Ministério da Educação
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
Campus Votuporanga
PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO
Engenharia Civil
Votuporanga-SP
Novembro de 2013
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Dilma Roussef
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Aloisio Mercadante
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
Marco Antonio de Oliveira
REITOR
Eduardo Antônio Modena
PRÓ-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
Whisner Fraga Mamede
PRÓ-REITOR DE ENSINO
Cynthia Regina Fischer
PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO
Luz Marina Aparecida Poddis de Aquino
PRÓ-REITOR DE PESQUISA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Eduardo Alves da Costa
PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO
Wilson de Andrade Matos
DIRETOR GERAL DO CAMPUS VOTUPORANGA
Marcos Amorielle Furini
O presente documento foi organizado pelo Núcleo Docente Estruturante
da área de Edificações em regime de colaboração com a Direção Geral do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Campus de Votuporanga, suas
Coordenadorias e com o Serviço Sociopedagógico.
Sumário
1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ... 9
1.1. Identificação do Campus ... 10
2. MISSÃO ... 11
3. HISTÓRICO INSTITUCIONAL ... 11
3.1. Histórico da Instituição ... 11
3.1.1. A Escola de Aprendizes e Artífices de São Paulo ... 13
3.1.2. O Liceu Industrial de São Paulo ... 14
3.1.3. A Escola Industrial de São Paulo e a Escola Técnica de São Paulo ... 14
3.1.4. A Escola Técnica Federal de São Paulo ... 16
3.1.5. O Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo ... 18
3.1.6. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo ... 18
3.2. Caracterização do município de Votuporanga ... 21
3.3. Contextualização econômica de Votuporanga e região ... 23
3.3.1. Setores de Atividades Econômicas ... 23
3.3.1.1. Setor Primário ... 23
3.3.1.2. Setor Secundário ... 24
3.3.1.3. Setor Terciário ... 26
3.3.1.3.1.Comércio exterior ... 27
3.4. Histórico do Campus de Votuporanga e área de abrangência ... 27
4. JUSTIFICATIVA E DEMANDA DE MERCADO ... 37
5. OBJETIVOS ... 41
5.1 Objetivos Gerais ... 41
5.2 Objetivos Específicos ... 41
6. REQUISITO DE ACESSO ... 43
8. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO ... 44
9. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ... 44
9.1. Estrutura Curricular ... 44
9.1.1 Diretrizes gerais para a elaboração do currículo... 45
9.1.2 Matriz Curricular ... 45
9.2. Identificação do curso ... 47
9.3. Matriz Curricular ... 48
9.4. Representação Gráfica do Perfil de Formação ... 50
9.5. Atendimento à legislação. ... 54
9.6. Legislação ... 60
9.6.1. Leis ... 60
9.6.2. Resoluções ... 60
9.6.3. Pareceres ... 61
9.6.4. Portarias ... 61
9.7. Programa de Ensino dos Componentes Curriculares ... 61
9.8. Regime e Integralização ... 196
9.8.1 Representação gráfica do regime de Integralização: Disciplinas ... 198
9.8.2 Representação gráfica do regime de Integralização: Conteúdo ... 216
9.9 Estrutura Administrativa do Curso ... 221
9.9.1 Núcleo Docente Estruturante ... 221
9.9.2 Coordenação do Curso ... 222
9.9.3 Colegiado do Curso ... 223
9.10 Estágio Supervisionado ... 224
9.11 Trabalho De Conclusão De Curso ... 225
9.12 Critérios De Aproveitamento De Estudos ... 226
9.13 Avaliação Do Processo Ensino-Aprendizagem ... 226
9.14.1 Ensino, Pesquisa E Extensão. ... 227
10 MODELOS DE CERTIFICADOS E DIPLOMAS. ... 228
11 EQUIPE DE TRABALHO ... 228
11.1 Corpo Docente ... 228
11.2 Corpo Técnico Administrativo e Pedagógico ... 232
12 INFRAESTRUTURA PREDIAL ... 233
12.1 Infraestrutura de Equipamentos. ... 236
12.2 Descrição dos laboratórios específicos com as atividades realizáveis ... 244
12.3 Biblioteca ... 248
13. O USO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC’S). .. 249
Figuras
Figura 1 – Mapa Político do Estado de São Paulo (Fonte: Internet,
www.guianet.com.br.). ... 21
Figura 2 – Grau de Urbanização de Votuporanga. ... 22
Figura 3 – Índice de desenvolvimento humano. ... 22
Figura 4 – Participação dos diferentes setores da economia na formação do PIB
(Fonte: SEADE, 2008.). ... 23
Figura 5 - Setor Secundário. ... 24
Figura 6 – Setor terciário. ... 27
Figura 7 – Distribuição dos cursos de Engenharia Civil no Estado de São Paulo nas
Instituições Públicas Estaduais e Federais. ... 40
Figura 8 – Representação global do regime de integralização. ... 199
Figura 9 – Pré-requisito: Cálculo 2 (2º Semestre). ... 200
Figura 10 – Pré-requisito: Desenho de Construção Civil (2º Semestre). ... 200
Figura 11 – Pré-requisito: Física Experimental 2 (2º Semestre). ... 200
Figura 12 – Pré-requisito: Física Teórica 2 (2º Semestre). ... 200
Figura 13 – Pré-requisito: Cálculo 3 (3º Semestre). ... 201
Figura 14 – Pré-requisito: Computação Gráfica para Engenharia Civil (3º Semestre).
... 201
Figura 15 – Pré-requisito: Eletricidade (3º Semestre). ... 201
Figura 16 – Pré-requisito: Fenômeno de Transporte 1 (3º Semestre). ... 202
Figura 17 – Pré-requisito: Física Experimental 3 (3º Semestre). ... 202
Figura 18 – Pré-requisito: Física Teórica 3 (3º Semestre). ... 202
Figura 19 – Pré-requisito: Mecânica Geral (3º Semestre). ... 202
Figura 20 – Pré-requisito: Tecnologia de Construção Civil 2 (3º Semestre). ... 203
Figura 21 – Pré-requisito: Topografia 1 (3º Semestre). ... 203
Figura 22 – Pré-requisito: Fenômenos de Transporte 2 (4º Semestre). ... 203
Figura 23 – Pré-requisito: Hidráulica 1 (4º Semestre). ... 203
Figura 24 – Pré-requisito: Materiais de Construção 1 (4º Semestre)... 203
Figura 25 – Pré-requisito: Resistência dos Materiais 1 (4º Semestre)... 204
Figura 26 – Pré-requisito: Instalações Elétricas Prediais (4º Semestre). ... 204
Figura 28 – Pré-requisito: Topografia 2 (4º Semestre). ... 204
Figura 29 – Pré-requisito: Cálculo Numérico (5º Semestre). ... 205
Figura 30 – Pré-requisito: Hidráulica 2 (5º Semestre). ... 205
Figura 31 – Pré-requisito: Materiais de Construção 2 (5º Semestre)... 205
Figura 32 – Pré-requisito: Projetos de Construção Civil. ... 205
Figura 33 – Pré-requisito: Resistência dos Materiais 2 (5º Semestre)... 205
Figura 34 – Pré-requisito: Instalações Hidráulicas Prediais (5º Semestre). ... 206
Figura 35 – Pré-requisito: Estabilidade das Construções 1 (6º Semestre). ... 206
Figura 36 – Pré-requisito: Estruturas de Concreto 1 (6º Semestre). ... 206
Figura 37 – Pré-requisito: Estruturas de Madeira (6º Semestre). ... 206
Figura 38 – Pré-requisito: Hidrologia (6º Semestre). ... 207
Figura 39 – Pré-requisito: Mecânica dos Solos (6º Semestre). ... 207
Figura 40 – Pré-requisito: Saneamento Básico 1 (6º Semestre). ... 207
Figura 41 – Pré-requisito: Estabilidade das Construções 2 (7º Semestre). ... 207
Figura 42 – Pré-requisito: Estruturas de Concreto 2 (7º Semestre). ... 208
Figura 43 – Pré-requisito: Estruturas Metálicas 1 (7º Semestre). ... 208
Figura 44 – Pré-requisito: Fundações 1 (7º Semestre). ... 208
Figura 45 – Pré-requisito: Saneamento Básico 2 (7º Semestre). ... 208
Figura 46 – Pré-requisitos: 8º Semestre. ... 209
Figura 47 – Pré-requisitos: 8º Semestre (Continuação). ... 210
Figura 48 – Pré-requisitos: 8º Semestre (Continuação). ... 211
Figura 49 – Pré-requisitos: 9º Semestre. ... 212
Figura 50 – Pré-requisitos: 9º Semestre (Continuação). ... 213
Figura 51 – Pré-requisitos: 9º Semestre (Continuação). ... 214
Figura 52 – Pré-requisitos: 10º Semestre. ... 215
Figura 53 – Quadro de Integralização dos conteúdos dos componentes curriculares
por área. ... 216
Figura 54 – Infraestrutura Predial existente no campus de Votuporanga. ... 233
Figura 55 – Infraestrutura Predial do campus de Votuporanga em fase de conclusão.
... 235
Tabelas
Tabela 1 – Unidades do Instituto Federal implantadas ou em fase de implantação. . 20
Tabela 2 – Dados Demográficos. ... 29
Tabela 3 – Instituições de Nível Médio, Nível Técnico e Nível Superior da Região de
Votuporanga. ... 30
Tabela 4 – Instituições* não-privadas de Educação Profissional na Área de
Abrangência Direta. ... 33
Tabela 5 – Cursos de Nível Técnico oferecidos por Instituições não-privadas da Área
de Abrangência Direta. ... 36
Tabela 6 – Informações da Relação Anual de Informações Sociais. ... 38
Tabela 7 – Núcleo Docente Estruturante. ... 222
Tabela 8 – Professores que atuam no Curso Técnico em Edificações lotado no
campus de Votuporanga.. ... 228
Tabela 9 – Vagas previstas no edital de Remoção para o primeiro semestre de 2014.
... 229
Tabela 10 – Cronograma proposto para contratação de docentes. ... 229
Tabela 11 – Quadro de docentes efetivos no campus de Votuporanga. ... 230
Tabela 12 – Infraestrutura Predial existente no campus de Votuporanga. ... 233
Tabela 13 – Infraestrutura do Campus de Votuporanga (Previsão: Dezembro de
2013). ... 235
Tabela 14 – Relação de equipamentos existentes para a abertura do curso de
Engenharia Civil. ... 236
Tabela 15 – Relação de equipamentos solicitados para o campus de Votuporanga.
... 237
1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
NOME: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo.
SIGLA: IFSP.
CNPJ: 10882594/0001-65.
NATUREZA JURÍDICA: Autarquia Federal.
VINCULAÇÃO: Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério
da Educação (SETEC).
ENDEREÇO: Rua Pedro Vicente, 625. Canindé. São Paulo-SP. CEP: 01109-010
Tel.: (11) 3775-4501 (Reitoria). FAX: (11) 3775-4502.
PÁGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: http://www.ifsp.edu.br
ENDEREÇO ELETRÔNICO: proensino@ifsp.edu.br
DADOS SIAFI: UG: 153026.
GESTÃO: 15220.
NORMA DE CRIAÇÃO: Lei Nº 11.892 de 29/12/2008.
NORMAS QUE ESTABELECERAM A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
ADOTADA NO PERÍODO: Lei Nº 11.892 de 29/12/2008.
1.1. Identificação do Campus
NOME: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo.
SIGLA: IFSP – Campus Votuporanga.
CNPJ: 10.882.594/0018-03.
NATUREZA JURÍDICA: Autarquia Federal.
VINCULAÇÃO: Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério
da Educação (SETEC).
ENDEREÇO: Av. Jerônimo Figueira da Costa, 3014. Pozzobon. Votuporanga-SP.
CEP: 15.503-110.
TEL.: (17) 3426-6990.
PÁGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: http://vtp.ifsp.edu.br/
ENDEREÇO ELETRÔNICO: adm.vtp@ifsp.edu.br
DADOS SIAFI: UG: 158579.
GESTÃO: 26439.
NORMA DE CRIAÇÃO: Lei Nº 11.892 de 29/12/2008.
NORMAS QUE ESTABELECERAM A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
ADOTADA NO PERÍODO: Lei Nº 11.892 de 29/12/2008.
2. MISSÃO
Consolidar uma práxis educativa que contribua para a inserção social, à
formação integradora e à produção do conhecimento.
3. HISTÓRICO INSTITUCIONAL
3.1. Histórico da Instituição
Historicamente, a educação brasileira passa a ser referência para o
desenvolvimento de projetos econômico-sociais, principalmente, a partir do avanço da
industrialização pós 1930.
Nesse contexto, a escola como o lugar da aquisição do conhecimento passa a
ser esperança de uma vida melhor, sobretudo, no avanço da urbanização que se
processa no país. Apesar de uma oferta reduzida de vagas escolares, nem sempre a
inserção do aluno significou a continuidade, marcando a evasão como elemento
destacado das dificuldades de sobrevivência dentro da dinâmica educacional brasileira,
além de uma precária qualificação profissional.
Na década de 1960, a internacionalização do capital multinacional nos grandes
centros urbanos do Centro Sul acabou por fomentar a ampliação de vagas para a escola
fundamental. O projeto tinha como princípio básico fornecer algumas habilidades
necessárias para a expansão do setor produtivo, agora identificado com a produção de
bens de consumo duráveis. Na medida em que a popularização da escola pública se
fortaleceu, as questões referentes à interrupção do processo de escolaridade também se
evidenciaram, mesmo porque havia um contexto de estrutura econômica que, de um lado,
apontava para a rapidez do processo produtivo e, por outro, não assegurava melhorias
das condições de vida e nem mesmo indicava mecanismos de permanência do estudante,
numa perspectiva formativa.
A Lei de Diretrizes de Base da Educação Nacional – LDB 5692/71, de certa
maneira, tentou obscurecer esse processo, transformando a escola de nível fundamental
num primeiro grau de oito anos, além da criação do segundo grau como definidor do
caminho à profissionalização. No que se referia a esse último grau de ensino, a oferta de
vagas não era suficiente para a expansão da escolaridade da classe média que almejava
um mecanismo de acesso à universidade. Nesse sentido, as vagas não contemplavam
toda a demanda social e o que de fato ocorria era uma exclusão das camadas populares.
Em termos educacionais, o período caracterizou-se pela privatização do ensino,
institucionalização do ensino “pseudo-profissionalizante” e demasiado tecnicismo
pedagógico.
Deve-se levar em conta que o modelo educacional brasileiro historicamente
não valorizou a profissionalização visto que as carreiras de ensino superior é que eram
reconhecidas socialmente no âmbito profissional. Este fato foi reforçado por uma
industrialização dependente e tardia que não desenvolvia segmentos de tecnologia
avançada e, consequentemente, por um contingente de força de trabalho que não
requeria senão princípios básicos de leitura e aritmética destinados, apenas, aos setores
instalados nos centros urbano-industriais, prioritariamente no centro-sul.
A partir da década de 1970, entretanto, a ampliação da oferta de vagas em
cursos profissionalizantes apontava um novo estágio da industrialização brasileira ao
mesmo tempo em que privilegiava a educação privada em nível de terceiro grau.
Mais uma vez, portanto, se colocava o segundo grau numa condição
intermediária sem terminalidade profissional e destinado às camadas mais favorecidas da
população. É importante destacar que a pressão social por vagas nas escolas, na década
de 1980, explicitava essa política.
O aprofundamento da inserção do Brasil na economia mundial trouxe o
acirramento da busca de oportunidades por parte da classe trabalhadora que via
perderem-se os ganhos anteriores, do ponto de vista da obtenção de um posto de
trabalho regular e da escola como formativa para as novas demandas do mercado. Esse
processo se refletiu no desemprego em massa constatado na década de 1990, quando se
constitui o grande contingente de trabalhadores na informalidade, a flexibilização da
economia e a consolidação do neoliberalismo. Acompanharam esse movimento: a
migração intra-urbana, a formação de novas periferias e a precarização da estrutura
educacional no país.
As Escolas Técnicas Federais surgiram num contexto histórico que a
industrialização sequer havia se consolidado no país. Entretanto, indicou uma tradição
que formava o artífice para as atividades prioritárias no setor secundário.
Durante toda a evolução da economia brasileira e sua vinculação com as
transformações postas pela Divisão Internacional do Trabalho, essa escola teve
participação marcante e distinguia seus alunos dos demais candidatos, tanto no mercado
de trabalho, quanto na universidade.
ensino profissionalizante como formação adequada para a universidade. Esse aspecto foi
reiterado em 1959 com a criação das escolas técnicas e consolidado com a LDB 4024/61.
Nessa perspectiva, até a LDB 9394/96, o ensino técnico equivalente ao ensino médio foi
reconhecido como acesso ao ensino superior. Essa situação se rompe com o Decreto
2208/96 que é refutado a partir de 2005 quando se assume novamente o ensino médio
técnico integrado.
Nesse percurso histórico, pode-se perceber que o IFSP nas suas várias caracterizações
(Escolas de Artífices, Escola Técnica, CEFET e Escolas Agrotécnicas) assegurou a oferta
de trabalhadores qualificados para o mercado, bem como se transformou numa escola
integrada no nível técnico, valorizando o ensino superior e, ao mesmo tempo, oferecendo
oportunidades para aqueles que, injustamente, não conseguiram acompanhar a
escolaridade regular.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP foi
instituído pela Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, mas, para abordarmos a sua
criação, devemos observar como o IF foi construído historicamente, partindo da Escola de
Aprendizes e Artífices de São Paulo, o Liceu Industrial de São Paulo, a Escola Industrial
de São Paulo e Escola Técnica de São Paulo, a Escola Técnica Federal de São Paulo e o
Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo.
3.1.1. A Escola de Aprendizes e Artífices de São Paulo
A criação dos atuais Institutos Federais se deu pelo Decreto nº 7.566, de 23 de
setembro de 1909, com a denominação de Escola de Aprendizes e Artífices, então
localizadas nas capitais dos estados existentes, destinando-as a propiciar o ensino
primário profissional gratuito (FONSECA, 1986). Este decreto representou o marco inicial
das atividades do governo federal no campo do ensino dos ofícios e determinava que a
responsabilidade pela fiscalização e manutenção das escolas seria de responsabilidade
do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.
Na Capital do Estado de São Paulo, o início do funcionamento da escola
ocorreu no dia 24 de fevereiro de 1910
1, instalada precariamente num barracão
improvisado na Avenida Tiradentes, sendo transferida, alguns meses depois, para as
instalações no bairro de Santa Cecília, à Rua General Júlio Marcondes Salgado, 234, lá
1
permanecendo até o final de 1975
2. Os primeiros cursos oferecidos foram de tornearia,
mecânica e eletricidade, além das oficinas de carpintaria e artes decorativas (FONSECA,
1986).
O contexto industrial da Cidade de São Paulo, provavelmente aliado à
competição com o Liceu de Artes e Ofícios, também, na Capital do Estado, levou a
adaptação de suas oficinas para o atendimento de exigências fabris não comuns na
grande maioria das escolas dos outros Estados. Assim, a escola de São Paulo, foi das
poucas que ofereceram desde seu início de funcionamento os cursos de tornearia,
eletricidade e mecânica e não ofertaram os ofícios de sapateiro e alfaiate comuns nas
demais.
Nova mudança ocorreu com a aprovação do Decreto nº 24.558, de 03 de julho de
1934, que expediu outro regulamento para o ensino industrial, transformando a inspetoria
em superintendência.
3.1.2. O Liceu Industrial de São Paulo
3O ensino no Brasil passou por uma nova estruturação administrativa e funcional
no ano de 1937, disciplinada pela Lei nº 378, de 13 de janeiro, que regulamentou o
recém-denominado Ministério da Educação e Saúde. Na área educacional, foi criado o
Departamento Nacional da Educação que, por sua vez, foi estruturado em oito divisões de
ensino: primário, industrial, comercial, doméstico, secundário, superior, extraescolar e
educação física (Lei nº 378, 1937).
A nova denominação, de Liceu Industrial de São Paulo, perdurou até o ano de
1942, quando o Presidente Getúlio Vargas, já em sua terceira gestão no governo federal
(10 de novembro de 1937 a 29 de outubro de 1945), baixou o Decreto-Lei nº 4.073, de 30
de janeiro, definindo a Lei Orgânica do Ensino Industrial que preparou novas mudanças
para o ensino profissional.
3.1.3. A Escola Industrial de São Paulo e a Escola Técnica de São Paulo
Em 30 de janeiro de 1942, foi baixado o Decreto-Lei nº 4.073, introduzindo a Lei
2
A respeito da localização da escola, foram encontrados indícios nos prontuário funcionais de dois de seus ex-diretores, de que teria, também, ocupado instalações da atual Avenida Brigadeiro Luis Antonio, na cidade de São Paulo.
3
Apesar da Lei nº 378 determinar que as Escolas de Aprendizes Artífices seriam transformadas em Liceus, na documentação encontrada no CEFET-SP o nome encontrado foi o de Liceu Industrial, conforme verificamos no Anexo II.
Orgânica do Ensino Industrial e implicando a decisão governamental de realizar profundas
alterações na organização do ensino técnico. Foi a partir dessa reforma que o ensino
técnico industrial passou a ser organizado como um sistema, passando a fazer parte dos
cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação (MATIAS, 2004).
Esta norma legal foi, juntamente com as Leis Orgânicas do Ensino Comercial
(1943) e Ensino Agrícola (1946), a responsável pela organização da educação de caráter
profissional no país. Neste quadro, também conhecido como Reforma Capanema, o
Decreto-Lei 4.073, traria “unidade de organização em todo território nacional”. Até então,
“a União se limitara, apenas a regulamentar as escolas federais”, enquanto as demais,
“estaduais, municipais ou particulares regiam-se pelas próprias normas ou, conforme os
casos obedeciam a uma regulamentação de caráter regional” (FONSECA, 1986).
No momento que o Decreto-Lei nº 4.073, de 1942, passava a considerar a
classificação das escolas em técnicas, industriais, artesanais ou de aprendizagem, estava
criada uma nova situação indutora de adaptações das instituições de ensino profissional
e, por conta desta necessidade de adaptação, foram se seguindo outras determinações
definidas por disposições transitórias para a execução do disposto na Lei Orgânica.
A primeira disposição foi enunciada pelo Decreto-Lei nº 8.673, de 03 de
fevereiro de 1942, que regulamentava o Quadro dos Cursos do Ensino Industrial,
esclarecendo aspectos diversos dos cursos industriais, dos cursos de mestria e, também,
dos cursos técnicos. A segunda, pelo Decreto 4.119, de 21 de fevereiro de 1942,
determinava que os estabelecimentos federais de ensino industrial passariam à categoria
de escolas técnicas ou de escolas industriais e definia, ainda, prazo até 31 de dezembro
daquele ano para a adaptação aos preceitos fixados pela Lei Orgânica. Pouco depois, era
a vez do Decreto-Lei nº 4.127, assinado em 25 de fevereiro de 1942, que estabelecia as
bases de organização da rede federal de estabelecimentos de ensino industrial,
instituindo as escolas técnicas e as industriais (FONSECA, 1986).
Foi por conta desse último Decreto, de número 4.127, que se deu a criação da
Escola Técnica de São Paulo, visando a oferta de cursos técnicos e os cursos
pedagógicos, sendo eles das esferas industriais e de mestria, desde que compatíveis com
as suas instalações disponíveis, embora ainda não autorizada a funcionar. Instituía,
também, que o início do funcionamento da Escola Técnica de São Paulo estaria
condicionado a construção de novas e próprias instalações, mantendo-a na situação de
Escola Industrial de São Paulo enquanto não se concretizassem tais condições.
Ainda quanto ao aspecto de funcionamento dos cursos considerados técnicos,
é preciso mencionar que, pelo Decreto nº 20.593, de 14 de Fevereiro de 1946, a escola
paulista recebeu autorização para implantar o Curso de Construção de Máquinas e
Motores. Outro Decreto de nº 21.609, de 12 de agosto 1946, autorizou o funcionamento
de outro curso técnico, o de Pontes e Estradas.
Retornando à questão das diversas denominações do IFSP, apuramos em
material documental a existência de menção ao nome de Escola Industrial de São Paulo
em raros documentos. Nessa pesquisa, observa-se que a Escola Industrial de São Paulo
foi a única transformada em Escola Técnica. As referências aos processos de
transformação da Escola Industrial à Escola Técnica apontam que a primeira teria
funcionado na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, fato desconhecido pelos pesquisadores
da história do IFSP (PINTO, 2008).
Também na condição de Escola Técnica de São Paulo, desta feita no governo
do Presidente Juscelino Kubitschek (31 de janeiro de 1956 a 31 de janeiro de 1961), foi
baixado outro marco legal importante da Instituição. Trata-se da Lei nº 3.552, de 16 de
fevereiro de 1959, que determinou sua transformação em entidade autárquica
4. A mesma
legislação, embora de maneira tópica, concedeu maior abertura para a participação dos
servidores na condução das políticas administrativa e pedagógica da escola.
Importância adicional para o modelo de gestão proposto pela Lei 3.552, foi
definida pelo Decreto nº 52.826, de 14 de novembro de 1963, do presidente João Goulart
(24 de janeiro de 1963 a 31 de marco de 1964), que autorizou a existência de entidades
representativas discentes nas escolas federais, sendo o presidente da entidade eleito por
escrutínio secreto e facultada sua participação nos Conselhos Escolares, embora sem
direito a voto.
Quanto à localização da escola, dados dão conta de que a ocupação de
espaços, durante a existência da escola com as denominações de Escola de Aprendizes
Artífices, Liceu Industrial de São Paulo, Escola Industrial de São Paulo e Escola Técnica
de São Paulo, ocorreram exclusivamente na Avenida Tiradentes, no início das atividades,
e na Rua General Júlio Marcondes Salgado, posteriormente.
3.1.4. A Escola Técnica Federal de São Paulo
A denominação de Escola Técnica Federal surgiu logo no segundo ano do
governo militar, por ato do Presidente Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco (15
4
Segundo Meirelles (1994, p. 62 – 63), apud Barros Neto (2004), “Entidades autárquicas são pessoas jurídicas de Direito Público, de natureza meramente administrativa, criadas por lei específica, para a realização de atividades, obras ou serviços descentralizados da entidade estatal que as criou.”
de abril de 1964 a 15 de março de 1967), incluindo pela primeira vez a expressão federal
em seu nome e, desta maneira, tornando clara sua vinculação direta à União.
Essa alteração foi disciplinada pela aprovação da Lei nº. 4.759, de 20 de
agosto de 1965, que abrangeu todas as escolas técnicas e instituições de nível superior
do sistema federal.
No ano de 1971, foi celebrado o Acordo Internacional entre a União e o Banco
Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD, cuja proposta era a criação de
Centros de Engenharia de Operação, um deles junto à escola paulista. Embora não
autorizado o funcionamento do referido Centro, a Escola Técnica Federal de São Paulo –
ETFSP acabou recebendo máquinas e outros equipamentos por conta do acordo.
Ainda, com base no mesmo documento, o destaque e o reconhecimento da
ETFSP iniciou-se com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº.
5.692/71, possibilitando a formação de técnicos com os cursos integrados, (médio e
técnico), cuja carga horária, para os quatro anos, era em média de 4.500 horas/aula.
Foi na condição de ETFSP que ocorreu, no dia 23 de setembro de 1976, a
mudança para as novas instalações no Bairro do Canindé, na Rua Pedro Vicente, 625.
Essa sede ocupava uma área de 60 mil m², dos quais 15 mil m² construídos e 25 mil m²
projetados para outras construções.
À medida que a escola ganhava novas condições, outras ocupações surgiram
no mundo do trabalho e outros cursos foram criados. Dessa forma, foram implementados
os cursos técnicos de Eletrotécnica (1965), de Eletrônica e Telecomunicações (1977) e de
Processamento de Dados (1978) que se somaram aos de Edificações e Mecânica, já
oferecidos.
No ano de 1986, pela primeira vez, após 23 anos de intervenção militar,
professores, servidores administrativos e alunos participaram diretamente da escolha do
diretor, mediante a realização de eleições. Com a finalização do processo eleitoral, os três
candidatos mais votados, de um total de seis que concorreram, compuseram a lista
tríplice encaminhada ao Ministério da Educação para a definição daquele que seria
nomeado.
Foi na primeira gestão eleita (Prof. Antonio Soares Cervila) que houve o início
da expansão das unidades descentralizadas - UNEDs da escola, com a criação, em 1987,
da primeira do país, no município de Cubatão. A segunda UNED do Estado de São Paulo
principiou seu funcionamento no ano de 1996, na cidade de Sertãozinho, com a oferta de
cursos preparatórios e, posteriormente, ainda no mesmo ano, as primeiras turmas do
Curso Técnico de Mecânica, desenvolvido de forma integrada ao ensino médio.
3.1.5. O Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo
No primeiro governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, o
financiamento da ampliação e reforma de prédios escolares, aquisição de equipamentos,
e capacitação de servidores, no caso das instituições federais, passou a ser realizado
com recursos do Programa de Expansão da Educação Profissional - PROEP (MATIAS,
2004).
Por força de um decreto sem número, de 18 de janeiro de 1999, baixado pelo
Presidente Fernando Henrique Cardoso (segundo mandato de 01 de janeiro de 1999 a 01
de janeiro de 2003), se oficializou a mudança de denominação para CEFET- SP.
Igualmente, a obtenção do status de CEFET propiciou a entrada da Escola no
oferecimento de cursos de graduação, em especial, na Unidade de São Paulo, onde, no
período compreendido entre 2000 a 2008, foi ofertada a formação de tecnólogos na área
da Indústria e de Serviços, Licenciaturas e Engenharias.
Desta maneira, as peculiaridades da pequena escola criada há quase um
século e cuja memória estrutura sua cultura organizacional, majoritariamente, desenhada
pelos servidores da Unidade São Paulo, foi sendo, nessa década, alterada por força da
criação de novas unidades, acarretando a abertura de novas oportunidades na atuação
educacional e discussão quanto aos objetivos de sua função social.
A obrigatoriedade do foco na busca da perfeita sintonia entre os valores e
possibilidades da Instituição foi impulsionada para atender às demandas da sociedade em
cada localidade onde se inaugurava uma Unidade de Ensino, levando à necessidade de
flexibilização da gestão escolar e construção de novos mecanismos de atuação.
3.1.6. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
O Brasil vem experimentando, nos últimos anos, um crescimento consistente
de sua economia, o que demanda da sociedade uma população com níveis crescentes de
escolaridade, educação básica de qualidade e profissionalização. A sociedade começa a
reconhecer o valor da educação profissional, sendo patente a sua vinculação ao
desenvolvimento econômico.
Um dos propulsores do avanço econômico é a indústria que, para continuar
crescendo, necessita de pessoal altamente qualificado: engenheiros, tecnólogos e,
principalmente, técnicos de nível médio. O setor primário tem se modernizado,
demandando profissionais para manter a produtividade. Essa tendência se observa
também no setor de serviços, com o aprimoramento da informática e das tecnologias de
comunicação, bem como a expansão do segmento ligado ao turismo.
Se de um lado temos uma crescente demanda por professores e profissionais
qualificados, por outro temos uma população que foi historicamente esquecida no que diz
respeito ao direito a educação de qualidade e que não teve oportunidade de formação
para o trabalho.
Considerando-se, portanto, essa grande necessidade pela formação
profissional de qualidade por parte dos alunos oriundos do ensino médio, especialmente
nas classes populares, aliada à proporcional baixa oferta de cursos superiores públicos no
Estado de São Paulo, o IFSP desempenha um relevante papel na formação de técnicos,
tecnólogos, engenheiros, professores, especialistas, mestres e doutores, além da
correção de escolaridade regular por meio do PROEJA e PROEJA FIC.
A oferta de cursos está sempre em sintonia com os arranjos produtivos,
culturais e educacionais, de âmbito local e regional. O dimensionamento dos cursos
privilegia, assim, a oferta daqueles técnicos e de graduações nas áreas de licenciaturas,
engenharias e tecnologias.
Além da oferta de cursos técnicos e superiores, o IFSP atua na formação inicial
e continuada de trabalhadores, bem como na pós-graduação e pesquisa tecnológica.
Avança no enriquecimento da cultura, do empreendedorismo e cooperativismo,
e no desenvolvimento socioeconômico da região de influência de cada Campus, da
pesquisa aplicada destinada à elevação do potencial das atividades produtivas locais e da
democratização do conhecimento à comunidade em todas as suas representações.
A Educação Científica e Tecnológica ministrada pelo IFSP é entendida como
um conjunto de ações que buscam articular os princípios e aplicações científicas dos
conhecimentos tecnológicos à ciência, à técnica, à cultura e às atividades produtivas. Este
tipo de formação é imprescindível para o desenvolvimento social da nação, sem perder de
vista os interesses das comunidades locais e suas inserções no mundo cada vez mais
definido pelos conhecimentos tecnológicos, integrando o saber e o fazer por meio de uma
reflexão crítica das atividades da sociedade atual, em que novos valores reestruturam o
ser humano.
Assim, a educação exercida no IFSP não está restrita a uma formação
meramente profissional, mas contribui para a iniciação na ciência, nas tecnologias, nas
artes e na promoção de instrumentos que levem à reflexão sobre o mundo.
conforme se apresenta na tabela abaixo:
Tabela 1 – Unidades do Instituto Federal implantadas ou em fase de implantação.
Campus Autorização de Funcionamento Inicio das
Atividades
São Paulo Decreto nº. 7.566, de 23/09/1909 24/02/1910
Cubatão Portaria Ministerial nº. 158, de 12/03/1987 01/04/1987 Sertãozinho Portaria Ministerial nº. 403, de 30/04/1996 01/1996 Guarulhos Portaria Ministerial nº. 2.113, de 06/06/2006 13/02/2006 São João da Boa Vista Portaria Ministerial nº. 1.715, de 20/12/2006 02/01/2007 Caraguatatuba Portaria Ministerial nº. 1.714, de 20/12/2006 12/02/2007 Bragança Paulista Portaria Ministerial nº. 1.712, de 20/12/2006 30/07/2007 Salto Portaria Ministerial nº. 1.713, de 20/12/2006 02/08/2007 São Carlos Portaria Ministerial nº. 1.008, de 29/10/2007 01/08/2008 São Roque Portaria Ministerial nº. 710, de 09/06/2008 11/08/2008 Campos do Jordão Portaria Ministerial nº. 116, de 29/01/2010 02/2009 Birigui Portaria Ministerial nº. 116, de 29/01/2010 2º semestre de 2010 Piracicaba Portaria Ministerial nº. 104, de 29/01/2010 2º semestre de 2010 Itapetininga Portaria Ministerial nº. 127, de 29/01/2010 2º semestre de 2010 Catanduva Portaria Ministerial nº. 120, de 29/01/2010 16/08/2010 Araraquara Portaria Ministerial nº 1.170, de 21/09/2010 2º semestre de 2010 Suzano Portaria Ministerial nº 1.170, de 21/09/2010 2º semestre de 2010 Barretos Portaria Ministerial nº 1.170, de 21/09/2010 2º semestre de 2010 Boituva (Campus avançado) Resolução nº 28, de 23/12/2009 2º semestre de 2010 Capivari (Campus
avançado)
Resolução nº 30, de 23/12/2009 2º semestre de 2010
Matão (Campus avançado) Resolução nº 29, de 23/12/2009 2º semestre de 2010 Avaré Portaria Ministerial nº 1.170, de 21/09/2010 1º semestre de 2011 Hortolândia Portaria Ministerial nº 1.170, de 21/09/2010 1º semestre de 2011 Votuporanga Portaria Ministerial nº 1.170, de 21/09/2010 1º semestre de 2011 Presidente Epitácio Portaria Ministerial nº 1.170, de 21/09/2010 1º semestre de 2011 Registro Portaria Ministerial nº 1.170, de 21/09/2010 1º semestre de 2012 Campinas Portaria Ministerial nº 1.170, de 21/09/2010 1º semestre de 2012
Recentemente a presidente Dilma Rousseff anunciou a criação de oito novos
campi do IFSP como parte da expansão da Rede Federal de Ensino. Assim deverão ser
instalados, até 2014, os campi de Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba, Francisco
Morato, São Paulo (Zona Noroeste), Bauru, Marília, Itapeva e Carapicuíba.
3.2. Caracterização do município de Votuporanga
O município de Votuporanga, vocábulo de origem tupi-guarani, que expressa
sinônimos relacionados a “brisas suaves”, está localizado na região noroeste do Estado
de São Paulo (Figura 1).
Figura 1 – Mapa Político do Estado de São Paulo (Fonte: Internet, www.guianet.com.br.).
Detentor de 424,115 km² da área que compõe o Estado de São Paulo, embora
pertencente à macrorregião de São José do Rio Preto, devido ao seu nível de
desenvolvimento socioeconômico e de sua localização estratégica – pela proximidade
fronteiriças com os Estados de Mato Grosso do Sul e Minas Gerais – Votuporanga
consegue polarizar fluxos populacionais/comerciais de municípios limítrofes e de raios
mais distantes.
Conforme o último censo demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), no decorrer de 2010, foi contabilizado no município uma
população absoluta de 84.692 habitantes, mostrando um crescimento de cerca de 12%
em relação ao censo de 2000, onde a população absoluta era de 75.641 habitantes.
Desta totalidade, 97,2% dos habitantes vivem na área urbana, percentual maior que a
média estadual (Figura 2).
Figura 2 – Grau de Urbanização de Votuporanga.
No que diz respeito a desenvolvimento humano, o município não apresenta
disparidade quando comparado ao índice médio estadual (Figura 03), escalonando-se
dentro do conjunto de municípios com elevado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),
indicador socioeconômico do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD) que tem como base aspectos quantitativos de renda, expectativa de vida e
educação.
3.3. Contextualização econômica de Votuporanga e região
Fundado em 08 de agosto de 1937, pela normatização do Decreto-Lei Estadual
n° 14334, o município de Votuporanga é fruto do desmembramento territorial de Tanabi,
condicionado na época pelo empreendimento alemão Theodor Wille & CIA LTDA, que
adquiriu as terras do então “Rei do Café”, Francisco Shimidt, por questões de dívidas.
Tradicionalmente vinculado à economia primária, com destaque na produção
do café, algodão, milho, feijão, arroz, banana, maçã e mandioca; e na criação de bovinos
e suínos; Votuporanga tem se destacado em diferentes escalas espaciais econômicas
(estadual, nacional e internacional), devido à pujança de outros setores econômicos,
como o secundário e, sobretudo, o terciário.
3.3.1. Setores de Atividades Econômicas
3.3.1.1. Setor Primário
Embora com ínfimo percentual de população residente na área rural, o setor
primário é responsável pela empregabilidade de 10% da População Economicamente
Ativa (PEA) do município e possui significativa participação na composição do Produto
Interno Bruto (PIB) local (Figura 04).
Além dos produtos agropecuários supracitados, a laranja e o arroz apresentam
também bons índices de produtividade. Atualmente, Votuporanga conta com dois
frigoríficos bovinos, dois frigoríficos avícolas e três laticínios, totalizando 1.045
propriedades, cujas estruturas fundiárias predominantes são similares ao porte de
minifúndios.
Atualmente, o espaço rural votuporanguense representa 86% da área territorial
do município, sendo que 59% deste percentual é abrangida pela atividade pastoril,
embora a atividade agrícola seja considerada carro propulsor do desenvolvimento
socioeconômico de Votuporanga.
3.3.1.2. Setor Secundário
O processo de industrialização no município iniciou-se na década de 1950,
todavia, foi na década de 1980 que o setor alavancou, impulsionado pelo
desenvolvimento local de indústrias moveleiras, de implementos rodoviários e
alimentícias. Abaixo, gráfico (Figura 5) sobre a participação do setor secundário na
composição da estrutura econômica do município.
Figura 5 - Setor Secundário.
Segundo
a
Associação Industrial da Região de Votuporanga (AIRVO), a
atividade industrial é responsável por absorver 45% da População Economicamente Ativa
(PEA) municipal, ou seja, aproximadamente 10.597 pessoas. Dos 340 estabelecimentos
industriais existentes atualmente, 84% são empresas de pequeno e médio porte,
enquanto 16% são de grande porte. Dentre as empresas de grande porte, elenca-se
abaixo, as de maior expressividade dentro da microrregião de Votuporanga:
Ó
FACCHINI: desenvolve e produz implementos rodoviários para todos os segmentos
de transportes, inclusive caminhões de todos os portes. Foi fundada no município de
Votuporanga em 1950, têm 09 fábricas pelo Brasil e 40 distribuidores por todo o mundo.
Produz 3000 produtos por mês e emprega no município aproximadamente 1791 pessoas.
Ó
GALEGO: empresa voltada à produção e comercialização de implementos para o
transporte. Fabrica contêineres em alumínio e estrutura reforçada em aço, atendendo às
necessidades da empresa multinacional ABB, presente em mais de 100 países. Foi
fundada no município de Votuporanga na década de 1930, têm duas unidades industriais
na cidade. empregando por volta de 430 pessoas.
Ó
NOROMIX: empresa do ramo de construção civil. Realizam serviços de
terraplanagem, infraestrutura, pavimentação, massa asfáltica e concreto pré-misturado na
região Noroeste do Estado de São Paulo, bem como nos Estados vizinhos de Minas
Gerais e Mato Grosso do Sul. Foi fundada no município de Votuporanga em 2008, e têm
em torno de 470 funcionários.
Ó
FRANGO RICO: empresa frigorífica de aves, cria e produz derivados de frango. Foi
fundada no município de Votuporanga em 1987. Hoje tem capacidade operacional para
abater 2.100.000 aves/mês e emprega em média 700 pessoas.
Ó
NOBLE BRASIL: parte integrante do Noble Group, multinacional com sede em
Hong Kong, atua no Mercosul há quatro anos. Investe principalmente na área de
combustíveis limpos, sobretudo etanol. Na microrregião de Votuporanga têm implantadas
duas Usinas Sucroalcooleiras que produzem etanol, açúcar para exportação e energia
para consumo próprio. Empregam conjuntamente na microrregião aproximadamente de
4000 pessoas.
Atualmente, Votuporanga possui cinco Distritos Industriais, dotados de
infraestrutura de água, luz, esgoto, galeria e telefone. Todos estão localizados próximos
as rodovias Euclides da Cunha e Péricles Belini. Além destes distritos, está previsto a
implantação de mais um, com capacidade de 60 lotes, oportunizando, assim, a ampliação
do número de indústrias na região.
Dois grandes projetos deverão estimular ainda mais o setor industrial da
cidade. O primeiro diz respeito à construção de um terminal ferroviário de açúcar e, o
segundo, a implantação da fábrica Braspellet.
Noticiada em 24/03/2011 pela Revista Ferroviária, a construção do terminal
ferroviário, que será realizada pela empresa NOBLE, tem como objetivo principal captar
cargas de usinas distribuídas em um raio de cinquenta quilômetros do terminal,
conduzindo-as ao porto de Santos, em um percurso de 670 km. Com capacidade estática
de 75 mil toneladas, a estimativa já para o primeiro ano será de movimentar mais de um
milhão de toneladas de açúcar.
Com a implantação da Braspellet, linha de negócios da Green Energy Group
responsável pela produção de biocombustível sólido, o pellet, Votuporanga passará a ser
sede da primeira unidade fabril no país. A estimativa será de produzir mais de 40 mil
toneladas do produto ao ano. E, além de participar na qualificação de sua futura mão de
obra para operar seus equipamentos, em parceria com instituições de ensino locais, por
se tratar de um processo fabril inédito na região; a empresa prevê o movimento de outros
setores da economia do município, com a logística de transporte para o deslocamento do
bagaço e do pellet. Sem esquecer de que se trata de um novo produto que passará a
integrar o ciclo produtivo da cana-de-açúcar. (Informações extraídas do site da empresa,
em 10/10/2011).
Em visita ao município, em 26/10/2011, o diretor, Diego Maurizio Zannoni, e o
presidente, Jean Carlos, divulgaram que até março de 2012, período para encerramento
da primeira fase de implantação da empresa na cidade, haverá a abertura de 40 vagas de
emprego direto, prevista mais 60, com a conclusão da obra em 2013. (Informações
extraídas do jornal A Cidade, em 27/10/2011).
3.3.1.3. Setor Terciário
O setor terciário é caracterizado pelas atividades do comércio e da prestação
de serviços, desempenhando importante função de absorção de mão de obra, pois
dinamiza as relações entre as produções industrial e agropecuária e os consumos final e
intermediário.
Em Votuporanga, são mais de 2.234 estabelecimentos comerciais que
oferecem os mais diversificados produtos/serviços, tanto à população local quanto à
população que visita a cidade diariamente. A seguir, gráfico (Figura 06) sobre a
participação do setor terciário na composição da estrutura econômica do município.
Figura 6 – Setor terciário.
3.3.1.3.1.Comércio exterior
Como frisado anteriormente, o setor terciário é considerado um campo
estratégico na economia por dinamizar as relações entre a produção industrial e
agropecuária e o consumo final e intermediário.
A dinamização dos outros setores econômicos, intersectado no setor terciário,
tem colocado o município de Votuporanga no cenário geográfico econômico mundial. Na
pauta das exportações internacionais, as carnes bovinas e seus derivados têm estado em
1° lugar, correspondendo 90% deste fluxo, totalizando uma receita de U$ 93,5 milhões.
Seguem-se a estes, os móveis, os reboques, os semirreboques e as carrocerias.
O principal mercado externo dos produtos do município são países do
continente europeu, responsáveis pela aderência de 78% destes produtos. Holanda
aparece em primeiro em volume de negócios (U$ 15,4 milhões), seguido da Federação
Russa (U$ 13,9 milhões) e da Espanha (U$ 12 milhões). Aparecem ainda na lista: Itália,
Reino Unido, Alemanha, França, Portugal, entre outros.
3.4. Histórico do Campus de Votuporanga e área de abrangência
O
Campus de Votuporanga do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de São Paulo, foi autorizado pela Portaria nº 1.170, de 21 de setembro de
2010. Trata-se de uma das cidades que participou da chamada pública n º 01/2007, de 24
de abril de 2007.
O
Campus Votuporanga iniciou suas atividades no 1º semestre de 2011,
oferecendo os Cursos Técnicos em Edificações e Manutenção e Suporte em Informática.
No ano de 2012 tiveram início os Cursos Técnicos em Eletrotécnica e Mecânica, além da
modalidade integrado para os cursos Técnicos em Edificações e Manutenção e Suporte
em Informática. O projeto de construção do prédio foi elaborado para atender às
necessidades específicas dos cursos nestas áreas e atualmente a estrutura predial do
Campus compreende 5 blocos: Bloco Administrativo, Bloco Biblioteca, Bloco Laboratório
Edificações, Bloco Laboratório de Informática, Bloco Sala de Aula.
Para o ano de 2012 está previsto o início das obras da segunda fase de
implantação do Campus que corresponde aos Blocos do Auditório, quadra poliesportiva e
mais um laboratório. O Campus Votuporanga faz parte do Plano de Expansão da Rede
Federal - Fase II, conforme segue a figura.
Figura 7 – Plano de expansão da rede Federal:Fase II.
A presença do Campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
de São Paulo na cidade de Votuporanga, além de proporcionar uma formação
humana/profissional à demanda local, passa a ser mais um ponto de referência às
populações de cidades da região, consolidando uma área de abrangência direta de
16.036,988 km² (Figura 8 e Tabela 2). Como visto anteriormente, devido a sua localização
privilegiada, próximo às fronteiras territoriais com os estados de Minas Gerais e Mato
Grosso do Sul, o IFSP, Campus Votuporanga, passa a ter, tecnicamente, também uma
área de abrangência indireta nestes estados, totalizando uma área de alcance
aproximada de 24.346,097 Km² e atingindo uma população total estimada em 649.505
habitantes.
Figura 8– Área de abrangência direta do IFSP – Campus Votuporanga
Tabela 2 – Dados Demográficos.
Dados Município Área de Abrangência Direta
Estado
Área (km²) 424,115 16.036,988 248.196,96
População (mil hab.) 84.692 555.459 41.262.199
Número de domicílios 32.129 - 14.884.808
Em relação às estatísticas referentes à Educação Regional,
especificamente, na área de abrangência direta do IFSP, Campus Votuporanga, nota-se a
carência de Instituições de formação profissional, em especial as que formam Tecnólogos,
Licenciaturas em Física e Matemática e ainda em todas as áreas de Engenharias, como
demonstrado acima e pelas Tabelas 3 e 4 que seguem abaixo.
Tabela 3 – Instituições de Nível Médio, Nível Técnico e Nível Superior da Região de Votuporanga.
MUNICÍPIO Nível Médio Nível Técnico Nível Superior Particular Pública Particular Pública Particular Pública
Álvares Florence - 01 - - - - Américo de Campos - 01 - - - - Aparecida D´Oeste - 01 - - - - Ó Aspásia - 01 - - - - Ó Auriflama 02 02 - - - - Cardoso 02 01 - - - - Cosmorama - 01 - - - - Dirce Reis - 01 - - - - Ó Dolcinópolis - 01 - - - - Ó Estrela D´Oeste 01 01 - - - - Ó Fernandópolis 04 10 01 01 02 - Ó Floreal - 01 - - - - Ó Gastão Vidigal - 01 - - - - Ó General Salgado 01 01 - - - - Ó Guarani D´Oeste - 01 - - - - Ó Indiaporã - 01 - - - - Ó Jales 03 06 01 01 01 01 Ó Lourdes - 01 - - - - Ó Macaubal - 01 - - - - Ó Macedônia - 01 - - - - Ó Magda - 01 - - - - Ó Marinópolis - 01 - - Ó Meridiano - 01 - - - - Ó Mesópolis - 01 - - - - Ó Mira Estrela - 01 - - - - Ó Monções - 01 - - - - Ó Monte Aprazível 01 01 01 - 01 - Ó Nhandeara 01 01 - - - -
MUNICÍPIO Nível Médio Nível Técnico Nível Superior Particular Pública Particular Pública Particular Pública
Ó Nova Castilho - 01 - - - - Ó Nova Luzitânia - 01 - - - - Ó Ouroeste 01 01 01 - - - Ó Palestina - 01 - - - - Ó Palmeira D´Oeste 02 02 - - - - Ó Paranapuã - 01 - - - - Parisi - 01 - - - - Ó Paulo de Faria - 01 - - - - Ó Pedranópolis - 01 - - - - Ó Poloni - 01 - - - - Ó Pontalinda - 01 - - - - Pontes Gestal - 01 - - - - Ó Populina - 01 - - - - Riolândia 01 01 - - - - Ó Rubinéia - 01 - - - - Ó Santa Alberttina - 01 - - - -
Ó Santa Clara D'oeste - 01 01 - - -
Ó Santa Fé do Sul 03 03 - - 01 -
Ó Santa Rita D´Oeste - 01 - - - -
Ó Santa Salete - 01 - - - -
Ó Santana P. Pensa - 01 - - - -
Ó São Francisco - 01 - - - -
São J. Duas Pontes - 01 - - - -
Ó São João de Iracema - 01 - - - -
Ó Sebastianópolis Sul - 01 - - - - Ó Tanabi 01 01 - - - - Ó Três Fronteiras - 01 - - - - Ó Turiúba - 01 - - - - Ó Turmalina - 01 - - - - Ó Urânia - 01 - - - - Valentim Gentil - 01 - - - - Vitória Brasil - 01 - - - - Votuporanga 06 09 05 02 03 -
Total por setor 29 88 08 04 08 01
Fonte: Internet, http://escola.edunet.sp.gov.br/consulta.asp, acessado em 11/10/2011; http://www.etesp.com.br/,
acessado em 11/10/2011; http://www.mundovestibular.com.br/categories/Universidades/S%C3%A3o-Paulo/,
Tabela 03* – Quantitativo de alunos Matriculados nas redes públicas e privadas do Ensino Fundamental e Médio
Votuporanga
Área de abrangência direta
Ensino Fundamental
(total do 5º, 6º, 7º, º8º, e 9º anos)
5.727 37.559
Ensino Médio
(total do 1º, 2º e 3º anos)
3.734 24.496
*Tabela 03 feita por inferência considerando que 98% da população em respectiva idade esteja frequentando o ensino regular. Para fins de referente cálculo foi utilizada a pirâmide de faixa etária do Censo 2010.
Em relação à Educação Profissional, a região de Votuporanga conta com
poucas instituições voltadas à área da construção civil, mesmo havendo um panorama
favorável indicando a crescente expansão setor (ver tabelas 04 e 05). Dessa forma a
implantação do Campus Votuporanga atende a uma demanda regional por formação de
mão de obra qualificada.
Tabela 4 – Instituições* não-privadas de Educação Profissional na Área de Abrangência Direta.
INSTITUIÇÃO MODALIDADE - CURSOS LOCALIDADE CONTATO
1. Serviço Social da Indústria – SESI. Ensino Fundamental. Av. São Paulo, 1820 - Patrimônio Novo.
Votuporanga-SP. CEP 15501-065
Tel.: (17) 3422-6553
E-mail: ce435@sesisp.org.br
2. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI.
Ensino de Nível Técnico.
Desenhos de Projetos, Design de Móveis e Técnico em Móveis.
Rua Ponta Porã, 3735 - Santa Luzia . Votuporanga-SP. CEP: 15500-055
Tel.: (17) 3422-4551
E-mail: secretaria850@sp.senai.br Site: www.sp.senai.br/votuporanga
3. Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC.
Ensino Profissional Básico / Ensino de Nível Técnico.
Administração e Negócios, Aplicativos Avançados , Arquitetura e Urbanismo, Arte e Cultura, Beleza, Computação Gráfica, Comunicação Social, Comércio Exterior, Desenvolvimento Social, Desenvolvimento de Sistemas , Design, Enfermagem, Eventos, Finanças e Contabilidade, Gastronomia, Gestão de Pessoas, Hotelaria, Idiomas e Linguagem, Iniciação em Informática, Internet, Lazer, Logística, Marketing e Vendas, Meio Ambiente, Moda, Nutrição, Paisagismo e Jardinagem, Redes e Infraestrutura, Responsabilidade Social, Rádio e Áudio, Saúde e
Bem-estar, Segurança e Saúde no Trabalho e Turismo.
Rua Guaporé, 3221 - Nova Boa Vista . Votuporanga-SP. CEP: 15500-086
Tel.: (17) 3426-6700 Fax: (17) 3426-6707
E-mail: votuporanga@sp.senac.br Site:www.sp.senac.br
INSTITUIÇÃO MODALIDADE - CURSOS LOCALIDADE CONTATO
4. Escola Técnica Estadual – ETEC. Ensino Médio Integrado ao Técnico / Ensino Técnico Concomitante ou Subseqüente.
Administração,Agricultura Agrimensura, Agropecuária,Contabilidade,Informática Marketing, Meio Ambiente e Informática para Internet.
Prédio 1 – Rodovia Péricles Beline, km
121, SP 461. Votuporanga-SP. CEP 15500-000
Prédio 2 – Rua Ceará, 4.360 – Jardim
São Paulo. Votuporanga-SP. CEP 15505-167 Tel.: (17) 3421-3715 / (17) 3421-8285 / (17) 3421-3112 E-mail: dir.votuporanga@centropaulasouza.sp. gov.br Site: www.etecvotuporanga.com
5. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSP.
Ensino de nível Técnico Integrado ao Médio / Ensino de Nível Técnico Concomitante ou Subsequente / PROEJA
Cursos Oferecidos Nível Técnico Integrado: Edificações, Manutenção e Suporte de Informática.
Concomitante ou Subsequente: Edificações, Eletrotécnica, Manutenção e Suporte de Informática e Mecânica. PROEJA: Jardinagem e Paisagismo.
Av. Jerônimo Figueira da Costa, 3014. Votuporanga-SP. CEP 15503-110.
Tel.: (11) 2763-7500 / (17) 3426-6990 /
(17) 9166-4259
6. Serviço Social da Indústria – SESI. Ensino Fundamental e Médio Av. Américo M. dos Santos, 157 –
Centro. Fernandópolis-SP. CEP 15600-000
Tel.: (17) 3442-1986.
INSTITUIÇÃO MODALIDADE - CURSOS LOCALIDADE CONTATO
7. Escola Técnica Estadual – ETEC. Ensino Médio Integrado ao Técnico / Ensino Técnico Concomitante ou Subseqüente
Açúcar e Álcool, Administração, Informática, Informática para Internet, Marketing e Secretariado.
Av. Geraldo Roquete, 135 - Jd. Paulista. Fernandópolis. CEP 15600-000
Tel.: (17) 3442-7505 / (17) 3462-3311 /
(17) 3462-3030.
E-mail: etefernandopolis@uol.com.br
8. Escola Técnica Estadual – ETEC. Ensino Médio Integrado ao Técnico / Ensino Técnico Concomitante ou Subseqüente.
Agricultura, Agroindústria, Agronegócio, Agropecuária, Alimentos, Comércio, Informática, Informática para Internet, Marketing, Produção Agropecuária e Produção de Cana de Açúcar.
Chácara Municipal - Córrego Tambory . Jales-SP. CEP 15700-000.
Tel.: (17) 3622-9007 / (17) 3622-9004. E-mail: etejales@etejales.com.br
Site: www.etejales.com.br
9. Faculdade de Tecnologia – FATEC. Ensino Superior.
Agronegócio e Sistemas para Internet.
Rua Vicente Leporace, 2630 - Jd. Trianon. Jales-SP. CEP 15703-116
Tel.: (17) 3621.6911 / (17) 3632.2239. E-mail: fatecjales@fatecjales.com.br
Tabela 5 – Cursos de Nível Técnico oferecidos por Instituições não-privadas da Área de Abrangência Direta. CURSO INSTITUIÇÃO CIDADE CARGA HORÁRIA VAGAS
Administração - Integrado ETEC Votuporanga 4800 35
Administração
ETEC Votuporanga 1200 35Agricultura ETEC Votuporanga 1200 35
Agrimensura ETEC Votuporanga 1200 25
Agropecuária Integrado ETEC Votuporanga 4800 70
Contabilidade ETEC Votuporanga 1200 40
Informática ETEC Votuporanga 1200 40
Informática para Internet ETEC Votuporanga 1200 40
Meio Ambiente ETEC Votuporanga 1200 70
Produção de Cana de Açúcar ETEC Votuporanga 1200 35
Marketing ETEC Votuporanga 1200 40
Design de Móveis SENAI Votuporanga 900 32
Desenhos de Projetos SENAI Votuporanga 1200 32
Móveis SENAI Votuporanga 1200 32
Administração SENAC Votuporanga 800 35
Design de Interiores SENAC Votuporanga 800 35
Arte Dramática SENAC Votuporanga 800 35
Publicidade SENAC Votuporanga 800 35
Enfermagem SENAC Votuporanga 1800 35
Podologia SENAC Votuporanga 1200 35
Informática SENAC Votuporanga 1000 35
Informática para Internet SENAC Votuporanga 1000 35
Segurança no Trabalho SENAC Votuporanga 1200 35
Radialista – Setor Locução SENAC Votuporanga 268 35
Radialista – Setor Sonoplastia SENAC Votuporanga 232 35
Massoterapia SENAC Votuporanga 1200 35
Farmácia SENAC Votuporanga 1200 35
Estética SENAC Votuporanga 1200 35
Edificações IFSP Votuporanga 1203 40
Edificações – Integrado IFSP Votuporanga 4893 40
Manutenção e Suporte em Informática IFSP Votuporanga 1045 40 Manutenção e Suporte em Informática - Integrado IFSP Votuporanga 4827 40
Eletrotécnica IFSP Votuporanga 1203 40
Mecânica IFSP Votuporanga 1203 40
Açúcar e Álcool ETEC Fernandópolis 2000 80
Administração ETEC Fernandópolis 1500 40
Contabilidade ETEC Fernandópolis 1500 40
Especialização Java ETEC Fernandópolis 1500 40
Informática ETEC Fernandópolis 1500 40
Informática p/ Internet ETEC Fernandópolis 1500 40
Marketing ETEC Fernandópolis 1500 40
Secretariado ETEC Fernandópolis 1500 40
Técnico Jurídico ETEC Fernandópolis 1500 40
Agroindústria ETEC Jales 1500 40
Agronegócio ETEC Jales 1500 40
Agropecuária ETEC Jales 2000 40
Agropecuária - Integrado ETEC Jales 4800 40
Alimentos ETEC Jales 1500 40
Comércio ETEC Jales 1500 40
Informática ETEC Jales 1500 40
Informática para Internet ETEC Jales 1500 40
Marketing ETEC Jales 1500 40
Produção de Cana-de-Açúcar ETEC Jales 1500 40
TOTAL DE VAGAS OFECIDAS NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DIRETA 2171
4. JUSTIFICATIVA E DEMANDA DE MERCADO