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Mercados. informação regulamentar. Arábia Saudita Condições Legais de Acesso ao Mercado

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Mercados

Arábia Saudita

Condições Legais de Acesso ao Mercado

Abril 2010

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Índice

1. Regime Geral de Importação 3

2. Regime de Investimento Estrangeiro 4

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1. Regime Geral de Importação

A Arábia Saudita não impõe a necessidade de obtenção de licenças de importação. Contudo, a entrada de certos produtos é proibida por razões sanitárias, religiosas ou de segurança. Nesse grupo de bens incluem-se o álcool e as drogas para fins não medicinais, bem como a maioria dos artigos religiosos não-islâmicos, entre outros ofensivos dos princípios islâmicos. A importação de armas e equipamento electrónico é rigorosamente controlada. De referir que estão, também, proibidas todas as importações provenientes de Israel.

Com o objectivo de proteger a saúde pública, salvaguardar a segurança nacional, proteger o ambiente e defender o consumidor, o Ministry of Commerce and Industry (MoCI) – www.commerce.gov.sa/english/ – através da Saudi Arabian Standards Organization (SASO) estabeleceu um programa de certificação de produtos (International Conformity Certification Programme – ICCP – www.iccp.com) que abrange a maioria das mercadorias exportadas para este país.

De acordo com os procedimentos exigidos, os produtos importados na Arábia Saudita deverão ser acompanhados de um Certificado de Conformidade, cuja emissão é da responsabilidade das empresas Intertek Testing Services-ITS e da SGS, contratadas para o efeito, e a quem cabe realizar inspecções pré-embarque das mercadorias antes da partida do porto de exportação (através dos escritórios de representação que dispõem nos diferentes países do Mundo), assegurando, deste modo, que os produtos cumprem os requisitos previstos nas normas sauditas.

Assim, as empresas exportadoras nacionais deverão contactar os serviços da Intertek e SGS em Portugal (www.caleb-brett.pt/Intertek/Pt/intertek-pt.html e www.pt.sgs.com/pt/home_pt_v2?),solicitando a realização da inspecção e análise dos produtos a expedir. Caso os bens não satisfaçam as condições exigidas, será disponibilizado um relatório completo das deficiências verificadas, com vista à adopção das correcções necessárias.

Os bens exportados para a Arábia Saudita estão sujeitos, obrigatoriamente, à apresentação na rotulagem da indicação da sua origem, no caso made in Portugal e identificação do fabricante, sob pena de a mercadoria não ser desalfandegada e ser devolvida à procedência.

A Pauta Aduaneira saudita segue o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), sendo a maioria dos direitos alfandegários calculada numa base ad valorem sobre o valor CIF das mercadorias.

Na sequência da implementação da união aduaneira entre os países membros do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico, em Janeiro de 2003, as tarifas aduaneiras foram reduzidas na sua maioria de 12% para a taxa harmonizada de 5%.

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Os bens alimentares, entre outros essenciais, tais como medicamentos e equipamentos destinados a projectos de desenvolvimento, podem ser importados livres de impostos aduaneiros. Um período de transição foi estabelecido de forma a permitir que produtos que atinjam ou excedam 40% da produção local possam ser taxados com uma tarifa especial mínima de 20% (ex.: açúcar; sal; e água mineral). Alguns bens agrícolas estão sujeitos a tarifas mais elevadas durante a época das colheitas. Aos cigarros e produtos derivados do tabaco é aplicada uma taxa agravada de 100%.

Na Arábia Saudita todos os impostos são directos, não havendo lugar a impostos indirectos como, por exemplo, sobre o valor acrescentado e as vendas.

As tarifas aplicáveis podem ser consultadas na página «Market Access Database», da responsabilidade da União Europeia – http://mkaccdb.eu.int (clicar em «Applied Tariffs Database»).

2. Regime de Investimento Estrangeiro

O investimento estrangeiro na Arábia Saudita é regulado pelo Foreign Investment Act (FIA) –

www.saudia-online.com/txtinvestment1.htm – que estabelece um enquadramento legal mais alargado face ao regime anterior, permitindo aos cidadãos e empresas não-sauditas investir no Reino qualquer que seja a sua participação no capital envolvido no projecto.

Ao investidor é também assegurada, entre outras garantias: a livre repatriação do capital investido; lucros e dividendos; a cessão de acções entre sócios; o acesso, em condições de igualdade com as empresas locais, a um conjunto significativo de incentivos; a aquisição de propriedade imobiliária para o desenvolvimento do projecto ou para fins habitacionais; e a protecção relativamente a eventuais expropriações (só possível mediante decisão judicial e com direito à respectiva indemnização).

O regime legal dispõe que os promotores externos possam investir em todas as actividades económicas, com excepção das que constam de uma “lista negativa”. Assim, os projectos não podem estar enquadrados nos sectores de actividade proibidos, entre os quais se incluem a exploração e produção petrolíferas, a indústria do armamento, o investimento imobiliário em Meca e Medina, os serviços de investigação e segurança, alguma imprensa e serviços de comunicação e os transportes terrestres e aéreos.

A responsabilidade de assessorar todas as propostas de investimento e emitir as necessárias licenças e permissões cabe à Saudi Arabian General Investment Authority (SAGIA) – www.sagia.gov.sa. Para apoiar os eventuais investidores, as autoridades sauditas criaram, também, um one-stop shop o Investors Service Centre (ISC).

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O sucesso quanto à obtenção de uma licença depende, entre outros factores, do projecto se adequar aos planos oficiais de desenvolvimento económico. Como tal, os projectos que envolvam parcerias locais têm maior probabilidade de aprovação que os detidos por estrangeiros a 100%.

É o caso dos investimentos no sector da distribuição comercial, cuja participação do capital externo estando limitada a 49,9% exige sempre uma cooperação com empresas sauditas. É permitida, no entanto, a aquisição de terras (excepto em Meca e Medina), desde que destinadas à implementação das infra-estruturas associadas ao investimento, que a construção se inicie num prazo de cinco anos e o investimento mínimo seja de 30 milhões SAR.

No caso da emissão de licença pela SAGIA, o investidor deverá obter, seguidamente, o respectivo registo comercial junto do Ministry of Commerce and Industry.

A documentação necessária para as empresas que investem pela primeira vez na Arábia Saudita deve ser apresentada no Investors Service Centre. De salientar que esses documentos constituem apenas o primeiro passo para a obtenção da licença de investimento e que, embora os centros tenham agilizado grandemente o processo, os procedimentos seguintes – obtenção de visto, permissão de residência, recrutamento e outros actos burocráticos – envolvem um período de tempo mais demorado do que a aprovação inicial.

Em matéria de incentivos ao investimento, que são atribuídos quer para atrair investimento estrangeiro quer para o direccionar para determinados sectores prioritários, a Arábia Saudita dispõe de um conjunto de medidas de apoio para investimentos na indústria local e de desenvolvimento agrícola. A nível fiscal o país sofreu nos últimos anos alterações significativas no sentido de um desagravamento tributário, nomeadamente do Imposto sobre as Sociedades, cuja taxa foi reduzida, desde 2004, para 20%.

Como regra, a aprovação de um projecto de investimento estrangeiro qualifica-o para beneficiar de incentivos que vão desde empréstimos subsidiados, protecção face a importações concorrentes, isenções fiscais, empréstimos para formação profissional de colaboradores locais e arrendamento de terras a preços vantajosos em zonas industriais específicas.

De um modo geral, todos os investidores estrangeiros licenciados podem recorrer ao Saudi Industrial Development Fund (SIDF) – www.sidf.gov.sa/english/index.htm, que concede empréstimos de médio e longo prazos a projectos industriais até 50% do seu custo total. O período máximo de amortização é de 15 anos, com um período de carência de 2 anos a contar da data de início de produção. O SIDF exige, no entanto, que o investidor entre com pelo menos 25% do capital total do projecto e, como segurança, requer uma hipoteca sobre os bens financiados e garantias pessoais dos accionistas ou empresas envolvidas.

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Parcerias industriais podem ainda obter isenções fiscais aduaneiras na importação de matérias-primas e equipamento, concessão de terras a rendas reduzidas em parques industriais do Governo, concessões para formação de colaboradores sauditas (se a empresa empregar mais de 100 trabalhadores sauditas), electricidade, água e combustíveis subsidiados. Para além do exposto, o Governo pode, igualmente, conceder subsídios financeiros a projectos agrícolas.

Acresce, finalmente, que existem incentivos específicos de acordo com o sector de investimento e de natureza regional nomeadamente em zonas industriais, bem dotadas de ligações externas e com terrenos para arrendar a preços bastante reduzidos.

De salientar que novos regulamentos relativos à implementação do Foreign Investment Act têm sido entretanto aprovados, pelo que é prudente o contacto do ISC, por parte de eventuais interessados no sentido de aferir dos incentivos disponíveis em cada momento.

3. Quadro Legal

Regime de Importação

Circular n.º 72/11/m, de 18 de Janeiro de 2009 – Estabelece a obrigatoriedade de indicação da origem de proveniência na etiquetagem de toda a mercadoria a importar.

Código Aduaneiro Comum do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico – aprovado em Novembro de 1999 (e em vigor desde 01.01.2003) – Dispõe sobre a estrutura tarifária.

Os interessados podem consultar, no Site da União Europeia, Relações Externas, informação sobre o relacionamento bilateral entre a UE e o Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico (CCGP), de que a Arábia Saudita faz parte –

http://ec.europa.eu/external_relations/gulf_cooperation/index_en.htm

Regime de Investimento Estrangeiro

Real Decreto n.º M/51, de 27 de Setembro de 2005 – Estabelece o regime jurídico das relações de trabalho (Código Laboral).

Real Decreto n.º M/1, de 6 de Abril de 2004 – Regulamenta o Imposto sobre o Rendimento.

Real Decreto n.º M/21, de 7 de Agosto de 2002 – Aprova a Lei das Marcas Comerciais.

Real Decreto n.º 11, de Abril de 2000 – Define o quadro legal aplicável ao Investimento Directo Estrangeiro.

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Outra legislação saudita pode ser consultada na página World Law Guide (Lexadin) – Legislation Saudi Arabia em:

http://www.lexadin.nl/wlg/legis/nofr/oeur/lxwesau.htm

Acordo Relevante

Decreto n.º 9/2008, de 20 de Maio – Aprova o Acordo Geral de Cooperação entre Portugal e a Arábia Saudita.

Para mais informação legislativa sobre mercados externos, consulte o Site da aicep Portugal Global em:

Referências

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