda obrigados a:

I – manter o veículo em boas condições de trafego;

II – trajar com polidez e urbanidade os passageiros e o público;

III – trajar-se adequadamente: portar camisa de manga; calça e sapato fechado;

IV – não recusar passageiro, salvo nos casos previstos no Regulamento;

V – não cobrar acima da tabela; VI – não permitir excesso de locação;

VII – não se fazer acompanhar de pessoas estranhas ao serviço;

VIII – não abastecer o veículo quando com passageiro; IX – trazer consigo os documentos de porte obrigatório; X – não fumar e não permitir que se fume no interior do veículo, salvo concordância das partes;

XI – fornecer recibo da corrida quando solicitado.

Parágrafo Único – Os Permissionários são responsáveis pelos atos dos seus condutores auxiliares, assumindo por eles as responsabilidades inerentes ao serviço.

Art. 28º - os permissionários terão o direito de;

I – recusar usuário portando animais e objetos que possam causar danos ao veículo ou prejudicar-lhe o asseio;

II – recusar usuário embriagado ou drogado; III – recusar o usuário trajando inadequadamente;

IV – recusar usuário portador de doença infecto-contagiosa facilmente reconhecível;

V – recusar usuário portador de bagagem superior ao limite de capacidade, em volume ou peso, do veículo.

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 29º - Constitui infração toda ação ou omissão cometida pelos Permissionários ou seus auxiliares, que contrarie disposições desta Lei e demais atos normativos pertinentes ao serviço.

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Art. 30º - São as seguintes penalidades aplicáveis, em ordem de gradação:

I – advertência oral; escrita; II – multa;

III – apreensão do veículo; IV – suspensão da permissão; V – cassação da permissão.

Art. 31º - São competentes para aplicação das penalidades previstas:

I – O Prefeito Municipal, no caso de cassação;

II – O Secretario de Administração e Finanças Municipal, quando delegado pelo Prefeito, no caso de cassação ou, originariamente, no caso de suspensão;

III – O Setor de Fiscalização, no caso de advertência oral ou escrita e multa.

DAS MULTAS

Art. 32º - As multas, fi xadas em UFM’s, são as constantes no Anexo I, que é parte integrante desta Lei.

Parágrafo Único – As multas terão seus valores cobrados em dobro em todo o qualquer caso de reincidência.

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 33º - O auto de infração é o instrumento através do qual se inicia o processo fi scal administrativo para apurar as infrações a esta Lei. Art. 34º - O auto de infração conterá obrigatoriamente:

I – dia mês, ano, hora e lugar de sua lavratrura;

II – matricula, nome, assinatura do agente autuante e descrição do fato gerador da infração;

III – nome do permissionário; IV – dispositivo legal infi gido; V – valor da multa imputada;

VI – identifi cação do veículo através do seu número de ordem a placa de licenciamento;

VII – prazo de defesa: 05 (cinco) dias úteis, começando a contagem a partir do dia do cliente do autuado.

Art. 35º - Os recursos serão formulados por escrito e serão julgados pelo Secretário de Administração e Finanças.

Parágrafo Único – A decisão será lavrada com clareza, concluindo pela procedência ou não do recurso.

Art. 36º - No caso de aplicação de penalidade pecuniária de valor igual ou inferior a 50 UFN, não será admitido recurso.

Art. 37º - Não haverá segunda instância.

DA LICENÇA ESPECIAL

Art. 38º - Os proprietários de Veículos de Aluguel, cadastrados em outros municípios, que fazem parada neste município, para embarque e desembarque de passageiros, dependerão sempre de prévia autori-zação da Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Administração e Finanças que fornecerá “LICENÇA ESPECIAL” aos requerentes que se adequarem ao princípios desta Lei.

Parágrafo Único – Os proprietários dos veículos tipifi

ca-dos no caput deste artigo pagarão o Preço Público estipulado

na forma do artigo 25, e não se submetem ao disposto no

inciso II do artigo 11.

Art. 39º - Decreto do Poder Executivo regulamentará os dispositivos desta Lei no que couber.

Art. 40º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revo-gada as disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE ANGUERA, ESTADO DA BAHIA, EM 05 DE JANEIRO DE 2010.

Mauro Selmo Oliveira Vieira Prefeito Municipal

TABELA 1

ANEXA A LEI Nº 103 DE 05 DE JANEIRO DE 2010

INFRAÇÕES UFM

Ao disposto no artigo 13 – inciso I 100 Ao disposto no artigo 13 – inciso II 100 Ao disposto no artigo 13 – inciso III 100 Ao disposto no artigo 27 – inciso I 100

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE ANGUERA, ESTADO DA BAHIA, EM 05 DE JANEIRO DE 2010.

Mauro Selmo Oliveira Vieira Prefeito Municipal

LEI Nº 105 DE 08 DE ABRIL DE 2010

“Autoriza o Executivo Municipal a

desen-volver ações para implementar o Programa

Minha Casa, Minha Vida (PMCMV),

estabe-lecido pela Lei Federal n] 11.977/2009”.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ANGUERA, ESTADO

DA BAHIA no uso de suas atribuições legais, faz saber que a

Câ-mara de Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - O Poder Executivo Municipal fi ca autorizado a desenvolver todas as ações necessárias para reforma, ampliação e construção de unidades habitacionais, implementações por intermédio do mediante Termo de Compromisso, fi rmado com Instituições Financeiras autori-zadas pelo Banco Central do Brasil, como agentes repassadores do referido programa e/ou do Sistema Financeiro de Habitações – SFH, na forma defi nida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN); Art. 2º - Fica o Poder Executivo Municipal, autorizado a aportar aos benefi ciários selecionados pelo Programa, recursos fi nanceiros, bens ou serviços economicamente mensuráveis visando a complementa-ção dos recursos necessários a reforma, ampliacomplementa-ção, construcomplementa-ção e/ou regularização de unidades habitacionais;

§ 1º - Os recursos fi nanceiros a serem aportados não poderão ultrapassar o valor de R$ 20.000,00( vinte mil reais) por benefi ciário e a eles serão transferidos diretamente de acordo com as cláusulas a serem estabelecidas no Termo de Acordo e Compromisso, fi rmado com Instituições Financeiras autorizadas pelo Banco Central do Brasil;

§ 2º - As áreas a serem utilizadas no PMCMV, deverão conter a infra-estrutura necessária estabelecida na legislação municipal.

Art. 3º - Os projetos de habitação popular dentro do PMCMV serão desenvolvidos mediante planejamento global, podendo envolver as Secretarias Municipais de Obras, Planejamento Receita, Secretaria Municipal de Habitação e Assistência Social, cujas unidades habita-cionais não poderão ter área útil construída, inferior a 32m² (trinta e dois metros quadrados):

Art. 4º - Os investimentos relativos a cada unidade, integralizados pelo Poder Público Municipal a titulo de complementação necessária para reforma, ampliação, construção e/ou regularização das unidades habitacionais, serão ressarcidos em parte pelos benefi ciários contemplados, em conformidade com o estabelecido pela política Municipal de Habitacional, vigente;

Parágrafo Único – As unidades habitacionais que serão reformadas, ampliadas construídas e/ou regularizadas no âmbito deste Programa, fi carão isentas do pagamento do alvará de construção do habite-se e do ISSQN incidente sobre as mesmas;

Art. 5º - O Executivo Municipal fi ca autorizado a compromissar a venda de 30 lotes de terrenos de sua propriedade aos Benefi ciários contemplados pelo Programa PMCMV, de acordo com os requisitos estabelecidos pela Política Municipal de Habitação Vigente.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE ANGUERA, ESTADO DA BAHIA, EM 08 DE ABRIL DE 2010.

Mauro Selmo Oliveira Vieira Prefeito Municipal

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LEI Nº 106 DE 15 DE ABRIL DE 2010

“Dispõe sobre a regulamentação e

cri-térios para a concessão dos benefícios

eventuais de Assistência social em caso

de circunstâncias temporárias,

emer-genciais e de calamidade pública.”

O PREFEITO MUNICIPAL DE ANGUERA, ESTADO

DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, faz saber que

a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono

a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

Art. 1º - Esta Lei com fulcro nos artigos 23 II, 30 I e II, 203 e 204 I, da Constituição Federal , art. 26 da Lei complementar Federal 101 de 04 de maio de 2000, 15 i E ii, 22 da Lei Federal 8.742 de 07/12/1993 e a Resolução nº 212 de 19/10/2006, regulamenta a concessão, pela ad-ministração pública dos benefícios eventuais de Assistência Social. Art. 2º - Benefícios Eventuais é uma modalidade de provisão de pro-teção social básica de caráter suplementar e temporário que integra organicamente as garantias de Sistema Único de Assistência Social – SUAS, com fundamentação nos princípios de cidadania e nos direitos sociais e humanos.

Parágrafo Único – Na comprovação das necessidades para concessão do beneficio eventual são vedadas quaisquer situações de constrangimento ou vexatórias.

Art. 3º - O benefi cio eventual destina-se as cidadãos e as famílias com impossibilidade de arcar por conta com o enfrentamento de contingências sociais, cuja ocorrência provocar riscos e fragilizar a manutenção do individuo, a unidade da família e a sobrevivências de seus membros.

CAPÍTULO II

Do valor dos benefícios eventuais

Art. 4º - O critério para a concessão do benefi cio eventual é o que determina a Lei nº 8.742 de 07/12/1993 no seu art. 22, não havendo impedimento para que o critério seja fi xado também em igual valor ou superior a ¼ do salário mínimo.

Da concessão dos benefícios eventuais

Art. 5º - A concessão do benefi cio eventual pode ser requerido por qualquer cidadão ou famílias à Secretaria Municipal de Desenvolvi-mento social, mediante atendiDesenvolvi-mento de algum dos critérios abaixo:

I – Estando de acordo com os arts. 2º e 3º dessa Lei; II – Após preenchimento do formulário elaborado pela Assistente Social responsável pelo atendimento na Secretaria pelos benefícios socioassistenciais;

III – Após realização de visita domiciliar pela assistente social responsável pelo acompanhamento dos benefícios socioassistenciais, para verificação da situação de vulnerabilidade do cidadão e famílias benefi ciarias;

IV – Após autorização da Assistente Social que acompanha os benefícios socioassistenciais na Secretaria.

CAPÍTULO III

Dos benefícios eventuais em espécie

Do auxílio funeral

Art. 6º - O benefício eventual, na forma de auxilio-funeral, constitui-se em uma prestação temporária, não contributiva da assistência social, em pecúnia, por uma única parcela, ou em bens de consumo, para reduzir vulnerabilidade provocada por morte de membro da família. Art. 7º - O alcance do benefi cio funeral, preferencialmente, será distinto em modalidades que garantam a dignidade e o respeito à família benefi ciaria tais como:

I – Custeio das despesas de urna funerária, velório e de sepultamento;

II – Custeio de necessidades urgentes da família para atender

os riscos e vulnerabilidade advinha da morte de um de seus provedores ou membro;

III – ressarcimento no caso de perdas e danos causados pela ausência do benefício eventual no momento em que este se fez necessário.

Art. 8º - O benefício funeral pode ocorrer na forma de pecúnia ou na prestação de serviços.

§ 1º - Os serviços devem cobrir o custeio de despesas de urna funerária, velório e sepultamento, incluindo transporte funerário, utilização de capela, inserção de taxas e colocação de placa de identifi cação, dentre outros serviços inerentes que garantam a dignidade e o respeito à família benefi ciaria.

§ 2º - Quando o benefi cio for assegurado em pecúnia, deve ter como referência o custo dos serviços previstos nos parágrafos anteriores.

§ 3º - O benefício, requerido em caso de morte, deve ser pago imediatamente, em pecúnia ou em serviços, sendo de pronto atendimento, m unidade de plantão 24 horas.

§ 4º - Os municípios devem garantir a existência de unidade de atendimento com plantão 24 horas para o requerimento e concessão do beneficio funeral, podendo este ser prestado diretamente pelo órgão ou indiretamente, em parceria com outros órgãos ou instituições.

§ 5º - Em caso de ressarcimento das despesas previstas no § 1º, a família pode requerer o benefi cio até trinta dias após o funeral. § 6º - O pagamento do ressarcimento será equivalente ao valor das despesas previstas no parágrafo primeiro.

§ 7º - O benefício funeral será devido à família em número igual ao das ocorrências desses eventos.

§ 8º - O benefício funeral pode ser pago diretamente a um integrante da famílias benefi ciaria: mãe, pai, parente até segundo grau ou pessoa autorizada mediante procuração.

Do auxílio - natalidade

Art. 9º - O benefício eventual, na forma de auxílio-natalidade, consti-tui-se em uma prestação temporária, não contributiva da assistência social, em pecúnia ou em bens de consumo, para reduzir vulnerabili-dade provocada por nascimento de um membro da família.

Art. 10º - O alcance do benefi cio natalidade, a ser estabelecido por legislação municipal, é destinado à família e terá, preferencialmente entre suas condições:

I – atenções necessárias ao nascituro;

II – apoio à mãe no caso de morte do recém-nascido; III – apoio à família no caso de morte da mãe; IV – apoio à mãe vitima de seqüelas de pós-parto;

V – o que mais a administração municipal considerar pertinente.

Art. 11º - O benefício natalidade pode ocorrer na forma de pecúnia ou em bens de consumo tais como:

§ 1º - Os bens de consumo consiste no enxoval do recém-nascido incluindo itens de vestuário, berço utensílios para alimentação e de higiene, observada a qualidade que garanta a dignidade e o respeito à família benefi ciaria.

§ 2º - Quando o benefi cio natalidade dor assegurado em pecúnia deve ter como referencia o valor das despesas previstas no parágrafo anterior.

§ 3º - O requerimento do benefício natalidade deve ser realizado até 90 (noventa) dias após o nascimento.

§ 4º - O benefício natalidade deve ser pago até 30 (trinta) dias após o requerimento.

§ 5º - A morte da criança não inabilita a família de receber o benefício natalidade.

§ 6º - O benefício natalidade será devido à família em número igual ao das ocorrências desses eventos.

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§ 7º - O benefício natalidade pode ser pago diretamente a um integrante da família benefi ciária: mãe, pai, parente até segundo grau ou pessoa autorizada mediante procuração.

Do auxílio-viagem

Art. 12º - O benefício eventual em forma de auxílio-viagem, constitui-se em uma prestação temporária, não contribuição da assistência social, em pecúnia ou em passagem, de forma a garantir ao cidadão e as famílias condições dignas de retorno de origem ou visitas aos parentes e situação de doenças ou morte em outras cidades, povo-ados e estpovo-ados.

Art. 13º - O alcance do benefício auxílio-viagem, a ser estabelecido por legislação municipal, é destinado a famílias e terá, preferencialmente, as seguintes condições:

I – de doença, falecimento de parentes, consaguineo ou afi m, que residam em outras cidades, povoados e estados; II – visita anual a ascendentes ou descendentes em outras localidades, municípios, povoados e estado;

III – necessidade de acompanhar: crianças, idosos e pessoas com defi ciência;

IV – necessidade de acompanhar a pessoa em caso de doença;

Art. 14º - O benefício auxílio-viagem consiste ma inclusão de des-pesas com alimentação, garantindo a dignidade e respeito à família benefi ciaria.

§ 1º - Quando se trata de emigrante acompanhado ou não de sua família serão dadas condições dignas de retorno à cidade de origem, assegurada as despesas com alimentação e contato com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de origem, a fi m de garantir condições de permanência da família através de acompanhamento qualifi cado, visando a sua cidade.

§ 2º - quando o benefício auxílio-viagem for assegurado em pecúnia deve ter como referência o valor das despesa com passagens, considerando o parágrafo anterior e o art. 16º e adequando os valores dos serviços.

Do auxílio cesta básica

Art. 15º - O benefício eventual, na forma de auxílio cesta básica, cons-titui-se em uma prestação temporária, não contributiva da assistência social, em pecúnia por uma única parcela, ou em alimentos, para reduzir a vulnerabilidade provocada pela falta de condições socioe-conômicas para aquisição de alimentos com qualidade e quantidade de forma a garantir uma alimentação saudável com segurança às famílias benefi ciarias.

Art 16º - O alcance do benefício a cesta básica, a ser estabelecido por legislação municipal, é destinado à famílias benefi ciaras e terá preferencialmente os seguintes critérios:

I – insegurança alimentar causada pela falta de condições socioeconômicas para manter uma alimentação digna, saudável com qualidade e quantidade;

II - defi ciência nutricional causada pela falta de uma alimentação balanceada e nutritiva;

III – necessidade de uma alimentação especifi ca voltada por doenças crônicas;

IV – desemprego, morte /ou abandono pelo membro que sustenta o grupo familiar;

V – nos casos de emergência e calamidade pública; VI – grupos vulneráveis e comunidades tradicionais.

Art. 17º - Quando o benefício auxílio cesta básica for assegurado em pecúnia deve ter como referencia o valor das despesas previstas no art. Anterior prevendo as especifi cidades de cada item colocado. Art. 18º - O requerimento do benefício cesta básica deve ser pago e/ou fornecido após um dia da solicitação pela família benefi ciaria.

Parágrafo Único – em se tratando do caso de doença crônica a solicitação terá que ser atendida de forma imediata.

Do auxílio documentação

Art. 19º - O benefício eventual na forma de auxílio documentação, constitui-se em uma prestação temporária, não contributiva da as-sistência social, em pecúnia por uma única parcela, garantindo aos cidadãos e as famílias, a obtenção dos documentos que necessitam e que não dispõe de condições para adquiri-lo.

Art. 20º - O alcance ao benefício auxílio documentação é destinado aos cidadãos e as famílias e será preferencialmente para adquirir os seguintes documentos:

I – Registro de Nascimento; II – Carteira de Identidade; III – CPF;

IV – Carteira de Trabalho.

Parágrafo Único – a concessão que se trata este artigo compreende recolhimento de taxas, fornecimentos de fotografi as e o valor para o deslocamento do benefi ciário.

Art. 21º - O benefício auxílio documentação é uma forma de pecúnia e deve ter como referencia o valor das despesas previstas no parágrafo anterior e pago após solicitação e comprovada necessidade, através do preenchimento do formulário.

Do auxílio moradia

Art. 22º - O benefício eventual, na forma de auxílio moradia, constitui-se uma ação da assistência social em parceria com a Secretaria de Obras, Viação e Serviços Públicos do município outras entidades, na concessão de moradia às famílias de baixa renda que tenham sofrido perdas de móveis devido calamidade pública e/ou se encontre em uma situação de rua ou ainda em moradias de situação de risco.

CAPÍTULO IV

Das calamidades públicas

Art. 23º - Entende-se como ações assistenciais em caráter de emer-gência aquelas provenientes de calamidades públicas provocadas por eventos naturais e/ou epidemias.

Art. 24º - Enquadram-se como medida emergencial a concessão dos seguintes benefícios eventuais:

I – abrigos adequados; II – alimentos;

III – cobertores, colchões e vestuário; IV – fi ltros.

Art. 25º - No caso de calamidades situações, situações de caráter emergencial deve ser realizada uma ação conjunta das políticas setoriais municipais no atendimento aos cidadãos e às famílias benefi ciárias.

CAPÍTULO V

Das competências

Art. 26º - Competente ao Município, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social as seguintes diretrizes:

I – estimar a quantidade de benefícios a serem concedidos durante cada exercício fi nanceiro;

II – coordenação geral, a operacionalidade, o acompanhamento, a avaliação da prestação dos benefícios eventuais, bem como seu fi nanciamento;

III – manter uma recepção na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social com uma Assistente Social, para o atendimento acompanhamento, concessão, orientação dos benefícios eventuais;

IV – realização de estudos da realidade e monitoramento da demanda para constante ampliação da concessão;

V – expedir as instruções e instituir formulários e modelos de documentos necessários a operacionalização dos benefícios eventuais;

VI – a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social manterá um arquivo que registrará os requerimentos já efetuados com o fi m de evitar doações indevidas e para aferição das carências da população;

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VII – articular com a rede de proteção social básica e especial, entidades não governamentais e as políticas setoriais ações que possibilit o e exercício da cidadania das famílias, seus membros, indivíduos e cidadãos que necessitam dos benefícios eventuais, através da inserção social em programas, projetos e serviços que potencialize suas habilidades em atividades de geração de renda.

Art. 27º - Compete ao Conselho Municipal de Assistência Social deliberar as seguintes ações:

I – informar sobre irregularidades na aplicação do regulamento dos benefícios eventuais:

II – avaliar e reformular se necessário, a cada ano a regulamentação de concessão e o valor dos benefício eventuais;

III – analisar e aprovar a Lei Municipal que regulamenta os benefícios eventuais;

IV – defi nição da % a ser colocada no orçamento municipal a cada exercício fi nanceiro para benefícios eventuais;

V – apreciação dos requerimentos de concessão dos benefícios eventuais e o pagamento dos mesmos;

VI – estabelecer padrões e limites das despesas a serem realizadas mediante o emprego dos benefícios eventuais; VII – analisar e aprovar os instrumentos utilizados para concessão e cadastramento dos benefi ciários;

VIII – promover ações que viabilizem e garantam a ampla e periódica divulgação dos benefícios eventuais assim como os critérios para sua concessão.

Art. 28º - Compete ao Estado defi nir sua participação no co-fi nancia-mento dos benefícios a partir de:

I – identificação dos benefícios implementados em seus municípios, verifi cando se os mesmos estão em conformidade com as regulamentações especifi cas;

II – levantamento das situações de vulnerabilidade e riscos cosiais de seus municípios e índice de mortalidade e de natalidade;

III – discussão junto a CIB (Comissão Intergestora Bipartiti) e ao CEAS (Conselho Estadual de Assistência Social) sobre o co-fi nanciamento dos benefícios eventuais para o município. IV – caberá ao Estado coordenar, acompanhar, monitorar e assessorar aos municípios na concessão dos benefícios eventuais.

Parágrafo Único – O processo de discussão cp, CIB e CEAS deverá determinar um percentual de recursos a ser repassado a cada município, em um prazo de oito meses após a publicação da resolução.

Art. 29º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogan-do-s as disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE ANGUERA, ESTADO DA BAHIA, EM 15 DE ABRIL DE 2010.

Mauro Selmo Oliveira Vieira Prefeito Municipal

LEI Nº 107 DE 15 DE ABRIL DE 2010

“Dispõe sobre a criação de novos

cargos e o aproveitamento de pessoal

previsto no Art. 2°, parágrafo único, da

Emenda à Constituição Federal nº 51,

de 14 de Fevereiro de 2006 e dá outras

providências”.

O PREFEITO MUNICIPAL DE ANGUERA, ESTADO DA

BAHIA, no uso de suas atribuições legais e de acordo com o

parágrafo único do art. 2° da Emenda à Constituição Federal

nº 51 de 14 de fevereiro de 2006 e Lei Federal 11.350, de 05

de outubro de 2006, faz saber que a Câmara Municipal de

Vereadores aprova e eu sanciono a seguinte Lei:

ART 1° - As atividades de Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias reger-se-ão pelo disposto na Lei Federal n° 11.350, de 05 de outubro de 2006.

ART 2° - O exercício das atividades de Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias, nos termos da Lei Fe-deral supra, dar-se-á exclusivamente no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS, na execução das atividades de responsabilidade do Município de Anguera, mediante vínculo direto dos referidos Agentes com a Secretaria Municipal de Saúde.

ART 3° - O Agente Comunitário de Saúde tem como atribuição o exercício de atividades de prevenção de doenças e promoção da saúde, mediante ações domiciliares ou comunitárias, individuais ou coletivas, desenvolvidas em conformidade com as diretrizes do SUS e sob a supervisão do gestor municipal.

Parágrafo Único - São consideradas atividades do Agente Comunitário de Saúde, na sua respectiva área de atuação:

I - a utilização de instrumentos para diagnóstico demo gráfi co e sócio-cultural da comunidade;

II - a promoção de ações de educação para a saúde individual e coletiva;

III - o registro, para fi ns exclusivos de controle e planejamento das ações de saúde, de nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saúde;

IV - o estímulo à participação da comunidade nas políticas públicas voltadas para a área da saúde;

V - a realização de visitas domiciliares periódicas para monitoramento de situações de risco à família;

VI - a participação em ações que fortaleçam os elos entre o setor saúde e outras políticas que promovam a qualidade de vida.

ART 4° - Os Agentes de Combate às Endemias tem como atribuições o exercício de atividades de vigilância, prevenção e controle de do-enças e promoção de saúde desenvolvidas em comunidade com as diretrizes do SUS e sob supervisão do gestor municipal.

Art. 5° - O Ministério da Saúde disciplinará as atividades de preven-ção de doenças, de promopreven-ção da saúde, de controle e de vigilância a que se referem os arts. 3Q e 4Q e estabelecerá os parâmetros dos cursos previstos nos incisos II do art. 6Q e I do art. 7Q, observadas as diretrizes curriculares nacionais defi nidas pelo Conselho Nacional de Educação.

ART 6° - O Agente Comunitário de Saúde deverá preencher os se-guintes requisitos para o exercício da atividade:

I - residir na área da comunidade em que atuar, desde a data da publicação do edital do processo seletivo público;

II - haver concluído, com aproveitamento, curso introdutório de formação inicial e continuada;

III - haver concluído o ensino fundamental.

Parágrafo 1°_ Não se aplica a exigência a que se refere o inciso 11 aos que, na data de publicação da Lei Federal 11.350, de 05 de outubro de 2006, já exerciam atividades próprias de Agente Comunitário de Saúde.

Parágrafo 2°- Compete ao Município de Anguera a defi nição da área geográfi ca a que se refere o inciso I, observados os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

ART 7° - O Agente de Combate às Endemias deverá preencher os seguintes requisitos para o exercício da atividade:

I- haver concluído, com aproveitamento ,cursos introdutório de formação inicial e contíguas;

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Art. 8° - Os Agentes Comunitários de Saúde e os Agentes de Com-bate às Endemias admitidos pelo Município, na forma do disposto no 4° do art. 198, da Constituição Federal, submetem-se ao regime jurídico estatutário estabelecido pela Estatuto dos Servidores Públicos Municipais.

Art. 9° - A contratação de Agentes Comunitários de Saúde e os Agentes de Combate às Endemias deverá ser precedida de processo seletivo público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade de suas atribuições e requisitos específi cos para o exercício de suas atividades, que atenda aos princípios inerentes à administração pública enumerados no Art. 37, “caput”, da Consti-tuição Federal.

Parágrafo 1° - Caberá ao Município de Anguera certifi car, na oportunidade da concessão da estabilidade a indivíduo que já exerça as funções de Agente Comunitário em data anterior a promulgação da emenda constitucional nº 51 de 2006, a existência de anterior processo seletivo público de acordo com o caput deste Artigo, dispensando-o de nova seleção pública obedecendo o que prevê o parágrafo único do Art. 9°, da Lei Federal 11.350, de 05 de outubro de 2006.

Parágrafo 2° - O Município de Anguera poderá utilizar certifi cação regular que tenha sido realizada pela Secretaria Estadual de Saúde da Bahia dentro dos parâmetros fi xados pela Lei Federal nº 11.350, de 05 de outubro de 2006.

ART 10º - A administração publica somente poderá rescindir unila-teralmente o contrato do Agente Comunitário de Saúde e de Ende-mias, obedecendo o regime jurídico estatutário, ocorrendo uma das seguintes hipóteses:

I - prática de infração administrativa, dentre as enumeradas na Lei Complementar Municipal.

II - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

III - necessidade de redução de quadro de pessoal, por excesso de despesas, nos termos da Lei Federal nº 9.801, de 14 de junho de 1999;

II- insufi ciência de desempenho apurada em procedimento no qual sejam assegurados ao servidor ampla defesa e contraditório;

Parágrafo Único - O contrato também poderá ser rescindido unilateralmente na hipótese da ausência de qualquer dos requisitos presentes no Art. 6° desta Lei.

ART 11º - Ficam incluídos no Quadro de Pessoal da Administração direta os cargos de Agente Comunitário de Saúde e Agente de Combate a Endemias, constantes no anexo I desta Lei, destinados a promover no âmbito do SUS as ações que lhe são atribuídas nos termos da Lei Federal supra.

Parágrafo 1º - Aos cargos de que se trata este artigo aplica-se jornada de trabalho de 40 horas (quarenta) horas semanais. Parágrafo 2º - A secretaria Municipal de Saúde, em trinta dias promoverá o enquadramento do pessoal que, em razão de processo seletivo público anterior, esteja amparado ao que dispõe o Art. 92, Parágrafo 12, desta Lei.

ART 12º - Fica vedada a contratação temporária ou terceirizada para os cargos públicos criados nesta Lei, salvo na hipótese de combate a surtos endêmicos ou qualquer outra urgência amparada em lei específi ca e justifi cada sua necessidade.

ART 13º - Os profi ssionais que na data da publicação desta Lei exerçam as atividades próprias de Agente Comunitário de Saúde e Agente de Combate a Endemias, vinculados diretamente ao Município de Anguera, não investidos em cargo ou emprego público estável, e não alcançadas pelo disposto no Art.92, parágrafo 12, desta Lei, poderão permanecer no exercício destas atividades, até a realização de processo seletivo público, com vista ao cumprimento do disposto nesta Lei.

ART 14º - As despesas decorrentes da criação dos cargos públicos a que se refere esta Lei correrão por conta das dotações destinadas a pessoal consignadas no orçamento do Município.

Parágrafo Único - O piso salarial dos Agentes Comunitário de Saúde e Agentes de Combate a Endemias será acrescido de 20% a titulo de adicional de insalubridade.

ART 15º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revo-gadas todas as disposições contrárias.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE ANGUERA, ESTADO DA BAHIA EM 15 DE ABRIL DE 2010.

Mauro Selmo Oliveira Vieira Prefeito Municipal

Anexo I

Quadro de Salário-Lei Municipal N°... Cargo de Provimento Processo Seletivo Público-Tabela de Salários DENOMINAÇÃO QUANT CARGA

HORARIA

VENC. Agente Comunitário de Saúde 22 240 651,00 Agente de Combate às Endemias 12 240 510,00

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