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Biblioteca Digital do IPG: O Ensino da Matemática no 1º CEB e o software Kahoot

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Mestrado em Educação Pré-Escolar e

Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico

Relatório de Estágio da Prática de Ensino

Supervisionada

Diana Manuela da Silva Pavão

março | 2017

Escola Superior de

Educação, Comunicação

e Desporto

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Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

Relatório de Estágio da Prática de Ensino

Supervisionada

Diana Manuela da Silva Pavão

Orientador: Professor Doutor Pedro José Arrifano Tadeu

Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico

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Agradecimentos

Ao dar por concluído este relatório de estágio, que é o culminar de mais um objetivo académico e profissional a que me propus e do qual me orgulho por todo o meu percurso, não poderia deixar de agradecer a algumas pessoas que fazem parte da minha vida e que direta e indiretamente me ajudaram na sua realização.

Desde já agradeço ao Professor Doutor Pedro José Arrifano Tadeu, meu orientador, que foi um olhar atento e profissional na orientação deste projeto, especialmente no que diz respeito à sua disponibilidade, dedicação e até mesmo pelas sugestões que me foi facultando durante toda esta etapa.

Ao Jardim de Infância da Sé e Escola Básica do Bonfim por me terem aceitado como estagiária para que desta forma pudesse colocar em prática tudo aquilo que aprendi ao longo de três anos de Licenciatura em Educação Básica e dois no presente Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo. Não menos importantes foram todas as crianças que contribuíram para que esta etapa fosse um sucesso, através das suas simples palavras, gestos ou carinhos, que enriqueceram o meu percurso e me fizeram sentir concretizada e com mais certezas de que escolhi a profissão certa.

Agradeço também à minha família, mãe e irmãos que foram e são a razão de todo o meu sucesso pois foram imprescindíveis por todo o seu apoio, dedicação e por todos os esforços que fizeram para que eu pudesse alcançar o objetivo que ambicionava ter e que sozinha não teria conseguido. A eles devo a concretização deste meu sonho.

Ao meu namorado que sempre me apoiou, por toda a atenção e carinho que dispensou e por toda a paciência e compreensão, mas principalmente por acreditar em mim e no meu sucesso.

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Resumo

O presente relatório de estágio surge no âmbito da unidade curricular da Prática de Ensino Supervisionada (PES), integrada no plano de estudos da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda (ESECD), do grau de mestre em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo de Ensino Básico (CEB) e tem como principal objetivo a descrição e consequente reflexão crítica e fundamentada de toda a experiência profissional ao longo da PES. Este mestrado implica a frequência da unidade curricular de PES, que se divide em PES I e PES II. A PES I realizou-se na cidade da Guarda, no Jardim de Infância da Sé, com um grupo de crianças com idades compreendidas entre os 3 e 4 anos, enquanto o PES II decorreu na Escola Básica do Bonfim, com uma turma de 4º ano de escolaridade, ambas instituições pertencentes ao Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque.

A PES visa a integração do estudante estagiário na vida profissional de forma progressiva e orientada, em contexto real, desenvolvendo competências profissionais que promovam um desempenho crítico e reflexivo com vista à formação de docentes promotores de um ensino de qualidade.

Este relatório encontra-se dividido em três capítulos. O primeiro dedica-se ao “Enquadramento Institucional – Organização e Administração Escolar”; O segundo, englobando a experiência de ensino e aprendizagem tanto a nível da Educação Pré-Escolar, como no 1º CEB, procede à “Descrição do Processo de Prática de Ensino Supervisionada”; por fim, no terceiro capítulo apresenta-se o estudo da investigação realizado com o Kahoot, uma proposta de software educativo apresentado para melhorar os resultados dos alunos a nível da área da Matemática e para auxiliar os professores na avaliação dos alunos.

Palavras-chave: Kahoot; Matemática; Prática de Ensino Supervisionada; Educação Pré-Escolar;

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Abstract

The following report is part of the Supervised Teaching Practice (PES) curricular unit, part of the curriculum of the ESECD (School of Education, Communication and Sports), the Master's Degree in Pre-School Education and Teaching of the 1st Cycle of Basic Education (CEB) and its main goal is the description and consequent analyses of the reflection of all the professional experience throughout the Supervised Teaching Practice.

This master's degree implies the attendance of the curricular unit of Supervised Teaching Practice, which is divided into PES I and PES II. PES I was held in Guarda, at Sé's Kindergarten, with a group of children aged between 3 and 4 years old, while PES II was held at Bonfim Elementary School, with a fourth grade class, both institutions belong to the Afonso de Albuquerque School Group.

The PES aims to incorporate the trainee student into professional life in a progressive and oriented way, in a real context, developing professional skills that will promote a critical and reflective performance with the purpose of training teachers with a high quality education.

This report is divided into three chapters. The first one is related with the "Institutional Framework - School Organization and Administration"; The second, contains the teaching and learning experience both in pre-school education and in the 1st CEB and therefore proceeds to the "Description of the Process of Supervised Teaching Practice"; To conclude, the third chapter presents the research carried out with Kahoot, a proposal of educational software presented to improve students' outcomes in Mathematics and to assist teachers in the students ´ evaluation .

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Índice geral

Introdução ... 1

Capítulo I ... 3

Enquadramento institucional ... 3

1. Organização e Administração Escolar ... 5

1.1. Caraterização do Meio – Cidade da Guarda ... 5

Oferta educativa/cultural ... 6

1.2. As instituições e as suas caraterísticas físicas e humanas ... 8

1.2.1. Jardim de Infância da Sé ... 8

Caraterização das infraestruturas e equipamentos ... 9

Caraterização da sala de atividades ... 13

1.2.2. Escola Básica do Bonfim ... 22

Aspetos físicos ... 22

Caraterização da sala de aula ... 25

Recursos Humanos ... 26

2. Caraterização Socioeconómica e Psicopedagógica ... 28

2.1. Jardim de Infância da Sé ... 28

Caraterização do grupo de crianças ... 28

Comportamento das crianças na sala de atividades ... 30

Desenvolvimento das crianças ... 31

Considerações em relação ao grupo de crianças ... 33

2.2. Escola Básica do Bonfim ... 34

Caraterização do grupo de alunos ... 34

Aproveitamento dos alunos ... 36

Comportamento dos alunos na sala de aula ... 37

Ensino Especial ... 37

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Capítulo II ... 39

Descrição do Processo da Prática de Ensino Supervisionada ... 39

1. Descrição do processo da PES ... 41

1.1. Experiência de Ensino e Aprendizagem na Educação Pré-Escolar ... 43

1.2. Experiência de Ensino e Aprendizagem no 1º Ciclo do Ensino Básico ... 49

Capítulo III ... 56

O Ensino da Matemática no 1º CEB e o software Kahoot ... 56

1. Contextualização ... 59

2. Discussão dos resultados ... 66

Conclusão ... 71

Referências bibliográficas ... 73

Legislação consultada ... 74

Webgrafia ... 74

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Índice de figuras

Fig. 1 – Mapa do distrito da Guarda ... 5

Fig. 2 – Jardim-de-Infância da Sé ... 8

Fig. 3 – Hall de entrada ... 9

Fig. 4 – Sala de reuniões e de atendimento aos pais / encarregados de educação ... 9

Fig. 5 – Biblioteca ... 10

Fig. 6 – Sala dos 3 e 4 anos ... 10

Fig. 7 – Salão ... 10

Fig. 8 – Copa ... 10

Fig. 9 – Refeitório ... 11

Fig. 10 – Sala dos 5 e 6 anos ... 11

Fig. 11 – Sala de inglês ... 11

Fig. 12 – Parque 1 ... 12

Fig. 13 – Parque 2 ... 12

Fig. 14 – Sala de atividades do grupo de 3 e 4 anos ... 13

Fig. 15 – Área de Leitura e da Conversa ... 15

Fig. 16 – Quadro de presenças ... 15

Fig. 17 – Área da Biblioteca... 16

Fig. 18 – Área da Escrita e de Expressão Plástica ... 16

Fig. 19 – Área do Computador ... 17

Fig. 20 – Área de Construções e Jogos ... 18

Fig. 21 – Área da Garagem ... 19

Fig. 22 – Área da Casinha das Bonecas ou do faz de conta ... 20

Fig. 23 – Área dos Jogos de Mesa ... 20

Fig. 24 – Placard ... 21

Fig. 25 – Escola Básica do Bonfim ... 22

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Fig. 27 – Salão Polivalente ... 23

Fig. 28 – Biblioteca escolar ... 23

Fig. 29 – Zona da papelaria ... 23

Fig. 30 – Sala do 4º ano ... 23

Fig. 31 – Sala de informática ... 24

Fig. 32 – Sala de reuniões ... 24

Fig. 33 – Pátio exterior 1 ... 24

Fig. 34 – Pátio exterior 2 ... 24

Fig. 35 – Sala de aula do 4º ano ... 25

Fig. 36 – Quadro interativo ... 25

Fig. 37 – Quadro ... 25

Fig. 38 – Zona de Biblioteca ... 26

Fig. 39 – Armário de material escolar ... 26

Fig. 40 – Explicação das regras do Kahoot ... 62

Fig. 41 – Preparação para o início do jogo ... 63

Fig. 42 – Aplicação do Kahoot ... 64

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Índice de gráficos

Gráfico 1 – Distribuição das crianças do Pré-Escolar por sexo ... 29

Gráfico 2 – Idade das crianças do Pré-Escolar ... 29

Gráfico 3 – Irmãos do grupo de crianças do Pré-Escolar ... 30

Gráfico 4 – Sexo dos alunos do 4º ano ... 34

Gráfico 5 – Idades do grupo de alunos do 4º ano ... 35

Gráfico 6 – Número de irmãos dos alunos do 4º ano ... 35

Gráfico 7 – Grau de escolaridade dos pais dos alunos do 4º ano ... 36

Gráfico 9 – Percentagem de respostas na 2ª aplicação ... 66

Gráfico 8 – Percentagem de respostas na 1ª aplicação ... 66

Gráfico 10 – Número de respostas corretas e erradas da 1ª aplicação ... 67

Gráfico 11 – Número de respostas corretas e erradas na 2ª aplicação ... 67

Gráfico 12 – Tempo de resposta na 1ª aplicação ... 68

Gráfico 13 – Tempo de resposta na 2ª aplicação ... 69

Índice de tabelas

Tabela 1 – Tabela de aproveitamento dos alunos ... 36

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Introdução

O presente relatório de estágio surge no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada (PES), integrada no plano de estudos da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda (ESECD), do grau de mestre em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º CEB.

O relatório final de estágio é um trabalho individual, onde é apresentado o trabalho realizado ao longo da PES nos dois níveis de Educação Básica, na Educação Pré-Escolar (PES I) e no 1º Ciclo do Ensino Básico (PES II).

A PES proporciona aos futuros professores as vertentes de observação, prática e reflexão e é de grande relevância, pois permite entrar em contacto com o mundo do trabalho e a realidade tanto de estabelecimentos de Educação Pré-Escolar como do 1º CEB.

Pretende também que tenham a oportunidade de vivenciar, numa perspetiva de realização de atividades que promovam uma PES fundamentada, exequível e eficaz. Requer que os alunos, em contexto de sala de aula, analisem as práticas pedagógicas implementadas, para que, de forma organizada e orientada, sejam capazes de elaborar planificações e realizar atividades que promovam o desenvolvimento das crianças.

Esta prática, também permite preparar os alunos para a futura profissão de educadores/professores, fornecendo-lhes competências necessárias para intervirem de forma inclusiva e integradora no apoio a projetos inovadores em contextos educativos formais e não formais.

Este relatório encontra-se dividido em três capítulos. O primeiro faz referência ao “Enquadramento Institucional – Organização e Administração Escolar”, dando enfase às caraterísticas do meio envolvente, à organização do sistema educativo e à caraterização socioeconómica e psicopedagógica do grupo e da turma onde foram desenvolvidas a PES I e II, permitindo uma melhor adaptação das práticas.

No que diz respeito ao segundo capítulo, “Descrição do Processo de Prática de Ensino Supervisionada”, este engloba a experiência de ensino e aprendizagem tanto a nível da Educação Pré-Escolar, como no 1º CEB, explicitando a intencionalidade educativa, as experiências de aprendizagem e os processos de observação, planificação, intervenção e avaliação da ação educativa nas diferentes áreas curriculares dos ciclos referidos.

No terceiro capítulo é apresentado o estudo da investigação ação Kahoot, uma proposta de software educativo com o intuito de melhorar os resultados dos alunos a nível da área da Matemática e para auxiliar os professores na sua avaliação.

O capítulo é constituído pela contextualização, pelo enquadramento teórico e pela experiência pedagógica, onde é referido a importância da utilização das tecnologias em sala de aula, a caraterização do software Kahoot, a metodologia, as atividades práticas-experimentais

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desenvolvidas, a análise e discussão dos resultados. Por último são apresentadas as considerações finais, provenientes desta investigação.

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Capítulo I

Enquadramento institucional

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1.

Organização e Administração Escolar

1.1

. Caraterização do Meio – Cidade da Guarda

O desenvolvimento da minha PES I / II realizou-se no Jardim de Infância da Sé e na Escola Básica do Bonfim, instituições localizadas na cidade da Guarda.

Relativamente a este município, esta é considerada a cidade mais alta de Portugal Continental, por se situar a 1056 metros acima do nível médio das águas do mar, localizando-se na Região Centro e na Beira Interior Norte.

De acordo com o Município da Guarda, o concelho da Guarda abrange uma área de 712,11 km2, incluindo, atualmente, quarenta e três freguesias e catorze municípios. O distrito faz parte da província da Beira Alta e é limitado a norte pelo distrito de Bragança, a sul pelo distrito de Castelo Branco, a oeste pelos distritos de Viseu e Coimbra e a este por Espanha. Todo o território é muito montanhoso, formado por elevações de diversas altitudes.

A cidade (Fig. 1) teve o seu primeiro Foral a 27 de novembro de 1199, concedido por D. Sancho I, o Rei Povoador e diz a história que este, 2º Rei de Portugal e filho de D. Afonso Henriques, concedeu este Foral à Guarda, com o intuito de promover o seu desenvolvimento e prosperidade.

Fig. 1 – Mapa do distrito da Guarda

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A Guarda é herdeira de um património cultural rico e único, encerrando nas suas muralhas mais de 800 anos de História e consegue ter um dos mais belos e mais bem conservados patrimónios construídos de todo o país.

No seu ponto mais alto existe a Torre de Menagem, símbolo máximo de toda a estrutura defensiva e sinal da coragem, que ao longo dos séculos defenderam a fronteira lusa. A Sé Catedral, verdadeiro ícone da cidade, tem qualidades construtivas e estéticas que a impõem como um dos monumentos maiores de toda a história da arquitetura portuguesa.

Esta é também considerada a cidade dos cinco F´s: Forte (devido à dureza do granito e ao grandioso sistema defensivo, que ainda hoje se preserva); Formosa (por possuir monumentos, praças, ruas e vielas, solares, parques, jardins e paisagens); Fria (devido à sua proximidade da Serra da Estrela); Farta (pela riqueza do vale do Mondego), e Fiel (que advém da História e das caraterísticas genuínas das suas gentes integras, honestas e hospitaleiras).

Importa também referir que uma das caraterísticas desta cidade é o seu ar, reconhecido pela sua salubridade e pureza, sendo distinguido pela Federação Europeia de Bio climatismo em 2002, o título de primeira “Cidade Bioclimática Ibérica”.

Uma vez que a Guarda se trata da cidade mais alta de Portugal Continental, tal como referido anteriormente, torna-se pertinente enfatizar relativamente às suas condições climáticas. Estas estão relacionadas com o seu posicionamento geográfico e de acordo com os dados referidos pelo posto de observação meteorológica na Torre dos Ferreiros, o clima é temperado, com verões quentes e curtos e invernos longos e frios.

A precipitação não é elevada e regista-se alguns meses secos, durante o verão e assim sendo, este tipo de clima fez da Guarda um dos melhores lugares para o tratamento de doentes com tuberculose.

Esta é considerada a cidade mais fria de Portugal, pois regista, frequentemente, temperaturas inferiores a -10ºC, havendo desta forma precipitações de neve. A temperatura média anual é de 11,1ºC e a pluviosidade média anual é de 914,2 mm.

Oferta educativa/cultural

A cidade da Guarda tem vindo a promover e a dinamizar políticas de igualdade e de cidadania inclusiva. A educação assume um papel fulcral no desenvolvimento do concelho, apostando na divulgação de projetos integrados.

A cidade da Guarda dispõe de uma rede educativa que é constituída pelo Agrupamento de Escolas da Sé, pelo Agrupamento de Escolas Afonso Albuquerque e uma vertente particular com a Escola Regional D. José Dinis da Fonseca.

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Ao nível do ensino secundário, existem disponíveis escolas públicas, a Escola Secundária com 3º CEB da Sé e a Escola Secundária Afonso de Albuquerque e de caráter privado, a Escola Profissional Ensiguarda, o Instituto de São Miguel, o Colégio da Cerdeira e o Conservatório de Música de São José da Guarda. No que diz respeito ao ensino superior temos o Instituto Politécnico da Guarda, de natureza público.

No total, a cidade da Guarda tem disponíveis vinte e uma escolas dos vários ciclos de ensino.

No que concerne à oferta de natureza cultural, a cidade da Guarda oferece as seguintes infraestruturas:

 Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL);  Museu da Guarda;

 Grupo de Teatro Aquilo;

 Teatro Municipal da Guarda (TMG);  Pavilhão Desportivo de São Miguel;  Estádio Municipal;

 Piscinas Municipais.

Estas infraestruturas / serviços estão disponíveis para receber as crianças / alunos de todos os jardins-de-infância e escolas, públicas ou privadas, da Guarda, promovendo uma interligação entre as instituições educativas e os serviços culturais que esta cidade oferece.

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1.2.

As instituições e as suas caraterísticas físicas e humanas

1.2.1. Jardim de Infância da Sé

O jardim de infância da Sé, o mais antigo da cidade, localiza-se no bairro do Bonfim, na rua João de Deus, da freguesia da Guarda, concelho da Guarda. Este é um estabelecimento de Educação Pré-escolar, da rede pública do Ministério da Educação e pertence ao Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque da Guarda.

Estas instalações, inauguradas a 26 de Novembro de 1992 foram construídas de raiz no Bairro do Bonfim, para funcionar como Jardim de Infância (Fig. 2).

Fig. 2 – Jardim de Infância da Sé Fonte: Própria.

Durante o período de PES I, o Jardim de Infância da Sé era frequentado por trinta crianças, com idades entre os 3 e os 6 anos. A equipa pedagógica compreendia duas educadoras titulares de grupo, duas educadoras de apoio, duas assistentes técnicas e três assistentes operacionais, que contribuíam para o bom funcionamento da instituição, trabalhando sempre para um ambiente acolhedor e propício, de forma a responder às necessidades de todas as crianças.

Durante o ano letivo de 2014/2015, a equipa pedagógica contou ainda com a presença de uma outra equipa, constituída por três professores, que gratuitamente, através da Junta de Freguesia da Guarda, desenvolveu atividades de Expressão Musical, Motora e Dramática, atividades essas coadjuvadas com as educadoras titulares e ainda com uma professora de Natação.

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Caraterização das infraestruturas e equipamentos

Como preconizam as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (OCEPE), 2016, p.25, os estabelecimentos educativos proporcionam, também, um espaço alargado de desenvolvimento e aprendizagem de todas as crianças, em que a partilha dos espaços comuns (entrada, corredores, refeitório, biblioteca, ginásio, etc.) deverá ser planeada em conjunto pela equipa educativa.

O Jardim de Infância é constituído por quatro semi-pisos, em zig-zag. Todas as divisões estão equipadas com aquecimento central, equipamento indispensável para fazer face às baixas temperaturas que se fazem sentir nos meses de inverno. Este é um jardim de infância que possui muita luz natural, devido ao elevado número de janelas existentes, o que possibilita um bom arejamento.

De forma mais pormenorizada, podemos encontrar, no 1º Piso:  Hall de entrada (fig. 3);

 Sala de reuniões e de atendimento aos pais / encarregados de educação (fig. 4);  Biblioteca (fig. 5);

 Sala dos 3 e 4 anos com WC coletivo (fig. 6).

Fig. 3 – Hall de entrada Fonte: Própria.

Fig. 4 – Sala de reuniões e de

atendimento aos pais / encarregados de educação

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10 No 2º Piso encontra-se:

 Salão (destina-se à prática de atividades socioeducativas, de expressão motora e onde são realizadas as atividades de caráter cultural e recreativo, abertas à comunidade. É também o local onde as crianças podem assistir a eventos em que se verifique a presença mais alargada de crianças e de adultos (ex: convívio de final de ano)). Este espaço serve também para as atividades de Animação e Apoio à Família (AAAF), para a receção e acompanhamento das crianças, quando chegam de manhã, no período do almoço e no prolongamento de horário e para o desenvolvimento de atividades lúdicas nos períodos de interrupção letiva (Fig. 7);

 Copa (onde os adultos tomam o café da manhã e onde é lavada a loiça das crianças) (Fig. 8);

 Refeitório (onde as crianças lancham e almoçam), com WC coletivo (Fig. 9).

Fig. 5 – Biblioteca Fonte: Própria.

Fig. 6 – Sala dos 3 e 4 anos Fonte: Própria.

Fig. 7 – Salão

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Fig. 9 – Refeitório Fonte: Própria.

No 3º Piso situa-se a sala dos 5 e 6 anos; já a sala de inglês funciona no quarto piso. Ambas têm WC coletivo (Fig. 10 e 11).

Fig. 10 – Sala dos 5 e 6 anos Fonte: Própria.

Fig. 11 – Sala de inglês Fonte: Própria.

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Na parte exterior das instalações, encontram-se dois parques (fig. 12 e 13)

devidamente vedados por um muro com grades, com o intuito de garantir a segurança das

crianças. Trata-se de um espaço amplo e plano, permitindo uma maior liberdade para as

crianças brincarem livremente e sem perigo. Estes espaços estão equipados com

diferentes infraestruturas de recreio, baloiços, casas brinquedo, triciclos adequados às

idades e escorregas que potencializam uma variedade de atividades.

O espaço exterior é um local privilegiado para atividades da iniciativa das crianças que, ao brincar, têm a possibilidade de desenvolver diversas formas de interação social e de contacto e exploração de materiais naturais (…). É ainda um espaço em que as crianças têm oportunidade de desenvolver atividades motoras (correr, saltar, trepar, jogar à bola, fazer diferentes tipos de jogos de regras, etc.), num ambiente de ar livre (OCEPE, 2016, p.29).

Todos os espaços disponíveis possuem os materiais e equipamentos apropriados

às necessidades das crianças e dos professores. As salas são espaçosas, com boa

iluminação e aquecimento central, apetrechadas de material pedagógico/didático, com

espaços adequados a cada atividade, com mobiliário adequado e computadores,

proporcionando uma ambiente acolhedor e propício ao bom desenvolvimento do processo

educativo.

Na minha opinião, as boas condições que oferece o Jardim de Infância da Sé são garantia para o desenvolvimento integral de todas as componentes da criança, intelectual, lúdica e social e, ao mesmo tempo, permitem o cumprimento da missão de que são incumbidas instituições desta natureza.

Fig. 12 – Parque 1

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Caraterização da sala de atividades

No Jardim de Infância, a sala de atividades é o espaço mais importante para as crianças, pois é neste que estas passam a maior parte do dia e que ocorrem as aprendizagens. Por isso, há necessidade de uma boa organização e estruturação dos espaços, de acordo com o tipo de atividades aí a ser desenvolvida: as crianças devem interiorizar essa divisão, de forma a sentirem-se à vontade, de terem liberdade e autonomia de movimentos, para que aprendam com as suas próprias ações, possam construir, escolher, criar, experimentar, fantasiar e trabalhar individualmente e em pequeno ou grande grupo.

O conhecimento do espaço e das suas possibilidades é uma condição do desenvolvimento da independência e da autonomia da criança e do grupo, o que implica que as crianças compreendam como está organizado e pode ser utilizado, participando nessa organização e nas decisões sobre as mudanças a realizar. Esta apropriação do espaço dá-lhes a possibilidade de fazerem escolhas, de utilizarem os materiais de diferentes maneiras, por vezes imprevistas e criativas, e de forma cada vez mais complexa (OCEPE, 2016, p. 28).

A sala de atividades (fig. 14) onde realizei a PES I era destinada ao grupo de crianças dos 3 e 4 anos de idade e esta encontrava-se dividida em diversas áreas que eram utilizadas para desenvolver atividades livres e de trabalho pelas crianças.

Fig. 14 – Sala de atividades do grupo de 3 e 4 anos Fonte: Própria.

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A sala está estruturada como “open space”, um espaço amplo, sem barreiras, que além de permitir uma responsável e segura supervisão geral de todas as crianças, com idades variadas lhe aumenta a autonomia e diminui os riscos.

A forma como os materiais estão dispostos na sala de atividades, deve permitir às crianças a sua visualização total, para que estas possam escolher a área de preferência, quando lhes é permitida. Os materiais estão organizados de forma lógica e claramente rotulados, para que as crianças sejam capazes, de forma independente, de os localizar e utilizar sempre que necessário.

É na sala de atividades que as crianças têm a possibilidade de interiorizar normas e regras e têm acesso a momentos de socialização, através da partilha de materiais e de diálogos em grupo. A organização do espaço da sala é expressão das intenções do/a educador/a e da dinâmica do grupo, sendo indispensável que este/a se interrogue sobre a sua função, finalidades e utilização, de modo a planear e fundamentar as razões dessa organização. A reflexão permanente sobre a funcionalidade e adequação dos espaços permite que a sua organização vá sendo modificada de acordo com as necessidades e evolução do grupo (OCEPE, 2016, p. 28).

Quando é dada a oportunidade das crianças brincarem, na sala onde trabalhei, cada uma das áreas tem um número máximo de crianças e para que seja controlado esse limite, são utilizadas medalhas, que as crianças colocam ao pescoço, de forma a tornar mais fácil o controlo do número de crianças a frequentar em cada área.

É essencial que o educador motive as crianças a brincarem em todas as áreas e não apenas nas que demonstram maior interesse, para que estas explorem as potencialidades de cada uma, pois cada área tem caraterísticas essenciais para o bom desenvolvimento de cada uma das crianças.

Dentro da sala de atividades existem diversas áreas de trabalho, que durante o dia a dia são exploradas pelas crianças.

 Área de Leitura e de Conversa

Este é um dos espaços mais utilizados pelas crianças, não só em situações formais como não formais. Nele são marcadas as presenças, contadas histórias, realizados diálogos em grupo, as aulas de música e delineadas as atividades a serem realizadas.

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Neste espaço (Fig. 15 e 16) as crianças sentam-se em roda pela ordem menino, menina, para que se evitem conversas paralelas entre crianças do mesmo sexo e que tenham maior afinidade.

Gomes (2014) salienta que a área do cantinho da leitura é o local onde diariamente se faz o acolhimento, mas é também um espaço polivalente, isto é, frequentemente utilizado para variadas atividades, como: histórias, canções, exploração de instrumentos musicais, jogos de expressão corporal e outros de caráter lúdico pedagógico. Este espaço é delimitado por uma manta ou tapete, onde se podem colocar várias almofadas. É aqui que normalmente existe o quadro de presenças diário.

 Área da Biblioteca

A área da Biblioteca (Fig. 17), integrada na área da leitura, contém diversos livros de banda desenhada, contos, poesias e lúdicos recomendados pelo Plano Nacional de Leitura, que permitem o contacto com a pré-leitura e a pré-escrita, estimulando a imaginação, a criatividade e o gosto pelos livros. Este é um espaço com luz natural e silencioso. Nesta área existe também um baú com fantoches que são utilizados como meio de expressão e recriação por parte das crianças. Gomes (2014) defende que esta área deverá situar-se numa zona calma, silenciosa e com luz natural, para que as crianças possam desfrutar dos materiais de leitura existentes, tais como, livros de vários tamanhos e temas.

Fig. 15 – Área de Leitura e da Conversa Fonte: Própria.

Fig. 16 – Quadro de presenças Fonte: Própria.

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Fig. 17 – Área da Biblioteca Fonte: Própria.

 Área da Escrita e de Expressão Plástica

A área de Expressão Plástica (Fig. 18) destina-se à elaboração de trabalhos manuais nas mesas de trabalho. Neste espaço existe uma estante com folhas A4/A3, lápis de cor, canetas de feltro, tesouras, lápis de cera, cola, numa palavra, os materiais necessários à elaboração de trabalhos, que possam promover a criatividade e imaginação das crianças. Neste espaço as crianças moldam plasticina, realizam colagens, pinturas, desenhos, manuseiam picos e tesouras. Gomes (2014), refere que esta é uma área constituída por mesas e cadeiras para a realização dos trabalhos e de móveis de apoio para guardar os materiais.

Fig. 18 – Área da Escrita e de Expressão Plástica Fonte: Própria.

As mesas de trabalho estão identificadas com os nomes de cada criança, para que estas reconheçam o seu nome, associando-o ao lugar em que se devem sentar. Este tipo de estratégia permite uma melhor organização quer da sala quer das crianças, pois, na hora de trabalho, estas,

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ao reconhecerem o seu lugar, não criam momentos de desordem que disturbem o início das atividades, aproveitando ao máximo as atividades propostas.

Coutinho (2007) salienta que, nesta área a criança experimenta vários materiais e suportes, realiza artefactos com materiais reutilizáveis, realiza colagens, pinturas, desenhos, com variadas técnicas, moldam plasticinas e barro, manuseia tesouras, picos, colas, experimenta e treina noções de espaço relativos ao suporte que neles se inscreve.

 Área do Computador

Cerveira (2002) menciona que, como noutros graus de ensino, o computador pode ser introduzido na educação pré-escolar, como meio auxiliar do processo de ensino e de aprendizagem, sendo mais uma ferramenta, entre tantas outras, ao dispor da criança e do educador.

A área do computador (Fig. 19) permite às crianças o contacto com as novas tecnologias, através de jogos didáticos de associação, de construção de puzzles, de sequências, entre muitos outros, que contribuem de forma significativa para o desenvolvimento do raciocínio, da memorização, da destreza manual, através do manuseamento do rato e a partilha.

Fig. 19 – Área do Computador Fonte: Própria.

Nesta área só é permitida a permanência de duas crianças, para que não exista grande confusão, de maneira a que haja momentos de partilha e de troca de ideias quando jogam o jogo juntas.

Foi notório, em consequência da observação da utilização do espaço, que esta é uma das áreas menos procuradas. Esta é admirada apenas por duas ou três crianças, enquanto as restantes

(34)

18

preferem brincar nas restantes áreas, pois existem maiores momentos de socialização e convívio entre amigos.

Na minha opinião, apesar de serem importantes as novas tecnologias, esta não deve ser a área mais privilegiada, pois na infância o brincar é crucial para a socialização e desenvolvimento das crianças e por isso mesmo, estas devem brincar nos lugares que lhes permitam conviver, fantasiar, manipular e criar diversos momentos de partilha, permitindo a consciência de valores, de forma direta e indireta.

 Área de Construções e Jogos

A área de Construções e Jogos (Fig. 20) situa-se num espaço específico da sala de atividades e por ser um espaço fora do plano da sala, faz com que seja apelativo às crianças, pois esta é uma área muito requisitada, sendo considerada como algo mítico, idêntico a uma gruta ou esconderijo e encontra-se apetrechada de diversos materiais didáticos.

Nesta, existem diversos materiais que permitem a realização de construções a três dimensões, tais como, materiais de encaixe, sólidos geométricos e legos de vários tamanhos e formas.

Fig. 20 – Área de Construções e Jogos Fonte: Própria.

Coutinho (2007) recomenda que na área de Construções e Jogos a criança experimente construções a três dimensões, faça atividades de iniciação à matemática, que implicam comparações e seriações, sequências, alternâncias, tamanhos, peso, forma e cor, experimente materiais que promovem noções de lateralidade e realize atividades de experimentação de noções espaciais como: puzzles e construções e tudo isto é explorado na área de construções e jogos.

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19  Área da Garagem

Esta área (Fig. 21) é delimitada por um tapete para oferecer maior conforto, uma vez que as brincadeiras são realizadas no chão. Contém neste espaço vários materiais, entre os quais, animais, carrinhos, uma pista e materiais de construção e bancada de ferramentas.

As crianças recorrem muito a esta área, principalmente devido à existência de um carro grande dos Bombeiros e outros veículos.

Fig. 21 – Área da Garagem Fonte: Própria.

Outro fator de interesse nesta área é a existência de animais de todas as espécies (incluindo espécies extintas), que faz com que as crianças explorem a sua imaginação e criatividade, quando tentam imitar e interagir com os outros animais, mesmo quando estas nem sempre conhecem os animais (tais como os dinossauros).

 Área da Casinha das Bonecas / Área do faz de conta

Lares (2010) defende que a criança no faz de conta toma papel ativo, procura soluções, combate os seus medos e toma consciência dos outros. Essa atitude de afirmação de si próprio em relação aos outros ajuda a desenvolver a capacidade crítica do seu mundo e de tudo o que a rodeia. Esta área (Fig. 22) é composta por duas divisões: um quarto e uma cozinha. No quarto existe uma cama, armários com diversos tipos de vestuários, um espelho e bijuteria diversificada. Na cozinha podemos encontrar uma mesa com cadeiras, tachos, comida, pratos, lava-loiça, entre outros, materiais ou objetos que fazem com que as crianças a associem a um ambiente familiar.

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20

Fig. 22 – Área da Casinha das Bonecas ou do faz de conta Fonte: Própria.

A área da Casinha das Bonecas torna-se essencial para o desenvolvimento das crianças, pois permite-lhes brincar ao faz de conta permitindo assim recriar experiências da vida quotidiana, situações imaginárias e utilizar os objetos livremente, atribuindo-lhes diversos significados.

 Área dos Jogos Didáticos

Esta é uma das áreas mais utilizadas (Fig. 23), pois todos os dias, por volta das 9 horas da manhã, as crianças sentam-se nas mesas de trabalho e realizam jogos didáticos. Junto às mesas de trabalho, existem móveis à altura das crianças, que facilitam o alcance dos jogos e permitem também a autonomia da criança, hábitos de arrumação e a sua respetiva organização.

Fig. 23 – Área dos Jogos de Mesa Fonte: Própria.

Existe muita diversidade de jogos nesta área, entre os quais, puzzles, enfiamentos, encaixes, dominós, blocos lógicos, jogos de associação, de sequências, entre outros. Os jogos lúdicos disponíveis permitem trabalhar diversas competências na criança, a nível cognitivo,

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21

favorecendo a autoestima e a interação de seus pares, propiciando situações de aprendizagem. Estes podem ser realizados individualmente ou em pequenos grupos, desde que sejam cumpridas as regras de comportamento, permitindo assim situações de socialização e partilha.

Franco (2009) refere que os jogos de mesa ajudam a estimular o raciocínio, a concentração, a memória, a atenção das crianças e ajuda a desenvolver capacidade e habilidade para o decorrer das atividades ao longo do dia. Estes são requisitos fundamentais para que uma criança cresça e se torne um adulto responsável, menos disperso, mais atento e também mais inteligente.

 Placard

Este placard (Fig. 24) situa-se dentro da sala de atividades e é utilizado para a exposição dos trabalhos realizados pelas crianças. É crucial a exposição dos trabalhos, para que a criança os visualize, tornando-se responsável pela decoração e ambiente da sala. É, certamente gratificante para as crianças saberem que os seus trabalhos são valorizados pela sua exposição.

Fig. 24 – Placard Fonte: Própria.

Meyer (2014) menciona que os placards são quadros presos à parede, neles podemos organizar os trabalhos das crianças ou enfeitar de acordo com o projeto desenvolvido. O placar é um espaço que deve ser modificado periodicamente. Na sala de atividades são expostos os trabalhos das crianças conforme são realizadas as atividades e de acordo com a sua relevância.

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1.2.2. Escola Básica do Bonfim

A Escola Básica do Bonfim (Fig. 25) situa-se na freguesia da Sé, mais propriamente no bairro do Bonfim, na rua Dr. Santos Lucas, junto ao Seminário Maior da Diocese. Este é um estabelecimento de ensino primário, da rede pública do Ministério da Educação e pertence ao Agrupamento de Escolas Afonso Albuquerque da Guarda.

Fig. 25 – Escola Básica do Bonfim Fonte: Própria.

O nome desta escola resulta da aglutinação das suas palavras “Bom” e “fim”, por consequência da proximidade com a capela do Bairro que é apadroada pelo santo “Senhor do Bonfim”.

Aspetos físicos

A instituição em questão funciona num edifício de tipo plano centenário, inaugurada no ano de 1945. Mais recentemente, em 2003, esta sofreu obras de remodelação, passando a contar com três pisos (reabilitação do sótão), ao invés de dois, como se apresentava até então.

Os três pisos constituem-se da seguinte forma: No 1º Piso, encontra-se:

 o hall de entrada (Fig. 26);

 o Salão polivalente (destina-se à prática de atividades físico-motoras, socioeducativas e cultural-recreativas) (Fig. 27);

 a Sala destinada à papelaria (local onde existe diversos tipos de materiais escolares, bem como fotocopiadora) (Fig. 28);

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23  a Biblioteca escolar (Fig. 29);

 as Salas do 1º e do 2º ano.

No 2º Piso encontra-se a sala do 4º ano;

Fig. 30 – Sala do 4º ano Fonte: Própria. Fig. 26 – Hall de entrada

Fonte: Própria.

Fig. 27 – Salão Polivalente Fonte: Própria.

Fig. 28 – Biblioteca escolar

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24

Já o 3º Piso está reservado para a sala de reuniões e a sala de informática.

Relativamente ao espaço exterior (Fig. 33 e 34), a escola encontra-se rodeada por um pátio vedado, um campo de futebol, um campo de basquetebol e um espaço com algumas árvores. Este é um espaço bastante agradável e seguro que permite aos alunos usufruírem dos dias de sol para brincarem.

O conceito de recreio sendo que se trata de um momento de pausa limitada, em que as crianças brincam livremente, (…) permite que as crianças possam tirar proveito de um tempo livre e de lazer, e criarem formas de interação entre si no seu dia-a-dia escolar; (…) refere-se ao local para onde as crianças se dirigem nos intervalos entre as atividades curriculares ou permanecem após as aulas, desenvolvendo diversas atividades livremente.(Cruz, 2013, pp.7 e 8)

Fig. 31 – Sala de informática

Fonte: Própria. Fig. 32 Fonte: Própria. – Sala de reuniões

Fig. 33 – Pátio exterior 1 Fonte: Própria.

Fig. 34 – Pátio exterior 2 Fonte: Própria.

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25

Caraterização da sala de aula

Uma vez que grande parte do dia dos alunos é passado dentro da sala de aula, importa salientar um pouco relativamente a esta, destinada à turma do 4º ano, onde efetuei o meu estágio. A sala de aula (Fig. 35), destinada aos trabalhos desta turma, situa-se no 2º piso da mesma instituição.

Fig. 35 – Sala de aula do 4º ano Fonte: Própria.

Relativamente às condições físicas desta sala podemos distinguir os seguintes espaços:  Zona do quadro interativo (um quadro interativo, um retroprojetor e uma caneta

Smart) (Fig. 36);

 Zona do quadro (dois quadros magnéticos) (Fig. 37);

 Zona da leitura (local onde há livros disponíveis para leitura espontânea dos alunos) (Fig. 38);

 Zona de arrumação (armário) (Fig. 39).

Fig. 36 – Quadro interativo

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26

A sala de aula é um dos elementos que se deve ter em consideração relativamente ao processo de ensino, pois é dentro desta que toda a magia do ensino se processa. E por consequência deste facto, deverá ter-se sempre em consideração o modo como a mesma está organizada.

O Programa do 1º CEB do Ensino Básico (2004) salienta que em primeiro lugar esta deverá ser agradável para que os alunos se sintam confortáveis e com prazer para aprender e trabalhar. Por outro lado, a sala de aula pode também ser interpretada como um instrumento que auxilia nos momentos de aprendizagem, podendo muitas vezes serem afixados nas suas paredes materiais que reforcem os conteúdos que estejam a ser trabalhos.

Assim, e tendo isto em consideração, Zigmond (1996), refere que as escolas não estão organizadas com um professor para cada aluno. Em vez disso, os alunos estão agrupados em salas de aula e são ensinados em grupos, o que implica que o ensino e a aprendizagem que nelas ocorre têm que ser orquestrados e estruturados. Brophy (1996) comenta que o tempo que os alunos passam na sala de aula deve ser preenchido produtivamente e a inevitável diversidade nos alunos deve ser acomodada. Ora, isso implica que os professores, para conseguir ensinar o currículo aos seus alunos, têm que organizar a sua sala de aula e as suas atividades de forma a responder a todos os seus alunos.

Recursos Humanos

Neste ano letivo, a Escola Básica do Bonfim é frequentada por noventa alunos, com idades compreendidas entre os 5 e 11anos (distribuídos por quatro turmas, 1º, 2º, 3º e 4º anos) que estão sob a responsabilidade de quatro docentes.

De seguida, será apresentado todo o pessoal – docente e não docente – que compõe o corpo de colaboração desta escola.

Fig. 39 – Armário de material escolar Fonte: Própria.

Fig. 38 – Zona de Biblioteca Fonte: Própria.

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27  Docente do 1º Ano – Ana Margarida Cardoso;  Docente do 2º Ano – José Domingos Antunes Neto;  Docente do 3º Ano – Maria Gabriela Rasteiro;

 Docente do 4º Ano – Maria Isabel Leitão Saraiva de Almeida;

 Docentes de Atividades de Enriquecimento Curricular – Antónia Cabral, Mário André e Andrea Soares;

 Docente de Inglês – Ana Margarida da Fonseca Guedes de Carvalho;  Docente de Ensino Especial – Anabela da Cruz;

 Docente de Apoio Educativo – Irene Pires da Silva Gouveia;

 Assistentes Operacionais – Isabel Teixeira, Isabel Nascimento e Sandra Marques. Na minha opinião, esta instituição apresenta muito boas condições favoráveis ao bom funcionamento do processo de ensino. Todos os espaços disponíveis possuem os materiais e equipamentos apropriados às necessidades dos alunos e ao pessoal pedagógico.

No que se refere às salas de aula, são espaçosas, com boa iluminação e aquecimento central, apetrechadas de material pedagógico/didático, com mobiliário adequado e computadores, proporcionando um ambiente acolhedor e propício à aprendizagem dos alunos.

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28

2.

Caraterização Socioeconómica e Psicopedagógica

2.1. Jardim de Infância da Sé

Caraterização do grupo de crianças

A PES I foi realizada com o grupo de crianças dos 3 e 4 anos de idade, sob a orientação da educadora Celeste Mendonça.

Antes de realizar a caraterização do grupo de crianças, gostaria de salientar que é necessário conhecer o grupo de crianças com que se vai trabalhar, para que se possa adaptar as situações ao grupo e às especificidades de cada criança, planificando situações agradáveis a todos, capazes de desenvolver as competências pretendidas pelo educador, contribuindo para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso das aprendizagens, tal como referem as OCEPE, 2016, p. 26:

A organização do grupo, do espaço e do tempo constituem dimensões interligadas da organização do ambiente educativo da sala. Esta organização constituiu o suporte do desenvolvimento curricular, pois as formas de interação no grupo, os materiais disponíveis e a sua organização, a distribuição e utilização do tempo são determinantes para o que as crianças podem escolher, fazer e aprender. Importa, assim, que o/a educador/a (…) planeie essa organização e avalie o modo como contribui para a educação das crianças, introduzindo os ajustamentos e correções necessários.

Assim sendo, cabe ao educador planear situações de aprendizagem que sejam suficientemente desafiadoras, de modo a interessar e a estimular cada criança, apoiando-as para que cheguem a níveis de realização, capazes de se tornarem ativas e autónomas.

As informações referentes ao grupo foram recolhidas através de conversas com a educadora e restante pessoal pedagógico e pela observação, durante as catorze semanas.

O grupo de trabalho era constituído por 18 crianças, dos 3 e 4 anos de idade, composto por 11 meninos e 7 meninas (gráfico 1).

(45)

29

Gráfico 1 – Distribuição das crianças do Pré-Escolar por sexo

No que respeita às idades, até dezembro de 2014, seis crianças tinham três anos de idade e doze, quatro anos de idade, como ilustra o seguinte gráfico (gráfico 2).

Gráfico 2 – Idade das crianças do Pré-Escolar

Das crianças de quatro anos, três frequentam o Jardim de Infância da Sé pela primeira vez, sendo que duas frequentaram anteriormente o Jardim de Infância da Casa da Criança e uma das crianças nunca frequentou nenhuma Creche ou Jardim de Infância. Do grupo de crianças dos três anos de idades apenas uma não frequentou Creche. Todas as crianças entraram para o Jardim de Infância com três anos, exceto uma menina com 4 anos, pois só ingressou no início do ano de 2015.

No que diz respeito ao agregado familiar, existem quatro crianças com dois ou mais irmãos; sete crianças têm um irmão e as restantes sete crianças sãos filhos únicos. É o que está representado no gráfico 3, que se segue.

7 11

Sexo do grupo de crianças

Feminino Masculino Total: 18 crianças

0 2 4 6 8 10 12 14

4 anos 3 anos

Idade das crianças

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30

Gráfico 3 – Irmãos do grupo de crianças do Pré-Escolar

No que diz respeito à família das crianças, ambos os progenitores exercem alguma atividade profissional. Por motivos profissionais três pais não estão presentes durante a semana, sendo que um trabalha em Aveiro, outro em Lisboa e outro é camionista de longo curso.

Todas as crianças residem na cidade da Guarda, à exceção de uma que habita em Trancoso, no entanto, a atividade profissional dos pais se localiza na Guarda faz com que frequente este Jardim de Infância, tendo residência também na cidade (casa dos avós).

É de salientar que existe um investimento das famílias na educação das crianças e no seu bem-estar, pois procuram incluir as crianças em atividades extra – curriculares, que o Jardim de Infância promove, tais como natação e passeios/viagens de estudo, que envolvem um pagamento adicional.

No que diz respeito à caraterização sociológica da família das crianças, é de salientar que quanto à atividade profissional dos pais, na sua maioria, trabalham por conta de outrem e em variadas atividades profissionais, tais como professores, empregados de café, gerentes bancários, agricultores e funcionários da Câmara Municipal da Guarda.

Relativamente à idade dos pais constata-se que estas variam entre os vinte e cinco e os quarenta e um anos de idade.

Comportamento das crianças na sala de atividades

O grupo de crianças dos 3 e 4 anos carateriza-se por ter um comportamento homogéneo, tendo alguns casos excecionais, mas dentro da normalidade de ser criança.

Dentro do grupo existe uma criança, que por ser uma das mais novas e ainda não ter a noção de regras e normas, destabiliza o grupo, perturbando algumas vezes o bom funcionamento das atividades. 0 2 4 6 8

Filho único 1 irmão / irmã 2 ou mais irmãos

(47)

31

É de salientar que ao longo do tempo verificou-se uma evolução geral do comportamento de todas as crianças, em relação ao início, incluindo a criança anteriormente referida, embora num ritmo diferente. Esta evolução verificou-se, principalmente, na execução de tarefas, como por exemplo, no cantinho da conversa as crianças permaneciam mais calmas, evitando fazer barulho e nas diferentes áreas obedeciam ao limite do número de crianças em cada espaço e na interiorização de valores (respeito, obediência, amizade, entre outros).

Em geral, o grupo apresenta interesse e empenho nas atividades propostas, participando ativamente nas tarefas a serem cumpridas, é um grupo sociável e respeitador, mostrando prazer e interesse em comunicar e participar. Apesar de algumas das crianças serem de 3 anos, verificou-se através do diálogo constante que possuem um grau de deverificou-senvolvimento comunicativo elevado.

Foi notório que algumas das crianças têm dificuldade em permanecer quietas no comboio e de esperar pela sua vez, o que leva, muitas vezes à intervenção do educador.

Desenvolvimento das crianças

Foi possível verificar que para as idades deste grupo, as crianças apresentam um desenvolvimento normal e equilibrado. O facto deste ano o grupo de crianças ter aumentado, em relação ao ano letivo anterior, não alterou a boa convivência que se fazia sentir, não houve qualquer tipo de constrangimento na relação entre todas as crianças.

É essencial caraterizar o nível de desenvolvimento das crianças, uma vez que cada grupo de crianças apresenta um determinado conjunto de caraterísticas, segundo a fase em que se encontram.

As crianças de três e quatro anos encontram-se, segundo Piaget (s/d) cit. em Tavares (2007), no Estádio Pré-Operatório ou de Pensamento Intuitivo, em que a criança possui um pensamento mágico, imaginativo e metafórico, expressando-se através das brincadeiras do faz de conta. Nesta fase é também notório o egocentrismo inteletual, isto é, de que o mundo foi criado para si, acompanhado pela incapacidade de compreender as relações entre as coisas. O pensamento intuitivo permite a resolução de alguns problemas e da realização de algumas aprendizagens.

Vigostky (s/d) cit. em Tavares (2007) salienta que nesta fase o desenvolvimento da linguagem se dá de forma lenta, tornando-se um fator primordial na cognição da criança. Apresenta também uma evolução na compreensão das formas gramaticais mais básicas.

Freud (1938) cit. em Tavares (2007) preconiza que é nesta fase que as crianças vivenciam o chamado complexo de Édipo, manifestada pela forte atração dos meninos pela mãe, acontecendo o mesmo com as meninas em relação ao pai.

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32

Tavares (2007) menciona que as crianças crescem e desenvolvem-se num contexto familiar e social específico. O controlo exercido pelos pais e restantes agentes educativos afetam o desenvolvimento psicossocial das crianças.

As atividades que foram promovidas em conjunto com a educadora, para facilitar esse desenvolvimento, basearam-se numa “pesquisa” realizada sobre as “5 competências que deve desenvolver com o seu filho de 4 anos”:

 Motricidade fina - É a capacidade de executar movimentos precisos das mãos e dedos com controlo e destreza. É uma das competências chave a ser desenvolvida desde tenra idade, pois o seu desenvolvimento possibilita bons resultados no desenvolvimento da aquisição da escrita. O cérebro da criança pode perceber o conceito de escrita, mas se a motricidade fina não estiver suficientemente desenvolvida terá muita dificuldade em desenhar as letras;

 Escuta ativa - Uma das mais difíceis apetências que as crianças precisam de aprender é como escutar ativamente, ou seja, saber estar a ouvir. Devido ao avanço da tecnologia, hoje em dia as crianças são muito impacientes, pois estão habituadas a ter respostas de acesso fácil e rápido às questões que lhes aparecem e/ou colocam. Por isso, quando estão sentadas numa sala a “ter de” ouvir um professor a falar, não é fácil para elas. Há uma grande probabilidade de que se desconcentrem antes de ouvir o fim à primeira frase e entrem no mundo da lua.

 Criatividade - Ser criativo não é só ser artista e fazer obras de arte. A criatividade tem a ver com a capacidade de conseguir interligar, saber relacionar conceitos e gerar ideias novas e exprimir-se de uma fora original. É essencialmente, dar asas à imaginação e conseguir pensar fora da caixa. Estimular a criatividade nas crianças, é dar-lhes uma ferramenta valiosa para a vida;

 Concentração - O excesso de estímulos a que as crianças estão sujeitas diariamente resultam numa fraca concentração para tudo o que requer mais de cinco minutos de atenção para realizar uma tarefa. No entanto, desenvolver esta competência com peso e medida é não só uma mais-valia a nível escolar, como a nível pessoal. Uma criança concentrada é mais calma, mais bem estruturada e capaz de aprender de forma fluída e sem grande esforço;

 Organização - As crianças gostam de saber o que vai acontecer a seguir. A organização e as rotinas são um elemento fulcral para o bem-estar de uma criança. A organização do seu espaço ajuda-a a criar hábitos, para que não se sinta destabilizada e assoberbada quando entrar para a escola.

(49)

33

Considerações em relação ao grupo de crianças

Em relação ao grupo observado, foi visível que ao longo do tempo de observação as crianças evoluíram a vários níveis, salientando o cumprimento das regras e o respeito pelo outro. O grupo, por ser acessível e afável permitiu que houvesse um à vontade na minha aproximação a cada criança. Senti que estas deixaram que interviesse na sua educação e nas situações do seu dia a dia, como se fosse a educadora, o que para mim é muito positivo e gratificante.

Não só as crianças se mostraram compreensíveis, mas também senti a aproximação e carinho de alguns pais que elogiaram e agradeceram o empenho em relação aos seus filhos, servindo como motivação e incentivo em continuar a realizar um bom trabalho, não só no presente, mas também como futura educadora.

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34

2.2. Escola Básica do Bonfim

Caraterização do grupo de alunos

O estágio curricular foi realizado com o grupo de alunos da turma D14 – 4º ano sob a orientação da docente Isabel Leitão.

Neste nível de ensino é necessário que o professor planeie situações de aprendizagem que sejam suficientemente desafiadoras, de modo a interessar e a estimular os seus alunos, e apoiando-as para que cheguem a níveis de realização, capazes de se tornarem ativapoiando-as e autónomapoiando-as, adaptando as situações ao grupo e às especificidades de cada aluno, planificando situações agradáveis a todos, capazes de desenvolver as competências pretendidas pelo professor, tal como refere Januário, 1996, p.9:

O planeamento é (…) um processo através do qual os professores aplicam e põem em prática os programas escolares, cumprindo sempre a importante função de os desenvolver e adaptar às condições do cenário de ensino – características da população escolar e do meio envolvente, do estabelecimento de ensino, e dos alunos das diferentes turmas (…). As informações referentes ao grupo foram recolhidas através de conversas com a professora e através do diálogo com os próprios alunos.

O grupo de trabalho era constituído por 21 alunos, 10 meninos e 11 meninas, com idades compreendidas entre os 9 e os 12 anos de idade.

Os seguintes gráficos representam aspetos relativos à caraterização do grupo observado.

Gráfico 4 – Sexo dos alunos do 4º ano

Sexo dos alunos

(51)

35

Tal como se pode verificar pelo gráfico 4, na turma em questão os alunos do sexo feminino estão em maioria em relação aos alunos do sexo masculino, sendo que se registam dez alunos do sexo masculino e onze alunos do sexo feminino.

Gráfico 5 – Idades do grupo de alunos do 4º ano

Tendo em consideração as idades dos alunos que compõem esta turma, podemos concluir que a grande maioria tem 9 anos, existindo apenas quatro alunos com 10 anos e um aluno com 11 anos.

Gráfico 6 – Número de irmãos dos alunos do 4º ano

Os alunos que compõem a turma do 4º ano da escola do Bonfim, na sua maioria têm irmãos, sendo a categoria de “um irmão” aquela que domina as estatísticas relativas a este aspeto. Contudo, importa salientar que cerca de 1/3 dos alunos é filho único.

0 2 4 6 8 10 12

Filho único Um irmão Dois irmãos Três ou mais

irmãos

Número de irmãos

9 anos; 11 10 anos; 4

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36

Gráfico 7 – Grau de escolaridade dos pais dos alunos do 4º ano

No que concerne à caraterização socioeconómica desta turma podemos referir que dos quarenta e dois pais dos alunos, a maioria não tem curso superior, porém é pertinente salientar que existe um grupo de pais “licenciados” que apresenta um número relativamente significativo (catorze pais). Também da mesma importância deve referir-se que existe um pai com grau de doutoramento e dois pais mestres.

Aproveitamento dos alunos

Tal como pode verificar-se pela tabela acima (Tabela 1), de uma forma geral o aproveitamento da turma é bom.

Matemática

Português

Estudo do Meio

Expressões

Insuficiente

4 Alunos

1 Aluno

1 Aluno

0 Alunos

Suficiente

6 Alunos

10 Alunos

5 Alunos

2 Alunos

Bom

5 Alunos

8 Alunos

10 Alunos

19 Alunos

Muito Bom

6 Alunos

2 Alunos

5 Alunos

0 Alunos

Tabela 1 – Tabela de aproveitamento dos alunos

13 6 1 1 12 8 1 0 0 2 4 6 8 10 12 14

Não licenciado Licenciado Mestre Doutor

Grau de escolaridade dos pais dos alunos

(53)

37

Contudo, em termos específicos e considerando a avaliação de cada área disciplinar existem algumas distinções.

Relativamente à disciplina de Matemática, destacam-se seis alunos com nível de “muito bom” e cinco com o de “bom”, a maioria, contudo, situa-se no “suficiente” (seis alunos). No entanto, a área da Matemática é onde se situa o maior índice de “não aproveitamento”, com quatro alunos.

Quanto ao Português, esta é uma disciplina que regista o maior número de alunos nos níveis “suficiente” (10 alunos) e “bom” (8 alunos), havendo um registo de “insuficiente” e dois alunos “muito bons”.

A disciplina de Estudo do Meio é sustentada por um aproveitamento geral de “bom” (10 alunos) e “muito bom” (5 alunos), sendo os restantes alunos caraterizados como “suficientes” (5 alunos). Mesmo assim, há a registar um aluno com aproveitamento “insuficiente”.

Por último, e no que se refere à área das Expressões, à exceção de dois alunos que se caracterizam com aproveitamento “suficiente”,

todos os outros se situam no nível “bom” (19

alunos).

Comportamento dos alunos na sala de aula

De uma forma geral, o comportamento dos alunos desta turma é bom, para não dizer mesmo muito bom. É importante ter em mente que apesar de se tratar de uma turma de 4º ano, os alunos não deixam de ser crianças e muitas vezes têm necessidade de se exteriorizar e expressar-se. Não podemos, de forma alguma, considerar estas atitudes como mau comportamento. É notório e do conhecimento geral que os nossos alunos cada vez passam mais tempo dentro das salas de aula e o tempo para “brincar” fica muitas vezes esquecido.

Ainda assim, é importante salientar que na turma com a qual trabalhei, existem dois casos de hiperatividade que se encontram controladas sob o efeito de medicamento “Rubifen” que ajuda no domínio do comportamento destes alunos.

Ensino Especial

Por consequência de um dos elementos desta turma apresentar traços de ensino especial, importa referir-me sobre este aluno.

Trata-se de um aluno que apresenta idade superior à do grupo (11 anos), tendo sido retido três vezes no ciclo.

O aluno não apresenta mau comportamento, contudo por vezes mostra-se um pouco barulhento, mas quando repreendido, adota uma postura mais adequada. Este é um aluno que vem

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transferido de outra escola com um historial de “mau comportamento”, que tem vindo a melhorar substancialmente.

Por outro lado, e referindo o seu nível de aproveitamento, pode-se salientar que este é um aluno com elevado nível de dificuldade de aprendizagem e concentração, sendo, consequentemente, o seu nível de aproveitamento “insuficiente” em todas as áreas e registando apenas um nível “suficiente” à área das expressões.

Considerações acerca da turma

Relativamente ao grupo de alunos com o qual trabalhei, e de uma forma conclusiva, posso afirmar que em muito este contribuiu para o meu sucesso. Por outras palavras, gostaria de referir que o grupo de alunos que me foi destinado para trabalhar ajudou significativamente para que o desenvolvimento da minha PES II fosse concluído com sucesso e fossem, também, atingidos os objetivos aos quais me propus.

Repare-se que quando se trabalha perante uma turma respeitadora, ordeira e silenciosa todo o trabalho por parte do docente é facilitado, em comparação a o desenvolvido com uma turma, permita-se-nos dizer, “menos ortodoxa”, em que os alunos não cumprem regras, não ouvem o professor e não realizam as tarefas. Por isso, posso defender a ideia de que o meu sucesso e aprendizagem desenvolveu uma relação de inteira dependência relativamente à turma com a qual trabalhei.

Ainda sobre este assunto gostaria de salientar que muitas vezes eram os alunos quem me incentivavam a ir mais além, ensinar mais do que aquilo a que me propunha e a explorar de forma mais profícua os conteúdos letivos. O facto de os alunos adotarem uma postura de permanente interesse, contribuiu em muito para eu testar/desafiar os meus limites, enquanto aluna-estagiária. E por isso, não posso ser desumilde ao ponto de não gratificar e congratular o grandioso contributo desta turma para o desenvolvimento correto do meu trabalho. Termino, salientando que aprendi a ensinar, aprendendo.

(55)

Capítulo II

Descrição do Processo da Prática de Ensino Supervisionada

(56)
(57)

41

1.

Descrição do processo da PES

A formação na área da educação é um processo composto por diferentes etapas fundamentais para a preparação do futuro professor, tendo em vista a sua integração no mundo profissional.

No que diz respeito à formação inicial de professores, esta tem sido adaptada com o intuito de responder às atuais necessidades da sociedade, assentando em novos domínios inerentes ao conhecimento, às relações humanas, à pedagogia e à gestão e organização curricular, para que estes possuam ferramentas cruciais para a realização de uma prática adequada.

Transmitir conhecimentos não é uma tarefa fácil, principalmente numa sociedade como a nossa, onde o professor é cada vez mais desvalorizado. Somos nós, futuros professores, que devemos contribuir para que esta situação seja modificada, pois o professor é uma figura relevante no processo educativo, responsável pela formação de cidadãos, ensinando, desde cedo, as diversas áreas do conhecimento, as adversidades da vida e da sociedade e a melhor forma de agir perante o meio envolvente, tornando-se um guia do seu desenvolvimento.

Formar cidadão consciente significa saber o que mundo é, e como ele se define e funciona, de modo a reconhecer o lugar de cada país no conjunto do planeta e de cada pessoa no conjunto da sociedade humana, capazes de atuar no presente e de ajudar a construir o futuro (Santos, 1995, p. 17 cit. em Sousa, 2009).

O professor é considerado um facilitador do conhecimento, devendo gerar nos alunos a dúvida, a reflexão e a contestação. Este deve ser um guia, que leva o aluno a questionar, a inovar, a desenvolver e a procurar respostas para as questões que vão surgindo.

O professor será aquele que vai passar segurança e motivar a nossa investigação, ou seja, ele terá a função de orientar a investigação, colocar questões para que ela progrida, auxiliar com o fornecimento de fontes e informações, assim como colocar desafio para que o aluno perceba as diferentes perspetivas possíveis do problema (Aquino, 2007, p. 81 cit. em Sousa, 2009).

Referências

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