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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA VITÓRIA MARTINI

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA VITÓRIA MARTINI

LINGERIE SOB MEDIDA

UM NOVO CONCEITO NO MERCADO ATUAL ASSOCIADO Á TABELA DE MEDIDAS BRASILEIRA

Florianópolis 2020

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VITÓRIA MARTINI

LINGERIE SOB MEDIDA

UM NOVO CONCEITO NO MERCADO ATUAL ASSOCIADO Á TABELA DE MEDIDAS BRASILEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Tecnologia em Design de Moda da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Tecnólogo em Design de Moda.

Orientador: Prof. Kamilla Souza

Florianópolis 2020

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LINGERIE SOB MEDIDA

UM NOVO CONCEITO NO MERCADO ATUAL ASSOCIADO Á TABELA DE MEDIDAS BRASILEIRA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Tecnólogo em Design de Moda e aprovado em sua forma final pelo Curso de Tecnologia em Design de Moda da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Cidade, (dia) de (mês) de (ano da defesa).

Professor e orientador Nome do Professor, Dr./Ms./Bel./Lic. Universidade do Sul de Santa Catarina

Prof. Nome do Professor, Dr./Ms./Bel./Lic Universidade...

Prof. Nome do Professor, Dr./Ms./Bel./Lic Universidade do Sul de Santa Catarina

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Dedico á todas as meninas e mulheres que já sentiram menos por estarem fora do padrão.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço ao meu pai e a minha mãe que sempre acreditaram em mim e no meu potencial estando sempre do meu lado me dando conselhos suporte passando forças pra continuar, segundo a minha psicóloga por ter me ouvido nos dias em que eu nem queria tentar mas me fez aprender a ter mais calma e resiliência em meio as situações. Por último não menos importante agradeço a mim mesma por acreditar que posso realizar, conquistar coisas incríveis através do meu conhecimento e coragem para colocá-lo no mundo, através deste trabalho descobri com o que eu desejo trabalhar criando um novo propósito para a minha vida.

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“A moda afeta o modo como nos vemos, como somos vistas e como vemos os outros; define nosso “eu” e a forma como navegamos entre os mundos” (LEMOS, 2019).

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O impacto que as roupas podem gerar na autoestima através de uma peça inadequada também está presente na lingerie, um nicho pouco questionado sobre a falta de tamanhos que atendam a diversidade dos corpos femininos, mais especificamente em relação ao sutiã, o desconforto gerado por uma peça inadequada, os tamanhos que estão presentes na tabela de medidas acabam não atendendo a maioria dos corpos mesmo estando dentro e fora do padrão. O objetivo deste trabalho é trazer uma discussão relacionada ao sutiã e a grade da tabela de medidas Brasileira na moda íntima.

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ABSTRACT

The impact that clothes can generate on self-esteem through an inappropriate piece it is also present in lingerie, a niche little questioned about the lack of sizes that meet the diversity of female bodies, more specifically in relation to the bra, the discomfort generated by an inappropriate piece, the sizes that are present in the measurement table end up not meeting most bodies even though they are in and out of the standard. The objective of this work is to bring a discussion related to the bra and the grid of the Brazilian measure table in underwear.

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Figura 1 O primeiro sutiã da história criação da Herminie Cadolle ...16

Figura 2 O desenho do primeiro sutiã da história patenteado por Herminie Cadolle ...17

Figura 3 As criações que ocorreram entre 1907 e anos 10 ...18

Figura 4 O registro da criação do sutiã feito pela Mary Jacobs ...19

Figura 5 As inovações que ocorreram nos anos 20 e 30 através do sutiã ...20

Figura 6 Inovações sobre o sutiã que aconteceram nos anos 40 e 50 ...21

Figura 7 O sutiã usado no final da década de 40 ...22

Figura 8 Marilyn Monroe em 1956 usando o sutiã Bullet Bra ...22

Figura 9 Madonna no VMA em 1984 ...23

Figura 10 Madonna usando o sutiã cônico criado por Jean Paul Gaultier em 1990 ...24

Figura 11 Tabela de medidas dos tamanhos oferecido ao público feminino no brasil..32

Figura 12 Interface da Loja Online da marca Marisa ... 35

Figura 13 Interface da Loja Online da marca Marisa ... 35

Figura 14 Grade de tamanhos de moda íntima da loja online da Renner ... 36

Figura 15 Interface do site da marca Intimissimi ... 38

Figura 16 Grade de tamanhos oferecida pela marca Intimissimi ... 38

Figura 17 Oferta de modelos oferecidos pela Intimissimi ...39

Figura 18 Interface da página inicial da loja online da marca Pro Me. ... 40

Figura 19 Grade de tamanhos oferecida pela marca Pro Me... 40

Figura 20 Interface do site da marca Loungerie. ... 41

Figura 21 Modelos oferecidos pela marca ... 42

Figura 22 Grade de tamanhos oferecida a partir de um modelo selecionado...42

Figura 23 Modelo selecionado para análise da oferta de tamanhos. ... 43

Figura 24 Fonte autoria própria ... 44

Figura 25 Fonte autoria própria ... 45

Figura 26 Fonte autoria própria ... 45

Figura 27 Fonte autoria própria ... 46

Figura 28 Fonte autoria própria ... 46

Figura 29 Fonte autoria própria ... 47

Figura 30 Fonte autoria própria ... 47

Figura 31 Fonte autoria própria ... 48

Figura 32 Fonte autoria própria ... 48

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SUMÁRIO . 1. INTRODUÇÃO...11 1.1 Problemática ...12 1.2 Justificativa ...13 1.3 Metodologia ...15

2. HISTÓRIA DO SUTIÃ NO BRASIL E NO MUNDO ...16

3. COMPARATIVO ENTRE A ROUPA SOB MEDIDA E AS FAST-FASHIONS ....25

3.1 Roupa sob medida ...25

3.1.2 Diferenças entre a produção sob medida da fast-fashion ...28

4. ESTUDO DA ERGONOMIA E ANTROPOMETRIA NA MODA ...30

4.1 Análise das marcas ...34

4.1.2 Marcas fast-fashion ...34

4.1.3 Marcas específicas ...37

4.2 Pesquisa de público alvo ...44

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...49

REFERÊNCIAS ...51

APÊNDICES ...53

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1 INTRODUÇÃO

Nos dias atuais o assunto sobre corpo e beleza nunca foi tão discutido e questionado quanto antes, associamos a beleza com o estereótipo de magreza ou com bem-estar social. Com isto, a lingerie nos mostra que podemos ser quem quisermos quebrando os padrões existentes e encorajando a sermos nós mesmas com as nossas singularidades.

Dentro da lingerie vamos discutir sobre o sutiã seu contexto histórico as evoluções que ocorreram ao longo da história e fazer um comparativo relacionado as diferenças entre um produto de moda feito sob medida e o sistema fast-fashion que as roupas são feitas em larga escala para serem consumidas de forma rápida, tornando a mão de obra mais barata deixando em segundo plano o conforto e a durabilidade das peças. Incluindo uma discussão sobre a ergonomia dentro da moda, na lingerie sobre os tamanhos existentes na tabela de medidas Brasileira. Será feita uma análise de 5 marcas contendo duas marcas de fast-fashion e três marcas especificas. A pesquisa traz o levantamento de cada marca, quais os tamanhos que oferecem se contém algum diferencial observando se existe realmente uma facilidade de acesso ao produto dentro da grade que a marca propõe. Realizando também um comparativo na categoria que cada marca se encontra descrevendo os pontos positivos e o que falta que pode ser incluido, melhorado dentro destas marcas com possibilidade de desenvolvimento ergonomico para o bem estar do consumidor.

Por fim a análise da pesquisa foi feita para identificar e reafirmar as necessidades que o consumidor possui nos dias atuais que na maioria dos casos não são atendidas da forma correta precisando se adaptar ao que tem disponível no mercado, não se trata de soluções mas sim trazer novas possibilidades. Trata-se de identificar o que o público espera de um bom produto de moda o consumidor não deve esperar menos que uma marca atenda seu corpo real adequado as suas necessidades.

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1.1 PROBLEMÁTICA

A tabela de medidas brasileira não atende a todos os tipos de corpos, devido a uma variação enorme, por conta da miscigenação. O descaso que as marcas e empresas de médio a grande porte tem na hora da confecção e criação do produto que é a lingerie, moldam o corpo e seus tamanhos num padrão x sendo que em uma sociedade onde todos os corpos são diferentes, eles não pensam em criar algo que seja mais adepto a todos os públicos.

O problema se encontra no descaso que as marcas têm com usuário pela falta de opção de tamanhos diversificados na tabela de medidas e na ergonomia da peça. Existe uma necessidade em fazer uma renovação na tabela de medidas brasileira, uma pesquisa mais aprofundada, por exemplo: como nos países desenvolvidos, lá fora já existem algumas soluções de modelagem e na tabela. Faltam soluções para que o consumidor se sinta confortável, ele quer conforto aliado à beleza e algumas peças são desproporcionais ao seu corpo, na lingerie o problema se encontra mais no sutiã a taça fica larga ou muito pequena, a parte das costas que apertam demais ou ficam frouxas e não esquecendo as alças que muitas vezes não são reforçadas trazendo marcas e desconforto para o consumidor final. O efeito disto a longo prazo é o corpo sendo estereotipado fazendo com que o consumidor se sinta infeliz consigo mesmo por não conseguir se sentir encaixado a peça que foi feita inadequada para o seu corpo causando dores, marcas e desconforto desnecessário.

Quando será que as empresas vão se preocupar realmente com o conforto do usuário ao invés de apenas lucrar com isto? As marcas devem começar a repensar a questão ergonomica das peças para que se adeque aos corpos reais e proporcione maior conforto e bem estar para o usuário.

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1.2 JUSTIFICATIVA

Abordando de um novo ângulo o tema contém uma ideia inovadora, apesar de estarmos no meio de tanta tecnologia a parte da moda íntima ainda avança a passos lentos. Nos dias atuais as mulheres encontram problemas na lingerie quando se trata de encontrar seu tamanho ideal, na maioria das vezes não é compátivel com seu tamanho. Eventualmente acontecem os problemas na hora de comprar o sutiã, a taça do sutiã mesmo sendo do tamanho ideal dos seios não se encaixa com o tamanho das costas, as alças ficam largas ou apertadas assim marcando o corpo e trazendo desconforto, mesmo estando do tamanho correto que está na tabela de medidas o sutiã não se encaixa com seu biótipo e também não dá suporte ou sustenta os seios. O impacto causado fica diretamente ligado entre a relação da mulher e a sua autoestima muitas vezes abalada por não encontrar o sutiã e soluções que resolvam os problemas ali citados, estes são os mais comuns, entre outros que existem.

Tendo em visto uma perspectiva sobre o produto de moda sob medida podemos notar que a procura por algo individual feito por artesãos e criadores tem crescido, o individualismo presente também nas peças. O diferencial vem da escolha dos produtos na hora de confeccionar, dando preferência à uma escolha mais sustentável, fazendo com que cause menos impactos a natureza e preserve os recursos naturais, optando pela mão de obra manual tornando um produto individual e sem mão de obra excessiva dos trabalhadores, muitas vezes vista em empresas de grande porte e que fazem uma produção de peças e produtos em larga escala.

A pesquisa irá abranger novas ideias e vertentes sobre este tema, coletando informações que contribuíram significativamente para a comunidade acadêmica e no âmbito profissional a lingerie ainda é nicho pouco abordado e discutido no meio acadêmico, as questões de usabilidade e ergonomia não são muito levadas em questão na hora do seu desenvolvimento,é possível através desta pesquisa ter uma visão sobre o quanto o mercado ainda precisa se atualizar e explorar novos modos de fazer moda dentro deste segmento.

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Trazer uma nova concepção através de novas marcas explorando o slow fashion através da produção artesanal, focando no consumo consciente e o individualismo que as pessoas tanto procuram hoje, também pensando na ergonomia das peças e como esse processo é importante para fazer um produto de moda de qualidade. É possível fazer disto um novo nicho de mercado criando oportunidades de empreender dentro da moda.

1.3 Objetivo

1.3.1 Objetivo geral:

• Analisar os problemas existentes na modelagem da lingerie e o “padrão” da tabela de medidas brasileira.

1.3.2 Objetivos Específicos:

• Contextualizar a história do sutiã.

• Identificar as diferenças entre um produto sob medida e o fast-fashion. • Discutir sobre o estudo da ergonomia e antropometria na lingerie. • Detectar soluções através da modelagem para o conforto e bem estar

da consumidora.

• Classificar marcas para análise da tabela de medidas fazendo um comparativo sobre a oferta de tamanhos disponíveis.

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1.3 Metodologia

A pesquisa é direcionada no modelo exploratório e descritivo com a abordagem

feita de forma qualitativa descrevendo sobre os problemas em relação ao sutiã na lingerie e a tabela de medidas brasileira.

O primeiro capítulo contextualiza a história do sutiã no brasil e no mundo, fazendo uma cronologia aos acontecimentos mais importantes de cada época para compreender sobre o objeto de estudo.

No segundo capítulo é feito um comparativo entre a roupa sob medida e as fast-fashions realizando uma discussão sobre as diferenças existentes entre cada uma

delas e o valor que está sendo agregado ao consumir o produto de cada nicho. Analisando a importância das duas existirem na moda estando inseridas no setor do vestuário fazendo um questionamento de como funciona a fast-fashion e o produto feito sob medida, que apresenta uma forma mais lenta e sustentável de consumir moda.

A partir do terceiro capítulo abordo sobre a importância do estudo da ergonomia e antropometria na lingerie tratando-se dos processos desde a criação a confecção do produto final. Apontando também sobre os tamanhos da tabela de medidas brasileira, que não atende a maioria dos corpos quando se fala em roupa íntima mais específicamente os sutiãs. Ao decorrer da discussão selecionei 5 marcas contendo duas fast-fashion e três específicas de lingerie para analisar os tamanhos de sutiã que são oferecidos em cada marca, se existe uma facilidade de acesso a procura das peças e também diferença nos valores, fazendo um comparativo entre cada uma delas dentro da categoria inserida observando se apresentam algum diferencial ou inovação no produto.

Por último para finalizar o capítulo inseri a pesquisa de público alvo que realizei em 2018 durante o projeto de pesquisa que contribuí para afirmação da problemática do sutiã, através da coleta de dados que obtive no questionário com um formulário de pergunta e respostas, onde 259 participantes me ajudaram respondendo as perguntas em relação ao uso do sutiã e sobre as dificuldades em encontrar um bom produto que atenda as suas necessidades.

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2 HISTÓRIA DO SUTIÃ NO BRASIL E NO MUNDO

A origem do sutiã surgiu a partir da insatisfação que as mulheres tinham com uso dos espartilhos, no século XIX estava muito enraizado na moda da época, o uso deles deixando a cintura da mulher bem marcada e os seios em destaque como um símbolo feminino.

“Pode-se relacionar o uso do espartilho com as funções sociais femininas deste mesmo período, uma vez que da mesma forma que o corpo feminino estava “preso” ao espartilho, a mulher em si estava fortemente atrelada à sua função de mãe, esposa e dona de casa, além de estar confinada ao ambiente privado da casa”. (GELLACIC,2013,p.2)

A partir da criação de duas mulheres de continentes diferentes uma francesa e a outra americana surgiu o nosso atual sutiã. Em 1898 francesa Herminie Cadolle resolveu cortar a parte de cima do espartilho dividindo-o em duas, a parte inferior do tronco e uma para superior com alças para dar sustentação, transformando em um modelo parecido com o corselet. Em 1990 essa criação foi apresentada em uma grande exposição universal que ocorreu em Paris. Logo após em 1905 a parte superior que Cadolle criou foi sendo comercializada com o nome de “soutien-gorge” um tempo depois esse nome foi reduzido apenas para soutien.

Figura 1 O primeiro sutiã da história criação da Herminie Cadolle. Fonte: Site da Revista Runway Magazine 2018

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Figura 2 O desenho do primeiro sutiã da história patenteado por Herminie Cadolle. Fonte: Google Arts & Culture

Reconhecido como o primeiro sutiã na história da lingerie, o corselet-gorge foi criado pela francesa Herminie Cadolle na imagem acima temos o registro da criação do sutiã. Iniciando uma nova era sem os espartilhos em 1907 o estilista francês Paul Poiret investiu em uma nova silhueta feminina criando vestidos de cintura alta, tornando obsoleto o uso dos espartilhos.

Segundo Alves e Martins (2018) O declínio dos espartilhos e a ascensão dos sutiãs no início do século XX, conforme supracitado, teve, por pano de fundo, as mudanças resultantes das duas grandes Guerras. Fato que requereu a atuação das mulheres no mercado de trabalho. (p.20)

No mesmo ano a americana Marie Tucek desenvolveu uma peça com bojos e alças para sustentação dos seios chamada de Breast Supporter, ele é semelhante ao sutiã atual, a invenção dela foi parar na revista Vogue, que foi batizada de brassière.

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Figura 3 As criações que ocorreram entre 1907 e nos anos 10. Fonte: Site da Revista Claudia 2020

Ambas as palavras — soutien e bra — foram adotadas no início do século XX, e, desde então, o artefato sutiã foi desenhado e redesenhado. Entretanto, apesar das variáveis existentes em cada modelo, sua estrutura básica torna alguns de seus elementos configurativos comuns à maioria dos sutiãs. (ALVES E MARTINS,2018,p.12)

Em 1914 no Estados Unidos uma jovem nova iorquina chamada Mary Phelps Jacob se encontrava insatisfeita com o espartilho marcando o vestido que iria usar no baile, já que o espartilho so causava desconforto ela resolveu criar por ela mesma algo diferente, pegou dois lenços de seda, um cordão, duas fitas cor de rosa e costurou tudo transformando a sua ideia em uma peça do vestuário mais macia e confortável. A mary Jacobs também era conhecida pelo nome de Caresse Crosby, abaixo é exibida a sua criação que foi patenteada no ano de 1914.

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Figura 4 O registro da criação do sutiã feito pela Mary Jacobs. Fonte: Site Origem das coisas 2020

A criação fez um grande sucesso entre suas amigas que pediram cópias do modelo, ela não queria que a criação fosse utilizada de forma indevida portanto patenteou sua criação e logo após em novembro do mesmo ano já estava tudo regularizado. Naquela época estávamos dando início a Primeira Guerra Mundial, as mulheres precisavam de roupas mais práticas para trabalhar e os espartilhos não lhe ofereciam isso, a Mary Jacobs pensou que sua criação não obteria sucesso entre as

outras mulheres, resolveram assim vender sua patente aos irmãos Warner (Warner Bros), após isso fez tanto sucesso que eles faturaram mais de 15 milhões de

dólares nas três décadas seguintes.

Nos anos 20 que é mais conhecido como os “Anos Loucos” marca a chegada do sutiã no Brasil. Foi lançado no mesmo período o sutiã que é conhecido atualmente também como o de formato triangular que é cruzado nas costas e com fecho na parte frontal, os tecidos usados na época era em crepe, jérsei ou cambraia. O formato desse sutiã costumava achatar os seios, ocasionalmente virou uma tendência dos anos 20 tentar deixar os seios parecerem menores, teve referência ao estilo de Chanel “garçonne” que eram roupas e cortes considerados masculinizados para época e o estilo andrógino.

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Com a chegada dos anos 30 a silhueta feminina voltou a ser valorizada, acontecendo novas inovações, como surgimento de tecidos elásticos, feito com látex que permitiu a fabricação de modelos confortáveis preocupados além do conforto, com o lançamento do nylon pela Dupont eles modernizaram a modelagem do sutiã

tradicional, preocupando-se também com a funcionalidade e sustentação dos seios. Na segunda parte dos anos 30 o tamanho do sutiã e os formatos começaram ganhar

mais importância, com isto ocorreu uma diversificação nos tamanhos que variavam da letra A até a letra D. Foi ganhando mais destaque, novos modelos e materiais que

contribuiram para a ligação do papel que a mulher exercia diante à sociedade. De acordo Gellacic (2013),“Os padrões das vestimentas femininas têm forte

influência do contexto cultural, além de manifestarem as evoluções tecnológicas, morais e comportamentais de cada época”.(p.2) A praticidade do nylon contribuiu muito por ser mais leve resistente, secar com rapidez e não amassar, ele conquistou a preferência das mulheres, nessa década também surgem os enchimentos com espumas, o que chamamos hoje de “bojo”.

Figura 5 Cronologia Histórica do sutiãs e Inovações que ocorreram nos anos 20 e 30. Fonte: Site da Revista Claudia 2020

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Com a chegada da segunda guerra mundial na década de 40 ocorre escassez na matéria-prima, a prioridade tinha mudado ia diretamente para os mantimentos da guerra, a indústria textil teve que ir em busca de outros materiais. Surgem as fibras sintéticas e o sutiã passou a ser mais resistente por conta da participação das mulheres no mercado de trabalho.

O cinema começou introduzir as mulheres voluptuosas, valorizando o sutiã como

uma peça de glamour e sensualidade e nos anos 50 tivemos Dior com o famoso “New Look”, a valorização das formas femininas, a estética da época foram as pin-ups,

apareceu um modelo de sutiã chamado “very secret” de nylon, que também ficou conhecido como Bullet Bra feito com almofadas de ar muito finas davam aos seios o formato de globos e ao mesmo tempo contribuam para o efeito de subir e aproximar os seios.

Figura 6 Inovações sobre o sutiã que aconteceram nos anos 40 e 50. Fonte: Site da Revista Claudia 2020

A década de 50 marca o momento que a lingerie se tornou sedutora, com o sucesso do bojo nylon e outros materiais resultou nas mulheres investirem na sensualidade, grandes ícones como Marilyn Monroe fizeram o uso da lingerie marcando a época com sua imagem glamourosa e feminina.

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Perto dos anos 60 a Dupont anuncia o lançamento da lycra, outro material que auxilia na evolução do sutiã nos anos seguintes, nas imagens a seguir contém os registros do sutiã usado no final da década de 40 e durante os anos 50, a primeira foto é a Marilyn Monroe usando o sutiã em formato de bala deixando aparente na roupa o formato, na segunda foto contém a imagem do modelo do sutiã do final da década de 40 a imagem foi retirada no site do museu do MET.

Nesta época, a indústria das lingeries notaria que para acompanhar esta mulher mais livre, mais ativa socialmente e sexualmente, deveria também se “remodelar”. E assim, foi neste período inventado um novo tecido que daria a base para toda a indústria de roupas íntimas femininas: a lycra. Esta fibra elástica foi criada em 1958 pela empresa americana Dupont, e logo tornaria se um ícone da “nova mulher”, uma vez que este tecido daria à mulher toda a possibilidade de movimento de seu corpo. (GELLACIC,2013 p.7)

No início dos anos 60, público alvo foram as moças jovens foi lançado modelos mais simples e delicados, a época foi marcada pela aparência muito infantilizada, através das roupas. Finalmente foram criadas as alças elásticas reguláveis para os sutiãs.

Figura 7 O sutiã usado no final da década

de 40. Fonte: Museu do Met

Figura 8 Marilyn Monroe em 1956 usando

o sutiã Bullet Bra. Fonte: Site da Revista Cosmopolitan 2016

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Ocorreu também um protesto em 1968 durante o concurso Miss América, ativistas consideradas feministas juntaram as peças íntimas, revistas, cílios postiços, sapatos de salto ameaçaram a colocar fogo mas não ocorreu, elas queriam desconstruir a imagem da mulher sempre impecável perfeita o modelo que inatingível que foi pressuposto pela televisão e a sociedade. Para eles as mulheres tinham como obrigação seduzir principalmente os homens, e foi assim que o sutiã foi alvo e um símbolo de protesto conhecido como a “queima dos sutiãs”.

Os anos 70 ficou marcado pela criação do sutiã esportivo, as transparências e rendas entraram em evidência ganhando espaço, a moda íntima virou um instrumento de desejo para as mulheres, tendo também a criação da marca Victoria Secrets em 1977. Enquanto nos anos 80 e 90 trouxeram a valorização da roupa íntima como peça principal “outwear” deixando o sutiã em evidência. A seguir temos a diva do pop Madonna na primeira edição VMA em 1984 aparentando usar um body de lingerie, vestida como uma noiva, ela canta a música do seu disco “Like a Virgin”.

Figura 9 Madonna no VMA em 1984. Fonte: Site Jetss 2019

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Figura 10 Madonna usando o sutiã cônico criado por Jean Paul Gaultier em 1990. Fonte: Site da Revista Vogue 2020

Na imagem acima temos a diva Madonna em sua turnê Blonde Ambition em 1990 usando espartilho que ficou conhecido como sutiã cônico ou espartilho cônico, foi desenhado exclusivamente pelo estilista Jean Paul Gaultier. Ela utilizava as peças como um símbolo de comportamento, a roupa deste show deixou bem clara a mensagem que as mulheres foram feitas pra comandar, o que causou uma revolução no design da peça ganhando novas cores e releituras.

Com o surgimento dos novos tecidos na época ganharam-se novos modelos para realçar e aumentar os seios como o “Wonderbra e o “Push-Up”. Conforme Alves e Martins (2018) afirmam “Em menos de meio século, o sutiã se popularizou e passou

a ser usado por mulheres pertencentes a todas as categorias sociais”. (p.22) Através das inovações que ocorreram ao longo do tempo o sutiã se tornou uma peça

chave no guarda roupa feminino sendo usado de forma mais utilitária podendo ser usado tanto como peça de baixo ou como uma peça só, vai além do imaginário. Conhecer o contexto histórico da lingerie ajuda a dar continuidade a pesquisa em questão e a compreender sobre as fases do objeto de estudo, no próximo capítulo será feito um comparativo entre a roupa feita sob medida e a fast-fashion, um tema do nosso contexto social que está diretamente ligado a presente pesquisa.

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3 COMPARATIVO ENTRE A ROUPA SOB MEDIDA E AS FAST-FASHIONS

3.1 Roupa sob medida

Neste capítulo discutimos o ponto de vista de um produto feito sob medida, a

importância dele e os benefícios deste serviço aplicado aos dias atuais. A exclusividade nos transforma em seres únicos e não mais do mesmo, o produto sob

medida é uma forma de produzir roupa mais consciente e atemporal. Associamos o produto sob medida como algo exclusivo, projetado para atender as necessidades específicas de cada consumidor. São feitas a partir do tamanho que a pessoa veste,

não segue um padrão, somente as medidas individuais de cada cliente. A construção de uma peça sob medida é a forma mais autêntica de se vestir

pois se adapta perfeitamente ao corpo, ela é pensada para atender as necessidades de cada um, isso gera um valor maior agregado ao produto porque ele é exclusivo e único. Mori (2014) enfatiza que um dos fatores que mais aquece essa demanda de produto sob medida são as dificuldades em encontrar peças com tamanhos que se adaptem adequadamente ao corpo, principalmente para consumidores que vestem tamanhos maiores ou menores estes são alguns dos motivos pelo qual fazer uma roupa sob encomenda voltou à moda.

Segundo Fletcher (2011,p.86) citado por Pereira e Nogueira (2013,p.6) Estas peças criam um vínculo emotivo e de pertencimento tão intrínseco que

estas peças permanecem em uso por muito mais tempo do que as peças compradas em lojas fast fashion, assim “entender os aspectos físicos, estilísticos e emocionais da durabilidade de uma peça com relação a um tipo de usuário permite satisfazer plenamente suas necessidades materiais e simbólicas.

Lojas convencionais como fast-fashion não conseguem atender à todas essas demandas, sendo assim elas possuem uma tabela de medidas “Padrão base” e seguem fazendo produção em larga escala para suprir a grande demanda pois a moda é cíclica.

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De acordo com Mori (2014) O advento da industrialização no vestuário, as medidas foram padronizadas e aqueles que não podiam pagar o preço das roupas de alta-costura passaram a consumir uma vestimenta cada vez mais adequada ao seu estilo de vida, ou seja, a moda rápida se destacou cada vez mais e é consumida até hoje pela massa.

Uma forma de ser mais consciente é indo contra o fluxo do capitalismo estruturado que acontece desde a Revolução Industrial, incentiva o consumidor a nunca se sentir satisfeito com aquilo que possui, fazendo com que o consumo se torne constante, desenfreado e que aconteça com mais frequência o descarte das nossas roupas. O produto sob medida valoriza todos os processos desde a fase da construção até a entrega ao consumidor é um produto slow fashion, que gera valor visando um consumo mais consciente.

O slow fashion é um conceito atual que busca produzir moda de forma consciente, sem afetar em demasia o meio ambiente procurando respeitar aspectos sociais e econômicos. Este estudo relaciona a mais antiga maneira de se fazer moda, a roupa feita por encomenda, com o mais novo conceito de sustentabilidade na moda. Através da busca de novos caminhos que façam do design, confecção e consumo a seguir para uma vertente mais justa e responsável com o planeta e seus pertencentes. (PEREIRA E NOGUEIRA 2013 p.1)

Mesmo este não sendo o foco do presente trabalho vai ser abordado sobre um produto sustentável mais duravél que gera menos impacto para o planeta, o slow fashion esta atrelado ao produto sob medida. Pereira e Nogueira (2013) apontam que todas as características pertencentes ao slow fashion são praticadas quando analisamos a roupa feita sob medida, tornando o processo de fácil acesso à informação, da construção ao produto entregue ao consumidor final. “O cenário de sucesso de moda, controlado pelo fast fashion começa a ser visto pelos consumidores com um novo olhar, mais humano e preocupado com a procedência das roupas que são compradas”. (MORI,2016,p.9)

Podemos assim, destacar que acompanhar os processos de produção e procedência das peças, visando o consumo mais consciente é um novo padrão de comportamento de consumo. “A roupa sob medida, encomendada a uma costureira, valoriza seu trabalho, pois o preço pago por peça é muito maior ao valor recebido pelos costureiros do sistema fast fashion. O cliente rastreia a forma de produção”.(PEREIRA E NOGUEIRA, 2013,p.10)

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Neste sistema, não há lançamentos constantes, pois as peças são perenes, com modelagens cuidadosamente acertadas, com design atemporal que persistem por mais de uma estação, produzidos com tecidos nobres, naturais ou eco inteligentes, são, portanto, duráveis e de alta qualidade. Alguns conceitos como aproveitar a mão de obra local, matérias primas e aspectos culturais da região. (PEREIRA E NOGUEIRA,2013,p.3)

Mori (2016) Destaca que o slow fashion estabelece e nos apresenta, uma nova forma de consumir moda e produzir com ênfase no ecológico, na preservação do meio ambiente, da cultura e da produção artesanal.

Segundo Hoffmann (2011) citado por Tinoco Mori (2014, p.7) O Slow Fashion pode ser considerado um dos principais fatores que contribuíram para a retomada da prática da roupa sob medida, por se tratar de um conceito sustentável que visa à desaceleração da moda, com peças individualizadas e duráveis.

“É fundamental que a tradução do slow fashion não seja feita ao pé da letra, pois está além de descrever a velocidade das ações e sim de ter uma visão de mundo consciente de todo o processo que a cadeia do vestuário representa e tentar minimizar o máximo possível seus danos”. (PEREIRA E NOGUEIRA,2013, p.3) Podemos ressaltar que não é a aplicação ao pé da letra que torna o produto slow sustentável, mas, os processos que mostram que pode conscientizar o cliente quanto a diminuição dos danos gerados através do consumo desenfreado ocorrendo assim, menos descarte e mais usabilidade aplicada ao produto.

Para Morais (2011) citado por Pereira e Nogueira (2013,p.5) o slow fashion permeia a qualidade e a durabilidade das peças oferecendo ao consumidor produtos atemporais e de acabamentos impecáveis, despertando-o para uma ótica de exclusividade. Geralmente encomenda-se uma peça sob medida escolhendo bem o tecido adequado à ocasião e ao modelo. Como é uma peça que demandará tempo maior que uma peça pronta, o investimento no tecido é feito com critérios de qualidade e nobreza.

Pereira e Nogueira (2013) Relata que assim não gera estoque nem liquidações, pois o consumo de forma mais lenta sem causar tantos descartes quando se trata de uma peça que foi moldada ergonomicamente para si, causando menos impactos para o planeta e garantindo vários reusos com uma peça mais durável.

O produto sob medida fica atrelado ao slow fashion pela valorização de um novo comportamento de consumo que valoriza moda feita de forma mais lenta durável e consciente sobre o que vestimos.

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3.1.2 Diferenças entre a produção sob medida da fast-fashion

O que difere a roupa sob medida da produção feita em larga escala são os processos que permeiam cada uma delas a preocupação em atender uma necessidade específica, a produção e a mão de obra são feitas de formas diferentes quando falamos do produto sob medida, você consegue saber exatamente de quem você está consumindo e para quem você está agregando valor. Quando se trata de uma produção em larga escala o processo se torna confuso pois o princípio dele não é gerar valor más obter lucro com essa produção que prioriza o consumo rápido e novas peças girando no mercado.

Pessoa (2012) citado por Pereira e Nogueira (2013, p.2) Complementa que neste sistema desenfreado, onde o importante é gerar maior lucratividade para as empresas que aderiram a esse movimento, o consumidor busca estar inteirado sobre as tendências, mas não ficam atentos sobre se estes produtos têm ou não qualidade ou ainda se possuem maior ou menor durabilidade.

O lucro é visto como uma prioridade pois são peças que seguem o mesmo padrão da tabela de medidas (P,M,G,GG) o que claramente não consegue atender todos os públicos e o custo para fazer aquela peça se torna mais barato, e o mesmo se torna mais difícil de acompanhar, não conseguimos rastrear o início processo e como foi para chegar até as lojas na maioria das vezes.

Segundo Mori (2016) O consumidor, de um lado, absorve mais produtos de forma barata, com informações de modas criadas e vendidas a eles somente pelo design e como forma de inovação, porém os procedimentos e materiais envolvidos neste processo, como mão-de-obra escrava, materiais de baixa qualidade e pouca durabilidade, considerados descartáveis e que irão interferir no ecossistema, não são apresentados e tão pouco divulgados. (p.24)

Mori (2016) descreve a rapidez com que os produtos são produzidos faz com que eles cheguem no momento exato da necessidade dos consumidores ou no auge de uma tendência de moda, gerando mais vendas e um consumo de forma escalável.

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Desta forma, mostra o processo de funcionamento das fast fashion que coloca as tendências nas lojas quando chegam no auge para clientes consumirem de forma rápida e certeira, esse formato é a essência do negócio que conhecemos como moda rápida, na produção sob medida podemos ter um olhar mais abrangente para o estágio inicial da produção, o meio e o final dela que é a entrega do produto ao consumidor.

A moda lenta caracterizada pela produção em pequena escala, processos artesanais, que valorizam a região de origem, indaga a moda rápida produzida em larga escala, com modelos considerados globais, por seu sucesso de vendas em diferentes regiões, descaracterizando o estilo único e construindo uma moda massificada, sem personalidade. (MORI, 2016, p.24)

Concluindo que as duas são importantes para o funcionamento da indústria do vestuário no entanto é necessário que as fast-fashions incluam mais detalhes sobre o processo de produção, confecção destas roupas e por onde passa até chegar aos consumidores inserindo também mais tamanhos para alcançar o público que não se encaixa somente na grade base, enquanto a roupa sob medida já mostra os processos da produção e entrega do produto com mais facilidade de acesso as informações

causando menos impacto ao meio ambiente com a produção feita sob demanda. No proxímo capítulo vou descrever sobre os estudos da ergonomia e antropometria na

moda relacionado ao objeto de estudo podendo contribuir de forma significativa na hora de pensar em um bom produto de moda.

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4 ESTUDO DA ERGONOMIA E ANTROPOMETRIA NA MODA

A Ergonomia é uma base de pesquisa importante e necessária para entendermos sobre o processo de confecção e usabilidade no vestuário. É aplicada em diferentes contextos e áreas, desta forma discutimos sobre o papel dela dentro da moda e como este estudo pode contribuir e trazer melhorias para o mercado. Na ergonomia o objetivo principal é garantir o bem estar físico do corpo humano, podemos ressaltar a importância dela dentro da pesquisa, confecção, projeto, produção e produto de moda.

No contexto da lingerie a aplicação desse conceito deve ser pensada para garantir o conforto e praticidade ao usuário. IIDA (2005) declara que a ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem, ou seja, a ergonomia é pensada para facilitar a vida e o bem-estar do usuário. “Pode ser trabalhada antes e no pós do planejamento à execução do projeto. “Portanto, a ergonomia estuda tanto as condições prévias como as consequências do trabalho e as interações que ocorrerem entre o homem, máquina e ambiente durante a realização desse trabalho”. (IIDA,2005, p.3)

A ergonomia na moda é um fator importante a ser levado em conta quando pensamos no vestuário como um todo, o processo da roupa deve ser pensado no usuário em primeiro lugar, o bem-estar de quem consome o produto, na cadeia de produção é feito o caminho inverso primeiro roupa, depois é pensado no consumidor, ele se adapta ao que tem disponível no mercado.

De acordo com Zanetti (2008) A modelagem alia-se à ergonomia a partir do momento em que todas essas questões que envolvem conforto são pensadas para proporcionar o bem-estar humano no vestir, é possível fazer alterações nas modelagens atuais para atender a demandas específicas do mercado, bem como às suas necessidades e limitações. Apesar dos custos que uma peça exige, se trata de uma mudança necessária, o mercado precisa enxergar essas mudanças e democratizar a moda cada vez, para suprir as necessidades dos consumidores e gerar pertencimento.

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Zanetti (2008) Menciona que para contruir um olhar mais ergonônomico no vestuário é preciso conhecer o contexto e a relação entre os processos de construção de um produto de moda, modelagem, ergonomia e da antropometria aplicada ao produto, compreendendo sobre o corpo e o que influencia na hora de vestir.

Hoje em dia a Ergonomia vem sendo utilizada em vários segmentos da indústria da moda principalmente nas relações entre a roupa e o corpo, principalmente nas relações de proporção e movimento, por este motivo a padronização das tabelas de medidas do corpo humano é de uma importância ímpar. (FERNANDES GUIMARÃES,2012, p.12)

Anteriormente falamos sobre a importância da Ergonomia para o vestuário, com isto podemos destacar a necessidade de pensar em todos os processos quando se trata de um produto de moda, tendo em vista a modelagem como um fator predominante para o sucesso do produto, é crucial pensar na tabela de medidas e também repensar a grade atual e a sua ampliação pois não atende à todos, os corpos são diversos.

Conforme Guimarães (2012,p.12) ressalta “Peças de vestuário são usadas por diferentes consumidores, com perfis, biótipos e dimensões do corpo humano, com tamanhos e características corporais que mudam conforme a ida de, a região de origem, a cor, a raça etc.”

No setor de moda intima existe essa fraqueza, não atendendo à demanda da

maioria das mulheres, unicamente com os tamanhos que variam de 42 até 54 ou P, M, G. O estudo da antropometria também contribui para o produto sob medida pois

a tabela não é igual para todos varia conforme a loja ou ateliê, ou seja, não temos um

padrão oficial no Brasil para empresas e ateliês. “Enquanto a indústria da moda

continua levando a aparência como prioridade,as mulheres cada vez mais, reclamam da falta de roupas adequadas ao seu corpo, ao seu estilo de vida e às suas necessidades”. (LEMOS, 2019, p.56)

A Antropometria que é classificada como o estudo das medidas do corpo humano e suas proporções, é aliada a ergonomia as duas caminham juntas para garantir a

usabilidade das peças no vestuário. Freitas Júnior (2018), reafirma

epistemologicamente, a palavra “antropometria” deriva do grego anthropos (homem) e metrom (medida), portanto, a antropometria forma parte da antropologia que estuda as medidas e proporções do corpo humano. De outro modo, a antropometria também forma parte da ergonomia, termo originário da Grécia (ergo=trabalho e nemo=ciência), que estuda as relações espaciais e tridimensionais existentes entre o ser humano e o espaço que ele ocupa.

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“Atualmente, o Brasil não possui uma tabela de medidas que represente o padrão da população brasileira ficando a critério de cada profissional o estabelecimento e utilização de sua própria tabela de medidas”. (GUIMARÃES,2012,p.10).

Ao pensar em estabelecer padrões de medidas corporais no Brasil, não se pode deixar de considerar as diversidades corporais existentes nas mais diversas regiões do País, devido à miscigenação das raças e à influência de diversos fatores, entre eles, a imigração, regiões geográficas, até mesmo diferenças sociais, que influenciam na formação do corpo. (ZANETTI,2008,p.7)

Foram coletados dados sobre a tabela antropometrica no site da Audaces o artigo possui dados referente ao padrão da tabela de medidas feminina disponibilizada pela (ABNT) A Associação Brasileira de Normas Técnicas que é responsável pela padronização no Brasil. Porém conforme o artigo descreve a norma ela não se enquadra somente para o público feminino abragendo também o masculino e infantil fornecendo somente medidas referenciais, a norma apresentada é de 1995. A seguir contém o print da tela tirado da interface do site da Audaces contendo os dados da padronização da tabela de medidas feminina.

Figura 11 Tabela de medidas Brasileira dos tamanhos que são oferecidos ao público feminino. Fonte: Site da Audaces

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Os padrões pré estabelecidos já estão ultrapassados, apesar de conter novos estudos sobre a criação de uma tabela de medidas brasileira ainda não possui atualização da norma que foi fornecida, englobando novos tamanhos deixando assim que cada empresa determine sua grade de fato não abrange outros corpos além do que foi pré-estabelecido no padrão base da tabela de medidas disponibilizada.

“As consumidoras estão mudando. Elas estão se empoderando. Descobrindo o verdadeiro significado do seu poder de compra. Entendendo que a indústria da moda que tem que servir aos seus corpos, não o contrário”. (LEMOS, 2019, p.65.) É muito

importante que seja feito um estudo maior sobre a questão da ergonomia e a coleta de novos dados antropometricos para as empresas tentarem seguir a mesma

grade de medidas e assim fornecer tamanhos adequados ao consumidor dentro e fora do padrão atendendo as necessidades de quem vai ofertar o produto e do consumidor final. Em seguida no próximo capítulo será feito uma análise e um comparativo em

relação as marcas fast-fashion e as específicas em lingerie, contendo dados sobre a oferta de tamanhos e o diferencial de cada uma.

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4.1 ANÁLISE DAS MARCAS

Conforme foi discutido entre os capítulos anteriores sobre a importância de um bom produto de moda relacionado a lingerie, baseando-se somente no sutiã será feita uma análise de cinco marcas escolhidas com propostas diferentes focando somente no sutiã avaliando a diferença entre cada uma delas. Portanto foram selecionadas duas marcas de fast-fashion e três especificas de lingerie contendo uma que a

produção é feita de forma artesanal. Por meio desta análise podemos obter informações sobre a tabela de medidas

de cada marca observando também se ela oferece essa opção ao cliente quando se trata de compra online, os tamanhos que são oferecidos, o valor da peça, a facilidade de acesso ao produto e a procura da peça em questão, é discutido também sobre o diferencial que cada marca oferece através do seu produto.

4.1.2 Marcas fast-fashion

A primeira marca selecionada para análise é a Marisa uma fast-fashion voltada para o público feminino. Inicialmente vamos focar na oferta de tamanhos que a marca apresenta e a facilidade de acesso ao produto que é o sutiã. Apresenta bastante opções de tamanhos começando do (P,M,G,GG,EG) e pela numeração básica do sutiã que é feita por numeração, variando do tamanho 40 ao 54 segundo é mostrado no site da marca. Porém quando fui analisar pelos modelos de sutiãs abaixo mostrados na interface da loja online da marca, nem todos os modelos ofereciam a proposta de tamanho da grade que aparece somente do tamanho 40 ao 46. Existe facilidade de acesso ao procurar o produto, porém como foi descrito acima dentro da problemática do objeto de estudo, apesar de apresentar os tamanhos durante a pesquisa, na hora de comprar nem todos são oferecidos na mesma quantidade e modelos.

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Figura 12 Interface da Loja Online da marca Marisa

Os dados da tabela so aparecem dentro do modelo selecionado ou seja so reafirma o que eu disse anteriormente. Logo abaixo está inclusa a tabela de medidas com o modelo de exemplo que foi selecionado e retirado diretamente do site da marca.

Figura 13 Print screen Interface da Loja Online da marca Marisa Acesso em: 1 junho de 2020 às 11h48

Possui uma falta de acesso na questão de tamanhos, os modelos são oferecidos na grade convencional básica o valor das peças varia entre 29 á 79 reais dependendo do modelo escolhido.

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A próxima marca escolhida como objeto de pesquisa é a Renner uma fast-fashion de moda feminina, masculina e infantil que atende a diversos estilos.

Observando dentro do segmento de moda íntima feminina, no sutiã os tamanhos oferecidos pela marca são a partir da numeração básica (P,M,G,GG,EG) e a numeração convencional do sutiã fica disponível a partir do tamanho 40 ao 52. Na interface do site da marca é de fácil acesso aos produtos disponíveis, tamanhos e modelos ofertados, no final da página aparece mais informações sobre as peças de moda íntima. Entretanto é encontrado o mesmo problema da marca anterior não aparece com facilidade a grade da tabela de medidas na página central, na categoria de moda íntima somente a partir de um modelo selecionado.

Abaixo temos um exemplo a partir do modelo selecionado:

Figura 14 Print screen da grade de tamanhos de moda íntima da loja online da Renner. Acesso em: 1 junho de 2020

O valor das peças varia entre 35 a 79 reais, no parâmetro geral a Renner disponibiliza mais tamanhos compatíveis com a sua grade atual do que a marca anterior.

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Opinião formal sobre a análise realizada das marcas dentro da categoria fast-fashion é a questão do acesso ao produto que contribui de forma significativa

para a problemática da pesquisa, existe opções de tamanhos mais não é distribuído da mesma forma em todos os modelos. As grandes marcas são acessíveis pelos custos de uma peça fast-fashion porém a preocupação com usuário é deixada um pouco de lado pois conforme vimos dentro das duas marcas é oferecido uma grade de tamanho extensa, porém na hora de encontrar o produto conforme o modelo escolhido nem sempre é encontrado no tamanho que a grade das mesmas se propõem a entregar ao consumidor.

Existem também os problemas atrelados a modelagem, de causar desconforto, ficar larga no busto e nas costas muito apertado entre outros problemas. Compreendendo que não é possível suprir a demanda de todos os públicos mais da acesso a eles é necessário e também reconhecer a falha, não supre as necessidades da grande maioria, ou seja a problemática deve ser discutida pelas grandes marcas ligeiramente, afinal hoje elas ainda alcançam uma grande parcela de pessoas por ser um produto com um custo mais acessível. Merece um estudo mais aprofundado, a grade deve ser repensada e encontrar uma solução mais adequada para atender as consumidoras para que elas não procurem somente pelo custo mas sim pela qualidade.

4.1.3 Marcas específicas

A primeira marca selecionada na categoria de marcas específicas de lingerie é a Intimissimi uma marca italiana especializada em moda íntima. Ao analisar o site para pesquisa pude notar a facilidade de acesso aos produtos, que também possui mais opções de tamanhos e taças para o sutiã se encaixar melhor ao corpo.

Podemos visualizar a interface do site aonde mostra os modelos de sutiã que são oferecidos pela marca, clicando na seção dos sutiãs no final do site aparece os dados da tabela de medidas.

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Figura 15 Print screen da interface do site da marca Intimissimi.

Figura 16 Grade de tamanhos oferecida no site da marca Intimissimi. Acesso em: 24 de maio de 2020

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grade base do sutia havendo opção de poder escolher e variar o tamanho da taça conforme a necessidade e adaptação ao corpo da consumidora. O tamanho da taça fica disponível a partir da letra A até o E, a imagem acima mostra os dados que foram printados da interface do site da marca. Por exemplo a cliente pode usar tamanho 42 do sutiã nas costas e a taça ser do tamanho médio C, a escolha é feita a partir da medida das costas e busto para obter um tamanho correto da taça.

Figura 17 Interface do site da marca Intimissi mostrando a oferta de modelos oferecidos.

Apresenta-se uma solução em forma de estratégia diretamente ligada a modelagem para que ela melhor se adapte ao corpo, muitas vezes as costas do sutiã ficam muito largas mais a taça não se encaixa bem e vice versa, através da proposta que a marca oferece existe uma chance menor de comprar o sutiã errado no sentido da modelagem ficar despro porcional ao corpo. Dentro site existe a página que mostrei na imagem acima, que auxilia na hora de encontrar o sutiã ensinando como tirar as medidas corretas para encontrar o sutiã certo e explica também sobre cada modelo de sutiã, os valores são a partir de 89 a 250 reais.

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A próxima análise é a da marca de lingerie artesanal Pro Me ela é feita exclusivamente por uma mulher que se chama Morgana a dona da marca, ela quem produz as peças e faz todo o processo acontecer, é uma marca que presa pelo conforto na descrição é muito intrínseco isto. A tabela de medidas é encontrada logo de cara no site em uma aba somente para ela, é visível notar que o processo demanda mais tempo pois é artesanal existe um prazo para a produção até a entrega da peça, a grade de tamanhos começa a partir do tamanho PP e vai até o 4G podendo ter a opção de escolher a partir dos modelos disponibilizados no site e pedir sobmedida. O valor de cada peça varia entre 79 a 89 reais.

Figura 18 Interface da página inicial da loja online da marca Pro Me.

Figura 19 Grade de tamanhos oferecida pela marca Pro Me. Acesso em: 3 de junho de 2020

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A marca além de ser autoral e artesanal já é sustentável pela produção ser feita em pequena escala e por conter a escolha de poder pedir sobmedida se não se sente incluida nos tamanhos que está disponibilizado no site, trazendo acessibilidade visibilidade a pluridade dos corpos femininos que é tão importante.

Achei super válido trazer como objeto de estudo para contribuir com a pesquisa este case, é o exemplo de uma marca artesanal e autoral que visa o que já era pra estar inserido dentro do pensamento das grandes marcas dar acesso e oferecer produtos de forma genuína, é tão importante trazer novos tamanhos possibilidades e acesso ao consumidor.

A última marca selecionada foi a Loungerie que oferece a proposta do sutiã perfeito possui modelos com tamanhos diferenciados de taça e torax. Conforme a descrição feita pela marca as medidas vão a partir do tamanho 40 ao 52 e o tamanho da taça vai da letra A até a letra E. Os dados da análise foram retirados do site da marca a seguir a interface do site contendo mais informações sobre a marca e a proposta do sutiã perfeito.

Figura 20 Print da interface do site da Loungerie. Acesso em: 3 de junho de 2020.

A marca explica sobre cada modelo de sutiã dísponivel por exemplo a diferença entre o sutiã de bojo e sem também como ter o sutiã certo traz diferença para a possível consumidora, eles ensinam dentro do próprio site como se medir para encontrar o tamanho certo dentro do próprio site mesmo.

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O valor aproximado de cada peça é a partir de 99 a 279 reais, no print a seguir da interface do site contém os tipos de modelo de sutiã e características que a marca oferece.

Figura 21 Interface do site da loungerie com os modelos oferecidos pela marca e a proposta em relação ao sutiã perfeito.

A marca só oferece as informações sobre a tabela de medidas a partir de um modelo selecionado. Logo abaixo tem um modelo que eu selecionei no site para exemplificar:

Figura 22 Grade de tamanhos oferecido pela marca Loungerie a partir de um modelo selecionado. Acesso em: 3 de junho de 2020

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No exemplo abaixo consta que a numeração vai até o tamanho 54F entretanto no site quando é selecionado a partir da categoria de tamanhos é apresentado somente até o tamanho 52.

Figura 23 Modelo selecionado para análise da oferta de tamanhos.

Ao fazer a análise destas categorias pude notar que o diferencial fica destacado nas marcas específicas que oferecem uma roupa mais adequada ao corpo da consumidora. Enquanto o sistema fast-fashion mesmo possuindo uma grade de tamanho considerável não abrange tantas pessoas, pois não apresenta o mesmo tamanho que diz oferecer em todos os modelos e biótipos como o tamanho do sutiã é unificado sem divisão do tamanho da taça comparada as costas que pode ser diferente, a modelagem deixa a desejar não se adaptando a maioria do público que não encaixa no que foi pré-estabelecido na tabela de medidas. Dentro da fast-fashion contém o aspecto positivo de alcançar mais pessoas pelo custo da peça que é mais em conta de quando se trata das marcas específicas de lingerie. A partir desta análise ficou ainda mais perceptível a atenção das marcas específicas em relação a pensar na qualidade, conforto para que a modelagem se encaixe melhor ao corpo da cliente.

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Existe uma oferta maior sim em relação aos tamanhos, pois entre eles é existente uma diferença de busto e torax na hora de escolher o sutiã, apresentando mais acessibilidade quando se trata de ofertar um bom produto que atenda as necessidades de cada cliente pela qualidade e adequação a peça. O custo é mais elevado que do sistema fast-fashion na maioria das vezes, deixando que o cliente que não tem como pagar o custo de uma peça que foi pensada para encaixar melhor ao corpo, se adapte a peça que possui um custo mais em conta, oferecida dentro do sistema fast-fashion. 4.2 Pesquisa de público alvo

Em 2018 durante a primeira fase do projeto de pesquisa foi realizado um questionário em formato de formulário do google para descobrir mais sobre o público alvo que está inserido na problemática da presente pesquisa, mulheres que não se encaixam bem ao formato do sutiã atual fazendo o questionamento se como eu, elas também sofriam destes mesmos problemas na hora de encontrar um bom sutiã.

A pesquisa foi feita a partir de um formulário do google postado em um grupo do facebook chamado Papo de Autoestima coloquei o formulário em formato de post pedindo para que as outras participantes me ajudassem respodendo a pesquisa, pois ajudaria no projeto a compreender sobre a problemática do sutiã, as perguntas contidas no questionário podem ser encontradas em apêndice I.

No questionário perguntei somente em qual faixa etária a participante da pesquisa

estava inserida junto de outras perguntas em forma descritiva e de múltipla escolha, no gráfico abaixo cerca de 57,5% do público que participaram da pesquisa são

mulheres entre 21 a 30 anos, outro dado maior comparado ao anterior é do público acima de 30 anos com 24,7% das participantes ativas na pesquisa contendo também o público de 15,4% das mulheres entre 18 a 20 anos.

Figura 24 Fonte autoria própria

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Foi perguntado as participantes no formulário se elas possuíam alguma dificuldade na hora de encontrar o sutiã caso tivesse algum problema pedi para descrevê-los em texto. Retirei alguma das respostas que obtive através das mulheres que participaram da pesquisa de público para o projeto, que responderam a pergunta relatando os problemas que encontravam ao comprar sutiã.

Figura 25 Fonte autoria própria

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Figura 27 Fonte: Fonte autoria própria

São apenas algumas respostas entre tantas outras, a maioria das mulhees relata praticamente os mesmos problemas que são: o tamanho, falta de opções, preço

e a questão da falta de acesso aos tamanhos maiores. Em outra pergunta questionei se sentiam algum desconforto ao usar o sutiã, apresentei exemplos dos problemas que acontecem quando faço uso do sutiã, pedindo novamente para relatar em texto caso tivesse algum dos problemas em que eu citei ou de outros tipos. Abaixo contém relatos do que foi descrito por algumas das participantes.

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Figura 29 Fonte: Fonte autoria própria

Em seguida perguntei se gostariam que tivessem mais variações de tamanhos do que já existe atualmente no mercado, quis saber também qual o tamanho que usavam de sutiã e aonde que elas compravam as peças, se procuravam por lojas específicas ou compravam somente nas lojas de departamento as fast-fashions.

A primeira pergunta sobre as variações de tamanhos no gráfico a seguir contém os dados, cerca de 89,2% das mulheres que participaram, afirmam que gostaria que tivesse mais tamanhos disponíveis do que já tem atualmente no mercado, ou seja a maioria das mulheres ainda se encontra insastifeita na hora de achar um sutiã adequado.

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48 Perguntando sobre aonde que elas encontravam o sutiã para comprar a maioria ficou entre lojas especializadas de lingerie e as fast-fashions, algumas mencionaram os

nomes das marcas que adquirem os sutiãs partindo das marcas que elas mencionaram no questionário selecionei para análise que foi feita anteriormente nesta

pesquisa. Selecionei alguma das principais respostas que relatam sobre onde adquirem as peças de lingerie.

Figura 31 Fonte: Fonte autoria própria

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públicos que houvesse praticidade, beleza e o conforto em conjunto inseridos nas peças de lingerie. A maioria das participantes afirmaram em cerca 97,3% que gostariam de ter uma marca que atendesse a estes requisitos citados acima. Para finalizar os dados da pesquisa, abaixo contém o gráfico que mostra as respostas da última pergunta.

Figura 33 Fonte autoria própria

Lemos (2019) As roupas devem ser feitas pensadas para as mulheres atribuindo funcionalidade ampliando a oferta de tamanhos, para que as marcas lembrem que existe uma diversidade enorme entre as mulheres as baixinhas, gordas, altas, magras entre outras, todas as possibilidades devem ser consideras para fazer uma reforma na moda é preciso mudar a forma de como é pensada, criada e produzida. Através desta pesquisa de público foi possível obter os dados através 259 respostas das mulheres participantes que contribuiram para este trabalho, relatando os problemas que sofrem com o sutiã e com a falta de opção que o mercado vem apresentando.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da pesquisa foi possível observar as diferenças entre um setor que propaga a moda rápida e o outro que valoriza os processos como a forma de consumo feita de maneira mais lenta e durável. Com análise das marcas foi possivel afirmar que é preciso reavaliar a proposta de tamanhos e oferecer mais informações sobre o produto desde do estágio inicial, as marcas especificas agregam mais valor com um diferencial de trazer boa modelagem, qualidade nas peças que foram pensadas no bem estar do usuário mas ainda sim não alcança a todos o públicos pelo custo mais elevado do que

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as marcas de departamento a pesquisa de público que foi realizada em 2018 conseguiu mostrar as brechas onde o setor deixa a desejar na moda íntima. Este trabalho teve com objetivo compreender a história do sutiã os acontecimentos antigos até os dias atuais, como ele se tornou uma peça atrelada ao nosso cotidiano, a forma de como entregar um bom produto entendo mais sobre as questôes que o permeiam como a falta de opções de tamanhos coerente no sutiã para atender as necessidades das mulheres.

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REFERÊNCIAS

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Acesso em 25 de março de 2020.

GELLACIC, Gisele Bischoff. Uma breve história daquilo que não se vê: As lingeries

e as funções sociais femininas. Disponível em http://www.fg2013.wwc2017.eventos.dy

pe.com.br/resources/anais/20/1380742751_ARQUIVO_UMA_BREVE_HISTORIA_DA QUILO_QUE_NAO_SE_VE.pdf

Acesso em: 25 de março de 2020.

GUIMARÃES, Eder Fernandes. Desafios do ensino superior na graduação em tecnologias de produção de vestuário: Uma padronização na tabela de medidas.

Disponível em http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/R200849.pdf

Acesso em dia 25 de março de 2020.

IIDA, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. 2ª edição São Paulo: Editora Edgar Blucher, 2005.

JÚNIOR, Ismael F. Freitas. Padronização de medidas antropométricas e avaliação

da composição corporal. São Paulo: CREF4,2018.

LEMOS, Carla. Use a moda a seu favor. 1ª edição Rio de Janeiro: Galera Record,

2019.

MORI, Natália Tinoco. Slow Fashion: conscientização do consumo de moda no Brasil. Disponível em http://www2.eca.usp.br/moda/monografias/NATALIA%20MORI-USP.pdf

Acesso em 25 de março de 2020.

Site: Revista Runway Magazine. O primeiro sutiã na história de Herminie Cadolle 1898. Disponível em https://runwaymagazines.com/the-first-bra-in-history-of-herminie-cadolle-1898/

Acesso em 16 de julho de 2020. Figura 1. Site: Google Arts & Culture. Le soutien-gorge

Disponível em

https://artsandculture.google.com/asset/le-soutien-gorge- eug%C3%A9nie-herminie-cadolle-n%C3%A9e-sardon-brevet-d-invention-

d%C3%A9pos%C3%A9-le-16-07-1898-pour-un-corselet-gorge-1bb279823/7AH_JotbQ6fXuQ

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Site: Revista Claudia. Veja como o sutiã evoluiu através das décadas.

Disponível em

https://claudia.abril.com.br/moda/veja-como-o-sutia-evoluiu-atraves-das-decadas/

Acesso em 16 de julho de 2020. Figura 3,5, 6. Site: Origem das coisas. A origem do soutien.

Disponível em https://origemdascoisas.com/a-origem-do-soutien/

Acesso em 16 de julho de 2020. Figura 4.

Site: Museu do MET. Sutiã final da década de 1940.

Disponível em https://www.metmuseum.org/art/collection/search/83272?searchField=A

ll&sortBy=Relevance&what=Brassieres&ft=*&offset=20&rpp= 20&pos=27

Acesso em 16 de julho de 2020. Figura 7.

Site: Revista Cosmopolitan . 43 fotos mais glamourosas de Marilyn Monroe.

Disponível em

https://www.cosmopolitan.com/style-beauty/beauty/g5753/marilyn-monroe-most-glamorous-pictures/?slide=1

Acesso 16 de julho de 2020. Figura 8.

Site: Jetss. “Like a Virgin” da Madonna completa 35 anos; relembre

Disponível em https://br.jetss.com/entretenimento/musica/2019/11/like-a-virgin-da-madonna-completa-35-anos-relembre/

Acesso em 16 de julho de 2020. Figura 9.

Site: Revista Vogue. The Story Behind Madonna’s Iconic Jean Paul Gaultier Cone

Bra. Disponível em https://www.vogue.com/article/madonna-blonde-ambition-jean-paul-gaultier-cone-bra

Acesso em 16 de julho de 2020. Figura 10.

Site: Audaces. Padrão para roupas femininas: veja a tabela de medidas da ABNT.

Disponível em

https://www.audaces.com/padrao-de-roupas-femininas-tabela-de-medidas-abnt/

Acesso em 12 de julho de 2020. Figura 11.

PEREIRA, Dilara Rubia; NOGUEIRA, Márcia Ferreira. Moda sob medida uma perspectiva do slow fashion. Disponível em http://www.coloquiomoda.com.br/anais/C

oloquio%20de%20Moda%20-%202013/COMUNICACAO-ORAL/EIXO-1- DESIGN_COMUNICACAO-ORAL/Moda-sob-medida-uma-perspectiva-do-slow-fashion.pdf

Acesso em 25 de março de 2020.

ZANETTI, Bruna Dezan. Aspectos que envolvem a concepção de um olhar ergonômico no vestuário. Disponível em https://www.faesa.br/revistas/revistas/2008/ 2008_artigo2.pdf

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APÊNDICE I – Transcrição das perguntas feitas no questionário sobre o público alvo

O questionário foi feito para coletar dados sobre o público alvo que estava inserido dentro dos problemas mencionados nesta presente pesquisa relacionado ao sutiã.

1. Qual é a sua idade?

( ) Menor que 18 anos ( ) Entre 18 a 20 anos ( ) Entre 21 a 30 anos ( ) Acima de 30

2. Na hora de comprar peças íntimas (SUTIÃS), tem alguma dificuldade em encontrar o que procura, se sim qual?

Resposta descritiva: _________________________________________

3. Você sente algum desconforto em usar sutiãs? Por exemplo: problema na taça que fica pequena ou muito grande, nas costas fica muito apertado ou largo e as alças realmente sustentam?

Resposta descritiva: _________________________________________

4. Gostaria que tivesse mais variações de tamanhos do que no mercado atual?

( ) SIM ( ) NÃO

5. Qual é o tamanho que você usa?

(55)

6. Normalmente você compra em Fast-Fashion - Lojas de departamento ou em lojas específicas ?

Resposta descritiva: _________________________________________

7. Gostaria que tivesse uma marca que crie uma solução que atenda a todos os tipos de públicos, com as suas variações de tamanho e alie beleza e conforto junto da praticidade?

( ) SIM ( ) NÃO

Referências

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