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Tudo que você queria saber sobre criptomoedas mas nunca teve coragem de perguntar Especial Bitcoins...

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Academic year: 2021

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Especial Bitcoins

Tudo que você queria saber sobre criptomoedas mas nunca teve

coragem de perguntar.

Especial Bitcoins...1

Tudo que você queria saber sobre criptomoedas mas nunca teve coragem de perguntar....1

Por que você precisa entender as criptomoedas...2

Bitcoin: o Big Bang das criptomoedas...2

O que o bitcoin é e o que não é...4

Então quem controla a rede?...5

Altcoins: as demais criptomoedas...6

A disrupção do blockchain...6

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Por que você precisa entender as criptomoedas

O interesse por bitcoin e assemelhados cresce a cada dia. Há muita gente investindo e obtendo belos retornos nos últimos meses e anos. Não é incomum notícias de ganhos acima de 100% em menos de um ano. É um mercado em franca ascensão com oportunidades únicas e inéditas no mundo financeiro.

Mas o que afinal são essas tais criptomoedas? Alguns dizem que são nada mais que moedas virtuais – não existem no mundo real. Outros afirmam que se trata de moedas digitais baseadas em criptografia. Muitos alegam que estamos diante das tulipas 2.0 ou de um simples e evidente esquema de pirâmide. A vasta maioria, contudo, simplesmente desconhece ou não entende quase nada dessa tecnologia.

Se você considera criptomoedas uma bobagem de nerd ou uma mania de internet; se desconfia profundamente dessa invenção e é um cético convicto; ou se você apenas não conhece o suficiente para ter uma opinião formada; este relatório [ou “esta série”] é justamente para você.

Acredite ou não, já transitei por todas essas fases. Mas com o passar do tempo, meu ceticismo se transformou em fascínio. E, hoje, o fascínio é acompanhado de grande entusiasmo com o potencial dessa verdadeira revolução do dinheiro, no sentido mais pleno do termo.

Bitcoin: o Big Bang das criptomoedas

É impossível abordar o universo das criptomoedas sem falar da sua gênese: o bitcoin. No dia 31 de outubro de 2008, no auge da crise financeira, o bitcoin era anunciado ao mundo por um programador desconhecido usando o pseudônimo de Satoshi Nakamoto. Em uma mensagem enviada a uma lista online de discussão de criptografia, Nakamoto lançava ao mundo a sua ideia junto com um paper – onde era descrito o funcionamento e os principais conceitos por trás da sua invenção – intitulado “Bitcoin: a peer-to-peer electronic cash system”.

Três meses após o anúncio, era disponibilizado gratuitamente o software em código-fonte aberto para quem quisesse baixá-lo para começar a construir a rede do sistema. Iniciava-se então a era das chamadas criptomoedas ou cryptocurrencies – o prefixo

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“cripto” vem de criptografia, uma vez que a rede faz amplo uso de algoritmos criptográficos.

Curiosamente, quando Nakamoto revelou sua invenção, “um sistema de dinheiro eletrônico puramente peer-to-peer”, a maior parte dos especialistas da área o recebeu com uma descrença desencorajante. Por quê? Porque a ideia de uma moeda eletrônica, ou digital, não era nada nova. Muitos já haviam concebido moedas digitais, como o DigiCash e o E-gold. Mas todas as tentativas, inevitavelmente, fracassaram.

Por que o bitcoin teria, então, alguma chance de sucesso? O que permitiu que o bitcoin se distinguisse dos seus congêneres passados? Podemos resumir a resposta em uma única palavra: descentralização.

A invenção de Nakamoto criou não apenas uma moeda digital, como também, a primeira moeda digital descentralizada, isto é, um sistema de dinheiro eletrônico em que não há uma autoridade central, não há uma entidade centralizada incumbida da tarefa de emissão monetária e de segurança da rede.

Tal arranjo se fez necessário para contornar o problema do gasto duplo. E que diabos seria o gasto duplo? Imagine que o dinheiro digital seja nada mais que um arquivo de computador e que para enviá-lo a outro usuário bastaria anexar tal arquivo numa mensagem eletrônica. Todos nós sabemos que o arquivo original, após ser enviado como anexo numa mensagem, não é removido do disco rígido. Se quiséssemos, porventura, enviar o mesmo dinheiro digital (arquivo) a outra pessoa, bastaria repetir o mesmo processo, gastando duas vezes o dinheiro. Esse é o chamado gasto duplo.

Uma das grandes inovações do bitcoin foi resolver o problema do gasto duplo de forma descentralizada, por isso ele é considerado o primeiro dinheiro eletrônico realmente peer-to-peer, baseado em uma rede totalmente descentralizada, em que não há um servidor central, ou um ponto único de falha. A arquitetura de rede utilizada pelo bitcoin é idêntica a do BitTorrent, o protocolo de compartilhamento de arquivos digitais.

Mas para entendermos um pouco melhor como funcionam as criptomoedas como o bitcoin é necessário recorrer ao próprio nome dado à tecnologia: “a peer-to-peer electronic cash system”, um sistema de dinheiro eletrônico. A palavra essencial nesse título é o “cash”, cuja tradução literal inexiste, mas significa o dinheiro em espécie, nosso papel-moeda.

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A escolha do termo cash não foi acidental, muito pelo contrário, pois a ideia do bitcoin é precisamente a de replicar o dinheiro em espécie na forma eletrônica ou digital. Explico.

Por mais paradoxal que isso soe, a invenção do bitcoin permitiu recriar em um ambiente digital as propriedades do dinheiro físico, quais sejam: um ativo ao portador (a posse implica propriedade), transações irreversíveis, sem intermediários e sem a necessidade de revelar as identidades de cada parte.

No sistema financeiro tradicional, estamos acostumados a usar dinheiro apenas para transações pequenas e em pessoa. Para qualquer pagamento mais volumoso ou distante, é imprescindível um sistema de pagamentos como os bancos ou o PayPal. O bitcoin rompe com esse paradigma por ser simultaneamente uma moeda digital e um sistema de pagamentos, algo sem precedentes na história financeira mundial.

O fato de ser um dinheiro digital, porém, têm implicações fundamentais. Se o bitcoin pode ser considerado um ativo ao portador, você é responsável pela própria custódia sem depender de terceiros. Se não há intermediários, você transaciona diretamente com a outra parte (peer-to-peer) sem passar por uma instituição financeira ou casa de liquidação. Se não é necessário conhecer as identidades das partes transacionando, o sistema provê uma boa dose de privacidade nas operações.

Veremos nas próximas cartas [relatórios] as consequências práticas desse novo paradigma.

O que o bitcoin é e o que não é

O bitcoin é uma invenção revolucionária da ciência da computação. Na sua essência, contudo, ele nada mais é que um protocolo, um conjunto de regras pelas quais se comunicam computadores conectados à rede peer-to-peer do sistema. Não há uma empresa por trás da rede, ninguém é dono do protocolo, assim como nenhuma entidade é proprietária dos protocolos de comunicação da internet, TCP/IP.

Dessa forma, o bitcoin tampouco é um esquema ponzi ou de pirâmide. Primeiro, porque não há ninguém “operando o esquema”. Segundo, porque não há nenhuma espécie de retorno garantido ou prometido. Quem detém um bitcoin, tem a plena garantia de que continuará possuindo uma unidade de bitcoin, mas não há absolutamente nenhuma certeza de qual será o preço de mercado dessa unidade. E, por fim, se menos usuários

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utilizam a moeda, ou a sua cotação sofre alguma queda considerável, o sistema segue funcionando sem qualquer abalo e com todas as propriedades intrínsecas intactas.

Alguns críticos delimitam a análise única e exclusivamente à cotação da criptomoeda e às suas oscilações históricas, concluindo, precipitadamente, que apenas um esquema ponzi pode justificar as altas de preço dos últimos anos.

Outros, também precipitadamente e também se apegando principalmente ao preço, advertem que criptomoedas não passam de uma versão digital da mania das tulipas. Mas questões mais detalhadas de preço e valor deixarei para cartas futuras [relatórios].

Então quem controla a rede?

Quem se depara com essa moeda digital pela primeira vez, logo se questiona “Mas quem controla a rede? Quem é o responsável por trás dela? Como posso confiar nesse sistema?” Concedo, logicamente, que esse ponto gere suspeita e inquietação; simplesmente não estamos acostumados a esse tipo de organização.

As criptomoedas invertem o modelo de segurança de sistemas tradicionais – fechado e centralizado –, para um aberto e descentralizado, em que a confiança é atingida pela força computacional. Além de ser uma quebra de paradigma, é necessário também uma mudança cultural.

Não há um servidor central monitorando o cumprimento das normas, pois estas incentivam o comportamento honesto e porque todos são monitorados por todos. A confiança e a segurança são alcançadas de forma descentralizada, graças ao uso engenhoso da criptografia moderna, e sem que seja necessário conhecer a identidade dos participantes.

Por ser uma questão chave – espcialmente quando se trata de um sistema monetário –, aprofundaremos em cartas futuras os mecanismos de funcionamento e de segurança da rede.

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Altcoins: as demais criptomoedas

Inspiradas pela invenção do bitcoin, surgiram inúmeras outras criptomoedas nos últimos seis anos. Hoje há literalmente milhares de moedas digitais dos mais diversos tipos. Algumas são clones quase idênticos ao original, alterando apenas parâmetros triviais; outras são plataformas muito mais complexas e ambiciosas – como é o caso do Ethereum – que prometem bem além do que apenas um dinheiro eletrônico.

E, assim como o precursor bitcoin, grande parte delas é negociada na internet, em plataformas de trading organizadas e especializadas, formando assim um novo mercado em crescente efervescência: o mercado das criptomoedas.

A disrupção do blockchain

Como se não bastasse a disrupção do dinheiro causada pelo bitcoin e demais criptomoedas, há outra faceta dessa invenção tecnológica levando entusiastas a vislumbrarem um potencial ainda maior, capaz de transformar outras indústrias, a ponto de qualificarem as criptomoedas como uma nova internet, a Internet do Valor.

Não por acaso, empresas como a Nasdaq desenvolvem projetos de negociação e registro de ativos baseados em blockchain; assim como diversos países, como é o caso da Suécia, testam a tecnologia para registrar títulos de propriedade de imóveis e terra.

A revista britânica The Economist definiu como o “Protocolo da Confiança”. E ela tem razão, porque o blockchain, enquanto protocolo, distribui a confiança entre todos os participantes da rede, removendo pontos centrais ou únicos de falha, tornando o sistema incrivelmente robusto e seguro.

Hoje, bitcoin e outras moedas criptográficas já são consideradas apenas uma ramificação – ou um simples uso – de algo muito maior: a tecnologia do blockchain.

O futuro das criptomoedas

Criptomoedas são sistemas de pagamentos globais sem fronteiras, que funcionam em redes descentralizadas que não dependem de nenhum banco central ou instituição

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financeira. Digerir conceitos tão inovadores numa primeira leitura, definitivamente, não é simples. Isso requer tempo.

Não esgotaremos todas as questões relativas a esse novo mercado nesta primeira carta. Tenho certeza de que inúmeras dúvidas permanecem e outras novas acabaram de surgir. É natural e esperado.

Mas se encararmos esse novo paradigma de mente aberta, acredito que você possa se surpreender.

Nos próximos relatórios teremos uma visão geral da parte técnica, outras implicações e características da tecnologia, vantagens e benefícios, entenderemos o porquê da volatilidade, quais sãos os riscos, qual o lastro e, por fim, a origem do valor e da confiança das criptomoedas.

Reitero que estamos diante de uma invenção tecnológica verdadeiramente revolucionária. Potencialmente, a mais importante desde a criação da própria internet. E, assim como ocorreu com o surgimento da rede mundial de computadores, a emergência das criptomoedas representa uma oportunidade singular de investimento num mundo cada vez mais carente de ativos de proteção genuínos.

Um abraço, Fernando Ulrich


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Disclosure

Elaborado por analistas independentes da Empiricus, este relatório é de uso exclusivo de seu destinatário, não pode ser reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer terceiro sem autorização expressa. O estudo é baseado em informações disponíveis ao público, consideradas confiáveis na data de publicação. Posto que as opiniões nascem de julgamentos e estimativas, estão sujeitas a mudanças.

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Referências

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