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ANÁLISE DE CORRELAÇÃO EM FRUTOS DE PUPUNHA (Bactris gasipaes KUNTH) CORRELATION ANALYSIS IN FRUIT PEACH PALM (Bactris gasipaes KUNTH)

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ANÁLISE DE CORRELAÇÃO EM FRUTOS DE PUPUNHA (Bactris gasipaes KUNTH)

Wendel Kaian Oliveira Moreira1*, Shirlene Souza Oliveira1, Jairo dos Santos Reis1, Lana Rosa Costa Paraense1, Antônio Thomaz Guimarães1, Raimundo Thiago Lima da Silva1 RESUMO: Na Amazônia brasileira, a pupunheira é cultivada quase exclusivamente para fruto, principalmente por agricultores de baixa renda. O objetivo do presente trabalho foi realizar e caracterizar a biometria de frutos da pupunheira no município de Capitão Poço – PA e suas implicações no mercado relação foram peso do fruto fresco, peso fruto cozido e peso da polpa. Os frutos maduros foram coletados em cinco matrizes no município de Capitão Poço – PA, na comunidade do carrapatinho, próximo à cabeceira do Rio Guamá. As plantas foram escolhidas aleatoriamente, porém eram nativas sendo utilizadas para atividades extrativistas da comunidade local. As coletas ocorreram nos meses de abril e maio de 2013, no período da safra. O material coletado foi de 100 frutos por palmeira, totalizando 500 frutos para análises; cada árvore foi localizada e marcada com GPS. A partir dos resultados obtidos na pesquisa, foram encontradas variabilidades morfológicas nas amostras de B. gasipaes para os caracteres dos frutos de acordo com os dados biométricos, onde os parâmetros que tiveram a melhor correlação foram: peso do fruto fresco, peso fruto cozido e peso da polpa. Por tudo isso, é possível afirmar que o peso dos frutos tem influência diretamente sobre a massa de polpa obtida.

Palavra-chave: Biometria, estatística descritiva, agroextrativismo

CORRELATION ANALYSIS IN FRUIT PEACH PALM (Bactris gasipaes KUNTH)

ABSTRACT: In the Brazilian Amazon, the peach palm is grown almost exclusively for fruit, especially for low-income farmers. The aim of this study was to characterize and biometrics fruit of peach palm in the city of Capitão Poço - PA and its implications in relation market were weight of fresh fruit, baked fruit weight and weight of the pulp. The ripe fruit, were collected in five headquarters in the city of Capitão Poço - PA, in carrapatinho community near the headwaters of the Rio Guamá. The plants were chosen randomly, but were native being used for extractive activities in the local community. The collections occurred in April and May 2013, during the harvest. The material collected was 100 fruits per palm tree, totaling 500 fruits for analysis; every tree has been located and marked with GPS. From the results obtained in the research, were found morphological variability in the samples of B. gasipaes to the characters of the fruits according to the biometric data where the parameters that had the best correlation were: weight of fresh fruit, baked fruit weight and weight pulp. For all that, it is clear that the weight of fruit have influence directly on the mass of pulp obtained.

Keywords: Biometrics, statistics descriptive, agroextrativism

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1 Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, Campus Capitão Poço. Rodovia PA 124, KM 0. *E-mail:

wendelmoreira21@outlook.com. Autor para correspondência. Recebido em: 06/02/2016. Aprovado em: 05/12/2016.

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INTRODUÇÃO

A pupunha é o fruto da pupunheira (Bactris gasipaes Kunth), palmeira da família das Arecáceas é nativa da Região Amazônica e América Central (KALILF FILHO et al., 2010). Seu fruto é amidoso-oleoso rico em vitamina A, de cores que variam do verde, amarelo ao vermelho, de alto valor nutritivo e muito apreciado na culinária pelas populações da região de origem. O mesmo, assim como o feijão, é consumido após o seu cozimento com água e sal, sendo pratica tradicional na região Amazônica, embora a produção venha de plantas nativas, mas suficientes para atender à demanda local.

A cultura da pupunheira pode ter dupla finalidade produção de frutos e para palmito, onde esta na Amazônia brasileira é cultivada quase que exclusivamente para fruto, principalmente por agricultores de baixa renda (CARVALHO et al., 2013).

O principal uso do fruto é na forma inteira, como parte do lanche ou do café de manhã. Sendo que o fruto apresenta elevado valor nutricional ricos em lipídeos, fibras, amido e carotenoides totais, que dão à sua polpa, além de uma intensa coloração amarela, um apelo funcional bastante significativo; além disso apresenta elevado valor energético (CARVALHO et al., 2009).

Segundo Farias Neto (2005), a comercialização do fruto da pupunheira representa uma atividade importante no Estado do Pará, Região Norte do Brasil, por ser uma fonte de renda para aos agricultores tradicionais, porém esse comércio é caracterizado pela incerteza do consumidor, pois os frutos apresentam ampla variabilidade para características importantes como tamanho, cor, teor de óleo, fibras e sabor. Em estudo realizado na cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas, Clement et al. (2002) concluíram que os consumidores preferem pupunhas de cor vermelha, tamanho de médio a grandes em cachos grandes a médios e frutos oleosos.

Um parâmetro importante na seleção e variabilidade de espécies vegetais é o

conhecimento das correlações entre os caracteres de interesse botânico-agronômico, porquanto permite direcionar as estratégias a serem adotadas, maximizando os ganhos genéticos por meio dos ciclos de seleção (AGUIAR, 2001).

Tendo em vista que as informações biométricas de frutos de pupunheira bastante escassas e encontram-se ainda dispersas em publicações antigas, foram analisados alguns parâmetros sobre essa cultura, levando em consideração a necessidade de suprir essa deficiência. Buscou-se estimar a influencia dos principais caracteres dos frutos de pupunheira sobre o rendimento de polpa, a partir da correlação entre essas variáveis obtidas pela biometria dos frutos.

O conhecimento da associação entre caracteres também é de grande importância nos trabalhos de melhoramento, principalmente se a seleção de alguns deles apresenta dificuldades, em razão da baixa herdabilidade e, ou, tenha problemas de medição e identificação (CRUZ et al., 2004).

Diante disso, é indispensável o estudo da correlação entre características biométricas do fruto e o rendimento da produção da polpa. Pois, a biometria dos frutos fornece informações para a conservação e exploração dos recursos de valor econômico, o que permite um incremento contínuo da busca racional e uso eficaz dos frutos (GUSMÃO et al., 2006). Além disso, a análise biométrica do fruto e da semente é um método importante para constatar a variabilidade gênica dentro de populações de uma mesma espécie, e as relações entre esta variabilidade e os fatores ambientais como também em programas de melhoramento genético.

A análise biométrica dos frutos da pupunha proporcionará a caracterização dos frutos na região, detectando a variabilidade genética dentro de populações de uma mesma espécie (SANTANA et al., 2013) e as relações entre estas variabilidades e as preferências do mercado para essa cultura, tanto o local quanto os em que a pupunha está

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sendo inserida, onde essa introdução se deu basicamente para a produção de palmito.

Assim, o objetivo do presente trabalho foi realizar e caracterizar a biometria de frutos da pupunheira no município de Capitão Poço – PA e suas implicações no mercado relação foram peso do fruto fresco, peso fruto cozido e peso da polpa.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) – Campus Capitão Poço, microrregião do Guamá, localizada à 226 km da capital Belém, com coordenadas geográficas de latitude de 01º44’47” S e longitude de 47º03'34" W. O município de Capitão Poço apresenta uma amplitude de

25,7 a 26,9°C com média anual de 26,2°C, apenas 1,2°C de variação (SILVA et al., 2011), e conforme a classificação de Köppen, o clima da região é do tipo Ami (tropical de altitude).

Os frutos maduros de B. gasipaes Kunth, foram coletados em cinco matrizes no município de Capitão Poço – PA, na comunidade do carrapatinho, próximo à cabeceira do Rio Guamá. As plantas foram escolhidas aleatoriamente, sendo todas nativas e utilizadas para atividades extrativistas da comunidade local.

As coletas ocorreram nos meses de abril e maio de 2013, no período da safra. O material coletado foi de 100 frutos por palmeira, totalizando 500 frutos para análises; cada arvore foi localizada e marcada com GPS (Figura 1).

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Figura 1. Mapa demonstrativo da região de coleta dos frutos de B. gasipaes, às margens do Rio Guamá.

Fonte: mapa desenvolvido por meio do programa ArcGIS 10.1. Após coletados, os frutos foram levados para o laboratório Multifuncional da Universidade Federal Rural da Amazônia, onde as avaliações foram realizadas. As

análises biométricas dos frutos foram feitas com base no comprimento e diâmetro do fruto fresco, peso do fruto fresco, peso do fruto cozido, peso da polpa e peso da casca.

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Para a determinação das dimensões utilizou-se um paquímetro digital com precisão de 0,05 mm, balança analítica de precisão de 0,0001 g. Os frutos foram cozidos à vácuo em panela de pressão com um volume de 8 litros, preenchida com água, durante 30 minutos a 180 ºC. Os frutos estavam individualmente em sacos de 5 x 20 cm, devidamente lacrados e identificados.

Os dados foram submetidos ao Software Assistat, sendo feito o teste de normalidade e homogeneidade, depois de realizados os testes citados os mesmos foram submetidos ao teste de correlação de Spearman para cada amostra coletada.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As estimativas de correlação podem ser úteis quando determinado caráter de interesse é de difícil avaliação (FARIAS NETO et al., 2005). Os frutos analizados possuem peso total médio de 16 g quando crus e 14 g quando cozidos, atingindo rendimento médio de polpa de 12 g, Sua média de Comprimento e Diâmetro variam no entorno de 31 mm e 28 mm, respectivamente.

Os parâmetros analisados entre os caracteres de pupunheira demostram

correlação positiva entre os dados, podendo-se notar que todas as variáveis são significativas (p < 0,01) pelo teste t, evidenciando elevado valor de correlação entre peso do fruto fresco e peso da polpa (Tabela 1), sendo que este efeito pode estar muito relacionado às características genéticas dos frutos de pupunheira coletados. É valido ressaltar que a identificação e a seleção de material genético com elevada qualidade que produza frutos com boas características

físico-químicas, apropriado à

comercialização e adaptado às condições locais é de grande importância para a cultura da pupunheira, sendo uma ferramenta essencial para o avanço da produção dessa cultura no município (CARVALHO et al., 2013).

A aproximação das variáveis demonstram que, o caractere peso do fruto fresco correlacionado ao peso do fruto cozido e peso da polpa apresentam valores [r] 0.99, dessa forma, pode-se destacar a influencia direta entre eles, outras variáveis de bastante relevância é a relação entre o peso do fruto fresco com o diâmetro, o qual expressou valor de [r] 0.88 que por sua vez, indica alta intensidade entres estes.

Tabela 1. Coeficientes de correlação de Spearman para as variáveis (VA) da amostra 1, comprimento do fruto (COMP), diâmetro do fruto (DIAM), peso do fruto fresco (PFR), peso fruto cozido (PCO), peso da polpa (PPO), peso da casca (PCA), Capitão Poço-PA, 2013

VA\VA COMP DIAM PFR PCO PPO PCA

COMP 1 0,60 0,80 0,79 0,79 0,70 DIAM ** 1 0,88 0,87 0,86 0,74 PFR ** ** 1 0,99 0,99 0,84 PCO ** ** ** 1 0,99 0,87 PPO ** ** ** ** 1 0,81 PCA ** ** ** ** ** 1

** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p ≤ .01), * significativo ao nível de 5% de probabilidade ( p ≤ .05) , ns não significativo (p ≤ .05).

Para a amosta 2 (Tabela 2), a variável peso do fruto fresco em relação ao peso da polpa obteve interação muito forte 0.99 evidenciando uma forte interdependência entre as variáveis, ou seja, o peso do fruto fresco é diretamente proporcional ao peso da

polpa que determina uma ótima qualidade para o seu consumo. Resultados semelhantes foram encontrados por Gusmão et al. (2005), ao realizarem análise biométrica em frutos e endocarpos de murici observaram que a polpa contribui em media com 73,63 % do total do

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fruto, demonstrando um bom rendimento de polpa. Para Hair et al. (2005), é importante analisar, além da significância estatística, a

magnitude do r, que aprovisiona uma significância prática de determinada associação linear.

Tabela 2. Coeficiente de correlação de Spearman para as variáveis (VA) da amostra 2, comprimento do fruto (COMP), diâmetro do fruto (DIAM), peso do fruto fresco (PFR), peso fruto cozido (PCO), peso da polpa (PPO), peso da casca (PCA), Capitão Poço - PA, 2013

VA\VA COMP DIAM PFR PCO PPO PCA

COMP 1 0,13 0,69 0,66 0,70 0,22 DIAM ** 1 0,75 0,76 0,74 0,70 P. FR ** ** 1 0,99 0,99 0,64 P. CO ** ** ** 1 0,99 0,68 P. PO ** ** ** ** 1 0,64 P. CA ** ** ** ** ** 1

** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p ≤ .01), * significativo ao nível de 5% de probabilidade ( p ≤ .05) , ns não significativo (p ≤ .05).

Para a coleta 3 (Tabela 3), o teste apresentou disposição entre as retas com alto nível de significância (P<0,01), onde peso do fruto fresco em relação peso do fruto cozido, peso da polpa e peso da casca apresentaram forte interação entre as variáveis, com valores de [r] 0,99, 0,99 e 0,87, respectivamente. Porém os menores coeficientes foram obtidos entre os caracteres diâmetro em relação peso da casca (0,30) e comprimento em relação diâmetro (0,39). Fazendo-se uso deste mesmo método, Ferraz et al. (2014) avaliando a influencia biométrica sobre o rendimento de polpa de jamelão (Syzygium

jambolanum DC.) observaram alta

correlação (r = 0,973; p<0,05) entre peso do fruto e rendimento de polpa.

Vale salientar que essas variáveis analisadas são de extrema importância, pois determinam o formato do fruto (ATAÍDE et al., 2012). Pesquisas têm demonstrado que frutos oblongos apresentam cerca de 10% a mais de polpa em relação aos de formato

redondo; fato esse que aumento o rendimento produtivo das culturas além de atender, à indústria, conforme reportado por Ataíde et al. (2012).

É importante destacar que as palmeiras são altamente exigente em manejo de adubação, sendo de grande importância tanto para o rendimento dos frutos, nesse aspecto. O suprimento inadequado de nutrientes, seja falta ou excesso, pode provocar restrições ao crescimento das plantas e alterar relações entre biomassa aérea e radicular, bem como promover alterações entre estádios vegetativos e reprodutivos (BOVI et al., 2002). Outro fator que pode contribuir é a diversidade genética existente em genótipos, como mostra PINTO et al. (2003) que o cajazeira propicia a coleta de materiais para futuros trabalhos de melhoramento e montagem de banco de germoplasma, um ponto positivo para a conservação de espécie que tem uma alta relação para o mercado consumidor.

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Tabela 3. Coeficiente de correlação de Spearman para as variáveis (VA) da amostra 3, comprimento do fruto (COMP), diâmetro do fruto (DIAM), peso do fruto fresco (PFR), peso fruto cozido (PFC), peso da polpa (PPO), peso da casca (PCA), em plantas de pupunheira em Capitão Poço - PA, 2013

VA\VA COMP DIAM PFR PFC PPO PCA

COMP 1 0,39 0,82 0,83 0,82 0,78 DIAM ** 1 0,50 0,46 0,49 0,30 PFR ** ** 1 0,99 0,99 0,87 PFC ** ** ** 1 0,99 0,89 PPO ** ** ** ** 1 0,83 PCA ** ** ** ** ** 1

** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p ≤ .01), * significativo ao nível de 5% de probabilidade ( p ≤ .05) , ns não significativo (p ≤ .05).

De acordo com as informações expressas na Tabela 4, para todas as variáveis houve correlação positiva (p<0,01), sendo que os maiores coeficientes mais relevantes foram encontrados nas interações: peso do fruto cozido x peso da polpa [r] 0,99; peso do fruto fresco x diâmetro [r] 0,91, resultados mais expressivos que os encontrados por Moura et al. 2010, em trabalho com Butia capitata (Mart.) Beccari (Arecaceae), em vegetação natural no Norte de Minas Gerais, Brasil. Outras variáveis que apresentaram nível de correlação muito alta foram peso do fruto fresco em relação peso fruto cozido e peso da polpa [r] 0,92 para ambas, em contrapartida, o menor valor de correlação obtido foi para as variáveis comprimento do fruto em relação ao peso da casca, [r] 0,49.

Os resultados observados por Moura et al. (2010), demonstram interação bastante

significativa, ou seja, quanto maior o diâmetro, maior será o peso para frutos secos, implicação direta no peso da polpa, demonstrando reflexos positivos na nutrição e produção da planta (Tabela 3). Dessa forma, existe uma forte interdependência entre esses itens de produção. As demais variáveis apresentam uma correlação variável de intensidade com a presença da menor intensidade correlacionada comprimento do fruto fresco em relação ao diâmetro do fruto fresco, este fator pode ser favorecido por variabilidade ambiental dentre as unidades analisadas.

Segundo Gusmão et al. (2006) a variação encontrada nas dimensões dos frutos de B. verbascifolia pode ser promovida por fatores ambientais, como a disponibilidade de água que parece ser um fator essencial para a produção de frutos carnosos.

Tabela 4. Coeficiente de correlação de Spearman para as variáreis (VA) da amostra 4, comprimento do fruto (COMP), diâmetro do fruto (DIAM), peso do fruto fresco (PFR), peso fruto cozido (PCO), peso da polpa (PPO), peso da casca (PCA), Capitão Poço - PA, 2013

VA\VA COMP DIAM PFR PCO PPO PCA

COMP. 1 0,54 0,75 0,70 0,69 0,49 DIAM. ** 1 0,91 0,85 0,86 0,55 PFR ** ** 1 0,92 0,92 0,60 PCO ** ** ** 1 0,99 0,67 PPO ** ** ** ** 1 0,62 PCA ** ** ** ** ** 1

** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p ≤ .01), * significativo ao nível de 5% de probabilidade ( p ≤ .05) , ns não significativo (p ≤ .05).

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De acordo com a análise dos frutos da planta 5 (Tabela 5), verificou-se haver correlação significativa de alta a moderada para os caracteres: diâmetro do fruto x peso do fruto fresco, peso do fruto fresco x peso da polpa, peso do fruto cozido x peso da polpa; quanto à semente, o comprimento e diametro x peso da semente e a interação entre comprimento e diâmetro da semente.

Vale resaltar que as interações: peso da casca x comprimento e diametro do fruto; peso da semente x comprimento, peso da casca e peso da polpa; comprimento e volume da semente x comprimento, diametro, peso do fruto, peso da casca e peso da polpa; diâmetro da semente x comprimento do fruto, peso da casca e peso da polpa não obtiveram interações significativas. Observou- se também que interações entre peso e diâmetro

da semente x diametro e peso do fruto fresco há correlação ao nível de 5% de probabilidade de erro.

Esses resultados podem ter sido encontrados devido há influencias climáticas, edáficas e nutritivas. Mesmo pertencendo a uma só espécie, em cada localidade, as plantas estão sujeitas a variações de temperatura, comprimento do dia, índices de pluviosidade, e características químicas e físicas do solo, além de fitopatologias que interferem em ganhos produtivos nos frutos. Esses por sua vez afetam positiva ou negativamente as culturas e acabam por ressaltar certos aspectos de sua composição genética, ou seja, o meio pode ser adequado ou não para expressão de determinadas características da planta (BOTEZELLI et al., 2000).

Tabela 5. Coeficiente de correlação de Spearman para as variáveis (VA) da amostra 5, comprimento do fruto (COMP), diâmetro do fruto (DIAM), peso do fruto fresco (PFR), peso fruto cozido (PCO), peso da polpa (PPO), peso da casca (PCA), peso da semente (PSE), Capitão Poço - PA, 2013

VA\VA COMP DIAM PFR PCA PPO PSE PCO CS DS VS COMP 1 0,35 0,52 0,15 0,44 0,13 0,37 0,14 0,06 0,01 DIAM ** 1 0,60 0,14 0,55 0,19 0,49 0,10 0,23 0,11 PFR ** ** 1 0,39 0,77 0,19 0,75 0,16 0,20 0,11 PCA ns ns ** 1 0,21 0,14 0,39 0,11 0,16 0,08 PPO ** ** ** * 1 0,10 0,89 0,10 0,10 0,03 PSE ns * * ns ns 1 0,37 0,81 0,75 0,53 PCO ** ** ** ** ** ** 1 0,28 0,24 0,24 CS ns ns ns ns ns ** ** 1 0,62 0,57 DS ns * * ns ns ** ** ** 1 0,34 VS ns ns ns ns ns ** ** ** ** 1

** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p ≤ .01), * significativo ao nível de 5% de probabilidade ( p ≤ .05) , ns não significativo (p ≤ .05).

Os pares das variaveis, oscilaram entre 0.01 a 0.89 com uma media de 0.32, onde 40% dos pares analisados não foram siguificativos e 49% e 11% dos mesmos obtiveram siguinificancia de 1% e 5% de probabilidade de erro respectivamente (tabela 6). A definição da porcentagem de polpa no fruto é importante, pois a mesma pode ser usada, in natura, na alimentação das comunidades ribeirinhas e também pode ser beneficiado e transformado em produtos

secundários como: doces, geleias, sorvetes, bolos (DANTAS et al., 2014)

CONCLUSÃO

A partir dos resultados obtidos na pesquisa, foram encontradas variabilidades morfológicas nas amostras de B. gasipaes para os caracteres dos frutos de acordo com os dados biométricos, onde os parâmetros que tiveram a maior correlação foram: peso do

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fruto fresco, peso fruto cozido e peso da polpa. Por tudo isso, é possível afirmar que o peso dos frutos têm influência direta sobre a massa de polpa obtida.

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