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Processo

3378/18.6 T8PNF

Data do documento 4 de abril de 2019

Relator

Beatriz Ribeiro Correia TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DO PORTO ESTE | SOCIAL

Penafiel, Juízo do Trabalho, Juiz 4

Sentença

DESCRITORES

Contra-ordenação laboral > Fundamentação da decisão administrativa > Dever de ocupação efetiva

SUMÁRIO

- A decisão administrativa deverá conter, sob pena de nulidade, a narração, ainda que sintética, dos factos que fundamentam a aplicação ao arguido de uma sanção administrativa, e deverá ser fundamentada.

- O prazo de 60 dias a que alude o art.º 24º da Lei 107/2009 é um prazo meramente ordenador, não tendo a virtualidade de operar a caducidade do procedimento contraordenacional nem da contra-ordenação.

- Não viola o dever de ocupação efectiva a entidade patronal cuja organização de trabalho não lhe permitiu, num primeiro momento, atribuir imediatamente tarefas a um trabalhador que havia estado estado ausente do serviço cerca de um ano, o que motivou reorganização da actividade da entidade patronal, e, num segundo momento, o trabalhador recusou as tarefas que lhe foram acometidas, de forma que não se pode ter por justificada.

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TEXTO INTEGRAL I. Relatório:

N... R... N... A... Y... W... Z... Q...., NIF L... B... W..., com sede e local de

trabalho na Rua D. D... W..., M..., veio deduzir impugnação judicial à decisão proferida pela Autoridade para as Condições do Trabalho, que lhe aplicou a coima única no valor de 3,5 UC, a que corresponde o valor monetário de € 4.850,00 (Quatro Mil Oitocentos e Cinquenta Euros), por violação ao na alínea a), do n.º 1, do artigo 129º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009 de 12 de Fevereiro, tendo em conta o enquadramento do artigo 59º, n.º 1 alíneas b) e c) (com a força que lhe advém do artigo 18º, n.º 1) da Constituição da República Portuguesa, a que corresponde uma contraordenação muito grave prevista pelo n.º 2 do mesmo artigo do Código do Trabalho e punível pelo nos termos da al. a) do n.º 4 do artigo 554º do Código do Trabalho.

Conclui formulando as seguintes conclusões:

- Jamais os Arguidos violaram, seja de que forma fosse, o disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 129.º do Código do Trabalho, não passando a presente decisão condenatória do que os mesmos foram alvo de um desvirtuamento da mesma disposição legal e da inadvertida subsunção da realidade fáctica à mesma. Isto, sem deixar de mencionar o erro de julgamento da matéria de facto carreada para os próprios autos.

- A decisão condenatória encontra-se inquinada pelo vício da nulidade, na medida em que, no que aos factos respeita, se limita a transcrever ipsis verbis o auto de notícia,

- Sem sequer se dignarem a fazer um mínimo juízo crítico acerca da realidade fáctica transcrita para o Auto de Notícia e a sua contraposição com a prova produzida no seio do processo, mecanismo que deveria anteceder qualquer julgamento fáctico e de direito.

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o disposto na alínea a), do n.º 1 do artigo 129.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009 de 12 de Fevereiro, tendo em conta o enquadramento no artigo 59.º, n.º 1 alíneas b) e c) (com a força que lhe advém do artigo 18.º, n.º 1) da Constituição da República Portuguesa, a que lhe corresponde uma contra-ordenação muito grave prevista pelo n.º 2 do mesmo artigo do Código do Trabalho, punível pelo nos termos da al a) do n.º 4 do artigo 554.º do Código do Trabalho”.

- Pois bem, os Arguidos vêm acusados da violação do referido dispositivo legal previsto na alínea a), do n.º 1 do artigo 129.º do Código do Trabalho.

- Acontece que, a decisão condenatória é totalmente omissa quanto a quaisquer factos que conduzissem à prática desta infracção.

- Não sendo, em nenhum momento, imputados aos ora Arguidos quaisquer factos que preenchessem os elementos objectivos desta norma.

- No que à motivação respeita, pode ser lido ““A convicção resultou da conjugação de todos os elementos de prova, nomeadamente do auto de notícia, da resposta escrita apresentada pela arguida, que não obstante ter refutado os factos pelos quais vinha acusada, não criou a convicção da veracidade de tais factos (…).”.

- É absolutamente inadmissível que uma decisão se baste com uma motivação assente em conceitos gerais e de sintaxe dúbia.

- A fundamentação não é uma exposição atomística de factos e meios probatórios, sendo, sempre, imperioso a explanação que levou a alcançar determinado desiderato e porque é que foi concedida relevância a determinadas provas e não a outras.

- Resulta igualmente que foi dado como facto provado ou facto não provado o elemento objectivo da contra-ordenação imputada aos ora Arguidos – no caso a sua oposição, por qualquer forma, a que a trabalhadora exercesse os seus direitos, bem como despedi-la, aplicar-lhe outra sanção, ou tratá-la desfavoravelmente por causa desse exercício -, razão pela qual a presente

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decisão condenatória é totalmente omissa de factualidade provada.

- Não existe, portanto, qualquer factualidade que permita afirmar que a alegada conduta dos Arguidos preencheu o tipo objectivo da contra-ordenação a que ora foram condenados.

- A decisão é nula por omissão de aspectos essenciais impostos pela alínea b) e c) do número 1 do artigo 25.º do RLCOL.

- Pelo que devem os ora Arguidos ser imediatamente absolvidos dos presentes autos, o que se alega e expressamente se requer para todos os legais efeitos. - O direito à fundamentação das decisões administrativas é um corolário do direito de audiência, uma vez que dele decorre que a autoridade administrativa deve demonstrar que tomou em consideração os argumentos apresentados pelos visados, o que lhes permite impugnar a decisão, bem como permite ao Tribunal exercer uma função de controlo da legalidade da decisão.

- Se a decisão da autoridade administrativa não for suficientemente precisa nos seus fundamentos de modo a permitir o exercício dos direitos de impugnação, ela padece de um vício. O que sucede, precisamente, com a decisão em crise. - Não basta que a decisão condenatória refira “A convicção resultou da conjugação de todos os elementos de prova, nomeadamente do auto de notícia, da resposta escrita apresentada pela arguida, que não obstante ter refutado os factos pelos quais vinha acusada, não criou a convicção da veracidade de tais factos (…)”.

- E, depois, acrescentar que os argumentos da Arguida são “argumentos contrariados pela prova produzida”,

- Como bem afirma VÍTOR SEQUINHO DOS SANTOS, em Revista do Centro de Estudos Judiciários, 2.º semestre 2010, n.º XIV, pp 333-381:

“Os requisitos formais que o artigo 58.º do RGCO estabelece têm de ser cumpridos exactamente com o mesmo rigor que é exigido aos juízes no cumprimento dos requisitos que os códigos de processo impõem para as sentenças ou despachos. O direito processual é para ser cumprido por todos,

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não gozando a Administração Pública de qualquer privilégio neste domínio”. - Ora, o direito de audição e defesa do arguido, vertido no artigo 50.º do RGCO goza, igualmente, de protecção constitucional (artigo 32.º, n.º 10.º da C.R.P.). - E este direito de defesa implica, como é bom de ver, mais do que a simples possibilidade de pronúncia.

- Para ter um conteúdo efectivo, torna-se imprescindível que a decisão que vier a ser tomada se pronuncie sobre os factos e as questões jurídicas suscitadas na defesa, julgando os primeiros como provados ou não provados e as segundas como procedentes ou improcedentes, sempre com fundamentação adequada. - E fundamentação adequada é aquela que permita aferir por que razão os factos por si alegados foram julgados provados ou não provados e as razões de direito por si suscitadas foram ou não acolhidas pela autoridade decisora.

- Posto isto, e para que o direito de defesa dos Arguidos não fosse coarctado, impunha-se que a decisão contivesse uma descrição completa dos factos que a autoridade administrativa considera não provados.

- Principalmente nos casos, como o dos autos, em que os factos julgados não provados – os factos que consubstanciavam a actuação com a diligência devida e a não prática de qualquer acto subsumível a ilícito contraordenacional -foram alegados pelos Arguidos e estes acabaram condenados.

- Tal como assevera VITOR SEQUINHO DOS SANTOS, quando conclui que: “Por este conjunto de razões, parece-me forçoso concluir que a decisão administrativa condenatória, quando não considerar provados factos alegados pela defesa, terá de os discriminar como tal, terá de enumerar esses factos como não provados”.

- Não pode a autoridade administrativa, na decisão condenatória, ignorar pura e simplesmente a defesa apresentada pelos Arguidos, fazendo de conta que ela não existe.

- E também não pode julgar provados os factos que imputou aos Arguidos no momento em que lhe deu o contraditório indicando, apenas, os meios de prova

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que, no seu entendimento, sustentam estes últimos, sem qualquer explicação sobre a razão por que não considerou credíveis os argumentos e, sendo o caso, os meios de prova apresentados pelos Arguidos.

- Ora, quer a falta de fundamentação da decisão da autoridade administrativa que ora se impugna, quer a omissão de pronúncia da mesma relativamente a concretas questões colocadas pelos Arguidos terá de conduzir, irremediavelmente, à sua nulidade, o que expressamente se alega e requer para todos os efeitos legais. - cfr. artigo 379.º do C.P.P., por remissão do RGCO e RGCOL

- Conforme bem resulta do processo administrativo já identificado, o auto de notícia em apreço foi deduzido em 15 de Janeiro de 2018, tendo sido o processo distribuído ao seu instrutor em 08 de Fevereiro de 2018 (cfr. Auto de Notícia). - O qual foi notificado aos Arguidos, em 20 de Fevereiro de 2018, por determinação do Instrutor do processo, para os efeitos previstos nos artigos 17.º e 19.º da Lei n.º 107/2009, de 14 de Setembro.

- Os Arguido apresentaram a sua defesa escrita, em 08 de Março de 2018, tendo arrolado para o efeito quatro testemunhas.

- E, em 03 de Outubro de 2018, foi, finalmente, o último dos Arguidos notificado da decisão final proferida no processo de contra-ordenação.

- Nos termos do artigo 24.º da Lei n.º 107/2009, de 14 de Setembro, o prazo para a conclusão da instrução é de 60 dias, contados da data da distribuição do processo ao respectivo instrutor. - cfr. artigo 24.º, n.º 1 e n.º 3 da Lei n.º 107/2009 de 14 de Setembro (doravante, RGCOL).

- No caso em apreço, entre a notificação aos Arguidos, em 20 de Fevereiro de 2018, data em que já havia sido nomeado instrutor do processo, e a data da decisão final, 17 de Setembro de 2018, mediaram não 60 dias, mas mais de seis meses.

- Não consta nem da decisão final, nem de qualquer outra notificação efectuada aos Arguidos, proposta ou despacho de prorrogação sucessiva do prazo de 60

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dias ou o fundamento que permitisse tal prorrogação, conforme exige o artigo 24 n.º 2 do RGCOL.

- Uma vez que, o prazo de 60 dias é forçosamente um prazo peremptório, o que resulta do facto de o legislador ter previsto a possibilidade da sua "prorrogação sucessiva”, e apenas em casos "devidamente fundamentados”, retirando margem aos instrutores para prorrogarem indefinidamente os processos contra-ordenacionais que têm sobre sua exclusiva égide, o que, nem isso sucedeu, no caso em apreço.

- Tendo a autoridade administrativa excedido, de forma flagrante, os prazos legalmente previstos para a duração da fase instrutória do processo contra-ordenacional, tal facto deverá determina, necessariamente, a sua caducidade, o que expressamente se invoca e requer para todos os legais efeitos.

- O Auto de notícia em apreço imputava aos Arguidos a violação derivada do facto de «se ter oposto a que a trabalhadora infra identificada exercesse o direito ao trabalho em condições de efectiva e plena ocupação nas funções que correspondem ao objecto do contrato, nomeadamente não lhe distribuindo qualquer tarefa, bem como não facultando à trabalhadora os meios e instrumentos de trabalho necessários à sua execução».

- Tal mereceu a sua resposta escrita arrolando quatro testemunhas para inquirição, aduzindo para o efeito uma panóplia exaustiva de pertinentes e esclarecedores argumentos fácticos, os quais posteriormente vieram a ser totalmente sustentados pela prova produzida no seio do processo contra-ordenacional em crise.

- Indiferente aos factos elencados pelos Arguidos na sua Resposta escrita, e à prova produzida, veio a ACT proferir decisão condenatória a condenar os Arguidos na prática de uma contra-ordenação grave, a título de dolo, considerando para o efeito que os mesmos violaram o disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 129.º do Código do Trabalho. “tendo em conta o enquadramento do artigo 59.º, n .º 1 b) e c) (…) da Constituição da República Portuguesa”:

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«1 - É proibido ao empregador:

a) Opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador exerça os seus direitos, bem como despedi-lo, aplicar-lhe outra sanção, ou tratá-lo desfavoravelmente por causa desse exercício; (…) »

- Constituem elementos objectivos do tipo legal de contra-ordenação cuja prática foi imputada aos Arguidos (alínea a) do n.º 1 do artigo 129.º do Código do Trabalho):

a) Ter existido oposição dos Arguidos ao exercício de qualquer direito pela trabalhadora H... T...;

b) Despedir a trabalhadora H... T... ou aplicar-lhe qualquer sanção disciplinar;

c) Tratar desfavoravelmente a trabalhadora H... T... devido ao exercício dos seus direitos;

- Ora, a factualidade descrita da Decisão Condenatória é totalmente insuficiente para o preenchimento de qualquer um destes elementos típicos da infracção imputada, desde logo por ser omissa quanto a quaisquer factos que conduzissem à prática desta infracção, e muito menos uma infracção deste teor, já que em nenhum momento foram imputados aos ora Arguidos quaisquer factos que preenchessem os elementos objectivos desta norma.

- Razão pela qual é absolutamente liminar que não se podem – seja de que forma for - permite considerar preenchidos os elementos típicos da infracção vertida na alínea a) do n.º 1 do artigo 129.º CT.

- Isto dito, é axiomático que estamos perante uma falta de factualidade suficiente para a decisão condenatória aplicada pela ACT.

- Na verdade, não consta daquela matéria de facto dada como provada que os Arguidos se tenham oposto ao exercício de qualquer direito pela trabalhadora E... T..., ou que a tivessem despedido ou lhe tivessem aplicado qualquer sanção disciplinar. Muito menos consta na matéria de facto considerada como provada que os Arguidos tenham, em momento algum, tratado

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desfavoravelmente a trabalhadora E... T... como represália pelo exercício dos seus direitos.

- Ao não ser dado, em momento algum, como facto provado ou facto não provado o elemento objectivo da contra-ordenação imputada aos ora Arguidos – no caso a sua oposição, por qualquer forma, a que a trabalhadora exercesse os seus direitos, bem como despedi-la, aplicar-lhe outra sanção, ou tratá-la desfavoravelmente por causa desse exercício -, resulta que a decisão é omissa de factualidade provada.

- Não existindo, in casu, o elemento objectivo necessário à condenação dos Arguidos.

- O que significa, em conclusão, que se não existe qualquer factualidade que permita afirmar que a alegada conduta dos Arguidos preencheu o tipo objectivo da contra-ordenação de que se encontravam acusados, tal deverá determinar a sua imediata absolvição, o que se alega e expressamente se requer para todos os legais efeitos.

- Assevere-se que a presente impugnação judicial consubstancia o mais profundo inconformismo dos Arguidos face à Decisão Condenatória proferida pela Sra. Instrutora da ACT, entendendo, sem quebra do respeito sempre devido por douta opinião em contrário, ser desajustada quer da própria matéria fáctica assente, quer dos normativos legais positivos aplicáveis in casu, padecendo de graves erros, tanto no que tange ao seu julgamento de facto como de Direito.

- Salvo devido e natural respeito, decidiu-se de forma complexa e exorbitante questão bem simples, não se atribuindo ao caso em apreço o rigor técnico-jurídico que se esperava da Autoridade para as Condições do Trabalho, na qualidade de organismo público que deveria pautar-se por um comportamento prossecutor dos direitos e interesses de todos os cidadãos de forma igualitária e justa: sejam trabalhadores, sejam empregadores - escusando-se a adoptar uma conduta proteccionista dos trabalhadores em detrimento da própria verdade

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material.

- Desde logo, e ao longo do seu libelo condenatório da ACT, vêm os Arguidos acusados da alegada prática de «obstar, de forma injustificada, a que a trabalhadora W... U... V... L... A... exercesse o seu direito ao trabalho, em condições de efectiva e plena ocupação nas funções que correspondem ao objecto do seu contrato de trabalho, nomeadamente não lhe distribuindo qualquer tarefa, bem como não facultando os meios e instrumentos necessários à sua execução»;

- Tal não corresponde à realidade fáctica, e isso mesmo foi asseverado pela própria produção de prova testemunhal!

- A trabalhadora W... U... V... L... A... no dia 23 de Novembro de 2016 apresentou, junto dos Arguidos uma baixa médica ausentando-se, a partir daí, do trabalho por “motivos de saúde”. Esta ausência prolongou-se até à data de 11 de Dezembro de 2017, altura em que regressou ao seu posto de trabalho. - Sucede porém que, este regresso foi inesperado, porquanto a trabalhadora W... U... V... L... A... havia anteriormente apresentado uma prorrogação da baixa médica em vigor até ao dia 14 de Dezembro de 2017.

- Por esse motivo, no dia 11 de Dezembro de 2017, os Arguidos foram totalmente surpreendidos com o regresso da trabalhadora ao trabalho.

- Em virtude desse facto, naquela manhã (do dia 11 de Dezembro de 2017), não foi possível atribuir, de imediato, tarefas à trabalhadora (que, relembre-se, esteve ausente do seu posto de trabalho durante mais de um ano).

- Todo este constrangimento foi apresentado e explicado à própria trabalhadora, que inicialmente mostrou compreensão pelas razões explanadas pelos Arguidos.

- Foi também referido à trabalhadora que os Arguidos necessitariam de, aproximadamente, um ou dois dias para organizar o seu regresso ao trabalho, em concreto verificar as tarefas disponíveis e que era necessário realizar, bem como que poderiam ser entregues à Autora, e ainda articular uma alternativa

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para lhe providenciar um posto de trabalho nas suas instalações.

- Todavia, e adoptando o comportamento eivado de má-fé que caracteriza toda a sua actuação, a trabalhadora E... T... dirigiu-se nessa mesma manhã às instalações da A.C.T. a fim de apresentar uma queixa contra a Arguida, afirmando aí factos que não correspondiam, de todo, à realidade fáctica.

- Nesse mesmo dia 11 de Dezembro de 2018, e por falta de secretárias para o efeito, os Arguidos encaminharam a trabalhadora para um gabinete nas suas instalações. Este gabinete situa-se numa zona interior do edifício, sendo um espaço perfeitamente iluminado, amplo e arejado.

- Aliás, sempre se refira, que este gabinete, no ano de 2017, foi utilizado como gabinete pessoal do aqui Arguido E... Z..., durante aproximadamente seis meses por falta de espaço físico disponível junto dos restantes colaboradores. - Durante esse tempo, o ora Arguido E... Z..., desempenhou todas as tarefas inerentes ao exercício do seu cargo naquele local, pelo que, os responsáveis entenderam que o mesmo reunia todas as condições necessárias para receber a trabalhadora temporariamente, enquanto preparavam a sua “reintegração”. - A trabalhadora E... T... manteve-se, de facto, nesse local de trabalho até ao dia 13 de Dezembro de 2017 por se tratar do único gabinete dos Arguidos que naquela data se encontrava livre.

- Todavia, perante as queixas e reclamações (infundadas) que esta apresentava diariamente junto dos seus superiores hierárquicos e tendo em conta que foi exigido pelos inspectores da A.C.T. que visitaram o local que a trabalhadora estivesse num local com luz natural, foi-lhe atribuído um novo gabinete.

- Por falta absoluta de espaço foi solicitado à trabalhadora que se instalasse num gabinete que é actualmente utilizado como sala de reuniões de outra empresa que labora no mesmo espaço físico dos Arguidos, tendo para este efeito, os Arguidos tiveram que solicitar autorização a essa terceira empresa para cedesse temporariamente aquele espaço físico.

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empresas, totalmente independentes umas das outras, sendo que, apesar de o espaço físico ser partilhado, cada uma das empresas tem as suas próprias salas e secretárias de trabalho, assim como todo o material de escritório.

- Por esse motivo os Arguidos não podiam, unilateralmente, utilizar aquelas secretárias e atribui-las à trabalhadora E... T..., sem mais.

- Pelo que é completamente falso afirmar que havia duas secretarias pertencentes aos Arguidos que estavam livres e que a trabalhadora em causa estava arbitrariamente impedida de ali se sentar e executar o seu trabalho. - Contrariamente ao primitivo gabinete onde os Arguidos tinham colocado a trabalhadora, esta nova sala não tinha uma temperatura constante e o seu sistema de climatização estava avariado – por motivos não imputáveis aos Arguidos, uma vez que a sala não é da sua propriedade –, razão pela qual cederam à trabalhadora um termo ventilador, que propositadamente foram adquirir!

- Em face de tudo o exposto, não se pode considerar, de modo algum que os aqui Arguidos tenham colocado a trabalhadora em espaços físicos inapropriados e sem quaisquer meios de trabalho ou de condições físicas.

- Estamos a falar de espaços físicos que serviram anteriormente de escritório pessoal do Arguido, e sócio-gerente da Arguida.

- Os Arguidos proporcionaram à trabalhadora todas as condições necessárias para que esta executasse o seu trabalho.

- Os Arguidos entregaram à trabalhadora diversas tarefas que a FOI A PRÓPRIA TRABALHADORA QUE SE RECUSOU A FAZER AS TAREFAS QUE LHE FORAM ATRIBUÍDAS, de forma totalmente arbitrária e injustificada.

- Foi entregue à trabalhadora uma capa de documentos de uma empresa cliente da Arguida com cerca de 350 documentos, bem como plano de contas e respectivos códigos de fornecedores e clientes,

- sendo-lhe solicitado para que a trabalhadora classificasse cada um dos documentos e imputasse os respectivos códigos para que depois pudessem ser

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lançados informaticamente.

- Este tipo de tarefas é recorrente e integrada na categoria funcional da trabalhadora em causa e de outras suas colegas de trabalho, sendo que a trabalhadora já a havia realizado antes de se ausentar por motivos de saúde. - É inclusivamente uma tarefa difícil e de grande responsabilidade, porquanto será de acordo com essa classificação que é feita que depois os códigos são inseridos informaticamente.

- Logo após ter sido entregue à trabalhadora a referida documentação, esta dirigiu-se à sala de trabalho onde estão os restantes colegas de trabalho, atirou a capa e a esferográfica para cima de uma das secretárias e afirmou em tom elevado que “não efectuava aquela tarefa porque, na sua opinião, os documentos já estavam classificados e lançados.”

- Naturalmente que tal afirmação não correspondia à verdade. Não faria qualquer sentido atribuir a alguém uma tarefa que já estivesse feita, sendo que, naquele caso, era efectivamente necessário proceder à classificação dos documentos.

- Acontece que, apesar de todas essas explicações, a trabalhadora continuou a não executar as tarefas a que estava adstrita por livre e espontânea vontade. - Dúvidas não subsistem de que os Arguidos atribuiram diversas tarefas à trabalhadora, que para as cumprir até nem precisava de muitos instrumentos de trabalho: bastava um lápis/caneta vermelha e uma caneta, atento que estamos a falar de classificação de documentos.

- A trabalhadora recusou toda a qualquer tarefa, desobedecendo às instruções e ordens dos seus superiores hierárquicos.

- a ACT inexplicavelmente desconsiderou toda esta factualidade devida e oportunamente explanada, e pior do que isso: ignorou a produção de prova realizada no âmbito do processo contra-ordenacional.

- A prova produzida nos autos é totalmente contraproducente com os factos ora descritos e considerados provados pela ACT.

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- Desde logo, porque é absolutamente inverídico que os Arguidos não tenham atribuída qualquer tarefa à trabalhadora H... T..., uma vez que lhe foram atribuídas tarefas – como já descrito.

- Tal realidade foi confirmada pela testemunha M... A... referiu isso mesmo, conforme se pode retirar do seu auto de inquirição:

«declaro, ainda, que, o Dr. T lhe pediu para numerar uns documentos pertencentes a uma empresa com a qual tem avença por forma a que a D. E pudesse classificá-los e que após a numeração de tais documentos ele entregou-os à D. K... para proceder à sua classificação»

- A testemunha S... L... asseverou isso mesmo quando inquirida para o efeito, conforme auto de inquirição assim o revela:

«Desconhece qual dos sócios é que falou com a D. K... e que ordenou que ela fosse para uma sala junto ao gabinete do arquivo onde apenas tinha um armário, uma mesa redonda e uma cadeira, não tendo qualquer janela nem luz natural, tendo-lhe sido atribuídas algumas tarefas como uma capa com documentos para classificar.»

- E, de facto, esta atribuição de tarefas – classificação de documentos – foi inclusivamente confirmado pelas Sras. Inspectoras PG... K... e CJ... O... no dia 13 de Dezembro de 2017, conforme por elas é devidamente explanado no próprio Auto de Notícia.

- aqui subjaz que, além de ser patente a entrega de tarefas à Autora logo desde o dia 11 de Dezembro de 2017 (conforme confirmado in loco pela ACT aquando da 1.ª Acção Inspectiva), foi a própria trabalhadora H... T... que recusou a execução de tarefas que lhe foram atribuídas pela entidade empregadora, as quais integravam a sua categoria funcional!

- Isso ficou também plenamente descrito pela testemunha M... A..., conforme se extrai do seu auto de inquirição:

«Mais declarou que, pouco tempo depois da entrega de tais documentos a D. K... dirigiu-se à sala onde se encontravam as colegas escriturárias e demonstrou

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o seu desagrado com o trabalho que lhe tinha sido distribuído, uma vez que, referiu que os documentos entregues já se encontravam classificados e que o Dr. E... estava a gozar “com a cara dela”, pois que, ela poderá ter pensado isso pelo facto dos documentos já se encontrarem numerados, sendo certo que, tal numeração só é habitual fazer-se no momento do lançamento dos dados no computador, ou seja, numa fase posterior à classificação, pese embora, na verdade os mesmos ainda não estivessem classificados».

- Tais factos foram igualmente sustentados pela testemunha S... L... que referiu que:

«(…) a D. E dirigiu-se à sala onde se encontravam as colegas escriturárias e demonstrou o seu desagrado com o gabinete onde tinha sido colocada e com o trabalho que lhe tinha sido distribuído, uma vez que, referiu que os documentos entregues já se encontravam classificados».

- E ainda mencionou a própria testemunha I... T... que:

«(…) no que respeita aos documentos que lhe foram entregues para classificar que não pertenciam a nenhuma das empresas distribuídas às escriturárias para classificar, mas a outro cliente do Dr. T, ao qual ele normalmente se desloca e cujo trabalho de classificação de documentos é efectuado nas instalações da empresa/cliente, razão pela qual, as colegas e ela própria não realizaram a tarefa que a D. E se recusou a fazer».

- Fica igualmente demonstrado pela prova testemunha produzida que os documentos que os Arguidos atribuíram à trabalhadora para classificar pertenciam a seus clientes, ainda não haviam sido classificados por outrem, e tratava-se de uma tarefa que todos os trabalhadores da Arguida executavam, integrando o seu conteúdo funcional.

- Se, atenta a prova testemunhal produzida e já elencada, é evidente que foram atribuídas tarefas à trabalhadora pelos Arguidos, não sendo – de modo algum – violado o seu direito à ocupação efectiva,

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instrumentos de trabalho necessários para proceder à execução daquelas tarefas: uma caneta/lápis e os papéis.

- A testemunha S... L... revelou isso mesmo:

«(…) a trabalhadora E não precisava do computador para proceder à classificação de documentos, bastando-lhe uma caneta e o plano de contas». - Tal como assevera o Supremo Tribunal de Justiça, no seu aresto de 15 de Fevereiro de 2012:

«Note-se, contudo, que o direito do trabalhador à ocupação efectiva não pode ser apreciado isoladamente, mas antes em conjugação com os restantes direitos e deveres que no âmbito da relação laboral emergem e se desenvolvem, quer por parte do trabalhador, quer por parte do empregador, impondo-se que a eventual afirmação da sua violação decorra da apreciação, conjugada e crítica, de todas as circunstâncias que, no caso concreto, a determinem.

Isto é, para se afirmar a violação do direito à ocupação efectiva é necessário que a inactividade do trabalhador seja injustificada ou decorra de obstáculos que, para o efeito, sejam ilicitamente criados pela entidade empregadora.

Ainda o mesmo acórdão: Como tal, afigura-se que embora se tenha verificado uma diminuição das tarefas que estavam atribuídas à autora, nomeadamente daquelas que constituíam o seu núcleo essência, a mesma não configura por parte da Ré uma violação do dever de ocupação efectiva da Autora.»

- É portanto, consensual que a trabalhadora nunca foi sujeita a qualquer situação de inocupação profissional, não restando dúvidas de que – em nenhum momento – a realidade fáctica vertida nos autos contra-ordenacionais poderá ser reconduzida à violação do dever de ocupação efectiva da trabalhadora H... T... e, como tal, jamais poderá ser imputado aos ora Arguidos qualquer infracção desse índole.

- Relatar que a trabalhadora foi colocada em condições de trabalho adversas não corresponde – de todo – à realidade fáctica.

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- o gabinete onde provisoriamente a trabalhadora E... T... foi colocada – entre 11/12/2017 e 13/12/2017 - tinha uma mesa, cadeiras, estante, material para a execução das suas tarefas… Apenas “pecava” por não ter janelas (!!!!!!) ou aquecimento.

- Mas será que a trabalhadora precisaria de aquecimento? É que não foi provado qualquer facto que o indicasse. Neste sentido, seria o aquecimento necessário para se considerar que a trabalhadora detinha boas condições para o exercício das suas funções?

- Quanto ao local de trabalho sem janelas, esse “crime” de qualquer entidade empregadora… Será que todos os postos de trabalho neste país se situam num escritório/gabinete/sala com janelas e luz natural? Esse é condição essencial para o exercício pontual das obrigações laborais de qualquer trabalhador? Naturalmente que não o é!

- Ainda assim, refira-se que a trabalhadora manteve-se naquele gabinete (em tempos ocupado pelo ora Arguido sem aquecimento e também sem janelas…) apenas até ao dia 13 de Dezembro de 2017.

- De seguida, por indicação da ACT – que os Arguidos acataram integralmente – realocaram a trabalhadora noutro local, tendo requisitado a terceiros espaço para o efeito [ainda que a tal não fossem obrigados]!!!

- Em cumprimento pelas indicações da ACT – que não pode ser ignorado para apreciação do grau de culpa dos ora Arguidos, como veremos infra –, e além de lhe continuarem a atribuir tarefas, entre 15/12/2017 e 23/12/2017 a trabalhadora foi alocada numa outra sala, ampla, com luz natural, sem aquecimento, mas com todos os seus instrumentos de trabalho à sua disposição.

- A prova testemunhal produzida contraria na plenitude a decisão condenatória da ACT e a sua motivação, conforme já demonstrado.

- De facto, é concludente que a trabalhadora não se manteve em situação de inocupação profissional, sendo certo que as tarefas lhe eram atribuídas, sendo

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uma escolha sua – ilegítima – não as executar!

- Jamais os Arguidos obstaram ao direito ao trabalho desta trabalhadora, tendo-lhe sido inclusivamente facultados todos os meios e instrumentos de trabalho que ela necessitava para executar as tarefas a cujo cumprimento estava adstrita.

- Por outro lado, cumpre asseverar que a situação clínica da trabalhadora jamais poderá ser imputada aos Arguidos, como incredulamente a ACT pretende fazer no seu libelo condenatório…

- refira-se que a trabalhadora esteve mais de um ano de baixa médica consecutiva (desde Novembro de 2016), ausente do seu local de trabalho. Seriam 4 (quatro) dias de trabalho que desencadearam tal situação? [atente-se que a declaração médica que consta dos autos contra-ordenacionais foi subscrita em 15/12/2017…] Enfim…

- Pelo exposto, atendendo à ausência de prova produzida nesse sentido, nunca poderia a ACT ter dado como provados os factos descritos na sua Decisão Condenatória, e muito menos promover a condenação dos ora Arguidos,

- Sem esquecer a inexistência de quaisquer factos alegados e considerados provados susceptíveis de integrar o elemento objectivo do ilícito contra-ordenacional cuja prática se encontra a ser imputada aos ora Arguidos, nomeadamente a alegada (mas inexistente) violação da alínea a) do n.º 1 do artigo 129.º do Código do Trabalho.

- Ao longo do seu libelo condenatório, a ACT menciona igualmente que «foi, ainda, ouvida em declarações a trabalhadora W... U... V... L... A..., cujo depoimento se revelou coerente, verdadeiro e de certa forma emocionado em relação aos factos descritos no auto de notícia».

- Não é admissível que um julgador/instrutor omita, na sua reflexão crítica de depoimentos testemunhais – o tipo de relacionamento que a própria testemunha mantém com os Arguidos do processo.

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desta testemunha ser parte interessada no desfecho do presente processo contra-ordenacional.

- É imperioso referir que a testemunha H... T... intentou, em 17 de Março de 2018, uma acção judicial contra a ora Arguida T... A... S... V... S... I... F..., encontrando-se o processo a correr termos com o n.º 807/18.2T8PNF no Juiz 2 do Juízo de Trabalho de Penafiel – Tribunal da Comarca do Porto-Este.

- Autos judiciais onde a matéria em discussão – e o próprio petitório da testemunha H... T... – está umbilicalmente relacionada com a factualidade a apurar também no presente processo contra-ordenacional,

- fazendo ambos parte de todo este enredo encontra-se a ser congeminado pela própria H... T..., através da disseminação de falsidades e deturpações da realidade demonstrativas da sua elevada má-fé, com a única pretensão de locupletar-se à custa dos ora Arguidos sem qualquer tipo de justificação, exercendo claramente uma conduta insidiosa, redundante numa evidente prática de assédio vertical ascendente, como será oportunamente apurado no seio daquele processo judicial.

- De facto, esta trabalhadora regressou antecipadamente de baixa médica, sendo que este regresso antecipado não foi previamente comunicado aos Arguidos, apanhando-os desprevenidos e utilizando essa situação para começar a fabricar uma fantasiada estória rocambolesca que obteve – inexplicavelmente – guarida e aceitação pela própria ACT.

- Estamos naturalmente perante um depoimento desta testemunha desprovido de qualquer isenção ou imparcialidade, na medida em que é parte interessada de qualquer condenação de que os Arguidos sejam alvo.

- Isto já para não se mencionar as incongruências do seu discurso, repleto de absolutas mentiras, contrariadas pelas restantes testemunhas ouvidas pela ACT.

- Realisticamente, a verdade é que a trabalhadora é a verdadeira “agente provocadora” de todo o circunstancialismo erroneamente ajuizado pela própria

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ACT.

- Mesmo que assim não se entenda, o que somente por exercício académico se consente, sempre se refira que:

- Estipula o n.º 1 do artigo 18.º do RGCO “A determinação da medida da coima faz-se em função da gravidade da contra-ordenação, da culpa, da situação económica do agente e do benefício económico que este retirou da prática da contra-ordenação.”.

- Uma detalhada análise da decisão condenatória, rapidamente ressalta, que em momento algum foi dado cumprimento ao estatuído na norma legal agora transcrita.

- Na verdade, alcança a ACT um montante de coima sem qualquer trilho racional sustentado em concretos elementos de facto.

- Como decorre do já mencionado normativo, a determinação da medida da coima faz-se, também, em função do benefício económico retirado da prática da contra-ordenação. Novamente o auto é totalmente omisso quanto a este aspecto.

- Ainda assim, refira-se desde já que, caso os Arguidos tivessem efectivamente praticado os actos tendentes à prática de contra-ordenacional, a verdade é que o benefício económico retirado da prática da mesma era absolutamente inexistente.

- Em bom rigor, toda a actuação dos Arguidos até lhe causaram prejuízos evidentes, pois foi obrigado a solicitar a terceiros a disponibilização de espaços para alocar os seus trabalhadores enquanto não arranjava alternativas viáveis. - Será sempre necessário “transportar” da decisão condenatória o iter lógico e factual que levou à aplicação daquela coima e não de outra.

- Esse núcleo essencial de elementos que em processo contra-ordenacional terá, imperativamente, de constar da decisão tem de ser passível de sindicância, por forma a efectivar o direito à defesa dos ora Arguidos.

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Arguidos não sabem e encontram-se impossibilitados de conhecer a resposta a tal questão.

- O que se observa é uma atitude descuidada da ACT ao votar determinados articulados legais, que in casu deveriam ter sido cuidados, a meras figuras de estilo.

- refere a decisão que ora sindica que:

“Atento o exposto na motivação, não resta outra apreciação senão considerar que a arguida praticou a contraordenação de que vem acusada, a título de dolo.”.

- Salvo o devido respeito, isto mais não é que uma conclusão desacompanhada de qualquer desiderato probatório.

- Isto porque, o elemento subjectivo, à semelhança do objectivo tem de ser provado.

- Analisando a decisão que agora se impugna mais não temos que uma remissão genérica para a motivação. Uma motivação que, note-se, nem encontra reverberação no ilícito contra-ordenacional de que vêm os Arguidos condenados.

- Como, e muito bem, refere a decisão ao transcrever o artigo 14.º do Código Penal, existem três tipos de dolo, a saber, o directo, o eventual e o necessário. Porém a decisão que ora se sindica peca por não tal artigo não ser aplicado ao caso concreto.

- segundo a decisão “a autuada obstou, de forma injustificada, a que a trabalhadora U... J... V... L... A... exercesse o seu trabalho (…)”.

- Ora, é sobre esta obstaculização subsumida a uma qualquer contra-ordenação que será aferido se, in casu, se encontra, ou não, preenchido o elemento subjectivo. E não foi.

- E não foi porque a alegada consciência e vontade delitual da aqui Arguida foi reconduzida à lesão emocional e física da trabalhadora em questão e não à contra-ordenação objecto do presente procedimento.

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- Salvo o devido respeito, a classificação da conduta da ora Arguida como negligente ou dolosa não pode ser aferida pela intenção de causar danos emocionais e físicos à trabalhadora.

- No caso em apreço o elemento subjectivo deve prender-se, única e exclusivamente, com a, alegada, obstaculização do exercício da profissão da trabalhadora.

- A Arguida queria e procurou, volitivamente, obstar a que a trabalhadora desempenhasse as suas funções? O auto não concretiza.

- A Arguida sabia que a conduta que lhe é imputada era ilegal e, mesmo disso tendo conhecimento, realizou-a? Uma vez mais, o auto não concretiza.

- A única coisa, no que ao elementos subjectivo culpa concerne, que a decisão contempla é que a Arguida, alegadamente, de forma intencional e consciente quis lesar a saúde física e emocional da trabalhadora.

- salvo o devido respeito tal conclusão além de transpirar uma enorme falta de rigor técnico-jurídico na feitura da decisão é totalmente irrelevante para os presentes autos.

- Ao não contemplar qualquer reporta ao elementos subjectivo da contra-ordenação na qual a Arguida foi condenada encontra-se a ferida pelo vício da nulidade, em concreto, pela violação da imposição contida na al. c) do n.º 1 do artigo 25.º RPCOLSS, conquanto, ao omitir a densificação do elemento subjectivo ao caso concreto a ACT não deu cumprimento ao dever de fundamentação que sobre si pendia.

- Segundo a decisão condenatória, apoiada numa fundamentação deficiente, refere-se que os Arguidos obstaram, de forma injustificada a que a trabalhadora exercesse o trabalho, na medida em que não lhe distribuíram tarefas e meios e instrumentos de trabalho para o efeito.

- Tal como já supra exposto, tal não corresponde à realidade. À trabalhadora foram entregues determinadas tarefas para cumprir, tendo-lhe sido entregues todos os instrumentos necessários à sua execução. Em momento algum pode

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ser assacado aos ora Arguidos qualquer comportamento ou atitude conducente com as acusações sobre si impendidas.

- Em bom rigor, qualquer empregador consciente e cuidadosa teria procedido nos exactos moldes em que o fizeram os ora Arguidos, sendo ademais de assinalar a sua colaboração e diligência.

- Como reiteradamente comprovado, sempre os Arguidos acolheram e receberam com consideração e respeito a ACT, fornecendo todas as informações e documentos probatórios necessários que lhes foram solicitados. - Inclusivamente acolheram as propostas da ACT, e realocaram a trabalhadora noutro local de trabalho, tendo até para o efeito requerido a terceiros a disponibilização desse mesmo local.

- Continuaram – tal como já o haviam feito até então – a entregar tarefas para a trabalhadora executar, apesar desta se recusar reiteradamente a executar tais tarefas.

- Nesse sentido, não alcança e, em boa verdade, encontram-se impossibilitados de alcançar o juízo trilhado pelo julgador por forma a imputar-lhe a prática dos ilícitos contra-ordenacionais constantes dos autos.

- Pelo que deverão ser absolvidos com as devidas consequências legais.

- Mesmo que, por mera hipótese académica, se considere os Arguidos contra-ordenacionalmente responsáveis, sempre seria de aplicar o mecanismo previsto no artigo 72.º do Código Penal (CP) ex vi artigo 60.º do RLCOL e número 1 do artigo 41.º do RGC-O.

- Devendo a eventual coima aplicada ser reduzida por aplicação do instituto da atenuação especial inscrevendo-se em valor nunca superior a metade do montante a que foram os Arguidos erroneamente condenados.

- Quanto à responsabilidade solidária do Arguido W... D... D..., a mesma terá também de ser excluída atendendo aos argumentos supra aduzidos, devendo estes, em consequência, também ser absolvido da prática do ilícito contra-ordenacional que ora lhe é imputado..

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* * * * *

A autoridade administrativa competente enviou os autos ao Ministério Público, o qual os fez presentes a Tribunal.

Admitido o recurso, foi, então, designada data para a realização da audiência de julgamento, a qual decorreu com observância dos formalismos legais.

* * * * *

O tribunal é competente. * * * * *

A arguida/recorrente invocou a nulidade da decisão administrativa, decorrente, em seu entender, do facto de a mesma não conter quaisquer factos.

Cumpre apreciar.

É inequívoco que, no âmbito do processo contra-ordenacional, a remessa dos autos pelo Ministério Público ao Juiz vale como acusação – art.º 37º da Lei 107/2009, de 14.09, que aprovou o regime processual aplicável às contraordenações laborais e da segurança -, sendo igualmente pacífico que para além dos requisitos a que aludem os artigos 25º da Lei 107/2009 3 58º RGCOC, a decisão administrativa terá de conter, sob pena de nulidade, os elementos a que se alude no artigo 283º do Código de Processo Penal (que sempre seria aplicável por força do disposto nos artigos 60º da Lei 107/2009 e 41º RGCOC).

Dentre esses elementos que a decisão administrativa deverá conter sob pena de nulidade, conta-se a narração, ainda que sintética, dos factos que fundamentam a aplicação ao arguido de uma pena, incluindo se possível (…) o grau de participação que o agente teve na prática dos factos que lhe são imputados – artigo 283º, n.º 3, al. b) do Código de Processo Penal.

Todavia, é sabido que, por narração dos factos, a que se alude no citado artigo 283º, n.º 1, al. b), se deve entender “a indicação dos factos que fundamentam a aplicação da sanção, ou seja, os elementos constitutivos do crime, (…) que constituem o objecto do processo”, como ensina GERMANO MARQUES DA

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SILVA, in “Curso de Processo Penal”, Vol. III, Verbo, 2000, página 114.

Assim, tais factos hão-de subsumir-se não só ao elemento objectivo do crime (ou, no caso em apreço, da contra-ordenação), mas também ao seu elementos subjectivo – dolo ou negligência, em qualquer das suas respectivas vertentes. Ora, como se vê, não assiste razão à arguida quando alega que a decisão administrativa não contém a descrição dos factos, uma vez que os factos que fundam a imputação da contraordenação à arguida constam de fls. 58 e ss, sob o elenco “factos provados”.

* * * * *

Invoca igualmente a arguida que existe nulidade por falta de fundamentação da decisão administrativa.

Compulsada a decisão administrativa, facilmente se constata que a mesma contém fundamentação, sob a epígrafe “Da Motivação” a fls. 60, pelo que falece a invocada nulidade.

* * * * *

Alega ainda a arguida que se verifica excepção de caducidade, por ter sido ultrapassado o prazo de instrução.

Sucede que o prazo de 60 dias a que alude o art.º 24º da Lei 107/2009 é um prazo meramente ordenador, não tendo a virtualidade de operar a caducidade do procedimento nem da contraordenação, pelo que falece o argumento invocado pela arguida.

* * * * *

Destarte, julga-se que a decisão administrativa proferida nestes autos não se mostra ferida de nulidade, desatendendo-se concomitantemente, neste particular, a pretensão da recorrente.

* * * * *

Não existem nulidades que obstem ao conhecimento do objecto do processo. * * * * *

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Julgo provados os seguintes factos:

a. A trabalhadora W... U... V... L... A... foi admitida em 01.02.1998 (nessa data, ao serviço da empresa “Gabinete de Contabilidade Lamoso, Lda.” e partir de 01.02.2012 ao serviço da recorrente) para exercer funções inerentes à categoria de assistente administrativa.

b. Pelo final do ano de 2016, H... T... apresentou junto da recorrente documento comprovativo de impossibilidade para o trabalho por razões médicas, que manteve até dia 11/12/2017.

c. A Recorrente admitiu uma outra trabalhadora para substituir H... T... na sua ausência.

d. Dia 11/12/2017, 3 dias antes do fim do período de baixa médica que gozava, H... T... apresentou-se nas instalações da Recorrente para prestar trabalho.

e. Nessa ocasião, todos os trabalhadores ao serviço da recorrente estavam instalados em secretárias num open space, que tinha também secretárias de trabalho afectas a outras empresas que têm instalações na mesma fracção autónoma.

f. No dia 13.12.2017, pela 11h00m, nas instalações da recorrente, sitas na Rua D. D... W..., – L... O... H... F... –M, encontravam-se a trabalhar 4 trabalhadores, distribuídos por secretárias num gabinete amplo, contíguo ao gabinete da sócia–gerente, e com luz natural e contacto com o exterior. g. A trabalhadora H... T..., encontrava-se instalada num gabinete que já tinha sido o espaço de trabalho do sócio-gerente da recorrente.

h. O referido gabinete era separado do open space onde estava instalados os restantes colegas da trabalhadora H... T..., situava-se na extremidade do edifício, continha, para além do mais, pastas arquivo, tinha a área de 7 m2, sem janelas, sem aquecimento, com uma mesa redonda, uma cadeira e uma estante com capas de empresas.

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mesa, com uma caneta e um livro de exercícios de “sudoku”, sua pertença. j. Na mesa encontrava-se uma pasta com documentos que pertencerem à carteira de clientes de uma outra empresa de contabilidade que em tempos partilhara aquele espaço e que os mesmos já se encontravam lançados no computador, razão por que não os classificava.

k. Não foram distribuídas tarefas a H... T... no dia 12.12 (3.ª feira) e 13.12.2017 (4.ª feira), nem lhe foi adstrito computador.

ax. Após a visita inspectiva da ACT, que ocorreu no dia 13/12/2017, os sócios-gerentes determinaram à trabalhadora que se deslocasse na tarde do dia da visita inspectiva à consulta de medicina no trabalho, para efeitos de realizar exame de saúde ocasional.

all. A trabalhadora manifestou indisponibilidade para se deslocar à consulta de medicina do trabalho na tarde de 13.12.2017, pelo que foi novamente marcada consulta para o período da manhã do dia seguinte, 14.12.2017 (5.ª f), não tendo de novo ido à consulta alegando não ter transporte próprio, pretendo que os sócios-gerentes da recorrente a levassem.

n. Desde o dia 15.12.2017 a trabalhadora foi instalada numa sala de reuniões, onde foi instalado um termoventilador que acabou por avariar. o. No dia 15.12, na parte da tarde, a trabalhadora faltou por motivo de consulta médica.

p. No dia 18.12 (2.ª f), a representante legal da autuada entregou-lhe uma caneta vermelha e uma pasta com documentos de abril/2017 que a trabalhadora devolveu, alegando que os mesmos já tinham sido lançados informaticamente e os extractos já tinham sido conferidos, pelo que não faria trabalho.

q. Os documentos contidos na pasta continham numeração sequencial, mas não tinham aposto qualquer código contabilístico, nem tinham qualquer outra marca que denotasse terem sido tratados contabilisticamente.

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trabalhadora H... T... estava instalada na sala destinada a reuniões, que no momento não dispunha de sistema de aquecimento, dispunha de luz natural, não tinha computador, lápis, nem bloco de notas, encontrando-se a trabalhadora envolta num edredon, e estando sentada numa cadeira e apoiada na mesa rectangular, com um livro de exercícios de “sudoku”, sua pertença.

s. H... T... declarou à Recorrente que pretendia pôr termo ao contrato de trabalho em 26.12.2017, alegando justa causa.

FACTOS NÃO PROVADOS

1. Os trabalhadores da Recorrente estavam assoberbados de trabalho e H... T... poderia junto deles executar as seguintes tarefas:

a. - organização e planeamento da documentação contabilística das empresas clientes;

b. - classificação de documentos; c. - apuramentos de IVA.

b. H... T... não pôde contactar com os colegas de trabalho, até ao dia 22.12.2017 (6.ª feira).

c. A autuada obstou, de forma injustificada, a que a trabalhadora W... U... V... L... A... exercesse o direito ao trabalho, em condições de efectiva e plena ocupação nas funções que correspondem ao objecto do seu contrato de trabalho, nomeadamente não lhe distribuindo qualquer tarefa bem como não facultando à trabalhadora os meios e instrumentos de trabalho necessários à sua execução.

d. Com a descrita conduta, a autuada permitiu que fossem criadas condições para que a trabalhadora pudesse sentir violados os seus mais elementares direitos como pessoa, concorrendo os factos relatados para que a mesma sentisse necessidade de recorrer aos serviços médicos de

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saúde (psiquiatria).

MOTIVAÇÃO

Importante para a prova dos factos provados foram as declarações do legal representante da Recorrente, que explicou o contexto em que a trabalhadora H... T... entrou de baixa médica – na sequência de ter tomado conhecimento que a Recorrente pretendia mover-lhe um processo disciplinar -, como sempre foi renovando a baixa, e um dia se apresentou ao serviço, ainda antes de terminar a baixa, razão pela qual não tinham serviço para lhe entregar, tanto mais que reorganizaram o trabalho, para suprir a sua falta, contratando uma outra trabalhadora, também por essa razão não tinha secretária para a trabalhadora no open space. Explicou também que foi facultado à trabalhadora ficar em casa, até que conseguissem reorganizar o serviço, ao que esta não anuiu. Por isso, instalaram-na naquele que tinha sido o seu gabinete. Após a visita da ACT, instalaram-na numa sala de reuniões, que entretanto foi disponibilizada por uma outra firma que prestava serviço na mesma fracção. Referiu também as más relações desta trabalhadora com uma outra, que até era sua familiar, já antes da trabalhadora entrar de baixa, situação que se manteve à data dos factos imputados à recorrente. Também esclareceu que tentou encontrar trabalho para a trabalhadora, mas esta devolveu a pasta invocando que o trabalho estava feito, o que não era verdade. Apenas tinha determinado que os documentos fossem entregues à trabalhadora numerados, para que não corresse o risco dos mesmos desaparecerem, o que não explicou à trabalhadora.

Estas declarações foram confirmadas pelas das testemunhas D... E... e P... M..., trabalhadoras da arguida, que estavam presentes quanto a trabalhadora regressou ao serviço e tudo relataram, explicando ainda que no open space o ar condicionado também não funcionava devidamente, mas ainda assim era possível trabalhar, nenhum dos trabalhadores se tendo queixado. Mais

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referiram as testemunhas que H... T... falava com o colega H no open space, onde se dirigia para o efeito, mas não as cumprimentava, nem lhes dirigia a palavra, razão pela qual lhe deram recíproco tratamento.

N... K..., inspectora da ACT, relatou o que viu nas visitas inspectivas que fez e as diligências que tomou.

H... T..., confirmou de forma global a sua ausência ao serviço, a retoma do trabalho, os locais que lhe foram indicados para trabalhar e o facto de não lhe ter sido adstrito serviço, para além da pasta que recusou classificar, por entender que o trabalho já estaria feito, uma vez que os documentos continham numeração sequencial, o que não esclareceu com nenhuma pessoa. Referiu também que trouxe o edredon que usou sem oposição de qualquer pessoa, o mesmo sucedendo com o livro de sudoku.

* * * * *

III. Fundamentação de direito:

Fixados os factos, há que fazer o enquadramento jurídico dos mesmos sendo certo que a questão que é colocada à apreciação deste tribunal é a de saber se

a arguida praticou a contraordenação pela qual foi condenada pela autoridade administrativa.

Importa, antes do mais, atentar ao disposto no n.º 1, al. a) do artigo 129º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei 7/2009, de 12 de Fevereiro, que reza assim:

“É proibido ao empregador:

a) Opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador exerça os seus direitos, bem como despedi-lo, aplicar-lhe outra sanção, ou tratá-lo desfavoravelmente por causa desse exercício.”

O artigo 129º do Código do Trabalho determina que “2 - Constitui contra-ordenação muito grave a violação do disposto neste artigo.”

No caso dos autos provou-se que, num primeiro momento, a organização de trabalho da recorrente não lhe permitiu atribuir imediatamente tarefas à

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trabalhadora H... T... – pois que esta tinha estado ausente do serviço cerca de um ano, o que motivou reorganização da actividade da Recorrente – e, num segundo momento, a trabalhadora recusou as tarefas que lhe foram acometidas, de forma que não se pode ter por justificada, pelo que não se pode considerar que ocorreu violação do dever de ocupação efectiva.

Quanto às condições de trabalho da trabalhadora H... T..., também entendemos que ocorriam razões justificativas para que a mesma não estivesse instalada junto dos demais colegas, nos poucos dias em que esteve ao serviço após baixa prolonga.

Por tudo o exposto, absolve-se a arguida da contraordenação que lhe é imputada.

* * * * *

IV. Decisão:

Nestes termos e face ao exposto, julgo totalmente procedente o presente recurso de impugnação judicial interposto por “N... R... N... A... Y... W... Z...

Q...”, revogando a decisão proferida pela Autoridade para as Condições do

Trabalho. Sem custas.

Notifique e deposite.

Comunique à ACT, nos termos do disposto no artigo 45.º, n.º 3, da Lei n.º 107/2009, de 14 de Setembro.

Penafiel, d.s.

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