• Nenhum resultado encontrado

GESTÃO DE RECURSOS FINANCEIROS: CRITÉRIOS ADOTADOS PELO PEQUENO PRODUTOR FAMILIAR DE CITROS DE BEBEDOURO-SP

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "GESTÃO DE RECURSOS FINANCEIROS: CRITÉRIOS ADOTADOS PELO PEQUENO PRODUTOR FAMILIAR DE CITROS DE BEBEDOURO-SP"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

1. INTRODUÇÃO

O conceito geral de Administração Rural está relacionado à necessidade de controlar e gerenciar um número cada vez maior de atividades que podem ser desenvolvidas em uma propriedade do setor agropecuário. Basicamente, qualquer tipo de ação tomada pelo proprietário ou administrador de uma propriedade, no sentido de controlar sua produção é considerada como uma atividade ligada às práticas de Administração Rural (ANTUNES & ENGEL, 1999).

Maximiano (1997) define a administração como o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos. Trata da utilização racional de recursos – maneira como estes são organizados e combinados – para a realização de fins determinados.

Além do controle operacional dos recursos físicos, utilizados na unidade de produção agrícola, é fundamental classificar, registrar e controlar os recursos financeiros envolvidos na propriedade e na atividade (ZIGLIO, 1996).

A área financeira está afeta à previsão dos recursos monetários necessários à aquisição ou obtenção de insumos, serviços, equipamentos e demais recursos para a produção e a comercialização de produtos agropecuários, visando atender aos objetivos da empresa. Receitas, despesas e financiamentos são itens que compõem as finanças de uma unidade de produção agrícola e que devem ser destacados (PASIN, 2000). Para Pasin (2000), a previsão orçamentária, o orçamento de caixa, o custo do recurso e a análise dos investimentos são aspectos importantes na gestão financeira nas unidades de produção agrícola.

A pequena produção familiar, no Brasil, não utiliza, habitualmente, um profissional que lida com organização tributária, folha de pagamento, contas bancárias etc, conotando-se uma multiespecialização ou o desempenho empírico nesses serviços por parte do próprio agricultor ou, ainda, a sua simples não atenção em relação a essas atividades. Muitos não realizam controles de custos de produção e planejamento de investimentos revelando, neste último caso, caráter e postura imediatista (GIORGIO et al., 1994).

Para Marion (1993), o sucesso da empresa rural depende do grau de gerenciamento habilidoso para o aproveitamento racional dos recursos que seu gestor tem à sua disposição, visando à tomada de decisões a respeito dos fatores internos e externos à produção, para garantir o lucro e a continuidade da empresa.

Nas unidades de produção familiar são as decisões que fazem com que ocorra o funcionamento e a evolução do sistema família–unidade de produção. O gestor toma decisões e as implementa em níveis e escalas diferentes, relativas à produção, aos investimentos e à utilização de recursos. Trata-se de decisões estratégicas e operacionais que condicionam o sucesso da unidade de produção, pois determinam os resultados físicos e econômicos. O processo de decisão implica na confrontação permanente entre os objetivos do gestor e da família frente a condicionantes no meio interno e no externo à unidade de produção, estando de um lado seus objetivos e de outro as possibilidades de sua realização (LIMA et al., 1995).

Nesse sentido, vale ressaltar o pensamento de Muniz (1974) de que há evidência de que a grande maioria dos proprietários rurais, somente na hora da venda do produto é que faz um balanço de memória1. A previsão, baseada na ação racional e explicitada numa

1

(2)

escrituração – que é a essência do capitalismo e, conseqüentemente, o fundamental da ação empresarial – não é praticada pelos empresários rurais.

Para o empresário agrícola as decisões de investimento podem ser as mais importantes nos anos recentes, devido à escassez de capital, comparativamente aos demais fatores de produção e às modificações da política econômica brasileira, incluindo-se, ainda, o controle do processo inflacionário.

Para Giorgio et al. (1994), o caráter oportunista na compra de bens está mais presente nos grandes citricultores por terem maior liquidez, enquanto os pequenos os adquirem conforme sua necessidade e a disponibilidade desses bens. Justifica esse comportamento pela ausência ou baixa utilização de crédito rural, em razão do temor por furtos,da adoção de uma prática administrativa mais monitorada e de possíveis vantagens nas aplicações financeiras.

Quanto ao endividamento, é oportuno destacar que, na época do Plano Real, os citricultores tinham dificuldades em quitar suas dívidas, muitas delas provenientes da utilização de crédito rural. Mediante essa situação que envolvia os agricultores em geral, o governo federal, através da Lei n. 9138/95, estabeleceu o alongamento de prazos para a quitação de dívidas oriundas do crédito rural, valendo-se da securitização, tendo como limite até R$ 200.000,00 para o pequeno e o médio produtor. A securitização é um modelo de refinanciamento de dívida com prazos e juros eqüitativos, tendo em vista a condição econômico-financeira em que se encontrava o agricultor, na época.

Diante das dificuldades para a obtenção de crédito ou decorrentes de sua tomada, os agricultores se tornam refratários à sua utilização. No caso da citricultura, as dificuldades financeiras associadas às crises enfrentadas pela atividade citrícola têm impactado de forma negativa os produtores de citros.

Assim, o pessimismo em torno da crise da laranja pode alimentar a decisão dos pequenos citricultores de abandonarem os investimentos na cultura, sacrificando a qualidade das frutas e a competitividade de seu negócio. Essa situação pode gerar dificuldades em toda cadeia de negócios, que envolve a laranja, atingindo não só a rentabilidade do produtor, mas também a dos fornecedores de insumos, fabricantes de máquinas e implementos, trabalhadores rurais, prestadores de serviços, agentes financeiros entre outros segmentos pertencentes à cadeia agroindustrial da laranja.

Nesse sentido a temática– Gestão da pequena unidade de produção familiar de citros – foi escolhida em razão da importância da citricultura e do número expressivo de pequenas unidades de produção citrícola no município de Bebedouro, além da importância dessa atividade para o processo de desenvolvimento local. Especificamente a questão da gestão dos recursos financeiros apresentava-se oportuna frente às dificuldades enfrentadas pelo pequeno produtor agrícola, de um modo geral e, especificamente, do vinculado à atividade citrícola.

2 – DEFINIÇÃO DELIMITAÇÃO E CARACTERIZAÇÂO DO UNIVERSO DA PESQUISA2

Após a definição da área geográfica abrangida pela pesquisa de campo – Bebedouro-SP – foram definidos os parâmetros para a delimitação do universo dos pequenos produtores familiares e definição do produtor a ser investigado.

2

Esse universo foi delimitado, caracterizado e investigado, no contexto da realização de levantamento de caráter mais amplo, que deu suporte à Dissertação de Mestrado de Romeiro (2002). A delimitação do universo da pesquisa e a apresentação dos parâmetros utilizados para a caracterização dos pequenos produtores familiares de citros de Bebedouro-SP, também fizeram parte de trabalho sobre as relações de pequenos produtores familiares citrícolas com órgãos representativos, trabalho de Romeiro, V. M. B.; Escrivão Filho, E.; Miranda Costa, V. M. H. de (2003).

(3)

Segundo Alencar e Moura Filho (1988), a estrutura agrária brasileira pode ser classificada nos seguintes tipos básicos: latifúndio, empresa capitalista, empresa ou unidade familiar, unidade familiar camponesa e unidade neocamponesa. Foram considerados determinantes básicos para esta classificação: a forma como os fatores de produção são organizados nas unidades de produção e a relação destas com o mercado. Os estudos de Alencar e Moura Filho (1988) caracterizam a empresa ou unidade familiar como aquela que apresenta: alto nível de capital de exploração; que produz com base na força de trabalho familiar (não remunerada) e, prioritariamente, para o mercado; e onde os sistemas de produção são intensivos, em geral com poucas linhas de produção; que apresentam, ainda, superfícies de terra iguais ou superiores ao módulo rural3 regional. Os estudos dos referidos

autores, desenvolvidos a partir da análise da estrutura agrária brasileira, lembram, ainda, que as empresas familiares são classificadas, dentre outras características, como as que têm superfície igual ou superior ao módulo regional.

Em Bebedouro, dado que o módulo é de 14 ha., as unidades de produção com área inferior a ele não seriam abrangidas. Segundo a Casa da Agricultura local4, desprezando-se

esse contingente, seriam excluídos 48% dos produtores do segmento, cujas informações mostravam-se potencialmente – e o foram – relevantes para a pesquisa. Assim sendo, no caso específico da pequena produção familiar de citros, em Bebedouro não foi adotado como critério de corte, a área mínima de terra igual ou superior ao módulo regional – 14 hectares –– abaixo da qual seriam desprezadas as propriedades, para efeito da investigação.

Para a Casa da Agricultura, os pequenos produtores familiares de Bebedouro são os que se enquadram no Grupo D do Manual do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, ressalvada a área da propriedade e que apresentem as seguintes condições:

I – explorem parcela de terra na condição de proprietário, posseiro, arrendatário, parceiro ou concessionário do Programa Nacional de Reforma Agrária;

II – residam na propriedade ou em aglomerado urbano ou rural próximo;

III – não disponham, a qualquer título, de área superior a quatro módulos [rurais] fiscais, quantificados segundo a legislação em vigor;

IV – obtenham, no mínimo, 80% da renda familiar do empreendimento agropecuário e não agropecuário do estabelecimento;

V – tenham o trabalho familiar predominante na exploração do estabelecimento, podendo manter até dois empregados permanentes, admitindo-se, ainda, o recurso eventual da ajuda de terceiros, quando a natureza sazonal da atividade o exigir;

VI – obtenham renda bruta anual familiar acima de R$ 8.000,00 e até R$ 27.500,00.

Segundo Vieira (1998), com relação ao cultivo de citros, alguns utilizam classificação por área, outros por número de pés e outros ainda utilizam o volume da produção como critério. A maior parte dos dados apresentados em trabalhos publicados baseia-se em classificação considerando hectares ou ainda número de pés.

Para Stuchi & Cyrillo (1997), existem duas classificações dos citricultores quanto ao tamanho: a proposta pelo Instituto de Economia Agrícola - IEA e a do Fundo de Defesa da Citricultura - Fundecitrus. Na primeira, são considerados pequenos os produtores ou as

3

“O conceito de módulo rural, utilizado como referência para a classificação dos diversos tipos de imóvel [rural], tem sua área fixada para cada região, a partir das características da produção agrícola regional (tipo de exploração) e numa extensão direta do conceito de “propriedade familiar”. Considerando-se, por sua vez, o conceito de propriedade familiar, ou seja, o imóvel que ‘direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área fixada para cada região e tipo de exploração, e, eventualmente, trabalhando com a ajuda de terceiros’, [Art.6º, Seção II, Capítulo I, Decreto nº 55.891 de 31.3.1965. (CONTAG, 1979, p. 94)] e que se estabelece que esse ‘tipo’ de imóvel deve ter, no mínimo, um módulo, a área fixada em cada região para propriedade familiar constitui o próprio módulo rural.”

4

(4)

unidades de produção com número de plantas desde 500 até 12.000. O Fundecitrus considera pequenos os produtores que possuam de 201 a 20.000 plantas. Cabe salientar que uma questão sempre levantada – quando se discute a citricultura em pequenas e médias unidades de produção – está relacionada ao nível tecnológico e à produtividade.

De acordo com a Cooperativa dos Cafeicultores e Citricultores de São Paulo – Coopercitrus – pode-se considerar como pequena propriedade citrícola a que possui uma área mínima de 2 hectares e máxima de 50 hectares, correspondente à área mínima para o cultivo de 500 plantas e máxima para o de 12.000 plantas. Esse critério foi estabelecido em razão de que, na grande maioria das unidades de produção existentes em Bebedouro, o cultivo de citros é predominante e, com um conjunto de trator e pulverizador se consegue cultivar até 12.000 plantas cítricas, que correspondem ao plantio máximo numa pequena propriedade citrícola.

Para o desenvolvimento da pesquisa foi buscada uma classificação que partisse das características da produção agrícola familiar, associada ao que se pode considerar o limite de área de uma pequena propriedade citrícola.

Vieira (1998) apresenta uma classificação que relaciona o número de produtores em cada categoria com o número de imóveis rurais, de pés e de produção, esclarecendo que estudos recentes carecem de uma análise mais detalhada sobre a segmentação dos produtores agrícolas e a evolução da estrutura fundiária havendo, ainda, escassez de fontes de dados, uma vez que na maior parte dos casos os dados existentes estão agregados por região, ou totalizados para o conjunto do Estado. Em sua classificação, considera pequenos aqueles produtores com área inferior a 50 hectares – agrupando numa mesma classe tanto os mini (menos de 10 ha) quanto os pequenos (de 10 a 50 ha). São classificados de médios aqueles com área entre 50 e 200 ha; de grandes os que têm de 200 a 1.000 ha e de muito grandes aqueles cuja área ésuperior a 1.000 ha.

Para os objetivos da pesquisa que serviu de suporte para o presente trabalho foi considerada como pequena unidade de produção familiar citrícola aquela que apresenta: • as características da empresa ou unidade de produção familiar, definidas por Alencar &

Moura Filho (1988), com exclusão do limite de área;

• o limite máximo de até 50 ha., conforme classificação de Vieira (1998) e o critério adotado pela Cooperativa dos Cafeicultores e Citricultores de São Paulo – Coopercitrus; • e ainda o cultivo, de, no mínimo, 500 pés de citros e, no máximo, 12.000, tendo área

mínima de 2 ha. e máxima de 50 ha, segundo critério da Cooperativa dos Cafeicultores e Citricultores de São Paulo - Coopercitrus.

Essa classificação foi fundamentada, ainda, na orientação fornecida pela Casa da Agricultura de Bebedouro, através do Engenheiro Agrônomo Dr. Walkimar Brasil Pinto5.

Segundo ele, o Instituto de Economia Agrícola – IEA tomou como base, para a determinação do custo de produção de citros, 400 plantas por hectare – em reunião no dia 31 de março de 2000, no Centro de Citricultura Silvio Moreira - Cordeirópolis. A partir desse parâmetro, um produtor pode cultivar 800 plantas em dois hectares e ter uma renda que o enquadra na categoria de um pequeno produtor de citros para efeitos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, no município de Bebedouro-SP.

As pequenas unidades de produção familiar, objeto deste trabalho, foram selecionadas a partir de relatório do Instituto Nacional de Reforma Agrária – INCRA e, as unidades dos enquadrados como familiares citrícolas, por meio de entrevistas com os pequenos produtores selecionados e posterior checagem junto à Casa da Agricultura local.

Por meio dessa seleção, detectou-se que em Bebedouro as pequenas unidades de produção familiar de citros são 107, equivalendo a 15% do universo de 722, consideradas pequenas e 11% do total de unidades de produção do local, que estão distribuídas entre 96 produtores ocupando 1.528,88

5

(5)

ha agricultáveis, correspondendo a 2,53% da área total, conforme dados da tabela 1.

Tabela 1: Distribuição das pequenas unidades de produção familiar citrícolas de Bebedouro-SP por dois estratos de área (em ha).

Classificação Hectares Número de Upas* (%) Área/Há (%)

2 a 14 62 58 533,8 35

14,01 a 50 45 42 995,08 65

Total 107 100 1.528,88 100

* UPA Unidade de Produção Agrícola

Fonte: ROMEIRO, 2002, p.102.

Foram consideradas pequenas unidades familiares citrícolas aquelas que utilizam a força de trabalho familiar; cultivam, no mínimo 500 pés de citros e no máximo 12.000, em área mínima de 2 ha. e máxima de 50 ha., segundo critério da Cooperativa dos Cafeicultores e Citricultores de São Paulo – Coopercitrus6

.

Na apresentação e análise dos dados, optou-se por colocar em evidência os pontos de vista dos produtores distribuídos por dois estratos de área. Um – reunindo os produtores que compuseram o denominado grupo 1 – abrangendo produtores cujas unidades de produção têm de 2 a 14 ha.; e o outro – grupo 2 – com unidades de produção de 14,1 a 50 ha.. Foram entrevistados, em cada estrato onze produtores.

3 – APRESENTAÇÃO DOS DADOS E INFORMAÇÕES

Estando a área financeira relacionada à previsão dos recursos monetários necessários para viabilizar as atividades da empresa, os produtores foram indagados quanto à captação de recursos e a forma como estes são administrados; à capacidade de assumir gastos; aos critérios para realizar gastos; às projeção de ganhos futuros; às expectativas com a citricultura; e ao nível de endividamento.

3.1 – Quanto à captação de recursos

No tocante à venda do produto, para captar recursos, 82% dos produtores do grupo 1 e 100% do grupo 2 vendem a produção mesmo que os preços não sejam os melhores. Justificam que há obrigatoriedade do cumprimento do contrato com a indústria, vigente por três anos. Reajustes contratuais podem ocorrer, mas são eventualidades com as quais não se pode contar. Também se referem ao fato de que o produto é perecível e não há como armazená-lo à espera de melhores preços. Caso não vendam a fruta, ela suporta algum tempo na árvore, após o que a safra é perdida e o produtor tem que assumir as despesas, inclusive com a limpeza do pomar. Vender a fruta mesmo que o preço não seja o ideal é considerado melhor do que perder a safra, pois os resultados da venda constituem a única fonte de renda do citricultor e não dá para armazenar a fruta à espera da elevação do preço, dado que ela é perecível. Para 9% dos produtores do grupo 1 é melhor tentar negociar para elevar o preço e não vender se este não for compensador; caso contrário, o produtor terá que pagar a colheita e o transporte e poderá ter prejuízo. Segundo opinião de outros 9% do grupo 1, a venda depende dos citricultores - ou no caso de fazerem parte de grupo de citricultores7

– das tentativas de

6

Informação técnica sem indicação de publicação. 7

Os “Grupos de Citricultores” são instituições formadas por agricultores que se unem visando a reunião de esforços voltados ao desenvolvimento das atividades do segmento, por meio da prestação de determinados serviços. Abrigam produtores de diversos portes, em busca de benefícios, que são bastante significativos para os de menor porte. Na opinião de alguns produtores familiares de citros de Bebedouro SP – comparativamente à atuação das Cooperativas e dos Sindicatos – os Grupos de Produtores oferecem maior segurança ao pequeno

(6)

renegociação.

3.2 – Quanto à capacidade dos produtores assumirem gastos

Para assumirem os gastos, 82% dos produtores do grupo 1 têm recursos próprios e consideram a utilização desses recursos a melhor forma para evitar o pagamento de juros e de não ter preocupações com dívidas, sendo necessário, no entanto, controlar gastos. Recorrem, 9%, a instituições financeiras e 9% a terceiros e a pessoas da família.

São 55% os produtores do grupo 2 que dispõem de recursos próprios para assumirem seus gastos, não se valendo de financiamento. Consideram mais seguro, pois, do contrário, colocariam em risco o patrimônio, o trabalho e o valor sentimental que a terra representa para eles, por ter sido dos avós e pais. Os outros 45% dos produtores recorrem a instituições financeiras, pois não receberam pelas safras anteriores dos mercadistas, o que comprometeu sua renda. Assim, com a obtenção de recursos junto aos bancos tentam regularizar ou equilibrar sua situação financeira.

3.3 – Quanto à pesquisa de preços por ocasião das compras

No grupo 1, comparar preços antes de comprar os produtos junto aos revendedores é considerada atitude importante para 82% dos produtores. Dentre os que não fazem cotações de preços, 18% preferem comprar em empresas onde são clientes, pela confiabilidade dos produtos oferecidos, pelo crédito e pelas facilidades de pagamento.

No grupo 2, a pesquisa de preços é feita por 73% dos produtores antes de comprarem os produtos de que necessitam, visando melhor preço e melhores condições de pagamento, sem deixar de levar em conta a qualidade, que é considerada fundamental. A cotação de preços de defensivos e adubos é feita a partir de uma marca específica ou de um similar com a mesma qualidade. Uma parcela de produtores – 27% – compra em lojas onde são clientes por algumas razões também apontadas pelos produtores do grupo 1: confiabilidade dos produtos, condições de pagamento e crédito sem cotação de preço.

3.4 – Quanto à projeção de ganhos futuros

A maior parte dos produtores do grupo 1 – 64% – realizam projeções de ganhos futuros. Os planos são para melhorar as condições da família e investir na terra, mas temem contrair dívidas que coloquem o patrimônio e o trabalho em risco. Uma parcela de produtores – 36% – não faz projeções, justificando que as constroem somente depois que recebem os resultados (em dinheiro) da safra. Argumentam que são ensinamentos que receberam dos pais ou patrões e que se deve procurar guardar o resultado de uma safra para se ter uma garantia; também porque o pequeno produtor deve estar ciente de sua realidade e de suas limitações, do contrário poderá acabar perdendo tudo, inclusive a propriedade.

No grupo 2, 73% fazem projeção para a utilização de ganhos futuros, mas não conseguem realizar todas elas porque são ações projetadas para o longo prazo, tais como pagar dívidas, sendo a prioridade o investimento na terra. Para a família são consideradas somente as coisas essenciais, ficando a realização de algum sonho condicionada à sobra de dinheiro. Fazer projeções auxilia os produtores se organizarem quanto aos objetivos e aos recursos disponíveis, mas os recursos nem sempre são compatíveis com o projetado. Dentre os que não fazem projeções, 27% justificam que tratam da cultura como podem, com produtos mais baratos, e aguardam o resultado da safra sem fazer projeções de ganhos.

citricultor familiar, mesmo que os valores negociados não sejam os melhores. (ROMEIRO; ESCRIVÃO FILHO; MIRANDA COSTA 2003).

(7)

3.5 – Quanto aos resultados com a citricultura

Do grupo 1, 64% consideram que estão ganhando o suficiente: para sobreviverem, por estarem vendendo suas safras através de grupos de citricultores; os resultados não têm sido suficientes para manterem reservas; ou estão ganhando pouco, mas conseguem saldar as dívidas e sobreviverem. Já 36% declararam que estão tendo prejuízos, pois fizeram investimentos para tratar do pomar, não foram remunerados a contento nas safras anteriores e necessitam de recorrer sucessivamente a crédito para custeio, com a finalidade de pagar os obtidos anteriormente.

Quanto aos resultados, 36% do grupo 2, declaram estar tendo prejuízos, tendo sua sobrevivência garantida pela produção de mudas, uma vez que nas duas últimas safras8 a

laranja não se pagou. Os restantes 64% consideram que estão ganhando para manter a família e a propriedade; consideram que o custo se elevou e que a produtividade diminuiu. Avaliam que, se tratassem da cultura como é preciso ou teriam prejuízo ou não sobreviveriam.

3.6 – Quanto ao endividamento

Do grupo1, 64% afirmam não ter dívidas; os 36% que alegam que as têm, ressaltam que elas são menores do que o valor da propriedade.

A maior parte dos produtores do grupo 2 – 55% – têm dívidas, mas seu valor é inferior ao da terra. Como medida de solução solicitam crédito para custeio, um após o outro, para saldar uma dívida assumida anteriormente, com outro crédito para custeio. Argumentam que não tinham medo de dívidas, mas pelas dificuldades que têm passado, estão mais cautelosos; julgam ser uma situação preocupante porque, embora as dívidas não sejam maiores que o valor da terra esta constitui a garantia. Esses produtores buscam como solução fazer um financiamento ou contratar crédito de custeio para pagar outro como uma forma de prolongar o vencimento da dívida. O restante dos produtores – 45% – não declara ter dívidas. Julgam que a situação mais comum é o que o produtor maior esteja endividado, uma vez que se ele ganha mais, no entanto consome mais, em relação ao seu ganho e, na ocasião em que a laranja deu uma alta rentabilidade esses produtores gastaram mais do que ganharam.

4 – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS E INFORMAÇÕES

Para captar receitas o mais usual é que os produtores dos dois grupos vendem a safra, mesmo que os preços não sejam os melhores. O produto é perecível sendo impossível armazená-lo, aguardando a elevação de preços. Se o produtor não vende, o prejuízo é maior, pois perde a produção. Os contratos com as indústrias, por safras seguidas a valores pré-fixados, são difíceis de serem renegociados para elevação dos preços a favor do produtor; fato contrário acontece – de renegociação em detrimento do produtor, sem que este, individualmente ou via grupos, consiga reverter um processo de renegociação que beneficia somente a indústria.

Tomando-se como referência o desconhecimento dos valores negociados para a safra 2001, pois somente o saberiam na última parcela do pagamento, em abril/2002, fica difícil um planejamento financeiro – levando-se em conta receitas e despesas realizadas ou que se realizariam – mesmo porque os controles são feitos “de cabeça”, adotando um critério empírico conforme afirma GIORGIO et al. (1994).

As tabelas 2 e 3 mostram os valores recebidos nas últimas safras negociadas pelos grupos e individualmente. Os valores não seguem um padrão e os valores negociados para a safra 2001 não são citados, reafirmando a colocação de que esta variação pode conotar o

8

O levantamento de campo foi feito em 2001/2002. No entanto, segundo informações posteriormente levantadas, as condições pouco ou quase nada se alteraram.

(8)

desconhecimento dos reais valores recebidos em safras anteriores ou o sigilo que envolve a participação nesses grupos.9

Tabela 2: Valores negociados pelos produtores do grupo 1, através dos grupos e individualmente, nas safras de 1999, 2000, 2001.

Valores safras negociadas pelos grupos Valores safras negociadas individualmente

1999 2000 2001 1999 2000 2001

U$ 2,80 U$ 2,30 U$3,00 (não recebeu) R$ 1,50 U$ 3,00

R$ 5,00* U$ 3,00 (não sabe) R$ 1,70 R$ 2,50 x

U$ 2,30 U$ 2,20 (não sabe) R$ 4,00 R$ 1,20 x

U$ 3,60 U$ 2,65 (não sabe) (não vendeu) R$ 1,00 R$ 5,50

U$ 2,30 U$ 2,20 (não sabe) R$ 2,50 R$ 1,80 U$ 3,00

x x x R$ 4,20 R$ 1,70 U$ 3,45

Fonte: ROMEIRO, 2002, p. 199.

* Em 1999 vendeu individualmente, passou a negociar em grupo a partir de 2000.

Nota-se que os preços negociados individualmente, com poucas exceções, são menores que os negociados pelos grupos e expressos em reais, fundamentando as declarações dos produtores não associados, de que através dos grupos se consegue melhor preço.

Tabela 3: Valores negociados pelos produtores do grupo 2, através dos grupos e individualmente, nas safras 1999,2000 e 2001.

Valores safras negociadas pelos grupos Valores safras negociadas individualmente

1999 2000 2001 1999 2000 2001

U$ 2,50 U$ 2,80 (não sabe) R$ 1,80 R$ 4,00 x

R$ 2,45 U$ 2,15 (não sabe) R$ 1,60 R$ 2,50* x

U$ 2,55 U$ 2,55 U$ 2,55 R$ 1,80 U$ 3,00 x

(não sabe) (não sabe) (não sabe) R$ 1,90 R$ 1,70 (passou a vender pelo grupo) (não sabe) (não sabe) (não sabe) R$ 0,70** R$ 1,00** (passou a vender pelo grupo) U$ 2,00*** U$ 2,50 (não sabe) R$ 1,20*** R$ 9,00 x

Fonte: ROMEIRO, 2002, p. 200.

* Posta na indústria.

** 1999 – a melhor por R$ 0,70 a pior por R$ 0,40. 2000 – a melhor por R$1,00 a pior por R$ 0,80. *** Produtor que negocia através de grupo e individualmente.

Pelos valores recebidos não satisfazerem aos produtores dos dois grupos, em relação ao trabalho e aos custos do processo produtivo, as opiniões quanto à rentabilidade também não são as mais satisfatórias.

Tabela 4: Rentabilidade na citricultura.

Grupo de 2 a 14 hectares Grupo de 14,1 a 50 hectares

(grupo 1) (grupo 2)

Ganha o suficiente para viver 64% 64%

Tem prejuízo 36% 36% Total 100% 100% Rentabilidade Fonte: ROMEIRO, 2002, p. 200. 9

É freqüente o produtor guardar sigilo sobre o preço pago a ele pela indústria, mesmo no caso de estar negociando como participante de “grupo de citricultores”.

(9)

Os produtores do grupo 1, endividados, têm prejuízos com a citricultura. As dívidas foram contraídas para promover tratos culturais mais adequados e, como não negociam em grupos, não obtiveram o retorno esperado.

O ganho reduzido ou “suficiente para viver” está relacionado ao baixo valor pago pela fruta e aos altos custos de produção. Assim, mesmo que a produtividade do pomar seja satisfatória, o pequeno citricultor tem que controlar gastos ao extremo para não se endividar.

Os produtores do grupo 2 têm as mesmas opiniões que os do grupo 1, e o que os diferencia é o fato dos primeiros disporem de maior volume de recursos disponíveis e melhores condições de assumirem os encargos decorrentes do custeio, aos quais recorrem para subsidiar o processo produtivo. Desta forma, o grupo 1 apresenta menor índice de endividamento que o grupo 2, conforme se verifica na tabela 5.

Tabela 5: Nível de endividamento.

Grupo de 2 a 14 hectares Grupo de 14,1 a 50 hectares

(grupo 1) (grupo 2)

Não tem dívidas 64% 45%

Dívidas são menores que o valor da terra. 36% 55%

Total 100% 100%

Nível de endividamento

Fonte: ROMEIRO, 2002, p. 201.

Chama a atenção a constatação de que apenas 36% dos produtores do grupo 1 têm o valor de suas dívidas num montante inferior ao valor de sua terra.

Os recursos próprios a que os produtores dos dois grupos se referem, conforme tabela 6, são os destinados a promover as operações para as quais têm suporte para realizar, mas não todas as essenciais aos tratos culturais. Se assim procedessem teriam a necessidade de recorrer a outras fontes para entre outras providências: captar recursos financeiros como, por exemplo, para adubar mais vezes durante o ano citrícola, adquirir produtos de melhor qualidade, irrigar o pomar, investir em máquinas e equipamentos necessários por eles mencionados.

Tabela 6: Procedência dos recursos financeiros utilizados.

Grupo de 2 a 14 hectares Grupo de 14,1 a 50 hectares

(grupo 1) (grupo 2)

Próprios 91% 55%

De particulares e de instituições financeiras 9% x

De instituições financeiras x 45%

Total 100% 100%

Procedência dos recursos

Fonte: ROMEIRO, 2002, p. 201.

O endividamento apresentado pelo grupo 1 ocorreu, em 75% dos casos, para promover tratos culturais sendo que 25% não revelaram as causas. Um dos produtores teve o montante da dívida para a quitação securitizada. Outro, para sobreviver, manter a terra e a citricultura tomou crédito para custeio seguidas vezes e se desfez de parte das terras para tentar quitar os débitos e investir em tratos culturais. Somente um produtor recorreu à família para captar recursos. No grupo 2, 83% das dívidas decorreram de gastos com tratos culturais e compra de máquinas, num montante pouco significativo, que comprometa o patrimônio, embora este seja oferecido como garantia. Das opiniões restantes, 17%, se referem a dívidas com gastos excessivos com a família e decorrentes da falta de planejamento e controle de receitas e gastos. Como solução são feitos financiamentos para custeio ou financiamentos sucessivos

(10)

para a quitação das dívidas, sendo algumas securitizadas. Na tabela 7 pode-se verificar a incidência com que cada grupo pesquisado recorre a linhas de crédito.

Tabela 7: Utilização de linhas de crédito.

utiliza não utiliza utiliza não utiliza utiliza não utiliza

De 2 a 14 hectares (grupo 1) 27% 73% x 100% 99% 91%

De 14,1 a 50 hectares (grupo 2) 55% 45% 18% 82% 9% 91%

Grupos

Capital de giro Infra-estrutura Pronaf

Linhas de Crédito

Fonte: ROMEIRO, 2002, p. 170.

A projeção de ganhos futuros, de planos para a família e para a unidade de produção é feita pelos produtores dos dois grupos, mas a concretização desses planos não ocorre em razão de restrições financeiras. Para implementá-los os produtores precisariam de lançar mão de recursos de terceiros, o que poderia resultar no risco de endividamento e da perda da terra, bem como o comprometimento das possibilidades de trabalho da família, comprometendo a sobrevivência desta. Produtores que não fazem projeções trabalham segundo sua disponibilidade de recursos, fundamentando essa postura da mesma forma como os que as realizam, pois não vislumbram possibilidades da concretização de seus sonhos para a família e para a unidade de produção.

Nesse contexto, de um lado o produtor tem seus objetivos, mas é condicionado pelo meio interno – necessidades da família e da unidade de produção; pelo externo – fatores condicionantes do meio como o clima, a política governamental, o mercado, os órgãos representativos e a disponibilidade de tecnologia - que o impulsionam ou não para a realização dos planos idealizados, conforme discorre LIMA et. al. (1995). Nesse processo, as decisões visam garantir a reprodução do sistema produtivo e os resultados econômicos irão incidir diretamente sobre a sobrevivência da família.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O controle financeiro é realizado, pelos pequenos produtores familiares citrícolas de maneira empírica, carecendo de critérios assimilados pela busca de conhecimento que lhes proporcione um roteiro pré-estabelecido de como realizar controles de gastos e receitas. Sua prática está direcionada às necessidades prioritárias da unidade de produção, pois a garantia de recursos para promover as operações primordiais significa a manutenção do processo produtivo.

Por essa razão, os planos somente são concretizados se há a disponibilidade de recursos financeiros, especialmente no caso dos produtores do grupo 1, pois assumir dívidas pode redundar no comprometimento da posse da terra e na sobrevivência da família, elementos intimamente relacionados. Neste contexto, o grupo 1 tem maior incidência de uso de recursos financeiros próprios e apresenta menor nível de endividamento que o grupo 2. Para o grupo 2, as ameaças do endividamento são as mesmas mencionadas pelo grupo 1, mas com a atenuante de que esses produtores têm a possibilidade de suportar com mais segurança os encargos decorrentes da captação de recursos de terceiros; tanto é assim, que lançam mão de tais recursos com maior incidência que o grupo 1.

Quanto à política governamental de crédito concluiu-se que os produtores cujas unidades de produção têm área de 2 a 14 hectares possuem menores condições de buscar os recursos, por serem menos capitalizados. A restrição da renda não lhes permite assumir

(11)

dívidas para investir na propriedade, pois quaisquer oscilações provenientes da variação da produção e da receita, decorrente da venda da safra, podem colocar em risco, ao mesmo tempo, a manutenção da propriedade da terra, o trabalho e a sobrevivência. Por essas razões e pelos encargos e valores do financiamento para a infra-estrutura serem altos estão mais voltados às linhas de crédito para o capital de giro para promover as operações básicas necessárias.

Os produtores com unidades de produção de 14,1 a 50 hectares sofrem das mesmas limitações e ansiedades, mas possuem melhores condições de buscar esses recursos para viabilizar a produção, em razão do volume da produção ser maior e oferecer maior garantia de ganhos e segurança para assumir dívidas. Os programas de apoio à agricultura familiar não atendem às necessidades dos pequenos citricultores familiares que, na verdade, não utilizam tais créditos. Para que efetivamente atendessem aos interesses desses proprietários deveriam ser concedidos valores condizentes aos custos de produção da citricultura. O grupo 1 também fundamenta o desinteresse pelos programas pelos juros cobrados serem altos em relação à sua renda. Por essa razão solicitam que as taxas de juros sejam menores e que haja a ampliação do número de parcelas para a quitação da dívida. Para o grupo 2, com a possibilidade de maior rentabilidade, os juros dos programas não são exorbitantes. Os produtores desse grupo enfatizam que os valores concedidos são irrisórios.

Outra medida que deveria ser adotada, no que se refere aos financiamentos e aos programas, diz respeito à fiscalização da concessão desses créditos, pois somente uma pequena parcela dos produtores aos quais se destinam – caso do PRONAF – tem acesso aos recursos. Portanto, tais programas não atingem os objetivos aos quais se destinam.

Dessa forma, as finanças e os custos de produção são tidos como os fatores internos mais problemáticos na gestão, pois é tarefa difícil conciliar a capacidade financeira às necessidades do sistema produtivo e da família, sendo as primeiras mais representativas no cômputo geral das despesas realizadas.

6. BIBLIOGRAFIA

ALENCAR, E.; MOURA FILHO J.A. Unidades de Produção Agrícola e Administração Rural. Informe Agropecuário, São Paulo, v.14, n.157, p.25-29, 1988.

ANTUNES, L. M.; ENGEL, A. Manual de administração rural. Guaíba (RS): Agropecuária, 1999.

CONTAG – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA. Questões Agrárias: Estatuto da Terra e Decretos Regulamentadores. Brasília, 1979. (documento 8).

GIORGIO, F. G.et al. Administração e tomada de decisão na cultura dos citros. Coopercitrus Informativo Agropecuário, São Paulo: Magraf n. 98, p.22-24, 1994.

LIMA, A. J.P.; BASSO, N.; NEUMANN, P. S. et. al. Administração da unidade de produção familiar, Ijuí (RS): UNIJUÍ, 1995.

MARION, J. C., Contabilidade e controladoria em agribusiness, São Paulo: Atlas, 1996. MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração. São Paulo: Atlas, 1997.

MIRANDA COSTA, V.M.H. de e PAULINO, S.R. A modernização da agricultura e o conceito de módulo rural. Perspectivas (São Paulo), v.15, p.121-141, 1992.

(12)

Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais Rurais) – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba.

PASIN, L. E. V. (2000). Apostila de administração e contabilidade agropecuária. Taubaté, Curso de Ciências Agrárias – Universidade de Taubaté, 2000. 20p. (Apostila xerocada).

ROMEIRO, V. M. B. Gestão da pequena unidade de produção familiar de citros: uma análise dos fatores influentes no sucesso do empreendimento do ponto de vista do produtor de Bebedouro (SP). 2002. 241 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Universidade de São Paulo, São Carlos.

ROMEIRO, V. M. B.; ESCRIVÃO FILHO, E.; MIRANDA COSTA, V. M. H.de As relações com órgãos representativos na pequena produção familiar citrícola – o caso de Bebedouro – SP. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, XLI, 2003, Juiz de Fora. Anais... Juiz de Fora: SOBER, 2003. 20 p. CD-ROM STUCHI, E. S; CYRILLO, F. Como o Pequeno e o Médio Citricultor Podem Sobreviver. Coopercitrus Informativo Agropecuário, Bebedouro, n. 132, p.26-29, 1997.

VIEIRA, A. C. Desafios para os pequenos produtores de laranja do Estado de São Paulo diante de novos fatores na relação agricultura/indústria nos anos 90. 1998. 191 p.191p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia – Departamento de Engenharia de Produção, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.

ZIGLIO, M. J. C. Administração da citricultura. Apresentado ao Encontro Du Pont de Citricultura Regional, Bebedouro, 1996.

Referências

Documentos relacionados

PÁGINA 03 • Observações de Segurança • Especificações Técnicas • Características Técnicas PÁGINA 04 • Caixa Central • Roda Reguladora de Altura • Conjunto Deslizador

casa buddenbrook - thomas

No entanto, esta hipótese logo é abandonada em favor de uma nostalgia reflexiva, visto que “ao invés de tentar restaurar as cópias de nitrato de algum estado

Os testes de desequilíbrio de resistência DC dentro de um par e de desequilíbrio de resistência DC entre pares se tornarão uma preocupação ainda maior à medida que mais

A cor “verde” reflecte a luz ultravioleta, porém como as minhocas castanhas são mais parecidas com as minhocas verdadeiras, não se confundem com a vegetação, sendo

Para outras obras intimadas pela Câmara Municipal (adicional de 100%, correspondente taxa de.. licença inicial

Of these priority areas, 1123 are already protected (as protected area sites or as indigenous lands), and another 11 are areas that do not have a protection status. The

Sabendo que a institucionalização dos idosos não é a mais favorável e que os Lares de Idosos ainda continuam a ser conotados como campos “de concentração para