HABILIDADES SOCIAIS E PERFIL DE
ADOLESCENTES USUÁRIOS DE DROGAS EM
TRATAMENTO
Luana Thereza Nesi de Mello
(Bolsista UNIBIC – UNISINOS)
Jaluza Aimèe Schneider
Jéssica Limberger
Adolescência
• Período de transição: infância vida adulta, envolvendo
mudanças e adaptações nas capacidades e habilidades
sociais (HS)¹
• Sentimentos de insegurança e desamparo frente às mudanças do
desenvolvimento
• Baixo repertório de HS
• Fator de risco para comportamentos
vulneráveis na adolescência
• Uso de drogas, por dificultar a
assertividade nas situações
interpessoais enfrentadas²
¹Wagner, M. F., Oliveira, M. S. (2007). Habilidades sociais e abuso de drogas em adolescentes. Psic. Clin. 19(2), 101-116.
Metodologia
• Pesquisa “Avaliação e
Treinamento de Habilidades
Sociais em Dependentes
Químicos em Tratamento em
Unidades Especializadas”,
aprovada pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da
UNISINOS sob parecer 13.172
• Identificar as habilidades
sociais e o perfil de
adolescentes usuários de
drogas em tratamento
Metodologia
• Pesquisa descritiva, de delineamento transversal
quantitativo
3
• Critérios de inclusão
• Abstinência de 7 dias
4• Em tratamento em Comunidades Terapêuticas
• Não apresentarem prejuízo cognitivo identificado pelo
Screening
Cognitivo do
WAIS
5
• Ausência de sintomas psicóticos avaliado pela
Mini International
Neuropsychiatric Interview
(M.I.N.I. Plus)
6• Idade entre 18 e 24 anos
7• Concordância em participar da pesquisa
´
3Sampieri, R. H.; Collado, C. F.; Lucio, M. P. B. (2013); Metodologia de Pesquisa. Porto Alegre: Penso. 4Bertram, G. K. (2003). Farmacologia Básica e Clínica, 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan.
5Feldens, A. C. M.; Silva, J. G.; Oliveira, M. S. (2011). Avaliação das funções executivas em alcoolistas. Cad. Saúde Coletiva, 19(2), 164-71.
6Amorim, P. (2000). Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI): validação de entrevista breve para diagnóstico de transtornos mentais. Rev. Bras. Psiquiatr, 22(3), 106-15. 7Eisenstein, E. (2005). Adolescêcia: definições, conceitos e critérios. Adolescência e Saúde, (2)2.
• Questionário para avaliação de dados sociodemográficos e
clínicos
• Desenvolvido pelo grupo ICCEP
•
Screening
Cognitivo do WAIS-III
8
• Subtestes vocabulário (α=0,92), cubos (α=0,83), códigos e dígitos (α=0,85)
• Inventário de Habilidades Sociais (IHS)
9
• (α=0,75)
•
Mini International Neuropsychiatric Interview
(M.I.N.I. Plus)
6
Instrumentos
8WECHSLER, D. (2012). WAIS-III: Escala de Inteligência Wechsler para Adultos: manual de administração e avaliação. São Paulo: Casa do Psicólogo. 9Del Prette, Z. A. P. & Del Prette, A. (2001). Inventario de Habilidades Sociais: Manual de aplicação, apuração e interpretação. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Resultados
Renda familiar de até um salário
mínimo (36,4%; n=8),
Classificação econômica B2 e C1 27,3%
(n=7) (Critérios Brasil)
Dezoito (81,8%) dos participantes eram
solteiros e 16 não possuíam filhos (72,7%)
Trabalhavam antes do tratamento (95,5%;
n=21)
Não
estudavam
antes da
internação
86,4%
(n=19)
Viviam com
pai, mãe e
outros
22,7% (n=5)
Brancos
77,3%
(n=17)
Solteiros
84%
(n=21)
Ensino Fundamental completo 36,4% (n=8)22
adolescentes
Idade média 22,5
anos (DP=1,62)
3 ♀
19 ♂
Transtorno por uso de substância
Leve
Moderado
Grave
Não usa
Tabaco
54,5%
9,1%
-
36,4%
Álcool
36,4%
13,6%
4,5%
27,3%
Solvente
68,2%
4,5%
-
27,3%
Crack
9,1%
9,1%
4,5%
77,3%
Cocaína
31,8%
9,1%
13,6%
45,5%
Maconha
45,5%
-
18,2%
36,4%
• Adolescentes com transtorno
por uso de substâncias
psicoativas, podem também
apresentar déficits nas
habilidades sociais
11, 12
Resultados
11Del Prette, Z. A. P. & Del Prette, A. (2002). Transtornos psicológicos e habilidades sociais. Em H. J. Guillardi (Org.), Sobre Comportamento e Cognição: Contribuições da construção da teoria do comportamento, São Paulo, ESETec, 10, 377–386.
12Falcone, E.O. (2000). Habilidades Sociais: para além da assertividade. Em R.C. Wielenska (Org.) Sobre Comportamento e Cognição: Questionando e ampliando a teoria e as intervenções clínicas e em outros contextos. São Paulo, ESETec, 6,211–221.
• Escore bruto - variação de
35 a 83 pontos
• Média do escore geral bruto
de 59,5 pontos (DP=12,32)
Fator 2 – “Expressão de sentimentos positivos” • 5 a 24 pontos (M=18; DP=4,88) Fator 1 – “Conversação e desenvoltura social” •8 a 20 pontos (M= 16,5; DP=4,88) Fator 3 – “Assertividade de autodefesa” •2 a 16 pontos (M= 9,5; DP=4,04) Fator 4, “Assertividade de auto-exposição social” • 0 a 12 pontos (M= 8; DP=3,1) Fator 5 “Assertividade afetivo-sexual” • de 4 a 15 pontos (M= 8; DP=3,55)Resultados – IHS (ponderado)
Repertório
bastante
elaborado
Bom repertório
(acima da
mediana)
Bom repertório
(abaixo da
mediana)
Déficit
(indicação
de THS)
Fator 1
22,7%
40,9%
22,7%
13,6%
Fator 2
22,7%
36,4%
4,5%
36,4 %
Fator 3
9,1%
9,1%
18,2%
63,6%
Fator 4
22,7%
31,8%
27,3%
18,2%
Fator 5
-
27,3%
45,5%
27,3%
Classificação
Geral
9,1%
18,2%
22,7%
50,0%
• 1) Enfrentamento/
autoafirmação
com risco
• 2) Autoafirmação
de afeto positivo
• 3) Conversação e
desenvoltura
social
• 4) Autoexposição
a desconhecidos e
situações novas
•5) Autocontrole da
agressividade
Fatores
• Áreas mais deficitárias:
• Expressar sentimentos positivos
• Conversar
• Desembaraço social
• Em que ocorre auto-exposição do adolescente à
desconhecidos
• Os dados identificados corroboram com estudos sobre o
uso de drogas em adolescentes e HS, ressaltando a
importância de treinamento das habilidades não
desenvolvidas
1, 13
Considerações finais
¹Wagner, M. F., Oliveira, M. S. (2007). Habilidades sociais e abuso de drogas em adolescentes. Psic. Clin. 19(2), 101-116.