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CAMPANHA AGRÍCOLA RESULTADOS Ministério da Agricultura

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Ministério da Agricultura

RESULTADOS 2011|2012

CAMPANHA

AGRÍCOLA

(2)
(3)

Ministério da Agricultura

RESULTADOS 2011|2012

CAMPANHA

(4)

INDÍCE

1. NotA prévIA

5

2. INtroDução

6

3. SuMárIo ExECutIvo

7

3.1. Aspectos metodológicos dos inquéritos

7

3.1.1. Amostragem

7

3.1.2. Determinação das superfícies cultivadas e produção agrícola

10

4. AborDAgEM gErAl à CAMpANhA AgrÍColA 2011-2012

12

4.1. precipitação na campanha agrícola 2011-2012

12

4.2. Monitorização da vegetação

14

4.3. Distribuição das Empresas Agrícolas (EAF&EAE)

16

5. AprESENtAção DE rESultADoS Do SECtor AgrÍColA

17

5.1. Campanha Agrícola 2011-2012

17

5.1.1. Indicadores de área

17

5.1.2. produção das Fileiras

21

5.2. Fileira dos Cereais

23

5.2.1. Culturas da Fileira dos Cereais

25

5.3. Fileira das raízes e tubérculos

29

5.3.1. Culturas da Fileira das raízes e tubérculos

31

5.4. Fileira das leguminosas e oleaginosas

34

5.4.1. Culturas da Fileira das leguminosas e oleaginosas

36

5.5. Fileira das Fruteiras

39

5.5.1. Culturas da Fileira das Fruteiras

40

5.6. Fileira das hortícolas

43

(5)

6. AprESENtAção DE rESultADoS Do SECtor pECuárIo

49

6.1. Efectivos bovinos

49

6.2. Efectivos Caprinos

51

6.3. Efectivos ovinos

52

6.4. Efectivos Suínos

53

6.4. Efectivos Avícolas

55

7. vAlorES DA proDução DoS SubSECtorES

quE INtEgrAM o SECtor DA AgrICulturA

57

8. quANtIDADE DA oFErtA DE AlIMENtoS DA

proDução NACIoNAl 2011/2012 (kg/pEr CApItA/ANo)

59

9. CoNCluSÕES

65

ANExoS

I Indicadores gerais da campanha agrícola 2011-2012

68

II Indicadores da Fileira dos Cereais

71

III Indicadores da Fileira das raízes e dos tubérculos

79

IV Indicadores da Fileira das leguminosas e oleaginosas

86

V Indicadores da Fileira das Fruteiras

93

VI Indicadores da Fileira das hortícolas

103

(6)
(7)

O Ministério da Agricultura apresenta nesta publicação os resultados produtivos da campanha agrícola

2011-2012 dos sectores agrícola e pecuário.

A campanha agrícola, também designada “

ano agrícola

” subdivide-se em dois importantes períodos

tem-porais a “primeira época agrícola” e a “segunda época agrícola”. Estas duas épocas detêm, principalmente na

região norte do País, condicionantes climáticas e práticas produtivas diferenciadas que obrigam a uma

diferen-ciação entre o “ano agrícola” (decorre de Setembro a Agosto do ano seguinte) e o ano económico (decorre de

Janeiro a Dezembro).

Os condicionalismos da actividade agrícola exigem que a colheita dos dados estatísticos seja executada em

duas etapas, coincidindo a sua recolha com os períodos das duas épocas agrícolas distintas.

Por indisponibilidade financeira não foi possível desagregar temporalmente a recolha de dados entre a

primei-ra época e a segunda época agrícola, assim os dados relativos à primeiprimei-ra época agrícola foprimei-ram recolhidos em

simultâneo com os dados da segunda época. Assim, o sistema de recolha de dados do sector agrícola e

pecu-ário baseou-se em entrevistas directas, aplicando os seguintes métodos: Inquérito por amostragem, medição

objectiva das áreas semeadas e produções obtidas.

Angola encontra-se dividida administrativamente em 18 Provincias. Entretanto, reformas administrativas

ocor-ridas recentemente, levaram ao reajuste dos territórios das províncias do Bengo e de Luanda, passando esta

última a integrar os municípios de Quissama e Icolo-bengo. Os indicadores são apresentados como sumatórios

ao nível nacional, regional e províncial.

Os indicadores, levam igualmente em conta as diferenças entre as Empresas Agrícolas do Tipo Familiar e as

Empresas Agrícolas do tipo Empresarial, realçando os indicadores desagregados para estes dois sistemas de

produção.

DiSPONibiLiDADE ALiMENTAR

onde é apresentado o contributo da produção

total do sector agrícola e do sector pecuário para a

alimentação da população nacional.

EStE rElAtórIo

AprESENtA

4 grandes

conjuntos

de indicadores:

SECTOR AGRÍCOLA

onde são apresentados os indicadores da fileira dos cereais,

raízes/tubérculos, leguminosas e oleaginosas, fruteiras,

hortícolas e respectivas culturas de cada fileira.

PECUáRiO,

onde são apresentados os indicadores relativos às espécies

mais importantes da pecuária nacional, apresenta os valores

observados para os bovinos, caprinos, suínos, ovinos e

galináceos.

vALORES DA PRODUçãO A PREçOS DE REfERêNCiA,

onde é apresentada a contribuição do sector agrícola e

pecuário para o Produto Interno Bruto Nacional

1. NotA prévIA

(8)

Angola possui uma área de cerca de 1.246.700 km

2

e situa-se na costa atlântica Sul da África Ocidental.

O território Angolano faz fronteira a norte e nordeste com a República Democrática do Congo (RDC), a

leste com a Zâmbia, e a sul com a Namíbia, sendo limitado a oeste pelo Oceano Atlântico.

A localização de Angola, na zona intertropical e subtropical do hemisfério sul, a sua proximidade do

mar, a corrente fria de Benguela, as características do relevo e a influência do Deserto do Namibe, são

os factores que determinam e caracterizam as duas regiões climatéricas distintas:

1) A Região litoral com humidade relativa de média anual superior a 30% e com precipitação anual

inferior a 60mm (apresentando 800mm no litoral de Cabinda e no sul, mais concretamente no Namibe,

precipitações médias de 50mm), e de temperatura média superior a 23ºC.

2) A Região interior que se subdivide em três zonas: zona norte, com elevada queda pluviométrica e

temperaturas elevadas; zona de altitude que abrange as regiões planálticas do centro caracterizadas

por temperaturas médias anuais próximas dos 19ºC, com uma estação seca de temperaturas mínimas

acentuadas; e a zona sudoeste, semiárida, atendendo à proximidade do deserto do Kalahari, cujas

temperaturas são baixas na estação seca e elevadas na estação quente.

O regime das chuvas e a variação anual das temperaturas são duas características climáticas comuns

a todas as regiões, pelo que é comum distinguir-se a época do Cacimbo e a época das Chuvas. A

pri-meira, seca e menos quente começa em Maio e persiste até Agosto. A das Chuvas, mais quente,

nor-malmente ocorre entre Setembro a Maio. Contudo, a região do norte tem chuvas ao longo de quase

todo o ano e as terras altas do interior têm um clima temperado com a estação das chuvas a ocorrer

de Novembro a Abril, seguida pela estação seca, mais fria, de Maio a Outubro.

Assim, o país encontra-se dividido entre uma faixa costeira árida, que se estende desde a Namíbia até

Luanda e semi-árida a norte de Luanda, um planalto interior húmido, uma savana seca no interior sul e

sudeste, e floresta tropical no norte e em Cabinda.

Cerca de 65% do território situa-se a uma altitude entre os 1.000 e os 1.060m, localizando-se na região

central os pontos culminantes: Montes Moco (2.620m) e Meco (2.583m). Situam-se na região planáltica

do centro do país a origem dos rios mais importantes, correndo estes em três sentidos: Atlântico (L>W),

S>SE e N. Contam-se por cinco as grandes bacias hidrográficas, correspondendo aos rios Zaire, Kwanza,

Cunene, Cubango e Queve.

Assim como a maioria dos países africanos, Angola tem as suas actividades económicas ligadas

direc-tamente à produção primária, destacando-se a produção de milho, mandioca, feijão, amendoim e de

banana como as principais culturas alimentares. Na pecuária, as principais criações são

respectivamen-te de bovinos, caprinos e suínos.

(9)

No que toca à organização e recolha de dados que este relatório apresenta, foram previamente

esta-belecidos contactos com as Direcções Provinciais da Agricultura, assim como, com os Departamentos

Provinciais do IDA para se estabelecer o perfil dos coordenadores de identificação dos coordenadores

e Supervisores Provinciais, assim como, dos agentes de recolha de dados ao nível de cada Município,

que foram submetidos a acção de formação e treinamento sobre a utilização das metodologias

espe-cíficas, sistema e forma de preenchimento dos questionários e medição objectiva das áreas cultivadas

e os seus rendimentos.

A primeira acção da execução do inquérito no terreno foi a listagem, pelos inquiridores, dos chefes

dos agregados familiares residentes nas aldeias seleccionadas de cada Município (assim como dos

agricultores do tipo empresarial em cada um dos Municípios inquiridos). Posteriormente, fez-se a

se-lecção das famílias por aldeia e dos agricultores por Município, de acordo com o tamanho da amostra

pré-determinada.

Esta acção é precedida da realização de entrevistas directas (junto das parcelas de cada família ou

agricultor empresarial seleccionado) e a medição objectiva das suas parcelas cultivadas, assim como a

determinação ou estimação (na eventualidade da colheita ter sido feita antes da visita) dos

rendimen-tos por hectare ou então, a produção colhida durante a primeira época.

Contudo, neste relatório, há também informação, que foi obtida de forma indirecta, uma parte dos

dados complementares foram recolhidos a partir de relatórios dos diferentes departamentos

provin-ciais do MINAGRI, tais como, o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) e Instituto Nacional do Café

(INCA).

Os inquéritos agrícolas foram realizados entre 23 Maio e 11 Julho de 2012 tendo sido efectuados um

total de 1.446 inquéritos às EAF, 152 inquéritos às EAE e consulta de 51 relatórios facultados pelas

Sec-ções Municipais de Agricultura ou EstaSec-ções de Desenvolvimento Agrário.

3.1. ASpECtoS MEtoDológICoS DoS INquérItoS

Os aspectos metodológicos aplicados na preparação e realização dos inquéritos da campanha

agríco-la 2011-2012 tiveram dois requisitos indispensáveis, a amostragem e a determinação de valores para as

áreas e produção. Assim neste subcapítulo apresenta-se o esquema de aspectos metodológicos que

suportam a qualidade da informação presente neste relatório.

3.1.1. AMOSTRAGEM

3.1.1.1. ExPLORAçõES AGRÍCOLAS fAMiLiARES

Para a determinação da amostra foi utilizado um único critério metodológico, amostragem casual

estratificada, onde a subpopulação foi definida e estimada por Província.

3.1.1.1.1. bASE DE AMOSTRAGEM

Para base do processo de amostragem utilizou-se a base de dados de distribuição da população

ob-tida do INE.

(10)

Foi aplicada uma divisão bietápica da subpopulação, na primeira etapa a amostragem fixou-se na

selecção das aldeias e bairros rurais existentes em cada província, na segunda etapa a amostragem

fixou-se nos agregados familiares presentes em cada aldeia selecionada na etapa anterior.

3.1.1.1.2. DiMENSõES AMOSTRAiS

A amostra global resultou da união das subamostras seleccionadas em cada estrato, isto significa que

o território nacional foi estratificado por Província.

Neste caso as dimensões amostrais ficaram definidas como se segue:

N =

𝑛

h

h

Nesta conformidade as taxas de sondagem comportaram-se da seguinte forma:

No estrato

onde

N

h

é a subpopulação no estrato

h

.

No global:

onde

N

é a população total.

h

: 𝑓

h

= N

h

h

𝑓 = N

Onde:

ESTRATO

ALDEIAS OU BAIRROS RURAIS

AGREGADOS FAMILIARES RURAIS OU

EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS FAMILIARES

TOTAL

DIMENSÃO DA AMOSTRA

TOTAL

DIMENSÃO DA AMOSTRA

NACIONAL 23 786 338 2 068 107 1 688 NORTE 7 699 170 732 517 849 CAbINDA 387 21 53 274 104 ZAIRE 476 18 65 110 89 UIgE 1 402 14 183 935 71 MALANJE 1 967 19 120 789 97 KUANZA NORTE 741 25 63 548 126 bENgO 562 23 48 285 116 LUANDA 123 10 39 361 51 LUNDA NORTE 1 569 19 106 495 95 LUNDA SUL 472 20 51 720 100 CENTRO 13 873 129 915 709 645 KUANZ A SUL 2 135 27 182 211 137 bENgUEL A 1 725 25 187 450 126 HUAMbO 2 496 30 264 717 151 bIé 2 618 31 192 785 153 MOxICO 4 899 16 88 546 78 SUL 2 214 39 419 881 194 HUíL A 886 8 222 206 41 NAMIbE 425 10 39 740 49 CUNENE 609 5 93 859 26 KUANDO KUbANgO 294 16 64 076 78

REPRESENTAÇãO DA POPULAÇãO E DIMENSãO DA AMOSTRA EAF > pOR ESTRATO

TABELA Nº 1

𝑛

h

é o tamanho da amostra retirada do estrato

h

;

(11)

Estimador de Médias nos Estratos

Υ

h

μ

ST

=

N

N

h

h

Υ

h

N

N

h

T

ST

=

h

N

=

h

N

h

Υ

h

Onde:

N

h

é a população do estrato

h

;

N

é a população global ou total;

Υ

h

é o valor médio no estrato

h

.

Estimador para o total Populacional

3.1.1.2. ExPLORAçõES AGRÍCOLAS DO TiPO EMPRESARiAL

Para a agricultura empresarial aplicou-se a mesma metodologia usada para a determinação da

amos-tra do sector familiar.

3.1.1.2.1. bASE DE AMOSTRAGEM

Para a determinação da amostra do sector empresarial usou-se como base a lista de pequenos e médios

agricultores (EAE) disponibilizadas pelas Direcções Provinciais de Agricultura.

Para assegurar a representatividade nacional aplicou-se o método de amostragem estratificada,

defi-nindo as províncias como um estrado e retirando subamostras aleatoriamente.

3.1.1.2.2. DiMENSõES AMOSTRAiS

A dimensão amostral foi definida usando o mesmo método aplicado ao sector familiar.

ESTR ATO

AGREGADOS EMPRESARIAL OU EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS EMPRESARIAIS

TOTAL

DIMENSÃO DA AMOSTRA

NACIONAL 8 360 350 NORTE 2 048 160 CAbINDA 67 10 ZAIRE 147 10 UIgE 150 30 MALANJE 163 30 KUANZA NORTE 165 20 bENgO 512 20 LUANDA 500 10 LUNDA NORTE 122 15 LUNDA SUL 157 15 CENTRO 5 708 105 KUANZA SUL 1 208 25 bENgUELA 231 20 HUAMbO 3 520 20 bIé 574 20 MOxICO 175 20 SUL 604 85 HUíLA 455 40 NAMIbE 238 15 CUNENE 72 15

REPRESENTAÇãO

DA POPULAÇãO

E DIMENSãO DA

AMOSTRA EAE

> pOR ESTRATO

TABELA Nº 2

(12)

3.1.2. DETERMiNAçãO DAS SUPERfÍCiES CULTivADAS E DA PRODUçãO

AGRÍCOLA

As definições e conceitos apresentados descrevem as práticas de cultivo usadas pela agricultura

fami-liar e pela agricultura empresarial. A agricultura famifami-liar utiliza regularmente consociação de culturas

numa mesma parcela, enquanto a agricultura empresarial apega-se maioritariamente à exploração de

culturas independentes.

Estas práticas culturais determinam tratamento diferenciado para a determinação das superfícies

culti-vas e da produção obtida. Existem dois procedimentos de cálculo para a determinar estes dois valores

distintos, contudo ambos são baseados no quadrado de densidade, ou seja escolha aleatória de

suba-mostras dentro da parcela, de um ou mais quadrados, e medir a concentração das culturas presentes

nessa subamostra da parcela. Nos inquéritos da campanha 2011-2012 foram aplicados dois quadrados

de 25m

2

para cada parcela cultivada em consociação.

3.1.2.1. áREAS

Em seguida para determinar as áreas de culturas consociadas, aplica-se o método de imputação de

superfície e o método de imputação de produção.

As fórmulas aplicadas na determinação da superfície semeada e superfície colhida, por cultura são:

Superfície total da cultura i (STi)

Cs = NQDc * 25m

2

/Ntp.

Ca … Coeficiente de área da cultura

NQDc.. Número de quadrado de densidade com cultura pura na parcela

Ntp … número total de plantas encontradas nos quadrados de densidades.

Sci = Ntpi * Cai

Sci … Superfície da cultura i nos quadrados de densidades.

Ntpi … Total de plantas da cultura i no quadrado de densidade.

Ca … Coeficiente de superfície da cultura i nos quadrados de densidades.

SCti = ΣSci

SCti … Superfície calculada das culturas consociadas nos quadrados de densidades da parcela i.

SAci = 50m

2

/ΣSCti*Sci

SAci… Superfície ajustada da cultura i.

SCti ... Superfície calculada das culturas consociadas nos quadrados de densidades da parcela i.

Sci … Superfície da cultura i nos quadrados de densidades.

STi =Spi + SIi

Onde: SPi… Superfície com a cultura pura ou independente

(13)

área de cada cultura dentro da parcela

Para proceder ao cálculo da área de cada cultura na parcela “ACp”, dividir-se a área da parcela em

hec-tare “Ap”, pela soma das áreas dos quadrados de densidades (50m

2

) e multiplica-se este quociente pela

área ajustada de cada uma das culturas “AAc” dentro dos dois quadrados de densidades, de acordo

com a seguinte fórmula:

ACp = Ap/50*AAc

ACp … área de cada cultura na parcela

Ap … área total da parcela

AAc… área ajustada da cultura

3.1.2.2. RENDiMENTOS

Para determinar a produção de uma determinada cultura os extensionistas efectuam medições

objec-tivas de superfícies e de rendimentos.

O rendimento de uma cultura define-se como a produção obtida por unidade de superfície.

Produção de cada cultura dentro da parcela

Para calcular a produção de cada cultura ao nível da parcela “Pc”, deve seguir os seguintes passos:

• Somar os pesos em kg do mesmo produto “Pkg” colhido dentro dos dois quadrados

de densidades.

• Multiplicar este peso pela área da cultura dentro da parcela “ACP” em hectares, obtida

de acordo com as instruções dadas no ponto 10.5.

• Multiplique este resultado por 10.000 m

2

.

• Dividir o resultado pela área ajustada da cultura dentro dos dois quadrados (AAc)

Fazer o cálculo de acordo com a seguinte fórmula.

Pc = Pkg*ACp*10.000/AAc

Pc … Produção de cada cultura na parcela;

Pkg.. Peso em quilo do produto colhido;

ACp …. Área da cultura dentro da parcela;

AAc….. Área ajustada da cultura.

(14)

4. AborDAgEM gErAl

à CAMpANhA AgrÍColA

2011/2012

4.1. prECIpItAção NA CAMpANhA AgrÍColA 2011-2012

Angola observou uma seca severa durante o ano agrícola. Os dados climatéricos que aqui se

apresen-tam foram retirados do relatório "Análise e Monitorização da Seca em Angola – Ano Agrícola 2011-2012."

Como é visível na

figura 1

, a compilação preliminar das estimativas de precipitação de Setembro

2011 a Março 2012 mostra padrões de precipitação abaixo do normal na zona ocidental e nas zonas a

nordeste do país.

Setembro de 2011 a março de 2012

PreciPitação (mm)

Como se pode observar na

figura 2

, a precipitação expressa em percentagem da média a longo prazo

indica que, menos de metade da chuva normal foi recebida na maior parte do território das províncias

do Bengo, Cuanza Sul, Benguela e Namibe. A província da Huíla teve precipitação abaixo do normal nas

zonas a noroeste e acima do normal das zonas a sudeste. As províncias do Cunene e Cuando Cubango

registaram predominantemente valores de percipitação acima do normal.

FIGURA Nº 1 -

PRECIPITAçãO TOTAL EM ANGOLA DE SETEMBRO 2011 A MARçO 2012 COMPARADO COM A MéDIA DE LONGO PRAZO.

1500 1250 1000 750 500 250 0

(15)

Na

tabela 3

encontram-se registadas as precipitações por Província durante as duas épocas da

cam-panha agrícola.

Percentagem média de PreciPitação a Longo Prazo

FIGURA Nº 2 -

PRECIPITAçãO EM ANGOLA DE SETEMBRO 2011 A MARçO 2012, ExPRESSA EM PERCENTAGEM DA MéDIA A LONGO-PRAZO (1995 – 2012). PreciPitação (mm) 200 175 150 125 100 75 50

TABELA Nº 3

DISTRIBUIÇãO DA PRECIPITAÇãO (mm) POR PROvÍNCIA NAS DUAS éPOCAS DE CAMPANhA AGRÍCOLA (2011-2012)

PROvÍNCIA

PRIMEIRA éPOCA

precipitação (mm)

SEGUNDA éPOCA

precipitação (mm)

SETEMBRO OUTUBRO NOvEMBRO DEzEMBRO TOTAL MéDIA jANEIRO FEvEREIRO MARÇO ABRIL TOTAL MéDIA

CAbINDA 0,0 277,2 632,9 343,9 1.254,0 313,5 147,0 122,4 366,8 736,3 1.372,5 343,1 ZAIRE 24,3 205,5 282,7 447,4 959,9 240,0 72,7 21,8 298,4 334,0 726,9 181,7 UígE 0,0 103,5 199,5 0,0 303,0 75,8 0,0 70,0 80,0 0,0 150,0 37,5 MALANgE 0,0 569,5 977,6 429,5 1.976,6 494,2 56,0 114,0 182,0 118,0 470,0 117,5 K. NORTE 0,0 1.247,0 1.319,5 504,0 3.070,5 767,6 95,5 355,8 908,5 576,5 1.936,3 484,1 bENgO 0,0 171,0 363,0 35,0 569,0 142,3 0,0 0,0 111,0 282,0 393,0 98,3 LUANDA 0,0 7,4 6,5 5,0 18,9 4,7 2,0 0,0 77,6 72,6 152,2 38,1 L. NORTE -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --LUNDA SUL -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --K.-SUL 37,1 479,6 1.442,6 143,2 2.102,5 525,6 167,5 283,9 375,8 158,2 985,4 246,4 bENgUEL A 4,5 133,0 406,3 240,5 784,3 196,1 466,0 43,0 577,0 54,5 1.140,5 285,1 HUAMbO 0,0 196,3 785,3 634,5 1.616,1 404,0 60,0 304,6 386,5 190,2 941,3 235,3 bIé 0,0 195,0 385,0 595,5 1.175,5 293,9 461,5 482,5 435,0 0,0 1.379,0 344,8 MOxICO 0,0 66,9 93,6 183,9 344,4 86,1 97,5 64,5 84,5 30,5 277,0 69,3 HUíL A 0,0 1.006,0 2.426,0 1.961,0 5.393,0 1.348,3 1.542,7 855,5 3.175,2 68,8 5.642,2 1.410,6 NAMIbE -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --CUNENE 0,0 0,0 54,0 153,0 207,0 51,8 227,7 261,3 101,6 0,0 590,6 147,7 K.KUbANgO -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --NACIONAL 65,9 4.657,9 9.374,5 5.676,4 19.774,7 4.943,7 3.396,1 2.979,3 7.159,9 2.621,6 16.156,9 4.039,2

(16)

4.2. MoNItorIzAção

DA vEgEtAção

Vários sensores de satélite são usados para a

mo-nitorização do crescimento da vegetação. O

Índi-ce Normalizado de Diferenças da Vegetação (NDVI

- Normalized Difference Vegetation Index) é uma

ferramenta de análise de detecção remota que tem

sido usado há muitos anos para monitorizar e medir

o crescimento das plantas (vigor), cobertura de

ve-getação e produção de biomassa a partir de dados

multiespectrais de satélite.

O NDVI é calculado da seguinte forma: NDVI =

(Ban-da Infravermelho próximo - Ban(Ban-da do vermelho) /

(Banda Infravermelho próximo + Banda do

verme-lho).

De forma resumida, o NDVI é uma ferramenta que

permite ver o estado, o vigor, a sanidade e a força da

vegetação a partir da medição de clorofila existente

no coberto vegetal, um NDVI alto implica vegetação

saudável a executar fotossíntese, um NDVI baixo

in-dica vegetação seca sem executar fotossíntese.

O primeiro mapa da

figura 3

[canto superior

es-querdo] apresenta o estado da vegetação médio,

ou seja aquele que é esperado que aconteça todos

os anos, o segundo mapa [canto superior direito]

mostra o estado da vegetação observado na

cam-panha agrícola 2011-2012, o terceiro mapa [canto

inferior esquerdo] é resultante da diferença entre o

esperado e o observável, neste mapa identifica-se a

tons vermelhos as zonas onde a estiagem afectou

negativamente a vegetação e a azul as zonas onde a

vegetação teve um vigor superior ao esperado.

FIGURA Nº 3 -

NDVI MéDIO SAZONAL A LONGO PRAZO (SETEMBRO-MARçO) [CANTO SuPERIOR ESQuERDO]; NDVI 2011-2012 (SETEMBRO-MARçO); MAPA COMPARATIVO ENTRE: (NDVI MéDIO SAZONAL A LONGO PRAZO E NDVI 2011-2012) [CANTO INFERIOR ESQuERDO]

LEGENDA DO MAPA DE DIFERENÇAS acima média média abaiXo média LEGENDA

NDVI aLtondVi

baiXo ndVi

(17)

Fica claro pelo mapa comparativo que as províncias do sul, por exemplo, Cunene e Cuando Cubango,

registaram crescimento da vegetação acima da média, e as províncias do Norte registaram um

cres-cimento das plantas abaixo da média. Mais especificamente, as províncias do Noroeste, por exemplo,

Bengo e Benguela, possuem vastas áreas com crescimento da vegetação, muito abaixo da média.

Na

figura 4

podemos observar os mapas comparativos do NDVI, estes mapas comparam o NDVI

es-perado para cada mês (media de longo prazo) e o NDVI observado na campanha agrícola 2011-2012.

Como podemos observar na região ocidental de Angola, nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março, é

visível um crescimento da vegetação muito baixo comparado com o esperado, o que terá tido um

impacto profundamente negativo nas culturas de grão, do período das chuvas.

Setembro oUtUbro noVembro

dezembro Janeiro

FeVereiro março

FIGURA Nº 4 -

MAPAS COMPARATIVOS DAS DIFERENçAS MENSAIS ENTRE OS MESES DA

CAMPANHA AGRÍCOLA 2011-2012 E O NDVI MENSAL MéDIO A LONGO PRAZO.

acima média

média

abaiXo média

(18)

4.3. DIStrIbuIção DAS EMprESAS AgrÍColAS (EAF&EAE)

A distribuição das unidades produtivas é essencial para compreender os dados apresentados neste

relatório. Como é sabido as províncias não são homogéneas em termos de condições edafoclimáticas,

bem como mostram grandes diferenças de distribuição de população e por consequência de famílias

rurais que são as mais numerosas unidades produtivas da agricultura nacional. Como podemos ver

na

figura 5

, a população rural encontra-se mais concentrada nas províncias do Huambo, Huíla, Bié,

Kuanza Sul, uíge e Benguela.

Como podemos observar na

figura 6

, relativamente ao sector empresarial a província do Huambo

tem larga vantagem no número de unidades produtivas do tipo empresarial relativamente ao resto

do território.

diStribUição daS eaF - agregadoS FamiLiareS rUraiS

FIGURA Nº 5 -

DISTRIBuIçãO DOS AGREGADOS FAMILIARES RuRAIS, TRANSFORMADOS EM EAF PELAS PROVÍNCIAS DE ANGOLA

diStribUição daS eae - eXPLoraçõeS emPreSariaiS

FIGURA Nº 6 -

DISTRIBuIçãO DAS EMPRESAS AGRO-PECuÁRIAS PELAS PROVÍNCIAS DE ANGOLA.

(19)

5. AprESENtAção DE

rESultADoS

Do SECtor

AgrÍColA

A produção do sector agrícola é da maior importância para a economia nacional, segurança alimentar

das populações e produção de matérias-primas para a indústria.

Após o período colonial, a exploração de culturas na classe de matérias-primas diminuiu

consideravel-mente, em especial, o algodão e o sisal cuja exploração é neste momento inexistente, neste contexto

esta publicação destaca sobretudo os indicadores referentes às culturas alimentares.

fiLEiRA DAS fRUTEiRAS

NEStA

publICAção São

AprESENtADoS

oS INDICADorES

DE

5 fileiras

de produção

primária:

fiLEiRA DOS CEREAiS

fiLEiRA DAS RAÍzES E TUbéRCULOS

fiLEiRA DAS LEGUMiNOSAS E OLEAGiNOSAS

fiLEiRA DAS HORTÍCOLAS

5.1. CAMpANhA AgrÍColA 2011-2012

Podemos caracterizar o ano agrícola como um ano muito difícil para os agricultores e para as suas

famílias. A forte estiagem que se fez sentir em Angola associada a forte dependência da pluviosidade

por parte do sector tradicional arrastou os indicadores das áreas colhidas, produção e produtividade

para valores muito inferiores aos espectáveis no início da campanha.

Neste capítulo será conduzida uma análise transversal ao sector agrícola de forma a fornecer uma

visão geral do ano agrícola.

Os indicadores detalhados encontram-se em tabelas descritivas no

Anexo I – Indicadores gerais da

campanha agrícola 2011-2012 na página nº 68

deste documento.

5.1.1 – iNDiCADORES DE áREA

Como é comum em todo o mundo

desen-volvido ou em desenvolvimento, ao

observa-mos a

figura 7

registamos que as EAF são as

maiores responsáveis pela exploração de terra

do sector agrícola, e estas apresentam 86% da

área semeada, enquanto as EAE apresentam

14%.

FIGURA Nº 7 -

COMPARAçãO DA ÁREA SEMEADA PELAS EAF E PELAS EAE

(20)

No âmbito Nacional, a

figura 8

mos-tra que as principais culturas

explora-das são o milho, a mandioca e o feijão.

Estas três culturas representam 69%

da área semeada a nível nacional e

são, desta forma, o pilar da segurança

alimentar das populações

campone-sas. Posteriormente, serão

apresenta-das análises mais detalhaapresenta-das dos

indi-cadores destas três culturas.

FIGURA Nº 8 -

ÁREA SEMEADA – AS PRINCIPAIS CuLTuRAS AGRÍCOLAS

Comparativamente ao ano agrícola anterior torna-se visível pela análise da

figura 9

, um forte

incre-mento da área cultivada pelas EAF na fileira das fruteiras e dos cereais, ao passo que as EAE diminuíram

a sua área de hortícolas e aumentaram a área destinada às leguminosas/oleaginosas e fruteiras.

Durante o ano agrícola em análise, observa-se na

figura 10

que se verificou uma diminuição

acen-tuada das áreas colhidas, tendo sido no sector familiar e nas fileiras dos cereais e das leguminosas/

oleaginosas, onde se registaram as maiores reduções de áreas colhidas.

FIGURA Nº 9 -

VARIAçãO (%) DA ÁREA SEMEADA ENTRE AS CAMPANHAS: 2010-2011 E 2011-2012.

(21)

Quando observamos às áreas semeadas e colhidas das 5 fileiras do sector, podemos observar que as

EAF são as principais responsáveis pela exploração das fileiras dos cereais, raízes/tubérculos,

legumi-nosas/oleaginosas e frutícolas, onde as EAE apresentam relativamente uma baixa área de exploração.

Inversamente, a fileira das hortícolas é dominada pelas EAE onde o contributo das EAF é mais reduzido.

Porém, na fileira dos cereais dos 2.408.421 ha semeados apenas foram colhidos 919.684 ha, na fileira das

raízes e tubérculos foram semeados 1.408.571 ha e colhidos 1.275.393 ha, na fileira das leguminosas e

oleaginosas foram semeados 1.252.490 ha e colhidos 859.767 ha, na fileira das fruteiras foram

explora-dos 212.502 ha e colhiexplora-dos 199.564 ha e por último a fileira das hortícolas que foram semeaexplora-dos 407.509

ha foram colhidos 405.221 ha. Estes indicadores revelam que a fileira dos cereais e das leguminosas e

oleaginosas foram extremamente afectadas pela falta de precipitação levando a muitas famílias a não

ver as suas sementes germinarem ou a não ter a possibilidade de colher as lavras semeadas.

Como se observa na

figura 13

, a nível nacional não foram colhidos 34% dos terrenos semeados, o que

representa em termos absolutos uma área de 1.905.499 ha.

FIGURA Nº 11 -

COMPARAçãO DA ÁREA SEMEADA PELAS EAF E EAE, POR FILEIRA

(22)

Observando este indicador por tipologia de exploração é fácil visualizar que o sector familiar foi o mais

afectado pela estiagem mostrando perdas de área muito superiores ao sector empresarial. Como já foi

afirmado o sistema produtivo das EAF é bastante elementar, se por um lado permite prover o sustento

dos camponeses com baixos custos de produção e de forma bastante independente de inputs

exte-riores é muito dependente dos factores ambientais.

Particularizando para as EAF o caso das áreas não colhidas, verifica-se que na fileira dos cereais cerca de

66% dos terrenos não foram colhidos, no das raízes e tubérculos 10%, no das leguminosas e

oleagino-sas 50%, nas fruteiras 7% e nas hortícolas 1%. No caso das EAE os valores revelaram-se muito inferiores

- na fileira dos cereais 15% da área não foi colhida, no das raízes e tubérculos 4%, no das leguminosas e

oleaginosas 3%, no das fruteiras 4% e nas hortícolas 0%.

Assim conclui-se que a quebra de área de produção provocada pela estiagem afectou principalmente

as EAF nas fileiras dos cereais e leguminosas/oleaginosas.

FIGURA Nº 13 -

ÁREA SEMEADA NACIONAL: ÁREA COLHIDA E ÁREA NãO COLHIDA

(23)

5.1.2. proDução DAS FIlEIrAS

Como é sabido comparar produção em bruto entre fileiras não é um método rigoroso, pois cada tipo

de cultura tem a suas próprias características que alteram totalmente esse tipo de avaliação. No

entan-to podemos tirar conclusões relativamente ao comportamenentan-to produtivo do secentan-tor familiar e

empre-sarial dentro de cada fileira. Ao analisar a

figura 16

podemos notar que às fileiras dos cereais,

tubér-culos/raízes e leguminosas estão fortemente ligados ao sector familiar enquanto o sector empresarial

está ligado à fileira das hortícolas, relativamente à fileira das frutícolas podemos afirmar que a maioria

da produção tem origem no sector familiar contudo o sector empresarial também apresenta grande

peso na produção.

FIGURA Nº 15 -

ÁREA SEMEADA E COLHIDA DAS EAE, POR FILEIRA

(24)

Relativamente ao ano agrícola transacto ocorreu uma quebra de produção em todas as fileiras

excep-tuando a fileira das frutícolas. As maiores quebras de produção foram sentidas na fileira dos cereais

onde se produziu menos 903.120 ton e das raízes e tubérculos menos 4.284.451 ton e nas leguminosas

e oleaginosas 295.824 ton. Comparando os sectores familiar e empresarial, destaca-se as EAF que

apre-sentam quebras de 71,3% na fileira dos cereais, 68,8% na fileira das leguminosas/oleaginosas e 28,1%

na fileira das raízes e tubérculos. Interessa apontar o bom desempenho das EAE na fileira frutícola que

apresentaram um crescimento de 5,7% neste ano terrível.

FIGURA Nº 17 -

VARIAçãO ABSOLuTA (TON) DA PRODuçãO (EAF&EAE) POR FILEIRA AGRÍCOLA, ENTRE 2010-2011 E 2011-2012

(25)

5.2. FIlEIrA DoS CErEAIS

A fileira dos cereais é composta pela cultura do milho, massango, massambala, arroz. O milho é a

cultu-ra chave desta fileicultu-ra sendo a principal cultucultu-ra de subsistência do planalto angolano.

Todos os indicadores da fileira dos cereais e respectivas culturas encontram-se detalhados em tabela

descritiva no

Anexo II – Indicadores da Fileira do Cereais na página nº 71

deste documento.

Relativamente à fileira dos cereais, as EAF não colheram 66% da área semeada, enquanto as EAE

apre-sentam um valor de 15%.

FIGURA Nº 19 -

ÁREA SEMEADA TOTAL (EAF&EAE) POR CuLTuRA DA FILEIRA DOS CEREAIS

(26)

Observando a

figura 21

e a

figura 22

, podemos afirmar que as províncias onde se registou uma

maior quantidade de área não colhida foram o Huambo e o Kuanza Sul, relativamente às maiores

diferenças percentuais entre a área semeada e área colhida destacam-se o Huambo, Bié, Kuanza Sul,

Benguela e Namibe.

FIGURA Nº 21 -

MAPA REPRESENTATIVO DO TOTAL DE ÁREA NãO COLHIDA (HECTARES), POR PROVÍNCIA

FiLeira de cereaiS > totaL de Área não coLHida

FIGURA Nº 22 -

MAPA REPRESENTATIVO DA TAxA DE ÁREA NãO COLHIDA (%), POR PROVÍNCIA

(27)

A partir da observação da

figura 23

e

figura 24,

facilmente visualizamos que a maioria da produção

da fileira está localizada nas províncias do Huambo, Huíla, Kuanza Sul e Bié , sendo o milho o maior

contribuinte para a produção desta fileira.

5.2.1 – CULTURAS DA fiLEiRA DOS CEREAiS

O milho é a principal cultura da fileira dos cereais sendo uma das principais bases da alimentação da

população. Desta forma a área semeada das EAF é 10 vezes maior do que a área das EAE. Devido à

falta de pluviosidade só foram colhidos 25% dos 1.739.731 ha semeados no sector familiar. O sector

empresarial é mais forte no Huambo, Huíla e Bié e mostrou maior capacidade de resistir à estiagem

conseguindo colher 74% dos 182.860 ha semeados.

FIGURA Nº 23 -

PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DAS CuLTuRAS DA FILEIRA DOS CEREAIS

FIGURA Nº 24 -

MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DA FILEIRA DOS CEREAIS, POR PROVÍNCIA

(28)

A produção nacional de milho cingiu-se a 465.441 ton. As EAF produziram 335.067 ton o que

repre-senta apenas 65% da produção nacional, este facto deveu-se à elevada quantidade de terrenos não

colhidos e a menor produtividade por hectare. As EAF apresentam uma produtividade de 683 kg/ha

enquanto as EAE apresentam 1.041 kg/ha.

Visualizando a

figura 26

e

figura 27,

contemplamos que a produção de milho está localizada nas

províncias do Huambo, Kuanza Sul, Bié e Huíla. Foram registadas as maiores produtividades no

Huam-bo, Bié e Malange.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de milho diminui 64%.

FIGURA Nº 25 -

PRODuçãO DE MILHO DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

FIGURA Nº 26 -

MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DE MILHO POR PROVÍNCIA DE ANGOLA

(29)

A estiagem limitou fortemente a produtividade da cultura do milho relativamente ao ano agrícola

an-terior, na

figura 28

observamos que a produtividade diminuiu em todas as províncias com a excepção

do Kuando Kubango, Huambo e Bié, onde a produtividade subiu ligeiramente.

FIGURA Nº 27 -

MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuTIVIDADE (KG/HA) TOTAL (EAF&EAE) DE MILHO, POR PROVÍNCIA

ProdUtiVidade da cULtUra de miLHo

2011|2012

FIGURA Nº 28 -

TAxA DE VARIAçãO (%) DA PRODuTIVIDADE DO MILHO ENTRE 2010-2011 E 2011-2012

taXa de Variação da ProdUtiVidade do miLHo

2010|2011 - 2011|2012

(30)

O massango é uma cultura regional associada as províncias do sul de Angola, e está intimamente

re-lacionada com sistemas produtivos de subsistência estando desta forma ligado ao sector familiar, cuja

área semeada é 20 vezes superior as da EAE. A sua robustez permitiu que, apesar da estiagem sentida,

a maioria dos terrenos semeados fossem, no final do ciclo, colhidos. Assim, dos 217.667 ha semeados

pelas EAF foram colhidos 83% da área semeada, e no sector empresarial dos 11.139 ha semeados foram

colhidos cerca de 98% da área semeada.

A produção nacional de massango resumiu-se a 18.379 ton, das quais 86% são imputadas às EAF. As

EAF apresentam uma produtividade de 87 kg/ha e as EAE apresentam 234 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de massango diminui 70%.

Tal como o massango, a massambala é uma cultura regional associada à região sul de Angola, a área

cultivada pelas EAF é 70 vezes superior à semeada pelas EAE. A massambala registou um

comporta-mento de resistência à estiagem inferior ao massango, foram colhidos 61% dos 224.493 ha semeados

pelas EAF. No que diz respeito ao sector empresarial foram colhidos 93% dos 3.682 ha semeados.

Registou-se uma produção nacional de massambala de 11.491 ton das quais 89% são imputadas às EAF.

As EAF apresentam uma produtividade de 92 kg/ha e as EAE 338 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de massambala diminui 81%.

FIGURA Nº 30 -

PRODuçãO DE MASSAMBALA DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

(31)

A cultura do arroz é praticada em algumas zonas agrícolas de Angola, destacam-se as províncias do

uíge, Bié e Moxico. A área semeada pelas EAF é quase o dobro da área das EAE. Devido ao sistema de

produção do arroz em zonas húmidas e alagadiças, a taxa de área não colhida é reduzido, nas EAF

foram colhidos 100% dos 18.688 ha semeados, enquanto nas EAE foram colhidos 91% dos 10.161 ha

semeados.

A produção nacional de arroz cifrou-se em 21.492 ton, das quais 66% são imputadas às EAF. As EAF

apresentam uma produtividade 762 kg/ha e as EAE apresentam 788 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de arroz diminui 7%.

5.3. FIlEIrA DAS rAÍzES E tubérCuloS

A fileira das raízes e tubérculos é composta pela cultura da mandioca, batata rena e batata-doce. A

mandioca é a principal cultura desta fileira e a principal cultura de subsistência da região norte e

inte-rior do país.

Todos os indicadores da fileira das Raízes/Tubérculos e respectivas culturas encontram-se detalhados

em tabela descritiva no

Anexo III – Indicadores da Fileira das Raízes e Tubérculos na página nº 79

deste

documento.

Relativamente a esta fileira as EAF não colheram 10% da área semeada, enquanto as EAE não colheram

4%.

(32)

A produção desta fileira encontra-se espalhada por todo o território nacional, observando a

figura 35

identifica-se que as províncias do uíge, Malanje e Moxico como as principais produtoras.

FIGURA Nº 32 -

ÁREA SEMEADA TOTAL (EAF&EAE) POR CuLTuRA DA FILEIRA DAS RAÍZES E TuBéRCuLOS

FIGURA Nº 34 -

PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DAS CuLTuRAS DA FILEIRA DAS RAÍZES E TuBéRCuLOS

(33)

5.3.1 – CULTURAS DA fiLEiRA DAS RAÍzES E TUbéRCULOS

A mandioca é a principal cultura da fileira das raízes e tubérculos, a área semeada pelas EAF é mais de

15 vezes superior a área das EAE. O sector empresarial dedica-se pouco a esta cultura sendo mais forte

em Malanje.

Registou-se uma produção nacional de 10.636.400 ton das quais 93% foram produzidas pelas EAF. As

EAF apresentam uma produtividade de 9.865 kg/ha, enquanto que as EAE registaram uma uma

pro-dutividade de 12.270 kg/ha.

FIGURA Nº 36 -

PRODuçãO DE MANDIOCA DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

FIGURA Nº 35 -

MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DA FILEIRA DAS RAÍZES E TuBéRCuLOS, POR PROVÍNCIA

(34)

Como podemos observar na

figura 37

a produção de mandioca é mais forte nas províncias do uíge,

Malanje, Moxico, Cabinda. Foram registadas as maiores produtividades em Cabinda e Zaire (ver

figura

38

).

FIGURA Nº 37 -

MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DE MANDIOCA, POR PROVÍNCIA

ProdUção nacionaL de mandioca

FIGURA Nº38 -

MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuTIVIDADE (KG/HA) TOTAL (EAF&EAE) DE MANDIOCA, POR PROVÍNCIA

ProdUtiVidade da cULtUra da mandioca

2010|2011 - 2011|2012

(35)

Como podemos observar na

figura 39

, a estiagem que se fez sentir durante este ano agrícola

in-fluenciou negativamente a produtividade da cultura relativamente ao ano agrícola anterior, ou seja a

produtividade diminuiu em todas as províncias.

A batata rena é uma cultivar espalhada por todo o território nacional, as EAF têm maior importância no

Huambo, Benguela, Kuanza Sul e uíge e as EAE estão mais presentes na Huíla, Bié e Malanje. As EAF são

responsáveis por uma área 2 vezes superior às EAE. Relativamente à área não colhida, apenas o sector

familiar sofreu efeitos da seca, colhendo 84% dos 71.015 ha plantados.

Durante o ano agrícola foram produzidas 654.159 ton das quais 53% são imputadas as EAE. As EAF

apresentam uma produtividade de 5214 kg/ha e as EAE apresentam 9878 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de batata rena diminui 22%.

FIGURA Nº39 -

TAxA DE VARIAçãO (%) DA PRODuTIVIDADE MANDIOCA ENTRE 2010-2011 E 2011-2012

taXa de Variação da ProdUtiVidade da mandioca

2010|2011 - 2011|2012

(36)

A batata-doce é uma cultura disseminada por todo o território nacional, as EAF são responsáveis pela

exploração de uma área 15 vezes superior às EAE. Dos 150.292 ha plantados pelas EAF foram colhidos

apenas 74%, já as EAE colheram a globalidade dos 10.137 ha plantados.

Foram produzidas 680.854 ton de batata-doce, das quais 85% são imputadas as EAF. As EAF

apresenta-ram uma produtividade de 4911 kg/ha e as EAE apresentaapresenta-ram 9525 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de batata-doce diminui 38%.

5.4. FIlEIrA DAS lEguMINoSAS E olEAgINoSAS

A fileira das leguminosas e oleaginosas é composta pelas culturas do feijão, amendoim e soja.

Todos os indicadores da fileira das Leguminosas/Oleaginosas e respectivas culturas encontram-se

de-talhados em tabela descritiva no

Anexo IV – Indicadores da Fileira das Leguminosas e Oleaginosas na

página nº 86

deste documento.

O feijão e o amendoim são as principais culturas desta fileira. Dos 1.148.923 ha semeados pelas EAF

foram colhidos 66%, enquanto as EAE colheram 97% dos 103.567 ha semeados.

FIGURA Nº 41 -

PRODuçãO DE BATATA-DOCE DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

(37)

A produção desta fileira encontra-se disseminada por todo o território nacional, contudo destacam-se

as províncias do uíge, Kuanza Sul, Cabinda, Benguela, Huambo e Bié.

FIGURA Nº 43 -

ÁREA COLHIDA TOTAL (EAF&EAE) POR CuLTuRA DA FILEIRA DAS LEGuMINOSAS E OLEAGINOSAS

FIGURA Nº 44 -

PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DAS CuLTuRAS DA FILEIRA DAS LEGuMINOSAS E OLEAGINOSAS

FIGURA Nº 45 -

MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DA FILEIRA DAS LEGuMINOSAS E OLEAGINOSAS,

(38)

FIGURA Nº 47 -

MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DE FEIJãO, POR PROVÍNCIA

5.4.1. CULTURAS DA fiLEiRA DAS LEGUMiNOSAS E OLEAGiNOSAS

O feijão é a cultura mais importante desta fileira e a área semeada pelas EAF é 10 vezes superior à área

semeada pelas EAE. Foram colhidos 62% dos 783.615 ha semeados pelas EAF, enquanto as EAE

colhe-ram 94% dos 68.657 ha semeados.

Registou-se uma produção nacional de 852.272 ton das quais 70% foram produzidas pelas EAF. As EAF

apresentam uma produtividade muito inferior às EAE, enquanto para as EAF a produtividade registada

foi de 86 kg/ha, para EAE a produtividade foi de 443 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de feijão diminui 68%.

A produção de feijão é mais forte nas províncias de Benguela, Bié, Kuanza Sul, Huambo e uíge (ver

figura 47

). As maiores produtividades foram registadas em Cabinda, Zaire, Luanda Norte e Lunda Sul

(ver

figura 48

).

FIGURA Nº 46 -

PRODuçãO DE FEIJãO DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

(39)

FIGURA Nº48 -

MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuTIVIDADE (KG/HA) TOTAL (EAF&EAE) DE FEIJãO, POR PROVÍNCIA

Ocorreu uma forte variação negativa da produtividade desta cultura relativamente ao ano agrícola

an-terior, essa queda ocorreu em todas as províncias, atingindo na maioria das províncias valores relativos

superiores a 50% (ver

figura 49

).

O feijão foi das culturas mais afectada pela estiagem ocorrida em especial no sector familiar, a estiagem

não permitiu a colheita de alguns campos agrícolas e provocou uma forte diminuição da

produtivida-de da cultura.

ProdUtiVidade da cULtUra do FeiJão

2010|2011 - 2011|2012

FIGURA Nº49 -

taXa de Variação da ProdUtiVidade do FeiJão

2010|2011 - 2011|2012

(40)

O amendoim é uma das principais culturas da agricultura nacional, esta encontra-se fortemente ligada

ao sistema produtivo do sector familiar, assim as EAF apresentam uma área semeada quase 40 vezes

superior às EAE. Destacam-se as províncias do uíge, Cabinda, Kaunza sul e Malanje como as principais

produtoras desta cultura. As EAF colheram 67% dos 333.897 ha semeados e as EAE colheram 96% dos

8.927 ha semeados.

Durante este ano agrícola foram produzidas 66.616 ton das quais 92% são imputadas às EAF. As quais

registaram uma produtividade de 274 kg/ha e as EAE registaram 637 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de amendoim diminui 59%.

A soja é uma cultura que concentra a sua produção em algumas zonas de Angola, destacam-se as

pro-víncia do Huambo, do uíge, do Bié e Benguela como principais produtores. A área que o sector familiar

dedica a esta cultura revela-se o quíntuplo da área utilizada pelas EAE.

Dos 31.412 ha semeados pelas EAF 96% foram colhidos. No que diz respeito ao sector empresarial

verificou-se que a área colhida foi cerca 98% dos 5.779 ha semeados.

Durante esta campanha agrícola foram produzidas 5.898 ton de soja, das quais 47% são imputadas às EAF.

As EAF registaram uma produtividade de 550 kg/ha e as EAE registaram 92 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de soja diminuiu 24%.

FIGURA Nº 50 -

PRODuçãO DE AMENDOIM DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

(41)

5.5. FIlEIrA DAS FrutEIrAS

Esta fileira é composta pelas culturas da Bananeira, citrinos, mangueira, ananás e abacateiro.

Todos os indicadores da fileira das Fruteiras e respectivas culturas encontram-se detalhados em tabela

descritiva no

Anexo V – Indicadores da Fileira das Fruteiras na página nº 93

deste documento.

A banana é a principal espécie desta fileira, as EAF colheram 93% dos 166.605 ha em exploração e as

EAE 96% dos 45.897 ha.

Destacam-se as províncias de Benguela, Kuanza Sul, uíge e Cabinda como os principais produtores de

frutos (ver

figura

55

).

FIGURA Nº 52 -

ÁREA SEMEADA TOTAL (EAF&EAE) POR CuLTuRA DA FILEIRA DAS FRuTEIRAS

(42)

5.5.1. CULTURAS DA fiLEiRA DAS fRUTEiRAS

A bananeira é a principal cultura desta fileira, onde as EAF apresentam uma área de exploração 3 vezes

superior às EAE. Destacam-se as províncias de Benguela e Kuanza Sul como as principais produtoras

deste fruto, as EAF colheram 89% dos 97.220 ha em exploração, enquanto as EAE colheram 94% dos

31.172 ha.

Durante este ano agrícola foram produzidas 2.991.454 ton das quais 70% são imputadas às EAF.

As EAF apresentaram uma produtividade de 24.136 kg/ha e as EAE apresentaram 30.880 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de banana aumentou 7%.

FIGURA Nº 54 -

PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DAS CuLTuRAS DA FILEIRA DAS FRuTEIRAS

FIGURA Nº 55 -

MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DA FILEIRA DAS FRuTEIRAS, POR PROVÍNCIA

(43)

Os citrinos, compostos pelas culturas das laranjas, limões e tangerinas, encontram-se espalhados por

todo o território nacional, contudo destaca-se a sua produção nas províncias da Huíla.

Durante este ano agrícola, foram produzidas 199.988 ton de citrinos, das quais 75% são imputadas às

EAF.

As EAF registaram uma produtividade de 6.388 kg/ha e as EAE registaram 11.872 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de citrinos diminuiu 25%.

A cultura da Manga encontra-se disseminada por todo o território nacional, contudo destacam-se as

províncias do Huambo, Kuanza Sul e Benguela como as principais zonas de produção. A área explorada

pelas EAF é 3 vezes superior à área explorada pelas EAE.

Foi registada uma produção de 112.515 ton de manga durante este ano agrícola, dessa produção 67% é

imputada às EAF. AS EAF apresentaram uma produtividade de 6.238 kg/ha e as EAE uma produtividade

de 12.473 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de manga aumentou 18%.

FIGURA Nº 56 -

PRODuçãO DE BANANA DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

(44)

A cultura do ananás encontra-se espalhada por todo o território nacional exceptuando o Kunene

e o Kuando Kubango, destacam-se Kuanza Sul, Benguela e Bié como os maiores produtores desta

cultura, a área explorada pelas EAF é 4 vezes superior à explorada pelas EAE.

Foram produzidas 280.906 ton de ananás das quais 64% são imputadas às EAF.

AS EAF registaram uma produtividade de 6.239 kg/ha e as EAE registaram 14.084 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de ananás diminuiu 14%.

FIGURA Nº 58 -

PRODuçãO DE MANGA DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

FIGURA Nº 59 -

PRODuçãO DE ANANÁS DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

A cultura do abacate encontra-se concentrada nas províncias do Huambo, Kuanza Sul, Lunda Norte e

Malanje e é uma cultura típica do sector familiar, a área em exploração pelas EAF é 18 vezes superior a

área das EAE.

Foram produzidas 27.964 ton de abacate, das quais 90% são imputadas às EAF. As EAF apresentaram

uma produtividade de 5.257 kg/ha e as EAE apresentaram 10.769 kg/ha.

(45)

fILEIRA DAS HORTíCOLAS

5.6. FIlEIrA DAS hortÍColAS

A fileira das hortícolas é composta pelas culturas do alho, cebola, tomate, repolho, cenoura e pimento.

Nesta fileira foi criada um grupo denominado de “outras hortícolas” que agrega as culturas hortícolas

não discriminadas individualmente.

Todos os indicadores da fileira das hortícolas e respectivas culturas encontram-se detalhados em

ta-bela descritiva no

Anexo VI – Indicadores da Fileira das Hortícolas na página nº 103

deste documento.

O tomate, o repolho e a cebola são as principais culturas desta fileira, onde as EAE exploram o dobro

da área das EAF, e são responsáveis por 81% da produção nacional de hortícolas.

FIGURA Nº 60 -

PRODuçãO DE ABACATE DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

(46)

fILEIRA DAS HORTíCOLAS

FIGURA Nº 62 -

ÁREA COLHIDA TOTAL (EAF&EAE) POR CuLTuRA DA FILEIRA DAS HORTÍCOLAS

Destacam-se as províncias de Benguela, Kuanza Sul, Huíla e Huambo como as principais produtoras de

hortícolas (ver

figura 64

).

FIGURA Nº 63 -

PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DAS CuLTuRAS DA FILEIRA DAS FRuTEIRAS

FIGURA Nº 64 -

MAPA REPRESENTATIVO DA PRODuçãO TOTAL (EAF&EAE) DA FILEIRA DAS FRuTEIRAS, POR PROVÍNCIA

FiLeira daS HortÍcoLaS > ProdUção nacionaL

(47)

5.6.1. CULTURAS DA fiLEiRA DAS HORTÍCOLAS

O alho é a cultura hortícola nacional com maior vínculo ao sector familiar, a área explorada pelas EAF é

6 vezes superior à área explorada pelas EAE.

Como principais produtoras desta cultura destacam-se as províncias da Huíla, Huambo, Benguela e

Kuanza Sul. Durante este ano agrícola foram produzidas 6.689 ton de alho, das quais 71% são

imputa-das às EAF.

As EAF apresentaram uma produtividade de 2.998 kg/ha e as EAE apresentaram 7.526 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de alho diminuiu 25%.

FIGURA Nº 65 -

PRODuçãO DE ALHO DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

A cebola é uma cultura de grande importância dentro da fileira, as províncias do Huambo, Huíla,

Ben-guela e Kuanza Sul destacam-se como as principais produtoras, a área explorada pelas EAE é 3 vezes

superior à explorada pelas EAF.

Durante este ano agrícola foram produzidas 939.013 ton de cebola, das quais 83% são imputadas às

EAE. As EAF apresentam uma produtividade de 10.457 kg/ha e as EAE apresentam 14.967 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de cebola diminuiu 11%.

(48)

-O tomate é a principal cultura da fileira das hortícolas, destacam-se como principais produtores, as

províncias do Kuanza Sul, Benguela, Huíla, Huambo e Bié, a área semeada pelas EAE é 3 vezes superior

à área explorada pelas EAF.

Nesta campanha agrícola foram produzidas 1.801.211 ton de tomate, das quais 83% são imputadas as

EAE. As EAF registaram uma produtividade de 12.548 kg/ha e as EAE registaram 18.603 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de tomate aumentou 2%.

FIGURA Nº 67 -

PRODuçãO DE TOMATE DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

O repolho é outra cultura de grande importância na fileira das hortícolas. Destacam-se as províncias da

Huíla, Kuanza Sul, Benguela e Huambo como as principais produtoras, sendo que a área semeada pelas

EAE duas vezes superior à área semeada pelas EAF.

Durante este ano agrícola foram produzidas 1.050.821 ton de repolho, das quais 78% são imputadas às

EAE. As EAF apresentam uma produtividade de 9.502 kg/ha e as EAE registam 14.246 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de repolho diminuiu 12%.

(49)

A cenoura é a cultura desta fileira que mais depende do sector empresarial, destacam-se as províncias

do Huambo e Huíla como as principais produtoras desta cultura, a área semeada pelas EAE é 5 vezes

superior à área semeada pelas EAF.

Na campanha agrícola foram produzidas 346.224 ton, das quais 88% são imputadas às EAE. As EAF

apresentaram uma produtividade de 10.278 kg/ha e as EAE apresentaram 16.246 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de cenoura diminuiu 7%.

FIGURA Nº 69 -

PRODuçãO DE CENOuRA DAS EAF E DAS EAE POR PROVÍNCIA

Destacam-se as províncias da Huíla, Kuanza Sul, Huambo e Benguela como os principais produtores da

cultura do pimento. A área semeada pelas EAE é 3 vezes superior à área explorada pelas EAF.

Nesta campanha agrícola foram produzidas 206.137 ton de pimento, das quais 87% foram produzidas

pelas EAE. As EAF registaram uma produtividade de 2.795 kg/ha enquanto as EAE registaram 5.622 kg/

ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de pimento diminuiu 8%.

(50)

Devido à grande variedade de culturas que a fileira das hortícolas apresenta, neste relatório é

apresen-tada a classe “outras hortícolas”, representando esta classe, entre outros, os valores de agregados das

culturas do pepino, couve, beringela, abóbora.

Destacam-se as províncias do Huambo, Huíla, Kuanza Sul e Benguela como os principais produtores

desta classe.

Durante esta campanha agrícola foram produzidas 595.803 ton dentro desta classe cujo 70% da

pro-dução é imputada às EAE. As EAF apresentam uma produtividade de 5.899 kg/ha e as EAE registam

7.324 kg/ha.

Relativamente à campanha agrícola anterior a produção de “outras hortícolas” diminuiu 1%.

PRODUÇãO DE OUTRAS hORTÍCOLAS

(51)

6. AprESENtAção DoS

rESultADoS Do SECtor

pECuárIo

A produção animal de uma forma geral, é uma actividade socioeconómica de extrema importância

para a segurança alimentar e nutricional, promoção do emprego, redução da pobreza, integridade e

prosperidade de um país.

O sector empresarial apresenta nos últimos anos um crescimento notável, com a instalação e/ou

re-activação paulatina de fazendas, de forma individual ou colectiva, a criação, num passado recente, de

Pólos de Desenvolvimento (Waku Kungo, Matala, Planalto de Camabatela, Capanda, etc.),

investimen-tos para a produção e a indústria animal. O mesmo beneficia na sua maioria de assistência técnica

público-privada.

Neste capítulo são apresentados os resultados do subsector pecuário para o ano 2011-2012. Vale

salien-tar que a exploração de suínos, a exploração avícola e a exploração de caprinos assumem especial

im-portância, uma vez que no que toca à produção de carne a nível nacional são estas as fileiras primárias

da exploração pecuária que mais contribuem para a segurança alimentar. A produção de carne suína

assume 35% da produção total de carne, a produção avícola apresenta um valor de 23%, e a produção

de carne de cabrito ronda os 25%. Os indicadores da exploração pecuária encontram-se detalhados

em tabela descritiva no

Anexo VII – Indicadores da Pecuária na página nº 116

deste documento.

6.1 EFECtIvoS bovINoS

Estima-se que o efectivo bovino a nível nacional (provindo das explorações agrícolas familiares e

em-presariais) ronde as 4.586.570 de cabeças.

FIGURA Nº 72 -

(52)

Como se pode observar pela Figura abaixo, as províncias do Sul de Angola são aquelas onde se podem

encontrar um maior número de bovinos, o que está de acordo com as especificações das zonas

agro--ecológicas de Angola. Destacam-se as províncias da Huíla e Cunene que juntamente detêm 69% do

efectivo bovino.

A percentagem de animais abatidos em relação à produção Nacional é muito reduzida, estimando-se

em apenas 8%, isto é, apenas cerca de 20.678 animais. Aproximadamente um quarto do abate bovino

a nível Nacional realiza-se em Luanda (25%), seguindo-se as províncias da Huíla e do Namibe

(sensivel-mente 15% para ambas as províncias).

No que diz respeito ao peso limpo por carcaça, a média Nacional observada foi de 159,2 kg/cabeça.

Verifica-se, ainda, uma diminuição deste valor quando se efectuam as médias por região,

nomeada-mente Norte (163,2 kg/cabeça), Centro (158,3 kg/cabeça) e Sul (155,4 kg/cabeça).

FIGURA Nº 73 -

DISTRIBuIçãO POR PROVÍNCIA DO N.º DE CABEçAS DE GADO BOVINO ABATIDO

(53)

6.2 EFECtIvoS CAprINoS

A nível nacional o número total de caprinos é estimado em 3.948.595 cabeças. Ao efectuar-se a

dis-tribuição de animais por província constata-se que é na província da Huíla que se encontra o maior

número de animais, 694.071 cabeças correspondendo a 18% do efectivo nacional.

No que diz respeito ao número de caprinos abatidos verifica-se uma correspondência com efectivos,

sendo as províncias da Huíla e benguela aquelas que mais contribuem para a produção de carne suína

no país. Contudo, a percentagem de animais abatidos em relação aos efectivos existentes é reduzida,

sendo na ordem dos 10%.

FIGURA Nº 81 -

MAPA REPRESENTATIVO DA DISTRIBuIçãO DO N.º DE CABEçAS DE GADO CAPRINO POR PROVÍNCIA

diStribUição do eFectiVo caPrino

CApRINOS

GADO CAPRINO (AbAtIDo)

(54)

O peso médio limpo observado ronda os 36,7 kg/cabeça, contribuindo para que a produção efectiva

de carne caprina a nível nacional se encontre na ordem de 14.286 toneladas. A distribuição da

produ-ção por província encontra-se no gráfico seguinte.

A produção de gado caprino correspondendo a cerca de 35% do total de carne produzida no país,

pelo que se revela fundamental a sua exploração em Angola.

6.3 EFECtIvoS ovINoS

Dentro dos pequenos ruminantes o gado ovino não é tão expressivo como o gado caprino. Contudo,

estima-se que a nível Nacional existam cerca de 1.009.756 cabeças de gado ovino, sendo as

provín-FIGURA Nº 78 -

MAPA REPRESENTATIVO DA DISTRIBuIçãO DO N.º DE CABEçAS DE GADO OVINO POR PROVÍNCIA

diStribUição do eFectiVo oVinoS

GADO CAPRINO (proDução DE CArNE)

(55)

O peso médio limpo observado ronda os 19,4 kg/cabeça, contribuindo para que a produção efectiva

de carne ovina a nível nacional se encontre na ordem de 3.575 toneladas. A distribuição da produção

por província encontra-se no gráfico que a seguir se apresenta. Da sua leitura pode inferir-se que são

as províncias da Huíla, Benguela e Kuanza Sul que mais contribuem para a produção de carne ovina a

nível nacional (53%).

cias da Huíla, Namibe, Benguela, Kuanza Sul e Malange aquelas que mais contribuem para o efectivo

nacional (cerca de 60% do efectivo).

No que diz respeito ao número de ovinos abatidos verifica-se uma tendência semelhante aos efectivos,

sendo as províncias da Huila, Namibe, Benguela e Kuanza Sul aquelas que mais contribuem para a

pro-dução de carne ovina no país. Contudo, a percentagem de animais abatidos em relação aos efectivos

existentes é reduzida, sendo na ordem dos 18%.

FIGURA Nº 79 -

DISTRIBuIçãO POR PROVÍNCIA DO N.º DE CABEçAS DE GADO OVINO ABATIDO

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