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C O N V E R S A S D E F I M D E T A R D E

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(1)

C O N V E R S A S D E F I M D E T A R D E 2 0 1 4

GESTÃO INTERMÉDIA DOS HOSPITAIS

ESTRATÉGIA, ESTRUTURA E AVALIAÇÃO:

A CRIAÇÃO DE VALOR ÉTICO EM SAÚDE NOS

HOSPITAIS PORTUGUESES

(2)

A QUESTÃO DO ALINHAMENTO ENTRE A

ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR E OS

(3)

Novas estratégias de alinhamento Estratégias de alinhamento tradicionais

Mudança do foco das organizações do

volume para o valor (Sowers, Newman e Langdon, 2013; Leaver, 2013; Molden, Brown e Griffith, 2013)

DO VOLUME

PARA O

VALOR

Exigência de lideranças focalizadas na definição de parâmetros de desempenho

Sowers, Newman e Langdon, 2013

Promoção do aumento do volume dos cuidados e da utilização da tecnologia mais dispendiosa

Modelo de autonomização reforçada por um modelo de pagamento que ignorava

a interdependência entre as acções do médico e dos hospitais e os custos em

(4)

Económico-financeiros: a

redução do

financiamento e a

oportunidade de

melhorar a qualidade,

diminuir os custos e

aumentar a eficiência

(Sowers, Newman e

Langdon, 2013)

Culturais: cada vez maior

colaboração entre

médicos e hospitais

(Page, Butler e Bozic,

2013)

Factores

OS NOVOS MODELOS DE

(5)

Divergência de

objectivos entre os

médicos e os hospitais

Principal

obstáculo

OS NOVOS MODELOS DE “ALINHAMENTO”

Incentivo a:

Prestar os

melhores

cuidados a

cada doente

em particular

Realizar mais

procediment

os

Aplicar a

mais recente

tecnologia

Pressão a:

Normalizar os

processos de

cuidar

Utilizar os

dispositivos

menos

dispendiosos

Os

médi

cos

O hospi

tal

(6)

A INTEGRAÇÃO CLÍNICA

ENQUANTO FINALIDADE DE UM ALINHAMENTO TRANSFORMACIONAL

Missão,

visão e

estratégias

Médicos

Organização

Sowers, Newman e Langdon, 2013

Melhorar o

desempenho

da

organização

Foco numa nova governança

organizacional e em modelos estruturais que suportem a integração clínica no

âmbito da organização de saúde

Capacidade de partilha e convergência

A integração dos médicos e hospitais tem a capacidade de criar valor acrescido para os doentes e para os prestadores, pelo que continua a desempenhar um importante papel na transformação do modelo de cuidados

(7)

A INTEGRAÇÃO CLÍNICA

FACTOR DE SUCESSO

Definição prévia

de objectivos

Coincidentes com a estratégia da organização Vão de encontro às necessidades dos profissionais

Facilita a medição do desempenho

Satiani e Vaccaro, 2010

Define a relação entre as partes

(8)

Estado de preparação da

cultura organizacional -

Sowers, Newman e Langdon (2013), Molden, Brown e

Griffith, (2013)

Confiança - Sowers, Newman

e Langdon (2013)

Existência de catalisadores da

mudança - Sowers, Newman e

Langdon (2013)

Alinhamento das lideranças -

MacNulty e Kennedy (2008), Sowers, Newman e Langdon (2013), Page, Butler e Bozic (2013), Olson e Obremskey (2013)

Estratégias

OS NOVOS MODELOS DE “ALINHAMENTO”

(9)

A QUESTÃO DA CONVERGÊNCIA DE

INTERESSES ENTRE OS MÉDICOS E O

HOSPITAL

(10)

N A C O N V E R G Ê N C I A D E I N T E R E S S E S E N T R E O S M É D I C O S E O H O S P I T A L

QUESTÃO CENTRAL

Alinhamento sem prejuízo da autonomia dos médicos

Geisinger, um sistema de saúde nos EUA, tem procurado fazer

coincidir o comportamento dos médicos (cirurgiões) com o que é considerado mais benéfico para o sistema e não para

o indivíduo. Contudo, e ainda que aparente trazer maior

estabilidade, resultados mais consistentes e permita que o sistema se mantenha adaptável à mudança, trata-se de uma abordagem que coloca pressão sobre os prestadores no

sentido de se alinharem com o sistema, com prejuízo da sua autonomia.

(11)

E A C O N V E R G Ê N C I A D E I N T E R E S S E S E N T R E O S M É D I C O S E O H O S P I T A L

O MODELO “EMPREGADOR”

Modelo empr

ega

dor

Continua a ser efectivo na redução de

custos e na melhoria dos cuidados prestados

Desde que evitem “erros do passado”:

Envolvendo os médicos e

Oferecendo-lhes espaço para liderarem,

Partilhando as boas práticas ou

Permitindo que os médicos contribuam para a definição da estratégia do sistema de saúde

(12)

Q U E R E S P E I T E A I N D A A M I S S Ã O D A O R G A N I Z A Ç Ã O

O PONTO DE ENCONTRO DOS INTERESSES DAS PARTES

Alinhar o que

move os

médicos e o

que move os

hospitais

Organização

Profissionais

de saúde

(13)

Q U E R E S P E I T E A I N D A A M I S S Ã O D A O R G A N I Z A Ç Ã O

O PONTO DE ENCONTRO DOS INTERESSES DAS PARTES

Entendimento

na diferença

Valor

Esta divergência pode estar relacionada com o

entendimento sobre a forma como é criado

valor no processo de prestação de cuidados

Olson e Obremskey, 2013 O verdadeiro obstáculo (desafio) consiste em trabalhar as diferenças

(14)

Q U E R E S P E I T E A I N D A A M I S S Ã O D A O R G A N I Z A Ç Ã O

O PONTO DE ENCONTRO DOS INTERESSES DAS PARTES

Nenhuma estratégia eliminará por completo as

diferenças entre os médicos e os hospitais.

Importa, antes, que possa atenuá-las.

(15)

D E I N T E R E S S E S E N T R E O S M É D I C O S E O H O S P I T A L

FACTORES DE ALINHAMENTO

Uma das principais lições do percurso de

integração entre médicos e hospitais

desde os anos 90 é a necessidade de

existir uma

estrutura governativa

efectiva,

que facilite o envolvimento

contínuo dos médicos nos processos

de tomada de decisão

(16)

DIMENSÕES INTERDEPENDENTES NO

ALINHAMENTO ENTRE A ORGANIZAÇÃO

(17)

DIMENSÕES INTERDEPENDENTES NO ALINHAMENTO

ESTUDO DE ABERNETHY E LILLIS, 2001

Avaliação

Estrutura

Estratégia

Abernethy e Lillis, 2001

De que modo as opções estratégicas influenciam os

ajustamentos realizados na estrutura e nos sistemas de

avaliação do desempenho?

(18)

DIMENSÕES INTERDEPENDENTES NO ALINHAMENTO

ESTUDO DE ABERNETHY E LILLIS, 2001

Obj

ecto

de

es

tud

o

Estudo de

hospitais

sujeitos a

reformas

com base

em princípios

de mercado

(autónomos,

financiados

por GDH e

sujeitos a

P4P)

Final

idade

1

Desenvolvimen

to de um

modelo e o

estudo

empírico das

interdependên

cias entre

estratégia,

estruturas de

gestão interna

e os sistemas

de medição

do

desempenho

Final

idade

2

E dos

benefícios

sinérgicos da

complemen-taridade

entre a

estratégia e

opções

particulares

quanto à

configuração

da

organização

(19)

DIMENSÕES INTERDEPENDENTES NO ALINHAMENTO

ESTUDO DE ABERNETHY E LILLIS, 2001

Que

stões

pr

ese

ntes

no

estudo

(1) se a escolha da estratégia influencia o

grau de autonomia atribuído às unidades;

(2) de que modo a organização assegura

que as suas unidades autónomas são

responsabilizadas pelas suas decisões e

(3) quais as consequências destas

adaptações nos ganhos organizacionais

Em síntese, as autoras questionam: se as opções estratégicas influenciam a necessidade de adaptações à estrutura interna,

de que forma isto se manifesta nos sistemas de medição do desempenho e quais são as consequências?

(20)

DIMENSÕES INTERDEPENDENTES NO ALINHAMENTO

ESTUDO DE ABERNETHY E LILLIS, 2001

Sistemas de avaliação do desempenho, que reflictam o âmbito da autoridade delegada e envolvam elementos financeiros Estruturas de gestão interna intermédia dotadas de autonomia (variável de mediação) Inovação dos serviços, como prioridade estratégica Avaliação Estrutura Estratégia Abernethy e Lillis, 2001 Dimensões consideradas determinantes de um

adequado alinhamento entre a organização hospitalar e os

profissionais de saúde

A estrutura “certa” tem implicações importantes na configuração dos sistemas de medição do desempenho

INTER

DEPE

NDEN

(21)

DIMENSÕES INTERDEPENDENTES NO ALINHAMENTO

ESTUDO DE ABERNETHY E LILLIS, 2001

Avaliação Estrutura

Estratégia

Abernethy e Lillis, 2001

As opções estratégicas têm uma influência directa sobre a decisão de gestão (de topo)

na concessão de autonomia a níveis inferiores (intermédios) de gestão e esta

decisão, por sua vez, influencia a importância atribuída a sistemas de medição do desempenho, que reflictam o

âmbito da autoridade delegada.

Nem a estratégia para a inovação dos serviços, nem a constituição de unidades autónomas garantirão isoladamente a criação de valor

(22)

Estratégia

Estrutura

Avaliação

Melhor desempenho

Abernethy e Lillis, 2001

Parecem existir

interdependências

significativas entre

estas três dimensões

e que, quando

cada uma destas

componentes da

organização se

complementa,

verificam-se

melhorias no

desempenho.

DIMENSÕES INTERDEPENDENTES NO ALINHAMENTO

(23)

DIMENSÕES INTERDEPENDENTES NO ALINHAMENTO

A QUESTÃO DAS AUTONOMIAS

Autonomia

Dimensão a que os médicos mais dão valor

Satiani e Vaccaro, 2010 (num estudo sobre a Kaiser Permanente)

As autonomias são mais efectivas quando

são implementados mecanismos de prestação de contas apropriados

Abernethy e Lillis, 2001

Não existe um modelo ideal ou que sirva a todos, dependendo, entre outros factores, da confiança

entre as partes e do compromisso da administração

(24)

DIMENSÕES INTERDEPENDENTES NO ALINHAMENTO

A QUESTÃO DA EFICIÊNCIA E DA EFECTIVIDADE NOS SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO

Eficiência e efectividade

Enquanto a medição do desempenho focalizada na gestão dos recursos influencia a eficiência e os

resultados financeiros, a utilização de critérios focalizados em dimensões do desempenho não financeiras têm um efeito positivo na efectividade O que influencia positivamente o cumprimento de metas de efectividade é a utilização de medidas de

desempenho “qualitativas”, o que inclui resultados na

qualidade relacionados com os cuidados prestados ao doente, a formação e a investigação

As duas dimensões são vistas, assim, como sendo mutuamente motivadoras

(25)

DIMENSÕES INTERDEPENDENTES NO ALINHAMENTO

ESTUDO DE ABERNETHY E LILLIS, 2001

A sustentabilidade organizacional está

dependente de um perfeito “encaixe” entre a

estratégia, a estrutura e os processos de gestão,

presentes numa organização, sendo que

organizações menos bem sucedidas

demonstram habitualmente um encaixe frágil.

(26)

APROFUNDAMENTO DO MODELO

(27)

A O R G A N I Z A Ç Ã O E M U N I D A D E S A U T Ó N O M A S

NOVO ESTUDO: APROFUNDAMENTO DO MODELO

Apenas foi considerada a autonomia dos indivíduos

Que consequências na concepção dos sistemas de

medição do desempenho, quando os profissionais

atuam em equipas e no âmbito de unidades

descentralizadas ou quando as organizações são

reconfiguradas como redes em que cada nó

funciona como uma unidade completamente

(28)

Vectores

em análise

(1) estratégia baseada na

inovação

(2) estruturas intermédias

autónomas

(3) sistemas de medição do

desempenho com

consequências

(4) contratualização interna

formalizada

(5) criação de valor ético

em saúde

Modelo

conceptual

de análise

(29)

Modelo

conceptual

de análise

NOVO ESTUDO

(4) contratualização

interna formalizada

baseado num modelo

organizacional assente

em unidades dotadas

de autonomia

(30)

Evolução do modelo burocrático de gestão

tradicional para um modelo de serviço de saúde focado na liderança,

por via da integração dos diferentes atores,

com vista à coordenação de uma prestação eficiente de cuidados de saúde de

qualidade

e eliminando, dessa forma, as barreiras entre os diferentes profissionais. Conceptualização A CONTRATUALIZAÇÃO INTERNA ENQUANTO CONSTRUCTO DE ALINHAMENTO

(31)

Consiste em transpor

para o interior da

organização e

desagregar pelos

diferentes níveis de

gestão os objectivos

assumidos

externamente,

assente num

exercício dinâmico

(anterior e posterior)

e interdependente

de alinhamento.

Finalidade

A CONTRATUALIZAÇÃO INTERNA

(32)

Objectivos

A CONTRATUALIZAÇÃO INTERNA

Promover

responsabilização e

prestação de contas

descentralização

transparência

focalização nos

resultados

eficiência

planeamento e

acompanhamento

(33)

O ambiente de permanente

mudança em que

actualmente vivemos exige a

definição de novas

estratégias e de novos

modelos para um maior

alinhamento que melhorem

a qualidade, a segurança e

o desempenho global do

hospital

Sowers, Newman e Langdon, 2013

Novas parcerias

CONSTRUCTOS

DE

ALINHAMENTO

Novas parcerias dentro das organizações, assentes em lideranças

Que explorem novas

oportunidades e estruturas

organizacionais, ultrapassando

as disfuncionalidades

associadas às estruturas

hospitalares tradicionais

(34)

As estratégias de

alinhamento entre os

médicos e os hospitais

são determinantes da

criação de valor

Ranawal et al., 2009; Thomas, 2009; Harbeck, 2011; Payton, 2012; Olson e Obremskey, 2013; Page, Butler e Bozic, 2013

A criação

de valor

CONSTRUCTOS

DE

ALINHAMENTO

Criar evidência

(35)

Modelo

conceptual

de análise

NOVO ESTUDO

(5) criação de valor

ético em saúde

que ultrapassa os

ganhos organizacionais

(saúde e eficiência),

resultantes da

interdependência dos

quatro vectores

(36)

E A C R I A Ç Ã O D E V A L O R É T I C O E M S A Ú D E

A CONTRATUALIZAÇÃO

Culturalização da saúde Conhecimento Literacia Empoderamento do cidadão Financiamento justo Equidade inter-geracional Contenção de custos

Flexibilidade, transparência, priorização Avaliação

Decisão partilhada Responsabilização

(37)

E A C R I A Ç Ã O D E V A L O R É T I C O E M S A Ú D E

A CONTRATUALIZAÇÃO

A contratualização pode servir de instrumento de mudança na configuração das organizações de saúde, chamadas a prestar

cuidados de elevada qualidade, assentes na eficiência e na sustentabilidade, incorporando, porém, agora, valores éticos no

desempenho esperado

Desempenho

que incorpore

a eficiência, a

efectividade e

a ética

Desenvolvi-mento e

moderniza-ção do SNS

Criação de

valor ético em

saúde

Referências

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