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CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS A CERCA DO NEUROPEPTIDEO Y

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Academic year: 2021

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CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS A CERCA DO NEUROPEPTIDEO Y

CASINI, J. V. M.; SANCHES, T. B.; SILVA, V. L, J. V. F.; SANTOS, A. A. T. RESUMO

Com a elaboração desta revisão bibliográfica buscamos trabalhar o neuropeptideo Y de uma maneira interdisciplinar, tendo em vista que muitas são suas colaborações em diversos sistemas fisiológicos e realizar um estudo sobre as principais funções, localidades e receptores de tal substância. Focamos, principalmente, no papel que o NPY exerce na ingestão alimentar onde é apresentado como o principal estimulador da ingestão alimentar e do controle energético. E ainda relacionamos este a psiquiatria.

Palavras-chave: neuropeptídio Y, ingestão alimentar, receptor Y5. ABSTRACT

With the drafting of this bibliographic review nicer working the neuropeptide Y of an interdisciplinary way, having in view that many are his collaborations in various physiological systems and carry out a study on the main functions, localities and receivers of such substance. We focused mainly on the role which the NPY exerts in food intake where it is presented as the main stimulator of food intake and energy control. AND yet we relate this to psychiatry.

Abstract: Neuropeptide Y, food intake, Y5 receptor. INTRODUÇÃO

O alvo principal de nosso estudo é o Neuropeptídio Y (NPY) que Gehlert (1999) relata que o NPY, formado por 36 aminoácidos, junto com o polipeptídio pancreático (PP) e com o peptidio YY (PYY), faz parte da família dos neurotransmissores peptídios endócrinos. Os créditos de descobridores do NPY é dado a Tatemoto e Mutt que realizaram tal achado em amostras de cérebros suínos. Essa substância se apresenta armazenada em vesículas sinápticas e é abundantemente encontrada em diversas regiões do cérebro (córtex cerebral, hipocampo, tálamo, hipotálamo e tronco cerebral) principalmente no núcleo arqueado onde ocorre em emaranhados, nos neurônios centrais e periféricos, no sistema entérico, cardíaco, límbico etc. Tais localizações conferem múltiplas funções ao NPY em vários “sistemas” como somático, sensorial e cognitivo. Estudos apontam cinco receptores para o NPY, sendo estes membros da família dos receptores que se apresentam acoplados a proteína G.

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Tendo como ponto de partida o que Sanglard e Tavares (1998, p. 441-4) apontam: “O mais abundante dos peptídeos neurotransmissores no encéfalo dos mamíferos, o neuropeptídio Y, apresenta poderosos e variados efeitos centrais e periféricos”, o seguinte trabalho agrupará os principais estudos realizados que tratam das variadas funções do Neuropeptídio Y. Tendo em vista que as maiorias das literaturas encontradas são especificas a uma ou duas áreas relacionadas ao tema e que grandes são suas contribuições em diversas áreas fisiológicas, onde umas das principais e mais encontrada em pesquisas é da ingestão alimentar que segundo diversos autores possui um importante papel na regulação, pensou-se no presente estudo.

O presente trabalho objetivou principalmente realizar revisão bibliográfica, a partir de estudos que apresentam em sua literatura fragmentos relacionados ao Neuropeptídio Y, buscando diversas relações do tema a diferentes áreas da fisiologia, para assim realizar um estudo de forma interdisciplinar, enfocando, sobretudo, no seu papel no controle da ingestão alimentar, com isso se objetivou especificamente apontar as principais funções do Neuropeptídio Y, observar as localidades do Neuropeptídio Y, destacar os principais receptores do Neuropeptídio Y e relacionar as diferentes áreas onde encontramos atuações do Neuropeptídio Y.

Para tal estudo utilizou-se da pesquisa exploratória melhor nomeada como pesquisa documental, se apropriando de fontes primárias e secundárias, a fim de agrupar em um único documento trabalhos de diferentes áreas

relacionados com a temática pertinente, o que torna esse trabalho uma revisão bibliográfica.

Revisão Bibliográfica é a busca de informações bibliográficas, seleção de documentos que se relacionam com o problema de pesquisa (livros, verbetes de enciclopédia, artigos de revistas, trabalhos de congressos, teses etc.). Trata-se do primeiro passo em qualquer tipo de pesquisa científica, com o fim de revisar a literatura existente e não redundar o tema de estudo ou experimentação. Portanto, a “revisão bibliográfica” ou “revisão de literatura” consiste numa espécie de “varredura” do que existe sobre um assunto e o conhecimento dos autores que tratam desse assunto, a fim de que o estudioso não “reinvente a roda”! (MACEDO, 1996, p. 13)

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primárias são aquelas produzidas diretamente pelo autor da pesquisa, são documentos do inicio do desenvolvimento que divulgam dados no exato momento de sua publicação, alguns autores dizem que as fontes primárias são desorganizadas e que para tanto surgiram às fontes secundárias com o intuito de organizar e agrupar as informações de acordo com a finalidade que se objetiva. REFERENCIAIS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS

A INGESTÃO ALIMENTAR RELACIONADA AO NPY

Segundo Levine et al (2004) os primeiros estudos em cima dos neuropeptídeos que atuavam na ingestão alimentar focavam nos peptídeo anorexígenos e eles tentavam descobrir substâncias que fossem orexígenas e assim começou a busca até que um grupo de pesquisadores conseguiu isolar o que chamamos hoje de neuropeptídio Y que se é muito presente no processo de ingestão alimentar. Estudos realizados por diversos laboratórios comprovaram que o NPY está envolvido no metabolismo de energia e que aumenta a ingestão alimentar e que os níveis de NPY aumentam sobre diversas condições destacando quando um corpo está em busca de energia como por exemplo jejum, lactação, diabetes e exercício.

Em análises de estudos Gehlert (1999) observou que a ministração de NPY gera diversas reações fisiológicas e comportamentais, como exemplo podemos citar modificações no processamento de memória, temperatura corporal, secreção de hormônios, pressão arterial, função sexual etc; e a mais citada e estudada, a estimulação alimentar. O efeito de ingestão alimentar através de NPY é relacionado a administração desse neuropeptídio no hipotálamo. Os resultados apresentados de estudos realizados com ratos sugerem que o NPY faz com que a ingestão de alimentos seja maior nas refeições, destacando que não ocorre aumento no número das refeições e sim da quantidade de alimento ingeridos, o que induz a um aumento do peso corporal. Foram observados nessas pesquisas que o NPY aumenta a predileção para a ingestão de gordura e carboidratos sendo este mais declarado. É importante destacar que em períodos de jejum observou-se um elevado índice de concentração de NPY no hipotálamo que logo foi

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abaixado após a alimentação, mostrando que essa substância possui função na regulação do equilíbrio energético, quando aumenta os níveis de NPY aumenta-se a “fome”. Analisando amostras de cérebros de ratos de diversos animais obesos verificou NPY hipotalâmico elevado.

When exposed to cold, rats will exhibit an increase in brown fat thermogenic capacity that is accompanied by a decrease in NPY release in the PVN.44 Other circumstances such as starvation and lactation which result in a negative energy balance produce elevations in hypothalamic NPY concentrations.45,46 Combined, these data suggest that NPY is an important contributor to energy balance through food consumption, energy expenditure via the sympathetic nervous system, and energy storage through the endocrine system. (GEHLERT, 1999, p. 331)

O fato dos níveis de NPY abaixarem quando expostos ao frio pode ser explicado despojadamente, relacionando a leptina, substância de efeito contrário ao NPY, sendo que no frio as concentrações de leptina diminuem indicando ao corpo que precisa repor suas reservas energéticas, estas gastas em maior quantidade em menores temperaturas, assim os níveis de NPY aumentam para que ocorra a ingestão alimentar e as reservas energéticas sejam normalizadas, assim o tecido adiposo aumenta e a produção de leptina ocorre e as concentrações de NPY diminuem. Assim podemos concluir que o NPY relacionado com a ingestão alimentar possui dois principais papeis a ingestão alimentar e regular os níveis de energia de nosso organismo.

NPY NA PSIQUIATRIA

Na psiquiatria o NPY também possuirá diferentes papeis e ações a serem pontuadas, Sanglard e Tavares (1998, p. 441-4) destacaram em seus estudos que o NPY possui uma propriedade anticonvulsivante, pois em estudo onde foi administrado NPY em ratos verificou que as convulsões foram cessadas e que esta ação está relacionada com os receptores Y5 e ainda evidencia que substâncias com ações nestes mesmos receptores serão novos medicamentos anticonvulsivantes. Ao relacionar o NPY com a depressão observou em ratos depressivos uma redução dos níveis de NPY, esses animais foram tratados com noradrenalina que altera o estado de depressão e perceberam que o neuropeptídio estudado fortalecia a atividades da noradrenalina que possui um

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efeito antidepressivo, os mesmos tratados com outros tipos de antidepressivos tiverem os níveis de NPY aumentados, sendo que não outros antidepressivos fizerem esses mesmos níveis abaixarem. Estudos revelam que através dos receptores Y1 o NPY possui efeitos ansiolíticos diminuindo a ansiedade, acredita-se que mudanças nesacredita-ses receptores são responsáveis pela ansiedade, nos dizendo que o NPY reduz a ansiedade.

CONCLUSÃO

Com a presente revisão foi possível constatar que desde 1982, quando o NPY foi isolado pela primeira vez, muitos estudos foram realizados enfocando principalmente seu papel no controle central da ingestão alimentar, e desde então diversas outras pesquisas surgiram demonstrando outras funções dessa substância em outros sistemas, onde o nosso trabalho, por questões de normatização enfocou em apenas duas áreas (ingestão alimentar e psiquiatria). Dessa forma percebemos que o NPY possui muitas contribuições em diversas partes do organismo humano e animal, sendo encontrado abundantemente. REFERÊNCIAS

CENDÓN, Beatriz Valadares; CAMPELLO, Bernadete Santos; KREMER, Jeannette Marguerite. Fontes de informação para pesquisadores e profissionais. Editora Ufmg, 2007.

SANGLARD, Marcelo; TAVARES, Almir. Neuropéptide Y e psiquiatria; Neuropeptide Y and psychiatry. J. bras. psiquiatr, v. 47, n. 9, p. 441-4, 1998. GEHLERT, D. R. Role of hypothalamic neuropeptide Y in feeding and obesity.Neuropeptides, v. 33, n. 5, p. 329-338, 1999.

LEVINE, Allen S. et al. Our journey with neuropeptide Y: effects on ingestive behaviors and energy expenditure. Peptides, v. 25, n. 3, p. 505-510, 2004.

Referências

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