Ibase Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas. Conselho Curador. Suplentes. Conselho Fiscal. Suplentes.

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Ibase – Instituto Brasileiro de Análises

Sociais e Econômicas

Av. Rio Branco, 124/ 8º andar – Centro CEP 20040-916 Rio de Janeiro – RJ

Tel.: +(21) 2178.9400 Fax: +(21) 2178.9402 ibase@ibase.br

www.ibase.br Conselho Curador Sebastião Soares – presidente João Guerra – vice-presidente Carlos Afonso – 1º secretário Nádia Rebouças – 2ª secretária Sonia Carvalho – 3ª secretária Suplentes

Moacir Palmeira Claudius Ceccon Jean-Pierre Leroy Maria Emília Pacheco Regina Domingues Conselho Fiscal Jaime Patalano Pedro Celestino

Rousseau Leão Castelo Filho Suplentes

Mario Osava Jane Souto de Oiveira Celso Japiassu Direção Executiva

Cândido Grzybowski – diretor geral Dulce Pandolfi Francisco Menezes João Sucupira Coordenadores(as) Athayde Motta Ciro Torres Fernanda Carvalho Itamar Silva

João Roberto Lopes Pinto Luzmere Demoner Moema Miranda

Relatório Ibase 2007

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SUMÁRIO

Apresentação ... 5

Balanço Social do Ibase ... 8

Parte I – Atividades das Linhas Programáticas ... 16

1 Alternativas Democráticas à Globalização ... 18

2 Desenvolvimento e Direitos ... 19

3 Direito à Cidade ... 20

4 Economia Solidária ... 22

5 Processo Fórum Social Mundial (FSM) ... 23

6 Juventude, Democracia e Participação ... 25

7 Observatório da Cidadania: direitos e diversidades ... 27

8 Responsabilidade Social e Ética nas Organizações (RSEO) ... 30

9 Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional ... 32

Parte II – Atividades das Estratégias Institucionais .... 34

1 Administração e Finanças ... 36

2 Comunicação ... 36

3 Desenvolvimento Institucional ... 40

4 Indicadores e Gestão de Tecnologia da Informação (TI) ... 41

5 Relações Institucionais ... 42

Produções Ibase ... 44

Fontes de financiamento ... 54

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Apresentação

Este relatório anual marca o fim do Plano Estratégico do Ibase para 2004–2007. Durante o ano, estivemos empenhados em realizar nossas tarefas para que estas atendessem às necessidades urgentes da sociedade brasileira, mas também nos dedicamos a pensá-las para o futuro – o que foi corporificado no Plano Estratégico 2008–2011, disponível no Portal do Ibase.

O relatório que se segue apresenta as atividades institucionais realizadas em meio a uma série de mudanças na conjuntura nacional, com o aprofundamento de uma perspectiva desenvolvimentista que produz crescimento, mas que não rompe com o modelo de desenvolvimento em curso – baseado na concentração de renda,

na destruição do meio-ambiente e na exclusão social. No campo internacional, cresce a estratégia que prioriza a transformação do Brasil em uma potência regional, com uma presença transatlântica na África.

Há, portanto, a necessidade de iniciativas cidadãs que formulem e alimentem um processo virtuoso de debates sobre os rumos que queremos dar ao Brasil, ao mundo, à democracia, ao desenvolvimento e a nós mesmos, brasileiros e brasileiras,

cidadãos(ãs) do Brasil e do mundo. Agora, é momento de pensar o presente e o futuro; o local e o global; as conquistas e as faltas; as formas para consolidar a colaboração Sul–Sul, especialmente entre América Latina e África; formas para criarmos coletivamente uma nova onda de democratização que permita o acesso sustentável aos bens comuns. Se queremos um desenvolvimento radicalmente democrático, precisamos superar a exclusão, a desigualdade social, em suas múltiplas formas, e a destruição ambiental. Este é, em linhas gerais, o cenário que o Ibase teve pela frente em 2007 e ainda terá nos próximos anos.

Trata-se de perguntar: de que Brasil o mundo precisa e qual democracia o Brasil pode produzir? Esta tarefa torna imprescindível a repolitização do tema do desenvolvimento, da economia, da ciência e da tecnologia, da apropriação e uso dos bens comuns, do poder estatal, da vida enfim, com uma perspectiva radical de direitos e de democracia. Este processo só se dará a contento em um diálogo aberto com outros povos, em especial com países africanos, e sujeitos do planeta.

A democracia brasileira, que avançou na moldagem de um Estado de direito, está mostrando seus limites para transformar nossa sociedade, que é racista, machista e profundamente injusta. Ainda não fomos capazes de enfrentar e derrotar o patrimonialismo de nossa cultura, que apropria e privatiza o público a serviço de interesses e privilégios privados. Nem conseguimos fazer valer o princípio da responsabilidade pública de todas e todos, por meio da luta e vigilância cívica, da participação cidadã, das mobilizações, dos debates e da pressão da rua.

Para promover mudanças tão urgentes, temos nos dedicado, com afinco, a radicalizar os questionamentos em direção a uma democracia plena que nossos projetos propõem aos governos, às empresas e à sociedade em geral. Nos últimos anos, o Ibase

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conseguiu avanços consideráveis nesta radicalização, a partir de esforços que envolveram centenas de atores sociais brasileiros em processos tão diversos como o Fórum Social Mundial (FSM), a Frente Estadual contra a Remoção de Favelas, no Rio de Janeiro, a Plataforma Brasil de Responsabilidade Empresarial, a participação no

Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea Nacional) e de Juventude (Conjuve) e nos diferentes fóruns de cidadania, em especial o de Economia Solidária (FBES) e o de Reforma Agrária.

Como destaque, reportamos à solidificação de duas Linhas Programáticas (LPs), que já vinham se desenvolvendo há alguns anos: Juventude, Democracia e Participação, que, em 2007, realizou uma pesquisa em seis países latino-americanos sobre os dilemas e direitos da juventude; e Desenvolvimento e Direitos, cujo foco central é a promoção da transparência e o monitoramento participativo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que cumpre papel estratégico no desenvolvimento do país. O Fórum Nacional de Entidades de Direitos Humanos (FENDH) e o projeto Diálogos contra o Racismo impactaram a cultura de direitos no país ao sensibilizarem organizações e indivíduos sobre os direitos de grupos minoritários. Por meio do conceito de desenvolvimento local integrado, a LP Direito à Cidade tem apoiado e participado ativamente da construção da Agência Cidade de Deus de Desenvolvimento Local e da criação de núcleos de integração e fóruns comunitários em comunidades de favela, no aterro sanitário de Jardim Gramacho (RJ) e em comunidades quilombolas em Retiro e Araçatiba (ambas no Espírito Santo). O Ibase também aprovou, em 2007, o Código Interno de Relação com Empresas (disponível no Portal do Ibase), que pretende ser um recurso tanto para a mobilização de recursos como para a discussão sobre a responsabilidade social das empresas.

Acreditamos que em 2007 o trabalho do Ibase teve um impacto positivo na promoção de uma cultura de direitos radicalmente democrática, no fortalecimento do tecido associativo e na incidência em políticas públicas, cujos conteúdos sejam benéficos para quem mais sofre com a exclusão e a discriminação. No entanto, devemos encarar o fato de que a democracia brasileira, até aqui, ainda não alterou a lógica excludente e destruidora em que se assenta a sociedade, a economia, o próprio Estado. As causas da pobreza e da desigualdade, a destruição ambiental e a violência residem nas relações e nos processos econômicos, políticos e culturais da sociedade.

Na visão do Ibase, não pode haver quebra no ciclo vicioso da pobreza e da desigualdade sem mudanças nas relações e formas de inclusão na sociedade. A exclusão e a desigualdade se materializam em seres humanos concretos, em mulheres e homens, crianças, jovens e idosos, que sofrem, passam fome, vivem na miséria, são discriminado(as), não têm direitos elementares e são destituídos(as) de qualquer poder e possibilidade de participação. Mas eles não devem ser vistos(as) como meras vítimas, pois são parte da solução. Sem sua emergência como sujeitos coletivos, com capacidade de reivindicação e luta, será difícil a mudança. Este documento é um relato do que construímos neste ano em parceria com estes atores para a consagração de seus direitos fundamentais.

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Objetivos institucionais

Contribuir para uma cultura democrática de direitos

• Dar visibilidade, na agenda e no debate públicos, às questões específicas, às reivindica-ções e às propostas dos setores e grupos em situação de pobreza e exclusão social – particularmente mulheres e crianças, afrodescendentes, indígenas – como demandas de direitos de cidadania negados.

• Defender, valorizar e fortalecer a participação social e política como direito e responsabilidade cidadã de todos e todas, sem desigualdades ou discriminações, sem racismo ou machismo. • Tornar os princípios e valores éticos da democracia e da cidadania – liberdade, igualdade, diversidade, solidariedade e participação – uma referência político-cultural e um código das ações e lutas no bojo da sociedade civil.

Fortalecer o tecido associativo na sociedade civil

• Promover a emergência, a organização e a autonomia dos diferentes sujeitos coletivos do campo democrático-popular, por meio de grupos e movimentos sociais, sindicatos, comu-nidades, associações e cooperativas, organizações civis e entidades de defesa de direitos. • Apoiar e participar de fóruns e redes, coalizões, alianças e campanhas, ampliando o espaço

público e a emergência da cidadania.

• Estabelecer alianças estratégicas na promoção da democracia, no fortalecimento da socie-dade civil e da cidadania planetária, vinculando o mundial e o local.

Ampliar a capacidade de incidência em políticas públicas

• Propor, exigir e acompanhar políticas públicas que priorizem a erradicação da pobreza e o combate às desigualdades – particularmente de raça e gênero – no acesso a direitos, bens e recursos.

• Intervir no debate e influir nas opções de políticas públicas que moldam o desenvolvimento do Brasil e da região, visando a um desenvolvimento humano democrático e sustentável, promotor dos direitos humanos para todos e todas.

• Exercer vigilância e cobrar ética e responsabilidade de governantes e representantes eleitos(as), juízes(as) e promotores(as), dirigentes e gestores(as) de órgãos e políticas públicas.

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Balanço Social do Ibase

1. Identificação

Nome da instituição: Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – Ibase Tipo/categoria (conforme instruções): ONG – Organização não-governamental

Natureza jurídica: [X] associação [ ] fundação [ ] sociedade Sem fins lucrativos? [X] sim [ ] não Isenta da cota patronal do INSS? [X]sim [ ] não Possui Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEAS)? [X] sim [ ] não Possui registro no: [X] CNAS [X] CEAS [X] CMAS De utilidade pública? [ ] não Se sim, [X] federal [X] estadual [ ] municipal Classificada como Oscip (Lei 9.790/99)? [ ] sim [X] não

2. Origem dos recursos

2007 2006 Valor (Mil reais) Valor (Mil reais)

Receitas totais (*a) 11.312 100% 10.610 100%

a) Recursos governamentais (subvenções) 0 0,00% 0 0,00% b) Doações de pessoas jurídicas (*b) 42 0,37% 677 6,38% c) Doações de pessoas físicas 154 1,36% 167 1,57% d) Contribuições 0 0,00% 0 0,00% e) Patrocínios 1.900 16,80% 1.355 12,77% f) Cooperação internacional 5.998 53,02% 3.523 33,20% g) Prestação de serviços e/ou venda de produtos 235 2,08% 370 3,44% h) Outras receitas 2.983 26,37% 4.518 42,58%

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3. Aplicação dos recursos

2007 2006 Valor (Mil reais) Valor (Mil reais)

Despesas totais 10.154 100% 8.733 100%

a) Projetos, programas e ações sociais

(excluindo pessoal) 4.914 48,39% 4.017 46,00% b) Pessoal (salários + benefícios + encargos) 4.002 39,41% 3.969 45,45% c) Despesas diversas

(somatório das despesas abaixo) 1.238 12,19% 747 8,55% Operacionais 631 50,97% 588 78,71% Impostos e taxas 63 5,09% 50 6,69% Financeiras (*c) 482 38,93% 22 2,95% Capital (máquinas + instalações + equipamentos) 62 5,01% 87 11,65% Outras (que devem ser discriminadas

conforme relevância) 0 0,00% 0 0,00%

4. Indicadores sociais internos

Ações e benefícios para os(as) 2007 % sobre 2006 % sobre metas funcionários(as) Valor receita Valor receita 2008

(Mil reais) (Mil reais)

a) Alimentação 204 1,80% 206 1,94% manter b) Educação 11 0,10% 12 0,11% manter c) Capacitação e desenvolvimento profissional 15 0,13% 19 0,18% manter d) Creche ou auxílio-creche 78 0,69% 103 0,97% manter e) Saúde 302 2,67% 274 2,58% manter f) Segurança e medicina no trabalho 1 0,01% 2 0,02% manter g) Transporte 33 0,29% 33 0,31% manter h) Bolsas/estágios 63 0,56% 36 0,34% manter i) Outros 0 0,00% 0 0,00% manter

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5. Projetos, ações e contribuições para a sociedade

As ações e programas aqui listados 2007 % sobre 2006 % sobre metas são exemplos, ver instrução. Valor receita Valor receita 2008

(Mil reais) (Mil reais)

Total Linhas Programáticas/

Projetos (*d-nota geral) R$ 10.154 90% R$ 8.733 82% aumentar

a) Alternativas Democráticas à Globalização R$ 307 2,71% R$ 454 4,28%

Nº pessoas Nº pessoas aumentar beneficiadas: beneficiadas: 200 1.200 Nº entidades Nº entidades beneficiadas: beneficiadas: 70 70 b) Debate Público/Comunicação R$ 782 6,91% R$ 1.090 10,27%

Nº pessoas Nº pessoas manter beneficiadas: beneficiadas: 1.235.000 1.051.000 Nº entidades Nº entidades beneficiadas: beneficiadas: 2.000 1.700 c) Desenvolvimento e Direitos R$ 268 2,37% —

Nº pessoas Nº pessoas aumentar beneficiadas: beneficiadas:

1.300 —

Nº entidades Nº entidades beneficiadas: beneficiadas:

80 —

d) Direito à Cidade (*e) R$ 1.647 14,56% R$ 1.853 17,46%

Nº pessoas Nº pessoas aumentar beneficiadas: beneficiadas: 38.500 17.800 Nº entidades Nº entidades beneficiadas: beneficiadas: 130 90 e) Economia Solidária R$ 455 4,02% R$ 433 4,08%

Nº pessoas Nº pessoas manter beneficiadas: beneficiadas:

10.000 4.800 Nº entidades Nº entidades beneficiadas: beneficiadas: 800 400

f) Processo Fórum Social Mundial (*f) R$ 2.936 25,95% R$ 2.498 23,54%

Nº pessoas Nº pessoas aumentar beneficiadas: beneficiadas:

75.000 80.000 Nº entidades Nº entidades beneficiadas: beneficiadas:

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continuação item 5

g) Juventude, Democracia e Participação R$ 1.608 14,21% —

Nº pessoas Nº pessoas aumentar beneficiadas: beneficiadas: 25.400 — Nº entidades Nº entidades beneficiadas: beneficiadas: 20 — h) Observatório da Cidadania: direitos e diversidade (*g) R$ 903 7,98% R$ 1.080 10,18%

Nº pessoas Nº pessoas manter beneficiadas: beneficiadas: 860.000 140.000 Nº entidades Nº entidades beneficiadas: beneficiadas: 2.400 2.600 i) Responsabilidade Social

e Ética nas Organizações R$ 346 3,06% R$ 390 3,68%

Nº pessoas Nº pessoas manter beneficiadas: beneficiadas: 75.000 74.800 Nº entidades Nº entidades beneficiadas: beneficiadas: 200 280 j) Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (*h) R$ 902 7,97% R$ 935 8,81%

Nº pessoas Nº pessoas aumentar beneficiadas: beneficiadas: 10.100 10.100 Nº entidades Nº entidades beneficiadas: beneficiadas: 350 350 6. Outros indicadores 2007 2006 metas₂₀₀₈ Nº total de alunos(as) NA NA NA Nº de alunos(as) com bolsas integrais NA NA NA Valor total das bolsas integrais NA NA NA Nº de alunos(as) com bolsas parciais NA NA NA Valor total das bolsas parciais NA NA NA Nº de alunos(as) com bolsas de Iniciação Científica e de Pesquisa NA NA NA Valor total das bolsas de Iniciação Científica e de Pesquisa NA NA NA

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7. Indicadores sobre o corpo funcional

2007 2006 metas 2008 Nº total de empregados(as) ao final do período 55 58 (*i) manter Nº de admissões durante o período 0 8 0 Nº de prestadores(as) de serviço 4 5 manter % de empregados(as) acima de 45 anos 45,00% (*j) 41% manter Nº de mulheres que trabalham na instituição 35 38 manter % de cargos de chefia ocupados por mulheres 36,00% 41,67% aumentar Idade média das mulheres em cargos de chefia 54 50 manter Salário médio das mulheres R$ 3.346 R$ 3.319 aumentar Idade média dos homens em cargos de chefia 49 48 manter Salário médio dos homens R$ 5.466 R$ 5.294 manter Nº de negros(as) que trabalham na instituição 22 (*l) 22 aumentar % de cargos de chefia ocupados por negros(as) 18,00% 16,67% aumentar Idade média dos(as) negros(as) em cargos de chefia 48 46 manter Salário médio dos(as) negros(as) R$ 2.870 R$ 2.794 aumentar Nº de brancos(as) que trabalham na instituição 33 36 manter Salário médio dos(as) brancos(as) R$ 4.949 R$ 4.756 manter Nº de estagiários(as) 9 (4MN, 1HN 5 manter

e 4HB) (*m) (4MN e 1HB)

Nº de voluntários(as) 0 0 — Nº de pessoas com deficiência 0 0 aumentar Salário médio de pessoas com deficiência R$ 0 R$ 0 —

8. Qualificação do corpo funcional

2007 2006 metas 2008 Nº total de docentes 0 0 0 Nº de doutores(as) 0 0 0 Nº de mestres(as) 0 0 0 Nº de especializados(as) 0 0 0 Nº de graduados(as) 0 0 0 Nº total de funcionários(as) no corpo técnico 55 58 (*n) e administrativo

Nº de pós-graduados (especialistas, mestres e doutores) 21 19 — Nº de graduados(as) 27 30 — Nº de graduandos(as) 3 5 — Nº de pessoas com ensino médio 1 1 — Nº de pessoas com ensino fundamental 1 1 — Nº de pessoas com ensino fundamental incompleto 2 2 0 Nº de pessoas não-alfabetizadas 0 0 0

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9. Informações relevantes quanto à ética, transparência e responsabilidade social

2007 metas 2008 Relação entre a maior e a menor remuneração 11,5 vezes 11,5 vezes O processo de admissão de 0% por indicação 0% por indicação empregados(as) é: (*o) 0% por seleção/concurso 100% por seleção/concurso A instituição desenvolve alguma política [X] sim, institucionalizada [X] sim, institucionalizada ou ação de valorização da diversidade [ ] sim, não institucionalizada [ ] sim, não institucionalizada em seu quadro funcional? [ ] não [ ] não

Se “sim” na questão anterior, qual? [X] negros [X] negros [X] gênero [X] gênero [ ] opção sexual [ ] opção sexual

[X] pessoas com deficiência [X] pessoas com deficiência [ ] [ ]

A organização desenvolve alguma política [X] sim, institucionalizada [X] sim, institucionalizada ou ação de valorização da diversidade [ ] sim, não institucionalizada [ ] sim, não institucionalizada entre alunos(as) e/ou beneficiários(as)? [ ] não [ ] não

Se “sim” na questão anterior, qual? [X] negros [X] negros [X] gênero [X] gênero [ ] opção sexual [ ] opção sexual

[X] pessoas com deficiência [X] pessoas com deficiência [ ] [ ]

Na seleção de parceiros e prestadores [ ] não são considerados [ ] não são considerados de serviço, critérios éticos e de [X] são sugeridos [X] são sugeridos responsabilidade social e ambiental: (*p) [X] são exigidos [X] são exigidos A participação de empregados(as) [ ] não ocorre [ ] não ocorre

no planejamento da instituição: [ ] ocorre em nível de chefia [ ] ocorre em nível de chefia [X] ocorre em todos os níveis [X] ocorre em todos os níveis Os processos eleitorais democráticos [X] não ocorrem [X] não ocorrem

para escolha dos coordenadores(as) [ ] ocorrem regularmente [ ] ocorrem regularmente e diretores(as) da organização: [ ] ocorrem somente [ ] ocorrem somente

p/cargos intermediários p/cargos intermediários A instituição possui Comissão/Conselho [ ] todas ações/atividades [ ] todas ações/atividades de Ética para o acompanhamento de: [ ] ensino e pesquisa [ ] ensino e pesquisa

[ ] experimentação [ ] experimentação animal/vivissecção animal/vivissecção [X] não tem [X] não tem

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10 - Outras informações

1. Notas explicativas

(*a) Durante o período de 2007, as principais fontes de recursos foram:

Cooperação internacional

Oxfam Novib (R$ 1.721.343,16), IDRC (R$ 1.725.896,90), EED (R$ 945.265,30), Fundação Ford (R$ 643.148,07), Ajuntament de Sant Cugat de Valles (R$ 450.474,90), Fundación Heifer Ecuador (R$ 152.012,50), Action Aid Brasil (R$ 124.630,64), Brandeis University (R$ 76.861,40),

Fundação Open Society (R$ 42.752,00), Somo St. Onderz (R$ 25.144,75), Fundação Rosa Luxemburgo (R$ 18.367,36), Canadian Community D. For and Deliberation (R$18.202,16), Arci Cultura Svilupp (R$ 18.130,00), Step-Sustainable Tribal Enpowerment Project (R$15.860,00), outras inferiores a R$10.000,00 (R$ 20.263,61).

Patrocínio / Convênio

Petrobras (R$ 1.736.422,51), MTE – Ministério do Trabalho e Emprego (R$ 163.514,00)

Doações de pessoas jurídicas

Cese (R$11.000,00), Idec (R$10.352,02) e pessoas jurídicas diversas com valores inferiores a R$10.000,00 (R$20.566,00)

Prestação de serviços

Instituto Universitas (R$234.500,00)

Doações de pessoas físicas

Amigos do Ibase:

2007: 1.124 pessoas (apoios contínuos)

2006: 1.237 pessoas (1.199 apoios contínuos e 38 apoios únicos)

Outras receitas

Rendimentos sobre aplicações financeiras, rendimentos sobre bens próprios, direitos autorais e, neste balanço social, foram incluídos os saldos de caixa dos anos anteriores.

Em 2007: R$ 2.539 mil; em 2006: R$ 4.000 mil. Esta inclusão alterou o valor total das receitas divulgado no BS 2006.

(*b) A redução deve-se ao recebimento de recursos do projeto Furnas em 2006 para realização de atividades/despesas em 2007.

(*c) O aumento do valor deve-se à provisão da correção monetária sobre o ISS. (*d) notas gerais – item 5

1) Os percentuais informados referem-se aos valores investidos em relação à receita total (item 2 – Origem dos recursos).

2) O público beneficiado foi calculado considerando aqueles(as) diretamente beneficiados(as) pelas atividades dos projetos: pessoas presentes em seminários, fóruns, palestras etc; que recebem publicações e informes via correio ou via eletrônica; participantes de listas de discussões e de comitês; lideranças locais envolvidas; pessoas capacitadas em cursos e oficinas, professores(as), alunos(as), pesquisadores(as). 3) O detalhamento das atividades e projetos desenvolvidos pelas LPs encontra-se no Relatório 2007. (*e) Novo nome da antiga LP Democratização da Cidade.

(*f) Pessoas que estiveram no FSM 2007, em Nairóbi, no Quênia, de 20 a 25 de janeiro. O nº de entidades não foi disponibilizado.

(*g) Novo nome da antiga LP Monitoramento de Políticas Públicas.

A campanha “Onde você guarda o seu racismo” atingiu um público de 6 milhões de pessoas (rádio e TV). O programa “Nas ondas do orçamento” atingiu um público de 1 milhão de ouvintes de rádio.

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(*h) Novo nome da antiga LP Segurança Alimentar.

(*i) A meta MANTER – estabelecida nos itens 4. Indicadores sociais internos e 7. Indicadores sobre o corpo

funcional – reflete o entendimento institucional de que estes indicadores são satisfatórios.

(*j) Os percentuais foram recalculados incluindo as pessoas com 45 anos.

(*l) As informações sobre raça/etnia foram apuradas por meio de autodeclaração dos(as) funcionários(as), considerando os(as) trabalhadores(as) negros(as) o somatório de indivíduos autodeclarados como de cor de pele preta e parda, conforme a RAIS.

(*m) Este nº inclui uma mulher negra cuja função é de menor aprendiz.

Os dados de 2006 foram publicados com erro de digitação. Estão corretos os apresentados neste relatório.

(*n) O Ibase possui um Plano de Educação Continuada (PEC), que visa contínuo e permanente desenvolvimento acadêmico de todos(as) os(as) funcionários(as).

(*o) A seleção de pessoal é feita inicialmente dentro do corpo funcional do Ibase. Não sendo encontrado o perfil profissional e técnico necessário à vaga em aberto, a seleção será divulgada ao público externo por meio de edital, conforme modelo existente na instituição.

(*p) O Ibase exige os documentos legais nos âmbitos federal, estadual e municipal e possui um Código

Interno de Relações com Empresas.

2. O Ibase possui

Cipa – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, composta por quatro funcionárias. Duas foram

designadas pela instituição e duas foram eleitas diretamente pelo corpo funcional.

Comissão de funcionários(as), uma instância de representação dos(as) funcionários(as) do Ibase, formada por

membros eleitos diretamente para um mandato de um ano, cujo objetivo principal é fomentar e contribuir para a participação com qualidade, incentivando o debate sobre as questões de interesse coletivo, melhorando a interação entre todas as áreas e entre as áreas e a direção.

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(19)

17

As Linhas Programáticas apontam as opções

temáticas de trabalho do Ibase. São nodos

internos, variáveis em tamanho de equipe

e recursos mobilizados, assim como no

seu desenvolvimento, que condensam

investigação e ação a respeito de questões

consideradas estratégicas pelo instituto,

na perspectiva da democracia e dos direitos

humanos. Organizam-se em torno de

projetos e iniciativas. Estes, por sua vez,

estruturam-se a partir de três grandes

objetivos institucionais: 1. Contribuir para

uma cultura democrática de direitos;

2. Fortalecer o tecido associativo na

sociedade civil; 3. Ampliar a capacidade de

incidência em políticas públicas. A seguir,

destacamos as principais atividades

realizadas em cada Linha, no sentido de

contribuição para mudança de políticas

e práticas, bem como seus resultados ao

longo do ano de 2007; ressaltando que,

por conta da diversidade de atuação

e focos de ação, nem sempre, todos

os três objetivos permeiam cada iniciativa.

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1 Alternativas Democráticas

à Globalização

Atividades que contribuíram para a mudança de políticas e práticas

Diálogo entre os Povos

(Objetivo institucional: fortalecer o tecido associativo)

• Destaques: realização de dois seminários durante o Fórum Social Mundial (FSM) 2007, em Nairóbi, sobre terra e trabalho; realização de um seminário de planejamento estraté-gico durante o FSM 2007, também em Nairóbi; consolidação de parceria com o Trust for Community Outreach and Education (TCOE) e a União Nacional de Camponeses de Moçambique (Unac), que passam a ser os parceiros co-responsáveis pelo projeto na África; reformulação do Grupo de Referência da América Latina, que passou a ser composto por Ibase, Articulación Feminista Marcosur, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Instituto Paulo Freire.

• Resultados

O ano foi de dificuldades e superação para o Diálogo entre os Povos. Após os exitosos seminários de planejamento e articulação ocorridos em 2006, o projeto viveu momentos de dificuldades por causa da necessidade de redefinir a parceria estratégica na África. A entidade, até então a cargo do projeto naquele continente, enfrentou sérios problemas internos e precisou se retirar.

Após intenso processo de diálogos e articulações, foi consolidada a parceria entre Ibase, na América Latina, e Unac e TCOE, na África. Esta nova parceria permitiu um enorme fortaleci-mento da dinâmica iniciada. Também no âmbito da América Latina, por conta das redefinições de algumas entidades, houve um redesenho do Grupo de Referência.

Este processo ocupou a maior parte do ano, mas teve um desfecho positivo, com a formu-lação de um projeto de mais longo prazo (três anos), aprovado em dezembro de 2007 pela Novib. Abrem-se também possibilidades de novos apoios.

Diálogo sobre os desafios da Ação Política

Contemporânea

• Destaques: co-organização do Seminário Euralat Ampliare lo Spazio Publico per Reinventare la Democrazia: elementi per un mondo diverso, em Florença, maio; co-organização do semi-nário Euralat Democracia, Diversidad, Ciudadania Y Derechos Colectivos. La construcción de un nuevo espacio publico, em Barcelona, novembro.

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• Resultados

Como desdobramento da iniciativa Agenda Pós-neoliberal e no âmbito da Rede Euralat, foram realizados dois seminários que resultaram em articulações e em uma publicação, contribuindo para avançar na reflexão estratégica sobre dois temas centrais na ordem contemporânea: diversidade e espaço público e a relação movimentos sociais–política. Estes temas integram um plano de trabalho definido em comum pela Euralat, para o qual o Ibase tem contribuído fortemente.

Infelizmente, não foi possível garantir a realização de um ciclo mais sistemático de seminá-rios, como previsto inicialmente. No entanto, as iniciativas organizadas com apoio do Ibase e aquelas das quais tomamos parte fortalecem nossa capacidade de contribuir para qualificar o diálogo e, ao mesmo tempo, para ampliar a base de entidades, redes e movimentos envol-vidos nesta dinâmica.

2 Desenvolvimento e Direitos

Projeto Democratização dos Vetores

do Desenvolvimento

• Destaques: constituição da rede Plataforma BNDES, envolvendo mais de 20 organizações e movimentos sociais, voltada à democratização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

• Resultados

Elaboração de um documento de posicionamento sobre o papel do BNDES pelo grupo de organizações e movimentos que compõem a Plataforma BNDES.

(Objetivo institucional: incidir em políticas públicas)

• Destaques: reabertura da interlocução do grupo da Plataforma BNDES com a atual direção do Banco.

• Resultados

Ressaltam-se o compromisso da Presidência do BNDES de publicar os 250 maiores financia-mentos do Banco até o final de 2007, de elaborar uma Política de Informação Pública e um calendário de discussões sobre cláusulas sociais para desembolsos do Banco. E também o apoio da Associação de Funcionários do BNDES à iniciativa da Plataforma BNDES – abrindo espaço para a publicação do Boletim Desenvolvimento, Democracia e Direitos no

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3 Direito à Cidade

Projeto Agenda Social Rio

(Objetivo institucional: fortalecer uma cultura democrática de direitos)

• Destaques: realização de Curso da Escola Básica para Cidadania, em Mesquita, Baixada Fluminense, RJ. O Ibase, em parceria com a ONG Se Essa Rua Fosse Minha, organizou curso de formação política para a cidadania, voltado para 20 jovens de movimentos e organizações sociais.

• Resultados

O fortalecimento da Coordenadoria Jovem Municipal de Mesquita foi o principal resultado da iniciativa esse ano. A coordenadoria ganhou mais subsídios para fortalecer o diálogo sobre a realidade da juventude do município, o que irá contribuir para preparação do Conselho Municipal de Juventude.

• Destaques: produção da Agenda 2008, com foco na temática da economia solidária, produto inédito, produzido por empreendimentos solidários, estimulador do diálogo entre outros grupos similares do Rio de Janeiro e do país; organização de rodas de conversa sobre cotas raciais.

• Resultados

Visibilidade ao tema da economia solidária e a 12 empreendimentos / grupos solidários e coletivos de produção do estado do Rio de Janeiro, em particular o Grupo de Mulheres Arteiras da Tijuca, produtoras da capa da agenda. Tal resultado indica que esta pode vir a ser uma experiência-piloto para multiplicação da idéia em outros estados brasileiros. Qualificação do tema cotas raciais em espaços estratégicos (escolas públicas e pré-vestibula-res comunitários), com a realização de sete rodas de conversas na cidade do Rio de Janeiro.

• Destaques: organização do seminário Direito à Moradia e Justiça Ambiental; discussão sobre a temática étnico-racial em escolas; organização do seminário Favela é Cidade: violência e ordem pública.

• Resultados

Aproximação entre movimentos sociais urbanos e ambientalistas, iniciando um processo de articulação qualificada na cidade que tem a favela como foco.

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Discussão sobre investimentos públicos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas favelas do Rio – formas de entrada do PAC nas comunidades e seu papel na construção da cidade democrática.

Realização de oficina de sensibilização para professores(as), com coordenação e direção da Escola Oga Mitá, a fim de iniciar a discussão do projeto de implementação da Lei 10.639. Integração de atores populares, acadêmicos e da sociedade civil organizada ao redor das seguintes temáticas: violência na favela, lugar da favela na cidade e segurança pública. O evento e seus debates repercutiram na grande imprensa – saíram notícias no jornal O Globo (três dias seguidos), no jornal Extra, na TV Cultura, de São Paulo, TV Record e participações em rádios como a CBN.

Frente Estadual contra Remoção e pela

Moradia Digna

• Destaques: participação ativa na luta contra remoção da comunidade do Anil, Zona Oeste do Rio de Janeiro; fortalecimento da articulação entre atores na construção de assembléias populares na cidade do Rio de Janeiro.

• Resultados

Realização de dois seminários durante o ano: Cidade – Direito de Todas as Pessoas! e Direito à Moradia e Justiça Ambiental.

Projeto Núcleos de Integração Comunitária Furnas/

Rede Coep

• Destaques: construção do processo participativo de definição, elaboração e gestão dos projetos de referência dos fóruns comunitários de Jardim Gramacho, Araçatiba e Retiro; realização do Programa de Fortalecimento da Identidade Quilombola – em Araçatiba e Retiro; discussão coletiva do Diagnóstico Social e Plano de Ação da região do Aproveitamento Múltiplo de Manso (APM Manso), envolvendo parceiros do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Furnas e a rede de parceiros da Rede Nacional de Mobilização Social (Rede Coep), em Mato Grosso.

• Resultados

Fóruns comunitários de Jardim Gramacho, Araçatiba e Retiro atuantes, ganhando maior visibilidade, dialogando e negociando com organizações do poder público e redes de institui-ções locais e regionais. Fóruns com maior autonomia e capacidade de gestão coletiva.

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Produção de dois vídeos em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e de duas publicações sobre a identidade e história das comunidades quilombolas do Espírito Santo. Organizações comunitárias locais mais integradas e dialogando sobre as suas necessidades e prioridades para impulsionar o desenvolvimento econômico e social da região do entorno da barragem e usina hidrelétrica de Manso (MT).

As atividades desenvolvidas nas comunidades do entorno do APM Manso mobilizaram a prefeitura local a acelerar o início das obras de implantação do sistema de abastecimento de água para as comunidades.

Projeto Cidade de Deus e de Direitos

• Destaques: realização do III e IV Fórum de Desenvolvimento Local da Cidade de Deus; formação de trabalhadores(as) e moradores(as) da Cidade de Deus (CDD) em cooperativismo, autogestão e consumo solidário; produção de três edições do Jornal Comunitário CDD Notícias; criação da página eletrônica da Agência da Cidade de Deus; produção de dois vídeos e programa de rádio.

• Resultados

Maior visibilidade da Agência de Desenvolvimento Local criada na Cidade de Deus, que está conseguindo ampliar a capacidade de desenvolvimento de projetos para a melhoria da qualidade de vida em CDD.

Planejamento, construção e legalização de empreendimento econômico-associativo e autogestionário, Coopforte CDD.

4 Economia Solidária

Fórum Brasileiro de Economia Solidária

• Destaques: organização de processos formativos em torno aos eixos temáticos de prepara-ção da IV Plenária Nacional do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (Finanças Solidárias, Redes e Cadeias Produtivas, Formação e Marco Jurídico).

• Resultados

Definição, pela Plenária Estadual do Rio de Janeiro, de bandeiras e representações com vistas à participação na IV Plenária Nacional, prevista para março de 2008.

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Projeto Sistematização dos Fundos Solidários

• Destaques: sistematização das experiências de fundos solidários no âmbito do convênio com Banco do Nordeste (BNB) e Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (Senaes/MTE).

• Resultados

Recomendações, fruto da sistematização, foram contempladas nas diretrizes do novo edital de apoio a projetos produtivos solidários com apoio do BNB, Senaes/MTE e do Sistema de RH do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Saip/MDS).

Projeto Estudo sobre Autogestão e Economia

Solidária para Subsidiar a Formulação de Políticas

Públicas e o Movimento de Economia Solidária

• Destaques: relatório final do projeto contendo recomendações para o aperfeiçoamento do Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária (Sies).

• Resultados

Incidência direta sobre a inclusão de um novo módulo de políticas públicas de economia soli-dária no Sies e na revisão do instrumento de coleta de dados para efeito do mapeamento a ser realizado em 2008.

5 Processo Fórum Social Mundial

(FSM)

FSM 2007

• Destaques: realização do FSM 2007 em Nairóbi, Quênia; participação destacada de organi-zações da sociedade civil brasileira em Nairóbi e construção da Casa Brasil (ponto de encontro das organizações latino-americanas no Quênia); fortalecimento do trabalho em rede entre entidades de todo o mundo para garantir a realização, com êxito, do Dia de Ação Global (DAG), em janeiro de 2008; definição da realização do FSM 2009 na Amazônia, na cidade de Belém; fortalecimento do Conselho Internacional (CI) do FSM, com a formação de um Grupo de Enlace (GE), responsável pela facilitação do processo e das atividades do conselho.

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• Resultados

A realização do FSM 2007 em Nairóbi foi o resultado de intenso trabalho de articulação e mobilização da sociedade civil, em especial na África. Foi o maior evento público da sociedade civil no continente após as lutas pela independência. A presença de organizações e redes de todo o mundo, bem como os resultados positivos em termos de desdobramentos e fortalecimento de redes (em especial, os vinculados aos temas da Água e dos Direitos Humanos) devem ser destacados.

Alguns problemas organizativos e políticos ocorreram e foram abordados em diferentes instâncias da dinâmica FSM. São parte do processo de aprendizado coletivo que fortalece a luta altermundialista. A participação do Brasil foi destacada, com a presença de uma dele-gação de mais de cem entidades da sociedade civil. O Ibase contribuiu significativamente para criar as condições que permitiram a participação de entidades brasileiras.

Durante os meses seguintes ao FSM 2007, foi desenvolvido um intenso trabalho de mobiliza-ção e articulamobiliza-ção para a realizamobiliza-ção do DAG. Foi demonstrada enorme capacidade de diálogo e ação articulada, que resultou, já em 2008, na realização de ações em todo o mundo. Finalmente, destaca-se a importante decisão do CI de realizar o FSM 2009 na Amazônia, na cidade de Belém. Esta decisão já teve efeitos positivos em termos de fortalecer e energizar o Processo FSM, lançando com destaque a articulação em torno de temas urgentes, tais como o aquecimento global e a ação política das populações indígenas.

Em termos da organização do Processo FSM, destaca-se a decisão de consolidar no CI um Grupo de Enlace, integrado por 16 entidades de todos os continentes, incluindo o Ibase.

RioComVida – FSM 2008

• Destaques: realização de dois eventos preparatórios ao RioComVida, realizados no Rio de Janeiro, no marco do DAG do FSM, previsto para 26 de janeiro de 2008. Os eventos prepa-ratórios foram realizados em outubro e dezembro de 2007, no Circo Voador. O primeiro foi vinculado aos movimentos sociais e o segundo teve com referência o trabalho com Direitos Humanos; consolidação e ampliação do Comitê Rio do FSM.

• Resultados

A proposta de realização em 2008 de eventos descentralizados, mas articulados em torno de um eixo comum (um outro mundo é possível) foi assumida com muita força no Rio de Janeiro. A partir de maio, em torno do Comitê Rio do FSM, um conjunto de entidades, entre as quais o Ibase, começou a construir um processo rico de articulação e preparação para o evento de janeiro. Atividades preparatórias e reuniões abertas durante todo o ano garantiram uma dinâmica que permitiu aos principais movimentos sociais da cidade e do estado atuarem em conjunto na preparação do DAG. Esta iniciativa tem uma importância estratégica no Rio onde, nos últimos anos, por diferentes fatores, houve uma crescente fragmentação de iniciativas da sociedade civil.

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6 Juventude, Democracia

e Participação

Juventude e Integração Sul-americana: caracterização

de situações-tipo e organizações juvenis

• Destaques: redação de artigos sobre juventude para publicação na revista Democracia Viva em 2008, no jornal Le Monde Diplomatique (edição brasileira), no site Juventude.br, na revista Sociologia, Ciência e Vida e no relatório brasileiro da rede Social Watch; coordenação de edição especial sobre a juventude brasileira da revista Sociologia, Ciência e Vida, reunindo pesquisadoras que trabalham com o tema no país; palestras e participação em mesas de atividades organizadas pela sociedade civil e/ou mídia (Projeto Legal; Curso de Formação de Jovens de Mesquita; programas de televisão Salto para o Futuro e Atitude.com, da TV Brasil). • Resultados

Fortalecimento do debate público sobre políticas de juventude, consolidando a visão dos(as) jovens como sujeitos de direito.

• Destaques: criação da rede internacional da pesquisa, abrangendo cerca de 50 pessoas em seis países (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai); geração de informações sobre jovens organizados na América do Sul e suas demandas, a partir das 19 situações-tipo estudadas na pesquisa; realização de seminário internacional (maio) para a definição das situações-tipo e formação da rede de pesquisa; realização de viagens de campo para Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai (junho e agosto); participação em congresso no Canadá sobre deliberação e diálogo, apresentando os processos e resultados do intercâmbio Canadá– Brasil e a utilização da metodologia dos Grupos de Diálogo entre jovens brasileiros(as); orga-nização de livro com artigos sobre a pesquisa Juventude Brasileira e Democracia (realizada em 2005), com especial ênfase na metodologia utilizada.

• Resultados

Fortalecimento das redes juvenis no Brasil, por meio de estudo e geração de conhecimento sobre grupos juvenis e suas demandas em seis países. Circulação de informações e análises pela rede internacional da pesquisa. Estreitamento de relações entre sociedade civil no Brasil e no Canadá.

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• Destaques: participação em encontros da Reunião Especializada da Juventude do Mercosul, organizada por Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Parlamento do Mercosul, apre-sentando resultados iniciais da pesquisa; realização de evento de lançamento do relatório final da pesquisa na Cúpula Social do Mercosul; elaboração dos relatórios de pesquisa: 19 relató-rios de situação-tipo, seis relatórelató-rios nacionais e um relatório final.

• Resultados

Reconhecimento da importância da pesquisa pela Reunião Especializada da Juventude do Mercosul, destacando sua relevância para realizar o diagnóstico do tema (a apresentação também contribuiu para ressaltar a necessidade de mais participação da sociedade civil). Estímulo ao debate sobre a necessidade de coordenação regional para políticas de juventude em seminário promovido pelo Parlamento do Mercosul e pelo Congresso Nacional Brasileiro; apropriação de informações da pesquisa por formuladores(as) e gestores(as) de políticas públicas de juventude nos âmbitos nacionais e regional.

Participação no Conselho Nacional de Juventude

(Conjuve)

• Destaques: participação nas reuniões ordinárias e extraordinárias, além de outras ativida-des vinculadas ao espaço do Conjuve; participação no Grupo de Trabalho (GT) que trata do funcionamento, estrutura e formas de renovação do Conjuve; participação nas reuniões e atividades de organização da Conferência Estadual de Juventude.

• Resultados

Fortalecimento do campo de debate das políticas públicas em âmbito nacional e ampliação dos direitos garantidos para a juventude brasileira.

Construção de dinâmica de consulta/ debate ampliado sobre as políticas públicas de juven-tude em âmbito nacional (conferências). Criação de sistema eletivo para a escolha dos pró-ximos conselheiros(as). Ampliação do debate sobre as políticas públicas de juventude no estado do Rio de Janeiro.

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7 Observatório da Cidadania:

direitos e diversidades

Direitos Humanos

• Destaques: produção, animação e alimentação do Portal de Direitos Humanos e do boletim eletrônico diário; trabalho de ampliação da participação de entidades de diferentes perfis no Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos (Fendh).

• Resultados

Três mil acessos por dia no Portal de Direitos Humanos, com atualizações diárias. Ampliação da cultura de direitos entre as organizações da sociedade civil (OSC) e movimentos que passa-ram a assumir o direito como valor estratégico.

Cerca de 50 redes, movimentos e OSC envolvidas no Fórum, sendo que mais de 300 outras foram envolvidas e mobilizadas nas ações de comunicação (debates, notícias etc.) e nas atividades relacionadas aos encontros e conferências.

• Destaques: coordenação, articulação e animação do Fendh; realização do II Encontro Nacional de Direitos Humanos – Segurança Pública e Acesso à Justiça.

• Resultados

Fortalecimento da articulação de cerca de 50 redes, movimentos e OSC na defesa dos direitos (a mais recente rede a ingressar no Fórum foi a Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo / Apoinme).

Promoção da ampliação da participação no Fendh de setores não-tradicionalmente envol-vidos nas lutas pelos direitos humanos, tais como movimentos negros e indígenas, LGBTTT, trabalhadores(as) rurais, camponeses(as) etc.

Trezentas entidades participantes no II Encontro Nacional de Direitos Humanos (em setembro) com, aproximadamente, 600 participantes.

• Destaques: presença permanente do Ibase como interlocutor na Secretaria Especial de Direitos Humanos (Sedh), no Ministério Público, Parlamento (Comissão de DH da Câmara), Judiciário, na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e como membro do Conselho Distrital de Direitos Humanos de Brasília.

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• Resultados

A ação enérgica do Ibase evitou que o governo encaminhasse lei criminalizando movimentos populares sob pretexto de combater terrorismo.

Ação do Ibase na coordenação do Fendh buscou enquadrar projeto de lei que transforma Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana em Conselho Nacional de Direitos Humanos (algo mais próximo aos “Princípios de Paris”). A ação ainda não surtiu efeito, mas já provocou debate nacional sobre o tema.

Atividades de apoio à demarcação de terras indígenas no Espírito Santo (Tupinikim e Guarani) contra a ação da Aracruz Celulose e da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Apoio às ações do movimento feminista por legislação protetiva dos direitos sexuais e reprodutivos no Congresso Nacional.

Debate de todos os projetos de lei em tramitação na Comissão de Direitos Humanos e Mino-rias da Câmara dos Deputados.

Educação a Distância

• Destaques: organização do curso de educação a distância Controle Social do Orçamento Público.

• Resultados

Cerca de 230 ativistas capacitados(as) para incidir no ciclo orçamentário (110 homens e 120 mulheres).

Diálogos contra o Racismo

• Destaques: Diálogos contra o Racismo levados para escolas de ensino médio e eventos com jovens; Diálogos nas empresas; difusão da campanha “Onde você guarda o seu racismo?” em TVs e rádios e distribuição de materiais e de spots pela rede de entidades.

• Resultados

Promoção do debate sobre racismo como violação dos direitos humanos para estudantes do ensino médio: 4 mil jovens mulheres, 3 mil jovens homens e 2 mil trabalhadores e trabalha-doras (50% mulheres).

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Observatório da Cidadania (OC)

• Destaques: em parceria com organizações e movimentos de mulheres e direitos humanos, promoção de debates, seminários e oficinas sobre políticas de segurança pública; violência contra a mulher; política de seguridade social e exclusão das mulheres; tendo gênero e raça como limitantes para a cidadania plena; oficina do OC para avaliação dos dez anos de monitoramento de políticas no Brasil e para sugerir agenda para o futuro.

• Resultados

Público ampliado, a maioria mulheres, incluindo camponesas, trabalhadoras rurais e pesca-doras – 400 mulheres no Fórum Paralelo e Itinerante de Previdência Pública (FPIPP) e 150 nos debates sobre gênero e desigualdades.

Público de 2 mil pessoas nas oficinas, exposições e exibição de filmes (80% mulheres). Realização de oficina sobre o Programa Nacional de Segurança com Cidadania e de avaliação da Lei Maria da Penha, em setembro, em parceria com Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea) e SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia.

Início do processo de revalorização do OC como espaço plural de debate de políticas e propostas. Novos temas para a agenda (meio-ambiente, juventude, análises comparadas com a América Latina) e ênfases temáticas (segurança pública e violência) definidas, sempre com recorte para as questões de gênero e raça.

Início do processo de articulação com outras OSC, majoritariamente de mulheres, para deba-ter e incidir sobre políticas referentes à violência e à segurança pública.

• Destaques: participação no FPIPP; mobilização pela implementação da reforma política – pela ampliação da democracia direta e participativa; articulação para incidir no processo de definição do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci); participação no Fórum Brasil do Orçamento.

• Resultados

Em 2007, tivemos pouquíssima capacidade de incidência com relação à implementação da reforma política e da política de previdência social. Com relação à incidência da articu-lação em torno ao Pronasci, pequenas conquistas no Senado foram anuladas no decorrer do processo.

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Liberalização Financeira e Governança Global:

o papel dos organismos internacionais

• Destaques: primeira fase da pesquisa realizada, com a participação de especialistas de 13 países; debate em seminário internacional e resultados reunidos no livro Quem controla

o sistema financeiro?, versões em inglês, espanhol e português.

• Resultados

Exemplares do livro Quem controla o sistema financeiro? distribuídos para redes e fóruns da sociedade civil de diversos países, destacando a questão do déficit democrático na governança financeira global. Agenda e metodologia para continuação do projeto e da pesquisa definidas.

8 Responsabilidade Social e Ética

nas Organizações (RSEO)

Monitoramento de empresas e indicadores

do balanço social

• Destaques: organização de um banco de dados com 1.288 balanços sociais de 345 grandes empresas, responsáveis por R$ 680 bilhões de receita anual e 1,7 milhão de postos de trabalho; participação na “Campanha 2007: atenção para a grave situação das pessoas com deficiência nas empresas brasileiras”. A concessão do selo considerou uma cota mínima proporcional de pessoas com deficiência nas empresas e foi organizada uma oficina para discutir inclusão das pessoas com deficiência (PCDs) no mercado de trabalho, com presença de representantes de empresas, governo e ONGs; pela primeira vez, houve análise de conteúdo dos balanços das empresas em relação à melhoria contínua nos investimentos sociais, ambientais e na valorização da diversidade.

• Resultados

Com a implementação de maior rigor dos critérios para receber o selo Balanço Social Ibase/ Betinho, o número de recebimentos caiu de 52 para 17.

O tema obteve 74 incidências na mídia comercial e 130 grandes empresas utilizaram o modelo Ibase de balanço social. As iniciativas implementadas nesse ano contribuíram para ampliar o debate sobre inclusão de PCDs no mercado de trabalho, sobre transparência nas empresas e, ainda, sobre a evidência de que, no tema da RSE, o discurso evoluiu mais rápido do que a prática. O balanço social é a ferramenta de RSE mais utilizada no Brasil e seus dados ampliaram o debate crítico sobre o tema.

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Monitoramento das empresas brasileiras

multinacionais na América Latina e na

África Lusófona

• Destaques: início da pesquisa sobre as práticas de empresas brasileiras nos cinco países da África Lusófona – Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique; elaboração de questionário, contato com ONGs e sindicatos, sistematização das informações coletadas, elaboração de site.

• Resultados

Os contatos e intercâmbio de informações entre organizações brasileiras e africanas foi ampliado, bem como foram identificadas empresas e organizações estratégicas. Ficou evidente o forte interesse de diversos setores e agências neste levantamento.

Controle social sobre as empresas

• Destaques: adoção de novos critérios para adquirir o selo Balanço Social Ibase/Betinho 2007; envio do balanço social para as entidades sindicais e/ou representativas das categorias profissionais que integram o corpo funcional das empresas; realização de consulta pública no site <www.balancosocial.org.br> por 60 dias; realização do Seminário Internacional da Plataforma Brasil de RSE, com representantes de diversas organizações da sociedade civil do Brasil, da Argentina e do Uruguai.

• Resultados

Cerca de 100 sindicatos receberam os balanços sociais das empresas. A consulta pública no

site obteve 47 manifestações críticas; instituições e empresas assinaram a carta de princípios

e a carta-compromisso da Plataforma Brasil de RSE. O apoio à campanha para ONGs não receberem recursos de empresas de tabaco foi ampliado, bem como a sensibilização e o envolvimento de ONGs, movimentos sociais e sindicatos nas discussões sobre responsabilidade social e impacto das empresas.

Transparência nas ONGs

• Destaques: organização de oficina para discutir transparência nas ONGs, com a presença da Associação Brasileira de ONGs (Abong) e mais dez organizações-referência; produção e distribuição de CD sobre o tema; transferência para a Abong da responsabilidade pela sensibilização e animação do tema entre as ONGs brasileiras; elaboração e efetivação do Código Interno de Relações com Empresas do Ibase.

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• Resultados

Produção e distribuição de 500 cópias de CD sobre transparência nas ONGs. Debate e sensibilização interna sobre como o Ibase deve se relacionar com as empresas. O Ibase tornou-se exemplo para outras organizações que já começaram a discutir a questão e criar seus códigos. Código Interno de Relações com Empresas enviado para dezenas de organi-zações. Ampliação do debate sobre transparência nas ONGs no Brasil.

• Destaques: coordenação e participação na Plataforma Brasil de RSE, Red Puentes e OECD Watch; palestra e participação no Seminário OECD Watch em Madri; co-organização de seminário internacional Plataforma Brasil de RSE no Rio; co-organização de seminário em parceria com Red Puentes/ICCO, em São Paulo.

• Resultados

Nesse ano, o Ibase tornou-se uma referência política e de iniciativas na coordenação da Red Puentes – que engloba 56 organizações de oito países da América Latina e Europa. Fortalecimento das redes internacionais e visibilidade perante empresas, governos e imprensa nacional e internacional. Pressão sobre o governo brasileiro para que o PCN funcione de forma efetiva no controle sobre as empresas multinacionais que atuam no Brasil. Fortaleci-mento do debate crítico sobre o tema da RSE.

9 Soberania e Segurança Alimentar

e Nutricional

Formação participativa em segurança

e soberania alimentar

• Destaques: participação de atores sociais formados no processo preparatório e na rea-lização das conferências regionais, estaduais e nacional de segurança alimentar e nutri-cional (SAN).

• Resultados

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Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar

e Nutricional (FBSAN)

• Destaques: Seminário Preparatório para a III Conferência Nacional de SAN, realizado em São Paulo, 13 a 15 de fevereiro.

• Resultados

Incidência na formulação e aprovação de proposições para a III Conferência Nacional de SAN e ampliação da articulação nacional de SAN.

Pesquisa: Repercussões do Programa Bolsa

Família na Segurança Alimentar e Nutricional

dos Beneficiários

• Destaques: conclusão da etapa qualitativa da pesquisa, indicando hipóteses para a formu-lação dos instrumentos da etapa quantitativa; realização da etapa de campo da pesquisa quantitativa.

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As Estratégias Institucionais visam criar

condições de viabilidade política e econômica

para o Ibase. Também pretendem garantir

a qualidade, a eficiência e a eficácia de sua

intervenção. Têm por base nodos internos

de trabalho que agrupam equipes

e atividades afins que buscam conectar

o Ibase como um todo. Como parte do

Relatório 2007, apontam-se, a seguir,

as principais atividades realizadas em cada

Estratégia Institucional.

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1 Administração e Finanças

Políticas Funcionais

• Destaques: dentre as metas estabelecidas no Plano Estratégico, deve-se destacar que, em conjunto com a comissão de funcionários(as), foram desenvolvidos procedimentos para avaliação de desempenho; apoio ao treinamento de pessoal, desde o ensino fundamental até a pós-graduação, incluindo o treinamento de idiomas e a qualificação profissional dirigida à melhoria do desempenho funcional; e implantação da Comissão Interna de Acidentes (Cipa). • Resultados

A primeira avaliação de desempenho será realizada em 2008. Foram criados instrumentos de motivação e aperfeiçoamento profissional dentro da instituição.

Software Livre

• Destaques: implementação do Sistema de Gestão de Informação (SGI). A empresa contra-tada atrasou o cumprimento do cronograma acordado no contrato, estabelecendo novas etapas, também descumpridas.

• Resultados

O Ibase notificou a empresa contratada para finalizar o Sistema de Gestão de Informação ou efetuar a devolução do valor pago.

2 Comunicação

Portal do Ibase

• Destaques: o conteúdo da Agência Ibase – seção de jornalismo online – foi reformulado, focando mais nas conjunturas nacional e internacional e nos grupos excluídos por uma ótica macro, priorizando assuntos mais polêmicos, estimulando o debate por parte do público do Portal, por meio da ferramenta Manifeste-se!; especialistas em variados assuntos foram convidados(as) a assinar colunas no Portal (tal parceria já completou um ano e é feita volun-tariamente); reformulação visual do boletim semanal – fonte de informação para assinantes sobre as novidades publicadas no Portal e veículo de convocação do público para atividades do Ibase; foram estudadas formas de implementar galeria de arte e produção de audiovisual.

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• Resultados

O Portal do Ibase recebeu 701 mil visitantes e teve 4 milhões 200 mil páginas visitadas. Foi citado e teve seu endereço divulgado em 274 diferentes sites, nacionais e internacionais. A ferramenta Manifeste-se! contou em 2007 com o dobro de participação (620 manifesta-ções) em comparação com 2006 (396 manifestamanifesta-ções). De 2006 a 2007, o número de assinantes do boletim do Ibase passou de 17 mil para 20 mil.

Jornal da Cidadania (JC)

• Destaques: criação de grupo-tarefa formado por funcionários(as) para realizar mudanças estruturais na publicação, tanto no que diz respeito ao cadastro como mudanças gráficas e editoriais; visando aproximação com o público, participação em eventos escolares e visitas a escolas públicas de dois municípios da Baixada Fluminense, Nova Iguaçu e Duque de Caxias, para conversas com a direção e professores(as); contatos e parcerias com Coordenadorias Metropolitanas Escolares da Baixada Fluminense para melhorar o aproveitamento e a distri-buição da publicação; criação de um grupo focal com nove jovens para obter impressões sobre conteúdo e forma do Jornal da Cidadania; criação do projeto Ibase vai às Escolas; produção de duas edições, com tiragens de 103 mil e de 61 mil exemplares.

• Resultados

A partir da pesquisa realizada em 2004–2005, optou-se por aprofundar questões relevantes. Uma delas foi a utilização do Jornal da Cidadania pelas escolas. Foram visitadas 14 escolas de Nova Iguaçu e Duque de Caxias, quando se percebeu a necessidade de indicação de trabalho por parte da equipe do jornal para que o veículo fosse mais bem utilizado. Por uma questão inerente ao funcionamento escolar, o professorado tinha um conhecimento aleató-rio dos exemplares enviados. Essa informação dependia da direção da escola e/ou orientação pedagógica. A equipe de Comunicação decidiu aproximar-se das Coordenadorias Metro-politanas Escolares, que fazem parte da organização escolar do estado do Rio de Janeiro. São nelas que se concentram determinadas escolas e é a partir delas que algumas diretrizes escolares são definidas.

Outro passo foi a criação de um grupo focal com jovens para obter impressões sobre conteúdo e forma do JC. Dentre os pontos discutidos, destacamos que os(as) jovens presentes gostavam do Jornal da Cidadania, mas revelaram necessidade de atualização gráfica (mais ilustrações e cores), o acesso ao jornal deveria continuar via professorado; mais espaço para questões cul-turais; calendário com datas importantes relativas a vestibulares e atividades estudantis, entre outros. A partir daí, foi feita a transformação gráfica e editorial, bem como alterações cadastrais. Por conta desse processo de mudanças, nesse ano, foram veiculadas duas edições: em março e outubro. Boa parte das sugestões foi incorporada ao novo projeto, incluindo a criação de espaços de manifestações por parte de professores(as) e estudantes. Outro elemento impor-tante foi o fortalecimento do nome e missão do Ibase por meio de quadrinhos, uma forma lúdica e mais próxima da linguagem da juventude. Cerca de 515 mil pessoas leram e se beneficiaram com a publicação ao longo de 2007.

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No intuito de aproximação com o público, o Ibase começou, também, a participar mais de atividades nas escolas. Essas reuniram várias áreas e pessoas da instituição. No contexto do Jornal da Cidadania, então, surge a iniciativa Ibase vai às Escolas, que será, em 2008, um projeto agregador de iniciativas da instituição, incluindo o jornal.

Ibase vai às Escolas

• Destaques: participação em seis eventos educacionais realizados no estado do Rio de Janeiro, principalmente na Baixada Fluminense, público-alvo do Jornal da Cidadania, em parceria com a iniciativa Diálogos contra o Racismo.

• Resultados

Estreitamento do contato direto com o público-alvo do Jornal da Cidadania; fortaleci-mento da divulgação da campanha “Onde você guarda o seu racismo?”, parte da iniciativa Diálogos contra o Racismo; apresentação de outras publicações e projetos desenvolvidos pelo Ibase a públicos diferenciados. Ao longo do ano, cerca de 9 mil pessoas foram benefi-ciadas com essa iniciativa.

Revista Democracia Viva

• Destaques: temas mais “colados” à conjuntura nacional e internacional, aumentando o interesse da mídia (comercial e não-comercial) em reproduzir artigos e entrevistas e/ou utilizar articulistas como fontes para produção de reportagens; número de jornalistas no cadastro da revista ampliado; visando implementar nova estratégia de divulgação da revista, foi firmada parceria com a revista Teoria & Debate, da Fundação Perseu Abramo, fruto de trabalho con-junto com a assessoria de imprensa do Ibase; reformulação gráfica leve, visando diminuir custo de produção, sem alterar a qualidade da publicação.

• Resultados

Em 2007, a revista buscou cumprir seu papel de influenciar o debate público. Os pedidos de reprodução de artigos e/ou entrevistas e as citações da publicação em outras mídias (comer-ciais e não-comer(comer-ciais); o comprometimento e o interesse de especialistas, lideranças e formadores(as) de opinião externos ao Ibase em produzir, sem remuneração, artigos exclusivos – foram 32 ao longo do ano – são indicadores desse resultado.

A internet se tornou valiosa ferramenta para estreitar a relação com o público leitor e ampliá-lo. Um indicador são as cerca de 300 citações da revista ou de seus conteúdos em sites e blogs de jornalismo e as cerca de 1 mil mensagens eletrônicas úteis recebidas pelo endereço <democraciaviva@cidadania.org.br>. Nessas mensagens, vale destacar os artigos redigidos espontaneamente por leitores(as) na tentativa de serem publicados (dos 16 textos enviados por e-mail para a redação, dois foram publicados na revista).