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CÓDIGO ALFABÉTICO E SITE EDUCACIONAL

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Academic year: 2021

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CÓDIGO ALFABÉTICO E SITE EDUCACIONAL

Sandra Lúcia Pacheco de Almeida Costa Souza1 - ITA/ ECMF José Silvério Edmundo Germano 2 - ITA Eixo – Didática Agência Financiadora: Escola Marechal do Ar Casimiro Montenegro Filho (ECMF)

Grupamento de Apoio de São José dos Campos (GAP) Resumo

As crianças que estão em processo de apropriação do sistema de escrita precisam estabelecer uma correspondência entre as letras (os signos) e o significado (o que a escrita representa). Esta pesquisa tem por objetivo verificar uma proposta metodológica com Site Educacional contendo diversos materiais de apoio didático, que servem para ampliar as possibilidades de desenvolver a capacidade cognitiva e motora. Os instrumentos e equipamentos necessários para desenvolver a escrita e/ou alfabetização estão presentes nos diversos Objetos Educacionais Digitais (OED) que armazenados no site podem contribuir com o professor no processo de construção do código alfabético. O site foi testado no período de três anos consecutivos em três turmas de Educação Infantil na faixa etária de 5 anos. Utilizou –se uma pesquisa descritiva e documental com abordagem na vida real e observação no laboratório de informática e sala de aula. Foi percebido que a criança de hoje são nativas digitais e de uma geração Touch Screen com facilidade no manuseio de tablet, smartphone e computador, além de demonstrarem grande interesse por projeções, devido as articulações sonoras, cores e movimentos que atraem e encantam este público infantil. Dentro da proposta foi trabalhado um paralelo entre uma abordagem virtual e digital e atividades de procedimentos para domínio da leitura e escrita no modelo tradicional no uso de lápis, folha e caderno de registros, visto que as escolas encontram-se em transição e adaptação com as novas tecnologias e as mídias. Esta pesquisa contribui para um ensino inovador na alfabetização com tecnologia digital no uso frequente na sala de aula apoiado com estratégias de representação da linguagem humana.

Palavras-chave: Alfabetização. Site Educacional. Tecnologia Digital.

1 Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional pela UNITAU. Professora do Ensino Básico Técnico

Tecnológico (ITA/ECMF). Realiza estudos sobre Objetos Educacionais Digitais para o Ensino Básico (ITA) E-mail : san_lise@yahoo.com.br

2 Doutor em Ciências pelo ITA. Pesquisador do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Professor do

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Introdução

Grandes pensadores no decorrer da história do pensamento pedagógico trazem ideias, conceitos e uma abordagem de ensino que contribuem para conquistas no ensino e aprendizagem.

O pensamento de alguns filósofos e estudiosos da aprendizagem humana como Jean Piaget, Lev Vygotsky, Howard Gardner, Emília Ferreiro e outros, estão presentes na formação dos professores, principalmente no âmbito do processo de construção do código alfabético, fase de sumária importância para uma melhor atuação na educação futura.

Por trás do trabalho de cada professor há uma metodologia adquirida em sua formação básica e na proposta metodológica seguida pela escola que realiza sua docência, o que influência sua atuação e planejamento educacional.

Os estudiosos anteriores a geração Touch Screen (geração nascida em um mundo com estímulos virtuais e digitais), realizaram suas pesquisas em uma época que o contexto de mundo tinha diferentes culturas, valores, hábitos e tecnologia. Hoje com novas abordagens e mudanças culturais, as escolas devem se apropriar destes conhecimentos e provocar nos professores reflexões de abordagem na prática, dentro de um novo contexto de ações que esta nova geração solicita.

Ao investigar a construção do código alfabético na Educação Infantil, esta pesquisa traz uma proposta com o uso de mídias digitais e uma pedagogia de trabalho com o Site Educacional que com armazenamento de material didático digital, oferece uma série de possibilidades de trabalho que apresenta para a criança um campo de possibilidades que o mundo de acesso a informática e mídias pode propor. Esta mesma proposta, poderá ser ampliada aos conteúdos dos alunos de outras etapas do ensino básico.

O ensino vem evoluindo em conceitos e propostas pedagógicas, mas na sala de aula os recursos permanecem tradicionais no uso da tecnologia com lousa com apoagador e giz, caderno, lápis, borracha e canetas.

A proposta pedagógica dividiu entre um pensamento tradicional e o moderno no decorrer do tempo, mas ambas continuam associadas há um ambiente de sala de aula nas perspectivas do século XIX que incorporaram o uso de mobiliário, material escolar e escrita do professor na lousa com giz, pontos de reflexão na geração da atualidade que encontram em suas residências e ambiente, maiores estímulos.

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Reinventando uma nova proposta metodológica de ensino e aprendizagem esta pesquisa faz referência as crianças que estão em processo de apropriação do sistema de escrita e precisam estabelecer uma correspondência entre as letras (os signos) e o significado (o que a escrita representa). O objetivo é de verificar um modelo de Site Educacional contendo diversos Objetos Educacionais Digitais (OED) que servem de materiais de apoio didático com possibilidades de desenvolver a capacidade cognitiva e motora das crianças com maior estímulo.

O site foi elaborado por pofessores e testados em turmas no processo de contrução do código alfabético podendo ser acessado em lousa interativa, tablet, smartphone que são recursos que a criança de hoje, nativas digitais e de uma geração Touch Screen, tem facilidade no manuseio e interesse com estes novos recursos que a educação da atualidade pode oferecer.

Deparamos nesta pequisa com uma transição entre o ensino já existente e uma nova abordagem que poderá surgir. No decorrer desta transição, se analisa os resultados da vida real, que presentes em um laboratório de informática e sala de aula, as crianças discutem a construção de suas hipóteses sobre a escrita, fazendo uso de ferramentas digitais e virtuais.

A proposta aqui apresentada contribui para o ensino e aprendizagem do período de construção do código alfabético bem como na reflexão de uma nova metodologia de trabalho que reinventa novos materiais de uso do professor e aluno na cultura de novas tecnologia presentes na atualidade.

Referencial Teórico

O Referêncial Curricular Nacional de Educação Infantil (RCNEI) elaborado em 1998, faz referência do eixo de Linguagem Oral e Escrita e que a aprendizagem desta linguagem é um dos elementos importantes para a inserção nas diversas ações da sociedade. Acrescenta ainda que este eixo é básico na Educação Infantil, devido a sua importância para a interação com as outras pessoas e na construção dos conhecimentos e desenvolvimento do pensamento. Souza ( 2015) pesquisa a importância da autoeficácia docente para o uso da tecnologia digital e virtual e da necessidade de uma formação contínua de modo que os professores apropriem de uma metodologia do uso de TIC no ensino e possam fazer uso para um melhor desempenho dos alunos. Observa ainda que é preciso um ambiente adequado para aplicação deste trabalho e que cabe aos gestores educacionais oferecerem sustentabilidade para esta proposta, gestão do conhecimento e inovação tecnológica.

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Portanto esta etapa de construção do código alfabético deve constituir aprimoramento gradativo dos professores, respeitando a individualidade e desenvolvimento de cada criança em particular, pois é possível perceber a variedade de hipóteses que as crianças constroem e suas diferenças relacionadas ao contato com o mundo predominante de um ambiente letrado. Em épocas passadas não existiam tantos slogans, gibis, livros interativos, folders, planfletos, painel de LED (diodo emissor de luz), trazendo o acesso da criança em um novo mundo da linguagem que amplia seu universo de imagens, sons e letras.

A educação infantil, ao promover experiências significativas de aprendizagem da língua, por meio de um trabalho com a linguagem oral e escrita, se constitui em um dos espaços de ampliação das capacidades de comunicação e expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. Essa ampliação está relacionada ao desenvolvimento gradativo das capacidades associadas às quatro competências linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever. (RCNEI, MEC/SEF, 1998, p. 117).

Com o papel social que as ferramentas tecnológicas digitais oferecem ao mundo globalizado, o professor que atua com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) depara com uma nova linguagem que traz oportunidades que necessitam de adaptações e monitoramento para serem mediadas com qualidade.

As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (DCNGEB) de 2013, faz referência as necessidades da interatividade virtual para o desenvolvimento das linguagens.

As tecnologias da informação e comunicação constituem uma parte de um contínuo desenvolvimento de tecnologias, a começar pelo giz e os livros, todos podendo apoiar e enriquecer as aprendizagens. Como qualquer ferramenta, devem ser usadas e adaptadas para servir a fins educacionais e como tecnologia assistiva; desenvolvidas de forma a possibilitar que a interatividade virtual se desenvolva de modo mais intenso, inclusive na produção de linguagens. Assim, a infraestrutura tecnológica, como apoio pedagógico às atividades escolares, deve também garantir o acesso dos estudantes à biblioteca, ao rádio, à televisão, à internet aberta às possibilidades da convergência digital (BRASIL, DCNGEB, 2013, p.25

Observa-se a importância de superar conceitos enraizados criticos e estáveis para uma nova abordagem, que aproxima o uso dos recursos da TIC que estimulam novos métodos didático- pedagógicos no cotidiano escolar “O conhecimento científico e as novas tecnologias constituem-se, cada vez mais, condição para que a pessoa saiba se posicionar frente a processos e inovações que a afetam” (BRASIL, DCNGEB, 2013, p.26).

Uma interessante contribuinte do processo de alfabetização é Emilia Ferreiro, psicolinguista argentina, orientada por Jean Piaget, que pesquisou a Psicogênese da Lingua

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Escrita e junto com Ana Teberosky, publicaram um livro em 1986, que trata o assunto referente ao fato da criança passar por quatro fases até que esteja alfabetizada: Pré – silábica (não relaciona as letras com os sons); Silábica (interpreta a letra a sua maneira e atribui valor de sílaba a cada uma delas); Silábica-alfabética (mistura a hipótese anterior com a identificação de algumas sílabas) e a Alfabética que descobrem o valor das letras e das sílabas. Este conhecimento serve para o professor refletir sobre as hipóteses de construção do conhecimento da criança e saber avaliá-la.

A escrita pode ser concebida de duas formas muito diferentes e conforme o modo de considerá-las as consequências pedagógicas mudam drasticamente. A escrita pode ser considerada como uma representação da linguagem ou como um código de transição gráfica das unidades sonoras (FERREIRO, 2013, p.8).

Alguns estudos demoram acesso aos professores, sendo estes necessários na sua formação, um exemplo é de Howard Gardner, psicólogo americano, que em 1994 trouxe a Teoria das Inteligências Múltiplas, que inovou o conhecimento da inteligência, trazendo sete delas: Lógico-matemática (capacidade de analisar e resolver problemas com lógica); Linguística ( habilidade com a linguagem oral e escrita); Espacial ( capacidade de reconhecer e manipular uma determinada situação); Físico-cinestésica (potencial de usar o corpo para resolver algumas questões); Interpessoal (capacidade de entender as intenções e desejos dos outros); Intrapessoal (capacidade de conhecer a si mesmo e alcançar seus objetivos), Musical (capacidade de atuação, apreciação e composição).

Uma inteligência não é um estilo de aprendizagem. Os estilos são modos como os indivíduos tacitamente abordam uma ampla gama de tarefas. Uma inteligência é uma capacidade computacional cuja força varia entre indivíduos. As pessoas não nascem com uma determinada quantidade de inteligência que servirá como uma espécie de limite. Cada um de nós tem potenciais dentro do aspectro de inteligência. Os limites de realização desses potenciais dependem da motivação, da qualidade do ensino, dos recursos disponíveis e assim por diante (GARDNER, CHEN E MORAN, 2009, p. 21).

Ao observar os estudos da aprendizagem e da construção de conhecimentos sobre a escrita, percebe-se da importância do professor propor e mediar atividades que favoreçam a reflexão e o potencial de seus alunos. Atividades que no perfil de crianças da geração Touch Screen deve ser dinâmica, motivadora e repleta de possibilidades, pois o mundo contemporâneo oferece muitas mídias e disponibilidades para estratégias didáticas. O

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professor poderá criar possibilidades para que o aluno avance em suas capacidades e desenvolvendo suas potencialidades.

Segundo Coelho e Pisoni ( 2012), o psicólogo russo Lev Vygotsky tratava da interação social e uso de signos e ferramentas que valorizam a linguagem. Acreditava que desenvolvimento ocorre com a influência das experiências e da interação indivíduo com o seu meio. Sua teoria influenciou a educação quando se referiu a zona de desenvolvimento proximal, que é a distância do que se consegue realizar sozinho (desenvolvimento real) com o que se pode realizar com a ajuda de alguém (desenvolvimento potencial).

De acordo com Vygotsky (2008) todas as atividades cognitivas básicas de uma pessoa acontece de acordo com sua vivência social, história de vida que se constitui no produto do desenvolvimento histórico-social de sua comunidade. As habilidades cognitivas e as formas de estruturar o pensamento são resultados das práticas e dos hábitos adquiridos na cultura.

Nesta visão da importância da experiência que verifica a necessidade da criança vivenciar o contato interativo com as ferramentas digitais e um Site Educacional, este com conteúdos bem selecionados ao público infantil e com metas de ensino e aprendizagem. Neste manuseio frequente no começo da proposta, ela precisa de apoio e mediação, mas com as habilidades já presentes em sua capacidade, logo domina, ganha autonomia e até chega a ensinar seus mestres.

Em sua pesquisa, Caetano (2010) comenta a epistemologia genética de Jean Piaget que explica as estruturas cognitivas do ser humano. Apresenta em seu artigo a teoria do conhecimento que define a perspectiva que o sujeito passa de um conhecimento menor anterior para um nível de maior conhecimento, que este constrói seu conhecimento na ação e adaptação ao meio.

Esta definição de Piaget que foi base também para Emília Ferreiro, traz sempre a reflexão, mesmo diante do passar do tempo e de novas gerações que somos seres que precisamos interagir com o mundo e adaptar as mudanças e novas culturas, que também construímos nossos conhecimentos a partir de nossas ações, partindo de um conhecimento menor para um maior, o que não difere quando Vygotsky apresenta a Zona de Desenvolvimento Proximal, pois de uma maneira ou outra, precisamos de mediação para a construção de conhecimentos, dependemos socialmente uns dos outros e só iremos evoluir e inovar quando estivermos dispostos a buscar os conhecimentos.

Hoje temos um mundo virtual e digital interagindo com as crianças, elas avançam por serem curiosas e oportunizarem seus conhecimentos, talvez, professores e gestores

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educacionais precisem aprender a ousar como os pequenos, interagindo com as mídias e verificando as possibilidades de uma nova proposta metodológica nas escolas.

Metodologia

A metodologia aplicada permitiu analisar o uso de ferramentas digitais na Educação Infantil e com crianças em processo de construção do código alfabético. Foi utilizado um Site Educacional com diversos materiais didáticos digitais que oportunizaram a apropriação do alfabeto, escrita do próprio nome e evolução das hipóteses sobre a construção de palavras.

Esta pesquisa descritiva e documental consistiu em investigar com finalidade de delineamento e análise dos fatos apresentados no decorrer das atividades propostas com o Site Educacional nas aulas de Linguagem Oral e Escrita e com um trabalho interdisciplinar, a evolução dos alunos nas Linguagens: Oral, Pictórica e Escrita. Foram registradas fotos durante o processo de pesquisa e registro no portfólio da escola servindo como fonte documental do trabalho executado.

Foi utilizada uma abordagem de observação na vida real, que segundo Marconi e Lakatos (2007) são observações feitas no ambiente real, registrando-se os dados à medida que surgirem de forma espontânea. Também foi realizada na forma de observação em laboratório, que dento das análises de atividades propostas no laboratório de informática e sala de aula, pode descobrir a ação e a conduta dos alunos na aplicação dos conteúdos com o Site Educacional.

Os dados analisados servem de reflexão para professores alfabetizadores e de uma nova abordagem de ensino e aprendizagem dos signos linguísticos com recurso de Tablet, Smartphone, computador e lousa interativa.

Resultados

É possível integrar todas as atividades necessárias da Educação Infantil e séries iniciais ( Fundamental 1) em um trabalho paralelo entre a forma tradicional de ensino com a necessidade de caneta, lápis e caderno com a Tecnologia Digital.

A metodologia apresentada nesta pesquisa, baseia-se numa nova concepção que tem como base as observações realizadas no período de três anos com três turmas em processo de construção do código alfabético.

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As observações realizadas no laboratório de informática e sala de aula do trabalho com Site Educacional contendo diversos materiais didáticos digitais sustenta a possibilidade que os recursos com o Tablet, Smartphone, lousa interativa e projetor podem melhorar o trabalho pedagógico e aprendizagem dos alunos na construção de suas linguagens.

As ferramentas tecnológicas associadas ao uso de um site contendo os conteúdos podem desenvolver nos alunos que a utiliza com frequência as habilidades que permitem a evolução de suas hipóteses na escrita bem como nas demais linguagens oral e pictórica.

A tecnologia digital utilizada no processo de alfabetização estimula as inteligências das crianças e auxilia o professor a atingir seus objetivos com maior alcance. Ao avaliar o aluno neste processo é possível perceber sua motivação e o quanto amplia suas possiblilidades com as mídias digitais, pois enriquece o vocabulário e o repertório de imagens além do contato permanente com o universo letrado apresentado nas mídias digitais.

O cenário encontrado no Site Educacional proporciona diversas possibilidades em tempo real o que favorece diversos recursos ao professor e alunos no ensino e aprendizagem da função da escrita e de como decifrar o código alfabético.

Nesta proposta existe a possibilidade de aprendizagem através de jogos, leitura de livros digitais, atividades de preenchimento palavras, de complemento de letras, além de acesso a vídeos e músicas que oferecem possibilidades de trabalho com a tipologia textual.

Figura 1: Escrita de palavras: uso do site no processo interativo com jogos.

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Atividade com a letra da música “A Árvore da Montanha” e trabalho realizado de leitura e escrita fazendo uso dos recursos tradicionais de caneta e papel e da tecnologia de mídias com o Site Educacional (letra da música, canto, imagens e nomes), reunidos em um livro digital.

Figura 2 : Repertório de imagens: uso da linguagem pictórica

Fonte: Portfólio da ECMF / DCTA , 2017.

Na sequência de trabalho que se propõe leitura e memorização do texto literário, depois análise de palavras que se tornam estáveis para os alunos acompanhadas de representação através do desenho em uma forma de linguagem, as crianças escrevem, lêem e registram as informações depois da pesquisa realizada no Site Educacional no laboratório de informática.

As crianças tendem a desenhar com os modelos estereotipados, mas quando observam imagens do mundo real através do site e via internet podem analisar, cada um com sua capacidade pessoal, criar e reinventar sua própria linguagem pictórica do que deseja representar.

Observa-se que além da linguagem oral, escrita e pictórica nasce uma nova linguagem oferecida pelas novas tecnologias, que ao acessarem o site e manuseá-lo precisam de uma linguagem das simbologias e dos dígitos, uma linguagem digital.

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Figura 3 : Observação e debate em grupo das hipoteses da escrita no texto.

Fonte: Portfólio da ECMF / DCTA , 2017.

Após trabalho com o texto, escrita e desenho eles debatem algumas hipóteses, pesquisam outras informações na internet e realizam uma proposta de reescrita utilizando de outros vocabulários para representar o novo texto, com acesso permanente começam a dominar a linguagem digital.

Figura 4 : Extensão do trabalho do laboratório com uso do Tablet e Site Educacional

Fonte: Registro no Portfólio da ECMF / DCTA, 2017.

Com o uso de Tablet’s as crianças acessam livros digitais, informativos, textos literários e jogos com possibilidades diversas que favorecem a memorização e escrita digital de palavras.

Nota-se que há diversas possibilidades que o professor, ao fazer uso desta linguagem digital e propor desafios, poderá obter de resultados na construção dos conhecimentos e soluções de problemas observados pelas crianças.

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Figura 5: Página do site com acesso a Linguagem Oral e Escrita

Fonte: Site do ITA: www.fis.ita.br/sandra

O Site é apresentado aos pais, aos alunos e professores no início do ano e serve de material de apóio didático nas aulas previamente planejadas com objetivo de propor contato da criança com o universo letrado e de desvendar com suas capacidades o código alfabético.

Figura 6: Imagem do Site Educacional elaborado em 2016.

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Figura 7: Imagem do Site Educacional elaborado em 2017

Fonte: Portfólio da escola ECMF/ DCTA , 2017.

Discussão

Nesta pesquisa foi observado que no início as crianças precisaram de ajuda para manipular o mouse e acessar o site no computador, bem como a preparação no acesso do site no tablet para poder explorar os materiais apresentados.

No decorrer do uso começaram a dominar e criar autonomia para o acesso e opção de jogos e atividades, o que demonstra que como não há um hábito nas escolas com uso de Tecnologia da Informação e Comunicação o acesso as ferramentas no começo passa a ser um desafio nas atividades oferecidas e interação professor e aluno. Ao mesmo tempo, com as habilidades das crianças com estas ferramentas fora do ambiente escolar, faz com que logo dominem e manipulem de acordo com suas metas, chegando muitas vezes a orientar o próprio professor, com domínio admirável de uma linguagem de simbologias e dígitos.

Esta observação retrata bem o pensamento de Vygotsky que acreditava que desenvolvimento ocorre no seu modelo da zona de desenvolvimento proximal, no início com apoio e depois com continuidade ao processo.

Após apropriação memorizam as técnicas dos jogos e manuseio dos livros e informações, sendo capazes de reproduzi-las em grupo ou individualmente.

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Foi verificado que houve evolução das hipóteses da escrita de quando iniciaram sem o hábito de estudo no Site Educacional e depois do uso contínuo em todas as atividades apresentadas de forma interdisciplinar e algumas com ligações ao projeto institucional.

O desenvolvimento das hipóteses da escrita, foram avaliadas de acordo com a teoria de Emília Ferreiro na construção do código alfabético pela criança.

Nas atividades propostas com as ferramentas digitais observou a inteligência dos alunos, sendo que a cada ano de pesquisa e por turma havia uma criança diagnosticada com Autismo e foi percebido nelas um grande interesse no uso do Tablet e aprendizagem do que era oferecido dentro do planejamento do professor. Neste contexto observa-se as Inteligências Multiplas de Gardner, que cada um tem a sua potencialidade.

Considerações Finais

O professor pode despertar o interesse de seus alunos da geração Touch Screen com os recursos que a mídia digital pode oferecer.

Com novos meios que o Tablet, Smartphone, computador e lousa interativa podem propor como recurso e estratégias na sala de aulae que é possível oferecer uma ambiente alfabetizador mais rico em possibilidades que desenvolvem as Linguagens: oral, pictórica e escrita e crie meios para uma nova linguagem digital.

Percebe-se que o ensino e aprendizagem é um processo de aperfeiçoamento e amadurecimento constante. Que depende do aluno elaborar suas próprias certezas e evoluir na construção de seus conhecimentos, mas que cabe ao professor ser o mediador desta aprendizagem e que através dos recursos encontrados na mídia digital poderá oferecer meios e estímulos para que este processo de construção do código alfabético ocorra de maneira mais motivadora e enriquecedora para as crianças.

Observa-se muita resistência de alguns professores em se adaptar a esta nova proposta e de saber manusear tais recursos o que cabe a gestão educacional propor formação para a aplicação desta nova abordagem metodológica e desenvolver a autoeficácia docente.

Com intenção de inovação no ensino e de desenvolvimento tecnológico nas unidades de ensino sugere uma continuidade deste estudo e experiências com o uso do Site Educacional na prática de crianças na Educação Infantil e séries iniciais do Fundamental.

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As experiências vividas pelos alunos e professores podem contribuir para um melhor desempenho do processo de alfabetização bem como estimular o avanço da criança em sua linguagem oral e pictórica.

Vale a reflexão de que o ensino só irá mudar quando surgir propostas desafiadoras que contemplam a época e as necessidades do presente e que qualquer nova metodologia de trabalho exige uma formação continuada para um bom desempenho dos resultados e credibilidade no mesmo.

Referências:

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Básica. Referêncial Curricular Nacional para a Educação Infantil .Brasília. MEC, SEB, 1998. Disponível em: https://pt.slideshare.net/.../referencial-curricular-nacional-para-educao-infantil-vol-3. Acesso em 11/06/2017.

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília. MEC, SEB, DICEI, 2013.

CAETANO, Luciana Maria. A epistemologia genética de Jean Piaget. ComCiência, n. 120, p. 0-0, 2010.

COELHO, Luana; PISONI, Sileno. Vygotsky: sua teoria e influência na educação. Revista Modelos–FACOS/CNE C Osório. Ano, 2012.

FERREIRO, Emilia. A representação da linguagem e o processo de alfabetização. Cadernos de Pesquisa, n. 52, p. 7-17, 2013.

FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana; LICHTENSTEIN, Diana Myriam. Psicogênese da língua escrita. Artes Médicas, 1986. Disponível em: E Ferreiro, A Teberosky, DM Lichtenstein - 1986 - antigositebolsa.fde.sp.gov.br. Acesso em 11/06/2017.

GARDNER, Howard; CHEN, Jie-Qi; MORAN, Seana. Inteligências múltiplas. Penso Editora, 2009.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2007.

SOUZA, Sandra Lúcia Pacheco de Almeida Costa. Autoeficácia no trabalho docente: uso da tecnologia digital e virtual no processo de ensino e aprendizagem. 2015. 141f. Dissertação de Mestrado. Universidade de Taubaté, Taubaté , SP.

VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. 2008. Disponível em:

http://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&q=lev+vygotsky&lr=&oq=V > Acesso em 08/06/2017.

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Referências

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