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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ASPECTOS ECOLÓGICOS DE Dendropsophus nanus (LISSAMPHIBIA, ANURA, HYLIDAE) EM CORPOS D’ÁGUA TEMPORÁRIOS NA REGIÃO DE PATOS - PB

LINDOMAR RICARDO ALVES DE SOUZA

PATOS, PARAÍBA 2016

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ASPECTOS ECOLÓGICOS DE Dendropsophus nanus (LISSAMPHIBIA, ANURA, HYLIDAE) EM CORPOS D’ÁGUA TEMPORÁRIOS NA REGIÃO DE PATOS - PB

Prof. Orientador Dr. Marcelo Nogueira de Carvalho Kokubum

PATOS, PARAÍBA 2016

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Ciências Biológicas, da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos – PB, como requisito parcial para obtenção do título de licenciado em Ciências Biológicas.

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSRT DA UFCG N754a Souza, Lindomar Ricardo Alves de

Aspectos ecológicos de Dendropsophus nanus (lissamphibia, anura, hylidae) em corpos d’água temporários na região de Patos-PB / Lindomar Ricardo Alves de Souza – Patos, 2016.

42f.: il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Biológicas) – Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, 2016. "Orientação: Prof. Dr. Marcelo Nogueira de Carvalho Kokubum”

Referências.

1. Aspectos ecológicos. 2. Dendropsophus nanus. 3. Vocalização. I. Título.

CDU 574

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“Ser, amar e construir” Dedico aos meus pais, eles que trabalharam arduamente para que eu pudesse concretizar esse sonho, sonho de qualquer pai ou mãe tem em ver seu filho vencer na vida, mas poucos têm a coragem de torná-lo realidade, eles trabalharam com muito esforço e dedicação, através disso que busquei minha inspiração e motivação para a conclusão do curso.

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“Quando a tarde toma a gente nos braços Sopra um vento que dissolve o cansaço E é o avesso do esforço que eu faço Pra ser feliz...” (Fotografia - Leoni)

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a minha família, por ser essencial em minha vida, ao meu pai Sinesio e a minha mãe Eloiza eles com muito carinho е apoio não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida, aos meus irmãos, Leonardo e a Leydianne, por ela ter sido a encorajadora e o pilar dos meus passos.

A minhas avós, Alta e Nair, por se preocuparem comigo e sempre me desejando cuidado e boa sorte nos estudos.

Aos meus amigos do curso por todos os momentos compartilhados, e foram muitos, risos bobos, choro por notas, viagem das disciplinas que por sinal sempre foram ótimas, por toda a ajuda que vocês turma de 2011.1 de Ciências Biológicas me deram.

Ao casal que me ajudou bastante nessa temporada em Patos, Euda e Diego. Eles que me proporcionaram alegrias e lembranças inesquecíveis; Euda, obrigado pelos seus conselhos e por sua paciência com meus choros, eu sou e serei muito grato a você.

Aos meus colegas do LHUFCG pela a ajuda direta e indiretamente no meu trabalho de pesquisa, e em especial Fernanda Rodrigues, pela grande ajuda em campo e, por estar sempre disposta a me ajudar.

A todos os meus amigos que me acompanharam nessa jornada.

A todos os professores, pelos ensinamentos profissionais por eles passados.

Ao meu orientador, Marcelo Kokubum, por aceitar a me orientar sem pestanejar e fazer com que esse trabalho se tonasse realidade, por toda a paciência que teve comigo, por toda dedicação dada por ele como um excelentíssimo profissional e de uma boa índole. Serei eternamente grato pelos seus ensinamentos, e irei levar todos para a minha vida.

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FIGURA 1: Macho de Dendropsophus nanus encontrado no município de Patos, PB. ... 15

FIGURA 2: Poças temporárias utilizadas para o estudo de Dendropsophus nanus. Corpo d’água temporário 1 - (A) e Corpo temporário 2 - (B). Registro feito na propriedade particular no município de Patos, no mês de Julho de 2015. 17

FIGURA 3: Substrato e posição utilizados por indivíduos de Dendropsophus nanus para suas atividades na propriedade particular, no Município de Patos-PB. A = galhos e paralelamente a superfície da água; B = folhas e paralelamente a superfície da água; C = folha e cabeça para baixo; D = galho, cabeça para cima. 20

FIGURA 4: Substrato utilizado por machos (n=59) e fêmeas (n=4) de Dendropsophus nanus na propriedade particular, no Município de Patos-PB. O eixo “x” representa o substrato e o eixo “y” o número de indivíduos. 21

FIGURA 5: Posição do indivíduo no substrato utilizado por macho (n=59) e fêmeas (n=4) de Dendropsophus nanus na propriedade particular, no Município de Patos-PB. O eixo “x” representa a posição do indivíduo no substrato e o eixo “y” o número de indivíduos. 21

FIGURA 6: Abundância do numero de macho de Dendropsophus nanus vocalizando nas duas poças por horário na propriedade particular, no Município de Patos-PB. O eixo “x” o número de visitas e o eixo “y” o número de indivíduos. 23

FIGURA 7: Abundância de acordo com o número de macho em vocalização correlacionada com umidade, temperatura e o número de indivíduos encontrados em cada horário, para as duas poças em estudo na propriedade particular, no Município de Patos-PB. Indivíduos/poça1 = IND/P1, indivíduos/poça2 = IND/P2. 24 FIGURA 8: Casal de Dendropsophus nanus em amplexo, na propriedade particular, Patos, PB. 23

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FIGURA 9: Desenvolvimento dos membros posteriores dos girinos de Dendropsophus nanus, entre os estágios 35-37 acompanhados em laboratório. A- estágio 35, B- estágio 36, C- estágio 37 e D- estágio 37. 26 FIGURA 10: Canto de anúncio de um macho de Dendropsophus nanus na propriedade particular, município de Patos-PB. Acima: sonograma, meio: espectrograma e, abaixo: espectro de força do canto de anúncio. MNCK0458_Dendropsophusnanus_Patos_Paraíba. Dia 26 de maio 2015. Temperatura do ar: 28,5oC e Umidade relativa do ar: 45% 28 FIGURA 11: Aspecto de três notas do canto de anúncio de Dendropsophus nanus na propriedade particular. Acima: Nota 1; meio: nota 2 e; abaixo: Nota 3. MNCK0458_Dendropsophusnanus_Patos_Paraíba. Dia 26 de maio 2015. Temperatura do ar: 28,5oC e Umidade relativa do ar: 45% 29

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estudados na propriedade particular, no Município de Patos-PB. (Amplitude (Média ± Desvio Padrão) (número de amostras); * = valores significativos: p<0,05). 19

TABELA 2: Medidas descritas para as variáveis do substrato utilizadas pelo os indivíduos de Dendropsophus nanus e sua similaridade pelo sexo na propriedade particular, no Município de Patos-PB. (Amplitude (cm); número de amostras (Média ± Desvio Padrão); * = valores significativos: p<0,05). 22

TABELA 3: Valores morfométricos dos últimos estágios do desenvolvimento dos girinos (25-37) de Dendropsophus nanus acompanhados em laboratório. Os dados são apresentados como número de amostras, amplitude e (Média ± Desvio Padrão). 25

TABELA 4: Parâmetros acústicos do canto de anúncio de machos de Dendropsophus nanus (n = 5 machos) analisados na propriedade particular, município de Patos-PB. Valores se referem a mínimo – máximo (media ± desvio padrão). (obs. *n=3; **n=19). Hz = hertz; ms = milissegundos. 27

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LISTA DE ANEXO

ANEXO 1: Licença permanente para coleta de material zoológico 34 ANEXO 2: Número de protocolo do Comitê de Ética 36 ANEXO 3: Regras de submissão 37

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Sumário

Introdução ... 13

Material e Métodos ... 15

Áreas de estudo ... 15

Coleta dos Adultos ... 16

Coleta de desovas e acompanhamento dos girinos em laboratório ... 17

Análises estatísticas ... 18

Registros bioacústicos ... 18

Resultados ... 18

Caracterização morfológica ... 19

Substrato utilizado para atividade ... 19

Acompanhamento do casal em amplexo e sua desova ... 23

Análises bioacústicas ... 26

Discussão ... 27

Referências ... 30

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Aspectos ecológicos de Dendropsophus nanus (lissamphibia, anura, hylidae) em corpos d’água temporários na região de Patos – PB

Lindomar Ricardo Alves de Souza¹* Marcelo Nogueira de Carvalho Kokubum²,

¹ Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural Bairro Santa Cecília, Caixa-Postal: 64, CEP 58700-970, Patos – PB, Brasil

² Universidade Federal de Campina Grande, Patos – PB, Brasil *Autor para correspondência:

lindomar.ricardo@gmail.com

Submetido em... Aceito para publicação em...

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Aspectos ecológicos de Dendropsophus nanus (lissamphibia, anura, hylidae) em corpos d’água temporários na região de Patos – PB

RESUMO

Este trabalho objetivou avaliar os aspectos ecológicos de Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889), trata-se de um animal de pequeno porte, com o padrão de cor dorsal amarelo a castanho claro, com linhas de pontos escuros, um gênero com ampla distribuição, indo desde o Norte da Argentina e Uruguai até o Sul do México. O presente estudo foi realizado em ambientes que apresentaram poças temporárias. Em uma propriedade particular, no Município de Patos – PB. Durante as visitas na propriedade realizaram-se busca ativa visual e auditiva, com duração média de 3 horas; início ao horário inicial da vocalização da espécie, com a finalidade de encontrar indivíduos adultos em atividade. Foram amostrados 67 indivíduos adultos da espécie. Existiu correlação significativa entre o comprimento rostro-cloacal de machos e fêmeas, e entre o peso corporal. Um casal em amplexo foi encontrado e veio a depositar 423 ovos, onde os mesmos tiveram o desenvolvimento dos girinos acompanhados em laboratório. O canto de anúncio dos machos apresentou variações quanto ao comprimento e número de notas/canto. Espera-se que os dados desse trabalho possam contribuir com a melhor compreensão dos aspectos ecológicos desta espécie.

Palavras-chave: Aspectos ecológicos; Dendropsophus nanus; Vocalização ABSTRACT

Ecological aspects of Dendropsophus nanus (Lissamphibia, anura, Hylidae) in temporary ponds in the region of Patos-PB. This study aimed to evaluate the ecological aspects of Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889), which is a small animal, with the yellow dorsal color pattern to light brown, with lines of dark spots, a genre with extensive distribution, going from the North of Argentina and Uruguay to the south of Mexico. This study was conducted in environments that have temporary ponds. In a private property in the municipality of Patos - State of Paraíba. During the visits in the property, visual and auditory active search were carried out, with an average duration of 3 hours; beginning at the initial time of the vocalization of the species, in order to find adults in activity. 67 adults of the species were sampled . There was a significant correlation between the snout-vent length of males and females, and between body weight. A couple in amplexus was found and laid 423 eggs, where they had the development of tadpoles monitored in the laboratory. The

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advertisement call of the males showed variations on the length and number of notes / calls. It is expected that the data of this study can contribute to the better understanding of the ecological aspects of this species.

Keywords: Ecological aspects; Dendropsophus nanus; Vocalization

Introdução

No Brasil o bioma Caatinga possui uma área de 844.453 Km2 e que se estende do Piauí até o norte de Minas Gerais (MMA, 2014). O clima é semiárido com uma estação chuvosa curta e longos meses sem chuva; onde a evaporação potencial supera a precipitação praticamente em todos os meses do ano (MAGALHÃES, 2002). Conhecem-se hoje com característica da Caatinga semiárida, 48 espécies de anuros (RODRIGUES, 2003). Embora muitas espécies de anuros tropicais possam se reproduzir ao longo do ano, a chuva parece ser o fator extrínseco primário no controle dos padrões reprodutivos dessas espécies.

A diversidade de modos de reprodução nos anuros é uma das maiores observada para os vertebrados (DUELLMAN; TRUEB, 1986). As características reprodutivas, tais como frequência de oviposição, número de ovos e tamanho dos ovos em anfíbios anuros é determinada pelas condições do ambiente onde vive a espécie (PRADO, 2005). Os fatores abióticos são importantes para a atividade reprodutiva dos anuros. Nos trópicos, a chuva é o principal fator abiótico a determinar a atividade reprodutiva dessas espécies, afetando a época e a duração do período reprodutivo e estabelecendo, de certa forma, uma sazonalidade reprodutiva (DE OLIVEIRA et al., 2007). As comunidades de anuros neotropicais apresentam modos de reprodução mais generalizados, isso se deve à existência de espécies que depositam seus ovos diretamente na água, e de espécies que apresentam modos de reprodução mais especializados, inclusive em ambientes terrestres (POMBAL JR.; HADDAD, 2005).

Os anfíbios são um grupo de grande importância ecológica, tanto por sua grande diversidade, quanto pelo fato de corresponderem a um grupo de interface entre a água e a terra (HADDAD, 2008). Os anuros são considerados, em geral, forrageadores oportunistas, com sua dieta sendo composta principalmente de insetos. Porém, a disponibilidade de presas e o tamanho apropriado destas podem determinar a dieta desses animais (SILVA, 2011).

Estudos detalhados mostram que a comunicação sonora em anuros pode envolver diversos tipos de vocalizações, utilizados em variados contextos (CHAVES, 1996), predominantemente como meio de comunicação (WELLS, 1977, 1988; DUELMANN; TRUEB, 1986) e que seus cantos são reproduzidos pelos machos, nos traz a ideia que têm as

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funções principais do canto entre os indivíduos é o reconhecimento de indivíduos da mesma espécie, a atração de fêmeas, a demarcação de territórios e o afastamento de rivais (DELGADO, 2010). A estrutura física do canto e o sítio de vocalização foram, nessa ordem, os fatores mais importantes na segregação das espécies, sendo constatado por muitos estudos sobre comunidades de anuros (ROSSA-FERES; JIM, 2001).

A estratégia reprodutiva comportamental do macho vocalizador, onde o macho através da vocalização atrai fêmeas para a reprodução, caracteriza-se como a estratégia mais eficiente para a conquista de parceiras. Outras duas estratégias comportamentais que podem ser chamadas de estratégias reprodutivas alternativas, uma vez que são alternativas à estratégia do macho vocalizador, embora não mutuamente exclusivas; é a estratégia do macho satélite e estratégia de procura ativa por fêmeas, apresentada por machos que percorrem o ambiente, sem vocalizar, à procura de fêmeas que são interceptadas para o acasalamento (POMBAL JR.; HADDAD, 2005).

A maioria das espécies de anuros é de hábito noturno e iniciam a atividade de vocalização próxima ao horário do pôr do sol e três horas após o pôr do sol, o pico de suas vocalizações ocorre em termos de machos ativos. Visto que Dendropsophus nanus Boulenger, 1889 (Figura 1), apresenta vocalizações de alta intensidade (SANTOS, 2006), e por se caracterizar um animal de pequeno porte, os indivíduos tendem a apresentar vocalizações com frequências relativamente altas, que facilitam a sua localização (MARTINS; JIM, 2003). Caracteriza-se por apresentar o padrão de cor dorsal amarelo a castanho claro, com linhas de pontos escuros (OLIVEIRA, 2010).

Dos anuros que ocorrem no Brasil, 332 são pertencentes à família Hylidae (SBH, 2014). Os hilídeos são comumente chamados de pererecas e a grande maioria dos espécimes é arborícola, preferindo formações vegetais próximas a corpos de água. Morfologicamente são indivíduos que variam no tamanho (entre 1,7-14 cm), nas cores da pele e dos olhos. Entretanto, o grupo é marcado por uma característica singular: a presença de discos digitais adesivos nas extremidades dos dedos, que permitem a fixação destes animais em substratos variados (ALVES, 2011).

A família Hylidae é constituída por aproximadamente 685 espécies, agrupadas em sete subfamílias: Acridinae, Cophomantinae, Dendropsophinae, Hylinae, Lophyohylinae, Pseudinae e Scinaxinae. A subfamília Dendropsophinae possui 99 espécies contidas em dois gêneros: Xenohyla (2 sp.) e Dendropsophus (97 sp.), dentro do gênero Dendropsophus, as espécies são posicionadas em grupos segundo Frost (2016). O grupo D. microcephalus é o grupo mais especioso no gênero, incluindo mais de 30 espécies, uma vez que as relações

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internas do grupo D. microcephalus não são tão claras, ainda não é possível apresentar uma interpretação evolutiva preciso de todos os dados citogenéticos disponíveis para as espécies de Dendropsophus (MEDEIROS et al., 2013). Dendropsophus nanus, a espécie destacada nesse estudo, está contida nesse grupo.

Esta espécie pertencia ao gênero Hyla, mas foi movida para o gênero Dendropsophus, na qual designa espécies com focinho curto e, em geral, de pequeno porte. Deste gênero, 88 espécies foram realocadas para o Dendropsophus (FAIVOVICH et al., 2005). Um gênero com ampla distribuição, indo desde o Norte da Argentina e Uruguai até o Sul do México (FROST, 2016).

O presente estudo teve por objetivo descrever os principais aspectos ecológicos de D. nanus (e.g. substrato utilizado para suas atividades, amplexo, desova, entre outros) de corpos d’água temporária na região de Patos - PB.

FIGURA 1: Macho de Dendropsophus nanus encontrado no município de Patos - PB.

Foto: KOKUBUM, M. N. C., 2015.

Material e Métodos Áreas de estudo

Os estudos foram realizados em ambiente que apresentaram lagoas temporárias. Todas as coletas de dados foram feitas em uma propriedade particular, Bairro Jatobá no Município de Patos no estado da Paraíba. A área apresenta as seguintes coordenadas S07º03’25.6’’ e W037º16’17.0’’. A área de estudo se encontra próxima ao campus da Universidade Federal de

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Campina Grande (UFCG). A mesma possui duas poças, uma maior com 38 m de largura por 66 m de comprimento (Poça 1), (Figura 2, A,B), e a outra com 36 m de largura por 48 me de comprimento (Poça 2), (Figura 2, C,D), sendo que esta última tinha sua água drenada para a lagoa maior, apresentando água somente em estações chuvosas no intervalo dos meses de fevereiro a agosto de 2015. A propriedade é formada praticamente por áreas de pastagem.

Coleta dos Adultos

As visitas ocorreram à propriedade de estudo nos meses de maio á agosto de 2015 e março e abril de 2016 (no intervalo de setembro a fevereiro não houve coleta devido à ausência da espécie estudada), com visitas in loco no sítio acima citado, em dias alternados. Os indivíduos foram registrados através de busca ativa visual e auditiva, com duração média de 3 horas, início ao horário inicial da vocalização da espécie (entre 17h30min e 20h30min). Esta busca por dados tinha como objetivo o de encontrar indivíduos adultos em atividade, casal em amplexos e desovas.

Os adultos coletados da espécie D. nanus foram medidos, com um paquímetro de precisão 0,1 mm, para obtenção do comprimento rostro-cloacal (CRC) e as massas obtidas com uma balança digital de precisão de 0,01 g. O sexo do indivíduo foi identificado por suas características morfológicas.

Realizaram-se testes descritivos para a caracterização do substrato utilizado para atividade de vocalização, repouso ou forrageio, de cada indivíduo capturado. Com o auxílio de uma trena, foi caracterizado pelas seguintes variáveis: tipo de substrato, posição do indivíduo no substrato, altura, distância da margem, distância do mais próximo e profundidade da lagoa. Depois de feitas essas anotações os indivíduo foram liberados.

A estimativa de abundância, realizada pelo método de busca em sítio de reprodução, foi correlacionada com a hora, a umidade e a temperatura do ambiente, registrado com o a auxílio de um termohigrômetro. O número de machos em vocalização foi contabilizado durante o percurso do perímetro dos corpos d’água (SCOTT; WOODWARD, 1994) percorrendo-se todo o perímetro amostrado.

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FIGURA 2: Poças temporárias utilizadas para o estudo de Dendropsophus nanus. Corpo d’água temporário 1 - (A) e Corpo temporário 2 - (B). Registro feito na propriedade particular no município de Patos, no mês de Julho de 2015.

Fotos: do próprio autor

Coleta de desovas e acompanhamento dos girinos em laboratório

Para a coleta de desovas, realizou-sea busca por um casal em amplexo, para facilitar a coleta da desova. Devido suas desovas serem aquáticas (depositadas diretamente na água), foram feitas observações aos possíveis casais, com o objetivo de observar a escolha do parceiro e características do amplexo, sendo então coletados e acondicionados em um saco plástico e levado para o laboratório, aonde posteriormente o casal viria a depositar sua desova, a qual foi transferida para um aquário para observação. Dos mesmos foram medidos o comprimento rostro-cloacal (CRC) e de massa corporal.

Para a observação da metamorfose dos girinos, uma desova foi acompanhada em aquário no laboratório em um período de 35 dias, sendo coletados cinco girinos em cada dia e preservada em formol a 5%. Os girinos foram tombados na coleção de Herpetologia do Laboratório de Herpetologia da Universidade Federal de Campina Grande (LHUFCG).

As análises dos estágios de desenvolvimento foram feitas a partir das principais medidas do girino (GOSNER, 1960) em que foi registrado o comprimento do corpo, distância

A

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internarial, distância interorbital, altura máxima da cauda, o comprimento da cauda, o comprimento total, altura músculo da cauda e a largura do músculo da cauda.

Análises estatísticas

Foram realizados testes descritivos para os machos e fêmeas; análises de Regressão (ZAR, 1999) entre os sexos e entre as medidas das variáveis do substrato (altura, distância da margem, distância do mais próximo, profundidade da lagoa) versus o sexo. Para os machos foi feito o teste Regressão/Análise de Variância, CRC versus peso, distância do mais próximo, altura, distância da margem e profundidade. Testou-se também altura versus distância da margem e altura versus profundidade da água. As análises estatísticas seguem um grau de significância de 0,05.

Para a estimativa de abundância utilizou o teste-t na correlação do número total de indivíduos encontrado na Poça 1 e na Poça 2 , com a temperatura e a umidade relativa. Foi testado o número de indivíduos encontrados pelo horário.

Registros bioacústicos

Alguns indivíduos machos vocalizando foram gravados (n=8). Quatro foram gravados em 15 de maio de 2015, e no dia 26 do mesmo mês e ano, foram gravados mais quatro na localidade em estudo no município de Patos, PB. Destes oito indivíduos, apenas cinco foram analisados. Estes indivíduos foram coletados e acondicionados em potes de plástico e levados para o laboratório e tombados na coleção de Herpetologia do Laboratório de Herpetologia da Universidade Federal de Campina Grande (LHUFCG), município de Patos, Paraíba (LHUFCG1613, 1614, 1615, 1616, 1617).

Os registros foram realizados utilizando um gravador digital (Tascam DR100 ou Microtek) acoplado a um microfone direcional (Senheiser ME66) e para a análise das gravações e construção das imagens do oscilograma, espectrograma e do diagrama de espectro de potência foi utilizado o software SoundRuler (GRIDI-PAPP, 2007). A terminologia usada para descrever as vocalizações seguiu Heyer et al. (1990). Os cantos seguiram os parâmetros: FFT = 256, Frame = 100, Overlap = 75, Amplitude = 300 and flap top filter e, tiveram as seguintes variáveis analisadas: duração de cada nota, taxa de repetição de notas, frequências fundamental e dominante.

Resultados

No meses de maio á agosto de 2015, março e abril de 2016, foram realizadas 20 idas a campo durante as estações quente e chuvosa, totalizando 60 horas de trabalho de campo.

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19

Foram registrados e analisados 67 indivíduos adultos de Dendropsophus nanus, dos quais consistiam 04 fêmeas e 63 machos. Somente 10 indivíduos foram coletados e tombados (LHUFCG 1613, 1614, 1615, 1616, 1617, 1618, 1619, 1717, 1718) sendo os demais soltos após serem capturados e aferidas suas medidas.

Caracterização morfológica

Os machos apresentaram comprimento rostro-cloacal (CRC) entre 17-24,2 mm (20,136±1,57; n=61) e peso entre 0,27-0,63 g (0,489±0,078; n=62), enquanto que as fêmeas obtiveram o CRC entre 22,2-25,9 mm (23,775±1,597; n=4) e o peso entre 0,61-0,88 g (0,725±1,597; n=4). Existiu correlação significativa entre os CRCs de machos e fêmeas (F=328; p=0,001), e entre o peso corporal de machos e fêmeas (F=316,5; p=0,003) (Tabela 1).

TABELA 1: Comprimento rostro-cloacal e peso de indivíduos de Dendropsophus nanus estudados na propriedade particular, no Município de Patos-PB. (Amplitude (Média ± Desvio Padrão) (número de amostras); * = valores significativos: p<0,05).

Dendropsophus nanus

Sexo Machos Fêmeas Macho x Fêmea

CRC 17-24,2 (20,13±61,57) (n=61) 22,2-25,9 (23,775±1,597) (n=4) (F=328; p=0,001) * Peso 0,27-0,63 (0,489±0,078) (n=62) 0,61-0,88 (0,725±0,118) (n=4) (F=316,5; p=0,003) *

Substrato utilizado para atividade

Foram descritos para esse estudo 04 tipos de substrato (folha, galho, galho grama e água) e 03 tipos de posição (cabeça para cima, cabeça para baixo e paralelamente à superfície da água) para as duas poças (Figura 3). Os machos D. nanus foram encontrados principalmente em folhas e galhos, paralelamente à superfície da água e com a cabeça para cima; todos os machos estavam vocalizando, considerando como sítio de vocalização para os machos. As fêmeas foram vistas somente em folhas e galhos e paralelamente a superfície da água (Figura 4 e 5).

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FIGURA 3: Substrato e posição utilizados por indivíduos de Dendropsophus nanus para suas atividades na propriedade particular, no Município de Patos-PB. A = galhos e paralelamente a superfície da água; B = folhas e paralelamente a superfície da água; C = folha e cabeça para baixo; D = galho, cabeça para cima.

Fotos: A e B do próprio autor, C e D KOKUBUM, M. N. C., 2015.

Apenas uma das quatro variáveis do substrato (altura, distância da margem, distância do mais próximo, profundidade da poça) foi significativamente correlacionada com o sexo (macho+fêmeas) no substrato, considerando p<0,05: distância da margem foi significativa (F=255,5; p = 0,047), enquanto não houve significância entre a altura (F=237,5; p=0,112), distância do mais próximo (F=79,5; p=0,303) e profundidade da poça (F=79,5; p=0,303) (Tabela 2).

A

B

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FIGURA 4: Substrato utilizado por machos (n=59) e fêmeas (n=4) de Dendropsophus nanus na propriedade particular, no Município de Patos-PB. O eixo “x” representa o substrato e o eixo “y” o número de indivíduos.

FIGURA 5: Posição do indivíduo no substrato utilizado por macho (n=59) e fêmeas (n=4) de Dendropsophus nanus na propriedade particular, no Município de Patos-PB. O eixo “x” representa a posição do indivíduo no substrato e o eixo “y” o número de indivíduos. 0 5 10 15 20 25 30 35

folha galho galho grama água

N ú mer o d e in d ivíd u o s Substrato MACHOS FÊMEAS 0 5 10 15 20 25 30 35

PARA CIMA PARA BAIXO PARALELA/SUBSTRATO

N ú mer o d e in d iviíd u o s

Posição do indivíduo no substrato

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TABELA 2: Medidas descritas para as variáveis do substrato utilizadas pelos indivíduos de Dendropsophus nanus e sua similaridade pelo sexo na propriedade particular, no Município de Patos-PB. (Amplitude (cm); número de amostras (Média ± Desvio Padrão); * = valores significativos: p<0,05).

Variáveis Dendropsophus nanus

Macho Fêmea Macho x Fêmea

Altura 0-30; n=59 (7,305±7,468) 5-15; n=4 (11±4,546) (F=237,5; p=0,112) Distância da margem 0-900; n=59 (257,856±263,420) 100-300; n=4 (225±90) (F=255,5; p = 0,047) * Distância do indivíduo mais próximo 10-500; n=53 (82,943±102,326) 10-80; n=3 (46,667±35,119) (F=79,5; p=0,303) Profundidade 0-55; n=37 (28,946±12,344) 25-40; n=4 (32,5± 6,455) (F=79,5; p=0,303)

Os testes para os machos de D. nanus, CRC versus peso (t =7,489; p=0,000) e CRC versus distância do indivíduo mais próximo (t=-2,046; P=0,046) foram significativos, enquanto não houve significância entre CRC versus (altura, distância da água e profundidade). O outro teste feito foi altura versus distância da água, que foi significativa (t = 7.514; p = 0,000) e altura versus profundidade da água que, não deu significativo.

A abundância foi registrada das 17h30min às 20h30min, para os machos de D. nanus vocalizando nas duas poças (Figura 6), a vocalização da espécie deu início desde as primeiras horas da noite.

Foi realizada a estimativa de abundância para as duas poças e não houve correlação entre o número total de indivíduos encontrado na poça 1 com a temperatura (t= -0,81; p = 0,41) e/ou com a umidade relativa (t=-0,883; p= 0,38). O número de indivíduos encontrado na poça 2 também não foi correlacionado com a umidade relativa (t=0,64; p= 0,51) tampouco com a Temperatura (t=1,18; p=0,24). Houve diferenças significativas entre o número de indivíduos encontrados em cada horário, sendo 1-2 (t=-2,345; p = 0,030), 1-3 (t=-3,08; p=0,006), 1-4 (t= -2,625) e 2-3 (t=-2,042; p 0,055) (Figura 7).

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FIGURA 6: Abundância do número de macho de Dendropsophus nanus vocalizando nas duas poças por horário na propriedade particular, no Município de Patos-PB. O eixo “x” apresenta o numero de visitas e o eixo “y” o número de indivíduos.

Acompanhamento do casal em amplexo e sua desova

No dia 21 de Julho de 2015, foi encontrado um casal de D. nanus em atividade de amplexo no Corpo d’água temporário 1 da propriedade particular, às 19h46. O macho passou a vocalizar em uma intensidade maior, fazendo com que uma fêmea se aproximasse dele cada vez mais rápido, ela encontrou com o macho vocalizador e ficou a sua frente parada, o macho subiu nas costas da fêmea e parou de vocalizar após o amplexo. O casal encontrava-se a 15 cm da superfície da água, distante 1m da margem, sobre folhas (Figura 8). Após alguns minutos de observação do casal, o mesmo foi coletado e acondicionado em um saco plástico, horas depois veio a depositar seus ovos.

FIGURA 8: Casal de Dendropsophus nanus em amplexo, na propriedade particular, Patos-PB.

Foto: do próprio autor

0 5 10 15 20 25 30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 N u m e ro d e in d iv id u o s Numero de visitas 17-17:59 18-18:59 19-19:59 20-20:59

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FIGURA 7: Abundância de acordo com o número de macho em vocalização correlacionada com umidade, temperatura e número de indivíduos encontrados em cada horário, para as duas poças em estudo na propriedade particular, no Município de Patos-PB. Indivíduos/poça1 = IND/P1, indivíduos/poça2 = IND/P2.

* Para cada visita foram feitos quatro registros do número de indivíduos vocalizando, tendo três visitas com apenas três registros.

O casal apresentou as seguintes medidas: CRC do macho = 18,2 mm e peso = 0,38 g, e o CRC da fêmea = 22,2 mm e peso = 0,66 g. Em relação à desova, foram contabilizados 423 ovos, os quais apresentaram o diâmetro entre 0,2-0,21 cm (0.202±0,004; n= 5). O desenvolvimento dos girinos foi observado do ovo até o estágio 37 (Tabela 3), no período de 35 dias (22 de julho a 01 de setembro de 2015).

Dos estágios 1-19 ocorreu o desenvolvimento do embrião e o surgimento dos primeiros órgãos. Nos estágios 20-25, os girinos tiveram seus olhos distinguíveis, nadadeiras transparentes, iniciada a circulação e desenvolvimento do opérculo. Nos estágios 26-37 ocorreram a formação do disco oral e dos brotos dos membros posteriores, ao decorrer dos estágios os brotos se transformaram em dedos individuais (Figura 10).

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 3 5 7 9 11131517192123252729313335373941434547495153555759616365676971737577 DIAS

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TABELA 3: Valores morfométricos dos últimos estágios do desenvolvimento dos girinos (25-37) de Dendropsophus nanus acompanhados em laboratório. Os dados são apresentados como número de amostras, amplitude e (Média ± Desvio Padrão).

Estágio 25 (n = 92) 30 (n = 1) 31 (n=2) 32 (n=1) 34 (n=2) 35 (n=2) 36 (n=1) 37 (n=1) Comprimento do corpo 0,2-0,9 (0,372±0,145) 0,77 0,75-0,8 (0,775±0,035) 0,8 0,85-0,87 (0.86±0,014) 0,9-0,92 (0,91±0,014) 0,95 0,95 Distância internarial 0,08-0,23 (0,136±0,038) 0,25 0,25-0,25 (0,25±0,0) 0,25 0,25-0,25 (0,25±0,0) 0,25-0,25 (0,25±0,0) 0,29 0,27 Distância interorbital 0,1-0,4 (0,206±0,088) 0,48 0,45-0,51 (0,48±0,042) 0,51 0,52-0,55 (0,535±0,021) 0,56-0,57 (0,565±0,007) 0,61 0,55 Altura máxima da cauda 0,1-0,46 (0,21±0,091) 0,45 0,5-0,56 (0,53±0,042) 0,46 0,56-0,6 (0,58±0,028) 0,55-0,62 (0,585±0,049) 0,65 0,6 Comprimento da cauda 0,15-1,52 (0,765±0,305) 1,75 1,24-1,45 (1,345±0,148) 2 1,95-2,23 (2,09±0,198) 2-2,16 (2,08±0,113) 2,2 1,7 Comprimento total 0,1-2,22 (1,112±0,458) 2,52 1,99-2,25 (2,12 ±0,184) 2,8 2,82-3,08 (2,95±0,184) 2,92-3,06 (2,99±0,099) 3,15 2,65 Altura do músculo da cauda 0,08-0,8 (0,121±0,083) 0,2 0,25-0,27 (0,26±0,014) 0,24 0,3-0,35 (0,325±0,035) 0,25-0,3 (0,275±0,035) 0,35 0,32 Largura do músculo da cauda 0,05-0,25 (0,113±0,045) 0,24 0,25-0,25 (0,25±0,0) 0,25 0,3-0,31 (0,305±0,007) 0,3 0,32 (0,31±0,014) 0,32 0,32

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FIGURA 9: Desenvolvimento dos membros posteriores dos girinos de Dendropsophus nanus, entre os estágios 35-37 acompanhados em laboratório. A- estágio 35, B- estágio 36, C- estágio 37 e D- estágio 37.

Fotos: A, B e C, MEIRA, F. R., 2015, D do próprio autor. Análises bioacústicas

O canto de anúncio dos machos de Dendropsophus nanus da presente pesquisa corresponde a uma sequência contínua de notas (3 notas pulsionadas). A frequência fundamental e a dominante apresentaram, em média, 1998,27 Hz e 3996,56 Hz, respectivamente, e o comprimento do canto em média 449,18 Hz veja (Tabela 4; Figura 10; figura 11).

D

A

B

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TABELA 4: Parâmetros acústicos do canto de anúncio de machos de Dendropsophus nanus (n = 5 machos) analisados na propriedade particular, município de Patos, Paraíba. Valores se referem a mínimo – máximo (média ± desvio padrão). (obs. *n=3; **n=19). Hz = hertz; ms = milissegundos.

Parâmetros acústicos Dendropsophus nanus

Frequencia fundamental (Hz) 1937,98 – 2110,25 (1998,27±56,58) Frequencia dominante (Hz) 3875,70 – 4220,50 (3996,56±113,17) Comprimento do canto (ms) 402,7 – 546,89 (449,18±39,69) Comprimento da nota 1 (ms) 38,39 – 56,71 (48,08±4,914) Comprimento da nota 2 (ms) 28,59 – 39,93 (34,31±3,23) Comprimento da nota 3 (ms) 27,39 – 47,82 (35,72±5,83) Intervalo entre notas 1-2 (ms) 134,55 – 218,59 (163,79±22,16) Intervalo entre notas 2-3 (ms) 132,83 – 216,21 (166,59±21,11)

Intervalo entre cantos (ms) * 713,56 – 1820,36 (1203,00±564,37)

Pulsos por nota 1** 8 – 17 (12,05±1,95)

Pulsos / nota 2 5 – 8 (6,05±0,70)

Pulsos / nota 3 5 – 8 (5,9±0,96)

Discussão

Os machos de D. nanu, durante o presente estudo, só foram observados vocalizando de maio a agosto de 2015 e março e abril de 2016. Enquanto a espécie Dendropsophus minutus, uma espécie que pertence ao mesmo gênero, foi observada vocalizando durante todo o ano, o maior número de machos vocalizando ocorreu no período de fevereiro a agosto (DE OLIVEIRA et al., 2007). A chuva foi o principal fator abiótico a determinar a atividade reprodutiva dessas espécies.

Segundo Toledo et al., (2003), em relação à sazonalidade, Hyla albopunctata, Hyla nana (Dendropsophus nanus), Hyla sanborni (Dendropsophus sanborni) e Physalaemus cuvieri tiveram seu padrão reprodutivo prolongado, cuja atividade de vocalização se manteve por mais de cinco meses. Contudo, sabe-se que uma mesma espécie de anfíbio anuro pode se comportar de maneira diferente de uma região para outra, dependendo da fisionomia ambiental e do clima (CARDOSO, 1984).

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FIGURA 10: Canto de anúncio de um macho de Dendropsophus nanus na propriedade particular, município de Patos- PB. Acima: sonograma, meio: espectrograma e, abaixo: espectro de força do canto de anúncio. MNCK0458_Dendropsophusnanus_Patos_Paraíba. Dia 26 de maio 2015. Temperatura do ar: 28,5oC e Umidade relativa do ar: 45%

Comparando-se os dados obtidos com os de estudos já publicados sobre a mesma espécie, observa-se que o CRC dos machos de D. nanus no presente estudo foi semelhante para a espécie encontrado na região de Nova Itapirema, SP (MENIN, 2002). A média do CRCs das fêmeas também foi semelhante, o peso corporal e o número de ovos foi maior, comparando com os resultados de Oliveira (2010).

As espécies Dendropsophus nanus, Hypsiboas albomarginatus, H. crepitans, H. faber, H. raniceps, Phyllomedusa nordestina, Scinax pachycrus e S. x-signatus foram encontrados exercendo suas atividades em folhas, galhos e troncos, vegetações do tipo arbustivo e arbóreo, característico de espécies arborícolas (BARBOSA; DE SOUSA ALVES, 2014).

Os machos de Hyla nana (D. nanus) e Hyla sanborni (D. sanborni) utilizaram o substrato folha para vocalizar, perpendicularmente à superfície das águas e com a cabeça voltada para baixo (MENIN, 2002). Observou-se com relação ao substrato e posição de maior

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FIGURA 11: Aspecto de três notas do canto de anúncio de Dendropsophus nanus na propriedade particular. Acima: Nota 1; meio: nota 2 e; abaixo: Nota 3. MNCK0458_Dendropsophusnanus_Patos_Paraíba. Dia 26 de maio 2015. Temperatura do ar: 28,5oC e Umidade relativa do ar: 45%

frequência de D. nanus nesse estudo por galhos, paralelamente a superfície da água. Em outro trabalho com duas espécies do mesmo gênero, verificou-se que D. minutus aparece com maior predominância nas folhas enquanto D. nanus nos galhos, essa ocupação de um determinado espaço está relacionada às condições que facilitam a coexistência das espécies, como a disponibilidade e a forma de distribuição dos recursos (alimentos, abrigo parceiros), adaptação morfológica por serem duas espécies congêneres (CARVALHO; DE JESUS, 2015).

Esta espécie reproduz preferencialmente em brejos que tenham vegetação rala, gramíneas e ciperáceas, sujeitos à inundação periódica. Os ovos são postos em pequenos grupos presos à vegetação logo abaixo da superfície da água. Cada postura contém cerca de uma centena de ovos. Estes são pequenos, bicolores, medindo externamente 2 mm de diâmetro e o ovo propriamente dito 1,2 mm (BOKERMANN, 1963).

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Os girinos do grupo Dendropsophus microcephalus mostram aspectos singulares como ausência de dentículos córneos e papilas na boca, ao lado da forma alongada do corpo e com flagelo terminal na cauda (CRUZ; DIAS, 1991). O conhecimento acerca dos girinos ou formas larvais, basicamente ainda é restrito a descrições, dado sobre dieta ou taxonomia fatores importante na vida dos anuros (DE OLIVEIRA, 2011). O acompanhamento de girinos nesse estudo teve mudanças mais evidentes na metamorfose a partir do estágio 31 com a formação completa dos brotos, no estágio 37 (GOSNER, 1960).

Em relação ao canto da espécie estudada, os machos de Patos-PB, apresentaram semelhanças com populações de Botucatu, interior de São Paulo (MARTINS; JIM, 2004), quanto à frequência dominante e fundamental; diferenças quanto ao número de pulsos por nota (Patos = 5-17 pulsos; Botucatu, SP=3-9) e, duração do canto (Patos= 402,7-546,89; São Paulo=26-47 ms). Embora estas diferenças ocorram, fatores ambientais e geográficos (p.e. a distância entre estas localidades sendo maior que 2000 km. Isolamentos físicos), os cantos de anúncio de populações da mesma espécie podem variar em alguns parâmetros, como observado para esta mesma espécie para o Sudeste e Centro-Oeste do Brasil (ANNIBALE, 2015) e outras espécies de anuros (JANG et al., 2011; RODRIGUES-TEJEDA et al., 2014).

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ANEXOS

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ANEXO 3. Regras para submissão de artigo científico da Revista Biotemas.

Modelo de artigo completo para a revista Biotemas

João da Silva 1*

José Carlos Pereira 2

Ana Maria Bragança 1

Roberta Carvalho 1

1 Endereço completo, por incluir o autor para correspondência, com instituição, endereço postal,

cidade – UF, país: Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima, Trindade, CEP 88040-960, Florianópolis – SC, Brasil

2

Endereço resumido, com instituição, cidade – UF, país: Universidade Estadual de Santa Catarina, Florianópolis – SC, Brasil

* Autor para correspondência autor@email.com

Submetido em... Aceito para publicação em...

(40)

Modelo de artigo completo para a revista Biotemas

Resumo

O resumo deve conter no máximo 200 palavras e cobrir todas as seções do artigo.

Palavras-chave:Em ordem alfabética; Máximo de cinco; Primeira letra maiúscula; Separadas por ponto-e-vírgula

Abstract

English title. The abstract should have up to 200 words and cover all sections of the article.

Key words: First word capitalizated; Five at maximum; Following alphabetic order; Separated by point-and-comma

Título abreviado: Com até 60 caracteres, incluindo espaços

Introdução

O texto deve ser escrito em fonte Times New Roman, tamanho 12, com alinhamento justificado e espaçamento de 1,5 linhas. Este arquivo possui a formatação correta e pode ser usado como base para a escrita do texto.

Quando as referências forem citadas dentro de parênteses, elas devem ser escritas em maiúsculas, os autores e referências separados por ponto-e-vírgula (ANDRADE; SILVA, 1945). A ordem cronológica deve ser respeitada (PEREIRA, 1987; OLIVEIRA, 1992; SMITH; JOHNSON, 2005). Quando houver dois artigos do(s) mesmo(s) autor(es) ou com o mesmo sobrenome, colocá-los em sequência (ROBERTS et al., 2001; 2010; SILVEIRA, 2005; 2006).

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Material e Métodos

Ao longo de todo o texto, as unidades devem ser separadas dos números, com exceção dos graus e do símbolo de percentagem, como no exemplo a seguir.

A altitude é de 200 m, a pluviosidade foi de 24 mm, a velocidade foi de 10 km.h-1, o volume foi de 10 mL, porém a temperatura foi de 37ºC e a percentagem de 76%.

Subseções

Quando houver subseções, separá-las como as seções, com o nome em negrito, alinhado à esquerda. Subseções podem ser criadas e nomeadas pelos autores conforme adequado para organizar o texto, como Área de estudo, Procedimentos de campo/laboratório, Análises.

Resultados

Tanto Tabelas quanto Figuras devem ter títulos formatados da mesma maneira, acima das mesmas e numeradas com algarismos arábicos. Suas citações ao longo do texto devem ser grafadas sempre com as iniciais maiúsculas, não importando se dentro ou fora de parênteses (Figura 1; Tabela 1).

FIGURA 1: Exemplo de Figura para a revista Biotemas. Se o título tiver mais de uma linha, deve ser justificado e com recuo, como neste exemplo. Caso tenha apenas uma linha, deve ser centralizado.

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Não separar as Figuras e Tabelas de seu título e legenda, colocando-as no melhor local possível após terem sido citadas pela primeira vez, e centralizadas no documento. Quando for o caso, os autores podem “puxar” um parágrafo que seria colocado após a Figura ou a Tabela, para que não fiquem grandes espaços em branco separando os parágrafos. Em caso de espaços menores, apenas pular algumas linhas a mais é suficiente.

As Figuras devem ser colocadas no texto de modo a permitirem seu deslocamento sem perda de formatação. A fonte utilizada nas Tabelas pode ser de tamanho diferente, caso necessário para adequá-la ao tamanho da página. O espaçamento entre as linhas das Tabelas deve ser simples.

TABELA 1: Exemplo de Tabela para a revista Biotemas. Se o título tiver mais de uma linha, deve ser justificado e com recuo, como neste exemplo. Caso tenha apenas uma linha, deve ser centralizado.

Variável* Amostra 1 Amostra 2

Variável 1 45 ± 2 g 90 ± 4 g Variável 2 100 ± 10°C 200 ± 20°C Gráfico 0 2 4 6 8 10 12 14 16 1 2 3 Eixo X E ix o Y

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* Coloque nas notas de rodapé informações adicionais necessárias à compreensão da tabela, que não constam na legenda.

Discussão

Estas regras de formatação permitem que a revista mantenha um padrão em seus artigos, tanto ao serem enviados aos autores quanto quando formatados para a publicação do pdf. Artigos fora do formato da revista serão rejeitados de imediato.

As comunicações breves seguem as mesmas regras, com a diferença de que o corpo do texto não precisa ser dividido em seções e subseções. Ou seja, não precisam ter Introdução, Materiais e Métodos, Resultados e Discussão separados As outras seções devem ser mantidas.

Agradecimentos

Os agradecimentos são opcionais e serão removidos na versão a ser enviada aos avaliadores, para manter o anonimato dos autores.

Referências

ANDRADE, U. P.; SILVA, L. H. C. Uso de recursos vegetais da Caatinga: o caso do agreste do estado de Pernambuco. Interciência, Caracas, v. 2, n. 28, p. 336-346, 1995.

MILLIKEN, W.; MILLER, R. P.; POLLARD, S. R.; WANDELLI, E. V. I. Ethnobotany of the Waimiri atroari indians.London: Royal Botanic Gardens Kew, 1992. 146 p.

OLIVEIRA, L. Genetic basis of mental retardation. In: JONES, B. C.; MORMÈDE, P. (Eds). Neurobehavioral Genetics – Methods and applications. 2 ed. New York: CRC Press, 1992. p. 275-290.

PEREIRA, P. E. P. Uso de biomarcadores de estresse oxidativo no berbigão Anomalocardia brasiliana (GMELIN, 1971): uma avaliação de poluição aquática em dois sítios em Florianópolis - Santa Catarina – Brasil. 1987. 37 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 1987.

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ROBERTS, A. M. S.; BOELONI. J. N.; OCARINO, N. M.; BOZZI, A.; GÓES, A. M.; SERAKIDES, R. Anomalias da Triiodotironina (T7) na diferenciação cladogênicas de células da medula óssea de cobaias. In: REUNIÃO ANUAL DA SBPC, 69, 2010, Florianópolis. Resumos... Florianópolis: SBPC, 2008. Versão eletrônica.

ROBERTS, J. F.; BOELONI. J. N.; OCARINO, N. M.; BOZZI, A.; GÓES, A. M.; SERAKIDES, R. Efeito dose-dependente da Triiodotironina (T3) na diferenciação osteogênica de células tronco mesenquimais da medula óssea de ratas. In: REUNIÃO ANUAL DA SBPC, 60, 2001, Campinas. Resumos... Campinas: SBPC, 2001. p. 254-279.

SILVEIRA, R. Invertebrate anatomy –Daphnia magna. 2005. Disponível em <http: www.science.lander.edu/refox/daphnia.html>. Acesso em: 22 maio 2009.

Referências

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