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Análise de produção científica sobre benefícios da atividade física no tratamento da depressão dos idosos

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Análise de produção científica sobre benefícios da

atividade física no tratamento da depressão dos idosos

Renato Lage Rattis

Universidade São Judas Tadeu(USJT)

Introdução

A expectativa de vida do Brasileiro atualmente é de aproximadamente 74 anos, segundo o IBGE (2012). Estima-se que em média daqui a 10 anos haverá em nosso país cerca de 32 milhões de idosos. Este crescimento da população idosa vem exigindo respostas do Estado e da sociedade em relação à condição de vida desses idosos.

De acordo com Mosquera e Stobäus (2012) “O envelhecimento pode considerar-se como um longo e contínuo processo biopsicossocial, através do qual produzem-se transações mútuas entre o organismo biológico, a pessoa e o contexto ambiental” (p. 17).

Durante o processo de envelhecimento as qualidades dos aspectos físicos, sociais e psicológicos do idoso dependem de múltiplos fatores. Um deles é a maneira que o individuo enxerga esse processo e como ele lida com as possíveis mudanças que podem vir a acontecer nesses aspectos de sua vida.

Segundo Monteiro (2001, citado por Abade e Zamai, 2009) “o individuo que mantêm seu entusiasmo pela vida consegue ter um maior controle sobre suas emoções e um equilíbrio entre o físico e o psicológico, valorizando assim sua imagem, sua integração social e sua saúde" (p. 320). O individuo que não consegue manter seu convívio social e esse entusiasmo pela vida, acaba não sabendo lidar com as mudanças que essa fase irá proporcionar.

Como ressaltam Mello e Teixeira (2011) “Com o chegar da idade a pessoa vai perdendo sua vitalidade, suas forças vão diminuindo e o mundo parece que não tem mais o espaço que tinha antes para que o idoso possa viver e sentir-se vivo” (s/n). Por causa desses acontecimentos, uma das doenças mais comum em idosos é a depressão.

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Segundo Rodrigues (2005, citado por Abade e Zamai, 2009) “A depressão, ou síndrome depressiva, é uma doença clínica, classificada como distúrbio de humor, sendo caracterizada por um estado de sofrimento psíquico que alteram o comportamento de uma pessoa, influenciando negativamente sua qualidade de vida, afetando pessoas de qualquer faixa etária. Entretanto, em razão do aumento do número de idoso, a incidência da depressão tardia vem se tornando cada vez mais frequente nessa população” (p.71). Ela traz sintomas como: humor deprimido, distúrbios do sono, perda de interesse, baixa autoestima e muitas outras alterações psíquicas, sociais e fisiológicas.

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-IV, 1994) em sua quarta edição a depressão pode ser classificada em alguns conjuntos, sendo alguns deles: Transtorno depressivo maior, Distimia e Ciclotimia. A primeira classificação se refere ao tipo mais grave da depressão que apresenta o maior risco para o suicídio, a Distimia é o quadro depressivo mais leve, onde o individuo apresenta oscilações no humor e a Ciclotimia caracteriza-se por instabilidade persistente de humor.

Como Rodrigues (2005) citado por Abade e Zamai (2009) nos apresenta "a depressão possui causas desconhecidas, entretanto, acredita-se em seu inicio devido a fatores biológicos, sociais e até psicológicos, como por exemplo, limitações físicas, desamparo, visão negativa de si mesmo, problemas de família, perda de parentes e amigos próximos, entre outros" (p. 322). Abade e Zamai (2009) ressaltam ainda que “a diferença da depressão entre a terceira idade e os adultos jovens é que nos idosos há uma queixa maior relacionada a problemas de memória, aos distúrbios do sono e do apetite, além de apresentarem maior quadro de anedonia (falta de interesse por viver)” (p.324). Frequentemente, a depressão no idoso surgi em um contexto de perda da qualidade de vida associada ao isolamento social e ao surgimento de doenças graves.

Para Pereira et al (2006) “qualidade de vida é a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais vive, e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.

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É um conceito amplo e complexo, que engloba a saúde física, o estado psicológico, o nível de independência, as relações sociais, as crenças pessoais e a relação com as características do meio ambiente” (p.27-38). Ainda sobre qualidade de vida, Berger e McInman (1993, citado por Samulski, 2002) nos falam que “a qualidade de vida reflete a satisfação harmoniosa dos objetivos e desejos de alguém; isso enfatiza a experiência subjetiva mais que as condições objetivas de vida. A qualidade de vida ou "felicidade" é a abundância de aspectos positivos somados a uma ausência de aspectos negativos. Ela reflete também o grau no qual as pessoas percebem que são capazes de satisfazer suas necessidades psicofisiológicas" (p. 729).

Essa perda de qualidade de vida pode se dar por múltiplos fatores. A aposentadoria pode ser apontada como um dos fatores que tem maior influência, assim como a sensação de incapacidade funcional e doenças crônicas. Esses fatores levam o idoso a desenvolver uma baixa autoestima, que pode influenciar no tratamento do quadro depressivo já existente.

Geralmente, a depressão, em seu contexto geral, é tratada por meio de terapias e até mesmo com o uso de antidepressivos. Atualmente, vem sendo sugerido a prática de atividades físicas aliadas a esses tratamentos.

Segundo Monteiro (2001) “A atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética, portanto voluntária, que resulte num gasto energético, acima dos níveis de repouso. Inclui desde atividades da vida diária até as atividades esportivas e de lazer como dança, caminhadas, entre outros” (p. 26).

De acordo com Samulski (2002) "A redução dos níveis de depressão e aumento do bem estar físico e psicológico são apontados como resultados benéficos da prática correta e programada de exercícios físicos" (p. 301).

Para Monteiro (2001, citado por Abade e Zamai, 2009) "A atividade física vem sendo associada ao bem estar, à saúde e à qualidade de vida das pessoas em todas as faixas etárias, e principalmente na terceira idade, quando são grandes os riscos que a inatividade causa ao individuo, levando-o a perda de muitos anos de vida útil” (p. 324).

Gumarões e Caldas (2006) ressaltam, quanto aos benefícios da atividade física para o idoso, que "a prática de atividades físicas entre os idosos favorece a interação social, melhora a auto-eficácia (crença do indivíduo na sua

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capacidade de desempenho em atividades específicas) e proporciona uma maior sensação de controle sobre os eventos e demandas do meio” (p. 483). Depois de certa idade o corpo não é mais o mesmo, a perda da capacidade física e mental é natural. Para melhorar essas condições no processo de envelhecimento a atividade física e uma boa alimentação têm contribuído para uma condição melhor na saúde dos idosos. Segundo Rodrigues et al (2005, citado por Abade e Zamai, 2009):

Embora o corpo, com o decorrer dos anos, sofra mudanças fisiológicas que o deixem mais frágil, é importante esclarecer que envelhecer não é sinônimo de adoecer, especialmente quando as pessoas desenvolvem hábitos de vida saudáveis. Levar uma vida saudável, com alimentação equilibrada e práticas de exercícios ajuda na prevenção de diversas patologias, dentre elas a depressão. Além do mais, é incorreto acreditar que a velhice é a fase da vida coordenada por medicamentos, pois é importante para o idoso manter seu contato social através de atividades interativas como bailes, atividade física, cursos de artesanatos, além de a própria família estimular o contato com outras pessoas, tanto da mesma idade quanto de faixa etária diferente (p. 322).

Os benefícios que os idosos adquirem com a prática de exercícios físicos e a realização de outras atividades que os fazem interagirem com o meio social, ajudam a melhorar a autoestima, confiança e aceitação da imagem que os idosos possuem de si mesmos trazendo frequentemente bem estar para suas vidas. O contexto em que é praticado os exercícios ou atividades físicas também se tornam importante, levando em conta que quando praticados em grupos há uma interação e muitas vezes uma identificação entre os idosos que pode ajudar na recuperação de doenças, tanto físicas quanto psíquicas.

De acordo com Toscano e Oliveira (2009) “a falta de atividade física regular é um potencial fator de risco que pode aumentar o declínio funcional e os custos com tratamentos. Nesse sentido, o incremente de programas de atividade física pode ser empregado como estratégia eficaz nos efeitos da dor,

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no aumento da energia, vitalidade, capacidade funcional, dentre outros aspectos físicos” (p. 172).

A atividade física como uma opção de tratamento para a depressão dos idosos pode apresentar mudanças observáveis tanto quanto os outros tratamentos apresentam. De acordo com Rodrigues et al (2005, citado por Abade e Zamai, 2009) “Idosos que praticam atividade física regularmente apresentam menos casos depressivos, principalmente quando realizada em grupo de pessoas com idade ou patologias semelhantes, onde ocorre grande socialização, surgem novos interesses e novas amizades” (p. 325).

Segundo Lawlor e Hopker (2001, citado por Groppo et al, 2012) “Atualmente, a prática de atividade física regular é vista como um benefício, pois o paciente depressivo, envolvido com esta prática, pode ter como resultado o “feedback” positivo de outras pessoas aumentando a sua autoestima. O ato de exercitar-se pode servir como uma distração de pensamentos negativos e o domínio de novos hábitos podem ser importantes” (p.547).

Como foi citado por Toscano e Oliveira (2009) “de modo específico, programas de atividade física podem contribuir de forma expressiva na qualidade de vida na população de idosos, tanto pelo engajamento social que eles promovem, quanto pelo estímulo positivo nos aspectos físicos, o que na prática resulta em maior autonomia. Os níveis elevados de atividades físicas parecem intervir de maneira positiva pelo fato de estarem associados às limitações funcionais que interferem direta ou indiretamente em todos os domínios da qualidade de vida relacionada com a saúde” (p. 172).

Neto e Castro (2012) ressaltam que “com o desenvolvimento de atividades, os idosos compõem um novo ciclo de amizade e demonstram melhorias significativas em suas relações sociais” (p. 236). Isso faz com que o idoso com um quadro depressivo obtenha uma melhora significativa por perceber que não está sozinho e que ainda faz parte do meio social que está ao seu redor.

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Segundo Stella et al (2002) “A atividade física regular deve ser considerada como uma alternativa não-farmacológica do tratamento do transtorno depressivo. O exercício físico apresenta, em relação ao tratamento medicamentoso, a vantagem de não apresentar efeitos colaterais indesejáveis, além de sua prática demandar, ao contrário da atitude relativamente passiva de tomar uma pílula, um maior comprometimento ativo por parte do paciente que pode resultar na melhoria da autoestima e autoconfiança” (p. 95 e 96).

De acordo com FLÓ (2006, citado por Magalhães, 2009) “Os exercícios físicos podem ser considerados um importante agente na promoção do envelhecimento saudável, não apenas pelos efeitos benéficos ao sistema músculo-esquelético, mas também por colaborar para os componentes psíquicos e sociais” (p. 12).

Com a atividade física os aspectos que envolvem a qualidade de vida dos idosos tendem a melhorar, mesmo que estes idosos apresentem um quadro depressivo. Por essa melhora, a atividade física vem sendo uma alternativa de tratamento para a depressão, principalmente quando esta se apresenta em idosos. Pereira (2011) ressalta que “a atividade física não vai impedir que indivíduo não envelheça, mas vai permitir que sua velhice seja seguida de qualidade de vida” (s/n).

Tendo em vista a importância do conhecimento sobre a vida dos idosos, buscando saber o que leva o idoso a ter uma qualidade de vida melhor e quais os benefícios e atividades que favorecem o seu melhor desempenho nessa nova fase da sua vida, buscando ajudá-los da melhor maneira, foi proposto a pesquisa desse tema, utilizando periódicos e artigos, a fim de levantar indicadores úteis para estudantes e profissionais de diversas áreas.

Objetivos Objetivo Geral

Verificar e analisar a produção científica sobre "Os benefícios da atividade física no tratamento da depressão nos idosos" no período de 2000 a 2013.

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Objetivos específicos

a) Verificar o gênero e autoria dos pesquisadores; b) Analisar as instituições envolvidas;

c) Verificar a tipologia das pesquisas; d) Analisar o tipo de análise de dados; e) Verificar as estratégias de pesquisa;

f) Analisar as considerações finais ou conclusões das pesquisas; e g) Analisar a literatura utilizada pelos autores

Método

Material

Os dados foram coletados das bases de dados Scielo, Bireme e BVS no período entre 2000 e 2013.

A Scielo é uma livraria eletrônica científica, onde é possível encontrar coleções de revista e artigos científicos. Ela possui uma grande variedade de temas multidisciplinares com artigos completos disponíveis para downloads. Abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros, sendo uma base de dados de acesso aberto.

A Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) é uma rede de gestão da informação, intercâmbio de conhecimento e evidência científica em saúde, que se estabelece por meio da cooperação entre instituições e profissionais na produção, intermediação e uso das fontes de informação científica e técnica em saúde, em acesso aberto e universal na Web.

Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) é um centro especializado da Organização Pan-Americana da Saúde / Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), orientado à cooperação técnica em informação científica em saúde. É uma base de dados da literatura internacional da área médica e biomédica, que tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da saúde das populações, promovendo a democratização do acesso à informação científica e técnica.

Foram usados para a pesquisa 14 artigos encontrados nas bases de dados citadas, que estão relacionados aos idosos com depressão e como a

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atividade física pode trazer de benefícios para o tratamento da mesma. As palavras-chave usadas foram idosos, atividade física, depressão e velhice. Esses artigos são interdisciplinares, portanto, existem artigos na área da Psicologia, da Educação Física, da Psiquiatria e da Fisiologia.

Procedimento

Os dados desses artigos foram lidos separadamente e organizados de acordo com os objetivos, tanto geral quanto específicos. Depois da leitura foi feito o levantamento e tabulação dos dados no Software Microsoft Excel, versão 2007. Eles serão apresentados em forma de tabelas e gráficos, de acordo com a necessidade.

Os dados foram analisados a partir da análise de estatística quantitativo-descritiva. Os dados estão apresentados em frequência e em percentual. Quando necessário foi aplicados o teste estatístico do Qui-Quadrado de um ou dois critérios.

O nível de significância adotado foi de 5% (0,05), que equivale a margem de erro adotado na Psicologia.

Depois da análise e aplicação dos testes necessários os resultados foram apresentados em forma de tabelas e gráficos, tendo sua ordem determinada pelos objetivos propostos.

Resultados e Discussão

Gênero

A partir dos dados coletados, dos 14 artigos selecionados para analise, apresenta - se na tabela 1 o gênero dos pesquisadores, dividido entre feminino, masculino e indefinido, totalizando 54 pesquisadores.

Tabela 1

Gênero dos pesquisadores

Gênero Frequência Porcentagem

Feminino 34 63%

Masculino 15 28%

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Total 54 100%

Podemos observar que, dentre os 54 pesquisadores, 34 são autoras mulheres (63%), 15 autores homens (28%) e 5 de gênero indefinido (9%). Com base nas proporções observadas foi realizado o teste estatístico do Qui-quadrado de forma a investigar se existe semelhança significativa entre o tipo de gênero na amostra. O Qui-quadrado observado foi de 24,1, para o teste foi estabelecido um nível de erro 5% que associado ao grau de liberdade do teste define um índice critico de 5,991.

De acordo com os dados a hipótese nula foi rejeitada o que indica que não há semelhança significativa entre os gêneros da tabela 1. Pode -se considerar que estatisticamente, entre os artigos selecionados, o gênero feminino se destaca na produção cientifica sobre o tema proposto.

Autoria

Na tabela 2 foram analisados os tipos de autorias, única, parcial e múltipla, dos 14 artigos selecionados, publicados entre o período de 2000 a 2013.

Tabela 2

Autoria dos artigos

Autoria Frequência Porcentagem

Única 1 7%

Parcial 2 14%

Múltipla 11 79%

Total 14 100%

*Não foi aplicado o teste do qui-quadrado por não atender o pressuposto.

Sendo observado que das publicações apenas 1 era de autoria única (7%), 2 de autoria parcial (14%) e 11 de autoria múltipla (79%)*. Com esses dados obtém-se a frequência esperada de 4,7, não sendo possível prosseguir com o teste do Qui-quadrado, pois o pressuposto não foi aceito. Os resultados obtidos na tabela apresentam que os artigos produzidos tem na sua maioria autoria múltipla, o que pode significar uma autoria multidisciplinar, onde vários

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profissionais de áreas diferentes contribuem com seu conhecimento para o estudo do tema.

Instituição

Na análise estatística da na tabela 3, foram investigados três tipos de instituições de ensino sendo elas: 14 Pública (82%), 3 Privada (18%) e a Confeccional que não ocorreu nos artigos selecionados.

Tabela 3

Instituições dos artigos

Instituição Frequência Porcentagem

Pública 14 82%

Privada 3 18%

Confeccionais 0 0%

Total 17 100%

A partir dos dados observados foi realizado o teste do Qui-quadrado obtendo os resultados [X²o= 7,12; X²c= 3,841], onde a hipótese nula não foi aceita, concluindo que as instituições observadas na tabela não são semelhantes estatisticamente. Um dado observado foi que as instituições públicas estão mais envolvidas na produção científica do tema benefícios da atividade física no tratamento da depressão dos idosos.

Tipologia e Análise de dados

A tabela 4 apresenta os resultados quanto a Tipologia, que se divide em descritiva, experimental e trabalho teórico, e quanto a análise de dados, que é dividida em quantitativa, qualitativa e mista.

Tabela 4

Tipologia e Análise de dados referentes aos artigos

Tipologia Análise de dados Total

Quantitativa Qualitativa Mista

Descritiva 3 (42,9%) 2 (28,6%) 2(28,6%) 7 (100%)

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Trabalho Teórico - - - -

Total 6 3 3 12

*Não foi aplicado o teste do qui-quadrado por não atender o pressuposto.

Podemos observar que entre os 12 artigos que foram analisados a maioria, tanto do tipo descritivo como experimental apresentam análise de dados quantitativa *. Podemos ressaltar também que no tipo de pesquisa experimental a análise quantitativa se destaca ainda mais apresentando uma porcentagem de 60% frente as outras análises.

Quanto ao trabalho teórico, apesar de ter sido encontrado dois trabalhos para a análise do tema que está sendo abordado, eles não apresentam análise de dados, seu foco é entender o fenômeno com base em teorias, e não aplica-las, descrevendo experimentos ou levantar dados de trabalhos já existentes para analisá-los.

Estratégia de pesquisa

Os artigos selecionados foram também classificados como documental, de campo e laboratorial, ou seja, quanto à estratégia de pesquisa. A pesquisa documental tem sua principal fonte de dados utilizando documentos escritos ou não, com o objetivo de colocar o pesquisador frente a tudo que está sendo produzido sobre determinado tema até certo momento. A pesquisa de campo utiliza-se da coleta de dados a partir da realidade social abordada pelo tema e a laboratorial controla e manipula as variáveis, reproduzindo artificialmente situações.

Tabela 5

Estratégias de pesquisa encontradas nos artigos

Estratégia de Pesquisa Frequência Porcentagem

Documental 4 29%

Campo 10 71%

Laboratorial 0 0%

Total 14 100%

*Não foi aplicado o teste do qui-quadrado por não atender o pressuposto.

Como podemos observar, dos artigos encontrados sobre o tema, a maioria apresentou a pesquisa de campo (71%) quanto à estratégia de

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pesquisa*. Esse resultado mostra que as pesquisas realizadas em campo apresentam maior clareza para o entendimento do assunto e ajudam em possíveis elaborações de intervenções caso seja preciso. Dos artigos encontrados nenhum apresentou a estratégia de campo laboratorial, isso pode indicar que ela não é a melhor estratégia para o tema proposto.

Considerações finais

Na tabela 6 foi analisado as considerações finais dos 14 artigos utilizados como base para a análise sobre o tema da pesquisa.

Tabela 6

Considerações finais

Considerações Finais Frequência Porcentagem

Atende 11 85%

Atende Parcialmente 2 15%

Não Atende 0 0%

Total 13 100%

*Não foi aplicado o teste do qui-quadrado por não atender o pressuposto.

Desses artigos 11 (85%) atendem aos objetivos em suas considerações finais e 2 artigos (15%) atendem parcialmente. Não foi encontrado nenhum artigo em que os objetivos não foram atendidos nas considerações finais.

Literatura utilizada

Na tabela 7 é analisado o tipo de literatura das publicações de artigos, sendo distribuído em branca e cinzenta.

Tabela 7 Literatura

Literatura Frequência Porcentagem

Branca 13 93

Cinzenta 1 7

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Observamos que 13 artigos (93%) são de literatura branca, ou seja, de fácil acesso, uma via que a maioria das informações chega a cientistas, aos profissionais e até mesmo a população, pois são publicadas em revistas, internet, jornais e outros meios. Já a literatura cinzenta foi utilizado 1 artigo (7%), esses materiais são de difícil acesso e são originalmente publicados para a compreensão científica, alguns exemplos são os relatórios técnicos, dissertações e teses que são realizadas em cursos de pós graduação. Em sua análise estatística da tabela 2, realizando o teste do qui-quadrado de um critério o valor crítico foi de [X²o= 6,22; X²c= 3,841] verificando que Ho foi

rejeitada, isso significa que os tipos de literatura não são semelhantes estatisticamente.

Conclusões

Dos artigos encontrados para a análise de produção científica sobre

benefícios da atividade física no tratamento da depressão dos idosos, foi concluído que:

a) O gênero feminino apresentou maior interesse pelo tema abordado. Quanto a autoria prevaleceu a autoria múltipla o que pode indicar grupos de estudos sobre o tema.

b) As instituições Públicas apresentaram maior produção científica do que as instituições privadas.

c e d) A análise de dados que apareceu em maior frequência, tanto nas pesquisas descritivas e experimental, foi a quantitativa. Dentro das pesquisas experimentais a análise quantitativa se sobrepôs.

e) A estratégia de pesquisa mais utilizada nos artigos pesquisados foi a de campo.

f) A maioria das considerações finais atendiam aos objetivos propostos pelas pesquisas de cada artigo.

g) A literatura mais usada nos artigos foi a branca, ou seja, de fácil acesso, sendo que apenas um dos artigos apresentou literatura cinzenta.

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Foram encontrados poucos artigos que abordavam o tema da análise, portanto, a produção científica nessa área não tem tido muitos avanços.

Referências

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sujeitos da terceira idade. Movimento e Percepção,10 (14), 319-335.

Associação Americana de Psiquiatria (1994). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-IV-TR. São Paulo: Artmed.

Groppo, H. S., Nascimento, C. M. C., Stella, F., Gobbi, S., Oliani, M. M. (2012, Outubro/Dezembro). Efeitos de um programa de atividade física sobre os sintomas depressivos e a qualidade de vida de idosos com demência de Alzheimer. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 26 (4), 543-551.

Gumarães, J. M. N., & Caldas, C. P. (2006). A influência da atividade física nos quadros depressivos de pessoas idosas: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Epidemologia, 9(4), 481-492.

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Mello, E., Teixeira, M. B. (2011). Depressão em Idosos. Revista Saúde- UNG, 5 (1), S/N.

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Mosquera, J. J. M., Stobäus, C. D. (2012). O Envelhecimento Saudável: Educação, Saúde e Psicologia Positiva. Educação e Envelhecimento.

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http://www.efdeportes.com/efd159/relacao-idoso-e-a-atividade-fisica.htm.

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Toscano, J. J. O., Oliveira, A. C. C. (2009, Maio/ Junho). Qualidade de vida em idosos com distintos níveis de atividade física. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 15 (3), 169-173.

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