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Os Cabeças do Congresso Nacional. Uma pesquisa sobre os 100 parlamentares mais influentes

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Os “Cabeças” do

Congresso Nacional

Uma pesquisa sobre os 100

parlamentares mais influentes

Série Os “Cabeças” do Congresso Nacional

Ano XIII – 2006

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100 parlamentares mais influentes - publicação anual do Departamento

Intersindical de Assessoria Parlamentar -

DIAP.

Ficha técnica

Supervisão da Pesquisa

Ulisses Riedel de Resende

Coordenação-Geral e Análise

Antônio Augusto de Queiroz

Redação Final

Antônio Augusto de Queiroz

Viviane Ponte Sena

Revisão

Viviane Ponte Sena

Colaboradores

Alysson de Sá Alves

André Luis dos Santos

Lilian Tiemann

Capa e Editoração Eletrônica

Fernanda Medeiros

(61) 3321-8200

Fotos

Arquivo DIAP

Arquivo fotográfico da Câmara e do Senado

Edição n° 13, Ano XIII – 2006

DIAP - Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar

SBS Ed. Seguradoras, 3° andar, Salas 301 a 307 - Cep: 70093-900 - Brasília-DF

Fones: (61) 3225-9704 - 3225-9744 - Fax: (61) 3225-9150

Endereço eletrônico: diap@diap.org.br

Página: www.diap.org.br

(3)

O DIAP é o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, fundado em 19 de

dezembro de 1983, para atuar junto aos Poderes da República, em especial no Congresso

Nacional, com vistas à institucionalização e transformação em normas legais das

reivindicações predominantes, majoritárias e consensuais do movimento sindical.

O que FAZ

l Monitora a tramitação legislativa de emendas constitucionais, projetos de lei, substitutivos, emen-das, pareceres, requerimentos de informação e discursos parlamentares de interesse da sociedade em geral e dos trabalhadores em particular;

l Presta informações sobre o andamento e possíveis desdobramentos das matérias monitoradas por intermédio de relatórios e demais veículos de comunicação do DIAP, notadamente a Agência, o Boletim e o Jornal;

l Elabora pareceres, projetos, estudos e outros documentos para as entidades filiadas;

l Identifica, desde a eleição, quem são os parlamentares eleitos, de onde vêm, quais são seus redutos eleitorais, quem os financia, e elabora seu perfil político;

l Promove pesquisa de opinião com o objetivo de antecipar o pensamento do Congresso em relação às matérias de interesse dos trabalhadores;

l Organiza base de dados com resultados de votações;

l Produz artigos de análise política, edita estudos técnicos, políticos e realiza eventos de interesse do movimento social organizado;

l Mapeia os atores-chave do processo decisório no Congresso Nacional; l Fornece os contatos atualizados das autoridades dos Três Poderes;

l Monta estratégias com vistas à aprovação de matérias de interesse das entidades sindicais

COMO é eSTRuTuRADO

O comando político-sindical do DIAP é exercido pelas entidades filiadas, que constituem a Assembléia Geral, e se reúnem periodicamente na forma estatutária. A sua Diretoria, por igual, é constituída por dirigentes sindicais.

Operacionalmente, o DIAP possui em sua estrutura uma Diretoria Técnica, recrutada em seu quadro funcional, que atua junto à Diretoria Executiva, cujas funções consistem em coordenar as reuniões de técnicos e consultores, emitir pareceres, monitorar projetos, atuar junto aos parlamentares e assessorar as entidades sindicais.

PRINCÍPIOS FuNDAMeNTAIS

Os princípios fundamentais em que se baseia o trabalho do DIAP são: l decisões democráticas;

l atuação suprapartidária; l conhecimento técnico;

l atuação como instrumento dos trabalhadores em matérias consensuais no movimento sindical, que representem o seu pensamento majoritário.

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Presidente:

Celso Napolitano (SINPRO/SP e FEPESP)

Vice-Presidentes:

José Gabriel Teixeira dos Santos (CNTI)

Fernando Cláudio Antunes Araújo (UNACON)

João Batista da Silveira (SAAE/MG)

Wellington Teixeira Gomes (FITEE)

Lúcio Flávio Costa (Fed. Bras. Adm.)

Superintendente:

Epaminondas Lino de Jesus (SINDAF/DF)

Suplente:

Ezequiel Souza Nascimento (SINDILEGIS)

Secretário:

Wanderlino Teixeira de Carvalho (FNE)

Suplente:

Izac Antonio de Oliveira (FITEE)

Tesoureiro:

José Carlos Perret Schulte (CNTC)

Suplente:

José Caetano Rodrigues (CNTS)

CONSelhO FISCAl

efetivos:

Jânio Pereira Barbosa (SENGE/DF)

Itamar Revoredo Kunert (Sind. Adm. de Santos/SP)

José Aquiles de Almeida (CNTEEC)

Suplentes:

Aramis Marques da Crus (Sindicato Nacional dos Moedeiros)

Francílio Pinto Paes Leme (SINPRO/RJ)

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Apresentação ... 07

Introdução ... 09

Metodologia ... 11

Classificação das Habilidades ... 13

Mapa dos “Cabeças” por Estado ... 15

Análise Global ... 17

Perfis Individuais ... 21

Os “Cabeças” por Partido ... 46

Os “Cabeças” por Ordem Alfabética ... 47

Os “Cabeças” por Estado ... 48

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É com grande satisfação que o DIAP lança a 13ª edição de Os “Cabeças” do Congresso, uma

publicação que, desde sua primeira edição, é referência e leitura obrigatória entre

parla-mentares, autoridades do Poder Executivo, dirigentes partidários, sindicais e empresariais,

estudiosos, formadores de opinião e demais interessados no processo decisório no Poder

Le-gislativo.

Esta publicação, cujo objetivo é mapear e fornecer ao movimento social organizado

infor-mações seguras sobre os 100 parlamentares mais influentes, faz parte do tripé que constitui

a espinha dorsal do trabalho do DIAP, qual seja: i) identificar, desde a eleição, quem são os

parlamentares eleitos, de onde vêm, quais são seus redutos eleitorais, quem os financia, para

elaboração de um perfil político; ii) saber o que pensam sobre os temas que serão objeto de

debate e deliberação durante a legislatura; e, finalmente, iii) mapear os operadores-chave do

processo legislativo, identificando os 100 parlamentares mais influentes do Congresso.

A metodologia utilizada, os critérios adotados, a ausência de vícios ou preferência na

indi-cação dos nomes, aliados à experiência e seriedade de nossa equipe técnica, são a garantia de

tratar-se de um trabalho diligente e criterioso e, portanto, digno de credibilidade.

Este trabalho de pesquisa, já tradicional no Congresso, tem a supervisão do diretor

técni-co do DIAP, o advogado Ulisses Riedel de Resende, e é técni-coordenado e escrito pelo jornalista,

analista político e diretor de Documentação do DIAP, Antônio Augusto de Queiroz, um dos mais

aplicados estudiosos e observadores do processo legislativo e da atividade parlamentar do

Congresso brasileiro. O fato de estar na 13ª edição é o melhor testemunho de sua seriedade.

Assim, na certeza de o DIAP mais uma vez estar contribuindo para a democratização da

informação e da ação sobre aqueles que efetivamente conduzem o processo legislativo,

rei-teramos nosso compromisso em defesa de uma sociedade informada e consciente, condições

indispensáveis a um país justo e democrático.

Brasília, agosto de 2006.

Celso Napolitano

Presidente

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INTRODuçãO

A série Os “Cabeças” do Congresso Nacional, que chega a sua 13ª edição, surgiu da

necessidade de mapeamento, a partir de critérios objetivos, dos deputados e senadores que

conduzem o processo decisório no Poder Legislativo. Com essa finalidade, o DIAP desenvolveu

uma metodologia para identificar, anualmente, os 100 parlamentares com mais habilidades

para elaborar, interpretar, debater ou dominar regras e normas do processo decisório, bem

como para manipular recursos de poder, de tal modo que suas preferências ou do grupo que

lideram prevaleçam no conflito político.

O objetivo da publicação – produto de um acompanhamento permanente e sistemático do

DIAP desde 1986 – é fornecer ao movimento social organizado uma radiografia dos principais

interlocutores – partidários, profissionais, ideológicos ou de grupos políticos – no Congresso

Na-cional, publicando um rápido perfil com resumo das principais habilidades dos parlamentares

que realmente exercem influência no processo decisório do Poder Legislativo.

A idéia da série partiu da premissa de que a disputa política é assimétrica, isto é, alguns

atores são mais poderosos que outros, daí a necessidade de identificá-los. Poderoso aqui é

entendido como alguém hábil, experiente, especializado, ou que detém recursos – materiais,

econômicos, organizacionais, humanos, técnicos, partidários, ideológicos ou regionais – e

ca-pacidade de convertê-los em poder e, portanto, em liderança. No Parlamento, como na

socie-dade, há os que lideram – geralmente em menor número – e os liderados, em maior número.

Desde o lançamento da série, em 1994, sempre que há renovação na legislatura ou

quan-do os membros e dirigentes das comissões, as lideranças partidárias e as Mesas Diretoras da

Câmara e do Senado são escolhidos, o DIAP atualiza esta publicação. Por meio dela, o DIAP

identifica e classifica os operadores-chave do processo legislativo em cinco categorias: (i)

debatedores; (ii) articuladores/organizadores; (iii) formuladores; (iv) negociadores; e (v)

for-madores de opinião. A classificação adotada tem por finalidade evidenciar as habilidades dos

parlamentares que influenciam, decidem e sustentam as decisões do Poder Legislativo. As

classificações adotadas – é bom que se registre – não são excludentes. Assim, um parlamentar

pode perfeitamente possuir atributos para estar em todas as categorias, de articulador a

for-mador de opinião.

A metodologia utilizada na identificação e classificação dos parlamentares, conforme se verá

em detalhes a seguir, considera critérios qualitativos e quantitativos que envolvem aspectos

posicionais (institucionais), reputacionais e decisionais, além da abordagem da não-decisão.

O método de investigação empregado neste levantamento – minucioso e impessoal – afasta a

subjetividade, eliminando qualquer vício, discriminação ou preferência de natureza

partidá-ria, doutrinápartidá-ria, ideológica ou econômica em relação aos parlamentares pesquisados.

(10)

O estudo da elite parlamentar – com uma metodologia que combina variados aspectos da

to-mada de decisão no processo político – não é uma exclusividade do DIAP. Outros pesquisadores,

analistas e cientistas políticos – que acompanham as atividades do Legislativo Federal – como

David Fleischer, Murillo de Aragão e Walder de Góes, também vêm promovendo pesquisas e

investigações sobre liderança política nos últimos anos. Aragão, por exemplo, desenvolveu

uma tipologia própria, para o mapeamento da elite parlamentar. Ele criou duas categorias

básicas de status para inserção de parlamentares na elite: a liderança formal e a informal. Na

primeira – de líderes formais – ele adota o critério institucional ou posicional, que inclui os

par-lamentares influentes que ocupam postos na estrutura do Congresso: presidentes das Casas,

membros da Mesa Diretora, líderes, vice-líderes, presidentes de partidos e de comissões, além

de relatores de matérias relevantes. Na segunda – de líderes informais – ele utiliza o critério

reputacional, no qual os parlamentares são classificados de acordo com a percepção que deles

têm os seus pares no que se refere a sua capacidade de liderança e influência; líderes

políti-cos, especialistas, formadores de opinião, operadores, líderes setoriais e debatedores.

A equipe do DIAP decidiu não emitir juízo de valor sobre a atuação do senador Eduardo

Aze-redo (PSDB/MG) e dos deputados João Paulo Cunha (PT/SP), Pedro Henry (PP/MT), Professor

Luizinho (PT/SP) Roberto Brant (PFL/MG) e Sandro Mabel (PL/GO) porque no período

destina-do à avaliação eles estavam dedicadestina-dos quase que exclusivamente à defesa de seus mandatos,

ameaçados de cassação por denúncia da CPMI dos Correios e do Conselho de Ética da Câmara

ou do Senado. Para a equipe, esses parlamentares continuam influentes no Congresso, mas o

fato de terem se dedicado à defesa de seus mandatos poderia prejudicar a avaliação.

Além dos “100 Cabeças”, desde a sétima edição da série, o DIAP resolveu inovar no

levanta-mento incluindo na publicação um anexo com outros parlamentares que, mesmo não fazendo

parte do grupo dos 100 mais influentes, estão em plena ascensão, podendo, mantida a

traje-tória ascendente, estar futuramente na elite parlamentar.

Por último, e apenas como registro, o DIAP reitera que não há outra razão para este trabalho

senão a de identificar o grau de influência e poder dos parlamentares nos debates e decisões

do Congresso, especialmente nas reformas constitucionais e na conseqüente regulamentação

dos textos modificados em nossa Constituição.

(11)

MeTODOlOgIA

DeFINIçãO - Os “Cabeças” do Congresso Nacional são, na definição do DIAP, aqueles

par-lamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de todas ou algumas das

qualidades e habilidades aqui descritas. Entre os atributos que caracterizam um protagonista

do processo legislativo , destacamos a capacidade de conduzir debates, negociações,

vota-ções, articulações e formulavota-ções, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura

da realidade, que é dinâmica, e, principalmente, facilidade para conceber idéias, constituir

posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão

e tomada de decisão. Enfim, é o parlamentar que, isoladamente ou em conjunto com outras

forças, é capaz de criar seu papel e o contexto para desempenhá-lo.

São “Cabeças”, portanto, aqueles operadores-chave do Poder Legislativo cujas

preferên-cias, iniciativas, decisões ou vetos – implementados, por meio dos métodos da persuasão, da

negociação, da indução ou da não-decisão – prevalecem no processo decisório na Câmara ou

no Senado Federal.

CRITéRIO De ClASSIFICAçãO - Para a classificação e definição dos nomes que lideram

o processo legislativo, o DIAP adotou critérios qualitativos e quantitativos que incluem

aspectos posicionais (institucionais), reputacionais e decisionais. Entendemos como

cri-tério institucional, o vínculo formal ou o posto hierárquico ocupado na estrutura de uma

organização; o reputacional, a percepção e juízo que outras pessoas têm ou fazem sobre

determinado ator político; e o decisional, a capacidade de liderar e influenciar escolhas.

Além destes métodos, geralmente aceitos pelos cientistas políticos, o DIAP vem buscando

também a aplicação da abordagem da não-decisão, caracterizada por ações de bastidores

destinadas a ocultar ou criar barreiras ou obstáculos à exposição do conflito, evitando que

matérias com potencial explosivo ou ameaçador sejam incluídas na agenda política. A não

regulamentação do sistema financeiro é um exemplo típico, como bem demonstrou o cientista

político Pedro Robson Neiva, em sua dissertação de mestrado na UnB. Este, embora menos

visível que os outros métodos, envolve a manipulação de regras, procedimentos,

institui-ções, mitos, valores etc. Exerce influência, por exemplo, alguém que consegue evitar que

o processo de coleta de assinaturas para a instalação de uma CPI seja concluído ou mesmo

iniciado ou, ainda, aquele cuja simples não-manifestação sobre um determinado assunto

possa ser decisiva para que este sequer seja aventado.

Com base nos critérios acima, a equipe do DIAP fez entrevistas com deputados e senadores,

assessores das duas Casas do Congresso, jornalistas, cientistas e analistas políticos, e promoveu,

em relação a cada parlamentar, exame cuidadoso das atividades profissionais, dos vínculos com

empresas ou organizações econômicas ou de classe, da formação e vida acadêmica, além de

levantamentos minuciosos de pronunciamentos, apresentação de proposições, resultados de

votações, intervenções nos debates do Legislativo, freqüência com que é citado na imprensa,

temas preferenciais, cargos públicos exercidos dentro e fora do Congresso, relatorias de

ma-térias relevantes, forças ou grupos políticos de que faça parte, além do exame minucioso dos

perfis políticos e ideológicos de cada parlamentar.

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CARACTeRÍSTICAS DOS “CAbeçAS” - Constatou-se, ao longo deste trabalho, que as posições

ocupadas, cargos formais ou informais, como presidência de comissões, lideranças,

vice-lide-ranças, relatorias, missões partidárias, direção da Câmara ou do Senado e a reputação entre os

colegas são fundamentais para o ingresso nesse clube restrito, embora não sejam exclusivos.

O saber, o equilíbrio, a prudência, a credibilidade e a respeitabilidade, ao lado da

experiên-cia, são atributos que credenciam um parlamentar perante seus pares e abrem caminho para

influenciar no processo decisório, inclusive na definição da agenda. A imprensa, igualmente,

possui papel decisivo na projeção desses parlamentares.

Assim, de acordo com os critérios adotados, não basta o parlamentar ser líder partidário,

presidente de comissão, relator de matéria importante, presidir partido político, estar sempre

na mídia ou ter arroubos de valentia, para ser classificado como “Cabeça”. É preciso, além do

cargo formal, que o parlamentar exerça alguma habilidade, que comprovadamente influencie

o processo decisório, seja na bancada partidária, na comissão, no plenário, nas decisões de

bastidores ou até mesmo em fóruns informais, como as frentes ou bancadas de interesse. Há

uma alternância normal entre os parlamentares que aparecem apenas conjunturalmente. Esses,

com a mesma velocidade com que surgem, também desaparecem da cena política.

Os “Cabeças” ou protagonistas do Congresso, portanto, são os parlamentares que exercem

real influência no processo decisório e sobre os atores nele envolvidos. Influência aqui é

defi-nida como uma relação entre parlamentares na qual as preferências, desejos ou intenções de

um ou mais parlamentares afetam a conduta ou a disposição de agir de outros. Há dois tipos

de influência: a manifesta ou explícita, mais comum, e a implícita ou de expectativa.

Trata-se, neste último caso, de reação antecipada, na qual, um ator “y” ajusta sua conduta ao que

acredita ser o desejo do ator “x”, sem que este (ator x) tenha emitido qualquer mensagem

explícita sobre suas preferências ou intenções, direta ou indiretamente.

PARlAMeNTAReS eM ASCeNSãO - Entense por parlamentar em “ascensão” aquele

de-putado ou senador que vem recebendo missões partidárias, políticas ou institucionais e se

desincumbindo bem delas. Estão também nessa categoria os parlamentares que têm buscado

abrir canais de interlocução, criando seus próprios espaços e se credenciando para o exercício

de lideranças formais ou informais no âmbito do Parlamento. Integram esse grupo, ainda, os

deputados ou senadores que já fizeram parte dos “Cabeças” mas, por razões circunstanciais,

perderam interlocução.

Os conceitos, a metodologia adotada, os critérios de classificação dos parlamentares, bem

como a análise e perfis individuais são de inteira responsabilidade da equipe técnica do DIAP.

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ClASSIFICAçãO

Para facilitar a leitura, o DIAP identificou e classificou os parlamentares em cinco categorias, de acordo com as habilidades de cada um, dando destaque à característica principal de cada operador-chave do processo legislativo. As categorias são: a) debatedores, b) articuladores/ organizadores, c) formuladores, d) negociadores e e) formadores de opinião. As classificações

não são excludentes. Assim, um parlamentar pode, além de sua habilidade principal, possuir outras secundárias, identificadas nas tabelas às páginas 15 e 16.

a) Formadores de opinião

São parlamentares que, por sua respeitabilidade, credibilidade e prudência, são chamados a arbi-trar conflitos ou conduzir negociações políticas de grande relevância. Normalmente, são deputados ou senadores experientes, com trânsito fácil entre as diversas correntes e segmentos representados no Congresso e visão abrangente dos problemas do País, cuja opinião sobre o assunto influencia fortemente a decisão dos demais parlamentares.

Discretos na forma de agir, evitando se expor em questões menores do dia-a-dia do Legislativo, preferem as decisões de bastidores, onde exercem real poder. Constituem a elite do Poder Legislativo, embora não precisem, necessária e institucionalmente, estar em postos-chave, como liderança formal ou presidência de uma das Casas do Congresso. São os que se pode chamar de líderes de alta patente, respeitados e legitimados pelo grupo ou corrente política que lideram.

b) articuladores/organizadores

São parlamentares com excelente trânsito nas diversas correntes políticas, cuja facilidade de inter-pretar o pensamento da maioria os credencia a ordenar e criar as condições para o consenso. Muitos deles exercem um poder invisível entre seus colegas de bancada, sem aparecer na imprensa ou nos debates de plenários e comissões. Como interlocutores dos líderes de opinião, encarregam-se de di-fundir e sustentar as decisões ou intenções dos formadores de opinião, formando uma massa de apoio à iniciativa dos dirigentes dos grupos políticos a que pertencem. Normalmente, têm livre acesso aos bastidores, ao poder institucional e alto grau de fidelidade às diretrizes partidárias ou ideológicas do grupo político que integram. Não são necessariamente eruditos, intelectuais, mas possuem instinto político e o dom da síntese.

c) negociadores

Em geral líderes partidários, os negociadores são aqueles parlamentares que, investidos de autoridade para firmar e honrar compromissos, sentam-se à mesa de negociação respaldados para tomar decisões. Os negociadores, normalmente parlamentares experientes e respeitados por seus pares, sabedores de seus limites de concessões, procuram previamente conhecer as aspirações e bases de barganha dos in-terlocutores para estabelecer sua tática de convencimento.

São atributos indispensáveis ao bom negociador, além da credibilidade, a urbanidade no trato, o controle emocional, a habilidade no uso das palavras, discrição e, sobretudo, capacidade de transigir. É bom negociador aquele parlamentar que, sem abrir mão de suas convicções políticas, respeita a vontade da maioria mantendo coeso seu grupo político.

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d) debatedores

São parlamentares ativos, atentos aos acontecimentos e principalmente com grande senso de opor-tunidade e capacidade de repercutir, seja no plenário ou na imprensa, os fatos políticos gerados dentro ou fora do Congresso. São, por essência, parlamentares extrovertidos, que procuram ocupar espaços e explorar os assuntos que possam ser notícia.

Conhecedores das regras regimentais, que regem as sessões e o funcionamento das Casas do Con-gresso, exercem real influência nos debates e na definição da agenda prioritária. Com suas questões de ordem, de encaminhamento, discussão de matérias em votação, obstrução do processo deliberativo, dominam a cena e contribuem decisivamente na dinâmica do Congresso. São os parlamentares mais procurados pela imprensa.

e) Formuladores

São os parlamentares que se dedicam à elaboração de textos com propostas para deliberação. Nor-malmente são juristas, economistas ou pessoas que se especializaram em determinada área, a ponto de formular sobre os temas que dominam. São, certamente, os parlamentares mais produtivos, embora tenham menos visibilidade que os debatedores.

O saber, a qualidade intelectual e a especialização, embora não sejam exclusivos, são atributos indispensáveis aos formuladores.

O debate, a dinâmica e a agenda do Congresso são fornecidos basicamente pelos formuladores, que dão forma às idéias e interesses que circulam no Congresso. A produção legislativa, com raras exceções, é fruto do trabalho desses parlamentares. Enfim, são eles que concebem e escrevem o que o Poder Legislativo debate e delibera. Não ocupam, necessariamente, posto de líder político ou partidário.

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Cargo Nome / Partido Profissão Número de mandatos Debatedor OrganizadorArticulador/ Formulador de OpiniãoFormador Negociador

ACRE

Senador Tião Viana – PT Médico 1º * C

ALAGOAS

Senadora Heloísa Helena – PSOL Professora 1º C * Deputado João Caldas – PL Advogado 2º C * Deputado José Thomaz Nonô – PFL Promotor de Justiça 6º C *

Senador Renan Calheiros – PMDB Advogado 2º * C

AMAPÁ

Senador José Sarney – PMDB Empresário 3º * C

AMAZONAS

Senador Arthur Virgílio Neto – PSDB Diplomata 1º C * * Senador Jefferson Peres – PDT Advogado 2º C *

Deputado Pauderney Avelino – PFL Empresário 4º C *

BAHIA

Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto

– ACM Neto – PFL Advogado 1º C *

Senador Antonio Carlos Magalhães – PFL Empresário 2º * C

Deputado Geddel Vieira Lima – PMDB Pecuarista 4º * C * Deputado José Carlos Aleluia – PFL Engenheiro Elétrico 4º C * * * Deputado Jutahy Júnior – PSDB Advogado 5º C * * Senador Rodolpho Tourinho – PFL Economista 1º * C * Deputado Walter Pinheiro – PT Técnico Telecomunic. 3º * C *

CEARÁ

Deputado Bismarck Maia – PSDB Servidor Público 1º * C

Deputado Eunício Oliveira – PMDB Empresário 2º * C * Deputado Inácio Arruda – PCdoB Servidor Público 3º C * * Deputado José Pimentel – PT Bancário 3º * C * Senador Tasso Jereissati – PSDB Empresário 1º * C *

DISTRITO FEDERAL

Deputado Agnelo Queiroz – PCdoB Médico 3º * C

Senador Cristovam Buarque – PDT Professor 1º * * C Deputado José Roberto Arruda – PFL Engenheiro 1º C *

Senador Paulo Octávio – PFL Empresário 1º C *

Deputado Sigmaringa Seixas – PT Advogado 3º C *

ESPÍRITO SANTO

Deputado Renato Casagrande – PSB Advogado 1º * C

GOIÁS

Senador Demostenes Torres – PFL Promotor de Justiça 1º * C

Deputado Jovair Arantes – PTB Cirurgião-Dentista 3º C * * Deputado Ronaldo Caiado – PFL Empresário Rural 3º C *

MINAS GERAIS

Deputado Carlos Mota – PSB Advogado 1º * C *

Deputado Custódio Mattos – PSDB Servidor Público 2º C * Deputado Paulo Delgado – PT Professor 5º * C

Deputado Sérgio Miranda – PDT Professor 4º C * * * Deputado Virgílio Guimarães – PT Economista 3º * C

MATO GROSSO DO SUL

Senador Delcídio Amaral – PT Engenheiro 1º * * C *

PARÁ

Deputado Jader Barbalho – PMDB Empresário 3º C *

PARAÍBA

Senador Efraim Morais – PFL Engenheiro Civil 1º C *

Deputado Inaldo Leitão – PL Advogado 2º * C

Senador Ney Suassuna – PMDB Empresário 2º * C

PARANÁ

Senador Álvaro Dias – PSDB Professor 2º C * Deputado Gustavo Fruet – PSDB Advogado 2º * C *

Deputado Luiz Carlos Hauly – PSDB Economista 4º * C * Deputado Osmar Serraglio – PMDB Advogado 2º C *

MAPA DOS “CAbeçAS” POR eSTADO

C- PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO DO DIAP * - CARACTERÍSTICA SECUNDÁRIA DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO DO DIAP

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Cargo Nome / Partido Profissão Número de mandatos Debatedor OrganizadorArticulador/ Formulador de OpiniãoFormador Negociador

PERNAMBUCO

Deputado Armando Monteiro – PTB Industrial 2º * C Deputado Eduardo Campos – PSB Economista 3º * C *

Deputado Fernando Ferro – PT Engenheiro 3º * C

Deputado Inocêncio Oliveira – PL Empresário 8º * C * Deputado José Múcio Monteiro – PTB Empresário 3º * C Senador Marco Maciel – PFL Advogado 3º * C

Deputado Maurício Rands – PT Advogado 1º * C

Deputado Renildo Calheiros – PCdoB Geólogo 2º * C Deputado Roberto Freire – PPS Advogado 5º * * C * Deputado Roberto Magalhães – PFL Advogado 3º C * Senador Sérgio Guerra – PSDB Pecuarista 1º C *

RIO DE JANEIRO

Deputado Alexandre Cardoso – PSB Médico 3º * C Deputado Antônio Carlos Biscaia – PT Promotor de Justiça 2º * C Deputado Chico Alencar – PSOL Professor 1º C *

Deputado Eduardo Paes – PSDB Advogado 2º C * Deputado Fernando Gabeira – PV Jornalista 3º C * *

Deputado Francisco Dornelles – PP Servidor Público 5º * C * Deputada Jandira Feghali – PCdoB Médica 4º C * * * Deputado Jorge Bittar – PT Engenheiro 2º * * C

Deputado Júlio Lopes – PP Administrador de Empresas 1º * * C

Deputado Miro Teixeira – PDT Jornalista 8º C * * Deputado Rodrigo Maia – PFL Analista Financeiro 2º C *

RIO GRANDE DO NORTE

Senador Fernando Bezerra – PTB Empresário 2º C * Deputado Henrique Eduardo Alves – PMDB Empresário 9º C * Senador José Agripino Maia – PFL Engenheiro Civil 3º * C * Deputado Ney Lopes – PFL Advogado 6º * C

RIO GRANDE DO SUL

Deputado Alceu Collares – PDT Advogado 5º C *

Deputado Beto Albuquerque – PSB Advogado 2º * C Deputado Henrique Fontana – PT Médico 2º C *

Deputado Mendes Ribeiro Filho – PMDB Advogado 3º * * C Senador Paulo Paim – PT Metalúrgico 1º * * C * Senador Pedro Simon – PMDB Advogado 3º C

Deputada Yeda Crusius – PSDB Economista 3º * C

RONDONIA

Senador Amir Lando – PMDB Advogado 2º * C *

RORAIMA

Senador Romero Jucá – PMDB Economista 2º C * *

SANTA CATARINA

Deputado Carlito Merss – PT Economista 2º C * Deputado Fernando Coruja – PPS Médico 2º C * * Senadora Ideli Salvatti – PT Professora 1º C * * Senador Jorge Bornhausen – PFL Advogado 2º * C

SÃO PAULO

Deputado Alberto Goldman – PSDB Engenheiro Civil 6º C *

Deputado Aldo Rebelo – PCdoB Jornalista 4º * C * Senador Aloizio Mercadante – PT Economista 1º * * C Deputado Arlindo Chinaglia – PT Médico 3º * * C Deputado Arnaldo Faria de Sá – PTB Radialista 5º C * * Deputado Arnaldo Madeira – PSDB Administrador de Empresas 3º * * * C Deputado Delfim Netto – PMDB Economista 5º * C

Senador Eduardo Suplicy – PT Economista 2º * * * C

Deputado Luiz Antônio Fleury – PTB Advogado 2º * C * Deputado José Eduardo Cardozo – PT Advogado 1º C *

Deputado Luiz Eduardo Greenhalgh – PT Advogado 4º * C

Deputada Luiza Erundina – PSB Assistente Social 2º * C * Deputado Luciano Zica – PT Petroleiro 3º * * C Deputado Michel Temer – PMDB Advogado 5º * C

Deputado Ricardo Berzoini – PT Bancário 2º C * * Deputado Walter Feldman – PSDB Médico 1º C * *

SERGIPE

Senador Antônio Carlos Valadares – PSB Advogado 2º * C *

C- PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO DO DIAP * - CARACTERÍSTICA SECUNDÁRIA DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO DO DIAP

(17)

ANÁlISe glObAl

O DIAP, após exaustivo levantamento, mapeou os 100 parlamentares que, em sua

opinião, constituem a elite do Congresso. Os parlamentares mais influentes foram

identificados a partir de critérios quantitativos e qualitativos, apurados segundo a

metodologia convencional da ciência política, que leva em consideração aspectos

institucionais, reputacionais e de tomada de decisão. Pelo levantamento conclui-se

que os parlamentares que comandam o processo decisório no Congresso Nacional têm

formação superior, são profissionais liberais, defendem a economia de mercado, têm mais

de um mandato, são oriundos das regiões ricas ou dos Estados ricos das regiões pobres,

pertencem aos maiores partidos, destacam-se como articuladores e debatedores. Estas

conclusões estão detalhadas nas tabelas e análises a seguir.

por casa do congresso

Entre os 100 parlamentares que comandam o processo decisório no Congresso, 71 são deputados e 29 são senadores. Proporcionalmente, o Senado encontra-se hiper-representado. Enquanto a representação dos senadores na composição do Congresso é de 13,64%, na elite ele participa com 29%. Já a Câmara, com 86,36% da composição do Poder Legislativo, participa da elite com 71%. A explicação para a ex-pressiva participação dos senadores entre os que influenciam decisões no Congresso está relacionada com a experiência. Entre os senadores, são poucos os que não foram governadores, ministros, prefeitos, deputados ou já exerceram algum cargo na vida pública. A própria exigência de idade mínima de 35 anos para disputar uma vaga ao Senado concorre para a tese da experiência. Além disto, muitos têm origem empresarial, representam interesses econômicos ou profissionais, foram ou são líderes regionais ou partidários.

por partido

Os dois partidos com maior número de parlamentares na elite são o PT, ao qual é filiado o presidente da República, e o PFL, principal partido de oposição na Câmara dos Deputados. O PSDB, o segundo maior na oposição está empatado em terceiro lugar no ranking de parlamentares influentes com o PMDB, o segundo maior partido da base do Governo Lula.

Os partidos da base de sustentação do governo – PT, PMDB, PP, PTB, PL, PCdoB e PSB – reúnem 59% da elite do Congresso. Destes, o PT, partido do Presidente e com maior bancada na Câmara Federal, lidera com 22 nomes, seguido do PMDB, com 14. Logo abaixo vêm, respectivamente, PSB, com sete, o PTB, com seis, o PCdoB, com cinco, e PL e PP, respectivamente, com três e dois. Já na oposição, o PFL lidera com 17 nomes, seguido do PSDB, com 14, do PDT, com cinco, do PPS e PSOL, com dois cada, além do PV, com um.

Partidos PT PFL PSDB PMDB PSB PTB PDT PCdoB PL PP PPS PSOL PV Total

Deputados 16 9 10 8 6 5 3 5 3 2 2 1 1 71

Senadores 6 8 4 6 1 1 2 - - - - 1 - 29

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por classiFicaÇão

Os critérios para classificação das características dos parlamentares na atividade legislativa não são excludentes, como já afirmamos na apresentação deste trabalho. Assim, um parlamentar pode possuir mais de uma habilidade, embora o DIAP tenha destacado a principal. Deste modo, a tabela abaixo agrupa apenas a característica mais visível dos parlamentares. Os maiores grupos, segundo esta classificação, são os articuladores e os debatedores, com 29 parlamentares cada, seguidos dos formuladores, com 21. Na condição de formador de opinião, que reúne a nata da elite do Congresso, estão dez nomes, sendo seis senadores e quatro deputados. Já na condição de negociador, prerroga-tiva quase que exclusiva de líder e vice-líder, encontramos 11 parlamentares. Para identificar outros parlamentares que, além de sua principal característica, possuem os atributos indispensáveis a um bom negociador, e por isto recebem delegação dos líderes formais para representá-los nas mesas de negociação, é necessário verificar a primeira tabela desta publicação, onde estão reunidas todas as habilidades de cada parlamentar.

Categoria OrganizadorArticulador/ Debatedor Formulador Negociador de OpiniãoFormador Total

Deputado 20 22 17 8 4 71

Senador 9 7 4 3 6 29

Total 29 29 21 11 10 100

por estado / região

Ha vários anos o DIAP acompanha a distribuição regional dos parlamentares mais influentes do Con-gresso e durante todo esse período constatou uma tendência que parece inexorável: a prevalência das regiões ricas, urbanizadas e industrializadas ou dos Estados ricos das regiões pobres na elite do Poder Legislativo. Assim, inversamente proporcional à representação tradicional no Congresso, onde as regiões menos desenvolvidas possuem a maioria dos deputados e senadores, os líderes do processo decisório não lhes pertencem, mas sim às regiões ricas ou desenvolvidas do País. Deste modo, tanto a distorção de representação dessas regiões, que deveria ser proporcional à população ou ao eleitorado, quanto a econômica, já que 25% do PIB elegeram 53% do Congresso, são amenizadas com este fenômeno de a elite do Parlamento pertencer às regiões ricas, que proporcional e numericamente estão sub-representadas no Poder Legislativo.

De acordo com a tabela a seguir, a região com maior número de parlamentares entre os mais influentes do Congresso é a Nordeste, com 35 integrantes, sendo 22 só dos Estados de Pernambuco (11), Bahia (7) e Ceará (5); seguida da região Sudeste, com 33. A região Sul está representada por 15 parlamentares; a Centro-Oeste por nove, cinco dos quais do Distrito Federal, e a região Norte, com oito parlamentares.

Portanto, pelo menos do ponto de vista de quem decide e negocia no Congresso, quem dá as cartas são os Estados ricos da Federação.

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REGIÃO NORTE SUL NORDESTE SUDESTE CENTRO-OESTE PARLAMENTARES / UF AC AP AM PA RO RR TO PR RS SC AL BA CE MA PB PE PI RN SE ES MG RJ SP DF GO MT MS Deputados - - 1 1 - - - 3 5 2 2 5 4 - 1 9 - 2 - 1 5 11 14 3 2 - -Senadores 1 1 2 - 1 1 - 1 2 2 2 2 1 - 2 2 - 2 1 - - - 2 2 1 - 1 Total Deputados (71) 2 10 23 31 5 Total Senadores (29) 6 5 12 2 4 Total Geral 8 15 35 33 9

por proFissão

As profissões liberais predominam na elite do Congresso. Entre os 100 parlamentares mais influentes, pelo menos 50% estão vinculados a uma profissão liberal. No universo profissional, os advogados lideram com 28 nomes, seguidos de economistas, com dez e de engenheiros e médicos, com oito representantes cada. Nesta legislatura, diferentemente das anteriores, os empresários estão mais bem representados na elite parlamentar. 16% dos “Cabeças” do Congresso têm como principal fonte de renda a atividade econômica. Isto reforça a tese, segundo a qual, os agentes econômicos preferiram disputar a eleição para o Legislativo, cuja pauta inclui a reforma tributária, em lugar de enviar meros representantes. Foram considerados como empresários, para efeito deste trabalho, também os pecuaristas e os indus-triais. É claro que existem outros parlamentares, que também possuem negócios lucrativos e vivem da renda desses negócios, mas preferem ser reconhecidos por sua formação superior ou profissão liberal. Já na condição de operário, podem ser contabilizados três, sendo um metalúrgico, um técnico em te-lecomunicações e um petroleiro.

A distribuição das profissões por partido dos integrantes da elite parlamentar obedece a uma certa lógica. Enquanto o PT, que defende os trabalhadores, possui três operários, o PFL, mais vinculado à iniciativa privada, possui quatro empresários. Do ponto de vista filosófico, pelo menos entre os parlamentares mais influentes, há também muita coerência. O PFL, por exemplo, que defende a economia de mercado e os direitos civis, tem quatro empresários e cinco advogados na elite do Congresso. Já o PT, que tem origem sindical e representa trabalhadores, possui três operários e apenas três engenheiros. Como se vê, há coerência entre os postulados do partido e as profissões de seus integrantes.

Profissão Partido

Advogado

28 Médico8 Economista10 Jornalista3 Engenheiro8 Empresário16 Professor7

F % F % F % F % F % F % F % PT (22) 4 14.28 3 37.5 4 40 - - 3 37.5 - - 2 28.57 PFL (17) 5 17.85 - - 1 10 - - 4 50 4 25 - -PSDB (14) 3 10.7 1 12.5 2 20 - - 1 12.5 2 12.5 1 14.28 PMDB (14) 6 21.42 - - 2 20 - - - - 6 37.5 - -PSB (7) 4 14.28 1 12.5 1 10 - - - -PTB (6) 1 3.57 - - - 3 18.75 - -PCdoB (5) - - 2 25 - - 1 33.33 - - - -PDT (5) 2 7.14 - - - - 1 33.33 - - - - 2 28.57 PL (3) 2 7.14 - - - 1 6.25 - -PP (2) - - - -PPS (2) 1 3.57 1 12.5 - - - -PSOL (2) - - - 2 28.57 PV - - - 1 33.33 - - -

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-Profissão Partido Administrador 2 Metalúrgico1 Analista Financeiro 1 Técnico em Telecomunicações 1 Geólogo 1 F % F % F % F % F % PT (22) - - 1 100 1 - 1 100 - -PFL (17) - - - 100 - - - -PSDB (14) 1 50 - - - -PCdoB (5) - - - 1 100 PP (2) 1 50 - - - -Profissão Partido Diplomata 1 Servidor Público 1 Promotor 1 Petroleiro1 Assistente Social 1 F % F % F % F % F % PT (22) - - - - 1 33.33 1 100 - -PFL (17) - - - - 2 66.66 - - - -PSDB (14) 1 100 2 50 - -- - - - -PSB (7) - - - 1 100 PCdoB (5) - - 1 25 - - - -PP (2) - - 1 25 - - - -Profissão Partido Bancário 2 Radialista1 Cirurgião Dentista 1 F % F % F % PT (22) 2 100 - - - -PTB (6) - - 1 100 1 100

por nÚmero de mandatos

A experiência é um requisito importante para ingresso no restrito grupo de parlamentares que lideram a tomada de decisão no Congresso. Dos 100 parlamentares identificados, 24 são de primeiro mandato, sendo 14 senadores e apenas dez deputados. Dos 14 senadores em primeiro mandato, 11 estão na pri-meira legislatura, porém todos já exerceram cargos relevantes na vida pública, seja como governador ou deputado federal. No exercício do segundo mandato, identificamos 30 parlamentares, sendo 19 deputados. Com três mandatos, existem 24 congressistas, sendo 20 deputados e quatro senadores. No quarto mandato há oito deputados, o mesmo número dos deputados em quinto mandato. No sexto mandato são apenas três deputados, enquanto no oitavo mandato são dois e no nono apenas um.

Como se pode observar, é a partir do segundo mandato, como regra, que o parlamentar realmente está maduro para influenciar a tomada de decisão no Congresso Nacional.

Mandatos 1° 2° 3° 4° 5° 6º 8° 9º

Deputados (71) 10 19 20 8 8 3 2 1

Senadores (29) 14 11 4 - - - -

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PeRFIS INDIVIDuAIS

AGNELO QUEIROZ – PCdoB/DF

Deputado, 3º mandato, médico. Parlamentar atuante, já foi deputado distrital e dirigente da Associação dos Médicos residentes. Bem articulado e de bom trânsito entre os deputados e senadores, é profundo conhecedor de matéria orçamentária. Debatedor qualificado, elegeu como prioridade a fiscalização do gasto público, a defesa da saúde e do ensino público e gratuito, além da juventude e esporte. Autor da Lei de Incentivo ao Esporte, que destina 2% da renda bruta das loterias federais para os Comitês Olímpico e Paraolímpico Brasileiros, foi ministro do Esporte do Governo Lula. Destaca-se como articulador.

Alberto Goldman - PSDB/SP

Deputado, 6º mandato, engenheiro civil. Parlamentar experiente e articulado, foi secretário de Estado em São Paulo, no Governo Quércia, e ministro dos Trans-portes no Governo do presidente Itamar Franco, quando apoiou a privatização das rodovias e portos. Autor da fórmula de flexibilização dos monopólios do pe-tróleo e telecomunicações, foi pioneiro na privatização, na quebra do monopólio e regulamentação da PEC do Petróleo, além de ter sido relator da Lei Geral de Telecomunicações. Foi líder do PSDB no terceiro ano do Governo Lula. Destaca-se como debatedor.

Alceu Collares - PDT/RS

Deputado, 5º mandato, advogado. Político experiente, foi vereador (1964-70), pre-feito de Porto Alegre (1986-88) e governador do Estado (1991-95). Trabalhista histórico, iniciou sua carreira política no PTB, passou pelo MDB no período do bi-partidarismo, até a fundação do PDT. Principal liderança do partido no Rio Grande do Sul, é respei-tado pela coerência histórica. Seguidor das idéias de Leonel Brizola, é um guerreiro incansável na defesa das teses que professa. Nacionalista, combateu as reformas de FHC e disse não à reforma da Previdência do Governo Lula. Defensor da retomada do desenvolvimento com geração de emprego e renda, destaca-se como debatedor.

ALDO REBELO - PCdoB/SP

Deputado, 4º mandato, jornalista. Parlamentar experiente, de boa formação intelectual, foi líder do partido e presidente da Comissão de Relações Exteriores. Ex-presidente da UNE, tem fortes vínculos com os movimentos populares, sindicais e estudantis. Foi presidente da CPI da Nike na legislatura passada. Líder do Governo Lula na Câmara nos dois primeiros anos desta legislatura, surpreendeu pela discrição e capacidade de articulação, revelando-se um exímio negociador na condução das reformas previdenciária e tributária. Atual presidente da Câmara, foi ministro da Coordenação Política do presidente Lula. Destaca-se como articulador.

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Alexandre Cardoso – PSB/RJ

Deputado, 3º mandato, médico. Político com grande capacidade de articulação e negociação, é o atual líder do PSB. Debatedor qualificado, teve papel fundamental na crítica às reformas do Governo FHC. Parlamentar preparado, com especialização em Medicina do Trabalho e em Administração Hospitalar, foi secretário de Saneamen-to e Recursos Hídricos no Estado do Rio de Janeiro. Ex-presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, é presidente da Comissão Especial de Reforma Política, propondo uma ampla reforma na legislação eleitoral e partidária. Criou a Frente Plurisetorial em Defesa das Forças Armadas. No Governo Lula, tem dado apoio crítico às políticas públicas. Destaca-se como formulador.

Aloizio Mercadante – PT/SP

Senador, 1º mandato, economista, professor universitário. Parlamentar de sólida formação intelectual, eleito senador com a maior votação da história do País, é respeitado pela qualidade de suas intervenções. Foi coordenador do programa de governo do PT, assessor econômico da campanha presidencial e membro da executiva nacional do partido. Foi também deputado federal por dois mandatos. No primeiro, destacou-se nas comissões parlamentares de inquérito do PC Farias e do Orçamento. No segundo, consolidou seu prestígio na Câmara Federal com excelente condução da liderança do partido e com elogiada gestão na presidência da Comissão de Economia, Indústria e Comércio. Foi líder do Governo Lula no Senado, quando fez um esforço extraordinário para defender e aprovar os projetos do Poder Executivo naquela

Casa do Congresso, onde a base governista é minoria. Debatedor aplicado, com excelente trânsito no Congresso, destaca-se como negociador.

Álvaro Dias – PSDB/PR

Senador, 2º mandato, professor. Político experiente, foi vereador, deputado esta-dual, deputado federal e governador do Paraná, além de presidente da TELEPAR. Líder da Minoria no Senado e presidente nacional do PSDB, é também um dos vice-líderes mais ativos do partido no Senado. Presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito - CPMI da Terra, tem enfrentado o MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, investigando as cooperativas do movimento. Foi também presidente da CPI do Futebol, quando liderou importante investigação no setor, contribuindo para a moralização do esporte brasileiro. Terceiro suplente da Mesa Diretora do Senado, é um crítico contundente da gestão do presidente Lula. Parlamentar assíduo aos trabalhos de plenário, teve grande destaque como membro da CPMI dos Correios e da CPI do Bingos no Senado. Destaca-se como debatedor.

AMIR LANDO - PMDB/RO

Senador, 2º mandato, advogado. Parlamentar experiente, foi deputado estadual e chefe da Casa Civil do Governo de Rondônia. No Congresso, destacou-se como au-tor, relator e presidente de diversas CPIs. Atual relator da CPMI dos Sanguessugas, foi relator da CPI da Desestatização e também da CPI do PC, que levou ao impeachment de Collor, e presidente da CPMI do Mensalão. Foi também presidente da Comissão en-carregada de examinar o projeto do Código Nacional de Trânsito. Coerente com suas convicções, fez oposição e votou contra as propostas neoliberais do Governo FHC. Na gestão do presidente Lula, além de líder do Governo no Congresso, foi ministro do Estado da Previdência Social. Vice-líder da Maioria, destaca-se como articulador.

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Antônio Carlos Biscaia – PT/ RJ

Deputado, 2º mandato, advogado, professor universitário e procurador de Justiça aposentado. Como membro do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro fez um importante trabalho em defesa da sociedade e dos direitos hu-manos. Exerceu as funções de Procurador Geral de Justiça, por três mandatos, com atuação decisiva no combate ao crime organizado e aos fraudadores da Pre-vidência Social. Foi presidente da Associação dos Membros do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Com sólida formação jurídica, coordenou a elabo-ração do programa de governo do presidente Lula na área de segurança pública. Na Câmara Federal, teve papel importante na CPI do Narcotráfico e nos debates da reforma do Judiciário. Atual presidente da CPMI dos Sanguessugas, foi presidente da Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania da Câmara, onde fez uma grande gestão, reconhecida por todos os membros. Destaca-se como formulador.

Antonio Carlos Magalhães - PFL/BA

Senador, 2º mandato, empresário, médico e jornalista. Político experiente, está entre as principais lideranças do Partido da Frente Liberal. Polêmico e ousado, evo-luiu da condição de líder regional para uma posição de projeção nacional, tendo sido um dos homens mais poderosos da República durante o Governo FHC, especialmente nos dois períodos em que presidiu o Senado Federal. Foi três vezes governador da Bahia, além de ministro das Comunicações no Governo Sarney. Extremamente bem articulado, é o atual presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado. Inclui-se entre os formadores de opinião.

Antonio Carlos Magalhães Neto – PFL/BA

Deputado, 1º mandato, advogado e empresário. Neto e herdeiro político do se-nador Antonio Carlos Magalhães, estreou na Câmara Federal com desenvoltura de veterano. Parlamentar articulado, de boa oratória e forte convicção liberal, iniciou sua militância política na presidência da Força Jovem do PFL, chegando à vice-pre-sidência nacional do partido. Membro titular da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, surpreendeu pela assiduidade e qualidade de suas intervenções, espe-cialmente durante os debates das reformas previdenciária e tributária. Foi também membro e relator setorial da CPMI dos Correios. Com luz própria e bom trânsito na Câmara dos Deputados, destaca-se como debatedor.

Antônio Carlos Valadares – PSB/SE

Senador, 2º mandato, advogado e químico. Político experiente, foi prefeito de Simão Dias/SE (1967-70), deputado estadual por duas legislaturas (1971-74 e 75-78), deputado federal (1979-82), secretário estadual de Educação e Cultura, além de vice-governador (1983-86) e governador de Sergipe (1987-90). Parlamentar atuante e de perfil progressista, no exercício de seus mandatos, tem combinado o interesse regional com os temas de amplitude nacional. Líder do PSB no Senado, é também presidente da Comissão de Assuntos Sociais. É defensor da revitalização, antes de qualquer transposição, das águas do Rio São Francisco. Bom debatedor, destaca-se como articulador.

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Arlindo Chinaglia – PT/SP

Deputado, 3º mandato, médico. Líder do Governo na Câmara, inclui-se entre os parlamentares mais influentes do Congresso. Foi líder do PT e presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, onde teve papel destacado como crítico da política econômica do Governo FHC. É especialista em seguridade social, foi dirigente nacional do PT e sindicalista da área médica, além de secretário das Subprefeituras na gestão de Marta Suplicy em São Paulo. Bom orador, habilidoso no manejo das palavras, vem se revelando um negociador privilegiado. Debatedor qualificado, é respeitado pela situação e pela oposição devido à clareza dos argumentos e firme-za na defesa de seus pontos de vista. Teve seu nome cotado para a presidência da Câmara dos Deputados. Bom formulador, destaca-se como negociador.

Armando Monteiro – PTB/PE

Deputado, 2º mandato, industrial, advogado e administrador de empresas. Líder empresarial, é presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae. Foi diretor regional da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe). Parlamentar bem articulado, prioriza o debate das questões tributárias e trabalhistas, participando também das negocia-ções envolvendo temas de interesse da indústria, como a Lei das S.A.; a nova Lei de Falências, entre outros. Destaca-se como negociador.

Arnaldo Faria de Sá – PTB/SP

Deputado, 5º mandato, contabilista, advogado, radialista e professor. Polí-tico de centro-esquerda, é o melhor especialista em regimento no Congresso Nacional. Coordenador e um dos fundadores da Frente Parlamentar em Defesa da Previdência Social Pública, foi o grande responsável pela aprovação da PEC Paralela da Previdência (E.C. 47). Foi membro da Comissão do Estatuto do Idoso e da Comissão que gerou a lei que garante a concessão do benefício mesmo com a perda da condição de segurado e sem carência (Lei nº 10.666/03). Lutou pela instalação dos Juizados Especiais Previdenciários e sua descentralização. É, desde o primeiro mandato, reconhecido como o deputado dos aposentados, pensionistas e idosos, causa a que se dedica de forma permanente. Parlamentar indepen-dente, é um aliado fiel dos trabalhadores, dentro e fora do Legislativo. Integrante implacável das CPIs dos Correios, do Tráfico de Armas e Sanguessugas. Relator da PEC Antinepotismo e da PEC das Guardas Municipais (com relatórios já aprovados nas Comissões Especiais). Foi secretário de Governo de São Paulo. Muito ativo e eficaz, goza de excelente trânsito no Congresso. Bom articu-lador, destaca-se como debatedor.

ARNALDO MADEIRA – PSDB/SP

Deputado, 3º mandato, sociólogo e administrador de empresas. Parlamentar experiente, foi secretário municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano na gestão do prefeito Mário Covas (83/85), vereador por três mandatos na cidade de São Paulo e presidente da Câmara de Vereadores, além de secretário-chefe da Casa Civil no segundo mandato do governador Geraldo Alckmin. Negociador hábil, é um dos mais qualificados quadros do PSDB no Congresso. Como líder de FHC na Câmara, foi o principal operador do governo no Congresso, além de fiador e negociador das matérias de interesse do Executivo em tramitação no Legislativo. Com excelente trânsito entre os parlamentares, é um dos políticos mais influentes do PSDB no Poder Legislativo.

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Arthur Virgílio – PSDB/AM

Senador, 1º mandato, diplomata e advogado. Com tradição nas lutas democráticas, é um parlamentar com visão nacional. Foi prefeito de Manaus (89/92), ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República e conselheiro de Governo na Presidência da República no segundo Governo FHC. Na oportunidade de seu terceiro mandato de deputado federal, ganhou enorme projeção como líder do Governo Fernando Henrique no Congresso, função que exerceu com dedicação exemplar. Excelente orador, é homem de diálogo e sempre priorizou o debate dos grandes problemas nacionais da tribuna do Congresso, tanto como líder do Governo FHC na Câmara, quanto como líder da oposição no Senado. Um dos principais expoentes do PSDB, é incansável na oposição ao Governo Lula. Com grande fluência em assuntos econômicos, destaca-se como debatedor.

Beto Albuquerque – PSB/RS

Deputado, 2º mandato, advogado. Com a experiência de dois mandatos como depu-tado estadual e secretário de Transporte do Rio Grande do Sul, conseguiu facilmente integrar o restrito grupo dos parlamentares influentes do Congresso Nacional. Conhece-dor dos problemas de infra-estrutura, foi designado vice-líder do Governo na Câmara. Coordenou as negociações da nova Lei de Falências e das dívidas de estudantes com o Creduc. Foi relator do projeto que criou a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do projeto de gestão de florestas públicas (PL 4.776/05). Articu-lado politicamente e com excelente trânsito entre os parlamentares, incluindo os de oposição, teve papel importante na votação da reforma Tributária do Governo Lula.

Político de posições firmes, é muito respeitado pela seriedade com que exerce seu mandato. Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, destaca-se como negociador.

BISMARCK MAIA – PSDB/CE

Deputado, 1º mandato, funcionário público e empresário. Primeiro vice-líder do PSDB na Câmara, foi também secretário-geral do partido no plano nacional, quando ganhou projeção no questionamento do Governo Lula. Parlamentar de confiança do presidente do PSDB, Tasso Jereissati, foi deputado estadual e diretor de Turismo no Estado do Ceará, na gestão de Ciro Gomes, além de diretor de Economia e Fomento da EMBRATUR durante o Governo FHC. Autor do requerimento que levou à criação da Comissão Permanente de Turismo na Câmara Federal, é um defensor ativo do setor. Destaca-se como articulador.

Carlito Merss – PT/SC

Deputado, 2º mandato, economista. Parlamentar atuante, com especialização em finanças públicas e orçamentos, prioriza a transparência e democratização do processo de elaboração e execução do Orçamento Geral da União. É vice-líder do PT. É muito ativo na Comissão de Finanças, onde coordena os deputados do partido, e na Comissão Mista de Orçamento, na qual tem atuado com grande desenvoltura. Relator do Orçamento para 2006, é um dos principais nomes do PT em matéria tri-butária. Foi o relator da Medida Provisória 232, que reajustou a tabela do Imposto de Renda. Destaca-se como formulador.

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CARLOS MOTA – PSB/MG

Deputado, 1º mandato, advogado e procurador federal. Presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, é um parlamentar com excelente trânsito no Congresso. Com raízes no movimento associativo, foi presidente da ANPPREV – Associação Nacional dos Procuradores Federais da Previdência Social. Especialista em Direito Público e Previdenciário, estreou na Câmara com desen-voltura de veterano. Em sua atuação parlamentar, combina o interesse regional – notadamente dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas – com os in-teresses gerais do Estado e do Brasil, sem nunca perder de vista os inin-teresses da cidadania. Defensor da Previdência Pública e dos aposentados e pensionistas, é um importante aliado e interlocutor dos interesses dos servidores públicos e dos trabalhadores na Câmara Federal. Destaca-se como articulador.

CHICO ALENCAR – PSOL/RJ

Deputado, 1º mandato, professor. Estudioso das questões urbanas, especialmen-te moradia popular, estreou na Câmara com grande desenvoltura. Eleito pelo PT, permaneceu no partido até a criação do PSOL, depois da saída dos parlamentares insatisfeitos com as políticas econômica e social do Governo Lula, e com o desvio ético de dirigentes do partido. É membro ativo da Comissão de Educação, onde tem se destacado pela qualidade de suas intervenções, mas ganhou projeção como membro do Conselho de Ética da Câmara. Defensor da autonomia do Legislativo em relação ao Executivo, foi uma das vozes mais ativas na defesa da ética na política e da cassação dos deputados envolvidos com o mensalão e com os desvios de recursos da saúde. Destaca-se como debatedor.

Cristovam Buarque – PDT/DF

Senador, 1º mandato, professor universitário e doutor em Economia pela Univer-sidade de Sorbonne (França). Foi reitor da UniverUniver-sidade de Brasília (UnB) e ministro da Educação do Governo Lula, mas deixou o PT para ingressar no PDT. Especialista e defensor obsessivo da educação, foi governador do Distrito Federal (1995 a 1998), quando inovou a administração pública da capital da República ao adotar a gestão participativa, ao fazer a campanha “Paz no Trânsito”, a única no Brasil que levou os motoristas a pararem na faixa, e, principalmente, ao implantar o programa educacional Bolsa-Escola, premiado no Brasil e no exterior. É membro do Instituto de Educação da Unesco. Depois de receber a maior votação dada a um político do Distrito Federal, estreou no Senado com desenvoltura de veterano, onde conquistou o respeito e a admiração dos colegas. Atual presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, já presidiu a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Candidato à Presidência da República, é um dos poucos senadores que faz a Casa parar para ouvi-lo. Destaca-se como formador de opinião.

Custódio Mattos – PSDB/MG

Deputado, 2º mandato, servidor público. Parlamentar de perfil mais técnico, foi deputado estadual e diretor financeiro do extinto INAMPS (1987/1988) e do Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (1997/1998). Especialista em maté-ria orçamentámaté-ria e tributámaté-ria, pertence ao grupo político do governador de Minas Gerais, Aécio Neves. De atuação discreta, foi vice-líder e líder do PSDB na Câmara. Parlamentar respeitado, foi o relator da chamada MP do Bem. Atual Ouvidor-Geral da Câmara, tem forte atuação nos bastidores do Parlamento. Bom negociador, des-taca-se como exímio articulador.

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Delcídio Amaral – PT/MS

Senador, 1º mandato, engenheiro. Parlamentar com especialização em infra-es-trutura, notadamente no setor de energia elétrica, tem dado grande contribuição ao Governo Lula nessa área no Congresso. Experiente, já foi diretor da Eletronorte, Eletrosul, Enersul, Petrobrás, secretário de Infra-Estrutura e Habitação e presi-dente do Conselho Administrativo da Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul, além de secretário-executivo e ministro das Minas e Energia. Foi líder do PT no Senado Federal e presidente da CPMI dos Correios. Goza de bom trânsito na Casa, onde é respeitado pela qualidade de suas intervenções e pelo conhecimento técnico acumulado. Foi relator das matérias mais importantes do Governo Lula no Senado. Destaca-se como formulador.

Delfim Netto – PMDB/SP

Deputado, 5º mandato, economista e professor. Parlamentar experiente, foi secretário de Fazenda do Estado de São Paulo e ministro de três pastas durante os governos militares: Fazenda, Agricultura e Planejamento. Reconhecido por seu saber e preparo, goza de grande prestígio no Congresso. Representa os interesses do empresariado no Poder Legislativo, onde exerce forte influência sobre os temas econômicos. É um dos parlamentares mais influentes do Congresso, mesmo não exer-cendo nenhum posto formal na estrutura da Câmara. Foi presidente das Comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Finanças e Tributação. Destaca-se como formador de opinião.

Demostenes Torres – PFL/GO

Senador, 1º mandato, goiano, promotor e procurador de justiça. Parlamentar de sólida formação jurídica, militou no movimento estudantil e na OAB/GO. Foi secre-tário estadual de Segurança Pública no Governo de Marconi Perillo (1999 a 2002), presidente do Conselho de Direitos Humanos de Goiás e Procurador-Geral de Justiça do Estado. Apesar de nunca haver exercido mandato parlamentar, estreou no Sena-do com desenvoltura de veterano. RespeitaSena-do por seu saber jurídico e pela forma cortês como se relaciona com seus colegas senadores, goza de excelente trânsito no Senado. Membro titular da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, é um dos expoentes desse órgão técnico do Senado Federal. Atento aos temas da atualidade, combina o interesse nacional com a representação dos interesses regionais, notadamente de seu Estado. Vice-líder do PFL e da Minoria no Senado, destaca-se como formulador.

EDUARDO CAMPOS - PSB/PE

Deputado, 3º mandato, economista. O presidente nacional do PSB, ex-líder do partido na Câmara, é uma das grandes revelações desta legislatura. Seu trabalho na construção da governabilidade do Governo Lula no Congresso teve importância vital nos dois primeiros anos de mandato, a ponto de Lula tê-lo nomeado ministro da Ciência e Tecnologia. Adepto do diálogo e da negociação, teve papel relevante nas articulações que levaram à eleição de Aldo Rebelo para a presidência da Câmara dos Deputados. Preparado e dedicado, com grande habilidade na costura política, destaca-se como articulador.

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Eduardo Paes – PSDB/RJ

Deputado, 2º mandato, advogado. Secretário-Geral do PSDB, foi presidente da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, além de vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça, onde se revelou um debatedor qualificado. Político ativo, bom orador, foi um ferrenho opositor das reformas previdenciária e tributária do Governo Lula. Parlamentar de boa formação intelectual, tem priorizado os temas orçamentários e financeiros, além de matérias tributárias. Na legislatura passada, foi relator da Comissão Especial do Salário Mínimo. Des-taca-se como debatedor.

Eduardo Suplicy – PT/SP

Senador, 2º mandato, economista. Político experiente, é respeitado pelo saber e seriedade com que exerce seus mandatos. Autor, com o deputado José Dirceu, do requerimento da CPI sobre os atos de Paulo César Farias, que levou ao impeach-ment de Collor e, com o senador Pedro Simon, da CPI do Orçaimpeach-mento. Teve também atuação destacada nas CPIs dos Precatórios e do Sistema Financeiro. Ex-líder do PT no Senado, é autor da Lei 10.533, sancionada pelo presidente Lula em janeiro de 2004, que instituiu a Renda Básica de Cidadania, que garante a todos os brasileiros residentes no País e estrangeiros residentes há pelo menos 5 (cinco) anos no Brasil, não importando sua condição socioeconômica, receberem, anualmente, um benefício

monetário. Hábil articulador e bom formulador, não tem sido bem aproveitado pelo Governo Lula. Seu rigor ético e o modo sempre cortês como se relaciona com as pessoas fazem do senador Suplicy um dos parlamentares mais queridos no Congresso. Destaca-se como formador de opinião.

Efraim Morais – PFL/PB

Senador, 1º mandato, engenheiro civil. Como primeiro líder da Minoria no Senado e posteriormente como presidente da CPI dos Bingos combateu o Governo Lula sem trégua. Parlamentar experiente, foi diretor técnico da Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado da Paraíba (1979-82), deputado estadual por dois mandatos (1983-91) e deputado federal por três mandatos. Na Câmara dos Deputados, foi 4ª secretário e 1º vice-presidente da Mesa Diretora da Casa. Atualmente é o 1º Secretário da Mesa Diretora do Senado. Assíduo aos trabalhos de plenário, destaca-se como debatedor.

EUNÍCIO OLIVEIRA - PMDB/CE

Deputado, 2º mandato, agropecuarista e empresário. Com negócios nas áreas de prestação de serviços de limpeza, asseio e conservação, de construção civil, de transporte de valores, de call center, de transporte aéreo de cargas, de revenda autorizada de veículos e até de alimentação preparada, é um empresário bem sucedido. Ingressou na vida pública com a experiência de líder sindical patronal, tendo sido líder do partido já em seu primeiro mandato. Um dos responsáveis pela adesão do PMDB à base de sustentação do Governo, é muito prestigiado no Palácio do Planalto. Foi ministro das Comunicações do Governo Lula. Destaca-se como articulador.

Referências

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