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PERSPECTIVAS MÉDICAS. Revista da Faculdade de Medicina de Jundiaí - São Paulo - Brasil. Volume 27(2) - Maio / Agosto ÍNDICE...

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(1)Revista da Faculdade de Medicina de Jundiaí - São Paulo - Brasil. ISSN 0100-2929. PERSPECTIVAS. MÉDICAS. Volume 27(2) - Maio / Agosto 2016.. ÍNDICE ...............................................................................................................................................................1 Editorial .................................................................................................................................................................2 Normas de publicação...........................................................................................................................................3. Artigos Originais Dengue nas Américas de 2000 a 2015: correlação e projeção.....................................................................5 Dengue in the Americas de 2000 a 2015: correlation and projection.. Dispositivos de segurança em crianças em veículos motorizados: Prevenção de morbi-mortalidade ..................................................................................................................9 Safety devices in children in motor vehicles: morbidity and mortality Prevention.. Aceitação de usuárias do SUS à vacinação preventiva contra HPV.........................................................16 Acceptance of SUS users a HPV preventive vaccination.. Relato de Caso Cardiomiopatia Hipertrófica e Morte Súbita Cardíaca ................................................................................23 Hypertrophic Cardiomyopathy and Sudden Cardiac Death.. Agenesia de pulmão direito associada a dextrocardia................................................................................28 Right Lung agenesis associated with dextrocardia.. Suplemento - Resumos .........................................................................................................31.

(2) ISSN 0100-2929. PERSPECTIVAS MÉDICAS Periódico de publicação científica da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Estado de São Paulo, Brasil, indexada pelas Bases PUBMED catalog, LATINDEX, REDALYC, BIREME/BVS, EBSCO, IBICT, Qualis - CAPES, Periodica, Index Copernicus. Periodicidade quadrimestral. DOI 10.6006. ÍNDICE ............................................................................................................................................................................1 Editorial...............................................................................................................................................................................2 Normas de publicação........................................................................................................................................................3. Artigos Originais. Dengue nas Américas de 2000 a 2015: correlação e projeção..................................................................................5 Fernando Rodrigues Góis, Walfrido Kühl Svoboda, Tatiana Carneiro da Rocha, Eliane Carneiro Gomes.. Dispositivos de segurança em crianças em veículos motorizados: Prevenção de morbi-mortalidade ..................................................................................................................................9 Marcio da Silva, Silvia Maria Ribeiro Oyama, Fernanda Ferreira Santiago Sanchez.. Aceitação de usuárias do SUS à vacinação preventiva contra HPV ....................................................................16 Raphael Cruz Seabra Prudente, Ludmila Martins Souza, George Geraldi Marinho, Aline Duarte Silveira, Geovane Ribeiro Santos, Clovis Antônio Lopes Pinto.. Relato de Caso. Cardiomiopatia Hipertrófica e Morte Súbita Cardíaca..............................................................................................23 Rebecca Salvioni Kimura, Camila Simone Olmos, Cláudia Castilho Mouco, Mayra Galhego Molina, Luís Henrique Bignotto.. Agenesia de pulmão direito associada a dextrocardia.............................................................................................28 Ivan Aprahamian, Nayara L. Froio, Richard Murdoch Montgomery, Elias David-Neto.. Suplemento - Resumos ....................................................................................................................31. INDEXAÇÃO DA REVISTA PERSPECTIVAS MÉDICAS NAS BASES DE DADOS E NA BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE 1.. PUBMED catalog - http://www.ncbi.nlm.nih.gov/nlmcatalog/7611614a. 2.. REDALYC – Rede de revistas cientıf́icas da Amé rica Latina, Caribe, Espanha e Portugal. http://www.redalyc.org Digitar “Perspectivas Mé dicas”, selecionar a opçã o “revistas” Seleciona o artigo em formato pdf, abre uma janela onde aparece o link do artigo. Obtem o artigo artigo completo atravé s desse link. Obs.: cada artigo tem um link.. 3.. LATINDEX– Sistema Regional de Informaçã o para Revistas Cientıf́icas da Amé rica latina, Caribe, Espanha e Portugal. http://www.latindex.unam.mx - Digitar: Perspectivas mé dicas ou atravé s do link : http://www.latindex.unam.mx/buscador/ficRev.html?opcion=1&folio=1049. 4.. BVS – Portal de revistas cientıf́icas em Ciê ncias da Saú de (portal da BIREME) Entrar em “Acesso a documentos”, seleciona “catá logo de revistas cientıf́icas”, digitar Perspectivas mé dicas e acessa em formato eletrô nico. O acesso é livre e gratuito desde 1998, ou atravé s do link: http://www.fmj.br/revista_online_revistas.asp. 5. EBSCO - https://www.ebsco.com/ 6.. Classificação pela CAPES como B-3.. 7.. Fator de Impacto = 7,23 (Índice Copernicus Internacional, de acordo com Web of Science).. Volume 27(2). Mai. / Ago. 2016.

(3) 2. EDITORIAL. PERSPECTIVAS MÉDICAS. Editorial Editor Emérito. Edmir Américo Lourenço. Editor-Chefe. Eduardo José Caldeira. Editores Associados: Nilva de Karla Cervigne Furlan Taize Machado Augusto. Neste exemplar teremos um levantamento da ocorrência de dengue na américas, suas correlações e projeções. Em outro trabalho os autores descrevem sobre os dispositivos de segurança para crianças em veículos motorizados. Depois teremos um artigo sobre o programa de vacinação contra o HPV. Ainda neste exemplar temos a descrição sobre a cardiomiopatia hipertrófica. Por fim um relato de agenesia de pulmão associada a dextrocardia. Além disso, apresentamos os resumos do congresso do PIBIC e do Programa de Pós-Graduação da FMJ. Tenham todos uma ótima leitura e reciclagem científica. Eduardo Caldeira Editor Chefe. Evaldo Marchi Cirurgia de Tórax - FMJ - Jundiaí - SP.. Perspectivas Médicas. Monica Vanucci Lipay Genética - FMJ - Jundiaí - SP.. Richard W. Light Basic and Clin. Respirat. Research, Vanderbilt University, Nashville, EUA.. Rolando Ulloa Gutiérrez Medicine, Infectología Pediátrica, San José, Costa Rica.. Virginia Courtney Broaddus Medicine, University of California, San Francisco, EUA.. Perspectivas Médicas, 27(2): 3-4, mai/ago 2016.. v.27(2), mai. / ago. 2016 São Paulo, Faculdade de Medicina de Jundiaí. 21x28 cm Periódico científico de áreas da Saúde da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Estado de São Paulo, Brasil. ISSN 0100-2929 1. Medicina - Saúde - Periódicos Revista PERSPECTIVAS MÉDICAS O Periódico Perspectivas Médicas é um órgão de publicação científica da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), com sede à Rua Francisco Telles, 250, Bairro Vila Arens - Jundiaí, Estado de São Paulo, Brasil, CEP 13202-550. Fone/Fax: (0xx11) 4587-1095. A Revista não aceita, em hipótese alguma, matéria científica paga em seu espaço editorial, embora aceite colaborações financeiras para viabilizar a continuidade de sua publicação, cedendo eventualmente espaços para anúncios relacionados à Saúde. O exemplar encontra-se na íntegra no site www.fmj.br, disponível em http://www.fmj.br/revista_online.asp, clicar em edições já publicadas, que estão disponíveis para downloads desde 1998. É proibida sua reprodução, total ou parcial, para quaisquer finalidades, sem autorização escrita e assinada pelo Editor. O conteúdo impresso é o mesmo disponibilizado online.. EXPEDIENTE Impressão: Gráfica Apollo Ltda. - Fone: 4587-5248 / 4587-8809 E-mail: orcamento@graficaapollo.com Diagramação: Fabiane Souza - Gráfica Apollo Jornalista responsável: Cláudia Mello - Mtb 28.835 Tiragem: 500 exemplares.

(4) 3. NORMAS DE PUBLICAÇÃO. A revista Perspectivas Médicas, periódico científico oficial da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Estado de São Paulo, Brasil, tem como objetivo a publicação de trabalhos de qualidade na área experimental básica e das áreas de saúde. Os trabalhos poderão ser originais, revisões, artigos de atualização, comunicações curtas, relatos de caso, cartas ao editor e outros. Recebe artigos em fluxo contínuo, sendo editada entre janeiro/abril; maio/agosto e entre setembro a dezembro de cada ano, tendo periodicidade quadrimestral até a presente edição. The Perspectivas Médicas (Perspect Med.) is the official journal of the Jundiaí Medical School, São Paulo, Brazil. Its main objective is to contribute for development of basic sciences and clinical sciences by publishing high-quality scientific articles produced by researchers all over the world. The works will be able to be original papers, revisions, short comunications, case reports, letters to the editor and others. The journal receives articles continuously, edited in quarterly parts in the year, until this edition, between January/April; May/August and September/December. Os trabalhos devem ser encaminhados ao Corpo Editorial preferencialmente na forma eletrônica, após conferir todas as normas editoriais através do endereço: http://www.fmj.br/revista_online.asp acessando o item "Submissão", ou na forma impressa para o endereço abaixo com cópia em CD:. As normas deverão ser obedecidas com rigor para que o trabalho seja encaminhado para avaliação com vistas à sua publicação. Os trabalhos devem ser inéditos, escritos preferencialmente em português, podendo ser aceitos em espanhol ou inglês, todos com aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa oficial da Instituição de origem, e ainda não publicados de forma completa em outro veículo de comunicação científica ou mesmo submetido simultaneamente a outro veículo de publicação.. Artigos Originais: investigação experimental básica ou clínica, contendo título (100 caracteres ou 20 palavras no máximo) e palavras-chave (ambos em português e inglês), autor(es) - máximo de seis (exceto para grandes trabalhos investigativos e de campo ou pesquisa animal), principais titulações e Departamentos, resumo (até 250 palavras), abstract, introdução e objetivos, material e métodos, resultados, discussão e conclusões, agradecimentos, suporte financeiro e referências bibliográficas.. O autor e coautores. Escanear e enviar a cópia com:. - Resumo em português e Abstract em inglês contendo no máximo 250 palavras, fazendo referência à essência do assunto num único parágrafo incluindo Introdução, Objetivo(s), Material ou Casuística e Métodos, Resultados, Discussão e Conclusão(ões). - Introdução e objetivos, Material ou Casuística e Métodos da pesquisa científica ou do relato, Resultados, Discussão e Conclusões, seguidos de agradecimentos, suporte financeiro e referências bibliográficas. Todas as referências citadas no corpo do texto deverão ser numeradas e sobrescritas, por ordem de aparecimento no texto. Perspectivas Médicas, 27(2): 3-4, mai/ago 2016..

(5) 4. Tese/Thesis: Tannouri AJR. Campanha de prevenção do AVC: doença carotídea extracerebral na população da grande Florianópolis. [Tese]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2005.. Artigo de periódico na Internet/ Journal article on the Intenet Dunne N, Stratford J, Jones L, Sohampal J, Robertson R, Booth MI, et al. Anatomical failure following laparoscopic antireflux surgery; does it really matter? Ann R Coll Surg Engl [Internet]. 2010 [citado 2012 Fev 2 2 ] ; 9 2 : 1 3 1 - 5 . D i s p o n í v e l e m : http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3025249/pdf/rcse9 202-131.pdf. deverá mesmas e próximo a elas,. Artigo com Digital object Identifier (DOI): Zhang M, Holman CD, Price SD, Sanfilippo FM, Preen DB, Bulsara MK. Comorbidity and repeat admission to hospital for adverse drug reactions in older adults: retrospective cohort study. BMJ. 2009 Jan 7;338:a2752. doi: 10.1136/bmj.a2752.. exemplificado abaixo:. como está. Referências/References As referências devem ser numeradas e apresentadas seguindo a ordem de inclusão no texto, segundo Estilo Vancouver elaborado pelo International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), com adaptação da National Library of Medicine dos Estados Unidos da A m é r i c a ( N L M ) . D i s p o n í v e l e m : <http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html>. É imprescindível ao enviar seu artigo conferir estas normas, sendo sujeito ao não aceite de artigos sem a devida revisão. Os títulos de periódicos devem ser abreviados segundo a abreviatura de periódicos do Catálogo da NLM para MEDLINE, disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?db=journals> ou, a l t e r n a t i v a m e n t e e m < f t p : / / nlmpubs.nlm.nih.gov/online/journals/ljiweb.pdf>, sendo que colocase um ponto após o título para separá-lo do ano. Para abreviatura de títulos de periódicos nacionais e latino-americanos, consulte o endereço: http://portal.revistas.bvs.br/, eliminado os pontos de abreviatura com exceção do último ponto para separar do ano, e as iniciais em letras maiúsculas. Todas as indicações de referências no texto devem ser digitadas, separadas por vírgula sem espaço (exemplo: 1,5,9) e sobrescritas no corpo do texto e se forem citadas mais de duas referências em sequência, apenas a primeira e a última devem ser digitadas, sendo separadas por um traço (exemplo: 5-8). É sugerido que as citações de livros, resumos e home page, devam ser evitadas e juntas não ultrapassar a 10% do total das referências e também utilizar revistas indexadas.. Exemplos/Examples: Periódicos/Journals: - Até seis autores/ up to six authors (citam-se todos). 1. Nordlander A, Uhlin M, Ringdé n O, Kumlien G, Hauzenberger D, Mattsson J. Immune modulation to prevent antibody-mediated rejection after allogeneic hematopoietic stem cell transplantation. Transpl Immunol. 2011 Sep;25(2-3):153-8. - Mais de seis/ more than six (citam-se 6 autores seguidos de et al). 1. Rose ME, Huerbin MB, Melick J, Marion DW, Palmer AM, Schiding JK, et al. Regulation of interstitial excitatory amino acid concentrations after cortical contusion injury. Brain Res. 2002;935(1-2):40-6.. Programas e Órgãos/Programs and Organs: 1. Diabetes Prevention Program Research Group. Hypertension, insulin, and proinsulin in participants with impaired glucose tolerance. Hypertension. 2002;40(5):679-86.. Livros/Books: 1. Murray PR, Rosenthal KS, Kobayashi GS, Pfaller MA. Medical microbiology. 4ª ed. St. Louis: Mosby; 2002.. Capítulo de Livro/Chapters: 1. Meltzer PS, Kallioniemi A, Trent JM. Chromosome alterations in human solid tumors. In: Vogelstein B, Kinzler KW, editores. The genetic basis of human cancer. New York: McGraw-Hill; 2002. p. 93-113. Perspectivas Médicas, 27(2): 3-4, mai/ago 2016.. A revista detém todos os direitos, inclusive de tradução em todos os países signatários da Convenção Internacional sobre Direitos Autorais. A reprodução total ou parcial em outros periódicos deverá mencionar a fonte, preferencialmente com autorização prévia da revista, sendo proibida para fins comerciais. Todos os artigos publicados a partir da edição 22(2): jul./ dez. 2011 encontram-se disponíveis para acesso direto pelo DOI (Digital Object Identifier) number 10.6006..

(6) 5 ARTIGO ORIGINAL. Dengue nas Américas de 2000 a 2015: correlação e projeção Dengue in the Americas 2000 to 2015: correlation and projection Palavras-chave: dengue; correlação; projeção Keywords: dengue; correlation; projection Fernando Rodrigues Góis1, Walfrido Kühl Svoboda2, Tatiana Carneiro da Rocha3, Eliane Carneiro Gomes4. 1. Mestrando em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Paraná, Paraná, PR 2 Professor Associado do Curso de Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Paraná, PR 3 Doutoranda em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Paraná, Paraná, PR 4 Professora Associada do Curso de Saúde Pública e Ambiental pela Universidade Federal do Paraná, Paraná, PR C o r re s p o n d ê n c i a p a r a : F e r n a n d o Rodrigues Góis, Universidade Federal do Paraná - Campus III – Departamento de Farmácia - Laboratório de Saúde Pública e Ambiental. Av. Pref. Lothário Meissner, 632 - Jardim Botânico CEP: 80210-170 - Curitiba/PR e-mail: gois@ebiotecnologia.org Não existem conflitos de interesse Artigo recebido em: 12 de abril de 2016 Artigo aceito em: 10 de outubro de 2016 RESUMO O continente americano, ao decorrer dos anos vem se mostrando cada mais urbanizado, dentro desse aspecto também é verificado que o avanço do dengue (tipos 1,2,3 e 4), assume grandes proporções, mesmo tendo registros há mais de 250 anos a dengue continua sendo um problema de saúde pública que aflige o continente e por mais esforços e métodos. apresentados no combate a doença ainda não foi encontrada uma solução eficaz. O trabalho teve como objetivo correlacionar dados da dengue no continente americano nos últimos 15 anos e projetar os próximos quatro, nos quesitos de número de casos; número de óbitos; número de alertas e número de publicações. As correlações foram feitas pelo método do coeficiente de correlação de Pearson (r), que revelou correlações positivas importantes entre casos x mortes, caso x publicações e publicações x alertas onde se é observado um crescimento em todos os casos e seguindo a tendência podemos projetar para 2019 uma constante de crescimento em todos os casos. ABSTRACT The American continent, to the years has proved increasingly urbanized, within this aspect also was observed the dengue advance (types 1,2,3 and 4). Even though records for over 250 years, the dengue remains a public health problem that afflicts the continent. However, efforts and methods presented in combating the disease yet are not effective for its solution. The study aimed to correlate the dengue data in the Americas over the past 15 years and projecting the next four, the number of cases of questions; number of deaths; number of alerts and the number of publications. Correlations were made by the method of Pearson's correlation coefficient (r), which showed significant positive correlations between cases x deaths x publications; and publications x alerts where it is observed an increase and that can design for 2019 a growth in all cases.. Perspectivas Médicas, 27(2): 5-8, mai/ago 2016. DOI: 10.6006/perspectmed.20160201.7253645172.

(7) 6 Dengue nas Américas de 2000 a 2015: correlação e projeção - Fernando Rodrigues Góis e cols.. INTRODUÇÃO A dengue é uma doença febril transitória, cujos sintomas preliminares são dor de cabeça, dor nos olhos, dor nas costas, dores musculares e articulares e erupção cutânea. O vírus detém quatro sorotipos diferentes (tipos 1,2,3 e 4). Na transmissão silvestre, a qual envolve animais, os primatas são os hospedeiros principais, enquanto o homem é hospedeiro acidental. Não é relatada a existência de imunidade cruzada, logo a infecção por um dos sorotipos só confere imunidade humoral por longos períodos ou permanente para aquele sorotipo, porem existe a possibilidade de imunidade cruzada transitória, de curta duração, entre os 13 diferentes sorotipos . Epidemias de dengue têm acometido civilizações há mais de 250 anos. Com o passar do tempo, a dengue atingiu os mais variados ambientes urbanos com frequência e magnitude elevadas. Em épocas anteriores as epidemias eram pouco frequentes e as taxas de mortalidade geralmente baixas, por isso a dengue era esquecida durante os períodos interepidêmicos, não sendo considerada um problema de saúde pública. Não obstante, essa percepção comumente é vista até os dias de 4 hoje . A globalização e, consequentemente, o fácil deslocamento aéreo a nível mundial, seja para viagens ou comércio, impõe um fator que colabora para a dispersão dos vetores em regiões onde antes não se havia notificado a presença da dengue, ou até mesmo a reintrodução em ambientes previamente controlados. Também contribui para a expansão da doença o avanço do homem em áreas silvestres, extrativismo, expansão de áreas agricultáveis, ecoturismo, turismo de pesca e turismo rural onde é estreitado o 5,6 contato entre vetor e homem . As Américas possuem relatos de casos de dengue há mais de 200 anos, com circulação mais ativa do vírus nos anos 60. A partir da década de 80 foram notificadas epidemias em diversos países, aumentando consideravelmente a magnitude do problema e esforços para o combate ativo tanto ao mosquito quanto ao vírus causador da 7 dengue . Nos últimos 15 anos (2000-2015) muitas formas de combate à doença foram criadas e. aplicadas, como inseticidas, campanhas educativas, armadilhas, mosquitos geneticamente modificados ou infectados por 8-10 bactérias . Em 2014, a Organização Panamericana da Saúde (OPAS) lançou um novo plano estratégico de combate à dengue (2014 a 2019), substituindo o anterior (2008 a 11 2013) . A mensuração de índices epidemiológicos de infestação é fundamental, pois ela ajuda na orientação e avanços necessários a curto e 12 longo prazo . O objetivo desse artigo é correlacionar e projetar dados sobre a dengue nas Américas obtidos nos últimos 15 anos, bem como ser uma ferramenta comparativa para os próximos anos. MÉTODO Existem vários órgãos tanto governamentais quanto não governamentais que coletam dados relativos à dengue, que gera uma variedade de índices. Neste trabalho foi citada e comparada uma coleção de dados obtida no período de 2000 a 2015 a partir de ó rg ã o s c o n s o l i d a d o s d e o b t e n ç ã o e fornecimento dos mesmos, também não foi realizada a distinção entre os sorotipos da dengue (tipos 1, 2,3 e 4). Os dados possuem início em 01/01/2000 e final em 31/12/2015, o que visando estabelecer simetria de início e fim entre as fontes. Os cálculos foram realizados com auxílio do software Minitab® (versão 17), enquanto compilação e gráficos foram realizados em Microsoft Excell® (versão 2013). Foram analisados dados de óbitos por dengue e casos confirmados, por meio de relatórios epidemiológicos anuais fornecidos pela OPAS; dados emitidos pelo Programa Global para Monitorar Doenças Infecciosas E m e rg e n t e s ( P ro M E D ) e S o c i e d a d e Internacional para Doenças Infecciosas (ISID). Por fim todos esses dados foram comparados com o avanço no número de publicações a nível global utilizando as plataformas Scopus, Web of Science, Biblioteca Virtual em Saúde, SciELO e Google Scholar. O buscador do Google Scholar se mostrou eficaz, pois incorporou as outras plataformas e eliminou as duplicidades. As análises de correlação foram realizadas. Perspectivas Médicas, 27(2): 5-8, mai/ago 2016. DOI: 10.6006/perspectmed.20160201.7253645172.

(8) 7 Dengue nas Américas de 2000 a 2015: correlação e projeção - Fernando Rodrigues Góis e cols.. utilizando o coeficiente de correlação de Pearson (r), que varia entre -1 e 1. O sinal indica a direção da correlação (negativa ou positiva), enquanto que o valor indica a magnitude: quanto mais perto de 1 mais forte é o nível de associação linear entre as variáveis segundo ALEXANDRE et al., 2014. De uma forma simples, correlações com valores r = 0 até 0,09 indicam que não há relação linear entre as variáveis; r = 0,10 até 0,30, fraca; r = 0,40 até 0,6, moderada; r = 0,70 até 1, forte relação 13 linear entre as variáveis . O cálculo de previsão foi utilizado para basear a tendência dos dados históricos, a partir de uma série de tempo ou série temporal. Ele expressa de forma numérica o futuro, se o crescimento ou redução se mantiverem inalterados.. reportados x alertas emitidos. Em nenhuma das análises realizadas foram observadas correlações fracas, nulas ou negativas. Em média, cada óbito em virtude da dengue são reportados 200 casos, 92 publicações e 0,28 alertas. A análise de previsão foi feita em virtude do plano estratégico da OPAS ser datado de 2014 até 2019. Esses dados podem ser importantes para um confronto entre o artigo e dados oficiais nos próximos anos. Vale ressaltar que a função de “prever” é apenas com base numérica e histórica, e não leva em consideração qualquer avanço no combate à dengue. Em números absolutos o número de casos de dengue deverá seguir a tendência linear: 2016 - 1.885.328 casos; 2017 1.986.159 casos; 2018 - 2.086.991 casos e 2019 – 2.120.540 casos (Figura 2).. RESULTADOS E DISCUSSÃO No período verificado, mais de 16 milhões de casos de dengue foram notificados. Desses, pouco mais de 8 mil culminaram em óbito. O número de casos é crescente a cada ano, assim como o número de óbitos reportados. Utilizando a função de correlação de Pearson (r), pode-se observar correlação positiva forte r=0,936 entre o aumento do número de casos e de óbitos que pode ser observado na Figura 1. Figura 2 : Casos reportados a OPAS de 2000 até 2015 e previsão dos próximos anos se mantidas as mesmas condições. Fonte: Os autores (2015) baseado em OPAS (2000-2015).. A tendência de publicações anuais sobre dengue é de mais de 26 mil, em 2019 ultrapassará os 30 mil conforme mostra a Figura 3.. Figura 1: Correlação Casos x Mortes por dengue nas Américas. Período: 2000-2015. Nota: Barras representam casos, com seus números representados à esquerda. Linha representa mortes, com seus números representados à direita. Fonte: Os autores (2015) baseado em OPAS (2000 – 2015).. Semelhantemente, na correlação entre casos reportados x publicações houve também forte correlação r= 0,722. Existe correlação positiva moderada r=0,606 para casos. Figura 3 : Crescimento das publicações com o tema dengue, de 2000 a 2015 e anos seguintes projeção dos autores. Fonte: Os autores (2015) baseado em dados do Google Scholar.. Perspectivas Médicas, 27(2): 5-8, mai/ago 2016. DOI: 10.6006/perspectmed.20160201.7253645172.

(9) 8 Dengue nas Américas de 2000 a 2015: correlação e projeção - Fernando Rodrigues Góis e cols.. Foi observado que o número de casos e óbitos por dengue historicamente apresentou crescimento e tende a se elevar, assim como o número de publicações sobre o tema se eleva c o m f o r t e c o r re l a ç ã o e t e n d ê n c i a d e crescimento. Já para o número de alertas foi observada estabilização e projeção moderada para fraca de crescimento. Não foram encontradas referencias com projeção ou correlação para um confronto ou discussão do artigo, apenas artigos específicos sem detalhes com a relação numérica da dengue nas Américas. CONCLUSÕES Os dados apresentados são úteis como indicadores indiretos para o gerenciamento em serviços de vigilância nas Américas, bem como um parâmetro na averiguação de métodos de combate e prevenção. Esses dados apresentam a fundamental tarefa de mensurar os índices que demonstram a necessidade de alto esforço no combate e prevenção da dengue no continente americano. REFERÊNCIAS 1. Chen LH, Wilson ME. Dengue and chikungunya infections in travelers. Current opinion in infectious diseases. 2010; 43844. 2. Korsman SNJ, Van Zyl G, Preiser W, Nutt L, Andersson MI. Virology: An Illustrated Colour Text [Internet]. Elsevier Health S c i e n c e s U K ; 2 0 1 2 . Av a i l a b l e f ro m : https://books.google.com.br/books?id=1frUd6 i0cQkC. 3. Tauil PL. Urbanização e ecologia do dengue. Cad Saude Publica [Internet]. scielo; 2 0 0 1 ; 1 7 : S 9 9 1 0 2 . Av a i l a b l e f ro m : http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art t e x t & p i d = S 0 1 0 2 311X2001000700018&nrm=iso. 4. Gubler DJ, Ooi EE, Vasudevan S, Farrar J. Dengue and Dengue Hemorrhagic Fever, 2nd Edition [Internet]. CABI; 2014. Available f r o m : https://books.google.com.br/books?id=Tl_YB AAAQBAJ. 5. Luna EJA. A emergência das doenças e m e rg e n t e s e a s d o e n ç a s i n f e c c i o s a s emergentes e reemergentes no Brasil. Rev Bras. Epidemiol [Internet]. scielo; 2002;5:22943. Av a i l a b l e f ro m : http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art t e x t & p i d = S 1 4 1 5 790X2002000300003&nrm=iso. 6. Schatzmayr HG. Viroses emergentes e reemergentes. Cad Saude Publica [Internet]. scielo; 2001;17:S20913. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art t e x t & p i d = S 0 1 0 2 311X2001000700031&nrm=iso. 7 . d a S i l v a N e t o M A C , Wi n t e r C , Termignoni C. Topicos Avançados em Entomologia Molecular: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Entomologia Molecular [Internet]. Itabajara da Silva Vaz Junior; 2013. Available from: https://books.google.com.br/books?id=MUzN AQAAQBAJ. 8. Wermelinger ED, Ferreira AP, Horta MA. A liberação de mosquitos “do bem” na agenda brasileira para o controle do Aedes aegypti: restrições metodológicas e éticas The use of modified mosquitoes in Brazil for the control of Aedes aegypti: methodological and. Cad Saúde Pública. SciELO Public Health 2014;30(11):13. 9 . G o m e s W. U s o d e i n s e t i c i d a (organofosforado) no combate á dengue e os possíveis danos á saúde pública na área urbana de Foz do Iguaçu-PR. Medianeira; 2015. 10. Vogt C. Vacinas e vacinações. ComCiência. SciELO Brasil 2014;(162):0. 11. OPAS. 52nd DIRECTING COUNCIL. 2014;(October 2013):1147. 12. BRASIL M da SM da SS de V em S. Guia de Vigilância Epidemiológica. 2005. 806 p. 13. Dancey CP, Reidy J. Estatística sem Matemática para Psicologia - 5ed [Internet]. Penso Editora; 2013. Available from: https://books.google.com.br/books?id=Ubo3A gAAQBAJ.. Perspectivas Médicas, 27(2): 5-8, mai/ago 2016. DOI: 10.6006/perspectmed.20160201.7253645172.

(10) 9 ARTIGO ORIGINAL. Dispositivos de segurança para crianças em veículos motorizados: Prevenção de morbi-mortalidade Safety devices in children in motor vehicles: morbidity and mortality Prevention Palavras-chave: Dispositivo de segurança; veículos motorizados; criança. Keywords: Safety device; motor vehicles; child Marcio da Silva1, Silvia Maria Ribeiro Oyama2, Fernanda Ferreira Santiago Sanchez3. 1. Enfermeiro pelo Centro Universitário Padre Anchieta, Jundiaí, São Paulo, Brasil. 2 Enfermeira, Doutora e Docente no Centro Universitário Padre Anchieta, Jundiaí, São Paulo, Brasil. 3 Enfermeira pelo Centro Universitário Padre Anchieta, Jundiaí, São Paulo, Brasil. Correspondência para: Fernanda Ferreira Santiago Sanchez. Rua Bom Jesus de Pirapora, 100/140. Jundiaí, São Paulo, Brasil. CEP: 13207-270. E-mail: fesan_nandinha@hotmail.com Não existe conflito de interesse. Artigo recebido em: 22 de abril de 2016. Artigo aceito em: 05 de agosto de 2016. RESUMO Acidentes automobilísticos com crianças menores de 12 anos representam uma situação comum no Brasil. O presente estudo aborda os mecanismos de segurança na prevenção de agravos por acidentes automobilísticos com crianças menores de 12 anos. Os estudos apontam que altas taxas de mortalidade com crianças menores de 12 anos são evitáveis com o uso de dispositivo de segurança. O uso de dispositivos de segurança encontrados na literatura variam de acordo com a massa, peso e altura da criança. O assento infantil, conversível, cadeirinha de segurança, assento de elevação, cinto de segurança são dispositivos recomendados pela Associação Brasileira de Medicina e Tráfego e contribuem. na prevenção de traumas e lesões nas crianças em casos de batidas, colisão ou desaceleração repentina. ABSTRACT Automobile accidents with children under 12 years of age represent a common situation in Brazil. This study addresses the security mechanisms in disease prevention by car accidents with children under 12 years. Studies indicate that high mortality rates with children under 12 years are preventable with the use of safety device. The use of safety devices found in the literature vary according to mass, weight and height of the child. Child seat, convertible safety seat, booster seat, seat belt devices are recommended by the Brazilian Medical Association and Traffic and can help to prevent trauma and injuries to children in case of strikes, collision or sudden deceleration. INTRODUÇÃO Acidentes automobilísticos podem ocasionar traumatismos até mesmo politraumatismos, ou seja, trauma em dois ou mais órgãos envolvidos. Os traumatismos são a principal causa de morte em crianças e 1 adolescentes . Entende-se por traumatismo uma ferida ou lesão intencional ou não intencional infligida ao corpo por um mecanismo contra o qual este 1 não pode proteger-se . Os traumatismos por acidentes automobilísticos podem acarretar a traumas a b d o m i n a i s n ã o p e n e t r a n t e s ; Tr a u m a. Perspectivas Médicas, 27(2): 9-15, mai/ago 2016. DOI: 10.6006/perspectmed.20160202.6453335241.

(11) 10 Dispositivos de segurança em crianças em veículos motorizados: Prevenção de morbi-mortalidade - Marcio da Silva e cols.. cranioencefálico; Trauma torácico; Trauma raquimedular; Trauma musculoesquelético. Traumas abdominais não penetrantes são definidos como outras causas que não sejam por 1 feridas por arma de fogo, arma branca . Este tipo de trauma envolve grande perda sanguínea, hemorragia, podendo evoluir para mortalidade nas primeiras quatro horas após o acidente2. A hemorragia é decorrente de lesões abdominais como os órgãos, o fígado ou o baço1. Trauma cranioencefálico, é um trauma que envolve o crânio e, suas consequências são desde invalidez e incapacidade a comprometimento no trabalho e atividades 3 sociais . “Os acidentes automobilísticos respondem pelo alto índice das lesões de face, seguida das lesões por agressão e ferimento por armas de fogo”3. O trauma raquimedular, é decorrente de uma ação física sobre a coluna vertebral. Quando uma das 33 vértebras, posicionadas uma sobre as outras, que permitem a passagem de fibras nervosas ou medula, são lesionadas ocasiona a um déficit motor cervical ou e torácico e ou lombar, dependendo do tipo de lesão: parcial ou total e a sua localidade3. Traumas de tórax correspondem por fratura em arcos costais do tórax ou caixa torácica, que quando lesionada acarretam em lesões nos pulmões, vasos sanguíneos, comprometendo a respiração e a circulação sanguínea do indivíduo. “As fraturas dos três primeiros arcos costais, da escápula e do esterno são responsáveis por 35% de mortalidade dos traumas torácicos por estarem relacionadas a traumas de grande energia, desenvolvendo lesões potencialmente graves em outros seguimentos do corpo como cabeça, pescoço, coluna cervical e torácica, pulmões e grandes vasos”4. O traumatismo torácico por acidente de veiculo motorizado ou automobilístico é classificado como traumatismo fechado, resultante de uma pressão positiva infligida ou compressão súbita na parede torácica. O traumatismo torácico por acidente automobilístico relaciona-se principalmente pela desaceleração, compressão, impacto 1 direto no tórax . Traumas musculoesqueléticos relacionam-. se a fratura em ossos e lesões em tecidos moles, o s m ú s c u l o s , q u e p o d e m a c a r re t a r a cisalhamento de nervos, rupturas de vasos, fraturas ósseas, podendo ocasionar a complicações como hemorragias de grande volume, síndrome de embolia gordurosa ou 1 êmbolos gordurosos na corrente sanguínea . Dados do departamento de trânsito 4 revelam que os acidentes de trânsito representam a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil. Em 2008 foram registradas 22.472 vítimas não fatais de acidentes de trânsito com idade entre 0 e 12 anos de idade e 802 vítimas fatais da 5 mesma faixa etária . A Diretriz AMB4 revela que nove a cada dez mortes em crianças poderiam ser evitadas com o uso do cinto de segurança ou a cadeirinha. O cinto de segurança é um equipamento que tem a finalidade de proteger os ocupantes de um veículo em caso de um acidente. Quando o veículo sofre um impacto sobre ele, a finalidade do cinto de segurança é de não deixar que as pessoas venham a sofrer uma segunda colisão, a estrutura do veículo6. O uso do cinto de segurança é obrigatório para condutores e passageiros em território nacional, exceto em situações regulamentadas no artigo 65 pelo CONTRAN: As crianças com idade inferior a dez anos devem ser transportadas nos bancos traseiros7. Seu uso é bem questionado pelos motoristas porque em caso de incêndio ou queda num rio, não conseguiriam abandonar o veiculo; porém usando o cinto evitariam o trauma craniano, estando mais ágil para sair do veículo8. Desse modo, é necessário ter conhecimento dos mecanismos de segurança na prevenção de agravos por acidentes automobilísticos com crianças menores de 12 anos. OBJETIVOS Entender a relação dos agravos de saúde por acidente automobilístico pelo não uso de dispositivos de segurança em crianças. Bem como, abordar a importância dos dispositivos de segurança na prevenção de morbidade e mortalidade em crianças.. Perspectivas Médicas, 27(2): 9-15, mai/ago 2016. DOI: 10.6006/perspectmed.20160202.6453335241.

(12) 11 Dispositivos de segurança em crianças em veículos motorizados: Prevenção de morbi-mortalidade - Marcio da Silva e cols.. MATERIAL E MÉTODOS Trata-se de revisão da literatura com enfoque narrativo. A pesquisa compreendeu por etapas de elaboração da pergunta norteadora: A morbi-mortalidade dos acidentes de trânsito com crianças de 0 a 12 anos em veículos motorizados foram decorrentes do não uso ou uso incorreto dos dispositivos de segurança e, quais são os tipos de dispositivos de segurança existentes para essa etária?. A busca dos descritores em ciências da saúde (Decs): “acidente de trânsito”; “acidente de trânsito com criança” nos sites de busca Lilacs, Scielo e, por busca ativa no buscador alto vista. Os critérios de inclusão, que corresponderam por pesquisas originais e preferencialmente completas publicadas no período de 1990-2016, uma vez que a temática passou a ser abordada no meio científico a partir da década de 90; Limite crianças; Acidentes de trânsito; Faixa etária: criança, devido à população pesquisada ter como faixa etária menor que 12 anos; Artigos e livros que contemplassem acidentes automobilísticos com crianças e sua relação com os dispositivos de segurança como forma de prevenção morbi-mortalidade. Outros. estudos foram incluídos para melhor entendimento do tema. Os critérios de exclusão compreenderam por artigos de revisões integrativas e sistemáticas com ou sem metaanálise. As pesquisas encontradas foram analisadas conforme os critérios de inclusão e exclusão. Para o levantamento dos dados foi considerado a aplicação do instrumento de coleta de dados elaborado pelo autor. RESULTADOS Nas bases de dados eletrônicas foram encontrados artigos segundo o limite, descritores e ano. Foram identificadas 11 pesquisas que atenderam aos pressupostos dos critérios de inclusão e exclusão das quais, 01 era pesquisa quanti-qualitativa, 06 quantitativas, 04 qualitativas. Quanto a relação do ano de publicação, 02 pesquisas corresponderam ao ano de 2013, 01 pesquisa ao ano de 2012, 02 pesquisas no ano de 2008, 01 pesquisa no ano de 2006, 01 pesquisa no ano de 2003, 01 pesquisa no de 2001, 01 pesquisa no ano de 1999, 01 pesquisa no ano de 1993.. Quadro 1: Representação dos artigos encontrados no período de 1990-2016. Autor. Ano. Campos e Júnior. 2013. Guerrero. 2013. Loffredo. 2012. Freitas et al. 2007. Martins et al. 2007. Carvalho. 2008. Montovani et al. 2006. Pordeus. 2003. Barros et al. 2001. Faria e Braga. 1999. Assis e Souza. 1995. Tema Mortalidade de crianças de 0 a 14 anos em decorrência de acidentes de trânsito no Brasil. Mapeamento espaço-temporal de fatalidades no trânsito brasileiro de crianças de 0-14 anos. Mortalidade infantil por acidentes de trânsito segundo região geográfica. Vítimas de acidentes de trânsito na faixa etária pediátrica atendidas em um hospital universitário: aspectos epidemiológicos e clínicos. Morbidade e mortalidade por acidente de transporte terrestre entre menores de 15 anos no município de Londrina, Paraná. Acidentes infantis: relatos de diretores e professores de ensino fundamental e análise do material didático. Etiologia e incidência das fraturas faciais em adultos e crianças: experiência em 513 casos. Ações de prevenção dos acidentes e violências em crianças e adolescentes, desenvolvidas pelo setor público de saúde de Fortaleza, Ceará, Brasil. Mortalidade por causas externas em crianças e adolescentes: tendências de 1979 a 1995. Propostas para minimizar os riscos de acidentes de trânsito envolvendo crianças e adolescentes. Morbidade por violência em crianças e adolescentes do município do Rio de Janeiro.. Perspectivas Médicas, 27(2): 9-15, mai/ago 2016. DOI: 10.6006/perspectmed.20160202.6453335241.

(13) 12 Dispositivos de segurança em crianças em veículos motorizados: Prevenção.... de- morbi-mortalidade - Marcio Prevalência de hipertrofia ventricular esquerda e fatores associados Geyhsy Elaynne da Silva Rochadae Silva cols. e cols. 23. DISCUSSÃO 10-16. Muitos estudos têm avaliado as consequências graves causados por acidentes automobilísticos no Brasil, incluindo crianças. Poucos estudos de fato17-20, levantaram a relação dos casos de óbitos e morbidades em relação ao não uso ou uso incorreto dos dispositivos de segurança em crianças em veículos motorizados. Observa-se, um aumento de estudos científicos publicados relacionados ao tema, a partir do ano de 2005. Ressalta-se que no Brasil a cada ano 2,4 mil crianças com até 14 anos de idade falecem por acidentes 4 automobilísticos . Estudar a relação entre o não uso dos dispositivos de segurança e mortes e traumas em crianças vítimas de acidentes automobilísticos é de extrema importância, uma vez que podem evitar óbitos e incapacidades. Outro fato a ser considerado, é que a divulgação nas mídias sociais e científica, dos tipos de dispositivos de segurança em crianças em veículos motorizados, também é de vital importância para contribuir na diminuição de morbi-mortalidades e gastos no setor público de saúde. Considera-se criança no Estatuto da 9 Criança e do Adolescente de 1990 ; Art. 2º: “... a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade”. 10-22 Estudos , constataram-se que crianças menores de 1 ano de idade como passageiras em automóveis apresentam taxa de mortalidade de 10,18 (por 1,000,000). Os autores ressaltam quanto a elaboração de campanhas educativas como forma de promoção e prevenção de morbimortalidade. 17 Estudo com crianças de 0 a 14 anos no período de 1996, 1999, 2005, 2008, 2010 foi verificado 12.677 mortes nas regiões norte, nordeste, sudeste, sul, centro-oeste, com maior prevalência a região sudeste com total de 52% de óbitos no ano de 1996. 21 Estudos com crianças de faixa etária de 0 a 14 anos foram registrados 1951 vitimas fatais no ano de 1997 e 35.227 vitimais não fatais no mesmo ano. 22 Em estudos foram encontradas 668 casos de acidentes automobilísticos com crianças menores de 15 anos, no período de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2001. Já em estudos de. Assis e Souza verificaram 2943 casos de morbidade no ano de 1990. 19 Autores verificaram 156 óbitos de crianças entre 0 a 14 anos no ano de 2010. 18 Um estudo , realizado nos Estados Unidos com 2000 crianças, revelou que parte das mortes de crianças menores de um ano e menores de dez anos por veículos motorizados estavam relacionadas pelo o não uso de algum dispositivo de segurança. 20 Em outro estudo realizado na Suécia no período de 1970 a 1996, foi constatado a diminuição de 2,8% por ano, nas taxas de mortalidade através do uso de dispositivos de segurança em crianças em veículos motorizados. Os dispositivos de segurança e a cadeirinha contribuem para prevenção de traumas e lesões nas crianças em casos de batidas, colisão ou 4 desaceleração repentina . Ferimentos fatais envolvendo crianças por veículos motorizados representam uma situação comum em muitos países do mundo18. Cabe lembrar que os dispositivos de segurança como forma de prevenção para crianças é regulamentada pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e Resolução do 4 Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) . Segundo a cartilha segurança no transporte veicular de crianças, elaborado pela Diretriz AMB4, os dispositivos de segurança voltados para criança relaciona-se a faixa etária, peso e altura, classificada em 5 grupos de massa, conforme Tabela 1. Tabela 1: Relação de grupos de massa segundo peso e altura da criança Grupo de Massa. Adequação para a criança. Grupo de Massa O. Até 10 kg, altura aproximada 0,72 m, até 9 meses de idade. Grupo de Massa O+. Até 13 kg, altura aproximada 0,80 m, até 1 ano de idade.. Grupo de Massa I. De 9 kg até 18 kg, altura aproximada 1,00 m, até 2 anos e 8 meses de idade.. Grupo de Massa II. De 15 a 25 kg, altura aproximada 1,15 m, até 5 anos de idade.. Grupo de Massa III. De 22 kg a 36 kg, altura aproximada 1,30 m, até 10 anos de idade.. Fonte: Diretriz AMB4.. Existem diversos tipos de dispositivos ou sistemas de retenção de segurança para crianças, dentre eles o assento infantil, assento conversível, cadeirinha de segurança, assento de elevação, cinto de segurança, conforme. Perspectivas Médicas, 27(2): 9-15, mai/ago 2016. DOI: 10.6006/perspectmed.20160202.6453335241.

(14) 13 Dispositivos de segurança em crianças em veículos motorizados: Prevenção de morbi-mortalidade - Marcio da Silva e cols.. Quadro 1. De um modo geral, os dispositivos de segurança devem obter certificação de que os mesmos foram aprovados nos testes exigidos pelas normas técnicas, ou seja, selo de conformidade e órgão certificador. Assento Infantil Assento infantil ou conchinha (Figura 1), bebê-conforto ou infant seat é indicado quando o bebê não consegue equilibrar a cabeça e sentar-se, deve ser usado desde o nascimento, até pelo menos, a criança completar um ano de idade. O assento deve ser instalado com leve inclinação no sentido oposto ao da posição normal dos bancos do veículo, devendo ser presa sempre de costas para os bancos dianteiros. Esta posição evita que a cabeça da criança sofra impacto em casos de colisões ou até mesmo freadas bruscas4.. Figura 1: Posicionamento correto do assento infantil.. Assento Conversível O assento conversível (Figura 2) é recomendado para crianças que ainda não completaram um ano de idade e que pesem até 13 kg. Esse tipo de assento é maior que o assento infantil, com suporte para a cabeça mais alto4. Figura 2: Posicionamento correto do assento conversível.. Cadeirinha de Segurança Cadeirinha de segurança ou forwardfacing seat, é recomendada quando a criança. possui pleno controle do pescoço e da cabeça, sendo utilizado a partir de 1 ano de idade até 4 anos, ou aproximadamente 18 kg. Deve ser instalada voltada para a frente do veículo e mantida preferencialmente na posição central do banco traseiro, caso este local for equipado 4 com cinto de segurança de 3 pontos . Assento de Elevação Assento de elevação ou booster. Indicado para crianças em que o uso da cadeirinha se tornou pequena para a mesma e que ainda não tenha alcançado altura suficiente para o uso de cinto de segurança do veículo. Seu uso é aconselhado até a criança atingir 36 kg. Seu posicionamento no veículo, caso o mesmo não tenha cinto de segurança de três pontos na posição central do banco traseiro, o assento de elevação deverá ser instalado nas posições do banco de trás. Cabe dizer, que é perigoso que uma criança que ainda não atingiu o peso e/ou tamanho ideal deixe de usar a cadeira de elevação e passe a utilizar somente o cinto de segurança do veículo4. Cinto de Segurança Cintos de segurança infantis que são fabricados para serem instalados isoladamente no veículo não obtiveram aprovação em testes dinâmicos, o que pode predispor a criança a 4 riscos de vida . Os cintos de segurança dos automóveis foram projetados para adultos. Crianças e adolescentes geralmente não se adaptam ao cinto de segurança do veículo até atingirem a estatura mínima de 1,45 m, aproximadamente aos 10 anos de idade. Normalmente, só depois de atingir a estatura de 1,45 m., a criança consegue usar o cinto como os adultos4. Recomenda-se, no entanto, que o uso do cinto de segurança na criança seja corretamente, ou seja, a faixa transversal deverá passar sobre o ombro e diagonalmente pelo tórax, e a faixa abdominal deverá ficar apoiada nas saliências ósseas do quadril ou sobre a porção superior das coxas. O uso de cinto de segurança de três pontos em crianças maiores transportadas no banco traseiro reduz em 50% chances de fraturas de coluna, cabeça e 4 ferimentos abdominais . Segundo Denatram7, estudos demonstram. Perspectivas Médicas, 27(2): 9-15, mai/ago 2016. DOI: 10.6006/perspectmed.20160202.6453335241.

(15) 14 Dispositivos de segurança em crianças em veículos motorizados: Prevenção de morbi-mortalidade - Marcio da Silva e cols.. Quadro 1: Relação de dispositivos de segurança para crianças. ASSENTO INFANTIL. Até 9 kg; Instalado no sentido inverso ao da posição Aproximadamente normal do banco do veículo, de costas para até 1 ano de idade. a via, mantida preferencialmente a posição Grupo de massa central do banco traseiro, sempre que for O possível uma boa fixação. ASSENTO De 9 kg até 18 kg; Para crianças com peso maior que CONVERSÍVEL Cerca de 1 a 4 9 kg, mas que ainda não completaram anos 1 ano de idade, o dispositivo deverá ser Grupo de massa de idade. sempre instalado de costas para a via. Até O+/I 13 kg e cerca de 18 meses, para maior segurança, o dispositivo poderá continuar a ser instalado de costas para a via. Após estes limites o equipamento deverá ser instalado de frente para a via. CADEIRINHA DE De 9 kg até 18 kg; Instalada na posição vertical de frente para a SEGURANÇA Cerca de 1 a 4 via, mantida preferencialmente Grupo de massa I anos de idade a posição central do banco traseiro, sempre que for possível uma boa fixação. De 18 kg até 36 kg; A cadeirinha tornou-se pequena para ASSENTO DE Booster seat Cerca a criança que ainda não alcançou altura ELEVAÇÃO de 4 a 10 anos de suficiente para utilizar o cinto de segurança idade do automóvel. Ajustado Grupo de massa II ao banco traseiro, permite que o cinto e III de segurança fique colocado na posição correta no corpo da criança. Deverá ser fixado com cinto de 3 pontos. É recomendado utilizar um assento com encosto regulável. CINTO Mais de 36 kg; A faixa transversal deve passar sobre o DE SEGURANÇA mínimo 1,45 m; a ombro e diagonalmente pelo tórax e a faixa DO VEÍCULO partir dos 10 anos abdominal deve ficar apoiada nas saliências ósseas do quadril ou sobre a porção superior das coxas.. Fonte: Diretriz AMB4.. que crianças soltas no banco traseiro sem nenhum tipo de dispositivo de segurança, correm sérios riscos de serem jogadas para frente e de atingir os ocupantes dos bancos dianteiros. Dependendo da intensidade, podem ser lançadas contra o pára brisas ou o painel do bordo, sofrendo impactos em diversas partes do corpo, inclusive a zona frontal/cabeça, vide Tabela 2. Tabela 2: Relação impacto e probabilidade de ocorrência. Fonte: Diretriz AMB4.. Sugere-se, que sejam realizados novos estudos em pronto socorros e na área pré hospitalar, em relação à acidentes fatais e politraumas em crianças do não uso de dispositivos de segurança ou o uso incorreto destes em veículos motorizados. O presente estudo tem limitações, devido ao fato que poucos estudos, reportavam-se a relação dos casos de morbi-mortalidade pediátrica por acidentes automobilísticos pelo o não uso ou o uso incorreto de dispositivos de. segurança em crianças. CONCLUSÕES Os estudos revelaram altas taxas de mortalidade entre crianças menores de 10 anos de idade na condição de passageira em carros motorizados. Ter conhecimento do uso de dispositivos de segurança em crianças em veículos motorizados e, a utilização dos mesmos, é de vital importância para a prevenção de morbi-mortalidade das mesmas. REFERÊNCIA 1. Smeltzer SC, Bare BG, Brunner & Suddarth. Tratado de enfermagem médicocirúrgica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 2. Steinman M, Martins HS, Damasceno MCT. Pronto-socorro: condutas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo: Manole. 2007; 38:297-302. 3. Fundap. Programa de Formação de Profissionais de Nível Técnico para a Área da Saúde no Estado de São Paulo. São Paulo: Fundação do Desenvolvimento Administrativo, 2010. 4. Diretriz AMB. Associação Brasileira de Medicina de Tráfego. Segurança no Transporte Veicular de Crianças. 2006. Disponível em: http://www.projetodiretrizes.org.br/4_volume/ 31-Segtransp.pdf 5. Denatran. Disponível em: http://www.denatran.gov.br/campanhas/seman a/2010/snt2010.htm 6. Cetran. Conselho estadual de trânsito. D i s p o n í v e l e m http://www.unisite.ms.gov.br/unisite/sites/cetra n/index.php?inside=1&tp=3&show=2168 7. Denatram. Disponível em: http://www.denatran.gov.br/ctb.htm. 8. Penella APA, Pereira JHS, Servilha F et al. Cinto de segurança x trauma de face 10 anos de lei em vigor na Cidade de São Paulo. [categoria]. São Paulo: Universidade Bandeirante de São Paulo. Disponível em: http://www.unidor.com.br/publi/cinto.pdf. 9. LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.. Perspectivas Médicas, 27(2): 9-15, mai/ago 2016. DOI: 10.6006/perspectmed.20160202.6453335241.

(16) 15 Dispositivos de segurança em crianças em veículos motorizados: Prevenção de morbi-mortalidade - Marcio da Silva e cols.. D i s p o n í v e l e m : http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l806 9compilado.htm 10. Carvalho FF. Acidentes infantis: relatos d e d i re t o re s e p ro f e s s o re s d e e n s i n o fundamental e análise do material didático. [categoria]. São Paulo: Faculdade de Filosofia e Ciências. Disponível em: http://www.marilia.unesp.br/Home/PosGradua cao/Educacao/Dissertacoes/carvalho_ff_me_ mar.pdf 11. Pordeus AMJ, Fraga MNO, Facó TPP. Ações de prevenção dos acidentes e violências em crianças e adolescentes, desenvolvidas pelo setor público de saúde de fortaleza, Ceará, Brasil. Cad. Saúde pública, 19(4): 1201-1204. D i s p o n í v e l e m : http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art t e x t & p i d = s 0 1 0 2 311x2003000400041&lng=pt. 12. Gomes R. Da denúncia à impunidade: um estudo sobre a morbi-mortalidade de crianças vítimas de violência. Cad. Saúde Pública, 14(2): 301-311. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art t e x t & p i d = S 0 1 0 2 311X1998000200014&lng=pt. 13. Montovani JC, Pirani LMC, Gomes VMA et al. Etiologia e incidência das fraturas faciais em adultos e Crianças: experiência em 513 casos. Rev Bras Otorrinolaringol, 72(2):235-41, 2006. 14. Martins CBG, Andrade SM, Soares DA. Morbidade e mortalidade por acidente de transporte terrestre entre menores de 15 anos no município de londrina, Paraná. Cienc Cuid Saúde, Out/Dez; 6(4):494-501, 2007. 15. Assis SG, Souza ER. Morbidade por violência em crianças e adolescentes do município do Rio de Janeiro. J. pediatr. (Rio J.); 71(6):303-312, 1995.. 16. Barros MD, Ximenes R, Lima ML. Mortalidade por causas externas em crianças e adolescentes: tendências de 1979 a 1995. Rev Saúde Pública; 35(2):142-149, 2001. 17. Guerrero JVR, Campos CI, Lollo JA. Mapeamento espaço-temporal de fatalidades no trânsito brasileiro de crianças de 0-14 anos. XVI Congresso Chileno de Ingeniería de Transporte Santiago, Oct, 2013. 18. Loffredo M, Arruda C. Mortalidade de crianças por acidente de trânsito segundo região geográfica – Brasil, 1997 a 2005. Rev. bras. Epidemiol; 5(2): 308-314, 2012. 19. Campos CI, Junior AAR. Mortalidade de crianças de 0 a 14 anos em decorrência de acidentes de trânsito no Brasil. Disponível em: http://www.anpet.org.br/ssat/interface/content/ autor/trabalhos/publicacao/2013/123_RT.pdf 20. Ekman RGW, Svanstrom L. Efeitos de longo prazo e promoção local de uso de retenção para crianças em veículos a motor na Suécia. Accid Anal Prev; 33: 793-97, 2001. 21. Faria EO, Braga MGC. Propostas para minimizar os riscos de acidentes de trânsito envolvendo crianças e adolescentes. Ciênc. saúde coletiva, 4(1): 95107, 1999. Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci _ a r t t e x t & p i d = S 1 4 1 3 81231999000100008&lng=pt. 22. Martins CBG, Andrade SM, Soares DA. Morbidade e mortalidade por acidente de transporte terrestre entre menores de 15 anos no município de londrina, Paraná. Cienc cuid saúde, 6(4):494-501, 2007. 23. Assis SG, Souza ER. Morbidade por violência em crianças e adolescentes do município do Rio de Janeiro. J. pediatr, 71(6):303-312, 1995.. Perspectivas Médicas, 27(2): 9-15, mai/ago 2016. DOI: 10.6006/perspectmed.20160202.6453335241.

(17) 16 ARTIGO ORIGINAL. Aceitação de usuárias do SUS à vacinação preventiva contra HPV Acceptance of SUS users a HPV preventive vaccination Palavras-chave: vacinação; prevenção; informação; câncer de colo uterino. Keyswords: vacination; prevention; information; cervical câncer. Raphael Cruz Seabra Prudente1, Ludmila Martins Souza2, George Geraldi Marinho2, Aline Duarte Silveira2, Geovane Ribeiro Santos3, Clovis Antônio Lopes Pinto4. 1. Graduando em Medicina Pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) , São Paulo, Brasil 2 Médico graduado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), São Paulo, Brasil 3 Professor Adjunto do Instituto de Ciências da Saúde - ICS- Universidade Paulista – UNIP Jundiaí, São Paulo, Brasil 4 Professor Adjunto da disciplina de Patologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ). Membro titular do corpo clínico do A.C. Camargo Câncer Center, São Paulo, Brasil Correspondência para : Clovis Antônio Lopes Pinto Faculdade de Medicina de Jundiaí Rua Francisco Telles, 250 – Vila Arens, Jundiaí-SP e-mail: coipinto@hotmail.com Não existe conflito de interesse Artigo recebido em: 06 de maio de 2016 Artigo aceito em: 22 de agosto de 2016. RESUMO Introdução: O Papilomavírus Humano (HPV) é o nome dado a um grupo de vírus que inclui mais de 100 subtipos, capazes de provocar lesões na pele ou mucosa. Os subtipos. são classificados de acordo com o grau potencial de lesão a ser provocado no hospedeiro, podendo ser subtipos de alto risco ou baixo risco. Os subtipos mais comuns são os 6 e 11, de baixo risco, e 16 e 18, de alto risco. Atualmente, encontra-se no mercado duas vacinas preventivas contra estes sorotipos do vírus: a bivalente, contra os sorotipos 16 e 18, e a quadrivalente, contra os sorotipos 6, 11, 16 e 18. A vacinação é gratuita para determinados grupos e faixas etárias, mas ainda encontra-se estigmatizada pela população, encontrando resistência para ser implementada com eficácia. Metodologia: Foi entrevistado um grupo 100 de mulheres sexualmente ativas, independente da idade, maiores de 18 anos, pacientes do serviço ambulatorial do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina de Jundiaí. As pacientes responderam a um questionário, que posteriormente foi submetido à análise estatística. Resultados: Das 100 mulheres que responderam ao questionário 5 declararam não aderir a vacinação contra o HPV. Dentre as 95 mulheres favoráveis a vacina, 40% se preveniam contra DSTs. Todas as entrevistadas sabiam o que era o exame de papanicolau. Do total de mulheres abordadas, 90% deixariam suas filhas em idade sexual tomarem a vacina. Destas, 4,44% são desfavoráveis à vacinação. Discussão: A maioria das mulheres afirmou ter uma vida sexual ativa e, paradoxalmente, não ter o vírus. Perspectivas Médicas, 27(2): 16-22, mai/ago 2016. DOI: 10.6006/perspectmed.20160203.7772435556.

(18) 17 Aceitação de usuárias do SUS à vacinação preventiva contra HPV - Raphael Cruz Seabra Prudente e cols.. do HPV. Esse dado soa contraditório já que a vida sexual contribui para a disseminação do vírus. Isso implica no provável desconhecimento da doença, sendo que muitas poderiam ter o agente viral sem estarem cientes disso. O estudo demonstrou que poucas entrevistadas sabiam o que era o HPV e qual doença ele causava, assim como qual era o agente etiológico do câncer de colo uterino. Observou-se também relevância do custo da vacina como fator influente na adesão populacional, com p<0,01.. do not have the HPV virus. This sounds contradictory, since sex contributes to the spread of the virus. This implies the probable ignorance of the disease, and that many could have the viral agent without being aware of it. The study showed that few women knew the HPV virus and what disease caused by it, and what was the causative agent of cervical cancer. It was also observed incidence of the cost of the vaccine as an important factor in adhesion population, with p < 0.01. INTRODUÇÃO. ABSTRACT Introduction: The human papilloma virus is the name assigned to a virus group that include more than 100 subtypes, capable of provoking injury to the skin or mucosa. Subtypes are classified according to the potential damage to the host caused, can be high-risk subtypes or low risk subtypes. The most common subtypes are 6 and 11, low risk, and 16 and 18, high-risk. Currently, exist in the market two preventive vaccines against these virus serotypes: the bivalent against serotypes 16 and 18, and the quadrivalent against serotypes 6, 11, 16 and 18. Vaccination is free for certain groups and age groups, but is still on stigmatized by the population, finding strength to be implemented effectively. Metodology: Interviewed a group of 100 sexually active women, regardless of age older than 18 years, outpatients at the University Hospital of Jundiaí Medical School. The patients answered a questionnaire, which was then subjected to statistical analysis. Results: Of the 100 women who responded to the questionnaire 5 declared not adhere to HPV vaccination.among the 95 women who agree to vaccination, 40 % adopt methods of prevention against STDs. All women had knowledge about Pap smears. 90% of women leave their daughters in sexual age take the vaccine. Of these 4.44% are against vaccination. Discussion: Most women reported having an active sex life and, paradoxically, they say they. O Papilomavírus Humano (HPV) é o nome dado a um grupo de vírus que inclui mais de 100 subtipos, capazes de provocar lesões na pele ou mucosa1,2. Sabe-se que o HPV é o causador do câncer de colo de útero e também relaciona-se a 3 vários outros tipos de câncer Recente revisão da literatura4 estimou prevalência de HPV em 32,1% entre 576.281 mulheres, variando de 42,2% nos países em desenvolvimento a 22,6% nos desenvolvidos. Estima-se que nove a 10 milhões de pessoas tenham o vírus e que ocorram 700 mil novos casos por ano5. O HPV enquadra-se no grupo das doenças sexualmente transmissíveis (DST), sendo facilmente disseminado através de relações sexuais desprovidas de métodos preventivos. Atualmente, é uma das DSTs de maior 1,6 relevância epidemiológica no mundo . Estimase que sua prevalência seja em torno de 10% a 20% da população mundial sexualmente ativa, sendo registrados no Brasil, anualmente, em torno de 137 mil novos casos 1,7,8,9. O HPV apresenta demasiados subtipos, classificados de acordo com o grau potencial de lesão a ser provocado no hospedeiro, podendo ser subtipos de alto risco e baixo risco. Dentre os subtipos de alto risco temos: 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros, podendo estar associados à carcinogênese de colo uterino. Já dentre os subtipos de baixo risco temos, por exemplo: 6 e 11, associados, na maioria dos casos, à 1,2,6,7,9,10,11 condilomas e papilomas .. Perspectivas Médicas, 27(2): 16-22, mai/ago 2016. DOI: 10.6006/perspectmed.20160203.7772435556.

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