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8º ENCONTRO DA ABCP. Área Temática: Teoria Política O PENSAMENTO POLÍTICO E SOCIAL DE MÁRIO PEDROSA JOSNEI DI CARLO VILAS BOAS

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8º ENCONTRO DA ABCP

01 a 04/08/2012, Gramado/RS

Área Temática: Teoria Política

O PENSAMENTO POLÍTICO E SOCIAL DE MÁRIO PEDROSA

JOSNEI DI CARLO VILAS BOAS

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RESUMO

Este artigo, referente ao painel exposto no 8º Encontro da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP), realizado em Gramado/RS, entre os dias 1º e 4 agosto de 2012, pretende apresentar a reflexão de Mário Pedrosa (1900-1981) acerca da revolução burguesa, do desenvolvimento e do socialismo no Brasil, em seus escritos políticos mais importantes: o documento da Liga Comunista Internacionalista Esboço de uma Análise da Situação Econômica e Social do

Brasil (1930) e os livros A Opção Brasileira (1966) e A Opção Imperialista (1966).

O recorte justifica-se por compreender análises dialética-marxistas preocupadas em contemplar processos de crise e transições político-sociais em andamento, no caso, Revolução de 1930 e Golpe de 1964, não perdendo de vista a formação social brasileira, cujas especificidades podem determinar o modo como Mário Pedrosa apanha as questões tratadas no estudo. Os conceitos de bonapartismo e de desenvolvimento desigual e combinado são as hipóteses da pesquisa, pois eles possivelmente clarifiquem o pensamento político e social de Mário Pedrosa.

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INTRODUÇÃO

O estudo do marxismo no Brasil é importante para a realização de análises não só sobre as particularidades da prática socialista quanto sobre as especificidades da realidade concreta, pelo fato dos teóricos do pensamento dialético-marxista se lançarem constantemente à compreensão da História. Militante socialista, Mário Pedrosa (1900-1981), em suas obras políticas, refletiu sobre a Revolução de 1930, no ensaio Esboço de uma Análise da Situação

Econômica e Social do Brasil (1930), redigido com Lívio Xavier (1900-1988), e o

Golpe de 1964, nos livros A Opção Brasileira (1966) e A Opção Imperialista (1966), para fornecer instrumentos teóricos para a prática da esquerda perante a realidade histórica brasileira.

Pelo fato da pesquisa estar em andamento, a reflexão do intelectual marxista é mais apontada do que apreendida em suas múltiplas determinações no presente trabalho. Mesmo imposto o limite da análise, por ela estar em processo de formação, é destacada a filiação teórica de Mário Pedrosa, tentando apontar a dinâmica de seu pensamento político e social sustentado pelo arcabouço conceitual marxista. Por estar atrelado à sua apresentação, em forma de painel, no 8º Encontro da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP), o trabalho é encarado como uma oportunidade da pesquisa adentrar no campo de batalha das ideias, objetivando o distanciando do pesquisador frente à seu objeto – sedutor, por causa da perseverança de Mário Pedrosa em não desistir de suas causas, deixando marcas indeléveis na política e na cultura, campos no qual combateu com vigor, mas com a delicadeza do anticonformismo, contribuindo para a política e a cultura de seu tempo não se atrofiarem pela ortodoxia e pela doutrina. Este trabalho, ao lançar a pesquisa no campo de batalha das ideias, pretende desarmar o pesquisador de suas certezas, levando-o a ver não só as contribuições do pensamento político e social de Mário Pedrosa, destacadas na análise contida nas próximas linhas, como também suas limitações, que possivelmente serão apontadas ao pesquisador pelos seus leitores atentos.

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Desde já o pesquisador deixa posto sua gratidão, e, prosseguindo na exposição da pesquisa, situa o objeto em seu contexto histórico e em sua conjuntura política.

1. MÁRIO PEDROSA, UM INTELECTUAL SINGULAR

Mário Pedrosa é um intelectual singular, por ter vivenciado de perto acontecimentos que configuraram o século XX, culturalmente, politicamente e socialmente, tais como as vanguardas europeias da década de 1920, jovem frequentou os círculos surrealistas quando esteve na França (MARQUES NETO, 1993), e a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), velho escreveu a Carta

Aberta a um Líder Operário (Apud MARQUES NETO, 2001, p. 169-172), em 1º de

agosto de 1978, admoestando Luiz Inácio Lula da Silva a criar um partido político – exemplos que demonstram sua combatividade ao longo da vida e sua dupla militância, nas artes e na política. Não se trata apenas de um militante, Mário Pedrosa tem uma obra vasta, destacadamente na crítica de arte e na teoria política, vinculada ao marxismo, de acordo com Isabel Loureiro (Apud MARQUES NETO, 2001, p. 133), “não dogmático, aberto às necessárias releituras que os tempos exigiam do materialismo histórico”. Produtivo durante seus 81 anos de vida, engajado em várias frentes, Mário Pedrosa manifesta-se como teórico fundamental à compreensão do pensamento político e social brasileiro, por ter contribuído às primeiras tentativas da Oposição de Esquerda, frente ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), pensar dialeticamente a realidade concreta e por ter contribuído ao marxismo.

Fundado em 1922, o PCB fez valer sua interpretação a respeito da formação social do Brasil perante a esquerda desde o início. Agrarismo e

Industrialismo, de Octávio Brandão, publicado em 1926, é o marco inicial da teoria

pecebista. O título do texto parece indicar relação entre os dois termos, mas trata-se de uma visão dualista sobre o País, pois a transformação comunista requer a

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superação do feudalismo, identificado no setor agrário-exportador: “São dois mundos que se chocam: o feudalismo e o industrialismo. O industrialismo despedaçará o feudalismo. E o comunismo despedaçará o industrialismo burguês” (BRANDÃO, 2006, p. 47). Os interesses econômicos delimitam as classes sociais como antagonistas e circunscrevem a origem feudal da agrária e a origem capitalista da industrial. Dada a luta de classes, o operariado deve aliar-se ao “industrialismo”.

Mário Pedrosa, militante comunista desde 1926, ao publicar Esboço de

uma Análise da Situação Econômica e Social do Brasil (PEDROSA; XAVIER,

1987), em 1930, voltou-se contra o dualismo, ao afirmar que a burguesia tinha nascido no campo. Sua afirmação, decorrente do modo como ele apanhou as especificidades da realidade histórica, traz em seu bojo diferenças fundamentais em relação à oposição feudalismo versus capitalismo e o levou a caracterizar a Revolução de 1930 de modo diverso do PCB, enriquecendo o marxismo brasileiro anterior à década de 1970, quando a interpretação dualista da formação social brasileira passou a ser sistematicamente contestada (DEL ROIO, 1990, p. 9-11). Em 1966, com a publicação dos livros A Opção Brasileira (PEDROSA, 1966) e A

Opção Imperialista (PEDROSA, 1966b), Mário Pedrosa aprofundou sua

interpretação acerca da formação social brasileira ao tentar apreender o Golpe de 1964. Passado três décadas, além do dualismo permanecer hegemônico no PCB, definindo a política de alianças do operariado com a burguesia industrial, também estava presente no modelo de substituição de importações (OLIVEIRA, 2003b), surgido nos anos 1950, que orientou a política econômica de vários governos até o Golpe de 1964. Mário Pedrosa analisou criticamente o desenvolvimentismo, apanhando suas contradições e limitações, crítica raramente empreendida à esquerda até aquele momento.

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A apresentação da Revolução de 1930 e do Golpe de 1964 na obra de Mário Pedrosa faz com que este trabalho constantemente faça referência ao embate político subjacente ao período de 1930 e 1964, recorte justificado por englobar as três obras analisadas, e ao embate teórico-metodológico em torno da definição dos conceitos. Tendo este pressuposto como ponto de partida, apesar da pesquisa não ser uma comparação sistemática entre a teoria do oposicionista, a pecebista e a desenvolvimentista, é fundamental apresentar as linhas gerais do contexto histórico para analisar a operacionalização conceitual de Mário Pedrosa.

Segundo a visão etapista da transformação social do Partido Comunista Brasileiro (PCB), o Brasil tinha de realizar a revolução burguesa para o desenvolvimento do capitalismo criar as bases do comunismo; para o modelo de substituição de importações, a acumulação capitalista realizada pela burguesia industrial permitiria a superação do subdesenvolvimento. O dualismo da teoria pecebista apontava dois modos de produção no Brasil, o capitalista e o feudal; enquanto o da teoria desenvolvimentista indicava dois setores sócio-econômicos, o moderno e o atrasado. Como o antagonismo das classes sociais se definia pela forma como elas se inseriam na estrutura sócio-econômico, bastaria levar a atrofia dos latifundiários, que se apoiavam no feudalismo e no atraso, para o Brasil passar a ter um capitalismo moderno, possibilitando o comunismo ou o desenvolvimento social. O Golpe de 1964 demostrou que o antagonismo das classes sociais era conjuntural, as burguesias agrária e industrial representavam o mesmo projeto de poder e social. Mário Pedrosa, desde Esboço de uma Análise

da Situação Econômica e Social do Brasil (PEDROSA; XAVIER, 1987), através de

conceitos do pensamento dialético-marxista, apontou o dualismo como deslocado das especificidades da formação social brasileira. Sua crítica, frente às teorias dualistas, é inovadora, se considerarmos que ela vinha sendo realizada desde 1930, muito antes de Francisco de Oliveira publicar o ensaio Crítica à Razão

Dualista, em 1972.

O conceito de bonapartismo (MARX, 1997) desenvolve a ideia de que as classes trabalhadoras são desmobilizadas por causa da configuração

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burocratizada e centralizada do Estado para manter a coesão social e a unidade política do capitalismo, ou seja, “o Estado assume com êxito, a dominação de uma classe quando se torna capaz de uma prática integradora das demais classes no âmbito de seu domínio” (PEREIRA, 2004, p. 3). O conceito de desenvolvimento desigual e combinado (TROTSKI, 1967; 1981) aponta a desigualdade do processo histórico como mais evidente e complexo nos países atrasados, pois eles têm de avançar aos saltos, em virtude da pressão externa, e dela deriva a lei do desenvolvimento combinado, “que significa aproximação das diversas etapas, combinação das fases diferenciadas, amálgama das formas arcaicas com as mais modernas” (TROTSKI, 1967, p. 25).

A partir destas hipóteses é que se pretende analisar a reflexão de Mário Pedrosa sobre os possíveis aspectos da formação social brasileira não contemplados pelo PCB e pelo modelo de substituição de importações, que acabaram por determinar suas supostas insuficiências referentes à interpretação da Revolução de 1930 e do Golpe de 1964. Assim, o trabalho propõe-se a apreender a reflexão de Mário Pedrosa acerca das especificidades da formação da burguesia nacional, contida principalmente no documento Esboço de uma

Análise da Situação Econômica e Social do Brasil (PEDROSA; XAVIER, 1987),

para analisar sua teoria sobre a revolução burguesa no capitalismo periférico, sua crítica ao modelo de substituição de importações, realizada em A Opção Brasileira (PEDROSA, 1966) e A Opção Imperialista (PEDROSA, 1966b), além do socialismo pensado por ele, nos contextos políticos de 1930 e 1964, sob as especifidades da formação social do País, que difere do PCB.

3. O PENSAMENTO POLÍTICO E SOCIAL DE MÁRIO PEDROSA

Os pesquisadores, ao se voltarem diretamente para Mário Pedrosa, preferem realizar estudos sobre sua crítica de arte, sendo Otília Beatriz Fiori

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Arantes responsável pelo pioneiro Mário Pedrosa: Itinerário Crítico, publicado em 1991, fruto do trabalho de organização e publicação da obra de Mário Pedrosa crítico de arte que ela vem realizando desde os anos 80 (MARQUES NETO, 2001, p. 43-81). Frequentemente o estudam indiretamente, quando voltam-se para a história dos partidos de esquerda no Brasil e para a IV Internacional (MARQUES NETO, 2001, p. 83-141), em razão de sua militância destacada. Na Ciência Política, especificamente, Mário Pedrosa é estudado de modo tangencial: quando o tema é o Partido Comunista Brasileiro (PCB), pelo seu protagonismo no interior do Partido através da Oposição de Esquerda, influenciada pelas críticas de Leon Trotski contra a burocratização stalinista; e o trotskismo no Brasil, por ter sido o militante a empreender a crítica da revolução e do Partido e a tomar a frente de várias organizações e jornais trotskistas (FERREIRA, 1999, p. 187-239). A figura dele emerge nos dois temas por se tratar, segundo Luciano Martins, de “um fenômeno intelectual e quase uma instituição” (Apud MARQUES NETO, 2001, p. 29), e de “um extraordinário educador político” (Apud MARQUES NETO, 2001, p. 146), enfatiza Paul Singer. Apesar do reconhecimento, Mário Pedrosa mereceu poucas análises sobre sua contribuição teórica ao pensamento político e social brasileiro, fruto de sua solidão revolucionária, feliz título do livro de José Castilho Marques Neto (1993) sobre Mário Pedrosa e as origens do trotskismo no Brasil.

A preocupação de Mário Pedrosa, em sua produção teórica-política produzida durante as décadas de 1930 e 1960, de pensar dialeticamente a realidade concreta, acaba por levar o trabalho a dialogar com os autores das mais diversas áreas das Ciências Sociais, ao tentar apontar sua conceitualização da revolução burguesa, do desenvolvimento e do socialismo sob as especificidades da formação social brasileira que emerge de sua análise da Revolução de 1930 e do Golpe de 1964. Pelo caráter iniciático da pesquisa, alertado já na Introdução, a explicitação teórica sobre a revolução burguesa, o desenvolvimento e o socialismo que emergem da análise de Mário Pedrosa sobre a Revolução de 1930 e do Golpe de 1964 apresenta somente o núcleo teórico. Assim, primeiro é apresentado, em linhas gerais, o pensamento político e social de Mário Pedrosa

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acerca da formação social brasileira, para em seguida demostrar como o modo em que ela é pensada determina a teoria política sobre a revolução burguesa, o desenvolvimento e o socialismo, sem, contudo, esgotar estas questões, pois a preocupação do trabalho é apontar as diferenças entre o pensamento político e social do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e do modelo de substituição de importações frente ao de Mário Pedrosa para possibilitar a explicitação do pensamento político e social deste.

A exposição da reflexão de Mário Pedrosa acerca da Revolução de 1930 e do Golpe de 1964 deixa de lado o didatismo de tratar as questões em separado e opta por tratá-las em seu conjunto, objetivando apontar sua teorização da revolução burguesa, do desenvolvimento e do socialismo enquanto ele se voltava para a Revolução de 1930 e do Golpe de 1964. Talvez o procedimento dificulte a leitura, mas se faz necessário ao se tentar compreender o pensamento político e social de Mário Pedrosa dotado de uma coerência, mesmo quando se volta para questões que, em princípio, são encaradas como díspares. Por isso, a exposição parte da crítica à interpretação dualista acerca da formação social brasileira, pois a pesquisa identifica a negação do dualismo como o ponto de partida do pensamento político e social de Mário Pedrosa.

3.1. Da Revolução de 1930 ao Golpe de 1964: Revolução Burguesa, Desenvolvimento e Socialismo no Pensamento de Mário Pedrosa

Mário Pedrosa, em conjunto com Lívio Xavier, em Esboço de uma

Análise da Situação Econômica e Social do Brasil (PEDROSA; XAVIER, 1987),

através de conceitos da teoria política marxista, fornece elementos para apreender o dualismo como deslocado das especificidades da formação social brasileira, com sua constatação de que as classes burguesas eram originárias do campo: “A burguesia brasileira nasceu no campo, não na cidade” (PEDROSA; XAVIER, 1987, p. 69). Para ele, as metrópoles exportaram o modo de produção capitalista para as colonias. No intuito de evitar que a terra se tornasse meios de

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produção para o colono livre, o Estado apropriou-se da terra, introduziu a escravidão, caracterizando a colonização: “Seu caráter de exploração rural colonial precedeu historicamente sua organização como Estado […] todos vinham explorar a força de trabalho do indígena adaptado e do negro importado” (PEDROSA; XAVIER, 1987, p. 68). Os pequenos proprietários não faziam parte da formação sócio-econômica do Brasil. O Estado mantinha-se sob a ampla exploração escravista para a minoria detentora da terra. O regime escravista teve de ser destruído para atender ao desenvolvimento capitalista, necessário à expansão da indústria inglesa e, sobretudo, para romper com os obstáculos ao padrão de acumulação capitalista dado.

O desenvolvimento capitalista, continuam Mário Pedrosa e Lívio Xavier, exigiu outra mudança essencial para o poder ser transferido para São Paulo, a implantação da República. Para ela não ser drástica, a forma federativa foi inevitável. O desenvolvimento da cultura cafeeira era eminentemente capitalista, encontrou as bases necessárias para a monocultura e fez prosperar “o desenvolvimento do capitalismo sob todas as suas formas” (PEDROSA; XAVIER, 1987, p. 72). Se interiorizando pelo território nacional, o capitalismo transformou as bases econômicas retardatárias, tornando o Brasil atraente para o imperialismo. A industrialização complicou as relações de classe, pois a burguesia agrária queria manter o monopólio da produção cafeeira. A fragilidade do mercado interno levou à centralização do poder no governo federal, para a demanda crescer. O imperialismo acelerou e agravou as contradições econômicas e as contradições de classe, desestabilizando mais do que acomodando as classes burguesas do País no plano do Estado nacional, pois elas não tinham “bases econômicas estáveis” que possibilitassem “edificar uma super-estrutura política e social progressiva” (PEDROSA; XAVIER, 1987, p. 74), fazendo brotar seu reacionarismo frente às ameaças da luta de classes proletárias. No Brasil, “a indústria nasce ligada ao Estado pelo cordão umbilical” (PEDROSA; XAVIER, 1987, p. 75), concomitante com o domínio imperialista da Grã-Bretanha.

Por causa da pressão externa, a desigualdade do processo histórico é mais evidente e complexo nos países atrasados, que avançam aos saltos. Da lei

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da desigualdade, outra deriva: a lei do desenvolvimento combinado. Trotski (1967, p. 25, grifos do autor), ao analisar a História da Rússia, assim descreve o conceito de desenvolvimento desigual e combinado – essencial no pensamento de Mário Pedrosa, ao romper com as teses dualistas sobre o Brasil, especialmente a do PCB:

As leis da História nada têm em comum com os sistemas pedantescos. A desigualdade do ritmo, que é a lei mais geral do

processus histórico, evidencia-se com maior vigor e complexidade

nos destinos dos países atrasados. Sob o chicote das necessidades externas, a vida retardatária vê-se na contingência de avançar aos saltos. Desta lei universal da desigualdade dos ritmos decorre outra lei que, por falta de denominação apropriada, chamaremos de lei do desenvolvimento combinado, que significa aproximação das diversas etapas, combinação das fases diferenciadas, amálgama das formas arcaicas com as mais moderna. Sem esta lei, tomada, bem entendido, em todo o seu conjunto material, é impossível compreender a história da Rússia, como em geral a de todos os países chamados à civilização em segunda, terceira ou décima linha.

A estrutura da indústria determina o caráter social da burguesia e a política do País. Como o capital das indústrias brasileiras era, em grande medida, estrangeiro, e a burguesia local se movimentava numa secular dependência, algumas de suas instituições políticas eram, até certo ponto, dispensáveis enquanto centro de Decisão. No caso brasileiro, o parlamento.

Guido Mantega (1984, p. 202-208) destaca que o parlamento não era controlado pela burguesia industrial, a maior bancada era comandada pela burguesia agrária. Em 1964, a burguesia industrial notou que dissolver ou manter sob controle o parlamento a favorecia, portanto a tese de que ela era progressista se mostrou equivocada. Isolando-se ainda mais da pequena burguesia e do proletariado, a burguesia industrial, incapaz de realizar reformas, era fraca nos compromissos de um projeto que viesse a mexer na estrutura agrária, por medo de abalar suas próprias estruturas.

Para se vencer o dualismo, a reforma agrária era “o elemento viabilizador da industrialização”, porque, de acordo com Francisco de Oliveira

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(2003a, p. 14-15, grifos do autor), criava mercado interno, aumentava a oferta de alimentos, “desbloqueando a acumulação por impedir o aumento dos salários nominais”. A importância do dual-estruturalismo residia no fato de “processos que não eram perceptíveis nem importantes” para o método neoclássico, nem para o etapismo do PCB, tornaram-se objetos de pesquisa. Mas também mascaravam “os novos interesses de classe” que se colocavam “agora como 'interesses da

Nação'”, conclui Francisco de Oliveira. A economia política de Celso Furtado era

produção para a ação. Daí decorria sua limitação e seu caráter ideológico. Contudo era uma referência nos estudos sobre o subdesenvolvimento, por isto Mário Pedrosa focou sua crítica nele, pois reconhecia sua importância, mas o achava passível de críticas no campo político.

A dualidade da teoria do subdesenvolvimento não conseguiu ultrapassar as contradições do moderno e do atrasado do campo da oposição pura, não foi capaz de teorizar a relação entre os dois setores, desenvolveu uma teoria da formação do capital, mas não uma da acumulação. No início, Celso Furtado era otimista, como as relações de produção não construíam a sociabilidade, como em Mário Pedrosa, que se alicerçava em Karl Marx, a política na teoria furtadiana era um epifenômeno.

O dual-estruturalismo cepalino-furtadiano não deve ser confundindo com o desenvolvimento desigual e combinado, pois, para Celso Furtado, o desenvolvimento era desigual, mas não era combinado, o moderno e o atrasado não se articulavam, este era apenas um obstáculo àquele. Mário Pedrosa, ao analisar a formação das classes burguesas, notou a articulação entre os dois setores sócio-econômicos, levando-o a observar que o desenvolvimentismo, ao acreditar que a burguesia industrial aceitaria de bom grado reformas estruturantes, que alterariam sua base sócia-econômica, perdeu uma oportunidade histórica de levar o Brasil à superação do subdesenvolvimento, politizando-o no interior de transformações sociais que pudessem situar o proletariado e outros segmentos sociais próximos a ele enquanto condutores dessa ruptura.

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formação da esquerda brasileira foram Vladimir Ilich Lenin e Trotski, cujas ideias desembocaram nas teses da III Internacional, realizada em 1919, logo após a Revolução de Outubro, onde o primeiro defende a aliança do proletariado com a burguesia, por causa do caráter particular do imperialismo de aliar-se à classe dominante da ordem social anterior, e nas da IV Internacional, transcorrida em 1938, onde o segundo não vê saída para o proletariado pela via da revolução democrática empreendida pela burguesia, que estava mais disposta ao fascismo do que concretizar sua revolução. Conforme sua exposição, os marxistas influenciados por Lenin identificaram relações semifeudais ou pré-capitalistas na estrutura sócio-econômica do Brasil, enquanto os vinculados à Trotski ressaltaram a existência de relações capitalistas subdesenvolvidas. O PCB, ao adotar as teses da III Internacional, orientava-se para a revolução burguesa, antifeudal, e os trotskistas, ao incorporar as teses da IV Internacional, negavam-na como etapa intermediária da socialista, ressalta o autor. Para os militantes do Partido, o socialismo deveria passar pela revolução burguesa, pois a proletária seria possível quando as estruturas semifeudais ou pré-capitalistas fossem solapadas pelas forças produtivas do capital.

Segundo Guido Mantega (1984), a crítica à tese da revolução burguesa no Brasil teve início nos anos 1960, através da incorporação do conceito de desenvolvimento desigual e combinado, e centrava-se na ideia de que a burguesia era fraca para realizar seu papel histórico, em razão do capital estrangeiro ter sido o responsável pela industrialização brasileira. O modelo democrático burguês, prossegue ele, foi esboçado na década de 1920, mas se consolidou apenas na de 1950. De acordo com o PCB, antes da revolução socialista, o País deveria se industrializar e a defesa dos interesses da burguesia era fundamental para a industrialização ocorrer. A burguesia teria papel preponderante na luta contra o imperialismo, por um lado, e acabaria com os resquícios do feudalismo, por outro lado. Lenin, destaca Guido Mantega, via o pacto com a burguesia como meio para conquistar as liberdades democráticas e não para fortalecer economicamente a burguesia. Em decorrência das teses da III Internacional, os pecebistas interpretaram o Brasil como um país semifeudal em

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pleno século XX e adotaram o modelo de revolução burguesa como instrumento para eliminar os restos feudais da sociedade.

Marques Neto (2001, p. 83-98) coloca que os trotskistas da Oposição de Esquerda, liderada por Mário Pedrosa, ao analisarem a Revolução de 1930, distanciaram-se do PCB por considerar “que não há divergência entre os setores burgueses quando se trata de defender seus interesses de classes internacionais”, continua, “as disputas entre parcelas da classe dominante não significam uma cristalização de posições”, e conclui, “há, sobretudo, uma disputa pela hegemonia política para manter privilégios econômicos internos de um setor ou de outro”. Mário Pedrosa reconhece as contradições específicas no interior das classes burguesas, baseadas em interesses econômicos particulares, que levaram-nas a disputas internas.

Com a morte de Getúlio Vargas, em 1954, os pecebistas alinharam-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) na campanha eleitoral de 1955. Três anos depois, em março de 1958, publicaram uma declaração fazendo revisão dos erros de caráter “dogmático” e “sectário” cometidos durante a fase stalinista e apoiando a burguesia industrial na industrialização, creditando ao capital nacional o modo pelo qual ocorreria o enfraquecimento do imperialismo. O PCB reconheceu a burguesia industrial e adotou a via institucional para a revolução socialista. Dado o Golpe de 1964, o Partido acreditava que os setores reacionários da sociedade tomavam o poder, impedindo a burguesia industrial de levar o Brasil ao capitalismo e, consequentemente, de acabar com os resquícios do feudalismo.

Conforme Guido Mantega (1984), o modelo democrático burguês foi idealizado ao pressupor que a sociedade brasileira era feudal, mas o vínculo do trabalhador brasileiro com o latifúndio era econômico e não compulsório, como era realmente no feudalismo. Ao supor que o latifúndio era o entrave para o desenvolvimento industrial brasileiro, ligado ao imperialismo por ser agroexportador, e dado as condições feudais existentes no País, a burguesia industrial tinha um caráter revolucionário, transformador da ordem social vigente. Durante os anos 1950 e 1960, de acordo com o PCB, surgiu a burguesia industrial antagônica aos interesses da oligarquia rural e para ocorrer a industrialização, o

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latifúndio, que sustentava o feudalismo, precisava ser erradicado.

O trajeto do documento Esboço de uma Análise da Situação

Econômica e Social do Brasil (PEDROSA; XAVIER, 1987), acerca das

especificidades do capitalismo e das classes sociais no Brasil, não perdendo de vista a conjuntura histórica da Revolução de 1930, aponta como as questões levantadas por Mário Pedrosa, em outubro de 1930, estavam à margem do debate político, pois ele aprofundará suas análises três décadas depois, sob o Golpe de 1964, em A Opção Brasileira (PEDROSA, 1966) e A Opção Imperialista (PEDROSA, 1966b), sem a formulação conceitual pecebista ser essencialmente revista e o modelo de substituição de importações ter sofrido poucas críticas. Segundo Francisco de Oliveira (2003, p. 34-35), a teorização marxista na América Latina era vulgar até os anos 1960, por ser “produzida principalmente pelos seguidores dos partidos comunistas”. A distância crítica em relação à doutrina do Partido e o domínio do marxismo, suficiente a ponto de articular criticamente as conceitualizações de Lenin, Rosa Luxemburgo e Trotski com a realidade brasileira, sem perder de vista as transformações capitalistas de âmbito nacional e internacional, demostram que a vulgarização não se encontrava na base teórica do autor estudado.

Os fenômenos da revolução burguesa incompleta e da estrutura agrária estática, que criavam entraves para a acumulação capitalista da indústria, tinham duas consequências para Mário Pedrosa: 1) a agricultura de exportação, 2) a produção capitalista para satisfazer a população urbana. Entretanto, parte do lucro industrial era transferido para os latifundiários. A terra, por sua vez, mesmo mantendo relações sociais pré-capitalistas, entre o dono e o trabalhador, adentrou na lógica da produção capitalista, tornou-se capital fixo. Os pecebistas e os desenvolvimentistas não compreenderam o processo de introdução da propriedade fundiária no capitalismo brasileiro. “O tipo social do burguês dominante no Brasil é o bifrontal, como uma personagem mítica: ele é proprietário de terra, de um lado, e do outro é proprietário de capital” (PEDROSA, 1966, p. 231). O PCB e Celso Furtado acreditaram que a burguesia agrária e a burguesia industrial eram antagônicas, esqueceram que a consciência delas é reativa frente

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aos interesses da classe trabalhadora, em defesa da propriedade privada.

Mário Pedrosa afirma que por estar vinculado aos interesses imperialistas, as classes burguesas do Brasil não tinham condições de dominar o processo histórico. Se fazia necessário a formulação de uma nova política de desenvolvimento, um “socialismo combinado” capaz de agregar os trabalhadores das cidades e dos campos, que arrastariam outras classes para “a revolução popular brasileira” (PEDROSA, 1966, p. 274).

CONCLUSÃO

Considerando que o procedimento adotado para analisar a reflexão de Mário Pedrosa acerca da Revolução de 1930 e do Golpe de 1964 possa dificultar a compreensão da exposição, se faz necessário uma sistematização, em linhas gerais, do pensamento político e social analisado. Em Esboço de uma Análise da

Situação Econômica e Social do Brasil (PEDROSA; XAVIER, 1987), escrito

durante as crises políticas que culminaram na Revolução de 1930, com a colaboração de Lívio Xavier, Mário Pedrosa, ao negar a interpretação do Partido Comunista Brasileiro (PCB) de que o Brasil era semifeudal, acabou por levá-lo a negar o dualismo dos modos de produção e sua consequência no que se refere ao desenvolvimento das classes sociais, levando-o a considerar que não era possível a revolução democrática burguesa no País, pois a via bonapartista da revolução burguesa era mais apropriada aos objetivos da burguesia nacional de tornar o Estado cada vez mais atrelado aos seus interesses. Para ele, a burguesia não era progressista, as divergências entre suas frações eram resolvidas no interior do Estado e suas divergências eram deixadas de lado no intuito de reprimir a emergência das lutas de classe. Não havia um conflito entre o agrarismo e o industrialismo, para usar os termos caros a Octávio Brandão, em seu estudo clássico, entre as classes semifeudais, que temiam a transformação

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do modo de produção que as sustentava, e as classes capitalistas, sedentas pela destruição do modo de produção semifeudal para expandir a acumulação do capital, havia um conflito entre frações da burguesia, no qual se resolvia no interior do Estado nacional.

Se o PCB pensava as reformas estruturantes que viabilizariam o socialismo à luz do problema dualista, o desenvolvimentismo também o fazia, apesar do objetivo não ser o mesmo. A diferença não estava apenas na finalidade, desenvolvimento social em vez de socialismo, mas na natureza do problema dualista. O dualismo dos setores sócio-econômicos, apesar de Mário Pedrosa considerá-lo consistente enquanto teoria econômica, era problemático por tornar os setores moderno e atrasado como inconciliáveis, como antagônicos. Para ele, por mais que os interesses de classe fossem antagônicos, o antagonismo seria posto de lado quando os dois setores socioeconômicos se deparassem com o proletariado mobilizado, pouco importa se a mobilização se desse nas cidades ou nos campos, e com força suficiente para forçar o Estado a se abrir para as reivindicações vindo dos de baixo. O antagonismo era econômico, não político, o projeto político de ambos os setores era conservador.

Em suma, tanto o socialismo quanto o desenvolvimento social, ou seja, o reformismo, pouco importa sua natureza, se pecebista ou se desenvolvimentista, só seria viável se realizado pelas classes trabalhadoras, pois a burguesia industrial não tinha interesse em levar adiante reformas estruturantes, por medo de ver suas próprias estruturas sendo abaladas. No caso de um projeto revolucionário, ele só seria possível enquanto revolução popular. Qualquer que fosse a opção brasileira, se de origem pecebista, desenvolvimentista ou revolucionária, ela tinha de passar pelas classes populares, para assegurar a independência política e econômica do País frente aos países hegemônicos.

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