Contabilidade Empresarial
Teória da Contabilildade
Evolução histórica
Objetivos da Contabilidade
Usos da informação contábil e campo de atuação da contabilidade; Características qualitativas da informação contábil:
compreensibilidade, relevância, confiabilidade, comparabilidade, tempestividade, relação custo/benefício;
Os princípios Fundamentais da Contabilidade: introdução, postulados, princípios e convenções;
As restrições ou convenções contábeis: da objetividade, de materialidade, do conservadorismo e consistência;
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Demonstrações Contábeis.
A origem da Contabilidade ( no sentido de registrar uma transação)está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade.
A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato.
Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C.
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A contabilidade tenta colocar ordem em um “sistema caótico”
HOMEM PRODUTOR X HOMEM CONTADOR
Produção Informações
Análise Aprimorar:
•Quantidade •Qualidade
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Desenvolvimento
econômico
Desenvolvimento
social
Desenvolvimento
institucional
Teorias
Contábeis
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Contabilidade como disciplina
Por isso é fácil de compreender que a
Contabilidade teve seu florescer como
“disciplina adulta e completa” nas
cidades italianas de Gênova, Florença,
Pisa, entre outras.
Caracteristicas:
Grande atividade mercantil,
econômica, e cultural.
A origem da Contabilidade com clara separação da Matemática:
Primeiros “registros” encontrados remontam 600 anos Não há um “inventor” da contabilidade
Primeiro registro de um sistema completo de escrituração contábil por partidas dobradas foi encontrado nos arquivos municipais de Gênova, Itália
O primeiro decodificador da contabilidade foi o franciscano, Luca Pacioli
O livro escrito por Pacioli, Summa de Arithmetica, geometrica, proportini et proportionalitá era principalmente um tratado de matemática, mas incluía uma seção sobre o sistema de escrituração por partidas dobradas, e apresentava o raciocínio em que se baseavam os lançamentos contábeis.
Trecho do livro de Luca Pacioli:
“Para que tudo fique mais claro no encerramento mencionado, é necessário que se faça esta outra comparação, a saber, somar em uma folha de papel todos os débitos do razão e colocá-los no lado esquerdo, e somar todos os créditos e colocá-los no lado direito[...] e se as duas somas forem iguais, sua conclusão é que seu razão terá sido bem mantido”
Extremamente atual...mas não significa que a contabilidade não mudou em muitos aspectos.
Origens de alguns termos contábeis:
•Débito, dívida, devedores = resultam da palavra debere, ou dever
•Créditos, credores = resultam da palavra credo, ou seja, algo em que se acredita (como no credo dos apóstolos)
Por que débito e crédito? ( o conceito do “T”)
•Já havia o conceito de moeda, capital próprio e despesas, mas não de números negativos
•Em 1544, matemáticos como o alemão Michael Stiefel considerava números negativos como “absurdos”.
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Contabilidade do Mundo Antigo Desde os primórdios da civilização até 1202 da era Cristã, com Liber Abaci da autoria de Leonardo Pizano – um
compêndio sobre cálculo comercial
Contabilidade do Mundo Medieval De 1202 até a publicação do trabalho de Luca Pacioli em 1494
Contabilidade do Mundo Moderno De 1494 até a publicação de Contabilità
Applicatta alle Ammistrazioni Private e Publiche de Francesco Villa em 1840
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E a contabilidade no Brasil?
• No início, fortemente influenciado pela escola italiana
• Primeira escola especializada no ensino de contabilidade : Escola de Comércio Álvares Penteado, criada em 1902
• A partir de 1946, com a instalação do curso de Ciências Contábeis e Atuariais na USP é que se começou a verdadeira pesquisa no setor, envolvendo então muito da escola norte-americana.
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Orgãos de Classe no Brasil
• SISTEMA CFC / CRC´s – Conselho Federal de Contabilidade / Conselhos Regionais de Contabilidade.
• IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. • SINDICATOS
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• CFC – CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE
• Elaboração, aprovação e alteração da Normas Brasileiras de Contabilidade e os Princípios que os fundamentam;
• Fixar o valor das contribuições anuais devidos pelos profissionais e pelas organizações contábeis;
• Instruir e disciplinar o Programa de Educação Continuada para manutenção de registro profissional, o chamado exame de competência;
• Representar, com exclusividade, os contabilistas brasileiros nos órgãos internacionais e coordenar a representação nos eventos internacionais de contabilidade.
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CRC´s – CONSELHOS REGIONAIS DE CONTABILIDADE • Fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição;
• Cobrar, arrecadar e executar as contribuições anuais, observando os valores fixados pelo CFC;
• Expedir a cédula de identidade para os profissionais e alvará para as organizações contábeis;
• Julgar as infrações e aplicar penalidades, funcionando como tribunal regional de ética;
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O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil –
IBRACON, é uma entidade que congrega profissionais de
diferentes atividades, com interesse no estudo técnico da
contabilidade, na edição de normas técnicas de
contabilidade e auditoria e no aprimoramento da profissão
no Brasil.
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Para que serve?
Sua finalidade é prover os usuários das demonstrações
contábeis de informações que os ajudarão a tomar decisões
(IUDÍCIBUS,2000).
– Formulação de estratégias gerais e planos de longo prazo.
– Decisões de alocação de recursos.
– Planejamento e controle do custo das operações e atividades.
– Mensuração de performance e avaliação de pessoas.
– Adequação com regulamentação externa e as exigências
legais de publicação dos demonstrativos.
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Governo Lucro Tributável / Produtividade
Média e Alta Administração Retorno sobre o Ativo, Retorno sobre o PL, Situação de Liquidez, endividamento e muitas outras informações
Empregados em geral Fluxo de caixa capaz de assegurar maiores remunerações e benefícios
Fornecedores em geral Situação do fluxo de caixa e capacidade de pagamento
Bancos (como financiadores de recursos) Situação do fluxo de caixa e capacidade de pagamento e cenários projetados
Acionista Minoritário Fluxo regular de dividendos
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• Dado e Informação– Segundo Bio (1985:29), “... pode-se entender dado como um elemento da informação (um conjunto de letras ou dígitos) que, tomado isoladamente, não transmite nenhum conhecimento, ou seja, não tem um significado intrínseco.”
– Segundo Gil (1979:14), “dado é a matéria-prima que o sistema de informações vai trabalhar e informação é o produto final do sistema de informação e deve ser
apresentada em forma e conteúdo adequados ao usuário”
– Segundo Goldrat (1996:8), “informação é a resposta à pergunta formulada por alguém. É o resultado do processo de decisão... E que tem impacto sobre nossas ações.”
– Em síntese, informação é o dado interpretado, apresentado de forma adequada, que é
útil para facilitar a tomada de decisão de forma eficaz e eficiente e que induz a uma ação desejada
• Qualidades da Informação Contábil
– Características que a informação contábil deve possuir para ser útil no processo decisório
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OBJETIVOS
FUNÇÕES
COMPONENTES
1. Suportar operações diárias da empresa
2. Suportar tomada de decisão para gestores internos 3. Fornecer informações para usuários externos
4. Cumprir normas legais cabíveis
1. Coletar dados (entrada)
2. Processar dados (processamento)
3. Fazer a gestão do banco de dados (coleta, atualização, extração) 4. Controlar dados (segurança, confiabilidade)
5. Produzir informação contábil (relatórios, análise, comunicação)
1. Pessoas
2. Sistema computacional (processador) 2. Banco de dados
3. Procedimentos
4. Equipamentos de entrada e saída
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EMPRESA
Investidores
Fornecedores
Bancos
Governo
Sindicatos
Funcionários
Órgãos de ClasseConcorrentes
Outros
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Tomada de decisão fora dos limites da empresa
Investidores: é através dos relatórios contábeis que identifica a situação econômico-financeira da empresa.
Fornecedores de bens e serviços: usam os relatórios para analisar a capacidade de pagamento da empresa compradora.
Bancos: utilizam os relatórios para aprovar empréstimos, limite de crédito Etc.
Governo: não só usa os relatórios com finalidade de arrecadação de impostos, como também para os dados estatístico, no sentido de melhor redimensionar a economia (IBGE).
Sindicatos: utilizam os relatórios para determinar a produtividade do setor, fator preponderante para reajuste de salários.
Outros interessados: funcionários (quer saber se a empresa tem condições de pagar seu salário ou não), órgãos de classe, pessoas e diversos institutos, como CVM (Comissão de Valores Mobiliários), CRC (Conselho Regional de Contabilidade), concorrentes etc.
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• Balanço Patrimonial (BP)
• Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)
• Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
(DMPL);
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Notas explicativas e complementos às demonstrações:
• Critérios de cálculos na obtenção de itens que afetam o lucro;
• Obrigações de longo prazo, destacando os credores, taxa de juros, garantias à dívida etc.;
• Composição do capital social por tipo de ações;
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Existem várias contabilidades:
• Contabilidade Gerencial – mensura e relata as informações que ajudam os
gerentes a atingir as metas da organização
• Contabilidade Financeira – se concentra nos demonstrativos dirigidos ao
público externo que são guiados pelos princípios contábeis geralmente aceitos.
• Contabilidade de Custos – mensura e relata as informações relacionadas
ao consumo e a aquisição de recursos pela organização • Entre outras....
Contabilidade Empresarial
Análise Horizontal
&
A Análise Horizontal é um processo de estudo que
permite avaliar a evolução verificada nos diversos
elementos das demonstrações contábeis ao longo de
determinado intervalo de tempo;
A grande importância desta técnica é bem clara: permite
que se analise a tendência passada e futura de cada
valor contábil.
Muitas vezes, o momento de uma empresa está afetado
por causas originadas em períodos anteriores, as quais
poderão, ainda, refletir-se em períodos futuros;
A análise horizontal é a comparação que se faz entre os
valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em
diferentes exercícios sociais. É basicamente um
processo de análise temporal, desenvolvido por meio de
números índices, sendo seus cálculos processados de
acordo com a seguinte expressão:
Número-índice = (valor atual I valor base) x 100
Uma metodologia básica para o estudo comparativo da evolução
horizontal dos balanços pode ser resumida em três segmentos de
estudo, conforme sugeridos a seguir:
Evolução dos ativos (investimentos) e passivos (financiamentos) de curto prazo.
Como resultado dessa comparação, pode-se avaliar a existência de certa folga financeira (liquidez de curto prazo), na eventualidade de os ativos circulantes terem crescido mais rapidamente que os passivos circulantes, ou de um aperto na liquidez de curto prazo, refletido no caso inverso dos ativos circulantes terem apresentado uma evolução horizontal proporcionalmente menor que a dos passivos circulantes.
Evolução do ativo permanente produtivo
Conceitualmente, esse grupo patrimonial reflete a capacidade instalada de produção/vendas de uma empresa, devendo corresponder um nível maior de investimentos em bens fixos produtivos a um adequado crescimento de vendas;
Mais especificamente, procura-se nesse segmento da análise horizontal o conhecimento de como a empresa está financiando seus investimento em ativos. Se houve maior ou menor preferência por empréstimos e/ou financiamentos em relação ao uso de capital próprio. Se é visível algum desequilíbrio na estrutura de capital, notadamente pela presença de um volume mais relevante de dívidas de curto prazo em relação a capitais de longo prazo, etc
Nas Demonstrações de Resultado, a análise horizontal procura identificar prioritariamente, a evolução dos custos e despesas em relação ao volume de vendas, e seus reflexos sobre os resultados do exercício. Por exemplo, para uma situação de crescimento proporcionalmente menor do custo dos produtos vendidos (CPV) em relação às receitas operacionais geradas, podem ser extraídas entre outras as seguintes interpretações:
Houve uma redução no custo unitário de venda causada por maior nível de produção e vendas. Nesses casos, a empresa soube melhorar sua estrutura de custos fixos, reduzindo o custo por unidade de seus produtos;
Houve um aumento dos preços de vendas em percentuais proporcionalmente superiores ao aumento verificado nos custos;
Uma evolução mais significativa das receitas de vendas em relação aos custos e despesas operacionais totais denota basicamente melhor desempenho na administração dos ativos da empresa;
Em certos momentos, ainda, dependendo do interesse por certas contas de resultado, poderá ser efetuada uma avaliação no crescimento de determinado ítem dos custos e despesas incorridos, como por exemplo, as despesas financeiras contraídas pela empresa em determinado exercício;
É comum verificar-se em empresas sob regime de controle de preços crescimentos relativos maiores no volume de vendas em relação ao lucro bruto, o que é explicado pela impossibilidade de repassar aos preços os aumentos de custos.
Análise Horizontal
Evidentemente, outros importantes pontos de estudo
podem ser incluídos, derivados basicamente dos
objetivos da análise. Os segmentos referenciados nos
slides anteriores promovem uma visão geral de como
conduzir todo o processo, permitindo que o analista
desenvolva sua avaliação das demonstrações contábeis
de forma mais organizada.
Análise Vertical
A análise vertical é também um processo comparativo,
expresso em porcentagem, que se aplica ao se
relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor
afim
ou
relacionável,
identificado
no
mesmo
demonstrativo.
Dessa forma, dispondo-se dos valores absolutos em
forma vertical, pode-se apurar facilmente a participação
relativa de cada ítem contábil no ativo, no passivo ou na
demonstração de resultados, e sua evolução no tempo.
Análise Vertical
A análise vertical baseia-se nos valores relativos das
contas das demonstrações financeiras. Para isso, é
calculado o percentual por cada conta em relação a um
valor base.
Convém atribuir, no balanço patrimonial, peso 100 ao total
do ativo e relacionar todas as contas dessa demonstração
com esse total. Na demonstração convém atribuir peso
100 à receita líquida.
Esta análise visa relativizar a importância de cada conta
da demonstração e, assim buscar variações de padrões
que permitam inferir se há itens fora das proporções
usuais.
Análise Vertical
Esta análise mostra, por exemplo, qual a composição dos
recursos de capital próprio e de terceiros, qual a
distribuição destes a curto e longo prazo, qual a
proporção dos recusrsos totais que está alocada ao ativo
circulante, ao ativo permanente, etc. A comparação com
seus correspondentes do ramo de atividade da empresa
permite verificar a tipicidade dessas alocações.
É recomendável que ambas as análises sejam usadas em
conjunto. De fato, ambas devem ser entendidas como
uma úinica técnica de análise.
Análise Vertical
Cálculo da análise vertical
CONTA (ou grupo de contas) X 100
ATIVO TOTAL (ou PASSIVO TOTAL)
É recomendável que ambas as análises sejam usadas em
conjunto. De fato, ambas devem ser entendidas como
uma úinica técnica de análise.
CASO PRÁTICO
CASO PRÁTICO
Trabalho de conclusão de curso
1) Montar Balanço Patrimonial e Demonstração de
resultado
2) Montar Análise Horizontal
3) Montar Análise Vertical
4) Indicadores Economico Financeiros
5) Montar DFC
6) Conclusão/Análise narativa da situação econômica e
CASO PRÁTICO
Contas 31-12-X1 31-12-X2 Disponibilidades 380 250 Contas a Receber 5.675 4.075 Estoques 5.200 3.600 Outros (ativos) 995 1.076 Imobilizado 9.000 5.000 Depreciação Acumulada -2.200 -1.500 Fornecedores 3.540 2.400 Empréstimos 5.100 2.300 Outros (passivos) 1.910 1.850Financiamentos a Longo Prazo 1.800 1.000
Outros Financiamentos a Longo Prazo 20 20
Capital Social 5.000 2.980
Reservas de Capital 390 468
CASO PRÁTICO
Contas 31-12-X1 31-12-X2
Receita liquida de vendas 19.800 18.000
Custo dos Produtos/Serviços Vendidos -13.200 -12.000
Despesas Administrativas -1.961 -1.935
Despesas Vendas -990 -900
Despesas com Depreciação/Amortização -700 -500
Outras despesas -49 -33
Receitas/(Despesas) Financeiras -1.350 -552
Receita/(Depesa) Não operacional 0 0