• Nenhum resultado encontrado

TÍTULO: AUTORES: INSTITUIÇÃO: Universidade Federal de Pernambuco ÁREA TEMÁTICA: INTRODUÇÃO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "TÍTULO: AUTORES: INSTITUIÇÃO: Universidade Federal de Pernambuco ÁREA TEMÁTICA: INTRODUÇÃO"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

TÍTULO: UMA PROPOSTA DE REGULAMENTAÇÃO PARA A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: A UFPE E A META 23 DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

AUTORES: Ana Maria de Queiroz Andrade (anandrade@proext.ufpe.br); Benício de Barros Neto (bbn@ufpe.br); Célia Maranhão Campos (cmc@proext.ufpe.br); Luzanira Rego(luzarego@uol.com.br); Norma Buarque de Gusmão(nbg@proext.ufpe.br)

INSTITUIÇÃO: Universidade Federal de Pernambuco

ÁREA TEMÁTICA: Institucionalização da Extensão Universitária

INTRODUÇÃO

Ao implantar o Programa de Desenvolvimento da Extensão Universitária em todas as Instituições Federais de Ensino Superior(IFES) no quadriênio 2002-2004 e assegurar que no mínimo 10% do total de créditos exigidos para a graduação no ensino superior no País seja reservado para a atuação dos alunos em ações extensionistas, a Meta 23 do Plano Nacional de Educação (PNE) estimula a formação de profissionais comprometidos com as questões sociais, associando atividades de ensino, pesquisa e extensão às demandas da sociedade e contribuindo para a formação acadêmica dos alunos e a difusão e democratização do conhecimento.

Integrado às prioridades do PNE e do Plano Nacional de Extensão, o Programa de Desenvolvimento da Extensão Universitária permite que as Insitituições Federais de Ensino Superior desenvolvam projetos que fortalecem e apoiam municípios e comunidades, cumprindo a função social de universidade pública e atendendo ao compromisso ético de formação do profissional - cidadão. Na UFPE, professores, técnicos e alunos participam dessa prática pedagógico-comunitária há dois anos, desenvolvendo a capacidade institucional de organização, diálogo, negociação e construção de projetos coletivos e construindo uma ponte entre o conhecimento produzido na universidade e a sociedade que a sustenta.

O Programa de Desenvolvimento da Extensão Universitária associa o mérito de envolver as universidades públicas brasileiras em ações concretas de combate à exclusão social e

(2)

fortalece a formação acadêmica dos seus alunos, atendendo aos novos cenários de um mercado de trabalho que requer profissionais com sensibilidade social e habilidades de empreendedorismo, capacidade de atuação coletiva e intercâmbio com diversas realidades. Muitos universitários já participam de ações de extensão, como voluntários, mas não têm essas atividades incluídas (e reconhecidas) na estrutura curricular dos seus cursos. Na etapa final de implantação do Programa (prevista, no PNE, para 2004), aproximadamente 400 mil alunos das IFES estarão envolvidos em ações de extensão junto à comunidade.

Com o Programa de Desenvolvimento da Extensão, as universidades públicas ganharam a oportunidade de articular-se em torno de ações de grande impacto social, fazendo com que todos os alunos de graduação participem de projetos e atividades de extensão como parte integrante do seu currículo. O Programa terá um impacto profundo nas áreas social, econômica e educacional, beneficiando os segmentos mais carentes da comunidade. Os universitários vão ampliar suas oportunidades de inserção na realidade do mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, contribuir para a formação da cidadania aplicando, de fato, o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

A regulamentação da participação dos três setores que compõem as IFES – alunos, professores e técnicos – no Programa de Desenvolvimento da Extensão vai contribuir, também, para a ampliação das ações de responsabilidade social em outros segmentos da sociedade, alavancando programas nacionais, regionais e locais de voluntariado e garantindo a construção de uma nacionalidade solidária entre cidadãos de todas as idades.

Alguns avanços já aconteceram desde que a extensão passou a ser reconhecidas para fins de gratificação de desempenho do professor (via GED). Um exemplo disso é o Plano Nacional de Educação sancionado em janeiro de 2001, que deu um passo importante para a efetiva integração entre ensino, pesquisa e extensão. O PNE garantiu o reconhecimento das atividades de extensão na grade curricular dos alunos de graduação, com a inclusão do Plano de Desenvolvimento da Extensão Universitária entre as ações que devem ser implantadas nas IFES até 2004, mas esqueceu de incluir entre suas prioridades a regulamentação da participação dos servidores técnicos nas atividades de extensão

(3)

desenvolvidas pelas IFES. Isso poderia ser feito pelo Ministério da Educação com a implantação de uma Gratificação Técnica de Extensão (GTEX), seguindo os critérios de avaliação similares aos que são aplicados na GED aos professores extensionistas.

OBJETIVO GERAL

Institucionalizar a participação do aluno, professor e técnico das IFES em ações extensionistas voltadas para o atendimento das demandas sociais, na perspectiva da indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Ampliar a integração das atividades da Universidade junto à sociedade, com ações voltadas para o desenvolvimento social;

● Promover a integração entre ensino, pesquisa e extensão, fortalecendo a prática extensionista como processo educativo, cultural e científico;

● Estimular a participação de professores, técnicos e alunos em atividades de formação profissional comprometidas com a transformação da sociedade;

● Fomentar a construção de uma consciência de serviço civil voluntário, voltado para a cidadania e a ética e sedimentado na prática profissional.

PROPOSTA DE REGULAMENTAÇÃO DO PROGRMA DE DESENVOLVIMENTO DA EXTENSÃO - META 23 DO PNE

Caberá a cada IFES normatizar os procedimentos para implantação do Programa de Desenvolvimento da Extensão Universitária. A operacionalização do Programa será feita pela Pró-Reitoria de Extensão de cada IFES, sendo do seu exclusivo encargo a regulamentação das condições de apresentação e avaliação dos projetos e sua posterior creditação no currículo acadêmico dos alunos participantes. Os projetos devem atender, no mínimo, às seguintes condições:

(4)

Quanto à forma

• Integra alunos de diversos cursos de graduação e pós-graduação, garantindo a inter e a transdisciplinaridade;

• Pode ser apresentado à Pró-Reitoria de Extensão por professor, técnico ou aluno da IFES(nesse caso, sob a orientação de um professor ou técnico da instutuição de ensino superior ou da entidade parceira);

• Tem a sua execução iniciada em qualquer época do ano (fluxo contínuo).

Quanto ao reconhecimento

• Reconhece a participação do aluno através de creditação como disciplina eletiva (mínimo de 60 horas/aula);

• Reconhece a participação do professor através de pontuação para a Gratificação de Estímulo à Docência (GED);

• Reconhece a participação do técnico para fins da progressão funcional.

• Reconhece a participação de todos os parceiros internos (alunos, professores, técnicos) e externos (outras instituições) através da emissão de CERTIFICADOS DE EXTENSÃO, com a carga horária equivalente à atuação de cada um no projeto.

Programa de Desenvolvimento da Extensão Universitária

Público Alvo Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) Natureza Contínua

Objetivos • Transferir e difundir o conhecimento produzido nas IFES

• Contribuir para a formação profissional e a construção da cidadania em todos os segmentos da comunidade universitária

Ações Integrantes Objetivos Produtos Indicadores 1 – Integração

universidade-sociedade

Envolver todos os alunos de graduação das IFES em projetos

População

atendida/beneficiada

Número de discentes envolvidos/discentes total

(5)

(Todo Aluno na Comunidade)

das IFES em projetos e atividades de extensão Número de pessoas e instituições atendidas 2 – Formação profissional contínua Intensificar a realização de cursos de extensão Pessoas treinadas/capacitadas

Número de cursos realizados Número de certificados emitidos 3 – Fomento à extensão Apoiar as ações extensionistas das IFES, através da concessão de bolsas, da realização de intercâmbio, e da divulgação da produção extensionista

Apoios concedidos No de bolsas concedidas No de projetos apoiados No de produtos de divulgação 4 – Apoio ao desenvolvimento social e cultural Apoiar as ações extensionistas de produção e desenvolvimento cultural População atendida/beneficiada No de projetos apoiados No de pessoas e instituições atendidas

Avaliação da implantação do projeto (indicadores) Bolsas de Extensão/Alunos matriculados

Carga horária docente alocada à extensão/carga horária total docente Número de certificados expedidos

(6)

Número de cursos e treinamentos

Número de discentes envolvidos/discentes total Número de docentes envolvidos/docentes total Número de municípios, empresas e órgãos atendidos Número de pessoas diretamente atendidas

METAS 2002/2004

• Em 2002: definição do projeto plurianual das IFES e implantação de projeto piloto com voluntários

• Em 2003: avaliação do projeto piloto de cada IFE e ampliação do público participante a 15% dos alunos de graduação de todas as IFES

• Em 2004: ampliação do programa para incluir 30% dos alunos de graduação das IFES

• A partir de 2004: cada aluno das IFES deverá ter um mínimo de 10% dos créditos necessários para sua graduação cumpridos em atividades de extensão.

PARCERIAS POTENCIAIS PARA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA NAS IFES INTERNAS

! Pró-Reitorias

! Centros Acadêmicos ! Departamentos

(7)

! Cursos de Graduação e Pós-Graduação ! Coordenações setoriais de extensão ! Órgãos Suplementares

! Diretórios Acadêmicos EXTERNAS

! Órgãos Federais, Estaduais e Municipais ! Organizações Não Governamentais ! Associações Comunitárias

! Conselhos de Políticas e de Direitos ! Fundações Empresariais

! Federações e Sindicatos ! Agências de Fomento ! Empresas

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. SOUS , Ana Luiza Lima. A História da Extensão Universitária. Editora Alínea. 138p. 2000.

2. AZEVEDO, Janete. “Educação como Política Pública”. SP: Autores Associados. Coleção Polêmicas do Nosso Tempo, 1997.

3. GOMES , Ely Domingues. A Extensão Universitária - no Unicentro Newton Paiva.Ed. Unicentro Newton Paiva. 36p.1999.

4. NOGUEIR, Maria das Dores Pimentel (organizadora). Extensão Universitária; diretrizes conceituais e políticas. Documentos básico do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras 1987 - 2000.196p, 2000. 5. TAVARES, Maria das Graças M. Extensão Universitária: novo paradigma de

Universidade. EDUFAL. 235p.1997.

6. _____________O ensino Superior nos Países em Desenvolvimento - Perigos e Esperanças. Caderno Associação das Universidades de Língua Portuguesa. 171p.2000.

(8)

7. CORREIA, Ovídio Valois. A Extensão Universitária no Brasil; um resgate histórico. Organizado por Marta Vieira Cruz & Maria Elisa da Cruz, Editora UFS. 419p.2000. 8. BOTOMÉ, Sílvio Paulo. Pesquisa alienada e Ensino alienante - o equívoco da

extensão universitária. Editora Vozes; Editora da Universidade Federal de São Carlos e Editora da Universidade de Caxias do Sul. 248p, 1996.

9. BARRETO, Maria Inês. As organizações sociais na reforma do Estado Brasileiro, In PEREIRA, L.C., Cunill, Nuria. O público não estatal na reforma do Estado. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, 1999.

10. COSTA, Sérgio. Movimentos sociais, democratização e a construção de espaços públicos locais. Revista Brasileira de Ciências Sociais, no. 54, Anpocs, 1997.

11. CUNILL, Nuria. Repensando o público através da sociedade. Novas formas de gestão pública e representação social. Rio de Janeiro: Revan, 1998.

12. GRACINDO, Regina Vinhaes e WITTMANN, Lauro Carlos (coord). “O Estado da Arte em Política e Gestão da Educação no Brasil (1991 a 1997)”. Brasília: ANPAE, Campinas: Editora Autores Associados, 2001.

Referências

Documentos relacionados

Além da Ergonomia Situada, a Psicodinâmica do Trabalho há muito tempo também nos sinaliza para a necessidade de uma compreensão da defasagem entre o que acontece no trabalho real

Para pessoas que procuram um tratamento rápido e com eficácia a curto período de tempo é mais indicado o laser não ablativo, pois não atinge a epiderme onde

Por outro lado, nenhum destes polos é exclusivo de elementos típicos de outros polos; ou seja, sabemos que há considerações políticas tanto no âmbito epistemológico quanto no

¾ A camada física 9 Normalização 802.3 – Ethernet a 10 Mbps Nós por segmento Comprimento máx Segmento (m) Topologia Sinalização Meio Transmissão 33 - 30 100 2000 100 185 500

Algumas vezes, o sinal transmitido pode sofrer de ruído aditivo mas também de uma fase aleatória. Neste caso, o filtro casado ou o correlator sozinhos não são suficientes

Desafio: O trabalho interdisciplinar a partir da pós- graduação com a necessária articulação entre as atividades de ensino, de pesquisa e de extensão..  É

Assim, foi criado um grupo de trabalho que estabeleceu as bases do Saúde Caixa: o teto para o financiamento do plano pela Caixa, que era de 3,5%, foi eliminado; o modelo de gestão

Não podemos deixar de dizer que o sujeito pode não se importar com a distância do estabelecimento, dependendo do motivo pelo qual ingressa na academia, como