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CONIC-SEMESP

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Academic year: 2021

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CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA:

SUBÁREA: FILOSOFIA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO LUÍS INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): RAFAEL PIRES BRAZ, CRISTIANE ARAÚJO DAS NEVES AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ADRIANA DA SILVA TURQUETI ORIENTADOR(ES):

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1. RESUMO

O desenvolvimento deste trabalho se dá com base nos dados que estão sendo recolhidos e de observações de situações de ensino e aprendizagens realizadas em uma escola, de Ensino Médio, do município de Jaboticabal, no âmbito das atividades de formação para a docência do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID. Procuramos compreender as dificuldades que a escola e o professor de Filosofia enfrentam relacionadas a casos de indisciplina e a relação da agressividade de alguns discentes com as dificuldades de aprendizagem. Procuramos compreender a relação professor/aluno e a formação dos professores uma vez que há pesquisas que versam sobre tal, especialmente focando a compreensão dos dificultadores dessa relação, a saber – situações de violência e a indisciplina. Para compreensão dessa relação, além das observações, realizamos entrevistas com o docente e com alguns discentes que apresentam comportamentos considerados como indisciplinados e/ou violentos com intuito de compreender a percepção desses atores e suas expectativas com relação a escola e os processos de ensino nela desenvolvidos.

2. INTRODUÇÃO

Há muito tem se pesquisado, analisado e refletido sobre a reação professor e aluno. A interação entre professor e aluno no espaço escolar por vezes é marcada por conflitos entre esses atores. Cada qual criam expectativas sobre a atuação uns dos outros. A escola apresenta-se como um espaço normatizado, com papéis definidos para cada um dos seus membros e por mais que referimos sobre o dever da escola ser democrática o ponto sensível, que põe a prova tal ideal, esbarra no comportamento dos alunos, dos quais se espera, sobretudo, obediência e disciplina. Sabemos que o ser professor não costuma ser algo simples, pois as mudanças sociais constantes influenciam nas práticas de ensino e interações com os discentes. Também que docentes têm percepções, sobre o que deve ser o aluno ideal esperado, frustradas por algumas práticas aqui tratadas como dificultadoras e desafiadoras às práticas dos docentes. Há muitas referências sobre os dificultadores da relação professor e aluno no espaço escolar que apontam situações de violência e indisciplina com um problema que vem assumindo contornos preocupantes que nos levaram a buscar a compreender tais situações e refletir sobre causas e possibilidade de seus enfrentamentos, enquanto docentes em preparação pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID.

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3. OBJETIVOS

Nosso trabalho procura compreender as dificuldades que a escola e o professor de Filosofia enfrentam relacionadas a casos de indisciplina e/ou violência de alguns discentes e como tais casos implicam no desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem. Também, compreender a relação professor/aluno e a formação dos professores. Para tanto, objetivamos analisar relatos de observações e as percepções dos discentes e docentes e quais as possibilidades de enfrentamento e superação dos dificultadores do trabalho escolar.

4. METODOLOGIA

Nosso trabalho de investigação está sendo realizado por meio de abordagem da pesquisa qualitativa, desenvolvido por bolsistas do PIBID, subprojeto do curso de Filosofia. Realizamos observações em aulas de Filosofia, numa escola de Ensino Médio, da cidade de Jaboticabal, que permitiram contatos com discentes e aproximação com os fenômenos que buscamos compreender. Também, estamos realizamos entrevistas semiestruturadas e questionários com discentes e docentes de Filosofia que acompanham e dão suporte ao desenvolvimento do subprojeto. 5. DESENVOLVIMENTO

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), criado por meio do Decreto nº 6.094, de 24 de abril de 2007, faz parte dos programas de ação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O PIBID é uma política pública para fortalecimento da formação inicial, conectando os saberes construídos na universidade e os saberes que são produzidos através do convívio no ambiente escolar. “[...] uma vez que estes entram em contato direto com a realidade vivenciada diariamente pelos professores de ensino fundamental e de ensino médio” (NASCIMENTO, et al., 2012). O programa tem um importante diferencial que é as participações de professores supervisores atuantes no ensino médio, aos quais cabe promover a efetiva interação entre os acadêmicos e a escola Sendo assim, os protagonistas nos processos de formação inicial de professores são:

- Os bolsistas de iniciação à docência, alunos matriculados em cursos de licenciatura das instituições participantes e são o foco do Pibid e seus orientadores: educadores que orientam os licenciados no seu processo de formação, seja na IES, sejam na escola pública onde exercem a prática. Os educadores podem atuar como:

- Coordenador institucional: docente responsável pela coordenação do projeto no âmbito da IES e interlocutor da CAPES;

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- Coordenadores de área: docentes da IES responsáveis pela coordenação e desenvolvimento dos subprojetos, nas áreas de conhecimento que participam do programa. Em IES com elevado número de bolsistas, podem ser definidos coordenadores de área de gestão de processos educacionais, que atuam como coordenador adjunto, apoiando o coordenador institucional para garantir a qualidade do projeto e o bom atendimento aos bolsistas; - Supervisores: professores das escolas públicas onde acontece a prática docente designado para acompanharem os bolsistas de iniciação à docência. (CAPES apud ROCHA; FERNANDES, 2013).

Ao pensarmos em educação básica de qualidade, devemos refletir sobre a formação dos professores, e no desafio de formar educadores que estejam capacitados para atuarem no cotidiano da escola, o qual está em constantes transformações devido aos avanços tecnológicos (TANCREDI, 2009).

Sobre o cenário atual de transformações que afetam o espaço escolar, Tancredi (2009, p.11) escreve:

As mudanças que invadem a escola dizem respeito ao modo como a sociedade se constitui e como esta pretende se organizar. Novos modelos de família, o papel da mulher na sociedade e sua forte presença no mercado de trabalho, a diversidade cultural proporcionada pelos processos de mobilidade dentro de um mesmo país ou entre países, a desigualdade social e econômica decorrente dos processos de acumulação de riqueza e da falta de emprego, entre outros, são realidades presentes nos cotidianos da população e, assim, também estão nas escolas.

Pérez Gómez (1992 apud SILVA, 2009, p.29) observando a complexidade do trabalho docente:

O professor intervém num meio ecológico complexo, num cenário psicossocial vivo e mutável, definido pela interação simultânea de múltiplos fatores e condições. Nesse ecossistema o professor enfrenta problemas de natureza prioritariamente prática, que, quer se refiram a situações individuais de aprendizagem ou a formas de comportamento de grupos, requerem um tratamento singular, na medida em que se encontram fortemente determinados pelas características situacionais do contexto e pela própria história da turma enquanto grupo social.

Ao agirmos estamos também pensando e considerando este agir e isto se Schön denomina como reflexão na ação e justifica que “no contacto [sic] com a situação prática, não só se adquirem e constroem novas teorias, esquemas e conceitos, como se aprende o próprio processo dialéctico [sic] da aprendizagem” Silva (2009, p.29) baseada em Pérez Gómez, (1992). Este conceito “reflexão sobre a ação e reflexão na ação” é a análise feita sobre a ação para melhor compreendê-la reformulando sua ação prática.

6. RESULTADOS PRELIMINARES

A partir das considerações apresentadas podemos concluir que o processo de construção e reconstrução da identidade docente e também a formação inicial e continuada exercem forte influência no caráter formativo do profissional da

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educação, estabelecendo inclusive, o modo como esses profissionais irão se relacionar e interagir com o conhecimento e com seus alunos. Com o acompanhamento, in loco dos discentes pudemos observar que o comportamento e indisciplina de cada um se dá muitas vezes pela falta de compreensão sobre determinado assunto desenvolvidos em aula, ou seja, o aluno não sendo capaz de compreender o que está sendo tratado pelo professor, acaba por desviar sua atenção facilmente para outros acontecimentos em sala de aula. Observamos que existem expectativas sobre as situações de aprendizagem por parte dos discentes e uma idealização do que deve ser o comportamentos.

Consideramos que a relação professor-aluno é de suma importância para a efetivação do processo de ensino aprendizagem dentro da perspectiva da prática pedagógica social, é preciso cultivar essa relação, tendo sempre em vista sua qualidade, abrangendo os aspectos, didáticos, do conhecimento, emocionais, afetivos, dialógico e sociais.

7. FONTES CONSULTADAS

CAPES. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. PIBD Disponível em: http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid. Acesso em: abr. de 2015.

NASCIMENTO, Julietti Carla de Azevedo; MARCOLINO, Gilmar Dutra; ARAÚJO, Zeneide Figueirêdo de; ANDRADE, Clarissa Souza de. A importância da experiência vivenciada no PIBID para a formação de professores de Física. In: VII CONNEPI - CONGRESSO NORTE NORDESTE DE PESQUISA E INOVAÇÃO, IFTO - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, outubro 19, 2012 – outubro 21, Anais... 2012. Disponível em: <http://propi.ifto.edu.br/ocs/index. php/connepi/vii/paper/view/1902/2248>. Acesso em: ago. de 2014.

SILVA, Marilda da. Vozes alcançadas: O que dizem. In: SILVA, M da. Complexidade da formação de professores saberes teóricos e saberes práticos. São Paulo: UNESP. 2009.p.22-92.

TANCREDI, Maria S. Puccinelli. Políticas públicas de formação de professores: o PIBID em foco. EXITUS,São Carlos, v.03, n.01 | Jan/Jun. 2013.

Referências

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