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SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. Proposta da Administração para AGOE de 30 de abril de 2015

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SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A.

Proposta da Administração para AGOE de 30 de abril de 2015

Em atendimento a Instrução da CVM nº 481/09, com as alterações introduzidas pela instrução CVM 552/14, a Companhia disponibiliza os seguintes itens:

I - Comentários dos Diretores (Item 10 - Instrução CVM nº 480) ... 2

II - Administração (Item 12.5 a 12.10 - Instrução CVM nº 480) ... 34

III - Remuneração dos Administradores (Item 13 - Instrução CVM nº 480) ... 39

IV - Proposta de Remuneração dos Administradores (art. 12 - Instrução CVM nº 481) ... 90

V - Destinação do Lucro Líquido (anexo 9 - Instrução CVM nº 481) ... 91

VI - Atas de Reunião do Conselho Fiscal ... 95

Os demais documentos elencados no art. 9º da Instrução CVM, já se encontram disponíveis no site da Companhia

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I - Comentários dos Diretores (Item 10 - Instrução CVM nº 480)

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais a) Condições financeiras e patrimoniais gerais

A Diretoria entende que a Companhia possui condições financeiras e patrimoniais suficientes para cumprir suas obrigações de curto e médio prazos. A Companhia tem concentrado seus esforços na busca de linhas com prazos mais longos e custos competitivos. Nos exercícios sociais encerrados em 2014, 2013 e 2012 a Companhia registrou, respectivamente, prejuízo líquido de R$ 261,5 milhões, R$ 220,5 milhões e de R$ 182,1 milhões. Estas variações no resultado da Companhia são reflexos das variações monetárias e cambiais. O EBITDA Ajustado em 2014 foi de R$ 2.452,0 milhões, enquanto que em 2013 foi de R$ 1.781,3 milhões e em 2012 foi de R$ 1.260,3 milhões. A geração de caixa, medida pelo EBITDA, em 2014 reflete principalmente: (i) o aumento de volume de celulose vendido; (ii) o aumento do preço líquido médio em Reais de papel, e (iii) a desvalorização do Real em relação ao Dólar, com impacto na receita advinda das exportações.

O patrimônio líquido da Companhia em 31 de dezembro de 2014 era de R$ 10.315,1 milhões, em 31 de dezembro de 2013 era de R$ 10.687,2 milhões e em 31 de dezembro de 2012 de R$ 11.002,1 milhões. A queda em relação a 31 de dezembro de 2013 e em relação a 31 de dezembro de 2012 deve-se, principalmente, pela diminuição das reservas de lucro, devido à absorção de prejuízo do período e pagamento de dividendos. Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia tinha uma posição de caixa e equivalente de caixa de R$ 3.686,1 milhões, em 31 de dezembro de 2013 de R$ 3.689,6 milhões e em 31 de dezembro de 2012 de R$ 4.337,6 milhões. Em 31 de dezembro de 2014, a dívida líquida consolidada totalizava R$ 10.074,5 milhões, em 31 de dezembro de 2013, R$ 9.187,3 milhões e em 31 de dezembro de 2012, R$ 6.381,5 milhões.

Em 31 de dezembro de 2014, a relação dívida líquida/EBITDA Ajustado ficou em 4,1x, resultado do incremento na dívida bruta, que foi parcialmente compensado pelo aumento do EBITDA Ajustado. Em 31 de dezembro de 2013, a relação dívida líquida/EBITDA Ajustado ficou em 5,2x, resultado do incremento no endividamento líquido, em função dos investimentos na Unidade Maranhão, parcialmente compensado pela maior geração de EBITDA. Em 31 de dezembro de 2012, a relação dívida líquida/EBITDA Ajustado foi de 5,1x, resultado do incremento do endividamento no período para investimento no projeto de celulose de mercado no Maranhão.

b) Estrutura de capital e possibilidade de resgate de ações ou quotas, indicando (i) hipóteses de resgate; e (ii) fórmula de cálculo do valor de resgate

O percentual do capital composto por capital próprio (Patrimônio Líquido dividido pelo Passivo Total) era de 36,7% em 2014, 39,4% em 2013 e 43,4% em 2012. O percentual do capital composto por capital de terceiros (Passivo Exigível dividido pelo Passivo Total) era de 63,3% em 2014, 60,6% em 2013 e 56,6% em 2012.

Não há previsão no Estatuto Social da Companhia de resgate de ações.

c) Capacidade de pagamento em relação aos compromissos financeiros assumidos

A política de captação de recursos e gestão de caixa da Companhia é orientada pelo conceito de “horizonte de liquidez”, que fornece a medida de tempo durante o qual os recursos disponíveis em caixa, somados à geração de caixa operacional e os recursos provenientes de financiamentos contratados e não desembolsados, estimada em condições desfavoráveis de mercado, são capazes de suportar o pagamento de todas as obrigações contratadas para o período, incluindo todas as amortizações de principal e juros de financiamentos.

Pelo exposto, a Diretoria trabalha com o compromisso de manter o equilíbrio econômico-financeiro da Companhia, e para isso conta com os recursos existentes, a geração de caixa operacional, o acesso aos mercados de capitais e de financiamentos a custos competitivos, além de diversas alternativas analisadas pela Companhia sempre que necessário.

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d) Fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não circulantes utilizadas

A Companhia capta recursos, quando necessário, por meio de contratos financeiros, os quais são empregados no financiamento das necessidades de capital de giro da Companhia e investimentos de curto e longo prazo, bem como na manutenção de disponibilidades de caixa em nível que a Companhia acredita apropriado para o desempenho de suas atividades. Os financiamentos e empréstimos estão detalhados no item “10.1.f.”.

O financiamento de capital de giro pode ser realizado via operações de financiamento de exportações, que permite o casamento dos fluxos de recebimentos de exportações com os fluxos de pagamentos destes financiamentos, trazendo como vantagem adicional a proteção dos recebíveis de exportações contra o risco de variação cambial.

Para o financiamento de projetos, a Companhia contrata, preferencialmente, empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de outras instituições de financiamento, como Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e financiamentos externos com apoio de Export Credit Agencies (ECA), que oferecem condições competitivas, incluindo prazos de pagamentos de principal e juros compatíveis com os fluxos de retornos dos projetos, de modo a evitar que sua implementação pressione a capacidade de pagamento da Companhia.

A Companhia mantém, ainda, um contrato de fornecimento relacionado a equipamentos utilizados no processo industrial de fabricação de celulose, para a cidade de Mucuri-BA. Esse contrato está denominado em Dólares, sendo que o contrato possui cláusulas de opção de compra de tais ativos ao final do prazo de arrendamento, que é de 15 anos, por preços substancialmente inferiores aos seus valores justos. A administração possui a intenção de exercer a opção de compra na data prevista no contrato.

e) Fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não circulantes que pretende utilizar para cobertura de deficiências de liquidez

A Companhia possui alto nível de liquidez, geração de caixa consistente e acesso ao mercado de capitais, conforme apontado nos itens “10.1.a.” e “10.1.b.”. Isto garante como explicado no item “10.1.c.”, o cumprimento de suas obrigações de curto e médio prazo. As fontes de financiamento utilizadas pela Companhia para capital de giro e para investimentos de curto e longo prazo estão indicadas nos itens “10.1.d” e “10.1. f”.

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f) Níveis de endividamento e características das dívidas, indicando (i) contratos de empréstimo e financiamento relevantes; (ii) outras relações de longo prazo com instituições financeiras; (iii) grau de subordinação entre as dívidas; e (iv) eventuais restrições impostas à Companhia

Financiamentos e Empréstimos

Os financiamentos e empréstimos consolidados da Companhia em 31 de dezembro de 2014 apresentavam as seguintes fontes (em milhares de Reais):

1) Termo de capitalização correspondente ao que exceder a 6% da Taxa de Juros de Longo Prazo (“TJLP”) divulgada pelo Banco Central;

2) Os financiamentos e empréstimos estão garantidos, conforme o caso, por (i) hipotecas da fábrica; (ii) propriedades rurais; (iii) alienação fiduciária de bens objeto dos financiamentos; (iv) aval de acionistas e (v) fiança bancária.

3) Em março 2004, a Companhia captou recursos junto ao BNP Paribas no valor de US$20 milhões e em outubro de 2006 firmou contrato de financiamento junto aos bancos BNP Paribas e Société Générale, na proporção de 50% para cada um no valor de US$150 milhões, com objetivo de financiar equipamentos importados para a unidade de Mucuri/BA. Em maio de 2013 a Companhia captou recursos referentes à contratação de duas operações financeiras de financiamento à importação (ECA – Export Credit Agency) de equipamentos destinados às instalações da unidade de produção de celulose no Maranhão. O montante total contratado equivale a US$535 milhões, pelo prazo de até 9,5 anos, com as instituições financeiras AB Svensk Exportkredit, BNP Paribas via subsidiária Fortis Bank SA/NV, Nordea Bank Finland Plc, Nordea Bank AB e Société Générale, e com garantia das “Export Credit Agency” FINNVERA e EKN. Todos estes contratos possuem cláusulas definindo a manutenção de determinados níveis de alavancagem, as quais são verificadas e o atendimento é confirmado após 60 e 120 dias do fechamento dos meses de junho e dezembro de cada exercício social, respectivamente. Com relação aos resultados de junho de 2014, a Companhia cumpriu com os níveis estabelecidos. A próxima verificação ocorrerá com base nos resultados de dezembro de 2014 FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS Taxa média anual de juros em 31/12/2014 Imobilizado:

BNDES - Finem Taxa fixa / TJLP (1) (2) 7,05% 2015 a 2023 1.784.305 1.977.233 1.888.985 BNDES - Finem Cesta de moedas / US$ (2) 5,76% 2015 a 2022 2.614.936 2.195.893 1.103.240 BNDES - Finame Taxa fixa / TJLP (1) (2) 4,64% 2015 a 2024 25.425 3.511 4.529 FNE - BNB Taxa fixa (2) 8,50% 2015 a 2017 57.441 75.642 93.800

FINEP Taxa fixa (2) 4,31% 2015 a 2020 50.823 49.597 56.555

Crédito Rural CDI / Taxa fixa 5,50% 2015 169.511 20.436 20.457 Arrendamento mercantil financeiro CDI / US$ - 2015 a 2022 25.450 33.873 61.021 Financiamentos de Importações - ECA US$ (2) (3) 1,93% 2015 a 2022 1.229.931 1.233.947 148.371 Capital de giro:

Financiamentos de exportações US$ (4) 4,01% 2015 a 2022 1.896.408 2.054.668 1.998.656

Nordic Investment Bank US$ - - - - 68.488

Nota de crédito de exportação CDI / Taxa Fixa (5) 12,48% 2015 a 2021 4.070.046 3.514.454 3.070.854

BNDES - EXIM TJLP (1) - - - - 60.511

Senior Notes US$ / Taxa fixa (6) 5,88% 2021 1.732.670 1.525.848 1.335.465

Desconto de Duplicatas-Vendor - 2015 54.312 42.566 86.727

Empréstimo Banco do Brasil CDI (7) 12,74% 2016 46.175 -

Outros - 2015 3.152 15.661 19.616

13.760.585

12.743.329 10.017.275

Parcela circulante (inclui juros a pagar) 1.795.355 1.007.157 1.034.647

Parcela não circulante 11.965.230 11.736.172 8.982.628

31/12/2013 31/12/2012 31/12/2014

Consolidado

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5 4) Em julho de 2014 as condições de um contrato de Financiamento de Exportação de US$50 milhões presente na carteira foram renegociadas e o vencimento alterado de 2016 para 2019. Em outubro e novembro de 2014, a Companhia contratou duas operações de Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio (“ACC”) no valor total de US$50 milhões e prazo de vencimento de 6 meses.

5) Em outubro de 2014 a Companhia liquidou antecipadamente três operações de Nota de Crédito à Exportação (“NCE”) na modalidade compulsória no valor total de R$102,5 milhões e contratou, na mesma data, uma nova e de mesmo valor, alterando assim o prazo médio de vencimento de 1,4 ano para 3 anos. Em novembro de 2014, as condições de dois contratos de NCE de R$1,2 bilhão presentes na carteira, foram renegociadas e o vencimento alterado de 2016 e 2017 para 2020. Adicionalmente, no mesmo mês, foi contratada uma NCE na modalidade compulsória de R$100 milhões e prazo de vencimento de 5 meses.

6) Em setembro de 2010 a Companhia, por intermédio da sua subsidiária Suzano Trading, emitiu Senior Notes no mercado internacional no valor de US$650 milhões com vencimento em 23 de janeiro de 2021, cupom com pagamento semestral de 5,875% a.a. e retorno para o investidor de 6,125% a.a. A Companhia é garantidora da emissão, a qual constitui uma obrigação sênior sem garantia real da emissora ou da Companhia e concorre igualmente com as demais obrigações dessas companhias de natureza semelhante. Entre setembro de 2013 e julho de 2014, a Companhia, através da sua subsidiária Suzano Trading, recomprou US$4,3 milhões do valor de principal das Senior Notes emitidas.

7) Devido à incorporação da Vale Florestar acrescentou-se à carteira uma dívida de R$45 milhões (principal) com vencimento em 2016.

Subordinação entre as dívidas

Os financiamentos contratados pela Companhia são contratualmente subordinados. As garantias prestadas pela Companhia para determinadas obrigações financeiras possuem, em alguns casos, garantia real, inclusive hipoteca e alienação fiduciária dos be ns financiados, portanto preferindo outros credores.

Amortizações

O cronograma de amortização das obrigações financeiras vigentes em 31 de dezembro de 2014, assim como a exposição do endividamento da Companhia por indexadores são apresentados abaixo:

Cesta de Moedas 3% Fixa (US$) 33% Libor 18% CDI 27% TJLP13% Fixa (R$) 6%

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g) Limites de utilização dos financiamentos já contratados

Em 31 de dezembro de 2014 havia cinco contratos de financiamento vigentes com saldos pendentes de desembolso e com limites de utilização. Os contratos em questão são o Contrato de Abertura de Limite de Crédito para o período de 2012 a 2015 e o contrato de financiamento do Projeto Maranhão, ambos celebrados com o BNDES, o contrato de financiamento de pesquisa e desenvolvimento, celebrado com a FINEP, e dois contratos firmados com o Banco do Nordeste do Brasil, conforme abaixo explanado:

Agente

Financeiro Contrato Financiamento

Desembolsos Realizados Saldo Disponível

Valor % Valor %

BNDES CALC – contrato de

Abertura de Limite de Crédito R$ 1.200.0 milhões R$ 478,8 milhões 40% R$ 721,2 milhões 60%

BNDES Projeto Maranhão R$ 2.332,4 milhões R$ 2.220,6

milhões 95,2% R$ 111,8 milhões 4,8%

FINEP Pesquisa e

Desenvolvimento R$ 43,5 milhões R$ 31,5 milhões 72,3% R$ 12 milhões 27,7%

BNB/FNE Cédula de Credito Industrial R$ 200,0 milhões R$ 200,0 milhões 100%

BNB/FNE Cédula de Credito Industrial R$ 122,0 milhões R$ 122,0 milhões 100%

h) Alterações significativas em cada item das demonstrações contábeis Base de preparação das demonstrações contábeis

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e também de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP).

Incentivos Fiscais

A Companhia possui da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (“SUDENE”) incentivo fiscal de redução de 75% do imposto de renda, relativo à Unidade Mucuri (linha 1 de celulose e máquina de papel), usufruído até 2012. Benefício idêntico a este foi obtido pela Companhia para a Linha 2 desta unidade com prazo de fruição até o término do ano calendário de 2018. Esse incentivo fiscal é calculado com base no lucro da exploração, proporcionalmente à receita líquida de vendas de cada linha de produção incentivada.

A redução do imposto de renda, decorrente desse benefício, é contabilizada como uma redução da despesa de imposto de renda e contribuição social correntes no resultado do exercício. O valor do imposto que deixar de ser pago em razão do benefício não poderá ser distribuído aos sócios e constituirá reserva de capital da pessoa jurídica, que somente poderá ser utilizada para absorção de prejuízos ou aumento do capital social, conforme a regra do art. 545 do Decreto 3.000 de 1999.

A Companhia apresentou à SUDENE pedido de idêntico incentivo fiscal de redução do imposto de renda para a linha 2 de celulose de Mucuri (expansão), sendo que em 18 de Agosto de 2009 obteve a concessão do benefício de redução do imposto de renda e adicionais não restituíveis no percentual de 75%, pelo prazo de fruição de 10 anos, com vigência do ano calendário de 2009 até 2018.

Imposto de Renda – incentivo de depreciação acelerada relativo à Unidade Mucuri.

A Lei nº 11.196 de 21 de novembro de 2005, em seu art. 31, estabeleceu para as pessoas jurídicas que tenham proj eto aprovado em microrregiões menos desenvolvidas, nas áreas de atuação da SUDENE e da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (“SUDAM”), a faculdade de proceder à depreciação acelerada incentivada para bens adquiridos a partir de 1º de janeiro de 2006. Este benefício foi deferido à Unidade Mucuri, em 29 de março de 2007, tendo, no entanto, efeito retroativo em relação às aquisições ocorridas durante o exercício social de 2006. A depreciação acelerada incentivada em questão consiste na depreciação integral (no ano de aquisição ou até o quarto ano subsequente ao da aquisição), representando uma exclusão do lucro líquido para a determinação do lucro real (tributável), feita através do Livro de Apuração do Lucro Real (“LALUR”), não alterando, no entanto, a

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7 despesa de depreciação contábil a ser registrada no resultado do exercício, quando do início das atividades do projeto expans ão, com base na vida útil estimada dos bens.

A depreciação acelerada incentivada representa diferimento do pagamento do imposto de renda (não alcança a CSLL) pelo tempo de vida útil do bem, devendo nos anos futuros ser adicionado ao lucro tributável valor igual à depreciação contabilizada em cada um dos anos para os bens em questão.

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Análise Comparativa dos Resultados Consolidados

Análise Comparativa dos Resultados Consolidados – Exercícios 2014 / 2013 Receita Líquida

A receita líquida da Companhia em 2014 foi de R$ 7.264,6 milhões, 27,7% superior à receita líquida registrada em 2013 de R$ 5.688,6 milhões, devido ao incremento do volume de vendas de celulose (+50,4%), resultado do início da operação da nova planta em Imperatriz (MA) e do incremento de preços do papel (+8,8%). O volume total de vendas de papel e celulose em 2014 foi de 4,2 milhões de toneladas vs 3,2 milhões de toneladas em 2013.

A receita líquida obtida com as vendas de celulose em 2014 foi de R$ 3.851,3 milhões, 49,4% superior à receita em 2013 de R$2.577,3 milhões. A receita líquida de celulose em 2014 representou 53,0% da receita líquida total da Companhia e 45,3% em 2013. O preço líquido médio em Reais de celulose (mercado interno e externo) em 2014 foi de R$1.351/ton, 0,7% inferior ao preço de 2013 que foi de R$1.360/ton. O volume de vendas de celulose foi de 2.850,3 mil toneladas em 2014 comparado a 1.894,9 mil toneladas em 2013, um aumento de 50,4%.

A receita líquida obtida com as vendas de papel em 2014 foi de R$ 3.413,3 milhões, 9,7% superior à receita em 2013 de R$ 3.111,3 milhões. A receita líquida de papel em 2014 representou 47,0% da receita líquida total da Companhia e 54,7% em 2013. O preço líquido médio em Reais de papel (mercado interno e externo) em 2014 foi de R$ 2.581/ ton, 8,8% superior ao preço em 2013 que foi de R$ 2.372/ton. O volume de vendas de papel foi de 1.322,5 mil toneladas em 2014, 0,8% superior ao volume de vendas em 2013 de 1.311,8 mil toneladas.

RESULTADO 2014 2013 2012 2014 x 2013

% %

Receita Bruta de Vendas 8.391.809 6.589.727 5.981.761 27,3% 10,2%

Deduções de vendas (1.127.210) (901.102) (789.469) 25,1% 14,1%

Receita Líquida de Vendas 7.264.599 5.688.625 5.192.292 27,7% 9,6%

Custo dos produtos vendidos (5.355.664) (4.190.315) (4.027.824) 27,8% 4,0%

Lucro Bruto 1.908.935 1.498.310 1.164.468 27,4% 28,7%

Receitas (despesas) operacionais (679.366) (522.743) (620.113) 30,0% -15,7% Despesas com vendas (300.796) (250.996) (247.949) 19,8% 1,2% Despesas administrativas (392.761) (377.049) (403.826) 4,2% -6,6% Outras receitas operacionais, líquidas 14.191 105.302 31.662 -86,5% 232,6%

Lucro Operacional 1.229.569 975.567 544.355 26,0% 79,2%

Resultado Financeiro Líquido (1.593.512) (1.255.541) (855.339) 26,9% 46,8% Despesas financeiras (1.858.863) (1.501.970) (1.150.537) 23,8% 30,5% Receitas Financeiras 265.351 246.429 295.198 7,7% -16,5%

Prejuízo antes de IR e CSLL (363.943) (279.974) (310.984) 30,0% -10,0%

Imposto de renda e contribuição social 102.437 59.515 128.858 72,1% -53,8%

Prejuízo líquido do exercício (261.506) (220.459) (182.126) 18,6% 21,0%

2013 x 2012 Variações

Demonstração do Resultado do Exercício

Em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 (Valores expressos em milhares de Reais) Consolidado

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9 Custo dos Produtos Vendidos – CPV

O custo dos produtos vendidos em 2014 totalizou R$ 5.355,7 milhões, 27,8% superior ao registrado em 2013 de R$4.190,3 milhões. Esse incremento reflete o maior volume vendido no período. O CPV unitário em 2014 foi de R$1.284/tonelada em comparação a R$ 1.307/tonelada em 2013, redução de 1,8% em relação ao ano anterior.

Lucro Bruto

Devido aos motivos expostos acima, o lucro bruto foi de R$ 1.908,9 milhões em 2014, 27,4% superior ao lucro bruto de 2013 de R$ 1.498,3 milhões.

Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas

As despesas com vendas totalizaram R$ 300,8 milhões em 2014. O indicador “despesas com vendas sobre receita líquida” foi de 4,1%, 0,3 p.p. inferior ao registrado em 2013.

As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 392,8 milhões em 2014, 4,2% superior ao montante registrado em 2013, de R$ 377,0 milhões, mas abaixo da inflação registrada no período, de 6,2%. O indicador “despesas gerais e administrativas sobre receita líquida” foi de 5,4%, 1,2 p.p. inferior ao registrado em 2013.

A redução no indicador SG&A sobre receita líquida é reflexo, principalmente, da diluição de despesas com o volume de vendas adicional proveniente da Unidade Imperatriz, assim como da implementação de ações definidas no orçamento matricial para redução de custos e despesas.

Outras Despesas/Receitas Operacionais

As outras receitas operacionais totalizaram R$ 14,2 milhões em 2014, em comparação a R$ 105,3 milhões em 2013, quando foram impactadas positivamente, principalmente, pela alienação da participação da Companhia no Consórcio Capim Branco, não recorrente.

EBITDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)

A geração de caixa, medida pelo EBITDA, foi de R$ 2.445,7 milhões e a margem foi de 33,7% em 2014. Esse resultado é reflexo, principalmente, (i) do aumento do volume vendido de celulose; (ii) do aumento do preço líquido médio de papel; e (iii) da depreciação do Real em relação ao Dólar. Em 2013, o EBITDA somou R$1.865,0 milhões, com margem de 32,8%.

A geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado pelos itens “não recorrentes” e “não caixa” foi de R$ 2.452,0 milhões em 2014, com margem de 33,8%. Em 2013, o EBITDA ajustado somou R$1.781,3 milhões, com margem de 31,3%.

Resultado Financeiro Líquido

Em 2014, a Companhia registrou despesas financeiras líquidas de R$ 1.593,5 milhões vs R$ 1.255,5 milhões no ano de 2013. O incremento das despesas financeiras líquidas em 26,9% é explicado, principalmente, pelo incremento na dívida bruta em 6,9% e pelo fim da capitalização de juros provenientes do Projeto Maranhão.

As variações monetárias e cambiais impactaram negativamente o resultado da Companhia em R$ 697,7 milhões no ano de 2014. Em 2013 o impacto foi negativo em R$ 712,4 milhões. O resultado de operações com derivativos foi negativo em R$ 57,4 milhões em 2014, comparado ao resultado negativo de R$ 13,9 milhões em 2013. Essas contas foram impactadas pela desvalorização do Real frente ao Dólar de 13,4% (câmbio de fechamento) no período.

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10 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social

Devido aos motivos acima, a Companhia registrou prejuízo antes do imposto de renda e contribuição social de R$363,9 milhões em 2014 vs prejuízo de R$ 280,0 milhões no exercício social de 2013.

Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro

O imposto de renda e contribuição social no exercício de 2014 foi um crédito fiscal de R$ 102,4 milhões, comparado com crédit o de R$ 59,5 milhões no exercício de 2013.

Lucro (Prejuízo) Líquido

Devido aos motivos acima, a Companhia registrou prejuízo líquido de R$ 261,5 milhões em 2014 em comparação ao prejuízo líquido de R$ 220,5 milhões no ano anterior.

Análise Comparativa dos Resultados Consolidados – Exercícios 2013 / 2012

Receita Líquida

A receita líquida da Companhia em 2013 foi de R$ 5.688,6 milhões, 9,6% superior à receita liquida registrada em 2012 de R$5.192,3 milhões, devido ao incremento do preço líquido médio (+9,1%) e do volume de vendas de celulose e de papel (+0,4%). O volume total de vendas de papel e celulose em 2013 foi de 3.206,8 mil toneladas vs. 3.193,8 mil toneladas em 2012.

A receita líquida obtida com as vendas de celulose em 2013 foi de R$ 2.577,3 milhões, 17,8% superior à receita em 2012 de R$2.188,7 milhões. A receita líquida de celulose em 2013 representou 45,3% da receita líquida total da Companhia e 42,2% em 2012. O preço líquido médio em Reais de celulose (mercado interno e externo) em 2013 foi de R$1.360/ton, 14,8% superior ao preço de 2012 que foi de R$1.185/ton. O volume de vendas de celulose foi de 1.894,9 mil toneladas em 2013 comparado a 1.846,9 mil toneladas em 2012, aumento de 2,6%.

A receita líquida obtida com as vendas de papel em 2013 foi de R$ 3.111,3 milhões, 3,6% superior à receita em 2012 de R$ 3.003,6 milhões. A receita líquida de papel em 2013 representou 54,7% da receita líquida total da Companhia e 57,8% em 2012. O preço líquido médio em Reais de papel (mercado interno e externo) em 2013 foi de R$ 2.372/ ton, 6,4% superior ao preço em 2012 que foi de R$ $ 2.230/ton. O volume de vendas de papel foi de 1.311,8 mil toneladas em 2013, 2,6% inferior ao volume de vendas em 2012 de 1.346,9 mil toneladas.

Custo dos Produtos Vendidos – CPV

O custo dos produtos vendidos em 2013 totalizou R$ 4.190,3 milhões, 4,0% superior ao registrado em 2012 de R$ 4.027,8 milhões, incremento inferior à inflação registrada no período. Este incremento deveu-se, principalmente, (i) ao aumento de custo da madeira, explicado pela maior participação de madeira de terceiros no mix de abastecimento e aumento do raio médio; e (ii) à depreciação do Real em 10,5%; parcialmente compensados (iii) pelo menor custo com paradas de manutenção ocorridas ao longo do ano; e (iv) pela maior diluição dos custos fixos, resultado do maior volume produzido no ano (+1,2%). O CPV unitário em 2013 foi de R$1.306,7/tonelada em comparação a R$ 1.261,1/tonelada, aumento de 3,6% em relação ao ano anterior.

Lucro Bruto

Devido aos motivos expostos acima, o lucro bruto foi de R$ 1.498,3 milhões em 2013, 28,7% superior ao lucro bruto de 2012 de R$1.164,5 milhões.

(11)

11 Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas

As despesas com vendas totalizaram R$ 251,0 milhões em 2013. O indicador “despesas com vendas sobre receita líquida” foi de 4,4%, 0,4 p.p. inferior ao registrado em 2012, reflexo das ações para redução de despesas implementadas ao longo de 2013.

Em 2013, as despesas administrativas totalizaram R$ 377,0 milhões, 6,6% inferior ao montante registrado em 2012, de R$ 403,8 milhões, em função da redução de despesas com projetos de expansão, que foram suspensos, e pelas reduções de custos obtidas com o orçamento matricial.

Outras Despesas/Receitas Operacionais

As outras receitas operacionais totalizaram R$ 105,3 milhões em 2013, impactadas positivamente (i) pela alienação da participação da Companhia no Consórcio Capim Branco, não recorrente; (ii) pela atualização do valor justo dos ativos biológicos (+R$ 95,2 milhões); (iii) com a venda de madeira e de energia elétrica; e negativamente (iv) pela baixa de gastos com projetos suspensos. As outras receitas operacionais totalizaram R$ 31,7 milhões em 2012, impactadas positivamente pelo ganho (i) com a venda de ativo imobilizado, não recorrente; (ii) com a venda de madeira e de energia elétrica; e negativamente (iii) pela atualização do valor justo dos ativos biológicos (-R$ 9,4 milhões).

EBITDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)

A geração de caixa, medida pelo EBITDA, foi de R$ 1.865,0 milhões e a margem foi de 32,8% em 2013. Esse resultado é reflexo, principalmente, (i) do aumento de preço de papel e celulose; (ii) da redução das despesas com vendas e administrativas; (iii) da depreciação do Real em relação ao Dólar; parcialmente compensados (iv) pelo aumento no custo da madeira e custos fixos. Em 2012, o EBITDA somou R$1.271,6 milhões, com margem de 24,5%.

O EBITDA ajustado pelos itens “não recorrentes” e “não caixa” foi de R$ 1.781,3 milhões em 2013, com margem de 31,3%, e de R$1.260,3 milhões em 2012, com margem de 24,3%.

Resultado Financeiro Líquido

Em 2013, a Companhia registrou despesas financeiras líquidas de R$ 543,1 milhões vs. R$ 398,5 milhões no ano de 2012. O incremento das despesas financeiras líquidas em 36,3% é explicado, principalmente, pelo incremento na dívida bruta em 20,1%.

As variações monetárias e cambiais impactaram negativamente o resultado da Companhia em R$ 712,4 milhões no ano de 2013, explicado pela desvalorização do Real frente ao Dólar em 14,6% (câmbio de fechamento). Em 2012 o impacto foi negativo em R$456,9 milhões.

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social

Devido aos motivos acima, a Companhia registrou prejuízo antes do imposto de renda e contribuição social de R$280,0 milhões em 2013 vs. prejuízo de R$ 311,0 milhões no exercício social de 2012.

Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro

O imposto de renda e contribuição social no exercício de 2013 foi um crédito fiscal de R$ 59,5 milhões, comparado com crédito de R$ 128,9 milhões no exercício de 2012.

Lucro (Prejuízo) Líquido

Devido aos motivos acima, a Companhia registrou prejuízo líquido de R$ 220,5 milhões em 2013 em comparação ao prejuízo líquido de R$ 182,1 milhões no ano anterior.

(12)

12

Análise Comparativa dos Balanços Patrimoniais

Balanços Patrimoniais

Em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 (Valores expressos em milhões de Reais)

Ativo 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012 % % % % % Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 3.686,1 13,1% 3.689,6 13,6% 4.337,6 17,1% (3,5) -0,1% (648,0) -14,9% Contas a receber de clientes 1.273,6 4,5% 1.474,1 5,4% 1.102,7 4,3% (200,6) -13,6% 371,5 33,7% Estoques 1.077,1 3,8% 905,3 3,3% 683,8 2,7% 171,8 19,0% 221,5 32,4% Créditos a receber de partes relacionadas - 0,0% - 0,0% 0,1 0,0% - 0,0% (0,1) -100,0% Impostos a recuperar 475,6 1,8% 310,0 1,1% 289,0 1,1% 165,6 53,4% 21,0 7,3% Despesas antecipadas 18,3 0,1% 8,7 0,0% 8,0 0,0% 9,6 110,1% 0,8 9,6% Ganhos não realizados em operações com derivativos 39,3 0,1% 10,0 0,0% 5,9 0,0% 29,3 292,2% 4,1 69,7% Adiantamento a fornecedores - programa de fomento 9,7 0,0% 34,5 0,1% 31,9 0,1% (24,8) -71,9% 2,7 8,3% Créditos a receber de imóveis e florestas 3,7 0,0% 6,9 0,0% 8,9 0,0% (3,3) -47,3% (2,0) -22,4% Outras contas a receber 26,1 0,1% 32,5 0,1% 32,3 0,1% (6,4) -19,7% 0,2 0,6% Ativos mantidos para venda - 0,0% - 0,0% 186,9 0,7% - 0,0% (186,9) -100,0% Total do ativo circulante 6.609,4 23,5% 6.471,7 23,8% 6.687,0 26,4% 137,7 2,1% (215,2) -3,2% Não circulante

Realizável a longo prazo

Ativos biológicos 3.659,4 13,0% 2.965,9 10,9% 2.643,9 10,4% 693,5 23,4% 321,9 12,2% Impostos e contribuições sociais a compensar 481,6 1,7% 510,6 1,9% 235,4 0,9% (29,0) -5,7% 275,1 116,9% Imposto de renda e contribuição social diferidos 1,1 0,0% 1,1 0,0% 0,8 0,0% 0,1 6,3% 0,3 32,2% Ganhos não realizados em operações com derivativos 20,8 0,1% 26,0 0,1% 20,3 0,1% (5,1) -19,8% 5,7 28,2% Adiantamento a fornecedores - programa de fomento 247,8 0,9% 251,9 0,9% 261,9 1,0% (4,1) -1,6% (10,0) -3,8% Depósitos judiciais 59,5 0,2% 61,4 0,2% 54,9 0,2% (1,9) -3,1% 6,6 11,9% Outras contas a receber 66,4 0,2% 84,5 0,3% 88,7 0,3% (18,1) -21,4% (4,2) -4,7%

4.536,7 16,0% 3.901,3 14,4% 3.305,9 13,0% 635,4 16,3% 595,4 18,0% Investimentos - 0,0% - 0,0% - 0,0% - 0,0% - 0,0% Imobilizado 16.681,3 59,3% 16.551,7 61,1% 15.147,8 59,7% 129,5 0,8% 1.403,9 9,3% Intangível 292,1 1,0% 224,6 0,8% 212,7 0,8% 67,5 30,0% 11,9 5,6% 16.973,3 60,4% 16.776,3 61,8% 15.360,6 60,6% 197,0 1,2% 1.415,7 9,2% Total do ativo não circulante 21.510,0 76,5% 20.677,6 76,2% 18.666,5 73,6% 832,4 4,0% 2.011,2 10,8% Total do ativo 28.119,5 100,0% 27.149,3 100,0% 25.353,4 100,0% 970,1 3,6% 1.795,9 7,1%

Consolidado

Variações

(13)

13

Análise Comparativa dos Balanços Patrimoniais Consolidados – Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 Ativo Circulante

O ativo circulante era de R$ 6.609,4 milhões em 31 de dezembro de 2014, em comparação a um saldo de R$ 6.471,7 milhões em 31 de dezembro de 2013, o que representou um aumento de 2,1%. A participação do ativo circulante, em 31 de dezembro de 2014, representava 23,5% do total do ativo, em comparação a 23,8% em 31 de dezembro de 2013.

Esse aumento deveu-se fundamentalmente ao acréscimo de 19% ou R$ 171,8 milhões nos estoques e 53,4% ou R$ 165,6 em impostos a recuperar, ambos relacionados ao início das operações da fábrica no Maranhão, o que originou um aumento no volume de estoque de celulose e nos créditos de impostos sobre aquisição de insumos, serviços e imobilizado. Adicionalmente, houve decréscimo de 13,6% ou R$ 200,6 no saldo em aberto de clientes.

Ativo Não Circulante

O ativo não circulante era de R$ 21.510,0 milhões em 31 de dezembro de 2014 e de R$ 20.677,6 milhões em 31 de dezembro de 2013, representando um aumento de 4%, devido principalmente ao aumento em imobilizado e ativos biológicos.

Passivo 31 de dezembro de 2014 31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012 % % % % % Circulante Fornecedores 753,1 2,7% 876,6 3,2% 875,6 3,5% (123,5) -14,1% 0,9 0,1% Financiamentos e empréstimos 1.795,4 6,4% 1.007,2 3,7% 1.034,6 4,1% 788,2 78,3% (27,5) -2,7% Debêntures - 0,0% 1,4 0,0% 587,3 2,3% (1,4) -100,0% (585,9) -99,8% Perdas não realizadas em operações com derivativos 27,2 0,1% 16,9 0,1% 20,5 0,1% 10,3 61,1% (3,7) -18,0% Impostos a pagar 53,8 0,2% 52,6 0,2% 36,2 0,1% 1,2 2,2% 16,4 45,3% Remunerações e encargos a pagar 141,5 0,5% 125,7 0,5% 129,8 0,5% 15,8 12,6% (4,2) -3,2% Dívidas com aquisição de ativos 79,1 0,3% 6,8 0,0% 6,0 0,0% 72,3 1065,0% 0,8 12,8% Contas a pagar 209,0 0,7% 184,9 0,7% 140,3 0,6% 24,1 13,1% 44,6 31,8% Dividendos e juros sobre capital próprio a pagar 0,1 0,0% 0,6 0,0% 0,6 0,0% (0,5) -82,4% 0,0 3,2% Imposto de renda e contribuição social 0,8 0,0% 1,5 0,0% 9,3 0,0% (0,7) -47,5% (7,8) -84,1% Adiantamento referente a ativos mantidos para venda - 0,0% - 0,0% 4,0 0,0% - 0,0% (4,0) -100,0% Adiantamento de clientes 7,8 0,0% 7,4 0,0% 11,5 0,0% 0,4 5,2% (4,1) -35,6% Total do passivo circulante 3.067,6 10,9% 2.281,4 8,4% 2.855,9 11,3% 786,2 34,5% (574,5) -20,1% Não circulante

Financiamentos e empréstimos 11.965,2 42,6% 11.736,2 43,2% 8.982,6 35,4% 229,1 2,0% 2.753,5 30,7% Debêntures - 0,0% 132,3 0,5% 114,6 0,5% (132,3) -100,0% 17,7 15,5% Perdas não realizadas em operações com derivativos 100,1 0,4% 16,2 0,1% 21,2 0,1% 83,9 518,5% (5,0) -23,6% Dívidas com aquisição de ativos 635,6 2,3% 170,9 0,6% 170,9 0,7% 464,7 271,9% (0,0) 0,0% Contas a pagar 32,9 0,1% 8,7 0,0% 8,7 0,0% 24,2 276,7% - 0,0% Provisão para contingências 218,5 0,8% 206,6 0,8% 199,8 0,8% 11,9 5,8% 6,8 3,4% Provisão para passivos atuariais 277,5 1,0% 255,1 0,9% 289,3 1,1% 22,3 8,8% (34,1) -11,8% Imposto de renda s e contribuição social diferidos 1.479,2 5,3% 1.634,2 6,0% 1.684,9 6,6% (155,0) -9,5% (50,7) -3,0% Plano de remuneração baseado em ações 27,6 0,1% 20,5 0,1% 18,6 0,1% 7,2 34,9% 1,8 9,9% Outras provisões - 0,0% - 0,0% 4,8 0,0% - 0,0% (4,8) -100,0% Total do passivo não circulante 14.736,7 52,4% 14.180,7 52,2% 11.495,5 45,3% 556,0 3,9% 2.685,2 23,4% Patrimônio Líquido

Capital social 6.241,8 22,2% 6.241,8 23,0% 6.240,7 24,6% - 0,0% 1,0 0,0% Reservas de capital e de lucros 1.634,4 5,8% 1.951,4 7,2% 2.258,4 8,9% (317,0) -16,2% (306,9) -13,6% Ajustes de avaliação patrimonial 2.530,2 9,0% 2.578,2 9,5% 2.616,3 10,3% (48,0) -1,9% (38,1) -1,5% Outros resultados abrangentes - 91,2 -0,3% - 84,2 -0,3% - 113,3 -0,4% (7,0) 8,4% 29,1 -25,7% Total do patrimônio líquido 10.315,1 36,7% 10.687,2 39,4% 11.002,1 43,4% -372,1 -3,5% -314,8 -2,9% Total do Passivo 28.119,5 100,0% 27.149,3 100,0% 25.353,4 100,0% 970,1 3,6% 1.795,9 7,1%

Variações

31/dez/14 x 31/dez/13 31/dez/13x 31/dez/12 Consolidado

(14)

14 Imobilizado e Intangíveis

O saldo de imobilizado e intangíveis era de R$ 16.973,3 milhões em 31 de dezembro de 2014, em comparação a um saldo de R$ 16.776,3 milhões registrado em 31 de dezembro de 2013. O saldo desses ativos passou para 60,4% do total do ativo em 31 de dezembro de 2014, em comparação a 61,8% em 31 de dezembro de 2013.

Este aumento em Reais deveu-se fundamentalmente ao acréscimo de R$129,5 milhões no imobilizado e 67,5 milhões no intangível, substancialmente composto por R$ 45,4 milhões de ágio referente à aquisição da Vale Florestar.

Passivo Circulante

O passivo circulante era de R$ 3.067,6 milhões em 31 de dezembro de 2014, em comparação a um saldo de R$ 2.281,4 milhões em 31 de dezembro de 2013, representando um aumento de 34,5% ou R$ 786,2 milhões. A participação do passivo circulante em relação ao passivo total passou para 10,9% em 31 de dezembro de 2014, em comparação a 8,4% em 31 de dezembro de 2013.

A variação em Reais ocorreu principalmente em virtude do aumento de R$ 788,2 milhões no saldo de financiamentos e empréstimos.

Passivo Não Circulante

O passivo não circulante era de R$ 14.736,7 milhões em 31 de dezembro de 2014, em comparação a um saldo de R$14.180,7 milhões em 31 de dezembro de 2013, o que representou um aumento de 3,9% ou R$556,0 milhões. A participação do passivo não circulante em relação ao passivo total passou para 52,4% em 31 de dezembro de 2014, em comparação a 52,2% em 31 de dezembro de 2013.

Este aumento fundamenta-se no acréscimo de 271,9% ou R$464,7 milhões em dívidas com aquisição de ativos, impactado principalmente pela dívida com aquisição da Vale Florestar.

Patrimônio Líquido

O patrimônio líquido era de R$ 10.315,1 milhões em 31 de dezembro de 2014, em comparação a um saldo de R$ 10.678,2 milhões em 31 de dezembro de 2013, representando uma redução de 3,5% ou R$ 372,1 milhões. A participação do patrimônio líquido passou para 36,7% do total do passivo em 31 de dezembro de 2014, em comparação a um percentual de 39,4% em 31 de dezembro de 2013.

A diminuição em Reais deveu-se fundamentalmente a R$ 261,5 de absorção do prejuízo do exercício e R$ 122,2 referente a realização do pagamento de dividendos propostos aprovados em 30 de abril de 2014.

Análise Comparativa dos Balanços Patrimoniais Consolidados – Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Ativo Circulante

O ativo circulante era de R$ 6.471,7 milhões em 31 de dezembro de 2013, em comparação a um saldo de R$ 6.687,0 milhões em 31 de dezembro de 2012, o que representou uma redução de 3,2%. A participação do ativo circulante, em 31 de dezembro de 2013, representava 23,8% do total do ativo, em comparação a 26,4% em 31 de dezembro de 2012.

Essa diminuição deveu-se fundamentalmente ao decréscimo de 14,9% ou R$ 648,0 milhões no caixa e equivalentes de caixa, impactado negativamente pelo pagamento antecipado das debêntures de 1° Série da 3° Emissão e R$ 186,9 de ativos mantidos para venda, os quais tiveram suas transações de venda concluídas no exercício. Adicionalmente, houve acréscimo R$ 221,5 em estoques e R$ 371,5 em contas a receber, relacionado com o aumento de 9,6% de receita líquida de vendas.

(15)

15 Ativo Não Circulante

O ativo não circulante era de R$ 20.677,6 milhões em 31 de dezembro de 2013 e de R$ 18.666,5 milhões em 31 de dezembro de 2012, representando um aumento de 10,8%, devido principalmente ao aumento em imobilizado e ativos biológicos.

Imobilizado e Intangíveis

O saldo de imobilizado e intangíveis era de R$ 16.776,3 milhões em 31 de dezembro de 2013, em comparação a um saldo de R$15.360,6 milhões registrado em 31 de dezembro de 2012. O saldo desses ativos passou para 61,8% do total do ativo em 31 de dezembro de 2013, em comparação a 60,6% em 31 de dezembro de 2012.

Este aumento em Reais deveu-se fundamentalmente ao acréscimo de R$ 1.744,4 milhões no imobilizado em andamento, substancialmente composto pelos gastos para a construção da fábrica de celulose no Maranhão.

Passivo Circulante

O passivo circulante era de R$ 2.281,4 milhões em 31 de dezembro de 2013, em comparação a um saldo de R$ 2.855,9 milhões em 31 de dezembro de 2012, representando uma redução de 20,1% ou R$ 574,5 milhões. A participação do passivo circulante em relação ao passivo total passou para 8,4% em 31 de dezembro de 2013, em comparação a 11,3% em 31 de dezembro de 2012.

A variação em Reais ocorreu principalmente em virtude da diminuição de R$ 585,9 milhões no saldo de debêntures, devido a opção de liquidação antecipada das debêntures da 1° série da 3° Emissão, em 09 de abril de 2013.

Passivo Não Circulante

O passivo não circulante era de R$ 14.180,7 milhões em 31 de dezembro de 2013, em comparação a um saldo de R$11.495,5 milhões em 31 de dezembro de 2012, o que representou um aumento de 23,4% ou R$2.685,2 milhões. A participação do passivo não circulante em relação ao passivo total passou para 52,2% em 31 de dezembro de 2013, em comparação a 45,3% em 31 de dezembro de 2012.

Este aumento fundamenta-se no acréscimo de 30,7% ou R$2.753,5 milhões em financiamentos e empréstimos, devido aos esforços realizados na busca de linhas de financiamento com prazos mais longos.

Patrimônio Líquido

O patrimônio líquido era de R$ 10.687,2 milhões em 31 de dezembro de 2013, em comparação a um saldo de R$ 11.002,1 milhões em 31 de dezembro de 2012, representando uma redução de 2,9% ou R$ 314,8 milhões. A participação do patrimônio líquido passou para 39,4% do total do passivo em 31 de dezembro de 2013, em comparação a um percentual de 43,4% em 31 de dezembro de 2012.

A diminuição em Reais deveu-se fundamentalmente a R$ 220,5 de absorção do prejuízo do exercício e R$ 100,0 referente a realização do pagamento de dividendos propostos aprovados em 30 de abril de 2013. Adicionalmente, houve R$ 31,2 de ganho com passivos atuariais em Outros Resultados Abrangentes.

(16)

16

Análise Comparativa dos Fluxos de Caixa

Atividades Operacionais

No exercício de 2014, as atividades operacionais geraram caixa líquido no montante de R$ 1.464,8 milhões, e no mesmo período findo em 31 de dezembro de 2013, o montante de R$ 40,7 milhões.

No exercício de 2013, as atividades operacionais geraram caixa líquido no montante de R$ 40,7 milhões, e no exercício de 2012 o montante de R$ 669,9 milhões.

Atividades de Investimento

No exercício de 2014, as atividades de investimentos consumiram caixa líquido no montante de R$1.397,8 milhões, e no exercíci o de 2013 foi consumido o caixa líquido no montante de R$1.924,2 milhões. O montante total investido em 2014 em aquisições de imobilizados e ativos biológicos é composto por: (i) R$404,5 milhões aplicados em projetos de expansão, principalmente os investimentos remanescentes da construção da fábrica do Maranhão, e modernização, que contemplam projetos que resultam em redução de custo estrutural e (ii) R$998,7 milhões na aquisição para manutenção das áreas industriais e florestal, sendo compensado pelo recebimento de alienação de ativos de R$5,4 milhões.

No exercício de 2013, as atividades de investimentos consumiram caixa líquido no montante de R$1.924,2 milhões, e no exercício de 2012 foi consumido o caixa líquido no montante de R$2.714,3 milhões. O montante total investido em 2013 em aquisições de imobilizados e ativos biológicos é composto por: (i) R$1.566,4 milhões na construção da unidade industrial e florestal do Maranhão, (ii) R$666,1 milhões na aquisição para manutenção das áreas industriais e florestal e (iii) demais imobilizados e intangíveis de R$24,9 milhões, sendo compensado pelo recebimento de alienação de ativos de R$333,2 milhões (R$314,4 milhões correspondente ao recebimento referente a alienação da participação da Suzano, através de sociedade sob seu controle, no Consórcio Capim Branco Energia).

No exercício de 2012, as atividades de investimentos consumiram caixa líquido no montante de R$2.714,3 milhões, e no exercício de 2011 foi consumido o caixa líquido no montante de R$3.222,4 milhões. O montante total investido em 2012 em aquisições de imobilizados e ativos biológicos é composto por: (i) R$2.262,7 milhões na construção da unidade industrial e florestal do Maranhão, (ii) R$495,3 milhões na aquisição para manutenção das áreas industriais e florestal e (iii) demais imobilizados e intangíveis de R$25,6 milhões, sendo compensados pelo recebimento de alienação de ativos de R$69,3 milhões (R$4,1 milhões correspondente ao recebimento de adiantamentos referente a ativos mantidos para venda).

Atividades de Financiamento

No exercício de 2014, foram aplicados R$186,8 milhões nas atividades de financiamentos, no período findo em 31 de dezembro de 2013 foi gerado caixa líquido no montante de R$1.097,1 milhões. Em 31 de dezembro de 2014, a utilização de caixa deve-se aos (i) pagamentos de empréstimos no montante de R$2.731,0 milhões e (ii) pagamentos de dividendos no montante de R$ 122,2 milhões. Em 2014, as fontes de financiamentos foram: (i) liquidações de contratos de operações com derivativos no montante de

2014 2013 2012

Caixa gerado pelas atividades operacionais 1.464.814 40.735 669.890 Caixa aplicado nas atividades de investimentos (1.397.770) (1.924.218) (2.714.266) Caixa (aplicado) gerado nas atividades de financiamentos (186.787) 1.097.088 3.057.577

Efeitos de variação cambial em caixa e equivalentes de caixa 116.218 138.427 50.469 (Diminuição) Aumento do caixa e equivalentes de caixa (3.525) (647.968) 1.063.670

Exercícios findos em 31 de dezembro

(17)

17 R$3,0 milhões, ii) ações em tesouraria utilizadas para atendimento do plano de remuneração baseado em ações no montante de R$ 8,5 milhões i) novas captações de empréstimos no montante de R$2.654,9 milhões, principalmente contratos de Notas de Crédito de Exportação (NCE) no montante de R$1.783,9 milhões, Crédito Rural no montante de R$164,0 milhões e linha de financiamento “BNDES Finem” no montante de R$432,4 milhões.

No exercício de 2013, as atividades de financiamentos geraram caixa líquido de R$1.097,1 milhões, no período findo em 31 de dezembro de 2012 o montante de R$3.057,6 milhões. Em 31 de dezembro de 2013, a utilização de caixa deve-se aos (i) pagamentos de empréstimos no montante de R$2.849,1 milhões, (ii) pagamentos de dividendos no montante de R$ 100,0 milhões, (iii) liquidações de contratos de operações com derivativos no montante de R$27,9 milhões e (iv) aquisição de ações próprias no montante de R$50,8 milhões. Em 2013, as fontes de financiamentos foram: i) novas captações de empréstimos no montante de R$4.124,9 milhões, principalmente contratos de financiamento à importação (ECA – Export Credit Agency) no montante de R$1.020,7 milhões, Notas de Crédito de Exportação (NCE) no montante de R$1.714,0 milhões e linha de financiamento “BNDES Finem” no montante de R$1.263,7 milhões.

No exercício de 2012, as atividades de financiamentos geraram caixa líquido de R$3.057,6 milhões, e no exercício de 2011 o montante de R$1.824,3 milhões. Em 2012, a utilização de caixa deve-se aos (i) pagamentos de empréstimos no montante de R$1.943,5 milhões, (ii) pagamentos de juros sobre o capital próprio no montante de R$83,2 milhões, (iii) liquidações de contratos de operações com derivativos no montante de R$21,7 milhões e (iv) aquisição de ações próprias no montante de R$34,0 milhões. Em 2012, as fontes de financiamentos foram: i) novas captações de empréstimos no montante de R$3.676,7 milhões, principalmente contratos de Notas de Crédito de Exportação (NCE) no montante de R$2.714,8 milhões e linha de financiamento “BNDES Finem” no montante de R$703,2 milhões e ii) a oferta pública de ações no montante de R$1.463,3 milhões.

10.2 – Resultado operacional e financeiro

a) Resultados das operações da Companhia, em especial: (i) descrição de quaisquer componentes importantes da receita; e (ii) fatores que afetaram materialmente os resultados operacionais

A seguir são apresentados os comentários da Diretoria da Suzano correspondentes à análise (i) dos componentes importantes da receita, e (ii) dos principais fatores que afetaram materialmente os resultados operacionais, que em ambos os casos são: nível de vendas (volume e receita por produto), destino das vendas (mix entre mercado nacional e diferentes regiões de exportação), participação de mercado e preços. Demais fatores exógenos, sobre os quais a Companhia possui pouco ou nenhum controle, são comentados no item “10.2.b”.

Vendas de Celulose

Nos exercícios sociais encerrados em 2014, 2013 e 2012, as vendas de celulose da Companhia representaram, respectivamente, 53,0%, 45,3% e 42,2% da sua receita operacional líquida total. O volume de exportações representou 83,2%, 78,1% e 77,7% do volume total vendido de celulose nesses mesmos períodos. O volume de vendas para exportação foi de 2,4 milhões de toneladas, 1,5 milhão de toneladas e 1,4 milhão de toneladas nos exercícios encerrados em 2014, 2013 e 2012, respectivamente.

(18)

18 Destino das Vendas de Celulose

A Companhia foi bem sucedida na comercialização de sua produção, com foco voltado para rentabilidade. Para isto, alocamos nossas vendas priorizando os mercados e clientes mais rentáveis, dentro da margem permitida pela nossa política comercial e contratos, buscando aproveitar oportunidades de negócios através de nossa estrutura comercial globalizada. O resultado é demonstrado na tabela abaixo:

Destino de volume de vendas de Celulose (em toneladas) 2014 2013 2012

Europa 30% 31% 32%

Ásia 41% 36% 36%

Brasil 17% 22% 22%

América do Norte 11% 10% 8%

América do Sul / Central 1% 1% 2%

Ainda em linha com nossa política comercial, buscamos o equilíbrio nas vendas de celulose para os diferentes segmentos de papel. Destaque para o segmento de papéis para fins sanitários que em 2014 aumentou sua participação em nosso mix de vendas e foi o principal segmento atendido pela Suzano.

Vendas de celulose por segmento 2014 2013 2012

Fins Sanitários 55% 51% 39%

Imprimir & Escrever 15% 15% 25%

Especialidades 18% 22% 27%

Outros 12% 12% 9%

Vendas de Papel

Em 2014, a Companhia vendeu cerca de 70,6% de seus produtos de papel no Brasil e cerca de 29,4% no exterior. Nos últimos anos, a Companhia tem aumentado sua participação no mercado doméstico. Os mercados que a Companhia procura atender são grandes e muito competitivos. A Companhia tem aumentado sua participação de mercado não obstante a concorrência crescente, ao mesmo tempo em que abre novos mercados e concentra seus esforços nos segmentos de maior valor agregado do mercado de

Vendas totais de celulose Exercício social encerrado em 31 de dezembro de

(em toneladas, exceto quando de outra forma

expressamente indicado) 2014 2013 2012

Vendas da Companhia

Volume de vendas no mercado interno 477.801 414.518 411.573

Volume de vendas no mercado externo 2.372.511 1.480.414 1.435.314

Volume total de vendas 2.850.312 1.894.931 1.846.888

Receita Operacional Líquida da Companhia (em R$ milhares)

Vendas no mercado interno 609.396 523.206 457.633

Vendas no mercado externo 3.241.907 2.054.082 1.731.098

(19)

19 papel para imprimir e escrever e papelcartão. Embora os preços sejam importantes nesses mercados, a Companhia entende que clientes com maior nível de exigência dão preferência aos papéis da Companhia, devido ao valor e à qualidade que os papéis da Companhia conferem aos seus produtos finais. Isto ocorre em todos os segmentos, desde cadernos e materiais não promocionais, até segmentos mais sofisticados, como, por exemplo, materiais promocionais, embalagens para alimentos, embalagens de alta qualidade e livros de arte.

Nos exercícios sociais encerrados em 2014, 2013 e 2012, as vendas de papéis da Companhia representaram, respectivamente, 47,0%, 54,7% e 57,8% da sua receita operacional líquida total.

Papel para Imprimir e Escrever

Nos exercícios sociais encerrados em 2014, 2013 e 2012, respectivamente, a Companhia vendeu 1.053,8 mil, 1.018,5 mil, e 1.038,7 mil toneladas de papel para imprimir e escrever, incluindo 805,6 mil, 801,7 mil e 826,9 mil toneladas de papel não revestido e 248,3 mil, 216,7 mil e 211,8 mil toneladas de papel revestido.

Em 2014, 2013 e 2012, de acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), a Companhia detinha, respectivamente, participações (i) nas vendas dos Fabricantes Brasileiros para o mercado interno, de 38,5%, 37,9% e 39,1%, nos mercados de papel para imprimir e escrever não revestido e 84,4%, 83,8% e 75,7%, nos mercados de papel para imprimir e escrever revestido; e (ii) nas exportações brasileiras, 38,3%, 37,9% e 37,7%, nos mercados de papel para imprimir e escrever não revestido e de 49,5%, 56,4% e 40,3%, nos mercados de papel para imprimir e escrever revestido.

As tabelas a seguir contêm as vendas domésticas de papéis da Companhia e exportações desses produtos, bem como informações relativas às suas participações em tais mercados, para os exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012:

Vendas Totais de Papel para Imprimir e Escrever Não Revestido (em toneladas, exceto quando de outra forma expressamente indicado)

Exercício social encerrado em 31 de dezembro de

2014 2013 2012

Vendas da Companhia

Volume de vendas no mercado interno 494.606 483.253 486.388

Volume de vendas no mercado externo 310.955 318.477 340.493

Volume total de vendas 805.561 801.730 826.881

Vendas dos Fabricantes Brasileiros

Volume de vendas no mercado interno 1.283.509 1.273.477 1.242.522

Volume de vendas no mercado externo 812.143 840.480 902.136

Volume total de vendas 2.095.652 2.113.957 2.144.658

Participação da Companhia nas Vendas dos Fabricantes Brasileiros

% em relação às vendas no mercado interno 38,5% 37,9% 39,1%

% em relação às vendas no mercado externo 38,3% 37,9% 37,7%

% em relação às vendas totais 38,4% 37,9% 38,6%

Mercado Brasileiro

Volume de vendas de Fabricantes Brasileiros 1.283.509 1.273.477 1.242.522

Volume de importados 79.940 72.966 71.301

Volume total do Mercado Brasileiro 1.363.449 1.346.443 1.313.823

Receita Operacional Líquida da Companhia (em R$ milhares)

Vendas no mercado interno 1.246.358 1.116.015 1.058.523

Vendas no mercado externo 748.454 707.829 702.344

Receita operacional líquida total 1.994.812 1.823.844 1.760.863

Fonte: Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e Companhia

(20)

20

Vendas Totais de Papel para Imprimir e Escrever Revestido (em toneladas, exceto quando de outra forma expressamente indicado)

Exercício social encerrado em 31 de dezembro de

2014 2013 2012

Vendas da Companhia

Volume de vendas no mercado interno 243.357 211.090 206.833

Volume de vendas no mercado externo 4.931 5.656 5.002

Volume total de vendas 248.288 216.747 211.835

Vendas dos Fabricantes Brasileiros

Volume de vendas no mercado interno 288.233 252.041 273.107

Volume de vendas no mercado externo 9.969 10.024 12.407

Volume total de vendas 298.202 262.065 285.514

Participação da Companhia nas Vendas dos Fabricantes Brasileiros

% em relação às vendas no mercado interno 84,4% 83,8% 75,7%

% em relação às vendas no mercado externo 49,5% 56,4% 40,3%

% em relação às vendas totais 83,3% 82,7% 74,2%

Mercado Brasileiro

Volume de vendas de Fabricantes Brasileiros 288.233 252.041 273.107

Volume de importados 269.793 300.402 359.347

Volume total do Mercado Brasileiro 558.026 552.443 632.454

Receita Operacional Líquida da Companhia (em R$ milhares)

Vendas no mercado interno 579.917 468.564 445.089

Vendas no mercado externo 17.369 18.373 13.612

Receita operacional líquida total 597.286 486.937 458.701

Fonte: Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e Companhia

Papelcartão

Nos exercícios sociais findos em 2014, 2013 e 2012, respectivamente, a Companhia vendeu 247,1 mil, 252,3 mil e 255,3 mil toneladas de papelcartão, das quais 174,2 mil, 168,7 mil e 148,6 mil toneladas foram vendidas no mercado doméstico e 72,9 mil, 83,5 mil e 106,7 mil toneladas foram exportadas.

Neste segmento, de acordo com a Associação Brasileira de Árvores (Ibá), a participação da Companhia nas vendas dos Fabricantes Brasileiros foi de 32,3%, 30,3% e 28,0% em 2014, 2013 e 2012, respectivamente. Adicionalmente, suas exportações de papelcartão representaram 44,7%, 45,8% e 46,5% do volume total exportado pelo Brasil em 2014, 2013 e 2012, respectivamente.

A tabela a seguir contém as vendas domésticas e exportações de papelcartão da Companhia, bem como informações sobre suas participações nestes mercados, para os exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012:

(21)

21

Vendas Totais de Papelcartão

(em toneladas, exceto quando de outra forma expressamente indicado)

Exercício social encerrado em 31 de dezembro de

2014 2013 2012

Vendas da Companhia

Volume de vendas no mercado interno 174.235 168.718 148.570

Volume de vendas no mercado externo 72.890 83.540 106.732

Volume total de vendas 247.124 252.258 255.302

Vendas dos Fabricantes Brasileiros

Volume de vendas no mercado interno 538.758 556.881 531.421

Volume de vendas no mercado externo 163.035 182.540 229.565

Volume total de vendas 701.793 739.421 760.986

Participação da Companhia nas Vendas dos Fabricantes Brasileiros

% em relação às vendas no mercado interno 32,3% 30,3% 28,0%

% em relação às vendas no mercado externo 44,7% 45,8% 46,5%

% em relação às vendas totais 35,2% 34,1% 33,5%

Mercado Brasileiro

Volume de vendas de Fabricantes Brasileiros 538.758 556.881 531.421

Volume de importados 49.310 47.511 44.275

Volume total do Mercado Brasileiro 588.068 604.392 575.696

Receita Operacional Líquida da Companhia (em R$ milhares)

Vendas no mercado interno 545.874 486.030 414.325

Vendas no mercado externo 206.529 199.143 219.459

Receita operacional líquida total 752.403 685.173 633.784

Fonte: Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e Companhia

Destino das Vendas de Papel

O volume vendido no mercado doméstico alcançou 933,7 mil toneladas em 2014, 904,2 mil em 2013 e 894,7 mil em 2012. Os volumes de exportação atingiram 388,8 mil toneladas em 2014, 407,7 mil em 2013 e 452,2 mil em 2012. As regiões para as quais a Companhia destinou suas vendas de papel estão apresentadas na tabela abaixo:

Destino das Vendas de Papel 2014 2013 2012

Brasil 71% 69% 66%

América do Sul / Central 14% 13% 15%

América do Norte 11% 12% 10%

Europa 4% 5% 6%

Outros 1% 2% 3%

(22)

22

Preços Celulose

O preço médio líquido de venda de celulose no mercado internacional foi de US$ 574/toneladas em 2014, comparado a US$ 630/ tonelada em 2013, e a US$ 607/ tonelada em 2012. A redução de 8,9% no preço médio líquido de venda de celulose no mercado internacional em 2014 vs 2013 é explicado principalmente pela queda do preço lista. O preço líquido médio total de celulose (considerando mercado interno e mercado externo) em Reais foi de R$ 1.351/tonelada em 2014, 0,7% inferior ao praticado em 2013, resultado da depreciação da moeda nacional frente ao Dólar Norte-Americano em 9,1% no período (câmbio médio).

Papel

O preço líquido médio de papel (mercado interno e mercado externo) em Reais foi de R$ 2.581/tonelada em 2014, acréscimo de 8,8% em comparação a 2013 e acréscimo de 15,7% em relação a 2012. No mercado interno tivemos um preço líquido médio de papel de R$ 2.614/tonelada, comparado a R$ 2.418/tonelada em 2013, e R$2.312/tonelada em 2012. O preço líquido médio no mercado externo atingiu US$ 1.063/tonelada, 1,0% superior em comparação a 2013 e 0,3% superior a 2012. Em Reais, o aumento de 10,2% em relação a 2013 e 20,9% em relação a 2012, reflexo da depreciação do Real em relação ao Dólar Norte-Americano.

O preço líquido médio de papéis para imprimir e escrever no mercado interno foi R$ 2.475/tonelada em 2014, comparado a R$2.282/tonelada em 2013 e R$ 2.169/tonelada em 2012. O preço líquido médio dos papéis não revestidos no mercado interno foi 9,1% e 15,8% maior ao registrado em 2013 e em 2012. O preço líquido médio dos papéis revestidos no mercado interno foi 7,4% e 10,7% acima de 2013 e 2012. O preço médio de papelcartão no mercado interno foi 8,8% e 12,3% acima dos preços de 2013 e 2012.

O preço líquido médio de papéis para imprimir e escrever no mercado externo foi R$ 2.424/tonelada em 2014, comparado a R$2.240/tonelada em 2013 e R$ 2.072/tonelada em 2012. O preço líquido médio dos papéis não revestidos no mercado externo foi de R$ 2.407/tonelada, 8,3% e 16,7% superior ao praticado em 2013 e 2012, respectivamente. O preço dos papéis revestidos foi R$3.522/tonelada, 8,4% e 29,4% superior aos mesmos períodos de 2013 e 2012, enquanto no papelcartão o preço líquido médio de exportação apresentou aumento de 18,9% em comparação a 2013 e 37,8% comparado a 2012.

b) Variações das receitas atribuíveis a modificações de preços, taxas de câmbio, inflação, alterações de volumes e introdução de novos produtos e serviços.

A seguir são apresentados os comentários da Diretoria da Suzano correspondentes à análise dos principais fatores exógenos, sobre os quais a Companhia possui pouco ou nenhum controle, que afetam os resultados da Companhia.

Volatilidade dos preços internacionais

No ano findo em 31 de dezembro de 2014 e nos exercícios sociais encerrados em 2013 e 2012, as vendas de celulose da Companhia representaram, respectivamente, 53,0%, 45,3% e 42,2% da sua receita operacional líquida total. Os preços deste produto são determinados pelo balanço de oferta e demanda no mercado internacional, portanto fora do controle da Companhia. As flutuações de preços internacionais deste produto geraram impactos sobre a receita, o EBITDA e as margens operacionais da Companhia.

Os preços de papéis, por sua vez, são determinados pelas condições de oferta e demanda nos mercados regionais onde são comercializados, embora com comportamento mais estável que os preços de celulose. As vendas de papel da Suzano destinadas para o Brasil e demais países da América do Sul e Central apresentaram participação nas vendas totais da Companhia em volume de 84,3%, 81,4% e 81,4% respectivamente, no ano findo em 31 de dezembro de 2014 e nos exercícios sociais encerrados em 2013 e 2012.

A Companhia acredita que as oscilações cíclicas dos preços de papel e celulose tendem a ser mais atenuadas em relação ao histórico devido, principalmente: (i) aos movimentos para consolidação do setor; (ii) ao fluxo de informações on-line, com a disseminação mais rápida de notícias que afetam os preços; e (iii) aos produtores mais eficientes que substituem os produtores ineficientes com maior custo marginal. No entanto, a Companhia acredita que certa volatilidade dos preços ainda persiste, devido a vários fatores, inclusive: (a) fragmentação do setor relativamente alta; (b) similaridades entre os produtos; (c) flutuações no câmbio

Referências

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