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As leis de Kirchho e a lei de Ohm; a corrente estacionária

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Academic year: 2021

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As leis de Kirchho e a lei de Ohm; a corrente

estacionária

A Lei de Ohm

A Lei de Ohm é empírica para metais e podemos enunciá-la do ponto de vista local como:

J = gE,

onde g é uma constante chamada condutividade e E é o campo elétrico local no metal. Associada à condutividade, há a resistividade que é denida como o inverso da condutividade:

η = 1 g.

Normalmente, podemos reescrever a Lei de Ohm para um o condutor de área transversal A e comprimento L utilizando a equação para J acima. Se o campo elétrico ao longo do o tem módulo E e direção paralela ao o reto, então a corrente que atravessa o o é I = JA, já que as cargas mover-se-ão preferencialmente ao longo do campo elétrico. A diferença de potencial entre os extremos do o de comprimento L é V = EL. Logo,

I = J A = gEA = gA

L V. Denimos a resistência do o como

R = L gA = ηL A,

que é medida em unidades de Ω (ohm), que é equivalente a um volt por ampere, e temos a fórmula mais conhecida para a Lei de Ohm:

V = RI.

Corrente Estacionária

Quando, em cada ponto do espaço, toda carga que chega é igual à que sai, dizemos que a corrente é estacionária. Nesse caso, para qualquer região V do espaço, temos: dQ dt = 0 = ˆ V d3r ∇ · J.

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Logo,

∇ · J = 0 e, portanto, pela equação da continuidade:

∂ρ (r, t)

∂t = 0.

O tempo para atingir o equilíbrio eletrostático

Suponhamos que, no interior de um certo material metálico com condutividade nita, uma quantidade de carga é injetada em t = 0, formando, instantanea-mente, uma distribuição de carga dada por ρ (r, t = 0). Conforme o tempo passa, temos sempre a equação da continuidade:

∇ · J (r, t) +∂ρ (r, t)

∂t = 0. Supondo válida a lei de Ohm, obtemos:

g∇ · E (r, t) = −∂ρ (r, t) ∂t . Mas, pela lei de Gauss, temos:

g

ερ (r, t) = −

∂ρ (r, t) ∂t . A solução para essa equação diferencial é dada por: ρ (r, t) = e−gt/ερ (r, 0) .

Assim, o tempo para atingir o equilíbrio eletrostático é da ordem de τ = ε

g.

As Leis de Kirchho

Em um circuito qualquer, quando o campo elétrico é estático, então a circuitação deve ser nula, já que

∇ × E = 0.

Logo, a soma algébrica das diferenças de potencial ao longo de um ramo de circuito que retorna ao mesmo ponto deve ser igual a zero. Essa é a primeira lei de Kirchho.

Quando a corrente é estacionária, toda carga que entra em qualquer região deve ser igual à carga que sai da região. Assim, em qualquer ponto em um circuito, a soma algébrica das correntes entrando e saindo do ponto deve ser igual a zero. Essa é a segunda lei de Kirchho.

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Teoria microscópica da condutividade

Podemos considerar um elétron dentro de um material condutor como sendo livre, mas sob a ação de uma força de fricção. Esse modelo ingênuo pode ser usado para estimarmos a condutividade do material. Assim, a segunda lei de Newton para o elétron pode ser escrita como:

mdv

dt = −eE − Gv,

onde e > 0 é o módulo da carga eletrônica e G é uma constante. A força −Gv é uma força viscosa, proporcional à velocidade. É o que esperamos quando há resistência no material e é suposta nula quando o condutor é ideal. A solução dessa equação diferencial é dada por

v (t) = −eτ m  1 − e−t/τE, onde τ = m G,

supondo que v (0) = 0. O tempo τ é chamado de tempo de relaxação. Se N é o número de elétrons por unidade de volume, então a lei de Ohm dá:

J = −N ev = N e 2τ m  1 − e−t/τE.

No estado estacionário, temos

e−t/τ → 0 e J = N e 2τ m E. Logo, g = N e 2τ m .

O campo magnético de correntes estacionárias

A força que um circuito exerce sobre outro

FC0→C = µ0 4π ˛ C ˛ C0 Idr × [I0dr0× (r − r0)] |r − r0|3 .

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onde a constante µ0é exatamente dada porµ0= 4π × 10−7 newton/ampere2

ou henry/metro. Esse resultado para a força é empírico, escrito em uma

linguagem matemática moderna, mas foi obtido em experimentos de 1820 a 1825 por André-Marie Ampère (1775-1836). Ampère apresentou esse resultado em 18 de setembro de 1820, uma semana após a descoberta de Hans Christian Oersted (1777-1862), professor de Copenhagen, ter sido anunciada, de que correntes afetam ímãs (bússolas).

Se FC0→C é a força que o circuito C0exerce sobre o circuito C, qual é a força

que o circuito C exerce sobre o circuito C0? Calculemos:

FC→C0 = µ0 4π ˛ C0 ˛ C I0dr0× [Idr × (r0− r)] |r0− r|3 = µ0 4π ˛ C0 ˛ C I0I [(dr) (dr0) · (r0− r) − (r0− r) (dr0) · (dr)] |r0− r|3 .

Da mesma forma, podemos escrever: FC0→C = µ0 4π ˛ C ˛ C0 II0[(dr0) (dr) · (r − r0) − (r − r0) (dr) · (dr0)] |r − r0|3 . Logo, FC→C0+ FC0→C = µ0 4π ˛ C0 ˛ C I0I [(dr) (dr0) · (r0− r) − (r0− r) (dr0) · (dr)] |r0− r|3 + µ0 4π ˛ C ˛ C0 II0[(dr0) (dr) · (r − r0) − (r − r0) (dr) · (dr0)] |r − r0|3 = µ0 4π ˛ C0 ˛ C I0I [(dr) (dr0) · (r0− r) + (dr0) (dr) · (r − r0)] |r0− r|3 = µ0 4π ˛ C0 ˛ C I0I (dr) (dr0) · (r0− r) |r0− r|3 + µ0 4π ˛ C0 ˛ C I0I (dr0) (dr) · (r − r0) |r0− r|3 = µ0I 0I 4π ˛ C dr ˛ C0 (r0− r) · dr0 |r0− r|3 + µ0I0I 4π ˛ C0 dr0 ˛ C (r − r0) · dr |r0− r|3 .

Mas, por exemplo, ˛ C (r − r0) · dr |r0− r|3 = − ˛ C  ∇ 1 |r − r0|  · dr = − ˛ C d  1 |r − r0|  = 0. Logo, FC→C0 = −FC0→C

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A indução magnética

Podemos escrever a força entre dois circuitos como: FC0→C = ˛ C Idr × " µ0 4π ˛ C0 I0dr0× (r − r0) |r − r0|3 # .

Sendo assim, denimos o campo indução magnética produzido pelo circuito C0

como: B (r) = µ0 4π ˛ C0 I0dr0× (r − r0) |r − r0|3 .

A unidade do campo indução magnética é o tesla, que equivale a um weber por metro quadrado, onde um weber é equivalente a um joule por ampere. Agora podemos escrever a força sobre o circuito C, devida ao circuito C0 como:

FC0→C =

˛

C

Idr × B (r) .

Podemos agora perguntar: qual a força magnética que um circuito exerce sobre uma carga pontual? Usemos um argumento heurístico aqui; consideremos a corrente de uma só carga pontual. Então,

Idr = J Adr,

onde I = JA em um o no, por onde uma densidade de corrente J atravessa uma seção transversal de área A. Mas, como vimos anteriormente, J = ρ |v| e podemos escrever:

Idr = ρ |v| Adr = ρvA |dr| ,

já que v e dr têm a mesma direção e mesmo sentido. Como A |dr| pode ser visto como o volume onde a carga está, temos que ρA |dr| = q e obtemos:

Idr = qv.

Assim, perguntamos se a força magnética sobre uma só carga é dada por F = qv × B (r) .

Com muitos experimentos os cientistas concluíram que essa é, de fato, a força que uma carga q experimenta na presença de um campo indução magnética B (r). Mais do que isso, os experimentos têm mostrado que a força eletromagnética sobre uma carga q é dada pela chamada força de Lorentz:

Referências

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