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Aula 00 - Auditoria de Obras Rodoviárias

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Academic year: 2021

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Olá pessoal!

É com grande alegria, já no ritmo da Copa do Mundo 2010, que começo esta aula. Mais uma vez tenho a oportunidade de elaborar um curso online para o Ponto! E agora, voltado para a CGU, órgão em que tive a honra de ter trabalhado.

Este curso foi formulado com a finalidade de prepará-lo para a área de Obras Rodoviárias e Engenharia Ambiental para o concurso de Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União – CGU, na área de Obras Públicas, sendo útil também para a mesma especialidade do cargo de Auditor Federal de Controle Externo do TCU, além de outros concursos na área de auditoria de obras públicas, ou mesmo para a área de engenharia civil.

Assim, o propósito aqui é auxiliá-lo na caminhada rumo à conquista de um cargo público de excelência. Nosso curso tem a pretensão de colocá-los em nível adequado de conhecimento para que vocês se familiarizem com a forma de cobrança dos assuntos tanto pela ESAF quanto pelo CESPE.

O formato idealizado para este curso é o de exercícios resolvidos (ESAF/CESPE) a respeito dos temas Obras Rodoviárias e Engenharia Ambiental, além da proposição e correção de questões discursivas a respeito desses assuntos.

É importante ressaltar que, embora o concurso da CGU seja tradicionalmente realizado pela ESAF, também serão utilizadas questões do CESPE, já que é muito difícil encontrarmos questões da ESAF para alguns tópicos do edital. Exatamente por esse motivo é que o curso também acabará sendo útil para candidatos que estejam se preparando para outros concursos nas áreas de auditoria de obras públicas e de engenharia civil. Mas a prioridade será de resolvermos todas as questões da ESAF sobre os tópicos do edital.

Cabe ressaltar que o edital do concurso da CGU/2008 para o cargo de AFC/Obras Públicas, realizado pela ESAF, dividiu o conteúdo da área específica em 4 temas:

1) Engenharia ambiental, legal, de avaliações e planejamento; 2) Obras de edificações e especiais;

3) Obras rodoviárias; 4) Obras hídricas.

Como haveria a superposição de assuntos entre as áreas 1 e 2, resolvemos lançar apenas 3 cursos, evitando assim a repetição de assuntos nas aulas. Por conta disso, resolveu-se separar o conteúdo

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da área 1, abordando seu conteúdo nas aulas das áreas 2 e 3. Assim, o conteúdo de engenharia ambiental será abordado neste nosso curso, ficando a cargo do professor de obras de edificações e especiais a abordagem dos demais tópicos (engenharia legal, de avaliações e planejamento).

Antes de explicarmos melhor o funcionamento do curso e darmos início à aula zero, gostaria de me apresentar. Meu nome é Marcel Guimarães, sou engenheiro civil, formado pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Entre os anos de 2002 e 2008, trabalhei na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, onde exerci os cargos de Engenheiro Civil Júnior, Pleno e Sênior.

A partir de 2007, resolvi tentar uma vaga no Tribunal de Contas da União, e coloquei na minha cabeça que só iria parar de estudar quando fosse aprovado nesse concurso. Nesse ano, fiquei perto de conseguir meu objetivo, tive a redação corrigida, mas acabei ficando fora das vagas. Em 2008, tive a satisfação de ter sido aprovado em 1º lugar no concurso para Analista de Finanças e Controle da CGU, área de Obras Públicas. Tentei o TCU de novo, mas “bati na trave”, como em 2007. Fiquei aproximadamente um ano na CGU, até que, em 2009, finalmente consegui minha tão sonhada vaga para Auditor Federal de Controle Externo no TCU, cargo que ocupo atualmente, estando lotado na Secretaria de Fiscalização de Obras – SECOB.

Durante os dois anos em que estudei (muito), aprendi algumas coisas a respeito de concursos públicos. Uma delas foi que não existe uma fórmula mágica para ser aprovado. Cada um tem suas peculiaridades e limitações. O que faz realmente a diferença é você ter um bom planejamento, saber onde quer chegar, e ter muita força de vontade. O caminho não é fácil, mas a dedicação e a perseverança fazem toda a diferença.

Considero de suma importância fazer concursos durante a sua preparação. Acompanhe os editais publicados dos certames mais recentes, e se inscreva em todos aqueles em que estiver sendo cobrado algum conteúdo que você esteja estudando. Faça sua inscrição e vá fazer a prova. É importante pra ganhar experiência, familiarizar-se com aquele momento.

Nessa minha fase de concurseiro, além do TCU/2009, no qual fiquei em 38º lugar para a área de Obras Públicas, participei de vários concursos. Em muitos deles, eu me inscrevia apenas para treinar mesmo. Acabei sendo aprovado em alguns, dentre os quais destaco:

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• CGU (ESAF/2008) – Auditoria e Fiscalização – Obras Públicas: 1º lugar.

• INSS (CESPE/2008) – Analista do Seguro Social – Eng. Civil/DF: 1º lugar.

• IPEA (CESPE/2009) – Tec. de Desenv. e Administração – Gestão de Orçamento e Finanças: 2º lugar.

• INMETRO (CESPE/2009) – Pesquisador – Tecnologista em Metrologia e Qualidade – Eng. Civil: 2º lugar.

• ANATEL (CESPE/2009) – Analista Administrativo – Ciências Contábeis/DF: 11º lugar.

• TJDFT (CESPE/2008) – Analista Judiciário – Eng. Civil: 12º lugar.

• MPOG (CESPE/2008) – Analista de Infraestrutura – Transportes – Rodoviário e Urbano: 27º lugar.

Além disso, como já foi dito, fui aprovado como excedente no concurso do TCU em 2007 (CESPE – ACE/Obras: 37º lugar) e em 2008 (CESPE – ACE/Auditoria Governamental: 179º lugar). Também fiquei como excedente no concurso do MPU (FCC/2006 – Eng. Civil: 22º lugar). Na ECT, fui aprovado nos concursos para Engenheiro Civil Júnior (Consultec/2002 - 24º lugar), Pleno (AOCP/2003 – 1º lugar) e Sênior (AOCP/2006 – 1º lugar).

Olhando assim, parece ter sido fácil, não é? Mas não foi nem um pouco. Foram inúmeros fracassos, dezenas de livros lidos, centenas de aulas assistidas e milhares de exercícios resolvidos. Entretanto, considero os concursos mais importantes aqueles em que não passei, pois foi a partir deles que eu pude tirar lições valiosas, observando os erros cometidos ao longo da minha preparação. Só assim pude ser aprovado em outros concursos depois.

Com relação ao concurso para a CGU/Obras (e também para o TCU/Obras), acho importante fazer algumas considerações. O primeiro ponto importante é que é muito difícil haver um candidato que domine as três principais áreas (edificações, hídricas e rodoviárias). Normalmente, a pessoa conhece bem uma ou duas dessas áreas e não é tão boa na(s) outra(s). Isso é absolutamente normal, já que os cursos de graduação em engenharia espalhados pelo país dão ênfase em uma determinada área. Além disso, quem trabalha com uma dessas áreas, acaba se especializando nela, deixando de lado os outros assuntos.

Resumindo, você não precisa dominar as três áreas pra passar nesse concurso da CGU. Conhecendo bem duas delas, você já tem

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boas chances de ser aprovado. Qual foi minha estratégia de estudo no concurso de 2008? Eu dei ênfase às áreas de recursos hídricos e de obras rodoviárias. Motivo: eu considerava que tinha bons materiais pra estudar esses assuntos. Foi a estratégia que eu adotei para estudar pra CGU em 2008 e que deu certo. Isso não significa que eu não estudei nada de edificações e das demais áreas. Eu estudei sim, mas sabia que aquilo iria me fazer passar seriam as duas áreas em que eu havia me preparado melhor. E foi exatamente isso o que aconteceu: eu tirei notas excelentes nas áreas de obras rodoviárias e hídricas, uma boa nota na parte de engenharia ambiental, orçamento e planejamento e uma nota regular na área de edificações. Além disso, eu considerava que estava bem preparado nas outras áreas, principalmente em AFO, que fez a diferença naquele concurso. Mas o nosso foco aqui é a parte específica.

Antes de começar, vamos falar um pouquinho do cargo de AFC/CGU. Trabalhei durante pouco mais de um ano na CGU, lotado na SFC/Diretoria de Auditoria da Área de Infraestrutura, na Coordenação de Auditoria da Área de Integração Nacional. Na CGU, as coordenações são divididas de acordo com o assunto que é auditado, normalmente vinculado a um ministério. A CGU tem ganhado importância no cenário nacional, vem ganhando um merecido espaço na mídia, sendo um órgão de controle indispensável para a administração pública. A remuneração atual é feita em forma de subsídio. A partir de julho de 2010, o valor inicial do subsídio será de R$ 12.960,77. A CGU tem hoje uma carência muito grande na área de Auditoria de Obras Públicas. Acredito que o próximo concurso venha com muitas vagas para esta área, assim como o último certame do TCU/2009. Portanto, pessoal, o que vocês estão esperando para colocar a mão na massa?

Bom, vamos ao que interessa. O formato deste curso foi baseado na premissa de que o edital da CGU/Obras costuma ser muito parecido com o edital anterior do TCU para a mesma área. Além disso, resolvemos inovar, incluindo a possibilidade de treinarmos juntos questões discursivas, comuns em provas do CESPE, mas que podem aparecer no próximo concurso da CGU, que, conforme já dito, costuma ser feito pela ESAF. A metodologia adotada será a seguinte:

Questões comentadas (CESPE/ESAF)

As questões comentadas nas aulas obedecerão à seguinte estrutura geral:

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9 Comentários a respeito do item; 9 Gabarito oficial;

9 Dicas: comentários para ajudá-los na resolução de questões de concursos públicos ou apresentação de tabelas para facilitar seu estudo (eventualmente);

9 Sugestão de material para leitura complementar (eventualmente);

9 Sugestão de link para vídeo complementar (eventualmente); 9 Sugestão de recurso (eventualmente).

Discursiva

Serão disponibilizados dois temas de redação para que você se exercite, como se estivesse fazendo o concurso. É fundamental que o aluno tente reproduzir o mais fielmente possível o ambiente real do dia do concurso, marcando o tempo, comprometendo-se em não efetuar consulta ao material e transcrevendo o resultado para a mídia eletrônica, que será corrigida por mim. É importante aqui que você seja o mais honesto possível na execução do exercício, para o seu próprio benefício.

A análise de sua discursiva será realizada da seguinte maneira: não se trata de uma correção formal nos moldes do edital (computando pontos por erros de português ou falhas na estrutura textual), mas sim de uma visão do professor a respeito de como o aluno pode melhorar o seu texto no desenvolvimento do conteúdo. Desse modo, não haverá nota para as redações. Apesar de não ser o principal objetivo da correção, eventuais erros de português ou de estrutura serão destacados a fim de possibilitar a melhoria da sua forma de elaborar as questões discursivas.

Atenção: as redações deverão ser enviadas em formato “.doc” (Word 2003). NÃO serão admitidas redações em formatos PDF, BrOffice, escaneadas etc. Ademais, experiências anteriores mostraram que houve diversos problemas com correção de arquivos do tipo “.docx” (Word 2007).

Recursos

Neste curso, você terá acesso a modelos de recursos solicitando inversão de gabaritos e anulações de questões objetivas, além de elevação de notas em questões discursivas.

Conteúdo e Cronograma

O curso será baseado nos editais da ESAF/CGU/Obras/2008 e do CESPE/TCU/Obras/2009. Comparando o conteúdo programático

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dos editais antigos do CESPE na área de auditoria de Obras Rodoviárias (CESPE/TCU/2005 e CESPE/TCU/2007) com o da ESAF para a CGU/2008 (Obras Rodoviárias + Engenharia Ambiental), percebe-se claramente que este último seguiu quase que fielmente o conteúdo cobrado nos concursos para o TCU. Entretanto, o TCU inovou bastante na área de obras rodoviárias para o concurso de AUFC/Obras/2009, tendo sido dada muita ênfase aos ensaios de solos, materiais betuminosos e agregados, entre outros. Por conta disso, resolvemos basear nosso curso em questões do CESPE e da ESAF a respeito dos assuntos discriminados nestes dois últimos editais de auditoria de obras rodoviárias, CESPE/TCU/2009 e ESAF/CGU/2008, além do edital deste último para o caso de Engenharia Ambiental.

Para o caso das questões discursivas, usaremos questões cobradas e provas do CESPE, já que a ESAF nunca cobrou esse tema em provas discursivas.

Assim, considerando os pontos definidos no Edital nº 2 – TCU – ACE/TCE, de 21 de maio de 2009 (AUFC/CESPE/Obras) e no Edital ESAF nº 02, de 08 de janeiro de 2008 (AFC/ESAF/Obras), dando ênfase às questões cobradas nos últimos concursos realizados pelo CESPE e pela ESAF na área de obras rodoviárias e engenharia ambiental, e a fim de nos situarmos quanto ao modo de cobrança e exposição das questões, distribuiremos os tópicos de nosso curso em 12 (doze) aulas, da seguinte forma:

Aula Data Conteúdo

0 09/06 Especificações de serviços (parte 1):

- terraplanagem (corte, aterros, bota-fora etc.); 1 23/06 Especificações de serviços (parte 2):

- pavimentação: reforço do sub-leito, sub-base, base e revestimento asfáltico;

2 30/06 Especificações de serviços (parte 3):

- principais equipamentos utilizados (terraplenagem e pavimentação).

3 07/07 Especificações de serviços (parte 4):

- drenagem, sinalização e obras de arte especiais; 4 14/07 Estudos geotécnicos (análise de relatório de

sondagens).

Especificações de materiais: características físicas. 5 21/07 Fiscalização:

- acompanhamento da aplicação de recurso (medições, cálculos de reajustamento, mudança de

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- análise e interpretação de documentação técnica (editais, contratos, aditivos contratuais, cadernos de encargos, projetos, diário de obras etc.).

- proposição da 1ª questão discursiva. 6 28/07 Ensaios técnicos. Tipos e finalidades (parte 1).

- Material betuminoso: determinação da penetração, determinação da viscosidade Saybolt-Furol, determinação do teor de betume para cimentos asfálticos de petróleo.

- Agregado: adesividade a ligante betuminoso, determinação da abrasão “Los Angeles”, análise granulométrica e determinação do inchamento de agregado miúdo.

- Solos e agregados: equivalente de areia. 7 04/08 Ensaios técnicos. Tipos e finalidades (parte 2).

- Solos: determinação do teor de umidade, determinação da densidade real, determinação do limite de liquidez, compactação, determinação do módulo de resiliência, determinação de expansibilidade, determinação da massa específica aparente in situ, determinação da massa específica in situ, análise granulométrica por peneiramento, determinação do limite de plasticidade, determinação do Índice de Suporte Califórnia, determinação dos fatores de contração, determinação da umidade.

8 11/08 Ensaios técnicos. Tipos e finalidades (parte 3).

- Misturas betuminosas: percentagem de betume, determinação da densidade aparente, determinação do módulo de resiliência, determinação da resistência à tração por compressão diametral, ensaio Marshall e determinação da ductilidade.

- Pavimento: determinação das deflexões pela Viga Benkelman e pelo Falling Weight Deflectometer – FWD.

- proposição da 2ª questão discursiva.

9 18/08 Principais impactos ambientais e medidas mitigadoras.

Construção: organização do canteiro de obras.

10 25/08 Análise orçamentária: Sistema de Custos Rodoviários do DNIT (SICRO):

- metodologia e conceitos, produtividade e equipamentos.

11 01/09 Noções de legislação ambiental.

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ambiental (licença prévia, licença de instalação, licença de operação).

- Resolução CONAMA n.º 001/86: estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental.

- Unidades de conservação (Lei n.º 9985/00). - Lei n.º 9.605/98 – Lei de Crimes Ambientais.

Em caráter excepcional, pode ser que a gente faça alguma adaptação no cronograma apresentado anteriormente.

Mudanças em caso de publicação do Edital

Caso o edital para o concurso seja publicado no decorrer do nosso curso e ocorram mudanças no conteúdo, serão feitas as adaptações necessárias no conteúdo do curso, inclusive com relação ao cronograma, de modo a concluir as aulas pelo menos uma semana antes da data anunciada para as provas.

Nossas aulas serão, em regra, publicadas semanalmente. Cabe ressaltar que a abordagem dos assuntos nas aulas será feita com a profundidade necessária para a resolução das questões de provas selecionadas. Quando julgarmos necessário, iremos um pouco além do conteúdo cobrado na questão. Não se pretende aqui esgotar os temas. Assim, o objetivo do curso será o de melhorar o custo-benefício do seu estudo.

Os exercícios que forem resolvidos em cada aula serão apresentados em forma de lista no final, para aqueles alunos que preferirem resolvê-los antes de ver o gabarito e de ler os respectivos comentários.

As dúvidas serão sanadas por meio do fórum do curso, ao qual todos os alunos matriculados terão acesso. Ressalta-se que somente os alunos matriculados terão suas questões discursivas corrigidas e comentadas pelo professor. As vagas são limitadas! Então, vamos às questões da nossa aula zero.

Aula 0 (Demonstrativa)

Assunto Especificações de serviços (parte 1):

- terraplanagem (corte, aterros, bota-fora etc.); (ESAF/Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MP/2006 – Cargo: Engenheiro – P2 – Questão 28) A terraplenagem, no caso de edificações, tem por objetivos

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distintas: escavação, transporte e aterro. Com relação aos serviços de terraplenagem é incorreto afirmar que

1 - (ESAF/Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MP/2006 – Cargo: Engenheiro – P2 – Questão 28 – Alternativa A) o aterro deve ser executado em camadas sucessivas, com espessura máxima compactada de 0,30 m para o corpo do aterro, e de 0,20 m para as camadas finais.

Primeiramente, vamos ver algumas definições importantes relacionadas ao assunto “aterro”, de acordo com a NORMA DNIT 108/2009 – ES - Terraplenagem - Aterros - Especificação de Serviço: “3.1 Equipamento em geral

Máquinas, veículos, equipamentos outros e todas as unidades móveis utilizadas na execução dos serviços e obras.

3.2 Aterros

Segmentos de rodovia cuja implantação requer depósito de materiais provenientes de cortes e/ou de empréstimos no interior dos limites das seções de projeto (Off sets) que definem o corpo estradal, o qual corresponde à faixa terraplenada.”

A figura a seguir esquematiza os principais componentes de uma seção de um trecho em aterro.

Trecho em aterro “3.3 Faixa terraplenada

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Faixa correspondente à largura que vai de crista a crista do corte, no caso de seção plena em corte; do pé do aterro ao pé do aterro, no caso de seção plena em aterro; e da crista do corte ao pé do aterro, no caso da seção mista. É a área compreendida entre as linhas “Off sets”.

3.4 Corpo do aterro

Parte do aterro situada sobre o terreno natural até 0,60 m abaixo da cota correspondente ao greide de terraplenagem.

3.5 Camada final

Parte do aterro constituída de material selecionado, com base em preceitos técnico-econômicos, com 60,0 cm de espessura, situada sobre o corpo do aterro ou sobre o terreno remanescente de um corte e cuja superfície é definida pelo greide de terraplenagem.

3.6 Plataforma da estrada

Superfície do terreno ou do terrapleno, compreendida entre os dois pés dos cortes, no caso da seção em corte; de crista a crista do aterro, no caso da seção em aterro; e do pé do corte a crista do aterro, no caso da seção mista. No caso dos cortes, a plataforma compreende também a sarjeta.

3.7 Bota-fora

Material de escavação de cortes, não aproveitado nos aterros, devido à sua má qualidade, ao seu volume ou à excessiva distância de transporte, e que é depositado fora da plataforma da rodovia, de preferência nos limites da faixa de domínio, quando possível. Local de bota-fora: lugar estabelecido para depósito de materiais inservíveis. 3.8 Compactação

Operação por processo manual ou mecânico, destinada a reduzir o volume dos vazios de um solo ou outro material, com a finalidade de aumentar-lhe a massa específica, resistência e estabilidade.”

Materiais

O material procedente da escavação do terreno natural, geralmente, é constituído por solo, alteração de rocha, rocha ou associação destes tipos.

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Material de 1ª Categoria

Compreende os solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 0,15 m, qualquer que seja o teor da umidade apresentado.

Material de 2ª Categoria

Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização de equipamento de escarificação de grande porte. A extração, eventualmente, poderá envolver o uso de explosivos ou processo manual adequado. Incluídos inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de diâmetro médio entre 0,15 cm e 1,00 cm.

Material de 3ª Categoria

Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico equivalente à rocha não alterada e blocos de rocha, com diâmetro médio superior a 1,00 cm, ou de volume igual ou superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem com o emprego contínuo de explosivos ou de rompedor. Execução de aterros

As operações de execução de aterros compreendem:

9 Descarga, espalhamento, homogeneização, conveniente umedecimento ou aeração, compactação dos materiais selecionados procedentes de cortes ou empréstimos, para a construção do corpo do aterro até a cota correspondente ao greide da terraplenagem.

9 Descarga, espalhamento, conveniente umedecimento ou aeração, e compactação dos materiais procedentes de cortes ou empréstimos, destinados a substituir, eventualmente, os materiais de qualidade inferior, previamente retirados, a fim de melhorar as fundações dos cortes ou aterros.

A operação de construção dos aterros será precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento e limpeza. Nos aterros as serem construídos sobre encostas com inclinação transversal acentuada, estas deverão ser denteadas com a lâmina de um trator de esteiras ou escarificadas, produzindo ranhuras acompanhando as curvas de nível. Quando a natureza do solo exigir medidas especiais para a solidarização do aterro com o terreno natural, proporcionando

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melhores condições de estabilização, a Fiscalização poderá exigir a execução de degraus ao longo da área a ser aterrada. No caso de aterros em meia encosta, o terreno natural deverá ser sempre previamente preparado em degraus.

O lançamento do material para a construção dos aterros deverá ser feito em camadas sucessivas, em toda a largura da seção transversal, e em extensões tais, que permitam seu umedecimento e compactação, de acordo com o previsto nesta Especificação. Para o corpo dos aterros a espessura da camada solta (não compactada) não deverá ultrapassar 0,30 m. Para as camadas finais essa espessura não deverá ultrapassar 0,20 m.

Conforme visto, o item está correto. Gabarito: CERTO

DICA

Pessoal, em provas da ESAF, é muito comum que a Banca varie o comando da questão, ora pedindo para você assinalar a alternativa correta, ora solicitando a marcação da alternativa incorreta. Recomendo que em todas as questões da ESAF, antes de começar a ler as alternativas, você circule o que está sendo pedido (correto ou incorreto). Pode parecer besteira, mas essa atitude aparentemente boba evita muitos erros nesse tipo de prova.

Só pra ilustrar, na prova de AFO da CGU/2008, realizada em um domingo pela manhã, eu estava cansado de ler aquelas alternativas longas. Lá pelas tantas, havia uma questão em que era pedido que marcássemos a alternativa incorreta. Eu não sei por que, mas esqueci de circular o pedido do comando. Li todas as alternativas, procurando a correta. Só consegui eliminar uma, que eu sabia estar errada. Não achava a resposta correta de jeito nenhum. Perdi um tempão, travado nessa questão. Resolvi fazer uma pausa, dar uma saída da sala e buscar água. Assim que voltei, bati o olho no “INCORRETO”. Ou seja, já havia achado a resposta e não sabia. Se tivesse destacado a palavra no enunciado antes, não teria perdido tanto tempo com aquela questão.

Aproveitando o comentário acima, lembrei-me de outra dica. Cuidado como o cansaço mental na hora da prova! Parece uma

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no meio da prova mais ou menos, um “pit stop”. Antigamente eu achava isso uma perda de tempo. Mas depois que comecei a adotar essa prática, meu desempenho melhorou bastante nos concursos. No da CGU mesmo, eu tive a certeza, depois do que aconteceu na questão de AFO, que isso dava resultado. Normalmente eu fazia essa parada estratégica 2 horas depois do início da prova. Saia da sala pra beber água, dava uma volta, ia ao banheiro. Ficava uns 5 minutos lá fora. Para quem acha isso uma perda de tempo, pode ter certeza de que não é. Não deixem de fazer isso! Também é importante fazer intervalos quando estamos estudando. Eu costumava estudar 50 minutos e parar 10. Atenção, pessoal, são esses detalhes aparentemente idiotas que fazem a diferença no final!

Leitura complementar

9 NORMA DNIT 108/2009 – ES - Terraplenagem - Aterros - Especificação de Serviço.

Clique no link:

<http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT108 2009 ES.pdf>

2 - (ESAF/Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MP/2006 – Cargo: Engenheiro – P2 – Questão 28 – Alternativa B) as camadas finais do aterro deverão apresentar um grau de compactação mínimo de 95%.

As definições de Corpo do aterro e Camada Final são as seguintes: Corpo do aterro

Parte do aterro situada sobre o terreno natural até 0,60 m abaixo da cota correspondente ao greide de terraplenagem.

Camada final

Parte do aterro constituída de material selecionado, com base em preceitos técnico-econômicos, com 60,0 cm de espessura, situada sobre o corpo do aterro ou sobre o terreno remanescente de um corte e cuja superfície é definida pelo greide de terraplenagem.

Para efeito de compactação, a camada final é dividida em três camadas individuais de 20 cm cada, conforme demonstrado na figura a seguir:

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Camada Final e Corpo de Aterro

Todas as camadas do solo deverão ser convenientemente compactadas:

9 Para o corpo dos aterros, na umidade ótima, mais ou menos 3% de tolerância, até se obter a massa específica aparente seca correspondente a 95% da massa específica aparente máxima seca (Ensaio de Proctor Normal).

9 Para as camadas finais a massa específica aparente seca deverá corresponder a 100% da massa específica aparente máxima seca (Ensaio de Proctor Normal).

Aproveitando o assunto, existem alguns critérios de aceitação bastante cobrados em prova, vamos falar um pouco mais a respeito da execução de aterros e alguns critérios de aceitação desse serviço:

9 Os materiais deverão ser selecionados nos cortes ou nos empréstimos, dentre os de 1ª, 2ª e, eventualmente, de 3ª categoria, atendendo à finalidade e à destinação prévia, indicadas em projeto.

9 Os solos para os aterros deverão ser isentos de matérias orgânicas, micáceas, diatomáceas, tocos ou raízes. Turfas e argilas orgânicas não deverão ser utilizadas.

9 Na execução do corpo dos aterros não será permitido o uso de solos que tenham baixa capacidade de suporte (ISC < 2%) e expansão maior do que 4%, salvo indicações contrárias previstas no projeto.

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9 A camada final dos aterros deverá ser constituída de solos selecionados, não devendo ser empregados materiais cuja expansão seja superior a 2%.

9 O atendimento aos mencionados preceitos deve ser efetivado através de análise técnico-econômica, considerando as alternativas de disponibilidade de materiais ocorrentes e incluindo-se, pelo menos, 01 (uma) alternativa com a utilização de material com CBR≥ 6%.

9 Em regiões onde houver ocorrência de materiais rochosos e na falta de materiais de 1ª ou 2ª categorias, admite-se o seu emprego, desde que haja Especificação Complementar apropriada.

Analisando o item, conforme visto, as camadas finais do aterro deverão apresentar um grau de compactação mínimo de 100%. Para o corpo de aterro é que o valor será de 95%. O conteúdo da alternativa está incorreto, fazendo com que esta seja a resposta da questão (lembre-se que no comando foi solicitado que o candidato marcasse a alternativa incorreta).

Diante do exposto, podemos esquematizar a seguinte tabela: Camada Compactação Grau de

Mínimo

Umidade ótima (tolerância)

ISC (ou CBR) Expansão Corpo de aterro 95% PN +/- 3% ≥ 2% ≤ 4%;

Camadas finais 100% PN +/- 3% ≥ ISC de projeto ≤ 2% Gabarito: ERRADO

DÚVIDA

- Professor, não entendi o que significa o parâmetro ISC. E o CBR? É a mesma coisa do ISC?

Resposta:

Pessoal, o CBR (California Bearing Ratio) é traduzido para o português como ISC (ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA). Falaremos melhor sobre o ensaio para determinação desse

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parâmetro na aula 7. Mas apenas para que vocês tenham uma breve noção, o ensaio do ISC mede a resistência oposta à penetração de um cilindro de aço de diâmetro padronizado nos corpos de prova. É uma medida indireta da resistência do material.

O CBR ou ISC é um parâmetro muito importante, pois os métodos de dimensionamento das espessuras das camadas de pavimentos asfálticos o utilizam como dado fundamental.

Portanto, quando falarmos em ISC e CBR, estaremos tratando do mesmo parâmetro.

3 - (ESAF/Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MP/2006 – Cargo: Engenheiro – P2 – Questão 28 – Alternativa C) cumpre à fiscalização controlar a execução dos aterros, verificando, por exemplo, a espessura das camadas, e programar a realização dos ensaios necessários ao controle de qualidade dos aterros (determinação do grau de compactação, ensaios de CBR, etc.).

Terraplenagem é a operação destinada a conformar o terreno existente aos gabaritos definidos em projeto. De maneira geral ela engloba os serviços de corte (escavação de materiais) e de aterro (deposição e compactação de materiais escavados). A conjugação desses dois serviços tem por finalidade proporcionar condições geométricas compatíveis com o volume e tipo dos veículos que irão utilizar a rodovia.

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De acordo com o documento “Obras Públicas: Recomendações Básicas para a Contratação e Fiscalização de Obras de Edificações Públicas”, publicado pelo TCU, temos o seguinte:

“1.3 Terraplenagem

A terraplenagem envolve três operações distintas: escavação, transporte e aterro.

A terraplenagem, no caso de edificações, objetiva regularizar e uniformizar o terreno. No movimento de terra, é importante considerar o empolamento, pois quando se move o solo de seu lugar original, ocorrem variações de volume que influenciam, principalmente, a operação de transporte.

Cumpre à fiscalização realizar as seguintes atividades específicas, com relação aos serviços iniciais:

9 conferir visualmente a fidelidade da planta do levantamento planialtimétrico com o terreno;

9 verificar visualmente, durante a execução do movimento de terra, se as principais características do solo local confirmam as indicações contidas nas sondagens anteriormente realizadas; 9 proceder ao controle geométrico dos trabalhos, com o auxílio da

equipe de topografia, conferindo as inclinações dos taludes, limites e níveis de terraplenos e outros, com vistas à obediência ao projeto e à determinação dos quantitativos de serviços realizados, para a liberação das medições;

9 controlar a execução dos aterros, verificando, por exemplo, a espessura das camadas, e programar a realização dos ensaios necessários ao controle da qualidade dos aterros (determinação do grau de compactação, ensaios de CBR, entre outros) pelo laboratório de controle tecnológico;

9

conferir a veracidade da planta de cadastramento das redes de águas pluviais, esgotos e linhas elétricas existentes na área.” (grifos nossos)

Reparem que a alternativa foi copiada do documento do TCU. O enunciado da questão também. Vejam que, no enunciado, afirma-se que “a terraplenagem, no caso de edificações, tem por objetivos regularizar e uniformizar o terreno, envolvendo três operações distintas: escavação, transporte e aterro”. Vocês verão, mais adiante,

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que este conceito “mudou”, sendo que a ESAF já possui outro entendimento acerca do assunto.

Diante do exposto, a alternativa está correta. Gabarito: CERTO

4 - (ESAF/Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MP/2006 – Cargo: Engenheiro – P2 – Questão 28 – Alternativa D) quando houver possibilidade de solapamento na época chuvosa deve ser providenciado um enrocamento no pé do aterro.

De acordo com a especificação “ES0181 – Execução de Cortes e Aterros”, da CEHOP-SE, temos o seguinte, acerca da execução de aterros:

“Em regiões onde houver ocorrência predominante de materiais rochosos será admitida a execução de aterros com o emprego destes, desde que prevista em projeto. O material rochoso será depositado em camadas com espessuras inferiores a 75 cm. Os últimos 2,00 m de aterro deverão ser executados em camada de, no máximo 30 cm de espessura. A conformação das camadas deverá ser executada mecanicamente, devendo o material ser espalhado com equipamento apropriado e devidamente compactado por meio de rolos vibratórios. Deverá ser obtido um conjunto, livre de grandes vazios e engaiolamentos. O diâmetro máximo dos blocos de pedra será limitado pela espessura da camada. O tamanho admitido para a maior dimensão da pedra será de 2/3 da espessura da camada.

Em regiões onde houver ocorrência predominante de areia será admitida a execução de aterros com o emprego da mesma, desde que previsto em projeto e protegidos por camadas subsequentes de material terroso, devidamente compactadas.

A fim de proteger os taludes contra os efeitos erosivos da água serão executadas as obras de drenagem e de proteção mediante a plantação de gramíneas, estabilização betuminosa e/ou a construção de patamares.

Havendo a possibilidade de solapamento da saia em épocas chuvosas deverá ser a construído enrocamento no pé do aterro.

As saídas de água das banquetas laterais ou meios-fios conjugados com sarjetas revestidas, quando previstas no projeto, serão

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convenientemente espaçadas e ancoradas na banqueta e na saia do aterro.

Nos locais de travessias de cursos d’água, ou passagens superiores, a execução dos aterros deverá preceder a construção das obras de arte projetadas. Em caso contrário, todas as medidas de precaução deverão ser tomadas, a fim de que o método construtivo empregado para a construção dos aterros de acesso não origine movimentos ou tensões indevidas em quaisquer obras de arte.

Os aterros de cabeceiras de pontes, de cavas de fundações, de trincheiras de bueiros, bem como, de todas as áreas de difícil acesso aos equipamentos usuais serão compactados mediante o uso de equipamentos de menor porte, como soquetes manuais e sapos, na umidade descrita para o corpo dos aterros.

Durante a construção, os serviços já executados deverão ser mantidos com boa conformação e permanente drenagem superficial.” Diante do exposto, observa-se que, havendo a possibilidade de solapamento da saia em épocas chuvosas, de fato deverá ser a construído enrocamento no pé do aterro. Item correto.

Gabarito: CERTO

Leitura complementar

9 ES0181 – Execução de Cortes e Aterros, da CEHOP-SE. Clique no link:

<http://200.199.118.135/orse/especificacoes.asp>.

5 - (ESAF/Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MP/2006 – Cargo: Engenheiro – P2 – Questão 28 – Alternativa E) no movimento de terra é importante considerar o empolamento, pois quando se move o solo de seu lugar original, há variações de seu volume que influenciam principalmente a operação de transporte.

Já vimos, nos comentários da questão 3, o seguinte:

“A terraplenagem, no caso de edificações, objetiva regularizar e uniformizar o terreno. No movimento de terra, é importante considerar o empolamento, pois quando se move o solo de seu

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lugar original, ocorrem variações de volume que influenciam, principalmente, a operação de transporte.”

Portanto, a alternativa está correta. Gabarito: CERTO

(CESPE/TCU/2005 – Cargo: ACE/Obras) A figura acima apresenta a seção transversal de projeto para uma ponte e seus aterros de encontro em uma rodovia. Para a execução de todo o projeto, pretende-se utilizar os dados de sondagem à percussão, executada no local, e cujos resultados são mostrados na figura. O aterro será compactado com grau de compactação igual a 80% e com desvio de umidade máximo em relação à umidade ótima de ± 3%. O controle de compactação do aterro proposto baseia-se na verificação do peso específico úmido de cada camada compactada, ao final da compactação, com a utilização do ensaio de frasco de areia. Para a base do aterro, está prevista a utilização de uma camada de reforço de geogrelha, com resistência a tração igual a 35 kN/m. A solução de fundação proposta para a ponte é de tubulões executados a céu aberto, sem revestimento. Com relação a essa proposta, julgue os itens de 129 a 136. 6 - (CESPE/TCU/2005 – Cargo: ACE/Obras – Item 131) Para ter aumentadas as suas condições de estabilidade, a ponte deve ser construída antes do aterro do encontro.

Nos locais de travessias de cursos d’água, ou passagens superiores, a execução dos aterros deverá preceder a construção das obras de arte projetadas. Em caso contrário, todas as medidas de precaução deverão ser tomadas, a fim de que o método construtivo

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empregado para a construção dos aterros de acesso não origine movimentos ou tensões indevidas em quaisquer obras de arte.

Os aterros de cabeceiras de pontes, de cavas de fundações, de trincheiras de bueiros, bem como, de todas as áreas de difícil acesso aos equipamentos usuais serão compactados mediante o uso de equipamentos de menor porte, como soquetes manuais e sapos, na umidade descrita para o corpo dos aterros.

Conforme visto, o aterro deve ser construído antes da obra de arte. Item errado.

Gabarito: ERRADO

7 - (CESPE/TCU/2005 – Cargo: ACE/Obras – Item 134) As especificações de compactação do solo de aterro propostas são insatisfatórias para as características da obra.

As especificações propostas no enunciado da questão são:

9 O aterro será compactado com grau de compactação igual a 80% e;

9 com desvio de umidade máximo em relação à umidade ótima de ± 3%.

O enunciado não especificou se o grau de compactação de 80% era para o corpo do aterro ou para as camadas finais. Entretanto, qualquer que fosse a situação, o item estaria correto, já que o valor de 80% seria insatisfatório em ambos os casos, pois já vimos que, para o corpo de aterro, o grau de compactação mínimo deve ser de 95% PN (Proctor Normal), enquanto que para as camadas finais, 100% PN.

Com relação ao com desvio de umidade máximo em relação à umidade ótima de ± 3%, já vimos que tal especificação está de acordo com o disposto na norma.

Conforme visto, o item está correto. Observem que é afirmado que as especificações são insatisfatórias para as características da obra. Gabarito: CERTO

8 - (CESPE/TCU/2005 – Cargo: ACE/Obras – Item 136) O controle de compactação do aterro com base somente na obtenção do peso específico úmido, como proposto no projeto, é insatisfatório.

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Acerca do Controle Tecnológico dos aterros, a critério da Fiscalização poderão ser exigidos os seguintes ensaios:

9 Um ensaio de compactação para cada 1000 m³ de um mesmo material do corpo do aterro (segundo o Método DNER-ME 129 - Proctor Normal);

9 Um ensaio de compactação para cada 200 m³ de um mesmo material das camadas finais do aterro (segundo o Método DNER-ME 129 - Proctor Normal);

9 Um ensaio para determinação da massa específica aparente seca, "in situ", para cada 1000 m³ de material compactado no corpo do aterro, correspondente ao ensaio de compactação, e no mínimo duas determinações por dia, em cada camada de aterro;

9 Um ensaio para determinação da massa específica aparente seca "in situ", para cada 100 m³ das camadas finais do aterro, alternadamente no eixo e bordos, correspondente ao ensaio de compactação;

9 Um ensaio de granulometria (DNER-ME- 080), do limite de liquidez 122) e do limite de plasticidade (DNER-ME-082), para o corpo do aterro, para todo grupo de dez amostras submetidas ao ensaio de compactação;

9 Um ensaio de granulometria (DNER-ME- 080), do limite de liquidez 122) e do limite de plasticidade (DNER-ME-082) para as camadas finais do aterro, para todo grupo de quatro amostras submetidas ao ensaio de compactação;

9 Um ensaio do Índice de Suporte Califórnia (ISC) com a energia do método (DNER-ME- 49 - Proctor Normal), para as camadas finais, para cada grupo de quatro amostras submetidas ao ensaio de compactação.

Portanto, o controle de compactação do aterro com base somente na obtenção do peso específico úmido, como proposto no projeto, é de fato insatisfatório, já que são necessários diversos outros ensaios para o controle tecnológico dos aterros. Item correto.

Gabarito: CERTO

Observação: não se preocupe ainda se você não conhece os ensaios citados anteriormente. Eles serão estudados com mais detalhes nas

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DICA

Pessoal, bateu o olho no termo “somente”, marca ERRADO e parte para o próximo item. Está adequado esse procedimento? Claro que não! Quando nos deparamos com uma palavra restritiva, isso é um indício de que o item esteja errado, mas não é suficiente. Devemos buscar no nosso “HD” algo que confirme nosso raciocínio. No caso deste item, era razoável imaginar que a realização de somente um ensaio não fosse suficiente para a realização do controle tecnológico do aterro. 9 - (CESPE/PETROBRAS/2004 - Cargo 20: Técnico(a) de Projeto, Construção e Montagem I – Edificações – Item 132) As turfas e os solos expansivos são utilizados como materiais de aterro, independentemente da sua altura e da finalidade. Vimos, na questão 2, o seguinte:

9 Os solos para os aterros deverão ser isentos de matérias orgânicas, micáceas, diatomáceas, tocos ou raízes. Turfas e argilas orgânicas NÃO deverão ser utilizadas.

Portanto, o item está errado. Gabarito: ERRADO

10 - (CESPE/PETROBRAS/2004 - Cargo 20: Técnico(a) de Projeto, Construção e Montagem I – Edificações – Item 133) Devem ser controladas as operações de lançamento, homogeneização, umedecimento ou aeração e compactação do material de aterro, de forma que a espessura da camada compactada seja de, no máximo, 0,30 m.

Já vimos que o lançamento do material para a construção dos aterros deve ser feito em camadas sucessivas, em toda a largura da seção transversal, e em extensões tais que permitam seu umedecimento e compactação, de acordo com o previsto no projeto de engenharia. Vimos também que, para o corpo dos aterros, a espessura de cada camada compactada não deve ultrapassar de 0,30 m. Entretanto, para as camadas finais essa espessura não deve ultrapassar de 0,20 m. Talvez houvesse margem para questionamento desse item, visto que a Banca não especificou se estava sendo tratado de corpo de aterro ou de camadas finais. Entretanto, analisando os dois casos

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possíveis, o valor máximo admissível seria para o caso de corpo de aterro, caso em que a espessura da camada compactada é de, no máximo, 0,30 m. Por conta disso, entendo que o gabarito do item esteja adequado. O item está correto.

Gabarito: CERTO

RECURSO

E vocês, o que acham? Vamos discutir isso no fórum. Para aqueles que não concordarem com o gabarito do CESPE, postarei no fórum uma sugestão de um possível recurso para este item.

11 - (CESPE/PETROBRAS/2004 - Cargo 20: Técnico(a) de Projeto, Construção e Montagem I – Edificações – Item 134) O grau de compactação a ser atingido é de, no mínimo, 95%, ou mais elevado, conforme especificações especialmente elaboradas para a obra.

Perceberam que o CESPE cobra a todo momento esse assunto, não é? Já vimos que, para o corpo de aterro, o grau de compactação mínimo deve ser de 95% PN (Proctor Normal), enquanto que para as camadas finais, 100% PN. Item correto.

Gabarito: CERTO

12 - (CESPE/PETROBRAS/2004 - Cargo 20: Técnico(a) de Projeto, Construção e Montagem I – Edificações – Item 135) A variação máxima no valor da umidade ótima do material de aterro deve ser de, no máximo, 6%.

Também já vimos esse assunto pessoal. A variação máxima no valor da umidade ótima do material de aterro deve ser de, no máximo, 3%, e não 6%, como afirmado. O item está errado.

Gabarito: ERRADO

(CESPE/IPOJUCA/2009 – Cargo 25: Engenheiro Civil – Prova C) A primeira etapa do processo de construção de edifícios e obras civis, após a criação, desenho e aprovação do projeto de uma obra é denominada serviços preliminares. Esta fase trata da preparação do terreno, e envolve uma série de passos

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topográfico, a locação da obra, a montagem do barracão e o pedido de ligações provisórias de água e energia elétrica, necessárias para o andamento da obra. A respeito dos serviços preliminares, julgue os itens a seguir.

13 - (CESPE/IPOJUCA/2009 – Cargo 25: Engenheiro Civil – Prova C – Item 51) Terraplenagem é a movimentação de terra por corte ou aterro de uma determinada área, com o objetivo de torná-la plana e, se necessário ao projeto, horizontal.

Pessoal, já vimos que a Terraplenagem é a operação destinada a conformar o terreno existente aos gabaritos definidos em projeto. De maneira geral ela engloba os serviços de corte (escavação de materiais) e de aterro (deposição e compactação de materiais escavados). A conjugação desses dois serviços tem por finalidade proporcionar condições geométricas compatíveis com o volume e tipo dos veículos que irão utilizar a rodovia.

Portanto, pessoal, terraplenagem NÃO tem somente o objetivo de tornar a área plana e horizontal. Cuidado com isso! O objetivo é conformar o terreno existente aos gabaritos definidos em projeto. Uma das possibilidades é a de deixar a área plana e horizontal. O conteúdo do item está errado!

Gabarito: ERRADO

(ESAF/CGU/2008 – AFC/ Área Auditoria e Fiscalização/Obras Públicas - Questão 34) As operações de terraplenagem envolvem quatro operações básicas: escavação, carga de material escavado, transporte e descarga com espalhamento. Com relação a essas operações, pode-se afirmar que:

14 - (ESAF/CGU/2008 – AFC/ Área Auditoria e Fiscalização/Obras Públicas - Questão 34 – Alternativa B) a carga consiste na movimentação do material do local em que é escavado até onde será colocado em definitivo.

A partir do trabalho “Terraplenagem e o caminhão articulado” de Magno Ramos et al, temos o seguinte:

“Examinando–se a execução de quaisquer serviços de terraplenagem, podem-se distinguir quatro operações básicas que ocorrem em seqüência ou, às vezes, com simultaneidade:

9 Escavação;

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9 Transporte;

9 Descarga e espalhamento;

Essas operações podem ser feitas pela mesma máquina ou por equipamentos diversos.

Exemplificando, um trator de esteiras, provido de lâmina, executa sozinho todas as operações acima indicadas, sendo que as três primeiras com simultaneidade.

Um conjunto de trator com “scraper” as executa, também, sem auxílio de outro equipamento, sendo que as duas primeiras são simultâneas e as últimas vêm em seqüência.

Já as máquinas escavocarregadoras executam duas operações iniciais em seqüência e as duas últimas são feitas com equipamentos diferentes (caminhões, vagões, etc.).

A escavação é o processo empregado para romper a compacidade do solo em seu estado natural, através do emprego de ferramentas cortantes, como a faca da lâmina ou os dentes da caçamba de uma carregadeira, desagregando-o e tornando possível o seu manuseio.

A carga consiste no enchimento da caçamba, ou no acúmulo diante da lâmina, do material que já sofreu seu processo de desagregação, ou seja, que já foi escavado e o transporte na movimentação da terra do local em que é escavada para onde será colocada em definitivo.

Distinguimos o transporte com carga, quando o equipamento está carreado, isto é, a caçamba está ocupada sem a sua totalidade pelo material escavado, do transporte vazio, fase em que a máquina já retorna ao local de escavação sem a carga de terra.

A descarga e o espalhamento constituem a execução do aterro propriamente dito. Quando as especificações determinam a obtenção de certo grau de compactação no aterro haverá, ainda, a operação final de adensamento do solo até índices mínimos estabelecidos.

Há em certos casos, quando o solo a escavar for muito compacto, a necessidade de treinamento prévio a fim de romper a resistência oposta ao desmonte pelo solo, como no caso da escarificação.

As quatro operações básicas repetem-se através do tempo, constituindo-se, portanto, num trabalho cíclico e o seu conjunto

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denomina-se ciclo de operação. A determinação do ciclo de operação permitirá o estudo da estimativa da produção de um equipamento de terraplenagem.”

Cabe observar que, na prova da CGU/2008, houve uma “evolução” do conceito de “terraplenagem” em relação à prova para o MP/2006. No enunciado da questão 1, foi afirmado que “a terraplenagem, no caso de edificações, tem por objetivos regularizar e uniformizar o terreno, envolvendo três operações distintas: escavação, transporte e aterro”. Já nesta prova da CGU, a ESAF considerou que as operações de terraplenagem envolvem quatro operações básicas: escavação, carga de material escavado, transporte e descarga com espalhamento. Observem que, para obras rodoviárias, este último conceito está mais adequado. Entretanto, nada impede que a ESAF, na nossa prova, utilize o conceito anterior, mais empregado em edificações.

Retomando a resolução da questão, vimos que a carga consiste no enchimento da caçamba, ou no acúmulo diante da lâmina, do material que já sofreu seu processo de desagregação, ou seja, que já foi escavado.

O transporte é que consiste na movimentação da terra do local em que é escavada para onde será colocada em definitivo.

Portanto, a alternativa está incorreta. Gabarito: ERRADO

VÍDEO complementar

9 Trator de esteira realizando escavação em terreno

Clique no link:

<http://www.youtube.com/watch?v=Bb4pHIf45r0> 9 Terraplenagem em estrada (com motoniveladora)

Clique no link:

<http://www.youtube.com/watch?v=XTScm0bkLIY>

15 - (ESAF/CGU/2008 – AFC/ Área Auditoria e Fiscalização/Obras Públicas - Questão 34 – Alternativa D) a repetição das operações básicas ao longo do tempo constitui um trabalho cíclico, denominado ciclo de terraplenagem.

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Vimos que as quatro operações básicas repetem-se através do tempo, constituindo-se, portanto, num trabalho cíclico e o seu conjunto denomina-se ciclo de operação. A determinação do ciclo de operação permitirá o estudo da estimativa da produção de um equipamento de terraplenagem.

Portanto, o correto seria ciclo de operação, e não de terraplenagem. Item incorreto.

Gabarito: ERRADO

16 - (ESAF/CGU/2008 – AFC/ Área Auditoria e Fiscalização/Obras Públicas - Questão 34 – Alternativa E) o transporte leva em consideração apenas a fase em que o equipamento está carregado, isto é, com a caçamba ocupada em sua totalidade com o material escavado.

Já vimos o transporte consiste na movimentação da terra do local em que é escavada para onde será colocada em definitivo.

Distingue-se o transporte com carga, quando o equipamento está carreado, isto é, a caçamba está ocupada sem a sua totalidade pelo material escavado, do transporte vazio, fase em que a máquina já retorna ao local de escavação sem a carga de terra.

Portanto, o teor da alternativa está incorreto. Gabarito: ERRADO

DICA

Assim como em provas do CESPE, nas provas da ESAF o candidato deve estar atento aos termos restritivos empregados nas alternativas (apenas, somente, nunca, necessariamente, obrigatoriamente). Geralmente, as “regras” trazidas nessas alternativas restritivas são quebradas por alguma exceção que acaba tornando o item incorreto. Muita atenção a esses termos na hora da prova!

(ESAF/CGU/2008 – AFC/ Área Auditoria e Fiscalização/Obras Públicas – Questão 36) Segundo as especificações do DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, “o corte é um segmento natural da rodovia cuja implantação requer escavação do terreno natural, ao longo do eixo e no

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corpo estradal”. Com relação a esse serviço, é correto afirmar que:

17 - (ESAF/CGU/2008 – AFC/ Área Auditoria e Fiscalização/Obras Públicas – Questão 36- Alternativa A) o sistema de medição considera o volume medido após a extração e a distância de transporte entre este e o local do depósito.

Algumas definições importantes relacionadas a cortes são as seguintes:

Cortes

Segmentos de rodovia, em que a implantação requer a escavação do terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos limites das seções do projeto (“Off sets”) que definem o corpo estradal, o qual corresponde à faixa terraplenada.

Corte a céu aberto

Escavação praticada na superfície do solo. Corte a meia encosta

Escavação para passagem de uma rodovia, que atinge apenas parte de sua seção transversal.

Corte em caixão

Escavação em que os taludes estão praticamente na vertical. Plataforma da estrada

Superfície do terreno ou do terrapleno, compreendido entre os dois pés dos cortes, no caso da seção em corte; de crista a crista do aterro, no caso de seção em aterro; e do pé do corte a crista do aterro, no caso de seção mista. No caso dos cortes, a plataforma compreende também a sarjeta.

Talude

Superfície inclinada do terreno natural, de um corte ou de um aterro, conforme as figuras abaixo:

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Talude escalonado

Talude em geral alto, em que se praticam banquetas, com vistas à redução da velocidade das águas pluviais superficiais, para facilitar a drenagem e aumentar a estabilidade do maciço.

Faixa terraplenada

Faixa correspondente à largura que vai de crista a crista do corte, no caso de seção plena em corte; do pé do aterro ao pé do aterro, no caso de seção plena em aterro; e da crista do corte ao pé do aterro, no caso da seção mista. É a área compreendida entre as linhas “Off sets”.

Corta-rio

Escavação destinada à alteração do percurso dos cursos d’água, com o objetivo de eliminá-los ou fazer com que se desenvolvam em local mais conveniente, de maneira a eliminar ou minimizar a sua interferência com a rodovia.

Critérios de medição

Com relação ao tema abordado na questão, temos os seguintes critérios de medição para os cortes:

A medição será feita pelo volume extraído, medido no corte, e a distância de transporte entre este e o local de depósito, obedecendo-se às seguintes condições:

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9 O cálculo dos volumes será resultante da aplicação do método da "média das áreas".

9 A distância de transporte será medida ao longo do percurso seguido pelo equipamento transportador, entre os centros de gravidade das massas. O percurso a ser utilizado deverá ser previamente aprovado pela Fiscalização.

9 Uma vez perfeitamente caracterizado o material de 3ª categoria, proceder-se-á à medição específica do mesmo, não se admitindo, neste caso, classificação percentual do referido material. Os cortes que apresentarem mistura de 3ª categoria com as demais, com limites pouco definidos, deverão merecer atenção especial da Fiscalização, de maneira a permitir uma classificação justa dos materiais escavados.

Estão consideradas nesses preços as operações de escavação, carga e transporte ao local de deposição, manutenção dos caminhos de serviço, escarificação e conformação de taludes.

O método das áreas, citado anteriormente, consiste no cálculo do volume de cada interperfil, elaborado a partir das áreas das seções transversais, pela aplicação do método da média das áreas:

sendo

l

o espaçamento entre duas seções subseqüentes S1 e S2 (ver figura a seguir).

(32)

Conforme visto, a medição será feita pelo volume extraído, medido no corte, e a distância de transporte entre este e o local de depósito. Na alternativa, afirma-se que o sistema de medição considera o volume medido após a extração, o que está incorreto.

Gabarito: ERRADO

Leitura complementar

9 NORMA DNIT 106/2009 - ES Terraplenagem – Cortes - Especificação de serviço.

Clique no link:

<http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT106 2009 ES.pdf>

18 - (ESAF/CGU/2008 – AFC/ Área Auditoria e Fiscalização/Obras Públicas – Questão 36- Alternativa B) quando houver excesso de materiais de cortes e não for possível incorporá-los ao corpo de aterros, deverão ser constituídas áreas de empréstimos.

Nas operações destinadas a execução de cortes, a preservação do meio ambiente exigirá a adoção dos seguintes procedimentos:

9 O revestimento vegetal dos taludes, quando previsto, deverá ser executado imediatamente após o corte.

9 Quando houver excesso de material de cortes e for impossível incorporá-los ao corpo dos aterros, serão constituídos “bota-foras”, que poderão ser compactados, caso haja previsão em projeto. Preferencialmente, as áreas a eles destinadas serão localizadas a jusante da obra.

9 Os taludes dos bota-foras deverão ter inclinação suficiente para evitar escorregamentos.

9 Os bota-foras serão executados de forma a evitar que o escoamento das águas pluviais carreiem o material depositado, causando assoreamentos.

9 Caso seja previsto em projeto, deverá ser feito revestimento vegetal dos “bota-foras”, inclusive os de 3ª categoria, após conformação final, a fim de incorporá-los à paisagem local.

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9 O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço, fora das áreas de trabalho, deverá ser evitado tanto quanto possível, principalmente, onde houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.

Empréstimos

Aproveitando que falamos em “Empréstimos”, vamos falar um pouco sobre esse assunto, já que pode aparecer na nossa prova:

Empréstimos são escavações efetuadas em locais previamente definidos para a obtenção de materiais destinados à complementação de volumes necessários para aterros, quando houver insuficiência de volume nos cortes, ou por razões de ordem qualitativa de materiais, ou de ordem econômica (elevadas distâncias de transporte). Dependendo da situação podem ser considerados dois tipos distintos de empréstimos: laterais e concentrados (ou localizados).

Os empréstimos laterais (ver figura a seguir) se caracterizam por escavações efetuadas próximas ao corpo estradal, sempre dentro dos limites da faixa de domínio. Nos casos de segmentos de cortes se processa o alargamento da plataforma com conseqüente deslocamento dos taludes e, no caso de aterros, escavações do tipo “valetões”, em um ou ambos os lados. Logicamente, o que vai definir a execução ou não desses empréstimos é a qualidade do material adjacente aos cortes ou aterros em que se fará a escavação e o volume necessário para suprir a carência de material no aterro de destino.

Os empréstimos concentrados (ou localizados) são definidos por escavações efetuadas em áreas fora da faixa de domínio, em locais que contenham materiais em quantidade e qualidade adequada para confecção dos aterros. A utilização desse tipo de empréstimo se dá quando não existem materiais adequados nas faixas laterais a cortes ou aterros para efetivação de empréstimos laterais, ou quando esses últimos não proporcionam a retirada do volume total necessário.

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Atendidas as condições do projeto, os empréstimos terão seu aproveitamento definido em função da ocorrência de materiais adequados e da viabilidade econômica da exploração, a critério da Fiscalização.

A escavação será precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento e limpeza da área do empréstimo.

Nas áreas dos empréstimos os materiais serão escavados, carregados e transportados para os locais de utilização.

Sempre que possível, deverão ser executados empréstimos contíguos à área a ser aterrada, buscando-se atingir a cota do greide. Desta forma, resultarão as escavações em alargamento dos cortes.

Nos empréstimos laterais os bordos internos deverão localizar-se a distância mínima de 5,00 m do pé do aterro, bem como, executados com declividade longitudinal permitindo a drenagem das águas pluviais.

Tratando-se de rodovia, entre o bordo externo das caixas de empréstimos e o limite da faixa de domínio, deverá ser mantida sem exploração, uma faixa de 2,00 m de largura, a fim de permitir a implantação da cerca delimitadora. No caso de caixas de empréstimos definidas com alargamento de cortes, a faixa deverá ter largura mínima de 3,00 m, com a finalidade de permitir, também, a implantação da valeta de proteção.

Nos trechos em curvas de rodovias, sempre que possível, os empréstimos deverão estar situados pelo lado interno.

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O material deverá ser selecionado entre os solos de 1ª e 2ª categorias, atendendo à qualidade e à destinação prevista no projeto. Os materiais de 2ª categoria somente serão utilizados quando não houver outro economicamente disponível.

Constatada a conveniência técnica e econômica de reserva de materiais escavados nos empréstimos, para a confecção das camadas superficiais da plataforma, serão os mesmos depositados em local previamente escolhido, para oportuna utilização.

Voltando à resolução do item, vimos que, quando houver excesso de material de cortes e for impossível incorporá-los ao corpo dos aterros, serão constituídos “bota-foras”, e não áreas de empréstimos, o que torna a alternativa incorreta.

Gabarito: ERRADO

19 - (ESAF/CGU/2008 – AFC/ Área Auditoria e Fiscalização/Obras Públicas – Questão 36- Alternativa C) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de rocha, sã ou em decomposição, promove-se um rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados.

As operações de cortes compreendem:

9 Escavação do terreno natural até o nível (greide) da terraplenagem indicado no projeto;

9 Escavação do terreno natural, abaixo do greide da terraplenagem, na espessura de 40 cm, nos cortes onde haja ocorrência de rocha sã ou em decomposição, para posterior substituição por solos selecionados.

(36)

9 Escavação do terreno natural, abaixo do greide de terraplenagem, na espessura de 60 cm, nos cortes onde haja ocorrência de solos de elevada expansão, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, para posterior substituição por solos selecionados.

9

9 Retirada das camadas de materiais de má qualidade com a finalidade de preparar as fundações dos aterros, de acordo com as indicações do projeto.

9 Transporte dos materiais retirados para aterros, depósitos ou locais de “bota-fora”, indicados pela Fiscalização ou previstos em projeto, de modo a não causar transtorno à obra, em caráter temporário ou definitivo.

Portanto, em geral, a operação de corte consiste na escavação do terreno natural até o nível (greide) da terraplenagem indicado no projeto. Entretanto, há duas possibilidades de o corte ser feito a partir da escavação terreno natural, abaixo do greide da terraplenagem:

a) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de rocha, sã ou em decomposição, promove-se um rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados.

b) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de solos de elevada expansão, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, promove-se um rebaixamento da ordem de 0,60m, para posterior substituição por solos selecionados.

(37)

Conforme constatado, a alternativa está correta, sendo, portanto, a resposta da questão.

Gabarito: CERTO

20 - (ESAF/CGU/2008 – AFC/ Área Auditoria e Fiscalização/Obras Públicas – Questão 36- Alternativa D) nos cortes de altura elevada é prevista a implantação de patamares, com banquetas de largura mínima de 1m, valetas revestidas e proteção vegetal.

No caso das operações de cortes, o desenvolvimento da escavação se dará conforme a previsão de utilização ou rejeição dos materiais extraídos. Somente serão transportados, para a execução dos aterros, os materiais que forem considerados compatíveis com as Especificações e que atenderem às exigências de projeto. As massas excedentes, que não se destinarem a aterros ou à substituição de material, serão objeto de remoção, de modo a não constituírem ameaça à estabilidade da obra, e nem prejudicarem o aspecto paisagístico ou o meio ambiente.

A classificação dos solos será efetuada nos cortes.

Atendido o projeto, técnica e economicamente, e a critério da Fiscalização, as massas em excesso, que resultariam em “bota-foras”, poderão ser integradas aos aterros, constituindo alargamentos da plataforma, ou bermas de equilíbrio (ver figura). Esta operação deverá ser executada desde o início da construção do aterro.

Bermas de equilíbrio

Verificada a conveniência de reserva de materiais escavados, visando à confecção das camadas da plataforma, será procedido seu depósito, para posterior utilização.

Nos cortes indicados em projeto, naqueles de altura elevada ou naqueles em que ocorrerem deslizamentos, será executado:

Referências

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